E-commerce latino-americano ganha destaque em 2021

Apesar de concentrar os países de terceiro mundo, a América Latina voltou a se destacar em 2021 como um dos principais mercados de comércio eletrônico, com um crescimento de mais de 35% em comparação ao ano precedente, conforme dados do relatório eMarketer Insider Intelligence. Para 2022, a expectativa é de o crescimento acelerado eleve o patamar a 20,4%, puxado por resultados do Brasil, México e Argentina. Com isso, a região se consolidará como a segunda com maior potencial de crescimento global, logo atrás do Sudeste Asiático, que tem estimativa de alta de 20,6%.

Nas duas regiões, o montante de consumidores on-line vem em uma ascendente, na esteira da expansão do acesso da classe média à modalidade digital. As duas zonas contam com o potencial de crescimento dos países emergentes, o que amplia os fatores de sucesso no e-commerce. Todavia, a análise mostra que a penetração do comércio virtual é baixa em ambos os casos – na América Latina, o percentual é de 6%.

“O e-commerce nunca esteve tão aquecido, já que o novo normal é ter parte do negócio físico também na internet”, pontua. “Sabendo disso, o movimento da economia digital do último ano pode contribuir com aqueles que estão chegando e pretendem ter sucesso nas vendas on-line em 2022”, complementa.

Neste ponto, de acordo com o CEO, empresas que atuam no digital podem colocar determinados elementos em curso a fim de ampliar seus resultados. A reportagem organizou as considerações do empresário a seguir:

Incluir o pix como forma de pagamento

Félix destaca que 2021 se consolidou como o primeiro ano do pix, meio de transferência financeira instantânea, lançado no final de 2020. O modelo se popularizou, e um estudo recente do Bacen (Banco Central do Brasil) revelou um crescimento mensal no uso do serviço de 57,5% na adesão da modalidade por empresas. O número ultrapassa, com sobras, as tradicionais formas de pagamento eletrônico, como TED, DOC e boleto.

Para o empresário, alguns elementos tornam o pix como uma tendência para o e-commerce em 2022. “Até a chegada do pix, o cartão de crédito era a única forma de pagamento on-line com compensação automática”. Diante disso, para ele, as lojas que tiverem o pix como forma de pagamento no checkout vão colher os frutos por chegarem na frente. “O retrospecto indica que a modalidade de pagamentos digitais vai continuar crescendo em valores de transações e usuários únicos comprando com o pix”.

Aderir ao cashback

“Se houve uma palavra relativamente nova que muita gente ouviu em 2021 foi ‘cashback’. Em tradução livre, o termo significa ‘dinheiro de volta’. Via de regra, o benefício é vinculado a programas e instituições entre as lojas e os consumidores”, esclarece Félix. Para ele, este é um benefício interessante para o cliente, ainda que necessite de uma forma mais clara para informá-los sobre como ter acesso ao dinheiro.

“O cashback é parte dos custos envolvidos com as bandeiras de cartões de crédito que algumas lojas repassam aos clientes, diferentemente do desconto que o lojista dá sobre as mercadorias”, detalha. Ele destaca que o recurso não chegou agora, mas 2021 foi o ano em que ele passou a ser oferecido pelo varejo físico e digital.

“A novidade agora fica por conta do cashback para a loja. Plataformas de pagamentos digitais que operam checkouts de negócios virtuais já oferecem o serviço a vendedores”, informa. “Com o recurso de cashback progressivo, a loja desconta os custos da operação na plataforma e consegue lucrar acima do valor da venda. Antes, um recurso praticamente exclusivo do usuário final, a tendência para 2022 é privilegiar também os empreendedores em forma de dinheiro de volta por cada venda”.

Oferecer produtos personalizados

O CEO da Cloudfox menciona que os consumidores estão dispostos a pagar até 25,3% a mais por produtos personalizados – 83% do mercado. “Uma pesquisa da Dessault Systèmes revela que os consumidores jovens desejam produtos únicos, que remetam seu estilo e originalidade. Seja para consumo próprio ou para presentear alguém, a customização traz o sentimento de exclusividade e pode ser aplicada em vários segmentos”.

Neste sentido, segundo o especialista, as lojas devem se preparar para a liberdade de criação. “A loja deve estar preparada com um checkout que permita ao cliente utilizar sua criatividade no momento da compra.  O ideal é optar por uma plataforma de pagamentos que dê liberdade ao consumidor, como seleção de cores, envio de imagens que serão estampadas nos produtos e tamanhos e variantes daquele artigo exclusivo”.

Para concluir, Félix afirma que o consumidor on-line é exigente e uma limitação ou dificuldade pode fazê-lo buscar outra solução no concorrente ao abrir uma nova aba do navegador. “O mercado de produtos personalizados cresce e segue como tendência garantida para o varejo digital no ano de 2022. Este ano promete acelerar o ritmo do crescimento das vendas virtuais e o momento de começar é agora”.

No Dia das Mães, 45% dos consumidores farão menos compras

O Dia das Mães está chegando e o Pulso, plataforma de monitoramento de mercado da Score Retail, traz as expectativas dos brasileiros nas datas mais importantes do varejo. A data é apontada como um momento simbólico de união das famílias. Isso porque, ao perguntar como será comemorada, 33% responderam “vou para casa da minha mãe ou sogra”; 18% “receberei minha família em casa”, e apenas 9% informaram que vão a um restaurante com a família.

Compras online

Para os que optaram pelas compras online, 41% optam por Site de varejo totalmente digitais (como Mercado livre, Submarino, Amazon, Shopee, etc), 28% preferem o site da marca do produto/serviço, 27% optam por sites de redes de varejo (Americanas, FastShop, Renner, Marisa, etc), 8% citaram os sites de pequenos lojistas, 4%, redes sociais, 3%, site de supermercados/hiper, 2%, app de delivery, 20% ainda não decidiram.

Pensando no almoço que as famílias costumam preparar para celebrar a ocasião, ao citarem apenas um tipo de alimento que não pode faltar na mesa, as respostas dividem opiniões:

  • Carne e lasagna receberam 12% dos votos, cada;
  • Churrasco 10%;
  • Massa 9%;
  • Macarrão 8%;
  • Salada, arroz, maionese 7%, cada;
  • Sobremesa, peixe, feijão 2%, cada.
Dia das Mães
A pesquisa foi feita por abordagem digital com 1.133 entrevistas no período 25 e 26 de abril em nove cidades. O resultado apresenta 2,9% de margem de erro.

Bolsos apertados

Para quem pensa em gastar com compras ou apenas com as tradições familiares, o bolso, para grande parte dos consumidores, está falando mais alto que as datas comemorativas. O mesmo comportamento pode ser notado na pesquisa feita sobre as expectativas da Páscoa.

  • 45% estão mais apertados e, por isso, farão menos compras;
  • 24% consideram estar da mesma forma que nos anos anteriores, nada mudou;
  • 22% estão mais apertados, mas vão manter a tradição de família;
  • 7% se consideram em melhor situação, mas vão manter os hábitos familiares;
  • 1% está melhor e vai aproveitar para gastar um pouco mais.

“O consumidor enfrentará um ano de contenção de gastos em todas as datas do varejo. Ainda se tem muito resquício da pandemia e é um ano de incertezas. As marcas precisam se engajar naquilo que pode fazer diferença de forma mais simples, como ativações com entretenimento e soluções para os momentos de família, como os almoços que vimos que serão a principal alternativa de celebração da data”, analisa Ana Letycia, Head de planejamento da Score Retail.

Ranking de segmentos

Ao que mais interessa para o varejo, os segmentos dos presentes foram ranqueados em:

  • Vestuário: 66%;
  • Calçados: 38%;
  • Perfumes: 36%;
  • Bolsa e acessórios: 26%;
  • Comestível: 18%;
  • Beleza e maquiagem: 17%;
  • Joalheria: 17%;
  • Artesanato: 16%;
  • Eletrônicos: 10%
  • Utilidades domésticas: 9%;
  • Decoração: 9%;
  • Viagem (passagem/estadia): 8%;
  • Eletrodomésticos: 6%;
  • Digital (video, áudio): 3%;
  • Assinatura de algo que goste: 3%.

Tíquete médio

E quanto o consumidor pensa em gastar, somando todos os presentes que irá comprar?

  • Até R$ 50: 13%;
  • R$ 51 a R$ 100: 25%;
  • R$ 101 a R$ 150: 19%;
  • R$ 151 a R$ 250: 14%;
  • R$ 251 a R$ 350: 5%;
  • R$ 351 a R$ 500: 4%;
  • Mais de R$ 500: 3%;
  • Não se aplica: 18%.

A loja física é a opção disparada na hora de comprar o presente, com 55% dos votos. A internet ficou com 31%, o formato pick-up com 2%, e outros 2% vão comprar ou fazer um presente.

Lojas físicas

Para quem busca realizar as compras do Dia das Mães em loja física, a expectativa ficou a seguinte: 35% em redes de varejo (Americanas, FastShop, Renner, Marisa, etc); 24% em loja de bairro/pequeno lojista; 22% loja da marca do produto; 3% super/hipermercado e 28% ainda não se decidiram.

“As compras online permanecem em alta, principalmente em datas especiais como o Dia das Mães, mas é importante notar como mais da metade da população optou por compras em lojas físicas. Esse é o reflexo da flexibilização da pandemia que permite aos brasileiros, novamente, irem às compras presenciais e escolherem os presentes. Em um ano de incertezas financeiras, ainda é possível observar que 45%, mesmo mais apertados vão fazer compras e os demais 55% vão manter as tradições familiares e isso também inclui a escolha de um presente ou investimento em um momento junto aos familiares”, afirma Ligia Mello, coordenadora da pesquisa e sócia da Hibou.

Metodologia

A pesquisa para o Dia das Mães foi feita por abordagem digital com 1.133 entrevistas no período 25 e 26 de abril em nove cidades. O resultado apresenta 2,9% de margem de erro.

Dia das Mães: e-commerce deve faturar R$ 7 bi em 2022, aponta Neotrust

O e-commerce deve faturar R$ 7 bilhões com o Dia das Mães em 2022, com crescimento de 4% em relação ao ano passado. É o que indica a projeção realizada pela Neotrust. O levantamento aponta também um aumento de 11% no número de pedidos neste ano, com expectativa de 15,7 milhões de compras digitais.

Entre as principais categorias que devem se destacar na data em 2022, estão os segmentos de eletroportáteis e o de beleza e perfumaria. Em 2021, as vendas de eletroportáteis cresceram 17% em relação a 2020, que por sua vez foi 152% maior que em 2019. Já os itens de beleza e perfumaria geraram em 2021 faturamento 20% maior que em 2020, que por sua vez foi 151% maior que em 2019.

“Em todos os anos, as compras de eletroportáteis e de itens de beleza e perfumaria se destacam no Dia das Mães — uma das datas mais importantes do calendário do varejo nacional. As pessoas estão cada vez mais aproveitando as facilidades das compras online, especialmente pela possibilidade de pesquisar preços em variadas lojas de forma instantânea, e além disso, dispor da comodidade em receber os produtos em sua residência com rapidez”, destaca Paulina Dias, Head de Inteligência da Neotrust.

Em 2021, mais de 70% dos pedidos destas categorias foram realizados com frete grátis, e a forma de pagamento mais utilizada foi o cartão de crédito. Além disso, mais de 66% das compras online de Dias das Mães nestas categorias são realizadas por mulheres, a maioria entre 26 e 50 anos.

Eletroportáteis 

De 2019 para 2020, primeiro ano da pandemia no Brasil, aumentou em 152% o faturamento do e-commerce com eletroportáteis no Dia das Mães — de R$ 69,7 milhões para R$ 175,8 milhões. De 2020 para 2021, o faturamento aumentou em 17%, atingindo R$ 206,2 milhões.

Em 2021, destacaram-se as vendas de robôs aspiradores, fritadeiras elétricas e panelas elétricas. O ticket médio — valor gasto por pedido de compra — também aumentou nos últimos anos: 3% de 2019 para 2020, passando de R$ 230,90 para R$ 236,80; e 39% de 2020 para 2021, atingindo R$ 330,20.

Beleza e perfumaria 

Nos últimos anos, também vem crescendo o faturamento do e-commerce com itens de beleza e perfumaria no Dia das Mães. De 2019 para 2020, o faturamento cresceu 151%, passando de R$ 67,6 milhões para R$ 170,1 milhões. Em 2021 atingiu R$ 204,9 milhões, com aumento de 20% em relação a 2020.

Entre os mais comprados em 2021, destacam-se produtos de proteção solar, produtos para cabelo, itens de perfumaria e maquiagens. A média de itens comprados por cesta foi de 2,5 e o ticket médio atingiu R$ 190,20, 23% a mais que os R$ 155,20 do ano anterior.

Receita cria novos programas de combate ao contrabando

A Receita Federal está intensificando o combate a bens contrabandeados ou que burlam as regras tributárias vigentes. Um programa de rastreabilidade fiscal recém-lançado e uma medida provisória com foco nos “camelódromos virtuais” são parte da estratégia para vencer esses problemas, e foram tema da entrevista do secretário Especial da Receita Federal, Júlio César Gomes, para o Brasil em Pauta, do último domingo (1º) na TV Brasil.

O programa de rastreabilidade fiscal começou neste mês e foi desenvolvido com base em boas práticas já executadas por outros países. “Nós temos uma grande quantidade de produtos e mercadorias que ingressam no país de forma irregular. Sem pagar tributo e sem saber a procedência”, disse o secretário.

Segundo ele, por meio do programa, se conhecerá toda a trajetória de um produto desde a origem até que ele chegue ao consumidor. “Você pode saber se houve o pagamento do tributo, se esse produto não foi desviado, se a procedência é legal, regular”, explicou.

Outra iniciativa é uma medida provisória que deverá tratar sobre plataformas e aplicativos de e-commerce que vendem diversos produtos importados, mas sobre os quais não se sabe a verdadeira procedência. De acordo com o secretário, muitos vendedores se fazem passar por pessoas físicas quando, na verdade, são empresas constituídas para se valer de isenções, o que constitui fraude.

César Gomes chamou esses aplicativos de “camelódromos” virtuais. Segundo ele, hoje o Brasil recebe cerca de 500 mil dessas encomendas por dia. “É uma quantidade muito elevada. A gente precisa interferir nessa dinâmica para proteger nossa indústria nacional, nossas empresas e o emprego no nosso país. A ideia é dar um novo tratamento tributário a esses produtos”.

O secretário da Receita Federal também falou sobre outros programas da Receita com foco no contribuinte.

Shopee dobra aposta no País e já incomoda Magazine Luiza e Casas Bahia

Operação da gigante de e-commerce criada em Cingapura cresceu 320% no Brasil no 4.º trimestre de 2021, na comparação com o ano anterior, motivando inauguração de novo escritório em SP.

A gigante asiática Shopee, braço de comércio eletrônico da Sea Limited, está perto de dobrar sua aposta no Brasil. Com uma operação local com mais de 1,5 mil funcionários, a companhia acaba de inaugurar seu segundo escritório na capital paulista, na região do Largo da Batata, em Pinheiros. No novo local, estará ao lado de outras empresas do setor de tecnologia, que deram um salto ao longo da pandemia diante da maior digitalização do consumidor brasileiro.

Já incomodando players locais, como Magazine Luiza, Via (dona de Casas Bahia e Ponto Frio) e Americanas, a companhia vem ganhando espaço no e-commerce do País. No balanço da Sea Holding, que tem sede em Cingapura, há um destaque sobre o crescimento no Brasil. Só no quarto trimestre de 2021 foram realizadas 140 milhões de vendas, levando a uma receita de US$ 70 milhões (cerca de R$ 350 milhões) no período, expansão de 320% na comparação com ano anterior.

“A Shopee já alcançou uma forte tração no País, e acredito que podemos crescer ainda mais. Continuaremos dedicando os recursos certos para ajudar a aumentar nosso impacto no País”, afirmou a líder de recursos humanos da Shopee, Karina Hartung, em entrevista realizada por e-mail, “por determinação global”.

Apetite regional

O crescimento do e-commerce no País já começou a ser embutido nas análises das instituições financeiras. O norte-americano JPMorgan, por exemplo, prevê que a companhia invista US$ 1,5 bilhão apenas na América Latina neste ano. O Goldman Sachs projetou que a participação de mercado da varejista asiática na região poderá chegar a 20% já em 2025.

No ano passado, os números coletados por esse mercado já comprovavam o fenômeno com o crescimento da Shopee, ao lado das “conterrâneas” AliExpress e Shein. Levantamento da NielsenQ Ebit mostrou um disparo do comércio cross border (em que o cliente faz uma compra online e o produto vem de outro País), que cresceu 60% em 2021 e somou vendas de R$ 218,9 bilhões, na esteira das empresas asiáticas. Essa expansão levou as varejistas brasileiras a montar uma ofensiva contra o e-commerce asiático, pedindo medidas ao governo federal para barrar esse crescimento.

Questionada sobre isso, Karina afirma que a Shopee é brasileira. “Temos operação no Brasil desde 2019, com CNPJ e sede na cidade de São Paulo, onde acabamos de inaugurar nosso segundo escritório. Além disso, vale destacar que mais de 85% das nossas vendas são de vendedores locais”, diz, lembrando os 2 milhões de vendedores brasileiros já registrados na plataforma. Karina também afirma que a companhia está aberta a colaborar com o governo e órgãos reguladores.

No resto do mundo, porém, a Sea Limited, dona da Shopee, sente os efeitos do contexto macroeconômico. Listada em Nova York, hoje ela possui um valor de mercado de um pouco mais de US$ 46 bilhões, 60% a menos do que no início de 2022.

Subsídio ao cliente

Para o especialista em varejo e fundador da Varese Retail, Alberto Serrentino, o rápido crescimento da Shopee no Brasil se deve a um grande esforço para entrada no País, que se reflete em investimentos tanto em mídia quanto em subsídios para o frete. “É difícil imaginar que a operação esteja em um nível sustentável de rentabilidade.”

Serrentino lembra ainda que, ao contrário da AliExpress, por exemplo, a Shopee se dedica a buscar vendedores brasileiros para sua plataforma. Ele diz, contudo, que a logística é uma barreira. O especialista diz que o gigante Mercado Livre investiu pesado nesse setor por anos, garantindo uma forte presença em solo nacional.

 

Operadora logística DHL investirá R$ 30 mi para abrir filial em Aparecida

A operadora logística alemã DHL abrirá uma filial em Aparecida de Goiânia. Segundo foi divulgado pela empresa, o investimento será de R$ 30 milhões, para iniciar em julho as operações no Parque Industrial Vice-Presidente José Alencar. O local de funcionamento será em um armazém de 6 mil metros quadrados, onde cerca de 300 colaboradores diretos vão trabalhar.

Em reunião no último dia 25/04, o prefeito Vilmar Mariano destacou que a ação traz mais uma grande empresa ao município, ajudando a movimentar a economia local e a gerar receitas para a cidade. “Assim como desejamos às outras empresas do nosso município, torcemos para que a DHL tenha muito sucesso em suas operações em Aparecida, gerando emprego, renda e oportunidades, para que, através dela, mais empresas encontrem em nossa cidade um ambiente de negócios aquecido e favorável a investimentos”, disse o gestor aparecidense.
Vice-presidente de Operações da DHL, Marcos Cerqueira explicou que, numa concorrência com outras cidades, Aparecida foi escolhida por ter uma posição geográfica estratégica, acessível pela BR-153. “E percebemos que em Aparecida há uma facilidade para fazer negócios de forma correta”, completou. Marcos informou ainda que a filial da DHL em Aparecida já iniciará as operações atendendo sete empresas clientes, todas elas de grande porte, do ramo farmacêutico.
O ex-prefeito Gustavo Mendanha também participou da reunião na Cidade Administrativa Maguito Vilela. Ele ressaltou que o poder público tem obrigação de desburocratizar e de facilitar o funcionamento das empresas. Gustavo afirmou que a Prefeitura de Aparecida tem feito o seu papel. “Aparecida teve um crescimento estrondoso de 2008 até hoje. E melhorou graças ao trabalho realizado a quatro mãos, junto com a sociedade e o setor produtivo”, resumiu Gustavo Mendanha, ao lado da secretária de Assistência Social, Mayara Mendanha.

BC concede autorização para Shopee funcionar como instituição de pagamento

A sede da nova unidade fica em São Paulo e o capital inicial é de R$ 4 milhões.

O Banco Central concedeu autorização de funcionamento para a SHPP Brasil, da gigante cingapuriana de comércio eletrônico Shopee, funcionar como instituição de pagamento, na modalidade de emissor de moeda eletrônica. A sede da nova unidade fica em São Paulo e o capital inicial é de R$ 4 milhões. O controlador é o fundador da Shopee, Forrest Xiaodong Li.

A Shopee é controlada pela holding Sea, que tem uma unidade só de serviços financeiros digitais, a SeaMoney. A companhia já tem mais de 45,8 milhões de usuários ativos, especialmente no sudeste asiático, em países como Cingapura, Malásia, Tailândia e Indonésia.

 

Dia das Mães: vendas devem ser mais fracas na comparação com 2021

Volume de vendas deverá atingir cerca de R$ 14 bilhões.

O Dia das Mães deste ano deve ser mais fraco para a rede de varejo, na comparação com 2021. A expectativa é da CNC, Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Pelos cálculos da entidade, o volume de vendas para a data deverá atingir cerca de R$ 14 bilhões, valor 1,8% menor que o observado no ano passado.

O economista Fabio Bentes, responsável pela pesquisa, aponta os fatores que contribuíram para a deterioração das condições de consumo.

Apesar da retração esperada, a CNC avalia que o resultado será melhor do que o registrado em 2020, no auge das medidas restritivas impostas pela pandemia de covid-19.

O ramo de vestuário, calçados e acessórios, que costuma responder pela maior fatia das vendas, deve seguir liderando, com avanço de 1,4% na previsão de faturamento, frente a 2021.

Por outro lado, os segmentos de utilidades domésticas, e de eletroeletrônicos, móveis e eletrodomésticos devem apresentar quedas de até 9,5%.

Para o economista Fabio Bentes, o aumento dos juros é um dos motivos que ajuda a explicar a expectativa de queda nas vendas.

A taxa de juros básica da economia brasileira, em maio de 2021, por exemplo, estava em 3,5% ao ano. Dez meses depois, saltou para 11,75% ao ano, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças.

Com inflação e queda no poder de compra, varejo aposta em produtos de alto valor

Venda desses produtos cresceu quase 30% nos primeiros dois meses do ano, segundo levantamento realizado pela GFK.

Com a alta da inflação e a queda do poder de compra do consumidor, o varejo está focando nos produtos da chamada linha premium, aqueles de maior valor.

A venda de produtos desse tipo, como refrigeradores, churrasqueiras a gás e lava-louças, cresceu quase 30% nos primeiros dois meses do ano, segundo levantamento realizado pela GFK.

“A taxa de juros muito alta faz com que pessoas com melhor poder aquisitivo consigam manter o patrimônio que, no geral, está aplicado em investimentos que rendem mais do que a inflação e até mais do que o juro básico”, diz Juliana Inhasz, economista e professora do Insper.  “Então estão ganhando poder de compra daí eles ganham então espaço para poder comprar cada vez mais”.

Com as vendas desse segmento indo bem, a diversidade de produtos de alto padrão é cada vez maior. Na comparação do primeiro bimestre deste ano com o do ano passado, houve alta de oferta em várias linhas.

Em relação ao mercado de automóveis, o cenário também mostra um aumento de vendas de carros de alto padrão. Um levantamento da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores mostrou que, em março de 2022, os modelos de SUVs foram responsáveis por 48,70% das vendas no mês, uma alta de 44,68% na comparação com fevereiro.

A estimativa é que, pelo menos até o fim deste ano, os investimentos do comércio sigam voltados para as classes A e B, que apesar de representarem uma fatia bem menor da população, é onde hoje estão as pessoas que continuam comprando, mesmo com a economia instável.

“Hoje quem tem dinheiro para comprar justamente este público que vai olhar a geladeira mais cara, o fogão com maior tecnologia, que vai querer trocar uma televisão que já não era pequena por uma maior ainda, e aproveitar o momento em que o mercado ainda está muito vulnerável e procurando este comprador”, diz Inhasz.

Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3), Americanas (AMER3) e mais: O que esperar das varejistas no 1T22?

Na análise do Bradesco BBI, a temporada de balanços referentes ao primeiro trimestre de 2022 mostra mais uma safra de resultados “mistos” para as empresas de varejo.

As empresas deste setor começaram a divulgar seus números nesta semana, começando pela Grendene (GRND3) em 28 de abril.

A Lojas Quero-Quero (LJQQ3) anuncia seus números na segunda-feira (02), seguida pela maioria das outras nas duas semanas seguintes, com uma “super quinta-feira”, em 5 de maio, – quando serão reportados os balanços de oito empresas.

O que esperar dos balanços?

Richard Cathcart e Flávia Meireles, analistas do BBI, esperam ver um impulso mais forte da receita líquida e uma demanda mais consistente entre os nomes de vestuário, embora vários ainda sofram pressão de margem.

Em contraste, os analistas destacam que as categorias de ticket alto devem permanecer sob pressão.

“Esperamos que o crescimento do comércio eletrônico diminua, mas também esperamos ver sinais de recuperação de margem – particularmente em Magalu e Via – uma vez que a administração das companhias fez ajustes para se adequar à realidade de um ambiente de demanda mais fraco”, completam.

Cathcart e Meireles ressaltam que a Americanas S.A. (AMER3) deve registrar a maior taxa de crescimento de GMV (volume bruto de mercadorias), de 18%.

Quais ações comprar?

Arezzo, Lojas Renner (LRNE3) e Petz (PETZ3) são as ações favoritas dos analistas do BBI para o setor varejista.

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