Vendas no e-commerce brasileiro cresceram 286,7% de 2016 a 2023

FecomercioSP aponta que a maior alta no período foi registrada em Alagoas, com 436,9%.

As vendas no e-commerce no Brasil apresentaram um crescimento de 286,7% de 2016 a 2023, passando de R$ 53 bilhões para R$ 205,1 bilhões. Os dados, com valores de agosto, são de uma pesquisa divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) – as bases de dados são do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Serviços e Comércio (MDIC) e do IBGE, além da própria entidade.

De acordo com o levantamento, a maior alta no período foi registrada em Alagoas, com 436,9%, embora o estado tenha pequena participação no total (R$ 2,1 bilhões). Já São Paulo está próximo da média nacional, com crescimento de 285,8%. O estado mais populoso da federação soma R$ 67 bilhões em 2023.

No entanto, ainda de acordo com a Fecomercio, o ritmo de alta tem arrefecido após o salto registrado no período da pandemia. De 2019 para 2020, por exemplo, as vendas online subiram 80,9%. Em 2021, na comparação com o ano anterior, o aumento foi de 34,1%. Esse crescimento foi bem menor em 2022 (9,9%, atingindo R$ 204,7 bilhões) e praticamente residual em 2023 (0,2%). Em São Paulo, que representa um terço do setor (32,7%), a receita caiu 1,6% de 2022 para 2023.

“Considerando que se trata do maior mercado consumidor — e, ainda, do principal emissor de mercadorias no Brasil —, essa retração é sentida em todas as outras regiões”, diz a FecomercioSP.

Assim, se em relação a 2016 todas as unidades da federação mostram crescimento, na comparação entre 2022 e 2023, os dados revelam queda em 15 e alta em 12. “Os mesmos problemas estruturais que frearam o crescimento entre 2016 e 2023 também causaram quedas mais acentuadas nos estados do Norte nos últimos dois anos”, afirma a Fecomercio.

Apenas em Roraima, a retração foi de 10,3%. No Nordeste, o Ceará caiu 7% (para R$ 4,7 bilhões), enquanto no Sul o Paraná recuou 4,1% (R$ 12,1 bilhões) e Santa Catarina subiu 3,3% (quase R$ 10 bilhões). Já no Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul foi o principal destaque de alta: 46,5%, para um total de R$ 3,4 bilhões. Depois de São Paulo, aparece Minas Gerais, com R$ 23,1 bilhões de receita – aumento de 3% no ano passado e de 295% em relação a 2016.

Segundo a pesquisa, os principais aumentos no período 2016/2023, além de Alagoas, são de Goiás (399%, para R$ 6,3 bilhões) e Mato Grosso (375%, para R$ 3,4 bilhões). A menor taxa de crescimento entre 2016 e 2023 é do Acre: 171%, para R$ 274 milhões. Em valores, fica apenas à frente de Roraima (R$ 206 milhões) e Amapá (R$ 208 milhões). A Fecomercio informa que nenhum estado da região Norte atinge R$ 1 bilhão em vendas on-line.

“Problemas logísticos, como estradas ruins e poucos acessos, especialmente nas áreas rurais, o que encarece o frete e torna os produtos menos competitivos”, destaca.

No ano passado, a receita somou R$ 19,9 bilhões. Para a Fecomercio, os dados revelam “insegurança logística” no Rio. Isso porque “o excesso de ocorrências envolvendo cargas roubadas limita o envio de mercadorias, sobretudo para a capital, também encarecendo o frete”. Em participação, Minas (11,3% do total) fica à frente do Rio (9,7%). Na sequência, vêm os três estados do Sul: Rio Grande do Sul (6,1%), Paraná (5,9%) e Santa Catarina (4,9%). A Bahia é o sétimo estado em participação, com 4,7%. Três estados têm 0,1% cada: Acre, Amapá e Roraima.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/04/11/2024/ecommerce/vendas-no-e-commerce-brasileiro-crescem-2867-de-2016-a-2023/”

 

 

FecomercioSP projeta recorde de vendas para comércio eletrônico brasileiro em 2024

No ano passado, o setor vendeu o maior montante de sua história, registrando uma receita de R$ 205,1 bilhões; expectativa é de alta devido à baixa taxa de desemprego e pelo desempenho do varejo físico até aqui.

Impulsionado pelo aquecimento do varejo, o comércio eletrônico brasileiro deve superar o recorde de vendas em 2024, de acordo com estudo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). No ano anterior, o setor vendeu o maior montante de sua história, registrando uma receita de R$ 205,1 bilhões.

A expectativa se dá pela baixa taxa de desemprego e uma elevação das receitas do varejo físico no primeiro semestre de 5,1%. Em 2023, apesar da marca histórica, a expansão anual do setor foi de apenas 0,2%.

A avaliação pontua que o crescimento foi impactado pela conjuntura econômica, com destaques a inadimplência de 24% das famílias paulistanas e a alta taxa de juros.

Conforme a análise da federação, o período da pandemia representou o ponto de virada para o e-commerce, quando – em 2020 – o setor aumentou o faturamento em 80,9% em comparação com 2019. A diminuição no prazo de entrega e a democratização do acesso ao cartão de crédito também estimularam o crescimento do mercado.

Os dados do relatório ainda mostram que São Paulo é o maior mercado no comércio eletrônico. No ano passado, 32% de toda a movimentação do setor foi registrada no Estado. Minas Gerais e Rio de Janeiro completam o pódio do estudo.

Fonte: “FecomercioSP projeta recorde de vendas para comércio eletrônico brasileiro em 2024

PMEs impulsionam economia brasileira crescendo 8,6% no terceiro trimestre de 2024

O faturamento das pequenas e médias empresas (PMEs) cresceu 8,6% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs). Esse resultado evidencia uma aceleração em comparação ao desempenho observado no primeiro semestre do ano (+4,3% YoY), resultando em um aumento acumulado de 5,8% em relação ao ano anterior.

O IODE-PMEs serve como um indicador econômico das empresas com faturamento anual de até R$50 milhões, abrangendo 701 atividades econômicas, divididas em quatro grandes setores: Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços.

Felipe Beraldi, economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, explica que o crescimento do mercado de PMEs demonstra o bom momento da economia nacional, impulsionado pelo consumo forte das famílias.

O mercado de trabalho mais aquecido, com a taxa de desemprego abaixo de 7% e rendimentos reais em alta, além de uma política fiscal expansionista, com destaque para a ampliação dos programas de transferência de renda, tem impulsionado o consumo doméstico.

“Adicionalmente, ainda que o BCB tenha voltado a elevar as taxas de juros diante das maiores preocupações com a inflação, o ciclo modesto de quedas entre agosto de 2023 e maio de 2024 pode ter beneficiado alguns segmentos do mercado, mesmo que marginalmente”, completa.

As PMEs do setor de Comércio foram as principais responsáveis pela melhora geral, com um crescimento de 15,7% YoY no terceiro trimestre, consolidando a retomada iniciada no trimestre anterior (+4,6% YoY).

Houve avanços tanto no varejo (10,9% YoY) quanto no atacado (17,4% YoY), com destaque para os segmentos de embalagens, alimentos e máquinas e equipamentos para uso industrial. No varejo, destacaram-se produtos farmacêuticos com manipulação de fórmulas, tintas e materiais para pintura e material elétrico.

Outros destaques

Na Indústria, a tendência positiva do primeiro semestre (+11,5% YoY) continuou, com um crescimento adicional de 9% no terceiro trimestre em relação ao ano anterior.

De acordo com Beraldi, “a expansão do setor continua disseminada entre a maioria das atividades, considerando que, dos 22 subsetores da indústria de transformação acompanhados pelo IODE-PMEs, 16 mostraram progresso no período”. Os destaques ficam para equipamentos de transporte, móveis, impressão e reprodução de gravações e máquinas, aparelhos e materiais elétricos.

Já o setor de Serviços, após uma desaceleração no segundo trimestre com alta de 0,6% YoY, voltou a registrar crescimento no terceiro trimestre (4,0% YoY). Apesar do aumento das expectativas inflacionárias e da alta dos juros, a renda familiar em expansão tem garantido dinamismo em várias atividades, como transporte e armazenagem, atividades administrativas e serviços complementares e serviços para edifícios e paisagismo, comenta o economista.

As PMEs de Infraestrutura, que vinham de dois trimestres de queda, registraram um crescimento de 6,5% YoY no terceiro trimestre de 2024. Esse resultado demonstra o avanço em segmentos como coleta, tratamento e disposição de resíduos, eletricidade e serviços especializados para construção.

Porém, o fraco desempenho em áreas da construção civil, como obras de infraestrutura e construção de edifícios, limitou um resultado mais expressivo.

Em termos regionais, as PMEs do Sudeste e Nordeste registraram alta de 7,9% em relação ao 3T2023, enquanto a região Sul teve um avanço de 8,8%. Por outro lado, as regiões Centro-Oeste e Norte apresentaram retração de 3,1% e 1,6%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Expectativas para o curto prazo

As PMEs devem continuar apresentando bom desempenho no curto prazo, com expectativa de crescimento de 6,4% em relação ao ano anterior. A expectativa para o último trimestre de 2024 é de que datas comerciais, como a Black Friday e as festividades de fim de ano, impulsionem ainda mais o setor.

Para 2025, a projeção é de um crescimento mais moderado, de 2,2% YoY, acompanhando a desaceleração esperada do PIB brasileiro (+1,9%). Beraldi alerta que o aumento da inflação e a continuidade da alta dos juros podem frear o consumo e os investimentos, impactando as PMEs a partir do segundo trimestre de 2025.

A estabilização do mercado de trabalho e a redução dos estímulos fiscais também contribuem para um crescimento mais lento.

“Setorialmente, espera-se que a alta das PMEs continue concentrada em setores de Serviços e Comércio, impulsionados pelo consumo familiar. Já os setores de Indústria e Infraestrutura, mais dependentes de crédito, tendem a ser afetados pelos juros elevados no curto prazo”, conclui o executivo.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/pmes-impulsionam-economia-brasileira-crescendo-86-no-terceiro-trimestre-de-2024”

 

MEMP e Amazon Brasil anunciam acordo para fortalecer micro e pequenos empreendedores e impulsionar inclusão no comércio eletrônico

Acordo tem como objetivo empoderar microempresas e pequenos negócios por meio da capacitação e do suporte, em uma programação que inclui a identificação de oportunidades em eventos, treinamentos e criação de lojas no e-commerce Amazon.

Brasília, 21 de outubro de 2024 – Como um passo significativo para impulsionar os micro e pequenos negócios no Brasil, o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP) e a Amazon Brasil firmaram um acordo para capacitar e dar mais visibilidade a microempreendedores e pequenas empresas no e-commerce, incluindo ações voltadas para empreendimentos de mulheres e vendedores de produtos sustentáveis. A colaboração, que foi oficializada hoje no escritório corporativo da Amazon em São Paulo, fornecerá as ferramentas e o suporte necessários para ampliar a presença digital desse público e fortalecer seus negócios no mercado.

De acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), há 22 milhões de micro e pequenas empresas brasileiras, que representam 55% dos empregos de carteira assinada e 30% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Reconhecendo a importância desse setor, o MEMP e a Amazon estão colaborando para oferecer capacitações e recursos destinados a aprimorar as habilidades empreendedoras das pessoas que estão à frente desses negócios, além de aumentar a sua visibilidade no e-commerce.

“Estamos muito entusiasmados em trabalhar com o Ministério do Empreendedorismo para ajudar mais empreendedores a expandir os seus negócios por meio do comércio eletrônico”, diz Daniel Mazini, presidente da Amazon Brasil. “Hoje, 72% das vendas realizadas por pequenas e médias empresas na Amazon.com.br têm um estado de destino diferente daquele em que o vendedor está sediado, e mais de 54% dos vendedores estão localizados fora das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, demonstrando como o comércio eletrônico ajuda empreendedores a expandir seus horizontes e a conquistar novos clientes”.

O Ministro do MEMP, Márcio França, destacou a importância do apoio aos pequenos empreendedores brasileiros: “O Presidente Lula, ao criar o Ministério e me designar como Ministro da área, quis trazer ao seu terceiro mandato um cuidado especial com os pequenos empreendedores. São pessoas que se envolvem diretamente no negócio, às vezes com a ajuda de familiares ou de poucos funcionários, e que muitas vezes não se sentem apoiados. Estamos aqui para apoiá-los e, com colaborações como essa que estabelecemos com a Amazon, oferecer caminhos concretos para que sua atividade produtiva possa ter mais alcance. O comércio eletrônico é uma realidade muito importante e os pequenos empreendedores devem estar inseridos nela”.

O acordo foca, ainda, na inclusão socioprodutiva para apoiar grupos sub-representados. Como parte dele, a Amazon e o MEMP realizarão formações e atividades dirigidas a mulheres empreendedoras e esforços para garantir que outros ministérios e parceiros com temáticas semelhantes participem desta ação, em particular o Ministério da Mulher. A Amazon também oferecerá um webinar com os participantes da edição passada do programa “Decola Garota” para conversar com os empreendedores indicados pelo MEMP sobre como o comércio eletrônico pode aumentar a visibilidade e o crescimento de seus negócios.

Além disso, Amazon e MEMP realizarão ações voltadas para empreendimentos de micro e pequeno porte focados em produtos sustentáveis. O MEMP envidará esforços para que outros ministérios e parceiros com temáticas afins participem desta ação, em particular o Ministério do Meio Ambiente.

Hoje, mais de 78 mil parceiros vendem na Amazon.com.br, sendo 99% deles pequenas e médias empresas. Como parte da ação, a “Loja de Pequenos Negócios” irá impulsionar a visibilidade destes produtos e marcas brasileiros. Essa iniciativa permite que os consumidores conheçam e explorem empresas locais, apoiando o desenvolvimento e a promoção desses empreendimentos.

Dentre as iniciativas da Amazon para apoiar empreendedores brasileiros, destaca-se o FBA – Logística da Amazon, um serviço que consiste no armazenamento de produtos de vendedores parceiros nos próprios Centros de Distribuição da Amazon. Vendedores que aderem ao FBA – Logística da Amazon crescem suas vendas, em média, 5 vezes.

Outras opções de programas disponíveis incluem o DBA – Delivery by Amazon, no qual transportadoras parceiras contratadas pela Amazon entregam em todas as 5,5 mil cidades do Brasil, e o programa de Vendas Internacionais. Só em 2023, as vendas de vendedores brasileiros para outros países por meio do programa de Vendas Internacionais da Amazon cresceram 80%.

Fonte: “MEMP e Amazon Brasil anunciam acordo para fortalecer micro e pequenos empreendedores e impulsionar inclusão no comércio eletrônico — Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte

 

 

Vendas do comércio eletrônico saltam 286% em 7 anos; veja Estados que mais cresceram

FecomercioSP mostra que setor saiu de R$ 53 bilhões em receitas em 2016 para R$ 205 bilhões no ano passado.

O comércio eletrônico caiu no gosto dos brasileiros. Nos últimos sete anos, as vendas do e-commerce brasileiro subiram 286,7%, saltando de R$ 53 bilhões em receitas em 2016 para R$ 205 bilhões no ano passado, considerando o preço de agosto de 2024. É o que revela levantamento realizado pela Fecomercio SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), publicado com exclusividade pelo InfoMoney.

A pesquisa revela ainda que Alagoas, Goiás e Mato Grosso foram os que mais cresceram no Brasil, em termos de consumo. Na outra ponta, os Estados do Acre e Mato Grosso do Sul apresentaram os saltos mais tímidos do período.

Em Alagoas, as vendas do comércio eletrônico movimentaram de pouco mais de R$ 383 milhões, em 2016, para R$ 2 bilhões, em 2023, alta de 436,9%. Em Goiás, por sua vez, a expansão é ainda mais impactante, considerando os valores envolvidos: de R$ 1,2 bilhão, no primeiro período, para R$ 6,2 bilhões, no ano passado, representando uma elevação de 399% nesse mercado. No Mato Grosso, que completa esse pódio, a subida foi de cerca de 374%.

Já o Acre apontou o pior desempenho, com um crescimento de 170% em sete anos (de R$ 101 milhões para R$ 274 milhões), ficando à frente só de Roraima, que faturou R$ 206,3 milhões em 2023.

Segundo a FecomercioSP, nenhum estado do Norte alcança R$ 1 bilhão em vendas online desde 2016, muito em decorrência de problemas logísticos, como estradas ruins e poucos acessos, especialmente nas áreas rurais, o que encarece o frete e torna os produtos menos competitivos.

Os números do Rio de Janeiro chamaram a atenção. Apesar ser o terceiro maior mercado consumidor do comércio eletrônico brasileiro, com quase 10% de participação entre todas as vendas do País, as receitas do estado subiram 226%, entre 2016 e 2023, bem abaixo da média nacional (286,7%).

Em nota, a federação considera que a insegurança logística tem um peso decisivo nessa conjuntura, já que o excesso de ocorrências envolvendo cargas roubadas limita o envio de mercadorias, sobretudo para a capital, também encarecendo o frete.

Crescimento anual
Após o salto na pandemia, quando o setor chegou a crescer 80,9% no País, entre 2019 e 2020, as taxas de elevação das vendas têm arrefecido anualmente, mas sustentando o mesmo patamar desde então.

Para se ter uma ideia, em 2021, a alta foi de 34,1% na comparação ao ano anterior; em 2022, de 9,9%; e no ano passado, foi de apenas 0,2%.

Fonte: Vendas do comércio eletrônico saltam 286% em 7 anos; veja Estados que mais cresceram

 

Varejo brasileiro caiu 2,4% em setembro

A 21ª edição do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo registrou uma queda de 2,4% em setembro, em comparação ao mês anterior, revertendo o resultado positivo de agosto. O estudo, em parceria com o Instituto Propague, acompanha mensalmente o desempenho do varejo no país.

“O resultado de setembro é o pior do varejo no ano, sendo a segunda queda dos últimos quatro meses. Além disso, o resultado é acompanhado de baixas também no comparativo anual, revertendo uma tendência até então positiva”, detalha Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone.

“Assim, embora haja uma diminuição generalizada, a volatilidade dos últimos meses torna a expectativa para o restante do ano ainda incerta”, completa o executivo.

O índice utiliza a metodologia introduzida pelo time de Consumer Finance do Federal Reserve Board (FED), que criou um indicador econômico semelhante nos Estados Unidos. A avaliação se baseia em transações com cartões, vouchers e Pix dentro do grupo StoneCo, com o objetivo de mapear mensalmente o varejo de pequenos, médios e grandes negócios, oferecendo um panorama do setor que pode auxiliar em estratégias empresariais e decisões de investimento.

“A partir deste mês, estamos adotando uma abordagem mais clara na composição dos índices gerais, seguindo o modelo utilizado pelo IBGE/PMC. Assim, passamos a fixar e divulgar os pesos de cada setor nos nossos índices (ampliado e restrito). Ressaltamos, no entanto, que como nossas amostras são diferentes das do IBGE, ajustes são necessários e, portanto, a composição não é exatamente igual ao benchmark”, reitera Calvelli.

Setores principais

Todos os oito segmentos analisados tiveram queda em setembro. Os setores de móveis e eletrodomésticos – além de livros, jornais, revistas e papelaria – tiveram as maiores retrações, com queda de 3,5%. Na sequência, aparecem tecidos, vestuário e calçados (3,0%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,8%), material de construção (2,0%), artigos farmacêuticos (1,9%) e combustíveis e lubrificantes (1,8%).

Destaques trimestrais

No terceiro trimestre, o setor de combustíveis e lubrificantes foi o destaque, com alta acumulada de 2,6%.O setor de tecidos, vestuário e calçados também apresentou crescimento, fechando o trimestre com alta de 0,8%.

Por outro lado, o setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico caiu 2,0%, seguido por artigos farmacêuticos (-1,8%), livros, jornais, revistas e papelaria (-1,3%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,9%), móveis e eletrodomésticos (-0,6%) e material de construção (-0,5%).

Detalhes por região

No comparativo anual, quatro estados tiveram resultados positivos: Roraima (5%), Amazonas (3,6%), Maranhão (1,8%) e Goiás (0,6%).

Por outro lado, 22 estados apresentaram queda em relação ao ano anterior: Ceará (10%), Mato Grosso do Sul (7,6%), Rondônia (6,4%), Tocantins e Santa Catarina (5,8%), Paraíba (5,0%), Distrito Federal (4,0%), Espírito Santo (4,2%), São Paulo (3,9%), Piauí (3,6%), Mato Grosso (3,4%), Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e Pernambuco (todos com 3%), Acre (2,8%), Alagoas (2,7%), Minas Gerais (2,5%), Amapá (2,1%), Rio Grande do Norte (2,0%), Sergipe (1,6%) e Rio Grande do Sul (0,3%).

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/varejo-brasileiro-caiu-24-em-setembro”

Economia da alegria: consumidor busca felicidade e bem-estar em produtos e serviços

Hoje, 78% dos consumidores priorizam compras que promovam o autocuidado.

Uma das principais mudanças observadas no comportamento do consumidor após a pandemia é a busca da felicidade e do autocuidado. Essa dinâmica tem chamado a atenção de especialistas em consumo e recebeu até um título: economia da alegria. Quem fala sobre este assunto é Daniel Marimoto, vice-presidente para América Latina da Circana, consultoria global especializada em pesquisas e análises complexas sobre comportamento e hábitos de consumo. Marimoto foi entrevistado pela editora-executiva da Mercado&Consumo, Aiana Freitas, no estúdio montado na área expositiva do Latam Retail Show 2024, evento B2B de varejo e consumo, realizado pela Gouvêa Experience, no Expo Center Norte, em São Paulo.
Latam Retail Show 2024
O Latam Retail Show é o principal evento B2B de varejo e consumo da América Latina, realizado pela Gouvêa Experience, entre os dias 17, 18 e 19 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo. A Mercado&Consumo fez a cobertura completa com entrevistas, palestras e gravações de webcasts dentro de um estúdio montado na área expositiva.

De acordo com o executivo, hoje, 78% dos consumidores priorizam compras que promovam o autocuidado, refletindo uma transformação na maneira como as pessoas tomam decisões de compra​. Ao mesmo tempo, em um cenário econômico desafiador e incerto, estes consumidores estão mais inclinados a consumir produtos e serviços que lhe proporcionem felicidade e bem-estar.

Também segundo Marimoto, o reflexo é percebido em áreas como entretenimento, beleza e até mesmo no mercado de jogos e brinquedos para adultos, como quebra-cabeças e Lego, que têm apresentado crescimento expressivo junto a esse público. São produtos que proporcionam momentos de alegria e nostalgia, especialmente em tempos de incerteza.

Marcas e varejistas têm a oportunidade de explorar novos caminhos para se reconectar com seus clientes por meio da oferta de produtos e experiências que promovam alegria e autocuidado, uma vez que o estudo aponta para uma necessidade de um cliente mais consciente de sua saúde física e mental, recomenda o executivo.

Se prepare para a Black Friday 2024: pesquisa de intenção de compra da Wake

A data mais importante para o varejo está chegando: a Black Friday. E, entender a intenção de compra do consumidor para o período é uma importante chave para destravar a estratégia de marketing que seu negócio está precisando para garantir uma melhor experiência ao cliente e aumentar a conversão de vendas. Pensando nisso, a Wake desenvolveu em parceria com o Opinion Box a Pesquisa de Intenção de Compra na Black Friday 2024.

Entenda quais canais de compra o consumidor têm preferência, qual meio de pagamento será mais utilizado, os itens mais visados e quanto os brasileiros pretendem gastar somente na Black Friday.

Planejamento antecipado e categorias mais desejadas

O período que antecede a Black Friday é crucial para o sucesso da estratégia de marketing e vendas do varejo. Ter ferramentas que ajudem o seu negócio a entender o comportamento do consumidor impacta em uma comunicação assertiva de descontos e categorias de produtos que atendam o real interesse dos clientes que estão prontos para adquirir algum produto, além de encantar e incentivar aquele consumidor que ainda está indeciso.

Segundo a pesquisa da Wake, 66% dos consumidores pretendem adquirir algum produto na Black Friday e 23% ainda não se decidiram. Destes, 55% estão mais focados em comprar itens que supram sua necessidade (55%) do que itens de desejo (45,9%), aqueles que geralmente ficam esperando no carrinho ou nos favoritos por uma oferta atraente. Dentre os produtos preferidos, a categoria de eletrônicos e informática ocupa a primeira posição (26,2%), seguido de eletrodomésticos e eletroportáteis (23,4%), e moda e acessórios (20,4%).

Além disso, para comprar esses itens uma tendência que ganha força é a antecipação na busca por ofertas. O brasileiro já está de olho na variação de preços desde agora (32,5%), enquanto a maioria dos entrevistados afirmou que vai começar a pesquisar por produtos com cerca de um mês de antecedência (37,8%). Isso mostra que o consumidor brasileiro está cada vez mais informado e atento, buscando garantir as melhores oportunidades.

“Essas informações são valiosas na hora de montar estratégias de venda que combinem preços competitivos e uma experiência de compra integrada, tanto online quanto offline”, conta Alessandro Gil, VP da Wake. “Além disso, é crucial acompanhar o comportamento do consumidor para melhor organizar sua logística dos produtos e ofertas, de acordo com seu estoque de produtos e desejo do consumidor”, explica.

Onde e o que o consumidor quer comprar?

A Black Friday 2024 traz uma tendência de preferência pelos canais de compra online. A maioria dos consumidores brasileiros está optando por e-commerce (58,2%), marketplaces (47,8%) e aplicativos de compra (44,3%) como os principais meios para aproveitar as promoções. Isso reflete uma mudança no comportamento de consumo, onde a conveniência, variedade de produtos e a possibilidade de comparar preços em tempo real tornam os canais digitais mais atraentes. No entanto, as lojas físicas continuam relevantes, sendo a escolha de quase 30% dos consumidores. Para muitos, a experiência de ver e tocar os produtos, além da possibilidade de negociar condições especiais, ainda são fatores importantes. Essa diversidade de canais reforça a importância de uma estratégia de vendas omnichannel, onde as marcas precisam estar presentes tanto no digital quanto no físico para atender a diferentes perfis de consumidores.

Além disso, a pesquisa revela uma interessante divisão entre consumidores que buscam itens de necessidade e aqueles que estão de olho em produtos de desejo. 55% dos brasileiros veem a Black Friday como o momento ideal para adquirir produtos essenciais, seja para a casa, trabalho ou uso pessoal. Por outro lado, uma parcela significativa (45,9%) planeja aproveitar as promoções para finalmente comprar aquele item que sempre esteve no radar, mas nunca entrou no orçamento. Esse comportamento revela um consumidor mais estratégico e consciente, que se prepara financeiramente para aproveitar tanto as oportunidades de economizar em compras importantes quanto realizar um pequeno sonho de consumo.

A Black Friday não é apenas sobre ofertas; é também sobre planejamento e tomada de decisão inteligente, onde cada compra é pensada para trazer o melhor custo-benefício. Fique atento ao comportamento do consumidor e adapte suas ofertas de acordo com as tendências observadas, aproveitando o aumento da antecipação nas buscas e a diversidade de meios de pagamento preferidos.

Acesse o site e baixe a pesquisa da Wake com a Opinion Box na íntegra.
https://materiais.wake.tech/pesquisa-black-friday-2024

Vendas no varejo crescem mais do que o esperado

Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As vendas no comércio varejista cresceram 0,6% em julho ante junho, conforme apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira (12).

O resultado veio acima da mediana das 26 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, que projetava um avanço de 0,5%. As estimativas iam desde uma queda de 0,3% a alta de 0,9%.

Ante julho do ano passado, o comércio varejista cresceu 4,4%. Segundo o IBGE, esta foi a 14ª alta consecutiva. Até julho, o acumulado do ano é de 5,1% ante o mesmo período de 2023, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 3,7%.

No comércio varejista ampliado (que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo), o volume de vendas variou 0,1% frente a junho. Na comparação com julho de 2023, o varejo ampliado cresceu 7,2%, acumulando no ano alta de 4,7% ante o mesmo período de 2023 e de 3,8% em 12 meses.

Por que esse dado importa para a sua vida?
Neste momento, os indicadores da atividade econômica no país importam ao mercado, especialmente devido aos alertas recentes do Banco Central (BC) a respeito de sua preocupação com a inflação.

Por um lado, uma atividade econômica forte é positiva para o crescimento do país. Mas, por outro, alguns indicadores preocupam porque eles podem trazer mais pressões inflacionárias, justamente o que teme a autoridade monetária.

Os dados do IPCA de agosto, divulgados na última terça-feira (10) mostraram uma estabilidade, o que traz mais alívio para o mercado. No entanto, outros indicadores de atividade indicaram que a economia segue pujante por aqui. No último dia 11, por exemplo, a Pesquisa Mensal de Serviços mostrou que o segmento cresceu bem mais do que o esperado.

Caso o Banco Central entenda que esses dados são suficientes para mostrar que a pressão inflacionária segue forte, a autoridade monetária pode aumentar os juros, adotando uma postura de que “é melhor prevenir do que remediar”.

O que subiu e o que caiu?
Ante junho de 2024
Em julho, cinco das oito atividades pesquisadas tiveram alta, segundo o IBGE.

O grupo de Equipamentos e material para escritório informática e comunicação cresceu 2,2%; Outros artigos de uso pessoal e doméstico tiveram alta de 2,1%; Tecidos, vestuário e calçados subiu 1,8%; Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo avançou 1,7%, e Móveis e eletrodomésticos cresceu 1,4%.

Já o segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria subiu 0,1% e ficou com variação próxima da estabilidade.

Por fim, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria registrou queda de 1,5% e Combustíveis e lubrificantes caíram 1,1%.

No âmbito do comércio varejista ampliado a atividade de Veículos e motos, partes e peças teve alta de 3,8% enquanto Material de construção caiu 0,2%.

Ante julho de 2023
Em relação a julho de 2023, também seis dos oito setores investigados ficaram no campo positivo. Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria subiu 16,0%; Outros artigos de uso pessoal e doméstico avançaram 10,6%; Móveis e eletrodomésticos teve alta de 8,1%; Tecidos, vestuário e calçados subiram 5,2%.;Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo tiveram alta de 3,0% e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação subiram 0,3%.

No campo negativo ficaram Livros, jornais, revistas e papelaria, com queda de 5,0%, e Combustíveis e lubrificantes, que caíram 4,3%.

No comércio varejista ampliado, os três setores adicionais tiveram resultados no campo positivo: Veículos e motos, partes e peças subiram 20,3%; Material de construção teve alta de11,0% e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo subiu 0,6%.

Consultoras da Natura aumentam vendas em 20% com plataforma financeira da marca

O Emana Pay foi concebido para fortalecer a proposta de valor da marca e gerar oportunidades de receita.

As vendas das consultoras de beleza da Natura que usam o Emana Pay, plataforma de serviços financeiros da marca de beleza, tendem a ter um valor médio 20% superior, em comparação àquelas que preferem outros métodos de pagamento. Além disso, pouco mais de 80% das contas apresentam evolução constante na receita.

Com cerca de 920 mil contas e 89% de taxa de aprovação entre os usuários, a plataforma registrou um crescimento substancial desde que foi criada, há três anos. A receita bruta aumentou 87% no primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. O crédito originado foi de R$ 265 milhões, tornando-se o principal banco emissor para os canais de vendas da Natura, melhorando a oferta de crédito às consultoras, reduzindo taxas de inadimplência e otimizando a alocação de capital.

De acordo com a empresa, um dos fatores que mais contribuíram para esse crescimento foi o aumento do uso de ferramentas de meios de recebíveis eletrônicos, como link de pagamento e tap to phone (tecnologia em aplicativo que permite a aceitação de transações de cartão de crédito por meio do aparelho de celular).

“Com a possibilidade de oferecer parcelamento e crédito aos clientes, milhares de pessoas da nossa rede conseguiram captar mais consumidores e aumentar suas vendas, o que, por sua vez, impulsionou o fluxo de caixa. Ficamos muito satisfeitos em reconhecer que Emana Pay representa um passo significativo na estratégia de crescimento e inovação da Natura, reafirmando o compromisso da empresa com o sucesso de suas consultoras e com a criação de um ecossistema de negócios mais forte e sustentável”, afirma José Manuel, CEO de Emana Pay e vice-presidente de Novos Negócios da Natura.

Estratégia do ecossistema

O Emana Pay foi concebido como parte da estratégia do ecossistema para fortalecer a proposta de valor da Natura, ao mesmo tempo em que proporciona novas oportunidades de receita para a rede e para a companhia.

A plataforma oferece uma série de serviços financeiros, como acesso facilitado a crédito, ferramentas que permitem parcelamento e pagamento por aproximação, além de um programa de educação financeira. Essa combinação tem se mostrado eficaz para melhorar significativamente a vida das consultoras, permitindo que elas aumentem a renda e gerenciem as finanças de forma mais eficiente, contribuindo para o bem-estar e estabilidade financeira.

A empresa tem incentivado especialmente as consultoras da Natura e Avon, que se autodeclararam negras e representam 57% da equipe, a usar o Emana Pay como um meio de aumentar as vendas, a renda e o índice de letramento financeiro, principalmente, entre aquelas que estão nos patamares iniciais do plano de crescimento e não possuem conta digital. A Natura atua para que mais mulheres negras estejam em níveis superiores ao Prata no plano de crescimento, estágio em que os ganhos são maiores.

A ferramenta também foi implementada em 100% das lojas próprias da Natura no Brasil e já atende 60% das franquias (pontos comerciais administrados por vendedoras oficiais).

“O Emana Pay não é apenas uma plataforma de serviços financeiros, mas um forte alicerce no ecossistema da Natura. Ao proporcionar mais renda, crédito e ferramentas financeiras às consultoras, a plataforma fortalece a relação entre a empresa e sua rede, ao mesmo tempo em que cria um novo fluxo de receita para a companhia”, finaliza.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/04/09/2024/noticias-varejo/consultoras-da-natura-aumentam-vendas-em-20-com-plataforma-financeira-da-marca/”