Marketplaces e varejo na corrida pela oferta de crédito

Nuvemshop, Sebrae, PicPay, Mercado Pago e Magalu ofertam soluções financeiras para empreendedores e cliente de forma integrada aos negócios.

Diferentemente do cenário observado no início do ano anterior, quando a busca por crédito estava em queda, o início de 2024 apontou que a busca pelo recurso financeiro teve alta de 0,4%. As “grandes” companhias puxaram este crescimento, seguidas pelas “médias” e “MPEs”, de acordo com dados do Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian.

O fato é que o crescimento desses empréstimos resulta em uma maior disposição das instituições financeiras em conceder crédito aos consumidores, seja para atender às necessidades de consumo, dos clientes ou para outras necessidades específicas. De certa forma, os bancos são os maiores interessados em oferecer o produto mais adequado, incluindo as condições de taxa e de prazo, para cada um dos seus clientes.

No entanto, a transformação digital tem redefinido os padrões de consumo em todo o mundo. Com a ascensão do comércio eletrônico, os consumidores estão cada vez mais recorrendo às plataformas online para realizar suas compras, impulsionando um crescimento exponencial dos marketplaces e fintechs. Essas empresas estão aproveitando as novas oportunidades oferecidas pelo ambiente digital para expandir sua presença e fortalecer a fidelização dos clientes.

Nesse contexto, a convergência entre marketplaces e fintechs está se tornando cada vez mais evidente, com a integração de serviços financeiros em plataformas de comércio eletrônico e vice-versa. Por exemplo, muitos marketplaces agora oferecem opções de pagamento integradas, incluindo carteiras digitais e financiamento flexível, enquanto algumas fintechs estão expandindo suas ofertas para incluir a venda de produtos diretamente em suas plataformas. Essa integração vem proporcionando uma experiência de compra mais fluida e conveniente para os consumidores, além de abrir novas oportunidades de receita para as empresas envolvidas.

Oferta de crédito

Recentemente, a Nuvemshop anunciou uma solução de empréstimo voltada para os lojistas virtuais que utilizam o Nuvem Pago, meio de pagamento próprio da empresa. O objetivo é oferecer apoio financeiro aos empreendedores que desejam acelerar o crescimento do seu negócio online. A empresa disponibilizará R$42 milhões em crédito para lojistas brasileiros ao longo dos próximos meses.

“Sabemos que a falta de capital de giro e escassez de recursos para continuar investindo no próprio negócio são os principais desafios dos empreendedores brasileiros”, explica Renato Burin, diretor de fintech da Nuvemshop. “Por isso, buscamos ampliar o acesso ao recurso e vamos disponibilizar R$ 42 milhões no total em crédito ao longo dos próximos meses. Na fase de testes, até março de 2024, já emprestamos mais de R$ 5 milhões para potencializar o negócio de lojistas que usam o Nuvem Pago”.

Isso porque, de acordo com o estudo NuvemCommerce 2024 realizado pela Nuvemshop com pequenos e médios empreendedores do varejo online de todo o país, a falta de capital de giro para reinvestir na loja é o maior desafio relatado por 44% dos respondentes.

Crédito Consciente

Apoiar empreendedores na tomada de decisões antes de acessar empréstimos. Com esse objetivo, o Sebrae lançou, essa semana, a página Crédito Consciente, que vai ajudar donos de pequenos negócios a ampliar a conscientização e segurança na obtenção de um financiamento e, em seguida, conduzir esses empresários para as instituições financeiras. Por meio do Fundo de Aval para Micro e Pequenas Empresas (Fampe), o Sebrae entrará como avalista de até 80% da garantia do valor total do empréstimo. Isso significa que com o aporte de R$ 2 bilhões feito pela entidade no fundo, serão garantidos R$ 30 bilhões de crédito para os pequenos negócios em todo o país nos próximos três anos.

“Estamos lançando a maior carteira de crédito do nosso país para os nossos pequenos empreendedores”, afirmou o presidente do Sebrae, Décio Lima. “É um somatório de atividades que vão impulsionar essa área que nós representamos e que foi responsável por 80% dos empregos formais, no ano passado. Nesse momento estamos realizando uma tarefa que é imprescindível: tirar esse setor da invisibilidade. Cerca de 88% desses empresários não conseguem financiar os seus negócios, porque não têm a abertura da porta do sistema financeiro, o aval, a garantia. É por isso que estamos abrindo a porta das instituições financeiras para este público significativo”.

Expansão para pessoa jurídica

Outro anúncio recente, foi anunciado pelo PicPay com o lançamento das suas maquininhas. A entrada no segmento de adquirência tem o objetivo de fortalecer o ecossistema de dois lados da companhia, que desde o surgimento tem o propósito de conectar e servir ambos os públicos. Os modelos oferecidos contam também com link de pagamento, parcelamento de boletos, capital de giro, antecipação de recebíveis e cartão pré-pago sem anuidade.

Também estão disponíveis ferramentas de e-commerce e marketplace de crédito. Portanto, o cliente PJ terá uma prateleira que abrange desde soluções de pagamento e gestão de vendas até linhas de crédito. As máquinas estão sendo oferecidas gradualmente para a base por agentes comerciais. Em breve estarão disponíveis nos canais digitais. Atualmente, o PicPay atende 1 milhão de empreendedores.

Adriano Navarini, vice-presidente de Serviços Financeiros para Pessoa Jurídica do PicPay, ressalta que o objetivo é “ir além das tradicionais ‘plaquinhas’ para conquistar o público PJ e ter a mesma relevância que o PicPay já tem para a pessoa física”.

A ascensão de varejistas como bancos

O Mercado Crédito, serviço oferecido pelo Mercado Pago, tem transformado a forma como empresários acessam crédito financeiro no Brasil. Com milhões de usuários, o Mercado Crédito tem como objetivo proporcionar uma solução totalmente digital, desburocratizada e com taxas competitivas, além de oferecer a possibilidade de adiantamento de recebíveis.

De acordo com a instituição, uma das principais vantagens do Mercado Crédito é a sua acessibilidade. Diferentemente dos tradicionais processos de empréstimos, que muitas vezes envolvem uma série de documentos e requisitos complexos, o Mercado Crédito quer simplificar o acesso ao crédito para diversos tipos de empresas.

Outra tendência no varejo, é a Magazine Luiza, que criou a MagaluPay, que está liderando uma transformação que vai muito além das prateleiras de seus produtos. Com uma visão estratégica, a empresa está adentrando no mundo dos serviços financeiros, transformando-se em uma referência não apenas como varejista, mas também como provedora de soluções financeiras de ponta. Criada a quase dois anos, a fintech da já nasce como uma das dez maiores do Brasil, com mais de 16 milhões de clientes únicos, entre pessoas físicas e jurídicas.

Fonte: “Marketplaces e varejo na corrida pela oferta de crédito (consumidormoderno.com.br)

 

 

E-commerce brasileiro cresce 5,6% em março, após queda de fevereiro

Impactado pelo Dia do Consumidor, na metade de março, o tráfego do e-commerce brasileiro cresceu 5,6% no mês, registrando o melhor resultado desde dezembro do ano passado: 2,47 bilhões de acessos únicos.

Data em que o varejo oferece descontos para os consumidores, assim como melhores condições de pagamento, o Dia do Consumidor já tem sido chamado de “Black Friday do primeiro semestre” – referência à principal ocasião de vendas no calendário do consumo brasileiro hoje.

Esse desempenho se observa em vários índices do relatório: o primeiro deles é a alta de 7% nas visitas via web, que somaram 1,95 bilhão no mês – sinal de que muita gente voltou a pesquisar produtos e serviços depois de fevereiro, quando esse volume havia sido de 1,82 bilhão.

O principal setor do e-commerce, o de marketplaces, também melhorou o seu desempenho em março (4,6%), chegando à marca de 1.09 bilhão de acessos. Ele corresponde a quase metade de todo o tráfego das plataformas do comércio eletrônico.

Conheça o Relatório Conversion – Setores do E-commerce na íntegra disponível na Biblioteca do RadarIC+ clicando no link a seguir:

https://radaric.correios.com.br/3d-flip-book/relatorios-setores-do-e-commerce-no-brasil-abril-dados-referentes-a-marco-2024/

Atenção, marketplaces e sellers: a Receita Federal está de olho em vocês

Recentemente, a secretaria da Receita Federal divulgou seu relatório anual de fiscalização 2023/2024. Esse é um documento em que a subsecretaria de fiscalização consolida dados de sua atuação no ano anterior e estabelece o foco na Receita Federal para o ano presente.

Nesse documento, são informadas as ações de facilitação, isto é, aquelas que têm o objetivo de facilitar o cumprimento de obrigações acessórias por meio de fornecimento de informações aos contribuintes antes da entrega das declarações ou das escriturações (por exemplo, pré-preenchimento da DIRPF). Também as ações de assistência, que são aquelas em que é dado ao contribuinte a chance de se autorregularizar de alguma pendência fiscal antes da autuação. E ainda demais dados da administração fazendária federal.

Daí é que temos o recorte de que apenas 0,04% das pessoas jurídicas formalizadas no Brasil respondem por 61% da arrecadação administrada pela Receita Federal. E que, em 2023, o crédito tributário constituído (leia-se, autos de infração) totalizou R$ 225,54 bilhões. Isso representa quase 10% do total da arrecadação federal no ano de 2023, que foi na ordem de R$ 2,3 trilhões – um aumento de 63,6% comparado ao ano anterior. Não é pouca coisa.

Medidas estruturantes

Para 2024, dentro do campo das “medidas estruturantes” foram inseridas como prioridade da fiscalização federal as operações em plataformas digitais/marketplaces.

Por medidas estruturantes devemos ter as iniciativas que visam aperfeiçoar as áreas de fiscalização, a forma como interagem com a sociedade e os sistemas utilizados pelos contribuintes para o cumprimento das obrigações acessórias.

Com relação aos marketplaces e seus respectivos sellers, o racional do fisco federal é o seguinte: “Em uma economia cada vez mais digitalizada, as operações por meio de plataformas digitais totalizam montantes significativos. Por isso, a Receita Federal adotará ação de estímulo à conformidade junto a pessoas físicas e jurídicas que transacionam bens, serviços e aluguéis em plataformas digitais, para verificar a correta tributação dos resultados auferidos nessas operações. Para tanto, a parceria com as plataformas digitais será essencial para que reforcem perante seus operadores aspectos sobre a tributação”. É o que consta do relatório.

Observem: “estímulo à conformidade” e “parceria com as plataformas digitais”.

Considerando que o estado brasileiro é campeão no sentido de atrapalhar a vida de quem empreende, posso estar enganado, mas não ficarei surpreso se daí surgirem novas burocracias, novas obrigações acessórias e um sem-fim nos custos de conformidade para o e-commerce.

Fonte: “Atenção, marketplaces e sellers: a Receita Federal está de olho em vocês – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

Novo programa de financiamento promete impulsionar micro e pequenas empresas no Brasil

Em um anúncio exclusivo no Web Summit 2024, Márcio França, Ministro do Empreendedorismo das micro e pequenas empresas do Brasil, revelou algumas novidades para o setor. Entre elas, destaque para o Desenrola Pessoa Jurídica (MEI e Simples), novo programa de financiamento para facilitar a quitação de dívidas de empresas que faturam até R$ 360 mil.

De acordo com França, as MPEs desempenham um papel fundamental na economia brasileira, sendo responsáveis por 83% dos últimos empregos criados no país. No entanto, muitos desses empreendedores enfrentaram dificuldades durante a pandemia e não conseguiram quitar seus empréstimos.

Carência de 1% ao mês

Para lidar com essa situação, o programa estará disponível a partir da próxima semana para microempreendedores individuais (MEIs) e empresas optantes pelo Simples Nacional renegociem suas dívidas. Ele terá seis meses de carência e juro de 1% ao mês.

França também ressaltou que, para as empresas comandadas por mulheres, será disponibilizado um financiamento mais vantajoso, com possibilidade de levantar até 50% do valor — enquanto para empresas comandadas por homens, o limite será de 30%. O valor a ser emprestado pode ser similar ao do Pronampe (R$ 50 bilhões).

Apoio às MPEs às exportações

Durante o evento, o ministro destacou a importância de apoiar as MPEs no contexto internacional. Ele citou, por exemplo, a baixa participação dessas empresas nas exportações brasileiras, que fica em cerca de 1% (na Itália, 70% das exportações partem de pequenos negócios. Para tanto, enfatizou a necessidade de qualificação e orientação para os pequenos empresários, visando aumentar sua competitividade no mercado global.

Para alcançar esse objetivo, o programa incluirá medidas para oferecer qualificação por meio de estudos digitais e físicos, resultando na atribuição de um “rating” para as MPEs. Além disso, a plataforma de renegociação de dívidas, fornecida pela B3, estará integrada ao governo, facilitando o acesso dos empresários às informações e aos recursos disponíveis.

Por fim, o ministro anunciou a criação de um fundo destinado às startups, com previsão de estabelecer a parte jurídica ainda no primeiro semestre. Destacou, por exemplo, que o governo incentivará a demanda por produtos e serviços dessas empresas, visando impulsionar ainda mais o setor empreendedor no Brasil.

Fonte: “Novo programa de financiamento promete impulsionar micro e pequenas empresas no Brasil – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

E-commerce cresceu 0,7% e registrou faturamento de R$ 254,4 bilhões

Atingindo a marca de R$ 254,4 bilhões em 2023, o faturamento do e-commerce brasileiro teve um crescimento de 0,7%. O resultado é positivo quando comparado com 2022, ano no qual o setor registrou uma queda de 2,2%. Os resultados são da 49ª edição da pesquisa Webshoppers da NielsenIQ Ebit.

Com relação ao número de compradores, do varejo online, este permaneceu relativamente estável com uma variação negativa de 0,5% comparado a 2022. No total o e-commerce tem aproximadamente 108,4 milhões de usuários brasileiros.

Luiz F. Davison,  gestor de sucesso do cliente da NielsenIQ Ebit, diz: “os consumidores estão cada vez mais recorrendo ao e-commerce para atender às suas necessidades cotidianas de compras, e isso está impulsionando o crescimento no ambiente online”.

Principais destaques

Os principais produtos em destaque no período foram as vendas brutas dos produtos das cestas de alimentos, que tiveram um aumento de 26,2%. O faturamento cresceu 48,7%, mesmo com uma queda de 15,2% dos pedidos.

Por outro lado, as bebidas registraram uma diminuição de 4,9% no faturamento bruto, acompanhando de uma alta de 4% nos pedidos e 8,5% de perda no ticket médio.

“O crescimento das categorias FMCG (Bens de Consumo de Rápido Movimento, na sigla em inglês) no e-commerce brasileiro reflete uma mudança significativa no comportamento do consumidor, com ênfase crescente em compras de abastecimento e reposição”, completa o executivo.

Com relação ao consumo internacional, o relatório concluiu que houve uma retração nos brasileiros que utilizam canais estrangeiros. Em 2023, somente 69% dos consumidores afirmaram terem comprado no e-commerce internacional, uma queda de 3 pontos comparado ao ano anterior.

Fonte: “E-commerce cresceu 0,7% e registrou faturamento de R$ 254,4 bilhões – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

Norte e Centro-Oeste têm o maior crescimento percentual de empresas exportadoras em 2023

Publicação da Secex-MDIC mostra, porém, que a concentração de exportadores no Sul-Sudeste continua superior a 86%.

As regiões Norte e Centro Oeste foram as que tiveram o maior aumento percentual de novas empresas brasileiras exportadoras em 2023, segundo estudo da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex-MDIC), elaborado com base no porte fiscal das empresas.

No ano passado, o Brasil alcançou o recorde de 28.524 firmas vendendo para o exterior – total 2% superior a 2022. O relatório da Secex mapeia esse crescimento a partir do porte das empresas (micro, pequenas, médias e grandes), cruzando com informações sobre produtos exportados, destino (blocos e países) e origem (regiões e Estados).

No recorte regional, o maior crescimento percentual ficou com o Norte: 8,8%. Na sequência aparecem Centro-Oeste (8%), Sul (2,6%) e Sudeste (1,4%).

O Nordeste teve uma pequena queda no total (-1,6%), índice puxado pelo recuo no número de micro e grandes empresas participando do comércio exterior: -3,9% e -2,4%, respectivamente. Em compensação, a região registrou o maior crescimento percentual em relação às empresas exportadoras de pequeno porte: 7,5%.

Já entre as empresas de grande porte, a maior alta percentual se deu no Centro-Oeste (11%); enquanto as microempresas tiveram destaque no Norte – crescimento de 10%.

Apesar dos crescimentos localizados, os números absolutos mostram que ainda é muito grande a concentração de firmas exportadoras nas regiões Sudeste e Sul, sendo 83,6% no caso das microempresas, 88,3% nas pequenas e 87,7% nas médias e grandes.

Para o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, os dados reforçam a importância dos programas voltados para diversificação do perfil das empresas exportadoras, seja no aspecto regional, seja na questão de porte.

“É nesse sentido que lançamos no ano passado a Política Nacional da Cultura Exportadora (PNCE). A ideia é justamente elevar a participação das MPEs no mercado internacional, com mais cidades de todas as regiões exportando”, afirma.

“Um ponto importante a lembrar”, destaca Alckmin, “é que as MPEs exportam predominantemente produtos manufaturados, o que aumenta a qualidade e a competitividade da pauta exportadora brasileira, que é um dos objetivos centrais da Nova Indústria Brasil”.

Fonte: “https://www.gov.br/mdic/pt-br/assuntos/noticias/2024/abril/norte-e-centro-oeste-tem-o-maior-crescimento-percentual-de-empresas-exportadoras-em-2023#:~:text=As%20regi%C3%B5es%20Norte%20e%20Centro,no%20porte%20fiscal%20das%20empresas.”

A Conversion apresenta o novo Relatório Setores do E-commerce no Brasil

Após bons desempenhos, e-commerce registra primeira queda de tráfego em 2024.

Depois dos bons resultados do fim de 2023 e janeiro deste ano, o tráfego do e-commerce seguiu a tendência esperada para fevereiro e caiu 12,3% na comparação ao mês anterior, somando 2,34 bilhões de visitas únicas. O número é 1,2% menor do que o de fevereiro de 2023, quando os acessos também haviam caído após o desempenho positivo de janeiro.

Entre os dados do relatório, vários ajudam a entender a queda.

Um deles são as retrações de alguns setores que vinham de resultados positivos desde novembro passado, como o de turismo, por exemplo, que alcançou uma marca extraordinária de 240 milhões de acessos somente no mês de janeiro deste ano. No entanto, em fevereiro, o setor sofreu uma queda significativa, perdendo quase um terço de sua magnitude (-26%) em comparação com o mês anterior.

“Depois do aquecimento na demanda do fim do ano, das férias e da volta às aulas, além do fato de fevereiro ser um mês mais curto, vemos essa já esperada queda no tráfego”, explica Diego Ivo, CEO da Conversion. “Apesar da retração, este é um momento de recuperação para o varejo como um todo, dadas as condições macroeconômicas”, completa.

O relatório divulgado pela Conversion está disponível em nossa biblioteca e pode ser acessado por meio do link a seguir:

https://radaric.correios.com.br/3d-flip-book/relatorio-setores-do-e-commerce-no-brasil-maco-dados-referentes-a-fevereiro-2024/

 

Mercadante: Carteira de crédito do BNDES cresceu R$ 35 bilhões de 2022 a 2023

A informação foi dada na tarde desta quinta-feira, 29.

A carteira de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somou R$ 515 bilhões em 2023, acréscimo de R$ 35 bilhões em relação ao ano anterior, incremento de 7,4%. A informação foi dada na tarde desta quinta-feira, 29, pelo presidente do banco de fomento, Aloizio Mercadante. O BNDES apresentará os resultados do ano passado na segunda-feira.

Mercadante comentou que diferenças metodológicas fazem com que exista, todos os anos, uma diferença no valor da carteira de crédito do BNDES reconhecida pelo Banco Central e no valor que o próprio banco de fomento contabiliza.

O BNDES divulga uma carteira um pouco maior, explicou, porque os BC não incorpora, em suas contas, as debêntures – que somaram R$ 22,9 bilhões -, o Finame na íntegra – R$ 29,7 bilhões – e residuais do BNDESPar – R$ 866 milhões. Assim, para o BC, o saldo de 2023 foi de R$ 472,1 bilhões.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/01/03/2024/economia/mercadante-carteira-de-credito-do-bndes-cresceu-r-35-bilhoes-de-2022-a-2023/”

Por que o e-commerce continuará crescendo no Brasil?

Iniciamos 2024 com excelentes previsões para o comércio eletrônico. A expectativa é de que o crescimento se mantenha num bom ritmo nos próximos anos.

Além do cenário econômico mais favorável, temos que considerar que o ambiente é propício para o digital em razão das mudanças de hábito do consumidor.

Contudo, para explorar melhor as oportunidades, as empresas devem estar atentas para responder às diferentes demandas do seu público, lembrando que, cada vez mais, as transações do físico passam pelo digital.

Neste artigo, refletimos sobre essa evolução dos negócios e os impactos no dia a dia do varejo.

Quais são as previsões para o e-commerce?

A análise sobre o crescimento do comércio eletrônico deve ser realizada com base em algumas variáveis.

Estudos globais têm indicado que as vendas online têm retornado à sua trajetória pré-Covid. Ou seja, os números não estão tão elevados como no período de fechamento das lojas físicas, mas estão num bom patamar.

Isso confirma que a adesão às compras online por um número maior de pessoas é irreversível. Os consumidores descobriram a conveniência do digital e não vão mais abrir mão das facilidades.

Analisando essa movimentação no mercado de consumo, percebe-se que o ritmo de crescimento foi reduzido nos dois últimos anos, muito mais em função das condições econômicas. Chama a atenção neste momento, por exemplo, o aumento de share do e-commerce nas vendas do varejo.

Nesse cenário, a projeção para o crescimento global até 2027 é otimista, com uma Taxa Composta de Crescimento Anual (CAGR) de 9%, mais que o dobro do aumento planejado para as lojas físicas, estimado em 4%.

Esse dado, que consta de uma pesquisa conduzida pelo Boston Consulting Group (BCG), ainda está abaixo da tendência pré-Covid (esperava-se um aumento entre 12% e 14%), mas revela que a expansão do e-commerce global deve se manter acelerada.

De acordo com o estudo, a expectativa é de que 41% das vendas totais do varejo até o ano de 2027 sejam realizadas no ambiente digital.

Intitulada “Fórmulas Vencedoras para o Crescimento do Comércio Eletrônico (Winning Formulas for E-Commerce Growth)”, a pesquisa foi realizada no segundo trimestre de 2023 e envolveu, em todo o mundo, 410 empresas de varejo e 415 empresas de bens de consumo embalados (consumer packaged goods, como bebidas, comidas, produtos de higiene pessoal, entre outros).

As perspectivas para o mercado brasileiro

Ao avaliarmos o cenário no Brasil, a situação também é bastante favorável.

Segundo levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), de 2019 até o final de 2023, as compras online registraram um aumento de 100%.

De acordo com a entidade, o crescimento exponencial foi impulsionado, entre outros fatores, pelo aumento do mobile commerce, que já representa mais de 50% das vendas online.

Outro dado importante divulgado pela ABComm: o setor de e-commerce já ultrapassou a marca de 10% das vendas totais do varejo e, para alguns segmentos, esse percentual é ainda mais expressivo, chegando a superar os 50%.

Quais mudanças de hábito merecem mais atenção?

Num período no qual o diferencial das marcas passa a se concentrar na experiência de compra proporcionada aos clientes, o investimento nas plataformas de vendas mobile first influenciam positivamente na decisão do consumidor.

E há outros fatores que têm sido determinantes para consolidar o comércio eletrônico, como fica evidente ao analisarmos as mudanças registradas no mercado de consumo no pós-pandemia.

Quando olhamos para os hábitos adquiridos pelos clientes no período de isolamento social, é fácil perceber que eles favorecem as compras online.

Um dos fatores que devem ser destacados é a questão da confiança. Com a necessidade de usar o comércio virtual, até porque não podiam recorrer às lojas físicas, as pessoas perceberam que se tratava de um ambiente seguro.

A partir daí, o hábito foi incorporado. Outro aspecto importante: a conveniência proporcionada pelo digital.

Para responder às demandas, as operações tiveram que rever suas estratégias, e uma das consequências foi o aprimoramento dos processos logísticos. Com isso, derrubou-se outra barreira do comércio eletrônico: a demora para receber o produto.

Hoje, a partir das novas metodologias adotadas na gestão dos centros de distribuição, o cliente tem diversas opções de frete, incluindo os expressos, com a entrega em poucas horas. A alternativa pode não ser válida para todos os itens disponíveis nas lojas, mas o que favorece o digital é o fato de ter ocorrido uma mudança na percepção dos clientes.

E, olhando além da compra, os consumidores também entenderam outras vantagens, como a facilidade para comparar preços e condições de pagamento entre os concorrentes, além da possibilidade de conhecer a reputação da marca e saber mais sobre as características dos produtos nos quais estão interessados.

Tanto é verdade que as pesquisas têm mostrado que, no cenário atual, dificilmente o consumidor chega à loja física sem ter realizado uma pesquisa prévia. Ou seja, o digital hoje faz parte da jornada de compra do cliente, ainda que ele não feche o negócio de forma online.

Por uma série de razões, ele ainda pode optar por ir até o ponto de venda físico da marca, mas isso não significa que ele não tenha será impactado, de alguma maneira, pela sua presença digital.

Como as empresas podem explorar melhor as oportunidades do digital?

Apesar do cenário positivo para o e-commerce, as empresas precisam estar mais bem preparadas para lidar com o público.

Para começar, esse consumidor que pesquisa mais e confere muita importância às avaliações de outros clientes é naturalmente mais exigente.

Se já tem as informações básicas sobre o produto, o que ele espera da empresa? Uma venda mais consultiva e um tipo de interação que o ajude, de forma efetiva, a tomar a sua decisão. E isso independe do canal escolhido.

É por isso que, mais do que nunca, a disputa não deve estar restrita à questão da precificação. A experiência proporcionada durante toda a jornada de compra é determinante no processo de decisão de compra.

Por essa e outras transformações que têm marcado o dia a dia do varejo, a omnicanalidade se destaca e impõe desafios às operações.

Muitas empresas se adaptaram como podiam no período da pandemia, mas agora o consumidor, mais “descolado”, exige processos mais bem ajustados às suas necessidades. E, nesse contexto, o próprio papel das lojas físicas deve ser repensado. Os estudos nessa área têm indicado que o home office, por exemplo, está consolidado para uma parcela da população, e esse é um caminho sem volta.

Parece um detalhe, mas isso altera os hábitos de compra em várias frentes. Essa pessoa organiza sua rotina de forma diferente e, com isso, não precisa mais deixar as compras apenas para o horário do almoço ou fim do dia.

E se resolver ir até a loja, espera ter um outro tipo de experiência. Afinal, praticidade e conveniência ela tem nas plataformas digitais. Nesse sentido, é fundamental que as empresas se estruturem para superar as expectativas, entendendo melhor o que fará a diferença nesse atendimento presencial.

Um dos pontos que têm se mostrado decisivo nessa relação é a necessidade de oferecer outros tipos de serviços na loja e garantir que a digitalização também esteja presente nesse ambiente.

Essa proximidade entre os ambientes físico e online é fundamental, até porque a proposta é de que a marca esteja disponível em várias frentes.

Aquele consumidor que faz a compra na loja física, por exemplo, pode elevar seu ticket médio se também for abordado, em diferentes momentos, para realizar compras online.

Este é um dos desafios do varejo quando se pensa na integração dos canais: como aproveitar o potencial de cada um para estabelecer mais proximidade entre o cliente e a marca.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/por-que-o-e-commerce-continuara-crescendo-no-brasil”

Vendas do varejo crescerão 6% nominalmente no primeiro trimestre de 2024, aponta IAV-IDV

Em meio a entrada recente no segundo mês de 2024, previsões para o varejo no primeiro trimestre começam a aparecer. O Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IAV-IDV) projetou crescimento nominal de 6% para vendas no período.

Na análise segmentada das vendas do varejo no primeiro trimestre deste ano, a expectativa positiva é geral, com poucas retrações aguardadas. Veja o resultado para cada um ao longo de janeiro, fevereiro e março:

Supermercados, hiper, alimentação, bebidas e fumo

Janeiro – +2%
Fevereiro – -0,6%
Março – +6,1%

Material de construção

Janeiro – +5,2%
Fevereiro – +7%
Março – +7%

Artigos de uso pessoal e doméstico

Janeiro – +11,8%
Fevereiro – +13,3%
Março – +12,7%

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos

Janeiro – +13,2%
Fevereiro – +17,9%
Março – +10,1%

Móveis e eletrodomésticos

Janeiro – +3%
Fevereiro – +2,4%
Março – +3,8%

Tecidos, vestuário e calçados

Janeiro – +1,5%
Fevereiro – +4,6%
Março – +6%

Análise individual do trimestre

De acordo com o levantamento, o índice nominal, que considera a participação das atividades no volume total de vendas do varejo, o aumento também é visto na análise individual dos meses. Vale lembrar que neste retrospecto temos datas comerciais como Carnaval e Páscoa movimentando o cenário.

A previsão para janeiro, fevereiro e março é de crescimentos de 3,3%, 3% e 4,7%, respectivamente. No entanto, com ajuste do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os dois primeiros meses mostram retração de 1,2% e 1,3%, nesta ordem. Em março, a alta real esperada é de 0,8%.

O IAD-IDV é realizado com base em dados fornecidos por associados quanto às expectativas individuais para faturamento no trimestre em questão.

Fonte: “Vendas do varejo crescerão 6% nominalmente no primeiro trimestre de 2024, aponta IAV-IDV – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)