Brasil e Reino Unido assinam memorando de entendimento na OMC

Ajustes garantirão que o Brexit não prejudique fluxos comerciais do Brasil com a União Europeia e Reino Unido.

O Brasil e o Reino Unido concluíram as negociações referentes à repartição do volume das quotas tarifárias de importação (TRQs) da União Europeia (UE) entre o bloco europeu e o Reino Unido, em decorrência da saída do Reino Unido do bloco (Brexit). Memorando de Entendimento nesse sentido foi assinado na quinta-feira, 17, na Organização Mundial do Comércio (OMC), informam em Nota Conjunta os Ministérios das Relações Exteriores, da Economia e da Agricultura.

Conforme comunicado do Ministério da Agricultura, após mais de quatro anos de negociações, o acordo proporcionará ajustes com relação à repartição aplicada provisoriamente por UE e Reino Unido desde 2021.

Esses ajustes garantirão que o Brexit não prejudicará os fluxos comerciais regulares do Brasil com a UE e com o Reino Unido, de produtos agrícolas e não agrícolas. Os volumes negociados levaram em consideração as exportações de períodos anteriores do Brasil para os países europeus.

O Brasil já havia concluído as negociações com a UE no último dia 14 de setembro. Após a conclusão dos trâmites de formalização do acordo no âmbito interno dos dois parceiros e no âmbito da OMC, o resultado será incorporado às listas de compromissos da UE e do Reino Unido na OMC, disse o ministério na nota.

Conforme as regras da OMC, os detalhes do acordo ainda têm caráter reservado. O Brasil confia que as novas condições acordadas serão implementadas pelos parceiros com a maior brevidade possível, para que os exportadores brasileiros possam delas se beneficiar já no início do segundo semestre de 2023, quando se iniciam os “anos-quota” regulares para a maioria das TRQs.

Black Friday deve movimentar R$ 4,2 bilhões em 2022, diz CNC

Caso a projeção da CNC se concretize, o volume de vendas será 1,1% maior do que no ano passado

A Black Friday no Brasil deve movimentar aproximadamente R$ 4,2 bilhões em 2022, segundo pesquisa divulgada na última quarta-feira (9), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O valor é 1,1% maior em comparação com a mesma data no ano passado, descontada a inflação.

Caso a projeção da CNC se concretize, a Black Friday vai registrar a maior movimentação financeira desde que a data foi incorporada ao calendário do varejo nacional, em 2010. Neste ano, a data em que lojistas promovem uma série de descontos em diversos produtos acontece no dia 25 de novembro.

De acordo com o levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, as vendas na Black Friday registraram um ‘boom’ desde o início da pandemia de Covid-19, já que a crise sanitária “acelerou o processo de digitalização do consumo”.

Em 2020, elas avançaram 13,2% em relação ao evento do ano anterior.

Outro diferencial para a Black Friday em 2022 é a Copa do Mundo no Catar, que tem início previsto para 20 de novembro. Somente com produtos relacionados ao mundial, o varejo brasileiro espera faturar cerca de R$ 1,48 bilhão.

“Os segmentos de móveis e eletrodomésticos (R$ 1,09 bilhão) e de eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 0,92 bilhão) deverão responder por quase metade da movimentação financeira prevista para a data. Tendem a se destacar ainda os ramos de hiper e supermercados (R$ 0,91 bilhão) e de vestuário, calçados e acessórios (R$ 0,77 milhões)”, destaca um trecho da pesquisa da CNC.

A expectativa otimista está atrelada à menor pressão inflacionária. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o IPCA, em novembro do ano passado, era de 10,7%, o maior desde o início de 2016. Já para novembro de 2022, a expectativa é um patamar inferior.

Na contramão, a taxa de juros aparece como um dificultador para o consumidor brasileiro, segundo o levantamento. A taxa de juros atualmente no Brasil está em 13,75% ao ano. Em novembro de 2021, os juros eram de 9,25% ao ano, de acordo com os dados do Banco Central (BC).

Por fim, a CNC fez um levantamento para avaliar o potencial de descontos efetivos durante a Black Friday. Por 40 dias, a entidade coletou 180 preços dos itens mais buscados pela internet e descobriu que 39% deles revelaram tendência de redução.

Os principais destaques da pesquisa foram as quedas de 17% no valor de sapato masculino, 13% em lavadora de roupa, 10% em smartwatch e 8% em fones de ouvido.

A CNC comemorou o resultado da Pesquisa Mensal do Comércio divulgada pelo IBGE, que apontou um crescimento de 1,1% nas vendas de setembro, o melhor resultado para o mês desde 2019. A entidade esperava uma alta de 0,7% em relação a agosto.

“O varejo fechou o terceiro trimestre de 2022 em aceleração, indicando, assim, perspectivas favoráveis para os três últimos meses do ano – período no qual o comércio contará com eventos relevantes, tais como: Natal, Copa do Mundo e Black Friday”, destacou a confederação.

Black Friday, Dia do Solteiro e dos Supermercados: novembro será mês das promoções

Num cenário de poder de compra reduzido e produtos mais caros, três datas prometem mobilizar os consumidores em novembro em busca de preços mais atrativos: além da já tradicional Black Friday, este ano realizada no dia 25, o Dia do Solteiro, no dia 11, e o Dia dos Supermercados, no dia 12, devem impulsionar as vendas. O mês das promoções terá ainda descontos para quem está negativado regularizar as dívidas.

– Ter três datas num único mês é interessante, mesmo que uma delas ainda não tenha uma cultura consolidada, mas que pode ganhar força ao longo dos anos. Sem dúvida pode levar a um aumento substancial de vendas e boas oportunidades para o consumidor – avalia Marcos Caiado, da Escola de Negócios da PUC-RJ.

Um levantamento encomendado pelo Google ao Instituto Ipsos, divulgado em setembro, apontou que depois de dois anos com medidas de distanciamento social, a expectativa é que sete em cada dez brasileiros irão às compras na Black Friday de 2022, principal evento de preços reduzidos do ano no Brasil.

Roupas e acessórios aparecem em primeiro lugar (47%), seguidos por livros e itens de papelaria (43%), antecipando compras de material escolar. Calçados (38%) e celulares (36%) seguem a lista, além de eletroportáteis (33%), o que sinaliza que os entrevistados querem equipar a casa para a Copa do Mundo e Natal.

Coordenador do Núcleo de Varejo da FGV Rio, Ulysses Reis analisa que as três datas devem mobilizar as varejistas, aumentando as vendas. Segundo ele, quem puder deve antecipar as compras de fim de ano, já que no período natalino os preços tendem a subir.

– A partir de 15 de novembro temos o pagamento da primeira parcela do 13º e em dezembro, lojistas de shopping pagam um aluguel dobrado. Com mais custos, não tem jeito, o lojista sobe os preços – explica.

Reis também orienta que consumidores que preferirem as lojas físicas devem ficar atento a chamada “desova“ dos estoques, quando os lojistas reduzem os preços de produtos parados antes da Black Friday – e que podem ter preços mais vantajosos.

Mas é preciso cuidado: com quase 40% da população adulta negativada, como mostrou pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), antes de ir às compras e acabar cedendo aos impulsos de descontos atrativos, consumidores precisam se planejar e avaliar bem o que é ou não necessário para evitar ainda mais endividamento.

Dia do Solteiro

A data que estimula pessoas solteiras a comprar presentes é uma oportunidade para comprar roupas, calçados, acessórios e pequenos objetos de decoração, por exemplo, mas também smartphones e até drones.

O dia é uma tradição na China há quase três décadas, mas foi a partir de 2009 que se tornou o maior evento de compras do mundo, com o impulso do conglomerado Alibaba. Dados do setor apontam que, em 2021, o Dia do Solteiro chinês teve um faturamento 2,8 vezes maior que a Black Friday dos Estados Unidos.

Um das marcas do grupo Alibaba, a gigante do e-commerce AliExpress trouxe a data para o Brasil no ano passado. Nesta segunda edição, a empresa promete descontos de até 90%, além de iniciativas para impulsionar ainda mais as vendas, como live-ecommerces (vendas ao vivo) em português, descontos progressivos, cashback e frete grátis.

Mas a AliExpress não está sozinha. O dia 11 vai coincidir com o Dia Shopee de novembro, dia que concentra, uma vez ao mês, as maiores promoções da plataforma de vendas. A Black Friday antecipada do marketplace terá descontos de até 50% e cupons de frete grátis.

Já a Shein também vai celebrar a data dupla, que acontece nos mesmos moldes da Shopee, até o dia 14, antecipando ofertas da Black Friday. Os descontos começaram em 22 de outubro, e até o fim da campanha, chegam a 90% em peças selecionadas. Além disso, a empresa vai distribuir cupons de frete grátis, cartões presente de R$ 800 e sortear 99 clientes para um pedido totalmente gratuito.

Black Friday dos mercados

Apesar da deflação de setembro, terceira queda consecutiva do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo IBGE, a inflação dos alimentos continua pesando no bolso das famílias, com a alimentação em casa acumulando alta de 13,28% nos últimos 12 meses.

Neste cenário, a “Black Friday dos Supermercados” pode ser uma boa oportunidade para encher o carrinho e se preparar para as festas de fim de ano.

A data, criada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) para aquecer o consumo em meio a alta dos preços, acontece pela primeira vez em 2022 e será celebrada anualmente no segundo sábado de novembro.

Segundo a entidade, segmentos da indústria, como de bebidas, carnes e laticínios, estão antecipando ofertas do fim do dia 25 para impulsionar os descontos no dia 12. Ainda segundo a Abras, redes como a catarinense Top, o grupo Muffato, do Paraná, e a Nordestão, do Rio Grande do Norte, aderiram à data.

No Rio, no entanto, o movimento ainda é tímido. O Intercontinental, com 20 unidades na Região Metropolitana, planeja promoções em diversos segmentos de produtos no dia 12, mas os percentuais de desconto ainda não foram definidos.

Já outras redes vão focar em descontos apenas na Black Friday tradicional. É o caso das redes Mundial, Pão de Açúcar e Mercado Extra, que planejam promoções no fim de semana da Black Friday.

Black Friday

A já tradicional Black Friday encerra o mês com os descontos focados em eletrônicos e eletrodomésticos, principalmente nas vendas online. Mas ainda faltando quase duas semanas para o dia 25, grandes varejistas como Magalu, Americanas e Via Varejo, dona das Casas Bahia e Ponto Frio, já estão em ritmo de esquenta, com promoções antecipando a data.

Historicamente como produto mais procurado pelos consumidores, segundo o setor as televisões devem bater recorde de vendas este ano por conta de uma coincidência inédita: a Copa do Mundo começa no dia 20, cinco dias antes da Black Friday.

Representante do Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Economia Digital (camara-e.net), Gerson Rolim explica que o setor está aquecido, com um crescimento de 4,3% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.

– O segundo semestre costuma ser maior em vendas do que o primeiro por conta das sazonalidades do Dia das Crianças, Black Friday e Natal, mas esse ano é mega atípico com a Copa. As pessoas querem ver os jogos numa tela maior, de melhor resolução e com um bom sistema de som. Estamos muito otimistas. A expectativa é de descontos de pelo menos 20% a 50% – afirma.

Além das TVs, as vendas de celulares também devem aumentar por conta do torneio – com consumidores investindo em celulares turbinados para assistir os jogos mesmo quando estiverem distantes de uma televisão – assim como o segmento de vestuário e acessórios esportivos, como camisas da Seleção Brasileira, chuteiras e bolas de futebol.

Promoção para limpar o nome

Os descontos não ficarão restritos a hora de comprar roupas, calçados, eletrodomésticos e eletrônicos: quem está com o nome sujo também terá neste mês oportunidades de renegociar débitos e se preparar para começar 2023 com mais tranquilidade.

A Serasa já iniciou o Feirão Limpa Nome, que reúne 260 empresas dos segmentos de telefonia, bancos, varejo e universidades, entre outros. Os descontos podem chegar a 99% da dívida, com negociação em até três minutos e baixa da negativação em até 24 horas.

O Feirão vai até o dia 5 de dezembro. A negociação pode ser feita no site da iniciativa (serasalimpanome.com.br), no aplicativo da Serasa (disponível no Google Play e App Store), por telefone (no 0800 591 1222), pelo WhatsApp (11 99575-2096) ou presencialmente em qualquer agência dos Correios.

Dívidas com bancos também podem ser renegociadas no Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira, que reúne instituições bancárias e financeiras de todo o país. A iniciativa é uma ação conjunta da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), do Banco Central do Brasil (BCB), da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e dos Procons de todo o país.

Podem participar pessoas físicas com dívidas sem bens dados como garantia e com parcelas de empréstimos e financiamentos em atraso. A negociação pode ser feita através dos canais oficiais dos bancos (meubolsoemdia.com.br/Materias/mutirao-da-negociacao) ou no site da Senacon (consumidor.gov.br).

Cuidado para não se endividar

Antes de ir às compras, o consumidor deve avaliar o que realmente é uma prioridade, fugindo de ofertas tentadoras, mas desnecessárias. Além disso, é importante analisar o orçamento e entender se aquela compra cabe nas finanças da família, para evitar não se endividar e acabar nos cadastros de devedores.

Assessor jurídico da Área de Relacionamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), David Douglas Guedes defende que o planejamento deve estar aliado à pesquisa de preços: ganha mais quem se organiza para as datas promocionais.

– A Black Friday, por exemplo, nos dá muitas opções de consumo e é muito esperada por aqueles que se planejam para comprar itens mais caros. É um período bacana nesse aspecto – avalia.

Uma pesquisa feita pelo Mercado Livre, com base nos 10,5 mil usuários do banco digital da plataforma, o Mercado Pago, mostrou que 80% dos brasileiros pretende gastar até R$ 2 mil na Balck Friday. Com o ticket médio elevado, 85% pretendem parcelar as compras.

Para Guedes, pagar a vista é a melhor opção para não precisar comprometer o orçamento por mais tempo. E mesmo quem se planejou deve reavaliar o gasto na hora da compra:

– O planejamento é importante porque a pessoa já quer e precisa daquele item, consegue avaliar durante um tempo essa necessidade. Mas ainda assim precisa fazer aquele julgamento: Eu preciso disso? É importante? Vai comprometer meu orçamento nos próximos meses, caso o pagamento seja parcelado?

Como não cair em armadilhas

Seja no mercado, nas lojas de roupas e calçados ou na hora de comprar uma nova TV na black friday das grandes varejistas, quem quiser garantir bons descontos precisa, antes de tudo, pesquisar os preços dos produtos desejados para não cair em nenhuma oferta “pela metade do dobro”.

Sites como Zoom, Buscapé e BondFaro, que comparam preços, são boas ferramentas para o acompanhamento das preços, além dos Procons e o site Reclame Aqui, onde é possível consultar a reputação da empresa, se ela cumpre suas obrigações e como lida com problemas com o consumidor.

Outro cuidado deve ser com a segurança nas compras online: detalhes como a presença do “https” no início do endereço do site, o cadeado no canto direito da barra de navegação e selos de segurança indicam que o portal é confiável.

– Temos muitas fraudes nesse período. Muitas pessoas mal intencionadas usam nomes muitos parecidos aos de grandes varejistas para cometer fraudes. É preciso estar atento – orienta David Douglas Guedes, do Idec. A entidade reúne em seu site (idec.org.br/blackfriday) uma página com dicas e recomendações para que o consumidor não caia em pegadinhas.

Quem encontrar alguma oferta falsa, deve prestar queixa ao Procon. Já se for vítima de fraude, o consumidor precisa registrar um boletim de ocorrência numa delegacia.

Vai adiantar as compras do Natal? Atenção

Antes de ir às compras, o consumidor deve avaliar o que realmente é uma prioridade, fugindo de ofertas tentadoras, mas desnecessárias. Além disso, é importante analisar o orçamento e entender se aquela compra cabe nas finanças da família, para evitar não se endividar e acabar nos cadastros de devedores.

Assessor jurídico da Área de Relacionamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), David Douglas Guedes defende que o planejamento deve estar aliado à pesquisa de preços: ganha mais quem se organiza para as datas promocionais.

– A Black Friday, por exemplo, nos dá muitas opções de consumo e é muito esperada por aqueles que se planejam para comprar itens mais caros. É um período bacana nesse aspecto – avalia.

Uma pesquisa feita pelo Mercado Livre, com base nos 10,5 mil usuários do banco digital da plataforma, o Mercado Pago, mostrou que 80% dos brasileiros pretende gastar até R$ 2 mil na Black Friday. Com o ticket médio elevado, 85% pretendem parcelar as compras.

Para Guedes, pagar a vista é a melhor opção para não precisar comprometer o orçamento por mais tempo. E mesmo quem se planejou deve reavaliar o gasto na hora da compra:

– O planejamento é importante porque a pessoa já quer e precisa daquele item, consegue avaliar durante um tempo essa necessidade. Mas ainda assim precisa fazer aquele julgamento: Eu preciso disso? É importante? Vai comprometer meu orçamento nos próximos meses, caso o pagamento seja parcelado?

China: melhorar os índices de logística reflete a recuperação econômica do país

Vários índices de logística recentemente reverteram suas trajetórias de queda com melhorias na demanda do mercado e nas operações comerciais, indicando que o motor econômico da China está a caminho de voltar graças a políticas acordadas de pró-crescimento.

Durante o feriado nacional da semana passada, as empresas de entrega expressa da China ficaram lotadas de pedidos, lidando com mais de 4,1 bilhões de encomendas no total, informou a Agência dos Correios do Estado no último sábado (8).

Um índice da indústria mostra que o mercado de correio da China se recuperou de seus baixos índices anteriores para se tornar vivo em setembro.

O índice de desenvolvimento de entrega expressa do país asiático, uma medida das atividades e tendências gerais de negócios de entrega expressa, chegou a 353,1 no mês passado, um aumento mensal de 13,5%.

O índice de logística de comércio eletrônico reverteu a contração de agosto subindo para 108,1, perto da alta deste ano de 108,9 registrada em fevereiro, segundo apontou uma pesquisa realizada em conjunto pela Federação Chinesa de Logística e Compras (CFLP, na sigla em inglês) e a gigante do comércio eletrônico JD.com.

E as melhorias não se limitam ao setor de comércio eletrônico. O índice que acompanha o desempenho do mercado de logística da China ficou em 50,6% em setembro, um aumento de 4,3% em relação a agosto, revertendo uma sequência de perdas de dois meses, segundo a CFLP.

Hu Han, pesquisador do Centro de Informações Logísticas da China, atribuiu a recuperação à implementação de macropolíticas, à recuperação constante do consumo doméstico, ao rápido crescimento em energia e logística, bem como à restauração da capacidade de abastecimento logístico.

A maioria dos subíndices apresentou alta no mês passado. O subíndice de novos pedidos ficou em 50,1%, acréscimo de 3,2% em relação a agosto, indicando um aumento nos pedidos e a recuperação da demanda no mercado de logística, observou He Hui, presidente adjunto da CFLP.

A infraestrutura logística do país asiático foi tranquila em setembro, disse Hu, destacando a forte resiliência da rede expressa de comércio eletrônico, conforme indicado pela rápida recuperação do volume de negócios e subíndices de novos pedidos.

Devido ao aumento nos pedidos e receitas, a lucratividade de empresas de tamanhos variados mostrou sinais de melhora, observou Hu, acrescentando que o desempenho das empresas no terceiro trimestre deste ano foi significativamente mais forte do que no trimestre anterior.

“À medida que as políticas para estabilizar a economia e apoiar as empresas gradualmente entraram em vigor, as operações comerciais no setor de logística tiveram uma melhora geral”, disse Hu.

Este ano, a China divulgou um pacote de medidas para combater as interrupções induzidas pela Covid e coordenar o controle da pandemia. No final de setembro, o primeiro-ministro chinês Li Keqiang pediu a implementação de políticas e pediu esforços para garantir uma logística tranquila e o fornecimento constante de carvão e eletricidade.

Em relação ao futuro, analistas acreditam que situações econômicas internacionais complicadas combinadas ao ressurgimento de casos de Covid-19 em várias regiões e à demanda fraca podem pesar nas operações de logística no quarto trimestre.

Dia das Crianças: Gastos com presentes devem ser maiores que no ano passado, mostra pesquisa Iasmin Rao Paiva

Mais brasileiros pretendem comprar presentes neste Dia das Crianças, e a média de preços que estão dispostos a pagar é mais alta do que em 2021, aponta pesquisa da empresa de inteligência analítica Boa Vista.

O estudo revela que 76% dos consumidores têm intenção de comprar presentes no feriado, um aumento de 12 pontos percentuais em relação aos que declararam o mesmo em 2021.

Além disso, o valor médio que esses consumidores estão dispostos a pagar também aumentou. O ticket médio do Dia das Crianças 2022 é de R$ 221, ante R$ 195 registrados no ano anterior.

Apenas 28% dos entrevistados demonstraram intenção de pagar mais pelos presentes em 2022, uma queda de 15 pontos percentuais em relação ao ano passado.

Mas 42% dos consumidores alegaram que pretendem gastar quantia similar ao ano de 2021, enquanto outros 30% afirmaram que gastarão menos.

Preços x necessidades
Mais da metade dos consumidores serão impactados pelos preços.

Ao todo, 36% afirmaram que vão levar os preços em conta neste Dia das Crianças, enquanto 29% apontaram que irão considerar a necessidade do presente como fator decisivo.

Outros fatores determinantes para o consumidor no feriado será a qualidade do produto, importante para 18%, o atendimento, importante para 10%, e a sustentabilidade das marcas, relevante para 4% dos consumidores, são outros fatores levados em conta.

O pagamento à vista será prioridade para 59% dos consumidores neste Dia das Crianças, aumento de 6 pontos percentuais em relação à 2021.

O meio de pagamento que mais será utilizado é o cartão de crédito, mencionado por 39% dos entrevistados, seguido pelo cartão de débito, escolhido por 26%, enquanto Pix foi mencionado em 16% das respostas.

Impacto da economia
O comportamento do consumidor no Dia das Crianças deve ser bastante influenciado pelo cenário econômico, na avaliação de Flávio Calife, economista responsável pela área de Indicadores e Estudos Econômicos da Boa Vista.

Para o especialista, faz sentido que os preços estejam na frente numa escala de prioridades, da mesma forma que o consumidor prefira pagar as compras à vista.

“O cenário econômico é um pouco mais delicado ao consumidor por conta da inflação e do aumento nas taxas de juros. A renda está mais comprometida e vimos que a inadimplência das famílias cresceu num ritmo forte desde o início do ano”, explica.

Calife também ressalta que o varejo físico voltou a ganhar espaço, mas o varejo online continua sendo importante.

Na avaliação do economista, muitos consumidores experimentaram as compras online durante a pandemia e perceberam que ela há uma série de vantagens, como comodidade, praticidade e segurança.

“Houve uma mudança de hábito no que se refere às compras online durante a pandemia e isso não se perdeu depois que as restrições deixaram de existir”, explica.

Plataformas
Dentre os meios mais buscados para realizas as compras para o Dia das Crianças, as redes sociais se destacaram como a principal plataforma de busca.

Segundo um levantamento da All In, da Locaweb, em parceria com a Opinion Box, cerca de 75% dos consumidores devem utilizar as redes como principal meio de busca de um presente para o feriado.

A preferência por esse meio se deve principalmente pela possibilidade dos consumidores terem acesso à avaliação de outros clientes, apurou o estudo.

Dentre as redes sociais, a mais popular é o Instagram, utilizado por 70% dos entrevistados, seguido pelo Google Shopping, com 55% e Facebook, com 53%. O YouTube é utilizado por 46% dos consumidores, e o WhatsApp, por 36%.

Varejo paulista deve registrar aumento de R$ 800 milhões nas vendas no mês do Dia das Crianças

Os desempenhos mais acentuados devem ser nas lojas de eletrônicos, perfumaria e vestuário.

Considerando a movimentação na primeira dezena de outubro, que antecede o Dia das Crianças, o varejo paulista projeta um aumento de R$ 800 milhões nas vendas, em comparação ao mesmo período do ano passado.

Segundo estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), se o esse montante for confirmando-se , o resultado indicará uma alta de 4% em relação ao registrado em outubro de 2021.

A previsão considera o faturamento de todas as atividades que, direta ou indiretamente, poderão se beneficiar do movimento de consumidores no período. No geral, o Dia das Crianças apresenta pouca influência para o varejo, mas provoca um impacto interessante no movimento de vendas nos dias em que a antecedem a data.

A ocasião afeta segmentos varejistas muito específicos, como brinquedos, vestuário e, mais recentemente, loja de eletrônicos (em virtude, principalmente, de videogames, smartphones e laptops).

Os desempenhos mais acentuados devem ser observados nas lojas de eletrônicos, perfumaria e vestuário. Os supermercados, por sua vez, devem apresentar uma movimentação menor em comparação ao ano passado.

Outro reflexo do Dia das Crianças para o comércio é antecipação das compras dos presentes de Natal, já que os clientes podem encontrar, em muitos casos, preços mais atrativos nesta época do que em dezembro. Além disso, diante da forte característica de entretenimento familiar, o Dia das Crianças poderá alavancar outras atividades, principalmente nos shopping centers.

Varejo está 1,1% acima do pré-pandemia e 5,2% abaixo do pico de 2020, diz IBGE

O volume de vendas do varejo chegou a agosto em patamar 1,1% acima do nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, as vendas operam 3,0% abaixo do pré-pandemia.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio e foram divulgados nesta sexta-feira, 7, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os segmentos de artigos farmacêuticos, combustíveis, supermercados e material de construção estão operando acima do patamar pré-crise sanitária.

O segmento de artigos farmacêuticos opera em patamar 20,1% acima do pré-crise sanitária; combustíveis e lubrificantes, 16,6% acima; material de construção, 1,6% acima; e supermercados, 2,3% acima.

Os veículos estão 8,4% aquém do nível de fevereiro de 2020; móveis e eletrodomésticos, 17,2% abaixo; vestuário, 14,6% abaixo; equipamentos de informática e comunicação, 13,8% abaixo; outros artigos de uso pessoal e domésticos, 3,8% abaixo; e livros e papelaria, 34,8% abaixo.

Abaixo de pico de 2020

Após um recuo de 0,1% no volume vendido em agosto ante julho, o varejo passou a operar 5,2% abaixo do pico alcançado em outubro de 2020, dentro da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio, iniciada em 2000.

Já o varejo ampliado, que caiu 0,6% em agosto ante julho, está em nível 8,7% aquém do ápice registrado em agosto de 2012.

E-commerce: pequenos e médios faturaram R$ 52 mi no trimestre

Levantamento da Nuvemshop sobre vendas pela internet no terceiro trimestre deste ano apontou que o faturamento de pequenos e médios lojistas no comércio eletrônico do Rio de Janeiro alcançou R$ 52 milhões no período, ante R$ 36 milhões em 2021, um aumento de 44%. O tíquete médio chegou a R$ 241, ante R$ 203 em 2021.

Os segmentos de moda e acessórios lideraram as vendas no período; e cartão de crédito e Pix foram os meios de pagamentos mais utilizados.

O levantamento foi realizado com a base de mais de 100 mil lojistas cadastrados na plataforma da empresa.

Já projeção da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) aponta que o período da Black Friday deve movimentar R$ 6,05 bilhões no comércio eletrônico brasileiro. Segundo o levantamento, o número de pedidos pela internat deve ultrapassar os 8,3 milhões. O estudo revela que as categorias mais aquecidas este ano serão: telefonia, eletrônicos, informática, eletrodomésticos e eletroportáteis, moda, beleza e saúde.

Apesar dos números volumosos, o montante representa um aumento de 3,5% em relação a 2021. Segundo a ABComm, o crescimento tímido é uma tendência para as datas especiais deste ano, mas não deixa de ser uma oportunidade importante para o empreendedor otimizar seus resultados.

O comércio eletrônico cresceu em média 3% no primeiro semestre de 2022 em relação aos primeiros seis meses de 2021, um pouco abaixo dos 5% previstos. Os motivos orbitam diversas variáveis, como o aumento dos combustíveis, já que a recente diminuição do preço não se aplicou ao diesel, que é responsável pela maior parte do transporte de produtos. A menor oferta de frete grátis também impacta as vendas. Uma pesquisa da ABComm aponta que o preço do frete pode influenciar até 90% a decisão de compra de um item nas vendas pela internet.

Outros motivos, como o boom do comércio eletrônico na pandemia, o retorno das vendas presenciais e eventos como Copa do Mundo e as eleições deste ano também podem afetar as vendas durante a Black Friday.

Em 2021, a modalidade “pick up in-store” na qual o cliente faz o pedido pela internet, mas retira presencialmente na loja, apresentou crescimento de 139% no período. Os dados demonstram a importância de o varejo virtual caminhar sempre ao lado do modelo tradicional.

Tendência de compra na Black Friday é maior que em 2021

Pesquisa aponta que 76% dos internautas pretendem fazer compras na data.

A tendência de compra na Black Friday 2022 é bem alta. É o que aponta pesquisa divulgada pela Ecglobal, empresa do Ecossistema Haus do Grupo Stefanini.

Um dos dados animadores apontados é que 76% dos mil entrevistados têm intenção de concretizar algum tipo de compra no período, contra 65% no ano passado.

Os insights oferecem a comerciantes e marcas dicas preciosas de como entender as intenções de compra dos clientes e criar boas estratégias de venda.

Com menos de dois meses para a grande sexta-feira de ofertas, varejistas e compradores já se preparam para a data. Segundo pesquisa do Instituto Reclame Aqui publicada em setembro, 46,4% das empresas já começaram os preparativos.

Do outro lado não é diferente. Dos entrevistados pela Ecglobal, 36% disseram que iniciam as pesquisas por produtos e acompanham os valores mais 30 dias antes. Outros 22% verificam com 16 a 30 dias de antecedência.

A análise também mostra que muitos consumidores veem os altos valores de frete, bem como falsas ofertas, como empecilho para as compras; por isso, usam sites de pesquisas. Para tanto, 57% usam sites de busca para pesquisa e 45% utilizam os domínios das marcas.

Outros 51% verificam em páginas de comparação de custo. Na escolha, o preço baixo, custo-benefício, qualidade e frete são os principais fatores mensurados.

A Black Friday também se mostra uma oportunidade para marcas que foram substituídas por outras durante a crise voltarem ao carrinho de compras do consumidor, que se mostra disposto a aproveitar as ofertas para voltar a consumir marcas da sua preferência.

Vamos às compras

Na lista de favoritos estão os eletrônicos de uso pessoal: eletrodomésticos (53%), eletrodomésticos em geral (48%), como geladeiras e fogões, e eletrônicos para casa (47%).

Pela ordem, a tendência são celulares, televisores, eletrônicos e eletrodomésticos. Já quando o assunto são presentes para pessoas queridas, há empate entre roupas, eletrônico de uso pessoal e itens beleza e perfumaria, todos com 32%.

“O resultado para as marcas é muito positivo. Os números de intenção de compra e itens para diversos setores subiram com relação a 2021. Este é um bom momento para retomar clientes e fidelizá-los”, afirma Alan Liberman, CGO e Co-CEO da Ecglobal.

A Copa do Mundo também entrou no orçamento dos entrevistados e deve ajudar a movimentar ainda mais o mercado. Além de roupas e camisas oficiais apontadas por 48%, assessórios (47%) e decoração (44%) tem tendência a serem adquiridos.

Há ainda uma gama de 42% de pessoas que pretendem aproveitar a Black Friday para adquirir produtos de extrema necessidade, que são utilizados no dia a dia das famílias, o que dá um parâmetro de como como a crise econômica impacta o poder de consumo e de compras do brasileiro.

Black Friday deve movimentar R$ 6,05 bilhões no e-commerce brasileiro

Se confirmado, esse valor vai representar, para o varejo online, um crescimento de 3,5% em relação ao ano passado.
A Black Friday de 2022 deve movimentar cerca de R$ 6,05 bilhões no e-commerce brasileiro, mostra levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Se confirmado, esse número vai representar, para o varejo online, um crescimento de 3,5% em relação à mesma data do ano passado.

O número de pedidos feitos online deve ultrapassar 8,3 milhões. O estudo revela que as categorias mais aquecidas na Black Friday deste ano serão telefonia, eletrônicos, informática, eletrodomésticos e eletroportáteis, moda, beleza e saúde.

A ABComm classifica o crescimento de 3,5% como “tímido” e destaca que esta é uma tendência para as grandes datas do varejo neste ano. Ressalta, porém, que a Black Friday e essas outras datas são oportunidades importantes para o empreendedor otimizar seus resultados.

O e-commerce cresceu em média 3% no primeiro semestre de 2022 em relação aos primeiros seis meses de 2021, um pouco abaixo dos 5% previstos. Entre os motivos para este resultado, está o aumento dos combustíveis. A menor oferta de frete grátis também impacta as vendas.

Outros motivos, como o boom do e-commerce na pandemia, o retorno das vendas presenciais e eventos como Copa do Mundo e eleições 2022 também podem afetar as vendas na Black Friday.

Em 2021, a modalidade “pick up in-store”, na qual o cliente faz o pedido online e retira presencialmente na loja, apresentou crescimento de 139% no período. Os dados demonstram a importância de o varejo online caminhar sempre ao lado do modelo tradicional.

“É importante que as empresas estejam atentas às pesquisas e aos órgãos que estudam o movimento do mercado para traçar estratégias que auxiliem na tomada de decisões. Apesar dos desafios da economia e do crescimento leve no setor, o volume de receita é um estímulo aos empreendedores”, afirma Alexandre Crivellaro, diretor de Inteligência de Mercado da ABComm.

A Black Friday se consolidou no Brasil como data importante não só para o comércio eletrônico, mas para o varejo em geral. “É uma data que as pessoas esperam um volume maior de vendas, uma vez que já caiu no gosto popular. Os consumidores esperam esse período para comprarem diversos produtos, que geralmente são mais caros, com um desconto mais atrativo. É muito importante que os varejistas sempre se antecipem para atenderem a esse aumento de vendas por meio da preparação de estoque, logística e dos canais de atendimento pós-venda”, finaliza Alexandre Crivellaro.