Resultado foi puxado pelas vendas no comércio no Dia das Mães e pelo maior número de dias úteis.
Puxado pela movimentação no comércio no Dia das Mães e maior número de dias úteis, o varejo paulistano avançou 26,8% em maio, comparado com o mês anterior. Na comparação com um ano atrás, há alta de 28,9%. Os dados são do Balanço de Vendas elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP) e Boa Vista.
No entanto, se a comparação for feita entre maio deste ano com o mesmo mês de 2019, excluindo o cenário de restrições da pandemia, o indicador se mostra negativo em 9%.
“Observamos avanços, mas ainda não conseguimos atingir o mesmo nível de movimento registrado anteriormente à pandemia”, diz o economista da ACSP, Marcel Solimeo.
“O Brasil ainda tem muito a crescer na venda digital em e-commerce”.
A frase é de quem é referência no assunto há mais de dez anos: o empresário Gabriel Bollico, sócio da Proxys Group, concorrendo em área dominado por Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3) e outras grandes varejistas.
O empreendedor começou “do zero” e, hoje, tem o que pode ser chamado de império digital.
Com ativos que exploram desde o desenvolvimento de softwares à loja de compra e venda de games usados, Gabriel avalia que o mercado nacional ainda pode explorar muito o potencial de venda do Brasil tanto para o brasileiro quanto para o exterior.
“É mito que o e-commerce está saturado. O varejo online não vende nem 10% do varejo total brasileiro. Mas é necessário um grande conhecimento para começar. O necessário é o estudo e o conhecimento no longo prazo, o que também é uma consequência do trabalho bem feito. Fato é que hoje existem excelentes ferramentas boas e de baixo custo que auxiliam nesta jornada”, fala.
No entanto, o e-commerce tem a vantagem de ter custos menores do que um negócio puramente físico, lembra Bollico e acrescenta ser possível competir com grandes varejistas no meio online.
“Também é mito dizer que é impossível concorrer com os gigantes do varejo. De fato, eles têm história e dinheiro, só que existem oportunidades e metodologias de negócio, que podem ser o grande diferencial para a virada de chave. Sem falar que o trabalho bem feito proporciona usar até o que os grandes do varejo têm a oferecer criando parcerias com eles”, ressalta.
No Brasil, o e-commerce representou 11% das vendas do varejo em 2020, 75% acima dos 6% registados antes da pandemia de Covid-19, de acordo com dados do índice macroeconômico SpendingPulse, da Mastercard.
Com um aumento de 32% na base de sites analisados, a edição deste mês do Relatório Setores do E-commerce no Brasil (versão Beta), ganha 179 novos players e destaca grandes crescimentos. No Ranking de maiores sites, AliExpress sobe uma posição troca de lugar com Casas Bahia.
Apesar da retração geral, seis categorias registraram um crescimento no comparativo mensal. Entre os destaques de maior crescimento estão Infantil (5,2%), Calçados (4%) e Comidas & Bebidas (3,5%). Já em retração, o TOP 3 é composto por Presentes & Flores (-14,6%), Eletrônicos & Eletrodomésticos (-10,4%) e Ferramentas & Acessórios (-10,3%).No mês de Abril, o comércio eletrônico brasileiro sofreu uma retração de 6,11% e registrou 1,62 bilhão de acessos, somando, nos últimos 12 meses, um total de 21,02 bilhões.
No Ranking dos 30 maiores e-commerces do Brasil, tivemos a estreia do Enjoei, que subiu duas posições na classificação e chegou a 29ª posição.
Dentro do TOP 10, AliExpress subiu uma posição e trocou de lugar com Casas Bahia, chegando à 6ª posição e deixando apenas 2 e-commerces nacionais entre os 6 maiores. Os e-commerces do Brasil, no entanto, detêm 44,1% da audiência de toda indústria.
A lista dos 10 maiores sites, em abril, não sofreu modificações: 1. Mercado Livre, 2. Americanas, 3. Amazon Brasil, 4. Magalu, 5. Shopee, 6. AliExpress, 7. Casas Bahia, 8. Netshoes, 9. 123 Milhas e 10. Samsung.
Setorialmente, o aumento na base de sites analisados destacou grandes crescimentos no comparativo mensal. Em Comidas & Bebidas, a Kopenhagen cresceu 145% no MoM, entrando no TOP 10 do ranking do setor.
O Shop Timão, de Esportes, subiu 7 posições no ranking e chegou à posição 11, além de ter crescido 54% no MoM. Na mesma categoria, Puma também registrou um crescimento acima da média, de 32%.
Em Farmácia & Saúde, Integral Medica, Patricia Elias e Unic Pharma subiram 9, 8 e 6 posições no ranking do setor, respectivamente.
BitCão, do setor de Pet, cresceu vertiginosamente: 135% no MoM e subiu 5 posições no ranking, também entrando no TOP 10.
Os dados são do Relatório Setores do E-commerce, da Conversion, agência de Search Engine Optimization (SEO), que traz as principais análises sobre o cenário do comércio eletrônico brasileiro todos os meses.
De acordo com o relatório, ainda, os canais preferidos pelos usuários para chegar às lojas são “direto” (quando ele digita o endereço da loja e representa 44,5% dos acessos), busca orgânica do Google (26,6%) e busca paga (18,9%).
Busca orgânica segue sendo o canal de tráfego mais importante.
A busca orgânica, também conhecida como SEO (Search Engine Optimization), continua sendo o principal canal de tráfego para o e-commerce brasileiro depois dos acessos diretos, somando 26,6% do total de visitas.
A importância deste canal pode, ainda, ser potencializada quando aliada ao uso do tráfego pago, que sozinho representa 18,9% das visitas.
Ranking dos 10 maiores e-commerces do Brasil
O Relatório Setores do E-commerce no Brasil apresenta, mensalmente, o ranking dos principais e-commerces do país. Esse ranking está dividido em um geral e outro para cada uma das 18 categorias. No geral, a lista é composta de 1. Mercado Livre (30%), 2. Americanas.com (16%), 3. Amazon Brasil (11%), 4. Magazine Luiza (11%) e 5. Shopee (9%). O percentual se refere apenas aos 10 principais players e representa a audiência desses sites.
Também disponibilizamos a lista dos maiores e-commerce de importados em nosso guia de e-commerce cross-border.
Share of Search e as marcas com maior participação de mercado (market share)
A métrica do Share of Search é a parcela de busca de uma marca dentro da categoria de consumo em que ela atua. A fórmula para calcular o Share of Search é dividir o volume de buscas por uma marca pelo volume total de buscas de todas as marcas daquele segmento. O fato importante sobre ela é que a parcela de buscas é preditiva em relação ao market share, conforme demonstrou estudo de Les Binet.
Em nosso estudo, analisamos o Share of Search de todos os principais setores do e-commerce brasileiro. Neste aspecto, também houve troca de posições. Ultrapassando a Loja do Mecânico, a Amazon chega ao topo como o e-commerce com a maior parcela de buscas entre todas as categorias, detendo 54% do setor de Importados. Dando sequência ao TOP 5 temos Loja do Mecânico (45%), Petz (44%), Cacau Show (41%) e Cobasi (35%).
Apesar de mecanismos de busca serem a fonte de tráfego mais importante, deve haver um complemento entre orgânico e pago
A participação em nosso relatório e rankings é feita a partir do volume estimado de audiência dos sites, conforme metodologia que apresentamos. A audiência, por sua vez, é composta de canais de tráfegos que enviam visitantes para cada e-commerce. A principal forma de entrada é o chamado “tráfego direto”, que é geralmente quando a pessoa digita o endereço da loja.
Logo em seguida, o tráfego de busca orgânica (26,6%) e paga (18,9%) vêm respectivamente na segunda e terceira posição. Podemos dizer que as buscas são o mais importante canal para o e-commerce, porque elas revelam a intenção do consumidor e canalizam a demanda para as lojas virtuais. Inclusive, nas próprias lojas virtuais, o buscador é fundamental.
E, acima de tudo, o importante é proporcionar uma excelente experiência do usuário, fazendo com que o seu visitante queira gastar tempo navegando em seu site, garantindo uma probabilidade maior de retorno. Este é, aliás, o princípio do SEO Experience, a nova geração de otimização de sites.
Além de tráfego e boa experiência, é importante ter um mix de produtos robusto em seu nicho, precificação competitiva, frete rápido e ser uma marca amada pelos consumidores. Fácil?
Certamente não, mas a oportunidade está aberta a todos!
As compras online já se firmaram como um hábito no dia a dia dos consumidores do Centro-Oeste. Ainda assim, ao comparar os meses de abril e março, o setor teve uma queda nas vendas de 8,85%. Usando a mesma base comparativa, o faturamento também caiu 13,56%.
Os dados são do índice MCC-ENET, levantamento desenvolvido pela Neotrust | Movimento Compre & Confie em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net).
No ranking regional das vendas online, continuando na avaliação entre abril e março, todas as regiões tiveram variações negativas. Os resultados foram: Norte (-6,72%); Nordeste (-7,90%); Sudeste (-8,31%); e Sul (-10,02%).
“Historicamente, abril sempre foi um mês de quedas no comércio em geral, não apenas no e-commerce. Parte do motivo pelo qual é um período menos aquecida, é que os consumidores dispendem seus recursos com lazer, em razão dos feriados existentes nessa época”, afirma Renata Carvalho, coordenadora do Ciclo MPE da camara-e.net.
Vendas online no Centro-Oeste
Na comparação entre os meses de abril (2022 e 2021), as vendas por e-commerce do Centro-Oeste, neste caso, tiveram alta de 9,54%. O acumulado no ano segue em crescimento: 14,19%.
No ranking regional, do acumulado no ano, ficou em terceiro lugar, sendo Norte (28,03%) e Nordeste (19,50%) os melhores resultados; e Sul (12,09%); Sudeste (5,74%), as duas últimas colocadas.
Faturamento do Centro-Oeste
O faturamento do setor caiu (-7,50%), ao comparar abril deste ano com o mesmo mês de 2021. Em contrapartida, segue em ascensão no acumulado no ano: 6,67%.
Na composição regional, no acumulado no ano, ficou em penúltimo lugar. As demais regiões tiveram o seguinte desempenho: Nordeste (11,68%); Sul (10,95%); Norte (10,50%); e Sudeste (3,33%).
O presidente Jair Bolsonaro sancionou na quarta-feira (25), o Projeto de Lei 3.188/2021, que que mantém recursos para garantir empréstimos a micro e pequenas empresas por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). O texto foi aprovado em definitivo pelo Congresso Nacional no fim de abril.
A norma que agora entra em vigor adia para 2025 a devolução ao Tesouro Nacional de valores não utilizados de um fundo relativo a empréstimos do Pronampe. O programa foi criado em maio de 2020 para auxiliar financeiramente os pequenos negócios e, ao mesmo tempo, manter empregos durante a pandemia da Covid-19. No ano passado, o Pronampe se tornou uma política pública permanente do governo federal.
A estimativa do governo é garantir pelo menos R$ 50 bilhões em crédito para micro e pequenas empresas com o programa, através do sistema financeiro. A nova rodada do Pronampe vai abranger também microempreendedores individuais (MEIs), que somam cerca de 13 milhões de pessoas. Somando às mais de 5,5 milhões de micro e pequenas empresas, a nova fase do Pronampe tem o potencial de atender mais de 20 milhões de empresas e microempreendedores, que representam 98% das empresas do país.
Mudanças
A proposta sancionada torna permanente o uso de recursos do Fundo de Garantia de Operações (FGO) em operações não honradas. Uma das alterações aprovadas no Congresso dispensa as empresas de cumprirem cláusula de manutenção de quantitativo de empregados prevista nas contratações até 31 de dezembro de 2021. Essa regra só será restabelecida para empréstimos feitos a partir de 2022.
O texto também acaba com a data limite, estipulada até o fim de 2021, para que o governo aumente o aporte de recursos ao FGO para atender o Pronampe, pois o programa se tornou permanente. Caso esse aumento de participação da União aconteça por meio de créditos extraordinários, os valores recuperados ou não utilizados deverão ser destinados à amortização da dívida. Já outros valores utilizados pelo FGO para honrar prestações não pagas deverão ser direcionados para a cobertura de novas operações contratadas.
O nova lei ainda estabeleceu uma mudança no Programa de Estímulo ao Crédito (PEC) para ampliar o seu acesso a empresas com até R$ 300 milhões de receita bruta anual, consideradas de médio porte.
A legislação que criou o programa destinava o PEC somente a microempreendedores individuais (MEI), a micro e pequenas empresas, a produtores rurais e a cooperativas e associações de pesca e de marisqueiros com receita máxima de R$ 4,8 milhões. Para o público-alvo atual, o texto reserva 70% do valor total que pode ser contratado.
O programa permite aos bancos contarem com créditos presumidos de tributos federais a serem usados para diminuir o valor a pagar em troca de empréstimos feitos sob seu risco. As contratações de operações, cujo prazo de funcionamento tinha acabado em 2021, serão reabertas até dezembro de 2022.
Outra medida incluída na lei é a dispensa de exigência de apresentação de alguns tipos de certidões pelos interessados em obter empréstimo, como as de quitação eleitoral, comprovação do recolhimento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) e Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, para as instituições que emprestarem por meio do PEC.
Veto
Por orientação da área jurídica, segundo o Palácio do Planalto, o presidente da República decidiu vetar os dispositivos da lei que dispensavam apresentação da Certidão Negativa de Débito (CND) relativa à Seguridade Social por meio do PEC.
Na avaliação do governo, a medida viola a Constituição Federal, que veda acesso a crédito e benefícios tributários de pessoa jurídica devedora da Previdência Social.
Relatório de Dia das Mães, feito pela All in e parceiros, mostra que o faturamento chegou a R$ 6,4 bilhões no evento, resultado de um alto índice de visitas, cadastros e vendas.
Todo o varejo espera pelas datas sazonais para dar aquele ‘up’ nas vendas, sabendo que muitos consumidores irão atrás de presentes e homenagens nesses dias. Mas o que tem acontecido é o aumento de visitas e cadastros na época, a exemplo da região Sudeste, que é responsável por mais de 65% dos sign ups.
E se tem uma coisa que os consumidores levam em conta na hora de comprar, é o relacionamento. Um exemplo disso, é que o WhatsApp foi apontado como o meio de atendimento de maior preferência do público, mas não podemos deixar de falar o chat pelo site, que deu um salto expressivo em 2022 e voltou a ‘dar as caras’ nos resultados.
O que isso significa? Proximidade com o consumidor e a necessidade de uma plataforma que melhor atenda essa questão. Não à toa, a taxa de recompra foi de quase 4% este ano e se você deseja que o seu cliente fidelize a ponto de se apaixonar pela sua marca, comprar novamente e indicar para conhecidos, é hora de usar esses dados para entender sobre comportamento e aplicá-los na estratégia de agora até o segundo semestre.
O outro lado
Falamos de cliente, agora vamos falar sobre a preparação dos e-commerces em momento de alta demanda. O relatório mostrou que o segmento de Higiene pessoal estava com o estoque mais completo e disponível para atender os compradores – não podemos dizer o mesmo de ‘Alimentos’, com a média de 40% dos produtos indisponíveis para compra.
Considerando todas as categorias, em média, 26% dos produtos de bens de consumo estavam indisponíveis para compra online, indicando que ainda há muito o que melhorar no que diz respeito ao abastecimento de mercadoria nas páginas de produtos online. Outro ponto a considerar é a expectativa e frustração do consumidor em relação a compra, que pode fazer ele ir direto ao concorrente.
Onde há compra, há perigo?
Se você tem um e-commerce, muito provavelmente já teve que lidar com as tentativas de fraude, então vamos entender os resultados relacionados a esse quesito em uma das datas sazonais mais relevantes para o mercado. O aumento foi de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior, mas nem tudo é tão ruim, afinal ‘tentativas’ não quer dizer que concluíram, certo?
O valor recuperado de pedidos fraudulentos foi de R$ 152 milhões. E uma curiosidade sobre o assunto: o estudo mostrou que a maior parte das tentativas de fraude acontecem durante a semana, sendo domingo o dia de maior descanso — até para os criminosos.
A celebração
E se há presentes, há motivos para comemorar. O Dia das Mães costuma ir além das compras, é repleto de encontros, abraços e geralmente, uma comidinha. No caso de quem preferiu pedir delivery, a pizza foi o prato mais escolhido para o momento, sendo a região Sul a campeã de pedidos nessa sazonalidade.
Depois desse resumo, é hora de você acessar o relatório completo e ter em mãos as análises detalhadas sobre o comportamento do consumidor e do varejo nesse Dia das Mães. Veja mais no relatório.
Somente no Dia das Mães foram entregues 2.000 pacotes. O projeto contempla favelas do Rio de Janeiro e São Paulo.
As lojas Americanas deram início às entregas em favelas há 1 ano. Os resultados ultrapassaram as melhores expectativas. E, as Americanas devem continuar investindo no consumidor dessas localidades. Foram mais de 615 mil pacotes entregues em sistema de delivery em 7 favelas do Rio de Janeiro e de São Paulo. As informações são do jornal O Globo.
As contempladas foram a Rocinha, na Zona Sul da cidade, e a Vila Cruzeiro, na Zona da Leopoldina. Levando-se em conta que a Rocinha é a maior favela do Brasil, o potencial de crescimento do mercado de delivery na região tende a ser extremamente promissor. A Vila Cruzeiro, por sua vez, também promete um bom retorno.
De olho na potencialidade das favelas, tanto do Rio quanto de São Paulo, as Americanas celebraram uma parceria com a Google para criação de endereços digitais – Plus Codes -, na favela de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, para tornar a logística das entregas mais eficiente e mais rápida.
As empresas de capital aberto no varejo de moda já estão conseguindo registrar níveis de pré-pandemia com a volta dos consumidores nas lojas, crescimento da receita, dos lucros e das margens, de acordo com o conjunto de balanços do 1º do trimestre do segmento. Porém, depois do pior cenário da pandemia do coronavírus, estão aparecendo outros desafios pela frente, como a alta da inflação e dos juros.
Na visão de Danniela Eiger, head de varejo e co-head de Equity Research da XP, o crescimento dos preços provoca um impacto generalizado, porém, certas empresas conseguem se diferenciar entre si em decorrência do seu público-alvo.
Segundo ela, empresas que tem foco no público de alta renda, como Grupo Soma e Arezzo, podem se sobressair já que oferecerem uma maior resiliência e contam com um crescimento orgânico mais consistente.
Porém, para as outras empresas, a XP enxerga que o cenário macroeconômico terá maior peso, considerando a já alta inflação que pode subir ainda mais e o poder de compra encolhido da população. “Neste aspecto a Renneré uma boa opção para se ter nesse setor, pois está posicionada acima dos seus pares e já teve correção de valuation, com destaque tanto para crescimento quanto de rentabilidade”, disse Danniela ao InfoMoney.
Retorno as lojas
O respiro dos momentos mais tensos da pandemia, fez com que as atividades comerciais do país retomassem os atendimentos. Agora a projeção é que categorias como vestuários e calçados, que por conta da pandemia deixaram de ser prioridade para uma parcela dos brasileiros, voltem a chamar a atenção dos consumidores, por terem uma demanda reprimida.
“Isso foi refletido com mais força no varejo físico por conta da reabertura das lojas, a normalização do cotidiano das pessoas e os shoppings que estão com tráfego melhor. É uma categoria que tem correlação com eventos, com sair de casa, ir a um casamento, festa ou aniversário”, explicou Danniela ao InfoMoney.
Porém, ela diz que existe uma evidente disparidade entre empresas de baixa e de alta renda.
“De baixa renda, a C&A (CEAB3) teve uma aceleração de crescimento, mas ainda com margens pressionadas, pois não conseguiu repassar totalmente o preço aos consumidores. A C&A teve inclusive Ebitda negativo. Já a Renner (LREN3) teve aceleração mais forte do crescimento, mas também tem uma dinâmica de margem bastante comprimida. A expectativa é que a Renner tenha cada vez mais uma trajetória de recuperação de vendas e de rentabilidade”, finalizou Danniela.
O Governo Federal afirma que não assinará a Medida Provisória para taxar compras feitas por consumidores da Shein, Shopee e AliExpress, aplicativos chineses que disponibilizam produtos mais baratos.
O presidente Jair Bolsonaro anunciou em suas redes sociais no último sábado (21), que o Governo Federal não assinará nenhuma Medida Provisória (MP) para taxar compras do exterior feitas em aplicativos internacionais como Shein, Shopee e AliExpress. A afirmação foi feita dois dias após o ministro da Economia, Paulo Guedes, adotar uma posição contrária do presidente.
Todos os detalhes sobre a decisão do Governo Federal sobre não taxar compras internacionais
De acordo com Bolsonaro, em uma publicação no Twitter e Instagram, não será assinado nenhuma MP para taxar compras em aplicativos como Shein, Shopee e AliExpress, como grande parte da mídia está divulgando e para que irregularidades nestes serviços sejam corrigidas, a saída deve ser a fiscalização e não o aumento de impostos.
Na última quinta-feira (19), Guedes criticou as plataformas em um evento de uma consultoria. De acordo com o ministro, os aplicativos praticam fraude por não pagarem impostos. A regra atual permite a entrada de produtos de até US$ 50, sem nenhuma taxa, desde que a venda seja dada entre pessoas físicas. De acordo com o titular da pasta em um evento da Arko Advice com o Traders Club, o objetivo da MP é que “a regra do jogo” seja pelo menos igual para todo mundo.
Não deve ser permitido lojas que estão, claramente, aplicando fraudes, que entram sem imposto, sem nada e também afirmou que é uma fraude porque o valor do bem é falsificado.
Entenda como funciona o sistema de taxar compras da Shein, Shopee e AliExpress
De acordo com o presidente da Comissão de Direito Tributário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), Hamilton Sobreira, remetentes pessoas físicas podem enviar encomendas de até US$ 50 sem a cobrança de taxas para o consumidor final residente no Brasil, como dito anteriormente.
Acima deste valor, é cobrado 60% de tributos de importação. A partir de US$ 500, é acrescentado o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e uma tarifa de despacho aduaneiro. O presidente destaca que manipular dados ao registrar mercadorias mais caras com preço abaixo do limite estabelecido é caracterizado como evasão fiscal tipificada como crime de sonegação.
É importante frisar também, que sites asiáticos como Shein, Shopee e AliExpress são uma alternativa para consumidores que buscam comprar artigos infantis, aparelhos eletrônicos e roupas infantis mais baratas. Para se ter uma noção, um brinquedo com 1 mil peças de blocos de montar, que em uma loja brasileira custa mais de R$ 330 reais, cai para R$ 39 a R$ 126,84 nestas plataformas online.
De onde surgiu a Medida Provisória para taxar compras internacionais?
O comércio por meio da Shein, Shopee e AliExpress tem se tornado cada vez mais popular no Brasil nos últimos anos, numa espécie de “camelódromo digital”. Sendo uma boa alternativa ao aumento de impostos, o governo federal defende a fiscalização das vendas com objetivo de evitar possíveis irregularidades.
O dono da rede de lojas Havan e aliado de longa data do atual presidente, o empresário Luciano Hang, ao lado do presidente da Multilaser, Alexandre Ostrowiecki, costuraram a articulação para o texto da Medida Provisória. Os empresários também se uniram a outros empresários do ramo.
Sendo assim, sob pressão da indústria e do varejo, o intuito seria tornar as regras para importação mais rígidas. Na receita Federal, há uma avaliação de que empresas internacionais estariam vendendo a brasileiros de forma ilegal. Outra fraude possível seria declarar o bem por um valor inferior, abaixo do limite estabelecido.
O Mercado Pago, empresa financeira do Mercado Livre, se prepara para colocar nos próximos dias o iniciador de pagamentos à disposição dos mais de 10 milhões de vendedores que utilizam a ferramenta. Através do iniciador, desenvolvido pelo Banco Central e parte do arcabouço do open banking, a companhia espera aumentar a quantidade de carrinhos de compra virtuais que se transformam em vendas — a chamada conversão.
“O principal tema que vemos é a experiência de compra e a conversão da transação”, diz Daniel Davanço, responsável pela área de pagamentos para empresas do Mercado Pago. “Estamos em fase final de desenvolvimento e vamos começar o rollout (implementação) em breve.”
Hoje, o Pix é cerca de 25% do volume processado pelo Mercado Pago e mostra maior sucesso em fazer com que uma compra chegue até o final. De acordo com a empresa, cerca de 75% das transações em que o Pix é o meio de pagamento chegam ao final. No boleto, que vem sendo amplamente substituído pelo pagamento instantâneo, a conversão é bem menor, de cerca de 40%.
A ideia do Mercado Pago é utilizar o iniciador para ir atrás dos 25% que, mesmo usando Pix, não concluem a compra. A ferramenta, a grosso modo, permite que o cliente autorize a instituição que processa o pagamento a debitar os recursos diretamente da conta bancária. Isso elimina uma série de etapas, como abrir o aplicativo do banco, colar o código Pix e validar tudo com a senha, para depois voltar à loja. É nesse momento que muitos clientes desistem.
Homologado pelo Banco Central em fevereiro, o Mercado Pago é parte de um pequeno grupo habilitado a oferecer o recurso do iniciador de pagamentos, junto com Banco do Brasil, BTG Pactual e Itaú Unibanco. A empresa já oferece aos clientes pessoas físicas a possibilidade de usar o iniciador para trazer recursos de outras instituições. O produto para empresas, portanto, é o segundo deles.
Gradualmente, todos os vendedores que usam o Mercado Pago terão acesso ao iniciador, inclusive os do varejo físico. “Ele vai estar disponível desde o pequenininho, que vende via WhatsApp ou rede social, até um grande vendedor que opera com a nossa solução no online e no presencial”, diz Davanço. Empresas como a Multilaser e a Madesa já operam a funcionalidade, em fase de testes.
Até aqui, apenas o Pix foi incluído pelo BC como meio de pagamento no iniciador. Outros devem vir no futuro, mas Davanço enxerga uma oportunidade. “O grande ponto é a facilidade de convergência, dado que tudo isso está feito sobre uma mesma plataforma”, diz.
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