Dia dos Namorados deve movimentar R$ 23 bilhões no comércio, aponta pesquisa CNDL/ SPC Brasil

59% os consumidores devem presentear na data. Cosméticos, roupas e calçados serão os principais presentes.

O Dia dos Namorados deve levar 96 milhões de consumidores às compras, é o que aponta pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com a Offerwise Pesquisas. De acordo com o levantamento, 59% dos entrevistados pretendem presentear no Dia dos Namorados. A estimativa mostra uma queda numérica de 3,8 milhões em comparação com o ano passado.

Os esposos ou as esposas aparecem em primeiro lugar (54%) no ranking dos principais presenteados, enquanto 37% pretendem presentear os(as) namorados(as).

Entre os que não vão comprar presentes, 53% não têm namorado(a), noivo(a) ou cônjuge, 13% vão priorizar o pagamento de dívidas e 11% não tem dinheiro.

De acordo com o levantamento, 56% dos consumidores afirmam que devem comprar um único presente, enquanto 32% pretendem adquirir dois itens, sendo a média de 1,5 presentes.

“A pesquisa aponta uma pequena queda no número de consumidores que deverão ir às compras no Dia dos Namorados este ano na comparação com o ano passado. Apesar disso, a data é de grande importância para a economia, movimentando tanto o comércio, quanto bares, restaurantes, hotéis e até mesmo viagens”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

Consumidores vão gastar em média R$ 238 com presentes. Cosméticos, roupas e calçados lideram o ranking dos itens mais procurados

A pesquisa mostra que com relação às compras pretendidas, 34% esperam gastar mais este ano do que em 2023, 33% pretendem gastar o mesmo valor e 18% menos.

Comparado ao ano passado, 38% pretendem comprar a mesma quantidade de produtos, 23% devem comprar mais e 17% comprar menos.

Entre as razões para gastar mais, os consumidores afirmaram que: pretendem comprar um presente melhor (61%, principalmente os não casados), que os produtos estão mais caros (25%) e que vão comprar mais presentes (20%).

Já entre os que pretendem gastar menos, 27% estão com a situação financeira difícil, 22% atribuem a instabilidade econômica e 20% para economizar.

Entre os entrevistados, 61% consideram que os preços dos presentes este ano estão mais caros do que ano passado. 33% acreditam que estão na mesma faixa de preço e 6% que estão mais baratos. 76% pretendem fazer pesquisa de preço antes das compras, principalmente pela internet.

Em média, o consumidor brasileiro deve desembolsar R$ 238 com os presentes do Dia dos Namorados. Com isso, estima-se movimentar R$ 22,81 bilhões no varejo e serviços.

A principal forma de pagamento será à vista (65%), enquanto 33% comprarão parcelado. As principais modalidades de pagamento serão: cartão de crédito parcelado (31%), PIX (27%) e cartão de débito (13%).

Os presentes mais procurados serão perfumes, cosméticos e maquiagem (39%), roupas (37%), calçados (24%), um jantar (20%) e bombons e chocolates (18%).

Quanto às comemorações, 37% planejam comemorar a data na própria casa, 29% em um restaurante e 9% na casa do namorado(a) /noivo (a). E 71% acreditam que vão receber presentes na data.

57% pretendem comprar a maioria dos presentes em lojas físicas

Sete em cada dez dos consumidores (67%) pretendem adquirir algum produto ou serviço para se preparar para o Dia dos Namorados, principalmente roupas (38%), perfumes, cosméticos e maquiagem (24%), lingeries e peças íntimas (20%), calçados (16%) e tratamento estético (13%).

Na hora de escolher o local de compra, 57% pretendem fazer as compras em lojas físicas e 33% pela internet. Os principais locais de compra serão: lojas online (31%), shopping center (23%), shopping popular (12%) e lojas de departamento (8%).

Entre os que dizem que irão comprar pela internet, 67% pretendem comprar em aplicativos, 62% em sites e 13% pelo Instagram. Os tipos de sites/lojas online mais citados são de varejistas nacionais (60%), varejistas internacionais (60%), seguidos dos sites de compra e venda de produtos novos ou usados (33%) e sites de lojas de maquiagem, perfumes, etc. (29%).

Considerando os que pretendem comprar presentes em sites ou aplicativos internacionais, as lojas mais citadas foram: Amazon (69%), Shopee (61%) e Shein (43%).

As principais justificativas dos que pretendem comprar em sites internacionais são os: preços mais baixos (77%), a variedade de produtos (59%) e a economia de gastos (45%).

32% pretendem comprar presentes mesmo com contas em atraso

Para impressionar o parceiro, muitos consumidores não veem limites e até ignoram os compromissos financeiros já assumidos. A pesquisa mostra que 32% dos entrevistados que pretendem comprar presentes irão às compras mesmo com contas em atraso, sendo que 68% estão com nome sujo.

Os dados revelam ainda que 29% reconhecem gastar mais do que podem na compra de presentes para o parceiro. Entre os principais motivos, 30% acreditam que o esposo(a)/namorado(a) merece, 26% querem agradar o parceiro(a), não se importando se vão gastar mais do que deveriam (sobretudo as classes A/B e os não casados) e 16% gostam de impressionar.

“O país passa por um período de recorde no endividamento dos consumidores. É preciso, acima de tudo, ter disciplina para conter os gastos e usar a criatividade para comemorar a data. Não vale a pena colocar o orçamento em risco para impressionar o parceiro”, orienta a especialista em finanças da CNDL, Merula Borges.

METODOLOGIA

Público-alvo: consumidores das 27 capitais brasileiras, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas (excluindo analfabetos) e que pretendem realizar compras para o dia dos namorados deste ano.

Método de coleta: pesquisa realizada pela web e pós-ponderada por sexo, idade, estado e renda.

Tamanho amostral da pesquisa: 1100 casos em um primeiro levantamento para identificar o percentual de pessoas com intenção de comprar presentes para o Dia dos Namorados. Em seguida, continuaram a responder o questionário 670 casos, somente com os que tinham a intenção de compra para esta data. Resultando, respectivamente, uma margem de erro no geral de 2,95 p. p. e 3,79 p. p. para um intervalo de confiança a 95%.

Período da coleta dos dados: de 3 a 13 de maio de 2024.

Sobre a CNDL – Criada em 1960, a CNDL é formada por Federações de Câmaras de Dirigentes Lojistas nos estados (FCDLs), Câmaras de Dirigentes Lojistas nos municípios (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem, entidades que, em conjunto, compõem o Sistema CNDL. É a principal rede representativa do varejo no país e tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Atua institucionalmente em nome de mais de 500 mil empresas, que juntas representam mais de 5% do PIB brasileiro, geram 4,6 milhões de empregos e movimentam R$ 340 bilhões por ano.

SPC Brasil – Há mais de 60 anos no mercado, o SPC Brasil possui um dos mais completos bancos de dados da América Latina, com informações de crédito de pessoas físicas e jurídicas. É a plataforma de inovação do Sistema CNDL para apoiar empresas em conhecimento e inteligência para crédito, identidade digital e soluções de negócios. Oferece serviços que geram benefícios compartilhados para sociedade, ao auxiliar na tomada de decisão e fomentar o acesso ao crédito. É também referência em pesquisas, análises e indicadores que mapeiam o comportamento do mercado, de consumidores e empresários brasileiros, contribuindo para o desenvolvimento da economia do país.

Sobre a Offerwise – Há mais de 16 anos a Offerwise vem abordando de maneiras inovadoras a pesquisa de mercado. Com um modelo único e próprio de recrutamento tem conseguido construir um dos principais painéis de pesquisa no mundo. Evoluindo para uma empresa robusta de campo online com uso de tecnologia avançada. Detém o maior e mais representativo painel da América Latina e Hispânico nos EUA. Os escritórios ao redor do mundo estão compostos por profissionais de pesquisa de mercado que conhecem e compreendem suas culturas locais e os consumidores que se deseja alcançar.

Economia cresce 0,8% no primeiro trimestre e acumula 2,5% em 12 meses

Nas atividades de Serviços, o maior crescimento foi em comércio, com 3%.

A economia brasileira cresceu 2,5% no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação ao último trimestre de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de todos os bens e serviços produzidos no País) apresentou alta de 0,8%.

A Indústria (2,8%) e os Serviços (3,0%) avançaram no período, enquanto a Agropecuária (-3,0%) recuou. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 4, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB chega a R$ 2,7 trilhões.

Dentre as atividades industriais, houve queda nas atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,6%), Construção (-0,5%) e Indústrias Extrativas (-0,4%). Já a Indústria de Transformação (0,7%) teve desempenho positivo.

Nas atividades de Serviços houve crescimento em Comércio (3,0%), Informação e comunicação (2,1%), Outras atividades de serviços (1,6%), Atividades imobiliárias (1,0%) e Transporte, armazenagem e correio (0,5%). Por outro lado, houve estabilidade nas atividades de Intermediação financeira e seguros (0,0%) e Administração, saúde e educação pública (-0,1%).

Pela ótica da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias (1,5%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (4,1%) se expandiram, enquanto a Despesa de Consumo do Governo (0,0%) registrou estabilidade.

Quanto ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram variação positiva de 0,2% ao passo que as Importações de Bens e Serviços cresceram 6,5%.

Frente ao 1º tri de 2023
Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, o PIB cresceu 2,5% no primeiro trimestre de 2024. O Valor Adicionado a preços básicos subiu 2,3% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram em 3,4%.

Entre as atividades, a Agropecuária recuou 3,0% em relação a igual período do ano anterior. Apesar da contribuição positiva da Pecuária, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), alguns produtos agrícolas, cujas safras são significativas no primeiro trimestre, apresentaram queda na estimativa de produção anual e perda de produtividade: soja (-2,4%), milho (-11,7%), fumo (-9,6%), e mandioca (-2,2%).

A Indústria cresceu 2,8%. As Indústrias Extrativas (5,9%) registraram o melhor resultado, sendo afetadas pela alta tanto da extração de petróleo e gás como de minério de ferro. Houve destaque também na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (4,6%), com destaque para o consumo residencial.

A Construção (2,1%), por sua vez, teve a segunda alta consecutiva corroborada pelo aumento da ocupação na atividade e da produção dos insumos típicos. A Indústria de Transformação (1,5%) teve o menor crescimento nessa comparação, puxada pela alta na fabricação de coque e produtos derivados de petróleo e biocombustíveis; produtos alimentícios e bebidas.

O setor de Serviços cresceu 3,0% ante o mesmo período de 2023, com altas em todas as suas atividades: Outras atividades de serviços (4,7%), Informação e comunicação (4,6%), Atividades Imobiliárias (3,9%), Comércio (3,0%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,5%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,3%), Transporte, armazenagem e correio (0,4%).

No primeiro trimestre de 2024, tanto a Despesa de Consumo das Famílias (4,4%) quanto a Despesa de Consumo do Governo (2,6%) tiveram alta ante o primeiro trimestre de 2023.

A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 2,7% no primeiro trimestre de 2024, apresentando alta após três quedas consecutivas. O crescimento das importações de bens de capital, o desempenho positivo da construção e o aumento do desenvolvimento de sistemas suplantaram a queda na produção interna de bens de capital.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram alta de 6,5%, enquanto as Importações de Bens e Serviços avançaram 10,2% no primeiro trimestre de 2024.

PIB acumula alta de 2,5% em quatro trimestres, frente ao mesmo período de 2023

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2024 apresentou crescimento de 2,5% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou do avanço de 2,6% do Valor Adicionado a preços básicos e de 2,0% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (6,4%), Indústria (1,9%) e Serviços (2,3%).

Dentre as atividades industriais, as Indústrias Extrativas (8,2%) e Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (5,9%) apresentaram crescimento, enquanto a Construção (-0,3%) e a Indústria da Transformação (-0,6%) recuaram.

Nos Serviços, houve resultados positivos em todas as atividades: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (5,7%), Atividades imobiliárias (3,2%), Outras atividades de serviços (2,7%), Informação e comunicação (2,3%), Transporte, armazenagem e correio (1,6%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,3%) e Comércio (1,0%).

Na análise da demanda, houve altas na Despesa de Consumo das Famílias (3,2%) e na Despesa de Consumo do Governo (2,1%), e queda na Formação Bruta de Capital Fixo (-2,7%).

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 9,0%, enquanto as Importações de Bens e Serviços apresentaram elevação de 0,8%.

O comércio em Porto Alegre e outras 30 cidades afetadas pelas enchentes apresentou sinais de melhora na última semana do mês

O varejo em Porto Alegre e outras 30 cidades afetadas pelas enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul desde o início de maio apresentou sinais de melhora na última semana do mês, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA).

Apesar da reação, Porto Alegre ainda registra volume de vendas abaixo do verificado em período similar do ano passado. Entre os dias 20 e 26 de maio, as vendas na capital gaúcha caíram 9,7% ante período similar de 2023.

Em comparação ao restante do mês de maio, o número demonstra reação do comércio local.

Na primeira semana analisada pelo ICVA logo após o início das enchentes (29 de abril a 5 de maio) em Porto Alegre, o varejo caiu 17,4% em relação a igual período do ano passado. Na segunda semana (6 a 12 de maio), a queda foi ainda mais acentuada (-31,1%). A reação começou entre os dias 13 e 19 (terceira semana), com queda de 21,5%.

Levando em conta as 30 cidades mais afetadas pelas enchentes – excluindo Porto Alegre -, o desempenho consolidado do varejo cresceu 12,7% entre os dias 20 e 26 de maio, em relação ao período similar de 2023.

Na primeira semana de maio, houve queda de 27,8% nas vendas do varejo nesses municípios. Na segunda, de 9,2%. Na terceira semana, o setor reagiu e cresceu 4,9% em relação à mesma semana de maio de 2023.

No Estado todo, as vendas cresceram 6% na semana de 20 a 26 de maio, de acordo com a Cielo. Na primeira semana, houve queda de 15,7%. Já na segunda semana, o varejo cresceu 2%, e, na terceira, a alta foi de 10,5%.

Impactos

Em outra frente, cálculos divulgados pelo vice-presidente e coordenador da divisão da Economia da Federasul, Fernando Marchet, mostraram os profundos impactos das enchentes no RS. O relatório foi apresentado em reunião de integração da entidade, na manhã de quarta-feira (28), por videoconferência. Os dados apontam uma necessidade de R$ 110 a R$ 176 bi em investimentos para reconstruir a infraestrutura perdida devido à catástrofe.

A projeção leva em consideração informações históricas do Governo Federal, estimativa de mercado com base em infraestrutura, além de dados do Fundo Monetário Internacional. Marchet também apresentou o impacto das enchentes em todas as áreas da economia – como pecuária e agricultura –, mas acredita que os prejuízos totais ainda não foram totalmente contabilizados. “A falta de dados não permite uma análise mais consistente em alguns setores. Ainda há muitas respostas a serem dadas”, explica o especialista.

O relatório apresentado por Marchet (elaborado por sua equipe da Consultoria Empresarial Bateleur) aponta que, nos últimos 30 anos, cerca 20% dos prejuízos nacionais com desastres climáticos estão concentrados no RS. Isso representaria cerca de R$ 100 bi. Ou seja, segundo a estimativa da Federasul, o custo de reconstrução do RS após as chuvas deste ano ultrapassa o total gasto nas últimas três décadas.

A catástrofe climática, explica Marchet, vai frear drasticamente o avanço da economia gaúcha. “O RS vinha crescendo acima da média do Brasil, com uma projeção de 4% neste ano”, afirma. No entanto, após as chuvas, a estimativa caiu para -0,77%. “Pode parecer pouco, mas é uma queda de cinco pontos percentuais de acordo com a nossa estimativa. Em um cenário pessimista, pode ser arrastada para pior ainda, até -2%”.

Marchet afirmou que o cenário empresarial de acesso ao crédito para reconstrução também é difícil. “Temos uma realidade em que muitas das garantias que as empresas davam para os bancos, estão literalmente embaixo d’água”, explica. Ele também apontou uma tendência de aumento do endividamento das empresas afetadas pelas enchentes. As informações são jornal Valor Econômico e da Federasul.

PMEs crescem 23,5% em abril, após alta de 4,7% no mês anterior.

Em abril, as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) brasileiras registraram um crescimento expressivo. Segundo o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs), a movimentação financeira média dessas empresas aumentou 23,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

O IODE-PMEs monitora o desempenho de empresas com faturamento anual de até R$50 milhões, cobrindo 678 atividades econômicas nos setores de Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços.

O avanço foi parcialmente atribuído ao “efeito calendário”, com abril de 2024 tendo 22 dias úteis, quatro a mais que abril de 2023. “Menos feriados e pontes impulsionaram o faturamento de diversos segmentos”, explica Felipe Beraldi, economista da Omie.

Nos primeiros quatro meses de 2024, as PMEs tiveram um aumento médio de 14,5% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse crescimento se deve à melhoria na renda familiar, maior estabilidade no mercado de trabalho e controle da inflação.

Além disso, a redução da taxa Selic começou a impactar a economia real, favorecendo a concessão de crédito às pessoas físicas.

Destaques setoriais de abril

Indústria
O segmento industrial liderou o crescimento, com um aumento de 30,3% na movimentação financeira média. Dos 23 subsetores da indústria de transformação, 22 registraram crescimento de dois dígitos, com destaque para a fabricação de móveis, produtos farmacêuticos, couros, artigos para viagem e calçados, além da metalurgia.

Comércio
O setor comercial mostrou recuperação, com alta de 21,9% em abril. O comércio e reparação de veículos subiu 25,7%, enquanto o atacado cresceu 26,1%. O varejo também teve um aumento de 9,2%.

Serviços
As PMEs do setor de serviços mantiveram um bom desempenho, crescendo 15,1% em abril. O setor foi impulsionado por atividades financeiras e de seguros, entregas e agências de viagem.

Infraestrutura
As PMEs de infraestrutura também cresceram, com um aumento de 17,3%, destacando-se os serviços especializados em construção e coleta, tratamento e disposição de resíduos.

Perspectivas para o segundo semestre
Apesar dos bons resultados, há sinais de desaceleração no segundo semestre devido ao crescimento modesto da renda familiar. “O crédito deve ser o motor do crescimento, impulsionado pela queda da Selic, mesmo que o corte recente tenha sido de apenas 0,25 pontos percentuais”, comenta Beraldi. A meta da Selic agora é de 10,5%, mais de três pontos abaixo de 2023, mas ainda insuficiente para um grande estímulo econômico.

Impacto no Rio Grande do Sul
A crise social e logística no Rio Grande do Sul, causada pelas enchentes, prejudicou a economia do estado, que é a quinta maior do país. O impacto negativo nas atividades das PMEs é esperado nos próximos meses.

Sobre o IODE-PMEs
O IODE-PMEs, desenvolvido pela scale-up Omie, acompanha o desempenho econômico das PMEs brasileiras com faturamento de até R$50 milhões anuais. A análise é baseada nas movimentações financeiras de mais de 150 mil clientes, abrangendo 678 CNAEs. Os dados são ajustados para eliminar o efeito inflacionário, utilizando o IGP-M da FGV.

Segmento de beleza tem previsão para alcançar U$ 580 bilhões em faturamento até 2027, afirma McKinsey

Representando 4% do PIB Nacional, o nicho de beleza se consolida como um dos maiores do mundo, de acordo com dados do SEBRAE. Com uma crescente conscientização sobre saúde e bem estar, o público investe mais em cuidados pessoais.

Mulher morena passando creme na mão em frente a um espelho e outros produtos de skincare
Imagem: reprodução
Além disso, as redes sociais e a mídia têm um papel fundamental no desenvolvimento da cultura de imagem, um forte motivador do autocuidado.

Mauricio Cesar, CEO da Unhas Cariocas, destaca que: “a indústria de beleza no Brasil se destaca pela sua capacidade de adaptação às tendências globais e locais, desenvolvendo soluções específicas para as necessidades do público”.

Um setor em crescimento
Gráfico da Mckinsey representando as expectativas de faturamento do setor de beleza até 2027
Imagem: reprodução, McKinsey
Segundo o relatório da McKinsey, se espera um acúmulo de U$ 580 bilhões no setor de beleza até 2027; alinhado à assertividade que esse nicho apresenta.

Além disso, o especialista comenta que a diversificação dos canais de venda – com o crescimento do e-commerce e novos modelos de negócios – também é uma grande contribuição para a expansão do setor como um todo.

PMEs seguem otimistas e projetam alta no faturamento de mais de 20% no próximo trimestre

De acordo com pesquisa realizada pelo Mercado Pago, visando compreender as particularidades e necessidades das PMEs, 95% seguem otimistas para o próximo trimestre e 37% esperam aumentar seu faturamento em mais de 20% no período.

Entrevistando mais de 9,3 mil empreendedores, o levantamento conclui que os donos de negócios passam de 1 a 6 horas em contato com diferentes parceiros, focando em questões operacionais e não no desenvolvimento em si da empresa.

Dentre os participantes do estudo, 81% têm entre 30 e 59 anos, 66% são homens e 50% apresentam um faturamento mensal de R$ 15 mil, 27% faturam até R$ 29 mil e 23% acima de R$ 30 mil.

Aprendizados para o futuro
Os donos de negócios procuram por maiores oportunidades competitivas; a pesquisa revela que 94% afirmam que encontrar um único parceiro de meios de pagamentos auxiliaria no ganho de eficiência diária.

Além disso, a oferta de crédito aparece como um diferencial para as PMEs. Aproximadamente 83% fazem uso do crédito como um recurso para a empresa; mais da metade declara aplicar esse dinheiro para aumentar o fluxo de caixa.

Outro ponto de destaque é a estratégia de multicanalidade. 1 a cada 3 disseram que tiveram um aumento de 25% nas receitas ao aplicarem tal estratégia.

Made in China: a obsessão chinesa pelas vendas além da China

Na China, o fenômeno é conhecido como chu hai (出海), que significa “tornar-se global” e abrange tudo, desde FlexTV e ReelShort aos sites de compras online Temu e Shein, e até à empresa de logística Cainiao, do gigante marketplace Alibaba.

Ao que parece, o mundo empresarial chinês decidiu que o melhor lugar para ganhar dinheiro neste momento é fora da China. Alguns exemplos:

ReelShort atraiu mais atenção: no ano passado, foi baixado por 7 milhões de americanos e foi até mesmo o aplicativo de entretenimento mais baixado em determinado momento. Embora esteja sediada na Califórnia, a Reelshort é 49,16% detida pela editora digital COL Group, com sede em Pequim, que é ela própria uma empresa do portfólio dos braços de capital de risco da Baidu e da Tencent.

FlexTV, o aplicativo de vídeos curtos que lançou “Mr. Williams! Madame está morrendo”, não é diferente: originalmente propriedade da Anyue Network, uma empresa de tecnologia com sede em Guangzhou, foi recentemente adquirida pela Mega Matrix, uma empresa listada na Bolsa de Valores de Nova York que é operada inteiramente por executivos de tecnologia e investimentos com fundos chineses.

Ambos os aplicativos representam empresas chinesas cortejando expressamente o público dos EUA.

Na verdade, os dados sublinham o fenômeno da “globalização”. De acordo com o China’s Ministry of Commerce,o investimento direto estrangeiro (OFDI) externo em toda a indústria do país totalizou 954,17 bilhões de RMB (131 bilhões de dolares) de janeiro a novembro de 2023, um aumento anual de 8,2%. Além disso, de acordo com o Hong Kong Trade Development Council, 90% das cerca de 800 empresas chinesas inquiridas no ano passado indicaram planos para “tornarem-se globais” nos próximos um a três anos. Um relatório de 2023 da PwC também descobriu que 67% das empresas unicórnios chineses manteriam ou acrescentariam planos de expansão no exterior, um número significativamente superior aos 41% relatados na pesquisa de 2020.

Em 2023, quatro dos cinco aplicativos mais baixados nos EUA vieram da China. O relatório anual da Meta também revelou que as receitas publicitárias da China contribuíram com U$ 13,49 bilhões, representando 10% da receita total em 2023 e acima dos 6% anteriores. (Uma vez que as plataformas Meta, incluindo o Facebook e o Instagram, estão bloqueadas na China, o aumento reflete as empresas chinesas que esperam alcançar e vender para públicos internacionais.)

Na verdade, a questão ganhou importância nacional e representa uma mudança nas prioridades da estratégia de Pequim de “dupla circulação”. Em maio de 2020, o líder da China, Xi Jinping, introduziu o termo para significar que a China deveria impulsionar a procura interna e, ao mesmo tempo, sustentar os mercados estrangeiros como uma abordagem dupla ao desenvolvimento econômico. A procura interna e a inovação deveriam ser os principais motores do crescimento, com os mercados estrangeiros e os investidores a desempenharem um papel secundário.

Quatro anos depois, Long Yongtu, antigo negociador-chefe da China para a adesão à Organização Mundial do Comércio (OMC) e antigo vice-ministro do comércio externo e da cooperação econômica, disse que a priorização mudou: “É uma tendência predominante para as empresas chinesas se tornarem globais. ”, disse ele em março. They don’t want to just be the world’s factory. They want to be a brand with bargaining power.

A empresa proprietária da FlexTV, por exemplo, se autodenomina “dedicada a se tornar uma plataforma global de streaming gigante na era do entretenimento em tela vertical”. A Shein, por sua vez, se autodenomina “um varejista on-line global de moda e estilo de vida”. E a CATL, a gigante chinesa das baterias, descreve-se como “líder global de novas tecnologias inovadoras em energia, empenhada em fornecer soluções e serviços de primeira linha para novas aplicações energéticas em todo o mundo”

As empresas chinesas que já tiveram sucesso no estrangeiro também enfrentam uma pressão crescente. A lei que proíbe a propriedade chinesa do TikTok é o exemplo mais óbvio, mas questões sobre o trabalho forçado também ameaçam prejudicar Temu e Shein. Em dezembro passado, numa medida que poderá afetar em grande parte os sellers chineses, a Amazon reduziu a taxa de comissão paga aos vendedores de artigos de vestuário com preços inferiores a 20 dólares, de 17% para 5%.

A resistência global significa que “tornar-se global” pode não ser o remédio econômico que Pequim precisa que seja.

https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/made-in-china-a-obsessao-chinesa-pelas-vendas-alem-da-china

Comércio registra queda de 3% na semana do Dia das Mães, revela Serasa Experian

Na cidade de São Paulo, o indicador revelou uma queda ainda maior: 4,7% na semana da data comemorativa.

O Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian revelou que, na semana comemorativa do Dia das Mães, do dia 6 a 12 de maio deste ano, as vendas do varejo tiveram queda de 3% na comparação com o período correspondente em 2023, entre os dias 8 a 14 de maio.

Em comparação com 2023 (12 a 14 de maio), o recuo foi de 3,2% no final de semana do Dia das Mães (10 a 12 de maio). “Com a inadimplência ainda em alta, a prioridade dos consumidores é a reestruturação financeira para o pagamento e renegociação de dívidas, deixando as compras e presentes em segundo plano”, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

Na cidade de São Paulo, o indicador revelou uma queda ainda maior: 4,7% na semana da data, quando comparado ao mesmo período de 2023, e de -1,3% em relação ao final de semana (10/05 a 12/05/2024 contra 12/05 a 14/05/2023).

Metodologia

O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio – Dia das Mães tem como base uma amostra das consultas realizadas no banco de dados da Serasa Experian. Foram consideradas as consultas realizadas no período de 6 a 12 de maio de 2024 e comparadas às do período de 08 a 14 de maio de 2023. Para o fim de semana, foram consideradas as consultas realizadas no período de 10 a 12 de maio de 2024 e comparadas às do período de 12 a 14 de maio de 2023.

Taxa de inadimplência e impacto nas vendas

A taxa de inadimplência (recursos livres) deve ficar entre 5,12% e 5,86%, com média estimada 5,49% para abril de 2024, o que implica uma redução de 0,05 p.p. em relação ao valor real de janeiro de 2024 (último valor divulgado) e um aumento de 0,08 p.p. em relação ao valor estimado para março de 2024. Os dados são de projeção elaborada pelo Ibevar-Fia Business School, publicados em maio deste ano.

Considerando-se o aumento de atrasos (recursos livres) observado, é razoável esperar uma taxa de inadimplência entre a média (5,49%) e o limite superior (5,86%) do intervalo estimado, para o mês de abril de 2024.

No período abril-junho de 2024 o varejo restrito deve crescer 2,1% e o ampliado, incluindo veículos e material de construção, um pouco mais 2,5%, é o que indica o estudo mensal realizado pelas instituições Ibevar-Fia Business School.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/14/05/2024/economia/comercio-registra-queda-de-3-na-semana-do-dia-das-maes-revela-serasa-experian/”

Varejo brasileiro alcançou o maior volume de vendas para um primeiro trimestre desde 2012

O comércio varejista brasileiro alcançou o maior volume de vendas para um primeiro trimestre desde 2012, impulsionando a expectativa de crescimento do setor. É o que mostra a Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar da estabilidade das vendas em março, o faturamento real aumentou 5,7% nos três primeiros meses de 2024, levando a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a ajustar sua previsão de crescimento das vendas para 2024 — passou de 2,0% para 2,1%.

Hiper e supermercados puxam o crescimento das vendas no varejo

Segundo a pesquisa, o volume de vendas do comércio varejista se manteve estável em março, em comparação com o mês anterior. Por consequência, isso contrariou a expectativa de retração de 0,2% da CNC.

No primeiro trimestre, as vendas do varejo cresceram 5,7%, impulsionadas pelos seguintes segmentos:

  • Hiper e supermercados (+8,6%);
  • Artigos de uso pessoal e doméstico (+11,4%);
  • e produtos farmacêuticos (+13,1%) — maior taxa de variação para primeiros trimestres desde 2012 (+10,4%).

Redução dos juros

Esses resultados foram influenciados pela desaceleração dos preços e pela menor dependência desses segmentos em relação ao comportamento dos juros. Atualmente, as vendas estão 7,1% acima do nível verificado antes do início da crise sanitária, mantendo um crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior pelo décimo mês consecutivo.

A redução dos juros desde agosto do ano passado tem contribuído positivamente para o avanço do varejo, juntamente com a desalavancagem do endividamento das famílias. Outros fatores que contribuíram para o resultado favorável das vendas foram:

  • Inflação acumulada nos três primeiros meses de 2024 (+1,4% contra +2,1% no mesmo período do ano passado);
  • e os indicadores favoráveis do mercado de trabalho, com uma taxa de desocupação de 7,9% (a menor desde o início da série histórica da PNADc em 2012).

Crescimento de 2,1% das vendas em 2024

A perspectiva de continuação da redução do aperto monetário sugere um cenário positivo para o restante de 2024. Com as expectativas ancoradas dentro do intervalo de metas de inflação, a previsão é de juros básicos próximos a 9,5% ao ano em dezembro deste ano.

Diante desse cenário, a CNC revisou sua perspectiva de crescimento das vendas do varejo de 2,0% para 2,1% neste ano.

Fonte: “Varejo brasileiro alcançou o maior volume de vendas para um primeiro trimestre desde 2012 – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

 

 

As incertezas para o varejo em 2024 estão se dissipando?

Após o primeiro trimestre de 2024, ainda não se consegue ter uma visão, com alguma possibilidade de acerto, de como se comportará o varejo neste ano.

Embora a última variação das receitas das vendas dos associados do IDV, medida pelo IAV (Índice Antecedente de Vendas), tenha sido positiva de fevereiro para março, o que suscita certo otimismo; ao olharmos a série histórica do IAV ajustada pelo IPCA, ou seja, descontados os efeitos da inflação, vemos que os resultados positivos dos últimos meses são inexpressivos, aquém do que o varejo e a economia necessitam.

Como utilizaremos os dados do IAV neste artigo, é oportuno esclarecer que ele produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento mensal das vendas do varejo e fornecem expectativas sobre o setor a partir das informações de receita reportadas pelas empresas associadas ao IDV.

A variável investigada é a receita de vendas dos meses passados reportada pelas empresas, bem como a receita de vendas estimada para os três meses seguintes. Neste artigo, vamos abordar o realizado até março e as previsões para abril, maio e junho.

Para trazer maior representatividade setorial, também apresentaremos o resultado ponderado, no qual é utilizado como peso a representatividade destes setores, de acordo com a PMC (Pesquisa Mensal de Comércio) ampliada, do IBGE.

Voltando ao que mencionamos anteriormente, a variação da receita nominal mensal (sem descontar a inflação) das vendas de fevereiro para março, em todos os setores, foi positiva.

Apesar do crescimento positivo acima na variação mensal, o que esperar de 2024?

Os dados apresentados por diversos analistas econômicos e estatísticas governamentais indicam que a expectativa de crescimento da economia brasileira em 2024 está em 1,9%, com maior impacto do consumo das famílias; tendência de juros menores com efeitos positivos sobre investimento, consumo e emprego; previsão de uma inflação de 3,71%; empregos com carteira assinada batendo recorde em fevereiro (37 milhões de trabalhadores); taxa de desemprego em queda de 7,8%; e aumento da massa salarial, favorecendo a economia brasileira neste início de ano.

Apesar de todos estes indicadores positivos, a intenção de consumo das famílias recuou 0,8% em março. Se compararmos o desempenho com o mesmo mês do ano passado, em valores nominais, sem desconto da inflação, alguns setores apresentaram dificuldades, como o de móveis e eletrodomésticos e materiais de construção, enquanto outros mantêm significativo crescimento, tal como o registrado nos setores de artigos farmacêuticos e atacado de produtos alimentares.

Fonte: “As incertezas para o varejo em 2024 estão se dissipando? – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)