Mercado Pago firma parceria com Salesforce visando novidades no e-commerce

Nesta semana, Mercado Pago e Salesforce oficializaram um acordo para integração de novos processos de pagamentos de e-commerce. O objetivo é melhorar a experiência de compra e aumentar a conversão de vendas com soluções como Meios de Pagamento, Gateway, Multi-Aquisição e Antifraude. A parceria inclui atuação em seis países da América Latina, sendo Brasil, Argentina, Colômbia, Chile, Peru e México.

Por meio do Checkout Transparente e do Checkout Pro, os varejistas podem manter os compradores na mesma página, sem precisar direcioná-los para outro ambiente de pagamento. É possível até mesmo replicar o sistema utilizado pelo Mercado Pago para cobrança pelo produto ou serviço oferecido.

No Brasil, em ambas as situações, a integração nativa entre as instituições permite que os clientes concluam a compra com diversas opções de métodos de pagamento, incluindo o Pix. Eles também poderão oferecer pagamentos via Open Finance.

A solução Mercado Pago oferecida em colaboração com a Salesforce Commerce Cloud visa também combinar praticidade de uso, além de melhorar o fluxo do processo e simplificar processos com a mesma segurança para a realização de transações.

A solução Checkout Transparente já está disponível na América Latina via Salesforce AppExchange.

O desempenho das pequenas e médias empresas na Black Friday

Índice mostra que promoções do varejo em novembro impactaram resultados das lojas.

As pequenas e médias empresas tiveram resultados positivos na Black Friday deste ano. No acumulado de novembro, até a data exata do evento, o crescimento real do comércio varejista foi de 7%, quando comparado com o mês anterior. A informação é do Índice Omie de Desempenho Econômico das Pequenas e Médias Empresas (IODE-PMEs), que funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais, em 637 atividades econômicas.

Entre os segmentos com melhor performance, 10 são afetados de forma considerável por promoções relacionadas à data. Destaque para o varejo de brinquedos e artigos recreativos, alta de 81,9% no acumulado de novembro/22 x outubro/22, além do setor de artigos médicos e ortopédicos (+40,3%) e de tapeçaria, cortinas e persianas (+34%). Comércios de calçados (+20%), cosméticos, perfumaria e higiene pessoal (+9,4%) também tiveram boas vendas relacionadas com a Black Friday.

Ao comparar com novembro/21, as PMEs do varejo registraram um avanço de 4% na movimentação financeira média diária neste ano.

– O crescimento tem como pano de fundo o encolhimento da inflação nos últimos meses e a melhora no mercado de trabalho. Há um aumento da renda disponível da população para o consumo de itens não essenciais, favorecendo os resultados de diversos segmentos durante a Black Friday – explica Felipe Beraldi, gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem.

Veja os principais dados logísticos da Black Friday de 2022

Alguns comportamentos dos lojistas e consumidores são vistos como tendências, principalmente para o comércio eletrônico.

A Black Friday já chegou ao fim, entretanto, os números da data, que é vista como uma das mais importantes para o varejo, ainda estão dando o que falar entre os especialistas do setor. Isso porque alguns comportamentos dos lojistas e consumidores são vistos como tendências, principalmente para o comércio eletrônico.

Éder Medeiros, fundador e CEO da plataforma de intermediação de fretes Melhor Envio, explica que é essencial que as marcas digitais estudem como foi a data: “Com o fim da pandemia e a reabertura das lojas físicas, o comércio eletrônico estava bastante ansioso para descobrir as novas necessidades dos consumidores. Isso porque o mercado vem oferecendo cada vez mais novidades tanto em serviços e ferramentas como nos produtos em si. Como a Black Friday atrai diversos tipos de compradores, como aqueles que não compram frequentemente na internet, ela acaba ditando algumas preferências que devem ser observadas pelas empresas do setor”

De olho nessas novidades, o Melhor Envio produziu um levantamento com os principais dados logísticos da Black Friday de 2022 e que merecem a atenção dos especialistas do setor. Confira:

Pix representou mais de 60% dos pagamentos de fretes
Não há como negar que o Pix vem revolucionando a forma como a sociedade paga suas contas. A Black Friday também ilustrou essa tendência, sendo que a maior parte dos pagamentos dos fretes foi feita via Pix, que apareceu em mais de 60% das compras de etiquetas de frete. Considerando que, em 2021, o serviço teve 10% de participação nos pagamentos de fretes na mesma data, nota-se que a facilidade e a agilidade são vistas como prioridade no setor em 2022.

52% dos lojistas optaram pelo frete expresso para enviarem suas mercadorias
Com a pandemia, as pessoas se acostumaram a comprar na internet, o que também as deixou mais exigentes. Na Black Friday deste ano, a maioria dos lojistas priorizaram o prazo em relação ao valor da entrega, optando pelo chamado frete expresso. Os consumidores não querem fazer uma compra e receber após um mês ou mesmo em duas semanas. Muitas pessoas precisam do item em uma data específica e não se importam em pagar um pouco mais para receber o produto em poucos dias. Por isso, é essencial dar possibilidades aos clientes.

Mais de 30% dos envios do período partiram da região metropolitana de São Paulo, com 22% deles saindo da capital paulista
Onde estão localizados os espaços físicos das lojas digitais? Como era de se esperar, a região metropolitana de São Paulo foi responsável por quase um terço dos envios de mercadorias nacionais do período da Black Friday 2022. Esse dado aponta, sobretudo, o potencial de vendas da região paulista.

Um a cada três envios foi feito por lojistas que dizem ter sua rede social como principal meio de vendas
As redes sociais estão cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas e estão movimentando as compras na internet. Além do Instagram e WhatsApp, o TikTok também é outra marca que prevê novidades e vem investindo no futuro do e-commerce.

Todos os dados utilizados para o levantamento foram fornecidos pela própria base de clientes do Melhor Envio e em conformidade com os Termos de Uso da Plataforma e a Lei Geral de Proteção de Dados.

O Melhor Envio é uma plataforma de intermediação de fretes para quem vende online, onde é possível cotar, gerar etiquetas de frete e realizar o rastreamento de pedidos.

Em 2022, black friday obteve crescimento em receita e queda nas fraudes

O número de pedidos no comércio eletrônico na Black Friday de 2022 foi 25% menor do que em 2021. No entanto, a receita no período foi 60% superior à do ano passado, segundo um levantamento realizado pela Konduto, vertical antifraude da empresa de inteligência analítica Boa Vista.

Os dados apontam que os consumidores optaram por adquirir menos produtos, mas de maior valor. A análise contempla as vendas feitas entre a sexta-feira e o domingo da semana do evento de promoções do comércio.

Acompanhando a redução do número de pedidos de compra online, as tentativas de fraudes desta Black Friday também caíram (-26%), em comparação com a edição passada. Mesmo assim, o sistema da Konduto barrou um total de R$ 71,5 milhões em tentativas de fraude durante o período do estudo.

Mobiles são a plataforma preferida

Ano após ano, os estudos da Konduto mostram que as compras por dispositivos móveis têm crescido gradativamente. Em 2020, foi a primeira vez que as compras via mobile passaram de 50% do número total de compras online — em menos de três anos, esse número chegou a 74%. E as fraudes acompanharam isso. Na Black Friday de 2022, 72% das tentativas foram originadas desses dispositivos.

Madrugada sem movimento

As madrugadas têm sido menos movimentadas na Black Friday. Em 2021, o período de 0h às 05h era responsável por 11% das vendas e 10% das fraudes.

Em 2022, os números caíram para 6% e 8%, respectivamente. Tanto os consumidores, quanto os fraudadores preferem o horário comercial — 60% das vendas e 57% das fraudes aconteceram entre às 6h e 17h.

Sudeste abocanha grande parte das vendas

Na análise por região, o Sudeste se destacou, registrando 62% das vendas e 59% das tentativas de fraude de todo o Brasil. No Nordeste, a Bahia foi o estado com a maior taxa de vendas (5,16%) e também de tentativas de fraudes (3,79%).

Na região Norte, o Pará registrou a maior representatividade em vendas (0,87%) e em fraudes (1,08%), em contraste com Roraima, que foi responsável por apenas 0,06% das vendas e 0,38% das tentativas de fraude

Black Friday: número de encomendas enviadas cresceu 16% em relação a 2021

Como consequência pelas vendas online durante a Black Friday 2022, somente na segunda-feira, 28/11, a Mandaê, unidade de logística da Nuvemshop, registou um aumento de 16% na quantidade de encomendas enviadas, em relação ao ano passado.

Durante a semana toda, entre de 22 a 28 de novembro de 2022, a Mandaê registrou mais de 160 mil envios nos centros de distribuição de São Paulo e Minas Gerais. Para atender à demanda do período, a empresa aumentou a capacidade de envios por hora em 70%.

“Para nos prepararmos para a Black Friday deste ano, ampliamos a capacidade operacional. Compramos novos equipamentos, aumentamos a frota de veículos e a capacidade técnica dos servidores e aplicativos, além de alinharmos com transportadoras e aumentarmos o quadro de colaboradores para o período”, comenta Vitor Cunha, Diretor de Operações da Mandaê.

“Com essas estratégias, conseguimos aumentar a nossa capacidade de envios, diminuindo os prazos de entrega para nossos lojistas e consumidores finais”, complementa Cunha.

Fundada em 2014, a Mandaê é uma plataforma logística que conecta os pequenos e médios comércios eletrônicos com transportadoras, traçando a melhor rota para cada encomenda enviada. A logtech foi adquirida pela Nuvemshop em 2021 com o objetivo de fornecer melhores serviços de entrega para seus mais de 100 mil pequenos e médios lojistas.

Varejistas brasileiras desbancam a Shopee na Black Friday

A maior empresa de comércio eletrônico com sede em Singapura, deixa de ser o site mais acessado pelos consumidores.

Shopee sofre queda de vendas na Black Friday.
Após registrar prejuízos milionários, Shopee, a maior empresa de comércio eletrônico do Sudeste Asiático, sofre revés para varejistas brasileiras e amarga a 9° posição na Black Friday.
Após registrar prejuízos milionários, a Shopee amargou no ranking de vendas na Black Friday, a maior empresa de comércio eletrônico com sede em Singapura, é desbancada por empresas varejistas brasileiras, sofrendo um baita revés curioso.

Segundo os dados da Cortex, uma empresa com referência em inteligência de dados para marketing e vendas, a Shopee deixou o posto de site mais acessado pelos consumidores durante o evento realizado em 2021 e amargou a 9° posição no período entre os dias 21 e 27 de novembro de 2022.

Neste ano, a Americanas desbancou a Shoppe e liderou o ranking, subindo do 15° lugar para a primeira colocação.

A gigante Amazon ocupou o segundo lugar e a Apple ficou em terceiro, seguida por Casas Bahia, Magazine Luiza e Mercado Livre, nessa ordem.

Shopee oferece dezenas de vagas de emprego para trabalhar em São Paulo
Desde 2019, a Shopee atua no Brasil com o objetivo de construir bases sólidas no país, contribuindo para a aceleração da economia local. Atualmente, existem dezenas de vagas de emprego abertas em São Paulo para diversos níveis de escolaridade, com oportunidades em todos os ramos de atuação da empresa no país, desde tecnologia (produtos) a profissionais de relacionamento, operações, logística e gestão, o que fortalece diferentes áreas da economia local. Cadastre o seu currículo!

Brasileiros gastam o dobro na Black Friday 2022
As vendas globais da Black Friday mais uma vez superaram o ano anterior. De acordo com a Admitad, empresa de TI que detém um dos maiores ecossistemas do mundo de tecnologia para performance, o volume de pedidos realizados pelos brasileiros aumentou em 59% em relação ao último ano.

Além disso, o valor da carrinho (preço médio) teve aumento de 109% durante a semana de promoções em comparação com o período normal. Mais uma vez, as três categorias com maior volume de vendas foram vestuário, artigos para a casa e decoração e eletrônicos. Já a tradicional queridinha categoria de eletrônicos caiu significativamente neste ano.

Primeiros resultados da Black Friday 2022 indicam uma sexta-feira ‘morna’ no varejo nacional

Resultdos da Black Friday 2022 – Enquanto as vendas de TV continuam sendo um “clássico das Copas” no varejo. Fator que ganhou um “empurrãozinho” a mais neste ano, com as tradicionais promoções de novembro, em razão da Black Friday, colaborando para um crescimento de 51% nas vendas do item (em unidade) durante o mês passado; o mesmo não se pode dizer do comércio de “móveis, eletrodomésticos e outros itens de departamento” de uma forma geral.

No que indicam os primeiros resultados da Black Friday 2022, a categoria foi a que apresentou a maior retração no faturamento durante a ocasião, com queda de 3,6% frente ao ano anterior, segundo levantamento da Cielo.

A queda das vendas de móveis e eletros na data podem ser tanto justificadas do ponto de vista da antecipação das compras, sobretudo de televisores, durante a primeira metade do mês de novembro, como acredita o superintendente de dados e inovação da Cielo, Vitor Levi; quanto, como sabemos, pela desaceleração na procura por mobiliário neste ano, com o comércio varejista de móveis acumulando queda 9,9% de janeiro até agosto, e de -14,3% no acumulado em 12 meses, também até agosto, último levantamento realizado pelo IEMI – Inteligência de Mercado.

Importante ressaltar, aqui, o impacto da inflação na ponta do setor. Se a carga inflacionária vem pesando no consumidor brasileiro de uma forma geral, no setor de móveis este peso é ainda maior, com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumulando um aumento superior a 14% sobre os níveis de preços do mobiliário nacional em 2022.

Alta inflacionária que vem comprometendo não só os preços, mas o acesso ao crédito e às taxas de juros, cada vez mais altas e inacessíveis para o consumidor brasileiro, em especial no grande varejo. Embora a Black Friday 2021 também não tenha alavancado as vendas de móveis em novembro do ano passado.

Com uma sexta-feira considerada “morna” pelos especialistas, o maior acerto por parte dos lojistas na Black Friday 2022, contudo, parece mesmo ter sido a antecipação das promoções ao longo de todo o mês de novembro. Especialmente considerando o início da Copa do Mundo de Futebol. Ou seja, poderia ser pior.

De acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), as vendas do varejo brasileiro de uma forma geral durante a data cresceram 6,9% em faturamento comparando-se aos resultados de 2021. Segundo o mesmo levantamento,o comércio eletrônico registrou alta de 21,1% enquanto o faturamento no universo físico subiu 5,4%.

Resultado superior ao do ano passado, portanto, quando o comércio nacional, sobretudo o físico, começava finalmente a se “livrar” dos impactos mais singulares causados pela pandemia no segmento; mas ainda 2,8% inferior aos da Black Friday de 2019, ano pré-Black Friday Promoções,Coronavírus.

Itens de menor valor agregado e de consumo imediato foram os destaques da edição deste ano. O segmento que mais se destacou em 2022 foi “drogarias e farmácias”, com crescimento de 25,9% nas vendas. Seguido de “turismo e transporte (+25,1%); “cosméticos e higiene pessoal (+22,2%); “alimentação – bares e restaurantes (+18,6); “vestuário (+11,8%); “supermercados e hipermercados (11,7%)”, “varejo alimentício especializado” (+10,3%); “livrarias, papelarias e afins” (9,4%); “veterinárias e pet-shops” (+6,7); “óticas e joalherias” (+4,6%); e “materiais para construção” (4,3%).

E-commerce na Black Friday 2022

Resultados da Black Friday 2022 no comércio eletrônico – Relatório da NielsenIQ | Ebit, em parceria com a Bex Pay, divulgado no sábado (26) — dia imediatamente seguinte à Black Friday —, demonstra cenário um tanto diferente no e-commerce. De acordo com as insitutições, houve uma queda de 23% no faturamento bruto do e-commerce brasileiro neste ano em relação a 2021.

Outros relatórios, como da Neotrust junto a ClearSale, falam num declínio ainda maior: superior a 34,1% na mesma comparação.

Já o faturamento bruto do e-commerce brasileiro na chamada Cyber Monday, segunda-feira pós Black Friday, recuou 12% na comparação com o mesmo período de 2021, dessa vez segundo o relatório da Nielsen da Bex Pay divulgado na terça-feira (29).

Considerando todo o mês de novembro, contudo, e, como já citamos, a antecipação das promoções ao longo de todo mês, esse recuo se mostra muito mais estável: na casa dos 6% (até o último levantamento).

Na busca por compreender tal variação, no entanto, Marcelo Osanai, head de e-commerce da NielsenIQ, relembra que neste ano o comércio físico encontra-se muito mais reajustado e menos influenciado em relação à pandemia do que no ano passado. O que justifica, em parte, o retorno dos investimentos dos consumidores brasileiros ao varejo offline.

“Foi um ano de mudanças no comportamento dos consumidores digitais. O e-commerce competiu de maneira mais decisiva com as lojas físicas, já que o isolamento promovido por conta da pandemia reduziu a quase zero e as pessoas voltaram a circular. O ambiente macroeconômico também está mais desafiador e isso impactou o bolso do brasileiro, assim como as vendas das lojas”, explicou, ressaltando que o e-commerce se mantém vivo e forte no País.

Uma citação importante de se considerar para além da Black Friday. Demonstrando mais do que a resiliência, inegável e — ainda acreditamos — inigualável, do varejo físico, a importância de se pensar no comércio e na sua loja como um espaço cada vez mais figital, integrando ofertas, ações e atendimento no mundo físico e no digital, para sair na frente e alcançar as melhores oportunidades em todas as esferas.

Estudo apresenta tendências e oportunidades para o e-commerce na América Latina

Um estudo produzido pela Latitud traz diversos insights sobre as tendências que o e-commerce passará, no curto e no longo prazo, na América Latina. Entre os tópicos, a empresa destaca a característica de população majoritariamente jovem (ou de hábitos jovens), com o uso cada vez maior dos smartphones para as compras online. Neste podcast, inclusive, executivos da Nuvei falam no Entre Amigos, do E-Commerce Brasil como a região é promissora no comércio eletrônico.

Na América Latina, o e-commerce já soma um mercado de cerca de US$ 100 bilhões. Entretanto, o levantamento mostra que esse valor deverá aumentar consideravelmente nos próximos anos. Na pandemia, por exemplo, a taxa de penetração do e-commerce foi acelerada em quase três anos na região. De 4,9% de crescimento em 2019, a evolução quase dobrou, para 9%, em 2020, e chegou a 10,8% em 2021. As projeções são de avanço para 11,7% em 2022 e 13,6% em 2025.

Espaço de sobra para o e-commerce crescer na América Latina
Por conta das barreiras sanitárias impostas pela pandemia, mais de 10 milhões de pessoas realizaram sua primeira compra no e-commerce. Ainda assim, o estudo mostra que ainda existe muito espaço para crescimento do e-commerce na região. A taxa de penetração de 10,8% em 2021, por exemplo, é quase a metade dos 20,8% dos Estados Unidos e 27,7% da China — o que demonstra ainda existir importante espaço para crescimento na região.

Vale reforçar que, na América Latina, o Brasil lidera o ranking com 128 milhões de compradores digitais no país. Na sequência, destaque para o México, com 60 milhões, e Argentina, com 25 milhões.

Tendências, oportunidades e desafios para o e-commerce
Outro ponto importante do estudo está em relação às principais tendências para o presente e o curto prazo no e-commerce da América Latina. Entre os principais, a empresa destacou:

*mobile-first;

*digitalização de pagamentos;

*aceleração do comércio eletrônico transfronteiriço;

*crescimento de produtos digitais;

*surgimento do comércio social e da lealdade como moeda.

Outro dado interessante do estudo: existe um uso cada vez mais acentuado de smartphones para todo tipo de tarefa, inclusive as compras cotidianas. Não por acaso, os aplicativos de compras estavam entre os aplicativos móveis mais baixados em 2021, com 59% dos downloads, contra 39% em 2018.

E-commerce na América Latina deve chegar a US$ 200 bi em 2025
Outra tendência para o comércio eletrônico nos próximos anos está no crescimento da aquisição de produtos e serviços digitais. Por consequência da pandemia houve um aumento significativo da compra de produtos digitais como streaming, e-books, videogames, e-learning e outros. Só a indústria de jogos cresceu mais de 30% em 2020. Além disso, o estudo afirma que produtores de bens digitais estão criando novos fluxos de receita, como por exemplo incorporando compras em jogos para receita recorrente.

O mercado de e-commerce na América Latina deve chegar a US$ 200 bilhões em 2025. Além disso, a pandemia levou ao investimento em novos modelos de negócio no e-commerce, como social commerce e agregadores que fornecem curadoria em seus marketplaces. Ambos os modelos se beneficiam de efeitos de rede, ou network effects. Existe ainda um interesse maior em provedores logísticos que levem o meio ambiente em consideração.

Desafios para o e-commerce na América Latina
Apesar das diversas tendências, o estudo ressalta que a América Latina é um mercado desafiador que exige planejamento inteligente e parceiros experientes. Entre os desafios a enfrentar, em termos de crescimento exponencial do e-commerce, estão:

*o ambiente regulatório diversificado e fluido;

*as implicações tributárias complexas;

*a combinação de preferências de pagamento do consumidor.

Uma outra ressalva do estudo é em relação à logística. Para os empreendedores do e-commerce, o documento adverte que “os operadores tradicionais de logística e entrega são caros e pouco confiáveis”. Isso porque os dados mostram que ainda há problemas com atrasos nas entregas, baixo índice de confiabilidade, atrasos alfandegários transfronteiriços e, por fim, corrupção. O estudo completo pode ser baixado neste link.

Faturamento da Cyber Monday cai 12%, aponta pesquisa

NielsenIQ avalia que compras foram diluídas por todo o mês de novembro devido à estratégia dos vendedores de disseminar ofertas e dos compradores, de monitorar preços.
O faturamento bruto do comércio online brasileiro caiu 12% na Cyber Monday (28), data em que as empresas costumam fazer uma ‘queima’ do estoque restante da Black Friday, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os dados são de uma pesquisa da NielsenIQ|Ebit, empresa de análise de vendas virtuais, em parceria com a Bex Pays. No acumulado de novembro até a última segunda-feira, o desempenho do faturamento ficou 6% abaixo do ano passado.

Se o balanço não foi tão animador, alguns setores mostraram altas. O grupo de Alimentos e bebidas registrou aumento de 20,4% nos pedidos, impulsionado pelo salto de 606,1% das bebidas não alcoólicas e 399,3% de cestas básicas.

O monitoramento da NielsenIQ|Ebit também mostra que as lojas digitais perderam 23% do faturamento bruto em relação a 2021 na Black Friday, sexta-feira destinada a promoções e descontos. As principais quedas vieram do grupo de Eletrônicos (26,7%) e Alimentos e bebidas (22,1%).

O head de e-commerce da NielsenIQ, Marcelo Osanai, avalia que as compras ficaram diluídas durante todo o mês de novembro, que ganhou mais importância do que as datas em si.

Segundo ele, o resultado foi provocado tanto pela estratégia das lojas em disseminar as oportunidades em vários dias quanto dos compradores, de atenção às promoções e variações de preços.

“Foi um ano de mudanças no comportamento dos shoppers. O e-commerce competiu de maneira mais decisiva com as lojas físicas, já que o isolamento promovido por conta da pandemia reduziu a quase zero e as pessoas voltaram a circular. O ambiente macroeconômico também está mais desafiador e isso impactou o bolso do brasileiro, assim como as vendas das lojas”, afirmou Osanai.

Esse movimento de antecipação das compras foi observado no chamado ‘esquenta’ da Black Friday. Nos sete dias anteriores à data, houve crescimento de 8% nas vendas do comércio online.

Já nos primeiros 25 dias de novembro, ou seja até a Black Friday, o segmento de Games teve aumento de 27,8% no faturamento bruto em comparação com o mesmo período do ano passado. Em seguida aparecem os grupos de Eletrônicos, com 9%, e Casa e decoração, com 9%.

No caso do segmento de Alimentos e Bebidas, houve alta de 13,8% nos pedidos, devido à mudança de hábitos dos brasileiros de comprar esse tipo de produto virtualmente, mas com queda de 3,3% no faturamento.

Copa do Mundo e cenário econômico tiram foco da Cyber Monday

Voltada a descontos para eletroeletrônicos, a segunda-feira seguinte à Black Friday vem em segundo plano neste ano; retorno dos fabricantes é de que o mercado não está aquecido.

O calendário estendido de promoções da Black Friday 2022 e o foco do varejo em chamar a atenção do consumidor durante a Copa do Mundo 2022, realizada no mesmo período, deixaram a Cyber Monday, segunda-feira seguinte à Black Friday voltada a descontos para eletroeletrônicos, em segundo plano neste ano.
“A Cyber Monday embarcou nas promoções alongadas durante o mês, a ‘Black November’, este ano, já que a Copa foi ganhando espaço não só na cabeça do consumidor, mas do varejo”, diz Fernando Baialuna, diretor de varejo da consultoria GfK.

A atenção do consumidor aos jogos da seleção brasileira e a animação em torno da Copa do Mundo do Catar não são os principais motivadores das perspectivas conservadoras de vendas do setor entre fabricantes e varejistas no mês da Black Friday e da Cyber Monday.
“O varejo, desde o Dia das Mães, vem reportando números difíceis de vendas para o usuário, e o retorno que temos dos fabricantes é de que o mercado não está aquecido”, afirma Reinaldo Sakis, gerente sênior de pesquisa e consultoria da IDC Brasil.

“Os resultados do setor para vendas de celulares, computadores, tablets e dispositivos vestíveis (wearables) estão abaixo dos volumes esperados”.
“Olhando para o cenário nacional, e os retornos do mercado de que o brasileiro está com a renda comprometida, a Black Friday e Cyber Monday não devem ter vendas excepcionais, embora haja uma concentração de vendas e de descontos mais altos nessas datas”, analisa Sakis.

O reflexo deste cenário foi o resultado do e-commerce com eletroeletrônicos nesta Black Friday. A categoria líder nas listas de compras dos brasileiros nesta época do ano teve uma queda de 28,7% em faturamento bruto no e-commerce na sexta-feira (25), em relação à data equivalente de 2021, mostra uma pesquisa da consultoria NielsenIQ|Ebit.

Já ao longo do mês, até o dia 25 de novembro, as vendas brutas do segmento nas lojas on-line tiveram alta de 9,5%.
Criada como uma forma de incentivar as vendas on-line logo após a Black Friday, nos Estados Unidos, e oferecer serviços complementares aos produtos comprados pelos americanos na sexta-feira, a Cyber Monday foi se concentrando em promoções de eletroeletrônicos. Por aqui, entretanto, ainda não é uma data significativa de vendas em relação à Black Friday.

“O Brasil nunca foi um país que colocou foco na Cyber Monday de maneira clara, e esse é um ano atípico por conta do mundial de futebol”, observa Baialuna. No ano passado, as vendas da Cyber Monday recuaram 6,2% em unidades vendidas e 5,7% em faturamento no país, na comparação com 2020, segundo levantamento da GfK.

Já em 2020, a data teve uma boa performance de vendas, refletindo a demanda por equipamentos para trabalhar ou estudar remotamente, no auge da pandemia da covid-19. O volume de vendas cresceu 7,7%, e o faturamento saltou 36,8% na segunda-feira de promoções de eletroeletrônicos de 2020 em relação à data equivalente em 2019.

De 2018 a 2021, a Cyber Monday teve uma participação de 18% a 17,3% no volume de vendas de eletroeletrônicos dos períodos de Black Friday e antecipação da Black Friday, informa a GfK. No ano passado, a sexta-feira de promoções gerou 42,2% das vendas na categoria no país e a prévia, ou “esquenta” da Black Friday, gerou 40,5%.
Para a distribuidora de eletroeletrônicos RCell, a demanda do varejo por celulares nesse período de promoções continua aquecida, mas com um valor médio de compra (ticket médio) mais baixo, em relação ao de 2021.
De 1º a 20 de novembro, as vendas de celulares da distribuidora aumentaram 39%, para 543 mil unidades, na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o tíquete médio recuou 10%, de R$ 1.000 para R$ 900.