Varejo cresce 0,7% em julho, de acordo com o ICVA

As vendas no Varejo em julho de 2022 cresceram 0,7%, descontada a inflação, em comparação com igual mês de 2021. Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) apresentou alta de 15,3%.

Os efeitos de calendário prejudicaram o resultado porque houve um domingo a mais, dia em que as vendas costumam ser mais fracas, e uma quinta-feira a menos, data em que o comércio está mais aquecido, que em julho de 2021. Sem considerar esses efeitos, o Varejo apresentou crescimento nominal de 16,9%. Na comparação deflacionada, o crescimento nas vendas foi de 2,1%.

Segundo Diego Adorno, gerente de Produtos de Dados da Cielo, o comércio continua em recuperação, mas os efeitos da base de comparação com o período mais crítico da pandemia da covid-19 sobre os resultados nominais têm sido cada vez menores. “O mês de julho foi o nono seguido de alta nas vendas no Varejo, apesar de uma desaceleração em relação a junho. Os segmentos mais ligados ao período de férias, como Turismo e Transporte, deram importante contribuição para o crescimento do varejo”, diz.

Inflação
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, apontou alta de 10,07% no acumulado dos últimos 12 meses, com deflação de 0,68% em julho. A retração nos preços verificados no grupo de Combustíveis e Energia foi a que mais contribui para a deflação.

Ao ponderar o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado foi de 14,45% em julho, desacelerando em relação ao índice registrado no mês anterior.

Setores
Descontada a inflação e com o ajuste de calendário, os macrossetores de Bens Não Duráveis e de Serviços registraram crescimento nas vendas em relação a julho de 2021. Já Bens Duráveis e Semiduráveis sofreu queda.

O destaque no macrossetor de Bens Não Duráveis foi Postos de Combustíveis.

No macrossetor de Serviços, um dos segmentos que mais colaboraram para o crescimento foi Turismo e Transportes.

Já o macrossetor de Bens Duráveis e semiduráveis, que registrou baixa, foi impactado negativamente pelo segmento de Materiais de Construção.

Regiões
De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, todas as regiões apresentaram crescimento em relação a julho do ano passado. A região Norte registrou alta de 7,5%, seguida da região Sul (+3,6%), Nordeste (+2,1%), Centro-Oeste (+1,7%) e Sudeste (+0,9%).

Segundo o ICVA nominal com ajuste de calendário na comparação com julho de 2021, as vendas na região Sul cresceram 17,8%, seguida da região Norte (+17,3%), Sudeste (+17,1%), Nordeste (+16,5%) e Centro-Oeste (+14,9%).

ICVA
O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo, desde pequenos lojistas a grandes varejistas. Eles respondem por 1,1 milhão de varejistas credenciados à companhia. O peso de cada setor no resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês.

O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com o objetivo de oferecer mensalmente uma fotografia do comércio varejista do país a partir de informações reais.

Como é calculado
A unidade de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento – como a variação de market share – e os da substituição de cheque e dinheiro no consumo. Dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda.

Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas.

Entenda o índice
ICVA Nominal – Indica o crescimento da receita nominal de vendas no varejo ampliado do período, comparando com o mesmo período do ano anterior. Reflete o que o varejista de fato observa nas suas vendas.

ICVA Deflacionado – ICVA Nominal descontado da inflação. Para isso, é utilizado um deflator que é calculado a partir do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, ajustado ao mix e pesos dos setores contidos no ICVA. Reflete o crescimento real do varejo, sem a contribuição do aumento de preços.

ICVA Nominal/Deflacionado com ajuste calendário – ICVA sem os efeitos de calendário que impactam determinado mês/período, quando comparado com o mesmo mês/período do ano anterior. Reflete como está o ritmo do crescimento, permitindo observar acelerações e desacelerações do índice.

Brasil é 1º no ranking mundial de crescimento das compras online

Com uma taxa de crescimento de 20,73% ao ano, país possui um crescimento quase 2x maior que a média mundial.
Com a pandemia e as lojas físicas fechadas, as vendas online cresceram significativamente em todos os países do mundo.

A grande surpresa, é que especialmente no Brasil, o aumento foi ainda mais significativo. O país que lidera o ranking de crescimento das vendas online, com 22,2% no ano de 2022, e um crescimento estimado de 20,73% ao ano, entre 2022 e 2025.
É o que revela um estudo divulgado pela CupomValido.com.br, plataforma de cupons de descontos online, com dados da Statista sobre as vendas no e-commerce.

De acordo com o estudo, o Brasil possui uma expectativa de crescimento quase duas vezes maior que a média mundial (11,35%), e acima até de países como o Japão (14,7%), o Estados Unidos (14,55%) e a França (11,68%).

Por que o e-commerce no Brasil cresce tanto?

Dois fatores foram cruciais para influenciar o forte crescimento das vendas online no Brasil.

A pandemia é um dos primeiros fatores, pois com as lojas físicas fechadas, fez com que diversos brasileiros passassem a realizar sua primeira compra online. Ao encontrar facilidade na compra, métodos de pagamento instantâneos (como o PIX), e entregas rápidas (diversas lojas com entregas em 1 dia útil), muitos deles se tornaram consumidores recorrentes.

Um segundo fator, é que o índice de penetração de compras online, ainda é relativamente baixo no Brasil.

Segundo a pesquisa, no Reino Unido, 84% das pessoas realizaram pelo menos uma compra nos últimos 12 meses. Nos Estados Unidos e no Japão, em ambos os países a taxa foi de 77%. E na Alemanha, foi de 74%.

Como boa parte da população, principalmente destes países desenvolvidos, já realiza frequentemente compras online, a taxa de crescimento em potencial tende a ser menor nos próximos anos.

Em contrapartida, no caso do Brasil, apenas 49% da população realizou ao menos uma compra online no último ano. Isto explica o potencial significativo de crescimento que o Brasil ainda possui, ao comparar com os outros países.

Magazine Luiza (MGLU3) tem prejuízo líquido de R$ 135 mi no 2º tri de 2022; destaca crescimento do marketplace

Receita líquida caiu por conta de menor aquisição de bens duráveis mas lucro bruto avançou por conta do programa de vendas online.
A Magazine Luiza (MGLU3) registrou um prejuízo líquido de R$ 135 milhões no segundo trimestre de 2022, revertendo o lucro de R$ 89,1 milhões do mesmo período do ano passado.

O desempenho, em parte, reflete o recuo da receita líquida da varejista, que caiu 5% na base anual, para R$ 8,5 bilhões. A receita bruta caiu na mesma porcentagem, chegando a R$ 10,3 bilhões, impactada, de acordo com a companhia, pelo menor volume de vendas nas categorias bens duráveis.

Segundo a Refinitiv, o consenso do mercado era de um um lucro líquido de R$ 161,7 milhões, com uma receita líquida de R$ 8,8 bilhões.

O lucro bruto do Magazine Luiza, no entanto, aumentou 6,3% no ano, para R$ 2,4 bilhões, explicado pelo salto de 3 pontos percentuais da margem bruta, para 28,6%, pouco acima do consenso de 28%.

“Desde o começo do ano temos comunicado ao mercado que o cenário mudou e que ajustaríamos a operação a esse momento. Repassamos inflação de custo, repassamos o aumento da taxa de juros”, explica Vanessa Papini Rossini, gerente de Relações com Investidores da varejista, sobre a alta.

Segundo a companhia, a alta, porém, se deu, principalmente, por conta de uma maior receita de serviços provinda do marketplace.

De acordo com Rossini, a companhia vem avançando em se tornar um hub de serviços para as lojas parceiras – oferecendo logística, lucrando com custo transacional e também disponibilizando o serviço de antecipação de recebíveis. Com isso, tem avançado em sua receita provinda deste braço.

“O seller está vendendo parcelado, a duas, três vezes, e a gente fornece o valor à vista para o vendedor. Isso é muito importante para essas empresas, pois é uma forma de se financiar o capital de giro das operações. E fazemos isso com um custo competitivo”, explica.

As vendas do marketplace totalizaram cerca de R$3,6 bilhões no trimestre, um crescimento de 22% comparado ao mesmo período do ano anterior, e representaram 36% das vendas online.

“Celebramos a marca de 200 mil sellers, dobrando o número em menos de um ano. Temos não só crescimento de vendedores, mas também de mercadorias e de categorias”, afirma Rossini. “Atribuímos a isso, além do programa parceiro Magalu, o lançamento da Caravana, que está atraindo até seis vezes mais vendedores por cada cidade que passa”.

Apesar do avanço do lucro bruto, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) caiu 1,7%, para R$ 457,4 milhões.

A Magazine Luiza pontua, porém, que R$ 34,6 milhões subtraídos desse lucro operacional são provenientes de gastos não recorrentes (com provisões para riscos tributários e honorários de especialistas). De acordo com a loja, ao se avaliar o Ebitda ajustado teriam sido registrados R$ 492,1 milhões, alta de 8% no ano. Não fosse por esses custos, o prejuízo ajustado seria de R$ 112,1 milhões.

“A diferença com gastos não recorrentes foi de R$ 20 milhões, em patamar menor daquilo que vimos nos últimos dois trimestres”, diz a gerente. “Os últimos trimestres foram de ajustes. Tudo o que fizemos em para ajustar as margens, como eu já comentei, foram tratados por nós como não recorrente”, complementa.

As despesas operacionais da Magazine Luiza, que englobam os gastos com vendas e administrativos, ficaram em R$ 1,9 bilhão, alta de 2,2% no ano.

As despesas com vendas totalizaram R$ 1,6 bilhão, equivalentes a 18,3% da receita líquida, com um aumento de 0,4 ponto percentual comparado ao mesmo período de 2021, associado, de acordo com a Magalu, à menor diluição das despesas nas lojas físicas e ao crescimento do marketplace.

A varejista, por fim, registrou um resultado financeiro negativo em R$ 493,8 milhões, número 115% maior do que os R$ 229,7 milhões do segundo trimestre de 2021, alta explicada, principalmente, por conta do aumento da taxa de juros brasileira.

A Magazine Luiza fechou junho com uma posição de caixa líquido de R$ 2,1 bilhões.

Amazon compra iRobot, criadora do primeiro ‘aspirador-robô’, por US$ 1,7 bi

O portfólio de ‘robozinhos’ da Amazon ganhou mais alguns integrantes no último dia 5. A gigante do varejo anunciou a compra da iRobot, empresa que fabrica os populares aspiradores de pó robô Roomba, um dos primeiros produtos no segmento. A transação foi paga em dinheiro pela Amazon e custou cerca de US$ 1,7 bilhão — US$ 61 por ação.

O negócio coloca a Amazon como dona de uma das empresas pioneiras no desenvolvimento de robôs domésticos. Criada ainda nos anos 90, a iRobot trouxe para o mercado o Roomba em 2002.

Empresa superou todas as métricas dos especialistas e viu uma receita de US$ 121 bilhões nesse trimestre, um aumento de 7% em relação ao mesmo período do ano passado.

“Desde que começamos a iRobot, nossa equipe tem a missão de criar produtos inovadores e práticos que facilitem a vida dos clientes, levando a invenções como o Roomba e o iRobot OS”, afirmou Colin Angle, presidente e CEO da iRobot. “A Amazon compartilha nossa paixão por criar inovações inteligentes que capacitam as pessoas a fazer mais em casa, e não consigo pensar em um lugar melhor para nossa equipe continuar nossa missão”.

A operação da iRobot segue chefiada por Colin Angle, atual CEO da empresa, e deve seguir com a mesma marca. Com isso, os ‘robozinhos’ se juntam à família de dispositivos como Alexa, Astro, o assistente com rodas da Amazon, à linha de câmeras de segurança Ring e outros aparelhos da companhia.

A aproximação das duas empresas já acontecia há alguns anos, desde que a Amazon começou a fornecer alguns softwares de dispositivos para a iRobot, como o serviço em nuvem AWS.

Sabemos que economizar tempo é importante e as tarefas exigem um tempo precioso que pode ser melhor gasto fazendo algo que os clientes adoram”
Dave Limp, vice-presidente sênior de dispositivos da Amazon

“Sabemos que economizar tempo é importante e as tarefas exigem um tempo precioso que pode ser melhor gasto fazendo algo que os clientes adoram”, disse Dave Limp, vice-presidente sênior de dispositivos da Amazon. “Ao longo de muitos anos, a equipe da iRobot provou sua capacidade de reinventar a forma como as pessoas limpam com produtos incrivelmente práticos e inventivos”.

Pagamentos com cartões crescem 36,5% no primeiro semestre

Os pagamentos com cartões de crédito e débito cresceram 36,5% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2021. Responsável pelo balanço, a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) afirmou que foi movimentado R$ 1,6 trilhão com cartões nos primeiros seis meses de 2022.

Crédito
O cartão de crédito teve o maior crescimento e também a maior movimentação no período. De acordo com a Abecs, foram feitos R$ 1 trilhão em pagamentos com esse meio no primeiro semestre. Portanto, uma expansão de 42,2% em relação ao ano passado.

Débito
Os cartões de débito foram responsáveis por R$ 488 bilhões em pagamentos. Comparado aos primeiros seis meses de 2021, o aumento foi de 16,6%. Por outro lado, os cartões pré-pagos tiveram R$ 99,4 bilhões em movimentações.

Também tiveram crescimento no primeiro semestre as compras remotas. Com alta de 32,7%, somaram R$ 338,5 bilhões no período.

Quem também cresceu foram os pagamentos por aproximação com cartões de crédito e débito. Na ocasião, o aumento foi de 344,5%, somando R$ 235,5 bilhões nos primeiros seis meses do ano.

Pandemia
Segundo a associação, o alto crescimento de pagamentos com cartões está relacionado com a base de comparação ruim do ano passado, momento crítico da pandemia da Covid-19. Sendo assim, a expansão também reflete o fim das restrições às movimentações e às atividades econômicas neste ano.

Classes C e D pretendem gastar mais no Dia dos Pais

As classes C e D estão em busca de presentes de maior valor para o Dia dos Pais este ano em relação ao ano passado. O dado faz parte de uma pesquisa da Superdigital, fintech do Grupo Santander, com foco em inclusão econômica.

O estudo aponta que 80% dos brasileiros das classes C e D vão às compras para comemorar o Dia dos Pais. O levantamento foi realizado com 851 pessoas, entre 21 e 27 de julho, em todas as regiões do País. A intenção de compras cresceu 12 pontos percentuais sobre o ano passado.

Classes C e D aumentam o ticket de compra esse ano
Do total dos entrevistados, 35% afirmaram que vão gastar entre R$100 e R$200, valores maiores que no ano passado.

A pesquisa apontou também que apenas 27% gastariam esses mesmos valores. Ainda para esse ano, 29% disseram que pretendem gastar acima de R$200 no presente; 25%, entre R$50 e R$100; e 11%, até R$50.

Os presentes mais buscados para o Dia dos Pais de 2022
De acordo com a Super Digital, os presentes mais citados na pesquisa foram Roupas e Acessórios, com 29% de intenções de compra. Na sequência, Perfume (18%), Eletroeletrônicos (14%) e Aparelho Celular (9%) se destacam.

Do total dos entrevistados, 18% não decidiram o que comprar e 11% pretendem dar algo que não estava listado na pesquisa. Ou seja, as marcas ainda têm uma boa margem para engajar esse percentual de indecisos, sendo as redes sociais o principal palco de atuação para impactar esse público até o Dias dos Pais.

Volta para as lojas físicas e o parcelamento entre as preferências
O levantamento também mostrou que aumentou a intenção de comprar em lojas físicas em relação ao ano de 2021. Dos pesquisados, 61% disseram que sairão às ruas. Enquanto, 28% afirmaram que pretendem comprar pelo e-commerce nesse ano, contra 33% em 2021.

Contudo, em relação a 2021, aumentou a intenção de pessoas que pretendem parcelar a compra: O levantamento aponta que, 27% afirmaram que vão usar o cartão de crédito, contra 22% em 2021. Nesse ano, 21% disseram que vão pagar em dinheiro; 20%, à vista no cartão de crédito; 14%, no cartão de débito; 13%, no PIX; e 4%, no boleto.

De acordo com Luciana Godoy, CEO da Superdigital Brasil, a data segue sendo estratégica para o varejo brasileiro. “Percebemos que aumentou a intenção de compra por ser uma data relevante para o comércio varejista”, diz Luciana.

Sobre há maior tendência em realizar pagamento parcelado, Luciana é precisa sobre ao atual momento das classes pesquisadas: “É claramente um reflexo de orçamentos mais apertados para as famílias das classes C e D. Por isso, é fundamental que as pessoas façam compras conscientes e evitem grandes endividamentos”, concluir a executiva.

Varejo acumulado cai por 2 meses seguidos pela 1ª vez desde 2017, diz IBGE

Resultado comprova perda de fôlego nas vendas do comércio varejista, conforme gerente da pesquisa do instituto.

As vendas do varejo acumulam queda de 0,9% em 12 meses até junho. Um mês antes, já registravam recuo de 0,4% na taxa de 12 meses, conforme a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o gerente da PMC, Cristiano Santos, foi a primeira vez que a taxa nesse comparativo fica negativa por dois meses seguidos desde 2017. Na prática, acrescentou, isso comprova perda de fôlego nas vendas do comércio varejista até junho.

Ele detalhou que, em 2017, essa taxa em 12 meses do volume de vendas do varejo restrito, mostrou taxa negativa de 0,7% em setembro daquele ano; e em agosto, com recuo de 1,6%, também naquele mesmo ano.
O economista observou ainda que esse resultado de 12 meses também é influenciado pelo comportamento de 2020. Naquele ano em que começou pandemia, as vendas do comércio varejista restrito foram muito boas, alavancadas por deslocamento de consumo, do brasileiro, de serviços – que, na época sofria fortes restrições sociais para conter contágio por covid-19 – por compras no varejo.

Conforme o passar do tempo, contudo, as taxas mensais referentes a 2020 foram saindo do resultado em 12 meses, levando essa taxa acumulada a saldos positivos menos intensos, notou o técnico.
Mesmo com esse efeito estatístico referente à retirada de taxas muito positivas em 2020, Santos reconheceu que o desempenho acumulado em 12 meses mostra perda de ritmo nas vendas do varejo, até junho. “Estamos retirando, da série, taxas [de volume de vendas mensais] maiores e substituindo por taxas menores”, resumiu.

Indústria de consumo sobe preços, perde vendas e prevê mais reajustes

Cenário de custos em alta exige gestão mais rápida para não ficar fora do mercado.

“Foi preciso desligar o piloto automático dois anos atrás e ligar a direção manual […]. Você tem que ficar o mais ágil possível porque não sabe o que pode acontecer. É o desconhecido que me mantém mais preocupado, em estar pronto para reagir”, disse Mark Schneider, CEO da Nestlé, ao ser questionado por um analista, dias atrás, o que o afligia antes de dormir, num ambiente de inflação disseminada. “Hoje não é uma discussão simples tratar de preços, em alguns casos é uma discussão dura”, dizia a investidores o CEO da Danone, Antoine de Saint-Affrique, um dia antes da fala de Schneider. “E há uma combinação certa e sofisticada [na definição de reajustes], para que não fiquemos fora do mercado”.
O que se viu nos últimos dias, por horas a fio, em teleconferências de resultados das maiores indústrias de consumo do mundo foi um esforço em tentar mostrar reação ao difícil quadro atual. Os CEOs precisaram se posicionar, em parte, porque analistas colocaram a política de preços e a gestão de custo no centro da discussão.
A crise da pandemia e a guerra no Leste Europeu expuseram a necessidade de as empresas enfrentarem algo que as gestões atuais não haviam encarado até então: uma escalada inflacionária em mercados consumidores muito diferentes, em termos de estruturas de custos, de hábitos, de tolerância a reajustes, e num quadro de estagflação já beirando o risco de recessão. “A inflação não foi um fator complicador em todas as crise recentes. Mas ela é hoje, com tensões convergindo entre o segundo semestre de 2022 e de 2023”, escreveu num artigo na semana passada, Austin Kimson, vice-presidente da consultoria Bain & Company.
Em comum à maioria dos grupos, cujos balanços de abril a junho e do semestre foram publicados em julho, há aumentos de preço nos últimos meses de até dois dígitos (20%), no mundo e na América Latina, para compensar a alta em custos da cadeia de produção – o volume de vendas caiu.
O Brasil foi afetado pelas políticas de reajustes e é citado nas teleconferências pelos executivos de quatro das oito companhias que publicaram resultados. Estão nesse grupo Unilever, P&G, Kimberly-Clark, Nestlé, Danone, Coca-Cola, Whirlpool e Electrolux.

No mundo, cinco das oito companhias subiram preços e venderam quantidades menores de abril a junho, o que tende a reduzir alavancagem operacional e eficiência – apenas Coca-Cola, Nestlé e Danone reajustaram sem perder volume. Em junho, o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a pedir que comércio e indústria dessem “um freio na alta de preços” e sugeriu atualizar as tabelas só em 2023. Na época, em conversas reservadas, executivos da indústria e do varejo descartaram a hipótese – é preciso recompor venda líquida e margem de lucro.
Analistas, ao comentar a dose dos reajustes, observam que as empresas estão dentro de um cálculo de perda “aceitável” de volume. E reconhecem que a inflação avançou mais do que previam. Ações comerciais têm sido revisitadas em espaço mais curto de tempo, inclusive com mudanças de rotas. Há um visível esforço por parte das indústrias de se agarrarem ao “valor” de suas marcas para sustentar suas estratégias.
Para Marcos Gouvêa, diretor-geral da consultoria Gouvêa Ecosystem, “empresas brasileiras navegam bem por esse cenário, porque é um ambiente que conhecem, mas não é regra”. Observa que “os CEOs, pelo mundo, estão tendo que avaliar mais, testar mais, rever rápido o que não funciona, num ambiente em que consumidor de várias partes do mundo está muito ressabiado e buscando o essencial pelo menor valor possível. E com muito mais opções de marcas”.
A expectativa é que os custos continuem pressionados e os repasses se estendendo pelo restante do ano, de forma disseminada no mundo. O Brasil que chega a representar metade das vendas dos grandes grupos, não deve ficar fora desse cenário.
Na Unilever, por exemplo, o CEO Alan Jope disse a investidores, no fim de julho, que a companhia repassou, até agora, 70% dos aumentos de custos sentidos na América Latina após a pandemia.
Houve aumento de 21,7% nos preços nos países latinos e o volume caiu 4%, com vendas crescendo 17%. Foi o maior reajuste para um trimestre desde 2017 na região. De janeiro a março, os preços já haviam subido 16,4% e o volume encolheu 5,7%. Jope diz que a perda em volume está “muito em linha com as expectativas” e ainda conta que foi preciso fazer esses reajustes na região “para proteger a capacidade de investir nas marcas” – o que também pode ser interpretado como forma de evitar baque maior em rentabilidade, que caiu no trimestre na América Latina.
A decisão de reajustar preços, em um cenário com risco de recessão, também foi citada pelo comando da Coca-Cola a analistas no fim de julho. James Quincey, seu CEO, diz que no mundo a empresa vem tentando não perder o “timing” dos repasses. No Brasil, dados do IPCA/IBGE mostram que refrigerantes e águas subiram quase 11% em 12 meses, até junho. Só em abril, subiram 2%.
“Nós temos hedge [proteção] para as commodities, mas temos visto inflação bem mais ampla no restante. E assim que eles repassam, nós passamos. E já repassamos um bocado. E continuaremos passando em cada país, porque eles são muito diferentes entre si”, disse o CEO da Coca.
É um ajuste fino, cujo risco maior é errar a mão e acabar perdendo mercado. “A maior dificuldade hoje é decidir quando e quanto aumentar preço porque há risco de repassar muito rápido e perder ‘share’ ”, disse Richard Pelz, sócio da Bain na Alemanha, numa apresentação na semana passada sobre os desafios da indústria.
Nos países latinos, de abril a junho houve alta de 12% nos preços do portfólio da Coca-Cola e no valor do “mix” vendido (com efeito da hiperinflação da Argentina), e o volume cresceu 9%. De janeiro a março, já haviam repassado 19%.
Quincey disse que nos países latinos decidiu “alavancar campanhas de marketing atraentes”, depois da companhia ter perdido participação de mercado no início do ano. Após as ações, “as perdas melhoraram”.

Na busca por soluções de efeito rápido, a estratégia de investir mais em marketing vem sendo repetida por outras companhias, como a P&G, dona de marcas como Ariel e Pantene. Sua direção falou recentemente a analistas sobre ventos contrários “significativos” ao longo do ano, mas também citou a “superioridade irresistível” de seus produtos para mostrar “valor” aos compradores. A P&G aumentou preços no mundo em 8% de abril a junho e perdeu 1% em volume de vendas.
“Explorar a marca é uma forma de driblar a desconfiança, criar uma conexão com o consumidor. Mas é difícil saber se isso será bem-vindo num mercado tão pragmático e com marcas próprias mais maduras”, diz Gouvêa. “Uma das questões agora é como proteger o valor da marca e mostrar realmente diferenciação para as marcas de menor preço”, afirma Pelz.
Sobre isso, Schneider, da Nestlé, fez uma ressalva em sua conversa com analistas. Disse que “as cadeias de suprimentos de marca própria também estão sentindo o aperto e alguns deles ainda estão enfrentando problemas para se recuperar”. Para Schneider, tudo “está se movendo muito rapidamente” em relação a preços, hábitos, seguido dos problemas de inflação e da crise da cadeia de suprimentos – ou seja, muitas variáveis juntas ao mesmo tempo. “Geralmente os sistemas de uma grande empresa não estão prontos para isso”.
“Quero dizer, estávamos preparados como todo mundo para uma evolução mais suave”, ressaltando que outros reajustes devem ser feitos no segundo semestre.
Dentro dessa necessidade de saber a hora certa de se movimentar, a Kimberly-Clark, dona das marcas Neve e Intimus, fez ajustes na rota. A investidores, dias atrás, o comando disse que busca trabalhar a questão de forma “ponderada”, mas conta que houve “alguns atrasos dos concorrentes [no repasse] de preço nos países em desenvolvimento e nos emergentes, e com isso a participação de mercado enfraqueceu um pouco”. Isso foi feito com a intenção de priorizar a recuperação de margens de lucro.
“Reconhecemos que avançamos mais rápido do que alguns concorrentes […] E nossas diferenças de preços para eles estão aumentando um pouco”, disse o CEO Mike Hsu. “Estamos mantendo muita atenção a isso agora”. Nos países emergentes e em desenvolvimento, os preços subiram 12% de abril a junho (acima dos 9% geral), enquanto os volumes caíram 6%.
Saint-Affrique, da Danone, disse a analistas que em países como Rússia e Brasil há uma “enorme” elasticidade de volume e preços. Nesses casos, aumentos podem levar uma marca a perder vendas facilmente. “Lugares como EUA ou França há limitada a nenhuma elasticidade […]. Para ser honesto, é um pouco desconhecido o espectro dessa reação”, disse o CEO. A Danone diz que se “prepara para o pior”, olhando a força da marca, do portfólio e a sensibilidade dos clientes. “Isso é para ter certeza de que temos um portfólio pronto caso as coisas fiquem mais difíceis”.
Procuradas pelo Valor para falar dos resultados no Brasil, Danone, Nestlé, P&G, Unilever e Coca, não se pronunciaram. A Kimberly-Clark diz que não comenta dados segmentados e que os resultados do segundo trimestre refletem “os esforços de suas equipes em um ambiente desafiador e dinâmico”.

Loggi demite 15% dos funcionários após estagnação do comércio eletrônico

A Loggi é o mais novo ‘unicórnio’ (startup avaliada acima de US$ 1 bilhão) nacional a fazer demissões em massa. A startup especializada em logística desligou 15% dos 3,6 mil funcionários na manhã desta segunda, 8. Toda a companhia foi afetada pelo corte, incluindo as áreas operacional, administrativa e de tecnologia — as informações foram reveladas por Fabien Mendez, CEO e cofundador da companhia.

Essa não é a primeira vez que a Loggi realiza desligamentos em massa. A empresa passou por momentos de incerteza no início da pandemia, o que rendeu até 120 demissões em março de 2020.
“O mundo e o Brasil foram atormentados por grandes forças contrárias em 2022. Tivemos a volta da inflação, que foi amplificada pela guerra na Ucrânia, o colapso das bolsas de valores e o espectro de uma recessão global. Essas forças, que parecem distantes, estão tendo um impacto muito grande em nosso negócio “, diz o executivo francês.

Mendez afirma que a volta da inflação está causando estagnação no comércio eletrônico. E que, consequentemente, isso impacta diretamente os negócios da Loggi, que se especializou na entrega de pacotes de vendas online — a companhia está presente em 4 mil municípios brasileiros. O executivo diz que, até fevereiro deste ano, o setor conseguiu operar com crescimento. Segundo ele, a estagnação se instalou e permaneceu inalterada a partir de abril.

Em novembro do ano passado, a companhia inaugurou um galpão de entregas em Cajamar (SP) de R$ 150 milhões. A previsão, neste caso, é que a instalação processaria 1 milhão de pacotes por dia até 2023. Tais números, porém, foram revistos.

Benefícios aos demitidos
Monica Santos, diretora de recursos humanos da Loggi, diz que os demitidos terão um pacote de benefícios. Isto inclui: três meses do plano de saúde, incluindo dependentes; três meses de Zenklub para apoio psicológico; serviço de recolocação no mercado e flexibilização nas condições de participação de ações da empresa para funcionários que tinham pouco tempo de casa.

Essa não é a primeira vez que a Loggi realiza desligamentos em massa. A empresa passou por momentos de incerteza no início da pandemia, o que rendeu até 120 demissões em março de 2020. Com o desenrolar dos meses, porém, a empresa começou a crescer em ritmo acelerado. Um ano depois, a companhia levantou US$ 212 milhões, maior captação já realizada pela empresa.

Agora, a ideia da companhia é preservar os fundos levantados em sua última rodada de investimentos. Mendez promete que a companhia não terá novos cortes — algumas startups nacionais continuaram demitindo “à conta gotas” depois de grandes rodadas de desligamentos. O executivo também afirmou que, a partir de agora, a companhia será muito rigorosa em eventuais novas contratações.

Loggi troca liderança
Além das demissões, a Loggi anunciou mudanças no comando da companhia. A partir desta terça, 9 de agosto, Thibaud Lecuyer assume a cadeira de CEO — na empresa desde outubro de 2019, o francês era o diretor financeiro da companhia.

Já Fabien Mendez assumirá a presidência do conselho da companhia. “É um movimento que permitirá alavancar as forças de cada um. No meu caso, isso significa espírito empreendedor, pensamento estratégico, visão de longo prazo. E isso nos permite fazer emergir talentos que nutrimos dentro da empresa”, explica o fundador da companhia.

Na chegada, o novo chefe diz à reportagem quais são suas prioridades. “Primeiro, vamos cuidar dos nossos funcionários. Segundo, vamos cuidar de nossos clientes, que confiam bastante na gente. As demandas no comércio eletrônico estão mudando, então precisamos ajudar a eles a se adaptarem. Em terceiro lugar, vamos melhorar nossa eficiência operacional”, diz Lecuyer.

“Thibaud é um executor muito focado e é um veterano do mercado de comércio eletrônico”, diz Mendez de seu sucessor.

Crise é severa entre gigantes
Conhecidas por contratar centenas de funcionários ao mês, as startups têm realizado centenas de demissões pelo mundo — o fenômeno não é exclusivo do Brasil. O período tem sido batizado de “inverno das startups”, após a onda positiva causada pela digitalização da pandemia nos últimos dois anos.

Segundo especialistas consultados pelo Estadão nos últimos meses, as demissões ocorrem como reajuste de rota em meio à alta global nos preços e à guerra da Ucrânia, que desorganiza a cadeia produtiva mundial. Nesse cenário, investidores viram as costas para investimentos de risco, como startups. Com isso, levantar rodadas tem sido mais difícil do que durante a pandemia, quando a fonte do capital parecia infinita.

O processo tem sido especialmente duro com as startups maiores, que estão no momento conhecido como “late stage”. Nesse estágio de maturidade, as empresas queimam dinheiro velozmente na tentativa de crescer e ganhar mercado. Porém, sem o dinheiro, elas precisam preservar caixa para sobreviver. Entre os unicórnios nacionais que já fizeram demissões em massa em 2022 estão QuintoAndar, Loft, Facily, Vtex, Ebanx, Mercado Bitcoin e Olist. A mexicana Kavak, maior unicórnio da América Latina, também fez cortes severos na operação brasileira.

Reavaliação de investimento das startups
Fundos de investimento alertaram as startups sobre o cenário desafiador nos primeiros meses do ano. O investidor Masayoshi Son, presidente do SoftBank, um dos maiores investidores de startups no Brasil e investidor da Loggi, disse que o conglomerado japonês deve reduzir os investimentos em empresas de tecnologia neste ano.

Além do SoftBank, a aceleradora Y Combinator, uma das mais conhecidas no Vale do Silício, recomendou que as startups reavaliassem suas finanças e que ficassem prontas para cortar gastos. A medida, de acordo com a aceleradora, é uma forma de prever até 24 meses sem investimentos. “Crises econômicas geralmente se tornam grandes oportunidades para os fundadores que mudam rapidamente sua mentalidade, planejam com antecedência e garantem que sua empresa sobreviva”, afirmou a gestora na carta.

Dia dos Pais: 68% dos brasileiros têm intenção de ir às compras segundo pesquisa da Opinion Box em parceria com a All in

Anualmente celebrado no segundo domingo de agosto, o Dia dos Pais será no dia 14 deste mês. Em pesquisa feita em parceria com a Opinion Box, a All in apurou as principais tendências para a data e revelou que 68% dos consumidores têm intenção de ir às compras, já outros 20% retornaram com negativa por diversas razões, entre elas não ter a quem presentear e a não ter este hábito. Outros 12% ainda estão decidindo se irão ou não presentear alguém especial.

“Saber com antecedência as movimentações dos consumidores possibilita ao varejista trabalhar com campanhas mais direcionadas para o seu público, podendo até mesmo fazer a diferença para aqueles que ainda estão em dúvida sobre presentear ou não”, completa Ricardo Rodrigues, head de produtos da All in.

Outro dado do estudo, que ouviu 2.084 consumidores, aponta para os hábitos dos consumidores no pré-compra, durante a fase de pesquisa, e como essa informação pode ser relevante para as marcas. Embora os acessos aos aplicativos de lojas tenham aumentado, assim com as buscas nas redes sociais, seguindo os novos caminhos da tecnologia, os sites de pesquisa continuam presentes no favoritismo, incluindo as lojas físicas.

Dos consumidores que pretendem consumir na data, 45% preferem pesquisar via aplicativo, enquanto outros 42% optam por sites de busca e lojas físicas. Por outro lado, 35% do público de 16 a 29 anos pretendem pesquisar pelo Instagram, o que reforça o avanço das redes sociais no mercado de consumo.

Grande parte dos consumidores pretendem comprar na semana da comemoração ou até com duas semanas de antecedência. Com relação a melhor data para garantir o presente, 36% estão se organizando para adquiri-lo na semana, enquanto 26% estão ainda mais adiantados e pretendem comprar com duas semanas de antecedência.

“Os lojistas podem utilizar dessas previsões para organizar os preparativos para uma das datas mais esperadas do setor, sabendo o momento de trabalhar a base com campanhas mais assertivas de acordo com o movimento”, comenta o executivo.

Foco na experiência do cliente
E, para garantir uma boa movimentação nas vendas, é interessante saber os fatores essenciais que garantem a fidelização do cliente para determinadas ações. Nesse sentido, 75% tem bons preços e promoções como essenciais, assim como ter vantagens no frete é importante para 55%. Contudo, alguns fatores também podem impactar negativamente e fazer com que os clientes não concluam a compra.

Para 57%, o frete — que poderia ser vantagem — também seria a causa para desistência por taxas altas, assim como avaliações negativas de outros consumidores são levadas em consideração por outros 50%. “Situações como essas podem ser evitadas com um planejamento bem estruturado de vendas e um foco direcionado a toda a jornada do consumidor, durante e após a compra, além de estratégias e soluções voltadas para a fidelização do consumidor, como benefícios de comprar, campanhas personalizadas e outras”, destaca Rodrigues.

Já sobre as principais categorias de compra para o período, Moda e Acessórios lidera com 50% da preferência, seguida por Eletrônicos e Informática com 35% e em terceiro lugar, Esportes, com 28% da preferência para compras.

Ainda sobre fidelização do cliente, de acordo com Rodrigues, a atenção no pós compra é essencial para garantir o sucesso nas vendas. Para 62% dos consumidores a opção de rastrear a entrega é essencial no pós-compra, além de outros fatores como sistema de troca facilitador em casos de avaria, importante para 53% das pessoas. Benefícios como cupom de desconto para uma próxima compra e cashback também foram destacados como essenciais, afinal 38% dos consumidores voltariam a consumir na mesma loja se tivessem um cashback.

Foco também para o atendimento, 67% dos consumidores consideram esse fator importantíssimo para recompra e 35% acreditam que ofertas personalizadas fazem a diferença, segundo a All in.

Por fim, a plataforma também analisou as principais formas de pagamento escolhidas pelos consumidores para o período e em primeiro lugar está o cartão de crédito, com 75% da preferência para compras, seguido pelo Pix, com 31% e o cartão de débito com 21%, sendo uma grande oportunidade de oferecer vantagens aos consumidores com diversidade na etapa de pagamento.

“Entender as preferências dos consumidores em todos os âmbitos da sua jornada de compras é essencial para garantir grandes vendas para o varejo, uma vez tendo acesso às informações certas, é possível investir nos melhores caminhos para obter qualidade em todas as frentes de negócios”, finaliza Rodrigues.

Para mais informações, o relatório completo está disponível na página da All in.