Pesquisa Dia das Mães 2023: dados e expectativas para e-commerce e lojas físicas

Dia das Mães 2023 deve crescer 3,8% em intenção de compra em relação ao último ano.
Para este Dia das Mães, a Conversion fez uma pesquisa com 400 brasileiros conectados à internet para saber quais são as expectativas do consumidor e entender as tendências de compra.

O Dia das Mães é a segunda data mais importante para o varejo, ficando atrás somente do Natal. É muito cultural para o brasileiro homenagear a mãe nesta data e essa tendência de presentear na ocasião cresce a cada ano, principalmente após a crise causada pela pandemia do Coronavírus. De acordo com a pesquisa realizada pela Conversion, 94% dos consumidores pretendem comprar ou já compraram presentes para o Dia das Mães. Isso mostra um crescimento de 3,8% na intenção de compras em comparação com 2022.

Segundo os resultados da pesquisa, 52,1% dos entrevistados planejam fazer suas compras online, o que indica uma tendência de crescimento nas vendas do setor de e-commerce em relação às lojas físicas.

O objetivo do relatório é entender como os e-commerces podem se preparar em relação às ações dos consumidores digitais.

Para uma análise de eventos sazonais, em alguns momentos usaremos o estudo também feito pela Conversion sobre a Black Friday 2022. Isso permitirá uma melhor compreensão das mudanças nas preferências e comportamentos dos consumidores em diferentes ocasiões ao longo do ano.

Conheça o estudo completo disponível na Biblioteca do RadarIC clicando em: Pesquisa Dia das Mães 2023 – Expectativas para o e-commerce e lojas físicas

Relatório Setores do E-commerce Conversion: Dia da Mulher impulsiona e-commerce brasileiro após quatro meses de baixa

A Conversion apresenta o novo Relatório Setores do E-commerce no Brasil: mensal, gratuito, análises de audiência, setores, canais de tráfego e rankings dos maiores sites de cada categoria.

A primeira data comemorativa de peso do ano – o Dia da Mulher, no começo de março – impactou positivamente o tráfego das plataformas de e-commerce brasileiro.

Depois de uma queda de quase 15% em fevereiro, o número de acessos subiu 8% no mês seguinte, alcançando 2,31 bilhões de visitas únicas, segundo o Relatório Setores do E-commerce da Conversion.

Foi a primeira alta no tráfego do comércio eletrônico do país em quatro meses – puxada principalmente pelos acessos via web (9,2%).

Diego Ivo, CEO da Conversion, acredita que só a ocasião da data sazonal não explica o desempenho de março. Para ele, entra nessa conta o próprio contexto econômico do país e a situação financeira das famílias nessa época do ano.

Confira o relatório completo disponível na Biblioteca do RadarIC: Relatório Setores do E-commerce no Brasil Abril/2023 – Dados referente a Março 2023

Consumo apático se espalha e afeta até varejo resiliente

Juros elevados, inadimplência e fraco volume afetam operações; redes ainda enfrentam questões pontuais de seus próprios negócios.

A apatia que predomina no ambiente de consumo tem afetado não apenas as empresas menos resilientes à períodos de crise de demanda, mas também companhias de “primeira prateleira”, historicamente mais protegidas das crises econômicas.

Juros elevados, que levam a uma desaceleração do ritmo de consumo por um período mais longo que o previsto pelas empresas, e questões pontuais de cada negócio têm contaminado o humor do mercado – e, por tabela, o desempenho no ano de ações de redes líderes como Renner, Assaí e Carrefour (Atacadão). Soma-se a isso o impacto da escassez de crédito, após o escândalo contábil na Americanas, e a taxa de inadimplência das famílias ainda resistente.

Como resumiu ontem o sócio de uma gestora, “o investidor não tem dado mais o benefício da dúvida a quase nenhuma empresa de consumo pelo que se prevê para este semestre, que já está meio perdido para o varejo”, diz.

Como se não bastasse o baque que as redes têm sentido com a escalada nos juros desde o ano passado, que eleva as despesas financeiras, os números dos balanços do primeiro trimestre mostram taxas de crescimento da receita nominal em desaceleração frente a 2022, e retomada de pressões em gastos fixos. As vendas têm subido mais forte em casos de comparações mais fracas com 2022 e no varejo para classe de alta renda.
Ontem (04.05), o site do Valor noticiou a onda de cadeias de capital aberto vendendo ativos, como lojas, depósitos e até a sede (caso do GPA) como forma de reduzir alavancagem, e num cenário de incerteza sobre a retomada.

“Há uma questão neste ano, e que não víamos antes, que é essa ‘gordura’ que o comércio tinha, com a taxa de expansão na receita bem acima do crescimento do volume. Isso vinha ajudando parte do varejo até ano passado”, disse diz Fabio Bentes, economista senior da CNC, a confederação do comércio.

“Essa ‘gordura’ refletia a capacidade de as empresas fazerem os seus repasses de preços ao cliente, algo que diminuiu neste ano com a deterioração contínua no ambiente macro. Há uma inércia no consumo que se arrasta há muito tempo e isso vai contaminando mesmo setores mais protegidos, como alimentos” disse.

Dados da CNC que cruzam receita e volume, utilizando os números da pesquisa de comércio do IBGE, mostram que a receita nominal chegou a subir pouco mais de 15% em março do ano passado – no primeiro bimestre, crescia 14,3%, para um volume que subia 1,5%. Já neste ano, essa receita avançou menos, 13,8%, na média do primeiro bimestre, para um volume que também perdeu o fôlego, e subiu 1,3%. O “gap” entre as taxas nos períodos, ou seja, a “gordura”, como diz a CNC, encolheu.

Esse movimento de repasses aos preços em moda e varejo eletrônco cresceu em 2022 como forma de proteger margem. Bentes reforça que mesmo com o recente desaquecimento da inflação, não há efeito imediato em consumo. Isso porque a renda continua comprometida em patamar elevado – com base em dados do Banco Central, esse nível atingiu recorde de 18 anos da pesquisa neste ano. E certos segmentos, como alimentos, não crescem de forma acelerada quando há melhora em renda. “Ninguém passa a comer mais porque a inflação cai, a renda vai a outras áreas, como serviços.”

O comando do Carrefour citou, nesta semana, a desaceleração da inflação de preços ao consumidor, que afeta a receita nominal em vendas “mesmas lojas” (com mais de um ano), e a competição mais acirrada no atacarejo. Esse segmento vem crescendo de forma mais forte, mas tem sentido, além da “desinflação”, a canibalização maior após aberturas em ritmo acelerado, disse na quarta-feira o CEO do Carrefour, Stéphane Maquaire.

O grupo teve alta de 5,7% nas vendas “mesmas lojas” até março, abaixo do previsto por analistas.
No balanço do primeiro trimestre, o rival Assaí menciona resultados das ações tomadas para o aumento das vendas, mas cita impacto do ambiente macro e da base de comparação forte. Desde janeiro, as ações de Carrefour e Assaí caíram 36,5% e 39,5%, respectivamente, e o Ibovespa recuou quase 4%.

Questões específicas ligadas à cada negócio também tem afetado esses papéis na B3. “No atacarejo, há uma questão de mercado muito ofertado em número de lojas, além da canibalização dos pontos”, disse Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail.

Analistas ainda citam desafios de integração de negócios, no caso do Atacadão (comprou a rede Big) e do Assaí (comprou lojas do Extra), que acontecem exatamente nesse período mais difícil, e que elevam despesas operacionais, junto com a alta nas despesas financeiras pelos juros.

Outra varejista, também líder em seu mercado, a Renner sentiu, no primeiro trimestre, uma reação negativa à estratégia da empresa de lançar coleção inverno com preço “cheio”, e reviu seus posicionamento após março, disse ontem o comando do grupo. O mercado já aguardava uma desaceleração após a rede já ter sinalizado a investidores dificuldades no período. Isso afetou a ação nas últimas semanas – no ano, a ON da Renner cai 20%, também acima do recuo do Ibovespa de 4%.

A varejista disse que entrou o primeiro trimestre muito estocada e precisou reduzir esse volume e, ao mesmo tempo, decidiu cancelar a coleção de transição, normalmente criada entre as quatro estações. E ainda preferiu antecipar a coleção inverno de 2023. Essa estratégia já havia sido usada em 2022, mas neste ano não funcionou. A venda de janeiro a março subiu 2,2% (se descontar a Camicado cresceu 3,5%).

Foi feito um repasse de preços que “feriu o consumidor” e a venda desacelerou após março, disse ontem o CEO da Renner, Fabio Faccio, em teleconferência, reforçando que desde abril, há sinais mais positivos dos ajustes feitos.

“O momento está um pouco difícil, o ambiente não nos ajuda muito, e o tempo [clima] e o ambiente ‘macro’ são incontroláveis, mas a empresa tem que ajudar. Podemos não ter feito bem, mas a equipe está unida trabalhando”, disse o presidente do conselho de administração da rede, José Galló, durante evento anual com investidores ontem.

Ainda nesta semana, após a divulgação pela Arezzo de seus números de janeiro a março – mesmo com vendas acima do esperado pelo mercado – mesmo com vendas acima do esperado pelo mercado – as ações da empresa caíram 5,7% no pregão. Número mais fraco em margem bruta, dizem gestores ouvidos, ajudou a afetar o humor dos investidores. A ação da varejista cai 19,7% no ano.

Levantamento feito pelo Valor Data, sobre balanços das empresas no fim de 2022 já indicava esse cenário mais complexo. A receita líquida das varejistas e indústrias de consumo do país, presentes na base no Ibovespa (são 12 companhias), subiu 22,6% de outubro a dezembro, e as despesas operacionais cresceram 25,4%. Já o valor do ebit, indicador que mede o lucro operacional (antes dos efeitos de despesas financeiras) subia apenas 3%. A margem bruta no período encolheu 0,4 ponto, para 25,8%, a e a margem ebit diminuiu 0,9 pontos, para 4,5%.

Brasil se destaca no cenário global com crescimento expressivo do mercado de varejo e e-commerce

O Brasil tem se destacado no cenário global com o crescimento expressivo do mercado de varejo e e-commerce nos últimos anos. Esses setores têm registrado um aumento significativo no país, impulsionados pela maior adesão à tecnologia e pela mudança nos hábitos de consumo da população.

Um dos principais fatores que contribuem para esse crescimento é a crescente adesão das empresas aos marketplaces, como a Amazon, que tem ganhado espaço no mercado brasileiro. A gigante do e-commerce americana desembarcou no Brasil em 2012 e, desde então, tem ampliado sua presença e atuação no país.

Além disso, a adoção de estratégias de marketing, como a oferta de cupons de desconto, tem se mostrado uma prática eficaz para atrair consumidores e fidelizar clientes. Essa é uma tendência que tem sido cada vez mais comum no varejo brasileiro e tem contribuído para o crescimento do setor.

Crescimento do e-commerce
O Brasil tem se destacado no cenário global com o crescimento expressivo do mercado de varejo e e-commerce. De acordo com dados recentes divulgados pela Ebit Nielsen, o faturamento do comércio eletrônico no país cresceu 41% em 2022, totalizando R$ 238 bilhões. Esse aumento foi impulsionado principalmente pela pandemia, que acelerou a digitalização das empresas e dos consumidores.

Esse crescimento é resultado da maior adesão da população à tecnologia e da mudança nos hábitos de consumo, que têm impulsionado o comércio eletrônico no país. Além disso, a pandemia do novo coronavírus acelerou ainda mais esse processo, levando muitos consumidores a optarem pelas compras online como forma de evitar aglomerações em lojas físicas.

Marketplaces em ascensão
Os marketplaces, plataformas de venda online que reúnem diversos vendedores em um único lugar, também têm se destacado no cenário do e-commerce brasileiro. Grandes empresas, como a Amazon, Magazine Luiza e Mercado Livre, são exemplos de marketplaces que têm ganhado espaço no mercado brasileiro.

Essas plataformas têm se tornado cada vez mais populares entre os consumidores, que buscam praticidade e comodidade na hora de comprar produtos pela internet. Além disso, a adesão dos vendedores a essas plataformas têm permitido que pequenos e médios negócios possam ter uma maior visibilidade e alcance de clientes.

Oferta de cupons de desconto
A oferta de cupons de desconto tem se mostrado uma estratégia eficaz para atrair clientes e fidelizar consumidores no mercado de varejo e e-commerce. Essa prática tem sido cada vez mais comum entre as empresas brasileiras, que utilizam os cupons como forma de incentivar as compras online e de conquistar novos clientes.

Grandes empresas do varejo, como Magazine Luiza e Casas Bahia, são exemplos de empresas que têm adotado essa estratégia em suas operações online. Além disso, existem diversos sites e aplicativos que oferecem cupons de desconto para diversos estabelecimentos comerciais no Brasil, como forma de incentivar o consumo e as vendas.

Aumento no uso de cupons de desconto
Outro fator que impulsiona o mercado de e-commerce e varejo no Brasil é o uso de cupons de desconto. Cada vez mais populares, os cupons de desconto são utilizados por consumidores em busca de economia nas compras. Houve um aumento de aproximadamente 50% no uso de cupons em compras online no Brasil durante a pandemia. Essa tendência é refletida nas empresas, que estão investindo cada vez mais em promoções e descontos para atrair consumidores.

A Amazon Brasil também está presente nessa estratégia, oferecendo cupons da Amazon em seus produtos e serviços. A empresa lançou recentemente uma campanha de cupons, que oferece descontos em categorias como eletrônicos, livros e moda. Essa iniciativa é uma forma de conquistar novos clientes e fidelizar os antigos.

Perspectivas para o futuro
O mercado de varejo e e-commerce no Brasil apresenta um cenário de crescimento contínuo e expressivo, mesmo diante de desafios como a pandemia e a crise econômica. A perspectiva é de que esse setor se mantenha em ascensão nos próximos anos, impulsionado pelo aumento do acesso à internet e do uso de dispositivos móveis, bem como pela crescente demanda por comodidade e praticidade nas compras.

A entrada da Amazon Brasil no mercado de varejo e e-commerce do país representa uma concorrência forte para as empresas já estabelecidas, que precisam se reinventar para se manterem competitivas. Por outro lado, a presença da gigante norte-americana também pode trazer benefícios para os consumidores, que terão acesso a uma maior variedade de produtos e serviços, além de preços mais competitivos.

O uso de tecnologias e ferramentas como os marketplaces e os cupons de desconto são estratégias cada vez mais utilizadas pelas empresas para se destacarem no mercado e conquistarem novos clientes. No entanto, a qualidade do atendimento e a experiência do consumidor também são fatores fundamentais para a fidelização e para o sucesso no mercado de varejo e e-commerce.

Assim, é importante que as empresas estejam sempre atentas às mudanças do mercado e às necessidades dos consumidores, investindo em tecnologia, inovação e melhoria contínua para se manterem competitivas e em constante crescimento.

Taxação em compras internacionais: entenda o que muda

Recentemente, houve um grande debate sobre a revogação da isenção de taxas para compras internacionais no valor de até US$ 50 que entrassem no Brasil. Essa isenção era uma das medidas implementadas na década de 90 para incentivar as importações e o comércio exterior no país.

Entretanto, o Governo Federal decidiu há pouco revogar a medida, na intenção de nivelar a concorrência comercial entre lojas brasileiras e internacionais que se valiam da brecha para burlar a lei. A notícia pegou muita gente de surpresa e causou divisão de opiniões.

Recentemente, o Governo Federal revogou a isenção de taxas para compras internacionais no valor de até US$ 50 que entrassem no Brasil. Como isso afeta o mercado brasileiro?

Isenção no Brasil
Antes de entrarmos nessa discussão, é importante entendermos um pouco mais sobre a história dessa medida. A isenção foi criada no Brasil em 1991 e tinha como objetivo incentivar as importações e estimular o comércio exterior. Na época, a medida foi considerada uma importante ferramenta para a abertura do mercado brasileiro e a entrada de novos produtos no país, que vivia uma época de recessão econômica, conhecida como pré-plano real.

Com a isenção, os brasileiros podiam comprar produtos importados no valor de até US$ 50, sem pagar nenhum tipo de taxa ou imposto de importação. Isso fez com que muitas pessoas começassem a fazer compras em sites internacionais, especialmente aqueles que ofereciam produtos mais baratos do que os vendidos no Brasil. Com o tempo, a medida se tornou uma espécie de “direito adquirido” dos brasileiros e foi muito popular entre aqueles que faziam compras online.

Isenção revogada
No entanto, nas últimas semanas foi anunciada a decisão do Governo Federal de revogar a isenção de taxas para compras internacionais no valor de até US$ 50. A medida foi justificada como uma forma de dar ferramentas de controle ao sistema tributário do país e combater a sonegação fiscal. Segundo o governo, “empresas” que atuam na informalidade estavam se aproveitando da isenção para importarem produtos em excesso e revendê-los no mercado interno, o que prejudicava os empresários locais e a economia do país.

A revogação dessa MP que garantia a isenção de taxas para compras internacionais gerou grande polêmica nos últimos dias – houve principalmente confusão diante o anúncio. Muitas pessoas criticaram a medida e alegaram que ela vai prejudicar os consumidores, especialmente aqueles que não têm condições financeiras de pagar impostos adicionais nas compras internacionais. Alguns também argumentaram que a medida vai desestimular as importações e limitar a diversidade de produtos disponíveis no mercado brasileiro.

Por outro lado, defensores da revogação da isenção acreditam que a medida é necessária para combater a sonegação fiscal e proteger a economia do país. Eles argumentam que muitos brasileiros estavam abusando da isenção para importar produtos em larga escala e revendê-los no mercado interno, o que prejudicava os empresários locais e gerava perda de arrecadação para os cofres públicos.

Repercussão
Poucos comerciantes brasileiros perceberam que, ao receberem encomendas internacionais com destinatário não jurídico, acontecia a isenção. E isso se tornou um padrão de comportamento entre muitos comerciantes, que já assinalavam no ato da compra a necessidade do envio fracionado das mercadorias e a sonegação dos valores em nota.

Segundo estimativas do próprio Ministério da Fazenda, em 2022 os cofres públicos podem ter deixado de arrecadar algo em torno de R$ 6 bilhões em taxas de importação. Com isso, a mudança significa que pessoas que agiam na ilegalidade encontraram mais resistência na tentativa de fraudar o sistema, mas para o consumidor geral que já adquiria suas compras no mercado legalizado, como os grandes e-commerces, não acontecerá nenhuma alteração.

No fim das contas, a revogação da isenção de taxas para compras internacionais é uma medida controversa, e gera muitas discussões. É certo que ela terá um impacto significativo na vida dos brasileiros que fazem compras online, especialmente aqueles que dependem de produtos importados vendidos de forma ilegal. No entanto, também é importante lembrar que o governo tem o dever de proteger a economia do país e combater qualquer tipo de desvantagem competitiva. Com isso, é garantido que os preços sejam páreos, evitando a vulnerabilização dos postos de empregos, já que o comércio e o varejo são responsáveis por gerar mais de 40% dos empregos no país, segundo dados do último censo do IBGE, em 2022.

Dia das Mães: vestuário puxa lista de produtos mais desejados este ano

A fim de entender as expectativas dos brasileiros no Dia das Mães, a Score Retail, em parceria com a Hibou, entrevistou 1.123 pessoas para o levantamento. Entre as perguntas, a pesquisadora questionou quais as principais categorias de presentes desejadas pelas homenageadas. Das 18 opções indicadas, destacam-se as com mais de 20% de escolha:

– Vestuário, 41%;

– Viagem, 39%;

– Perfumes, 37%;

– Calçados, 35%;

– Bolsas e Acessórios, 30%;

– Joalheria, 28%;

– Bem-estar (Spa day, massagem, etc.), 24%;

– Dia da beleza (estética), 20%.

Já em relação às demais opções sugeridas por elas, destaque para:

– alimentos e bebidas, 19%;

– beleza e maquiagem, 19%;

– entretenimento (shows, cinema), 15%;

– eletrônicos, 14%;

– eletrodomésticos, 10%;

– artesanato, 9%;

– utilidades domésticas, 9%;

– decoração, 9%;

– assinatura de algo que goste, 2%;

– outros 2%.

O bolso está mais apertado este ano
Um dado reconhecido na pesquisa é que grande parte das famílias fará uma programação mais informal, em suas próprias casas ou de familiares. Além disso, o valor de investimento nos presentes também será menor:

– 46% está mais apertado e vai gastar menos que nos anos anteriores;

– 25% está igual aos outros anos, nada mudou;

– 17% mais apertado mas irá manter a tradição familiar;

– 10% melhor, mais vai manter os mesmos hábitos;

– 2% melhor e vai gastar um pouco mais.

O valor investido para as comemorações, por exemplo, revela uma porção muito maios para o teto de R$ 250. Isso representa um ticket médio baixo ao considerar a compra de alimentos, bebidas e presentes para a família.

– 72% declararam até R$250;

– 20% de R$250 a R$500;

– 6% de R$501 a R$1.000;

– 2% de R$1.000 a R$2.500.

Seu e-commerce preparado para o Dia das Mães
Datas comemorativas exigem do varejo um preparo para suprir as demandas. Em um artigo recém-publicado no portal E-Commerce Brasil, o especialista Cláudio Dias apresenta expectativas, estratégias e tendências para o Dia das Mães desse ano. A primeira dessas tendências, por exemplo, está no aumento das vendas por meio de dispositivos móveis. Outro ponto abordado por ele é a adoção massiva das pessoas ao Pix como forma de pagamento.

Trabalhar o estoque de produtos com maior demanda também é importante para momentos de grandes vendas, assim como estar com as descrições dos produtos atualizadas — este último ponto deve ser aplicado também nas políticas de envio e devolução de produtos.

Metodologia
A pesquisa foi feita por abordagem digital com 1.123 respostas, 69% feminino e 31% masculino nos Estados SAO/POA/BHZ/RIO/SSA/CWB/BSB/REC/MAO/ABS. Na pesquisa também são levantadas informações básicas sobre renda familiar, que resultou no seguinte cenário: A++, 2%; A+, 4%; B1, 16%, B2, 23%; C1, 21%; C2, 11%; DE, 6% e N/A, 18%. O estudo foi feito em Março de 2023 e o resultado apresenta 2,9% de margem de erro.

E-commerce brasileiro registra primeira alta nos acessos em quatro meses

Acessos às plataformas de e-commerces saltaram 8% em março, puxados pelo Dia da Mulher; participação de marketplaces asiáticos aumenta.

A primeira data comemorativa de peso do ano – o Dia da Mulher, no começo de março – impactou positivamente o tráfego das plataformas de e-commerce brasileiro. Depois de uma queda de quase 15% em fevereiro, o número de acessos subiu 8% no mês seguinte, alcançando 2,31 bilhões de visitas únicas, segundo o Relatório Setores do E-commerce, da Conversion. Foi a primeira alta no tráfego do comércio eletrônico do país em quatro meses – puxada principalmente pelos acessos via web (9,2%).

Segundo a Conversion, o início do ano é marcado por uma situação financeira complicada das famílias. As dívidas contraídas no fim de 2022, com as compras de Natal, estão sendo liquidadas agora, o que permite que as pessoas possam voltar a consumir bens não essenciais ou mesmo para presentear alguém novamente.

O impacto do Dia da Mulher se vê melhor pelos setores mais acessados em março: o de Presentes e Flores registrou o melhor desempenho, subindo 17%. Além dele, o de Joias e Relógios também cresceu significativamente (13,3%). Ambos estão diretamente ligados a presentes costumeiramente dados na data.

Já o setor mais relevante do e-commerce, o de marketplaces, que engloba desde grandes redes de varejo até pequenos lojistas inseridos no mercado online, cresceu 9% no mês, atingindo 989,5 milhões de visitas – um aumento que também pode ser analisado a partir dos presentes procurados para o 8 de Março.

A melhora no mês foi tão significativa, na verdade, que somente um único setor analisado na pesquisa perdeu acessos: o de produtos para pets, que caiu sutilmente em 1,3%.

E-commerces asiáticos são os mais acessados

Como não poderia deixar de ser, o desempenho positivo de março afetou o tráfego das marcas. O Mercado Livre permanece na ponta, somando quase o dobro de visitas únicas do segundo lugar, a Amazon Brasil. Em março, a plataforma argentina cresceu 8%, chegando a 340 milhões de acessos. A Amazon, por sua vez, cresceu 13,7%, enquanto a Shopee teve uma alta mais tímida, de 4%.

Mas as plataformas asiáticas ganham tráfego mês a mês. Hoje, além da Shopee, a AliExpress já se consolidou na quinta colocação entre as mais visitadas, subindo seus acessos em 14% no mês passado. Com 82,2 milhões de visitas, ela vê a chinesa Shein – que ocupa a sexta posição – se aproximar, com 75,9 milhões.

Esses dados são ainda mais relevantes considerando as últimas discussões acerca da taxação de encomendas internacionais, visto que os e-commerces asiáticos retém grande parte da participação no mercado online brasileiro. Prova disso é que das 10 plataformas mais visitadas do País, um quarto é asiática.

Páscoa: PMEs vendem 49% mais; Nestlé espera aumentar em 30 vezes a venda online

Em levantamento, a Nuvemshop revelou um aumento de 49% nas vendas de produtos relacionados à Páscoa no e-commerce de PMEs de todo o país. De acordo com o marketplace, somente entre 1 de março e 4 de abril, as pequenas e médias empresas online venderam mais de 50 mil produtos cadastrados com a palavra “Páscoa” em seus sites próprios. No período correspondente de 2022, foram cerca de 33.500 produtos vendidos.

Além disso, o registro de produtos classificados como “Páscoa” na plataforma da Nuvemshop cresceu 53% em relação a 2022, passando de 2.506 para 3.829 itens. Dentre estes produtos, estão ovos de chocolate, embalagens temáticas e itens de decoração. Uma outra pesquisa (do Mercado Pago) revela que 38% das PMEs esperam faturar pelo menos 10% a mais na Páscoa.

Os dados foram levantados junto à base brasileira de lojistas da Nuvemshop, durante os períodos entre 9 de março a 12 de abril de 2022 e entre 1 de março a 4 de abril de 2023 – um mês e uma semana antes das comemorações de Páscoa de cada ano.

Nestlé prevê aumento de 30x nas vendas online
A Nestlé® espera registrar um resultado 30 vezes maior nos clientes 100% digitais em comparação com o mesmo período de 2022. De acordo com a empresa, isso só foi possível após apostar em uma estratégia de campanhas antecipadas, aumento da base de parceiros comerciais, ativações online e investimento em mídia.

Como a Páscoa é a principal data do ano para sua área de chocolates, a Nestlé planejou o período com os parceiros com seis meses de antecedência. Isso permitiu à companhia encontrar soluções para conquistar novos clientes para as vendas online em 2023. Outro ganho com a antecipação foi alavancar itens de sua linha regular, como caixas de bombom e tabletes, que são grandes impulsionadores dos resultados de Páscoa.

Shein e Shopee ficarão para trás? AliExpress quer ampliar presença no interior do Brasil — e exportar produtos para a China.

Jack Ma, fundador da Alibaba e AliExpress, quer se colocar como ponte para produtos brasileiros valorizados no maior mercado asiático chegarem às casas dos chineses.

Dono de uma fortuna estimada em U$ 33 bilhões, Jack Ma é o mais famoso empresário chinês quer ampliar sua presença no Brasil com a varejista AliExpress.

A ideia é virar uma opção de canal de vendas digital para pequenos e médios empreendedores nacionais, na via contrária da que usou para construir seu império digital e poder na China.

Com a AliExpress, o grupo Alibaba se consolidou como opção de loja online para brasileiros importarem da China produtos de alta tecnologia e industrializados em geral, com preços mais baixos do que os praticados no país e entrega cada vez mais rápida.

A importação pode ser feita por consumidores finais, pagando-se taxa de 60% à Receita Federal, quando aplicada. O processo ocorre por amostragem.

Agora, Jack Ma quer se colocar como ponte para produtos brasileiros valorizados no maior mercado asiático chegarem às casas dos chineses.

Alguns produtos já são encontrados em outras plataformas do Alibaba, voltadas para o mercado interno da China. São rochas ornamentais, mel, própolis, sobretudo orgânicos, nozes e castanhas, café e açaí, por exemplo.

As imagens expõem a bandeira do Brasil, mas o comerciante quase nunca é brasileiro, e na maioria das vezes vende de fora do país. O maior vendedor de açaí no Alibaba é belga. Até um tipo de tartaruga é vendido como brasileiro.

Exportação para a China

No atacado global, a exportação de produtos brasileiros para o mercado chinês foi de U$ 253 milhões, em 2021, dentro de todas as plataformas de e-commerce do Alibaba. Já as empresas americanas atingiram o patamar de U$ 61 bilhões enviados para a China.

A Alibaba também diz que uma gama de produtos são apresentados como brasileiros, mas na verdade não saem do país. A empresa estima que Brasil perca mensalmente cerca de R$ 50 milhões em vendas para o mercado chinês.

Para mudar esse cenário, a empresa buscou uma parceria com o governo brasileiro. A ideia é replicar o modelo do Taobao Villages no país, levando tecnologia para pequenos agricultores e cooperativas oferecerem produtos no e-commerce chinês. Eles seriam capacitados para exportar, se adaptar a peculiaridades do consumidor chinês e práticas de vendas.

O projeto começou na China, que atingiu a marca de 303 bilhões de produtos comercializados.

A empresa quer oferecer nesse convênio a capacitação de agricultores, como técnicas de marketing digital e gravação de vídeos para exibir os produtos.

O México já mandou empreendedores e autoridades locais para iniciar o processo. Cerca de 400 professores capacitam 8 mil alunos que vão aos vilarejos repassar conhecimento aos produtores locais.

“Há produtos que poderiam estar no mercado e o agricultor recebendo a renda direta. A gente acredita muito nesse projeto para o Brasil”, disse Felipe Daud, relações governamentais do Alibaba na América Latina. “É sempre um modelo que passa pela parceria com o governo. É uma forma de promover desenvolvimento sustentável, de promover acesso de pessoas que estavam excluídas ao mercado, aumentar a renda e combate à pobreza.”

AliExpress, Shopee e Shein na mira da taxação

O movimento ocorre no momento em que o governo discute taxas de importação de varejistas digitais chinesas, que dominam o mercado brasileiro, como AliExpress, Shopee e Shein. Há forte pressão para que o governo recrudesça a taxação.

Na semana em que o bilionário Jack Ma retornou à China, executivos da empresa e uma delegação empresarial brasileira conversaram em Pequim. Liderada pelo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Jorge Viana, a comitiva visitou as instalações do grupo na capital chinesa.

Tíquete médio deve encolher no e-commerce

Mesmo com previsão de leve crescimento nas vendas em 2023, empresas precisarão ter maior controle sobre os custos da operação.

Apesar da incerteza sobre os rumos da economia brasileira em 2023, a perspectiva é positiva para o comércio eletrônico. Pelas projeções da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o faturamento de 2023 deverá avançar 5% em relação a 2022, totalizando R$ 185,7 bilhões.

“A previsão coincide com a consolidação do e-commerce, à medida que as pessoas voltaram a comprar nas lojas físicas. Mas o ritmo de crescimento será mais lento, se comparado ao boom de 2020”, analisa Rodrigo Bandeira Santos, vice-presidente da ABComm, que representa empresas de varejo e prestadores de serviços nas áreas de tecnologia da informação, mídia e meios de pagamento.

Já o número de pedidos poderá atingir a marca de 395 milhões em 2023, gerados por 88 milhões de compradores, destaca Santos. No ano passado, segundo a associação, foram 301,1 milhões de pedidos, puxados por 77 milhões de compradores, com tíquete médio mantido em R$ 420.

Nessa mesma direção, a Neotrust, empresa que monitora vendas reais do varejo digital, aponta um crescimento tímido em 2023 sobre 2022, diz Luis Cambraia, head of sales da companhia, sem mencionar a variação estimada. Os dados da empresa apontam movimentação de 379,2 milhões de pedidos em 2022, variação de 0,4% em relação ao ano anterior. No mesmo p período, o faturamento caiu 4,2%, para R$ 168,7 bilhões.

Os dados de mercado podem variar de acordo com a base pesquisada. A 47ª edição do relatório Webshoppers, elaborado anualmente pela NielsenIQ eBit, destaca, por exemplo, que a quantidade de pedidos cresceu 7,9% em 2022, na comparação com o ano anterior. Mas houve baixa geral de 7,5% no tíquete médio, nas 12 categorias analisadas.

A tendência de mais vendas on-line de produtos de menor valor, assim considerados aqueles que custam abaixo de R$ 300, deverá permanecer em 2023. Dessa maneira, controle sobre custo de frete e prazo de entrega assumem caráter ainda mais nevrálgico para as operações das empresas em cenário de juros altos, escalada inflacionária, pressão por rentabilidade e disciplina de caixa, além do risco de uma crise de crédito por conta do caso da Americanas.

“A logística vem ganhando espaço como um dos diferenciais competitivos”, afirma Santos, da ABComm. Frete no Brasil é caro e precisa ser encarado como investimento no cliente, argumenta. Segundo Cambraia, da Neotrust , no ano passado muitos lojistas passaram a zerar o frete para não perder clientes. “Ações como essa devem ser tendência para o e-commerce em 2023, especialmente em datas sazonais”, prevê.

Outras inciativas incluem condicionar o frete grátis a um valor mínimo de compra. “E cada vez mais a entrega de urgência, ou programada, fará parte da oferta das empresas para atrair consumidores. Nesse segundo caso, o consumidor já considera que o frete é por conta dele”, acrescenta Santos. De acordo com Cambraia, 59% das compras no e-commerce em 2022 ofereceram frete grátis, a maior porcentagem desde 2019.

A pesquisa Webshoppers da NielsenIQ eBit informa que, em 2022, 49% dos pedidos tiveram frete grátis, aumento de três pontos percentuais em relação a 2021. O estudo também indica que quanto mais distante está o consumidor dos centros de distribuição dos produtos, menos consegue frete grátis. De acordo com o relatório, 60% das compras entregues em cidades do Sudeste tiveram frete grátis. No Nordeste, esse percentual cai para 17%; no Sul, para 12%; no Centro-Oeste, para 6%; e no Norte, para 5%.

Não por acaso, os planos de grandes players do setor passam pela descentralização de seus pontos de distribuição, a fim de atender clientes diretos ou consumidores que compram de vendedores reunidos nos marketplaces que administram. Três deles – Via (dona de marcas como Casas Bahia, Ponto Frio e Extra), Magazine Luiza (que opera o Magalu, além de Kabum, Netshoes, Zattini, Shoestock e Época) e Amazon Brasil – mantêm expectativas positivas para 2023. “Vamos, sim, crescer o GMV, preservando a rentabilidade”, afirma Fernando Gasparini, diretor-executivo de logística da Via. GMV é a sigla para Gross Merchandise Volume, métrica que calcula as vendas por canais digitais. Em 2022, o GMV da companhia atingiu R$ 44,3 bilhões, queda de 0,5% sobre 2021. A receita líquida da Via anotou R$ 30,8 bilhões, repetindo o ano anterior, com prejuízo líquido de R$ 342 milhões, mostra o balanço financeiro.

Entre os projetos da área de logística, Gasparini cita a recente implantação do sistema de gestão automatizada (WMS) no Centro de Distribuição da empresa em Jundiaí (SP). “A expectativa é que a ferramenta atinja 90% da malha logística da Via e de seu ecossistema ainda em 2023, o que garantirá ainda mais a integração digital demandada especialmente pela área de e-commerce”, explica. O projeto é parte da estratégia da Via de buscar soluções que tornem as entregas mais rápidas e sustentáveis.

A Via conta com 30 CDs espalhados pelo Brasil e 1.133 lojas que funcionam como mini-hubs para entregas de última milha e recebimento de mercadorias em 450 cidades, tanto dos produtos próprios como dos 151 mil sellers do marketplace. No ano passado, a companhia comprou duas logtechs, a partir das quais lançou serviços de fulfillment e full commerce para sellers, como também no mar aberto (fora de sua carteira de clientes).

Segundo o balanço financeiro, a malha própria de logística sustentou 72% de todas as entregas de produtos vendidos diretamente pelas marcas da Via, que representaram 4,5 vezes o volume de 2019. Em função dessa estrutura, Gasparini observa que, atualmente, cerca de 15% das entregas da Via estão disponíveis para que aconteçam no mesmo dia.

O Magazine Luiza também conta com a abrangência da malha e omnicanalidade para impulsionar as vendas. “Na logística, os nossos sellers têm à sua disposição toda a estrutura do Magalu”, afirma Felipe Cohen, diretor de operações do marketplace da empresa, que fechou 2022 com 260 mil sellers.
Com e-commerce total, entre venda de produtos próprios e de terceiros, a companhia obteve GMV de R$ 43,3 bilhões (crescimento de 9% sobre 2021), sendo R$ 15,4 bilhões sustentados pelo marketplace (aumento de 18%). De acordo com o diretor, o foco é ampliar ainda mais as entregas dos sellers pelo Magalu Entregas, já responsável por 80% dos pedidos, dos quais 43% são entregues em até 48 horas, diz Cohen.

Para isso, a companhia conta com uma malha que abrange 1.430 pontos, sendo 1.339 lojas físicas em 21 Estados. Completam a malha 269 unidades de logística, entre 23 CDs, cinco deles funcionando como fulfillment, e 246 cross-docking (armazéns de passagem rápida).

Segundo Cohen, em 2022, o e-commerce representou 72% das vendas totais do Magazine Luiza. A receita líquida da empresa registrou R$ 37,2 bilhões no ano passado, aumento de 5,7% na comparação com 2021, conforme o balanço divulgado. Mas operou com prejuízo de R$499 milhões.

Como os outros dois players, a Amazon Brasil revela confiança de que seguirá a tendência de crescimento registrada em 2022. “Nós já começamos o ano com ótimos resultados durante o período de volta às aulas”, afirma Daniel Mazini, presidente da companhia no país, sem informar dados locais. “A Amazon fechou 2022 com uma receita mundial de US$ 514 bilhões, crescendo dos US$ 469,8 bilhões de 2021”, destaca.

Ele atribui o bom desempenho à combinação de uma vasta seleção de produtos, preços competitivos e frete ágil. “Nossa capacidade de entrega está cada dia mais rápida para todo o Brasil e a expansão de nossos programas de logística para vendedores parceiros nos ajuda nesse crescimento”, ressalta. Ele conta que a expansão inclui o FBA – Logística da Amazon, que realiza desde o armazenamento e empacotamento do produto até o envio e atendimento ao cliente, e acordos logísticos, como o firmado com a Azul Cargo para acelerar as entregas na região Norte do Brasil.

A operação da Amazon no Brasil envolve 11 centros de distribuição, dez abertos entre 2019 e 2022, mais 13 estações de entrega. Mazini destaca que a empresa realiza entregas em cerca de mil cidades brasileiras em até dois dias úteis. “E em mais de 200 cidades em até um dia útil”, complementa. O catálogo para o mercado brasileiro reúne 100 milhões de produtos disponíveis em 50 categorias. Desses, em torno de 10 milhões têm remessa gratuita e rápida para membros do serviço Prime.