PMEs crescem 23,5% em abril, após alta de 4,7% no mês anterior.

Em abril, as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) brasileiras registraram um crescimento expressivo. Segundo o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs), a movimentação financeira média dessas empresas aumentou 23,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

O IODE-PMEs monitora o desempenho de empresas com faturamento anual de até R$50 milhões, cobrindo 678 atividades econômicas nos setores de Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços.

O avanço foi parcialmente atribuído ao “efeito calendário”, com abril de 2024 tendo 22 dias úteis, quatro a mais que abril de 2023. “Menos feriados e pontes impulsionaram o faturamento de diversos segmentos”, explica Felipe Beraldi, economista da Omie.

Nos primeiros quatro meses de 2024, as PMEs tiveram um aumento médio de 14,5% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse crescimento se deve à melhoria na renda familiar, maior estabilidade no mercado de trabalho e controle da inflação.

Além disso, a redução da taxa Selic começou a impactar a economia real, favorecendo a concessão de crédito às pessoas físicas.

Destaques setoriais de abril

Indústria
O segmento industrial liderou o crescimento, com um aumento de 30,3% na movimentação financeira média. Dos 23 subsetores da indústria de transformação, 22 registraram crescimento de dois dígitos, com destaque para a fabricação de móveis, produtos farmacêuticos, couros, artigos para viagem e calçados, além da metalurgia.

Comércio
O setor comercial mostrou recuperação, com alta de 21,9% em abril. O comércio e reparação de veículos subiu 25,7%, enquanto o atacado cresceu 26,1%. O varejo também teve um aumento de 9,2%.

Serviços
As PMEs do setor de serviços mantiveram um bom desempenho, crescendo 15,1% em abril. O setor foi impulsionado por atividades financeiras e de seguros, entregas e agências de viagem.

Infraestrutura
As PMEs de infraestrutura também cresceram, com um aumento de 17,3%, destacando-se os serviços especializados em construção e coleta, tratamento e disposição de resíduos.

Perspectivas para o segundo semestre
Apesar dos bons resultados, há sinais de desaceleração no segundo semestre devido ao crescimento modesto da renda familiar. “O crédito deve ser o motor do crescimento, impulsionado pela queda da Selic, mesmo que o corte recente tenha sido de apenas 0,25 pontos percentuais”, comenta Beraldi. A meta da Selic agora é de 10,5%, mais de três pontos abaixo de 2023, mas ainda insuficiente para um grande estímulo econômico.

Impacto no Rio Grande do Sul
A crise social e logística no Rio Grande do Sul, causada pelas enchentes, prejudicou a economia do estado, que é a quinta maior do país. O impacto negativo nas atividades das PMEs é esperado nos próximos meses.

Sobre o IODE-PMEs
O IODE-PMEs, desenvolvido pela scale-up Omie, acompanha o desempenho econômico das PMEs brasileiras com faturamento de até R$50 milhões anuais. A análise é baseada nas movimentações financeiras de mais de 150 mil clientes, abrangendo 678 CNAEs. Os dados são ajustados para eliminar o efeito inflacionário, utilizando o IGP-M da FGV.

Segmento de beleza tem previsão para alcançar U$ 580 bilhões em faturamento até 2027, afirma McKinsey

Representando 4% do PIB Nacional, o nicho de beleza se consolida como um dos maiores do mundo, de acordo com dados do SEBRAE. Com uma crescente conscientização sobre saúde e bem estar, o público investe mais em cuidados pessoais.

Mulher morena passando creme na mão em frente a um espelho e outros produtos de skincare
Imagem: reprodução
Além disso, as redes sociais e a mídia têm um papel fundamental no desenvolvimento da cultura de imagem, um forte motivador do autocuidado.

Mauricio Cesar, CEO da Unhas Cariocas, destaca que: “a indústria de beleza no Brasil se destaca pela sua capacidade de adaptação às tendências globais e locais, desenvolvendo soluções específicas para as necessidades do público”.

Um setor em crescimento
Gráfico da Mckinsey representando as expectativas de faturamento do setor de beleza até 2027
Imagem: reprodução, McKinsey
Segundo o relatório da McKinsey, se espera um acúmulo de U$ 580 bilhões no setor de beleza até 2027; alinhado à assertividade que esse nicho apresenta.

Além disso, o especialista comenta que a diversificação dos canais de venda – com o crescimento do e-commerce e novos modelos de negócios – também é uma grande contribuição para a expansão do setor como um todo.

PMEs seguem otimistas e projetam alta no faturamento de mais de 20% no próximo trimestre

De acordo com pesquisa realizada pelo Mercado Pago, visando compreender as particularidades e necessidades das PMEs, 95% seguem otimistas para o próximo trimestre e 37% esperam aumentar seu faturamento em mais de 20% no período.

Entrevistando mais de 9,3 mil empreendedores, o levantamento conclui que os donos de negócios passam de 1 a 6 horas em contato com diferentes parceiros, focando em questões operacionais e não no desenvolvimento em si da empresa.

Dentre os participantes do estudo, 81% têm entre 30 e 59 anos, 66% são homens e 50% apresentam um faturamento mensal de R$ 15 mil, 27% faturam até R$ 29 mil e 23% acima de R$ 30 mil.

Aprendizados para o futuro
Os donos de negócios procuram por maiores oportunidades competitivas; a pesquisa revela que 94% afirmam que encontrar um único parceiro de meios de pagamentos auxiliaria no ganho de eficiência diária.

Além disso, a oferta de crédito aparece como um diferencial para as PMEs. Aproximadamente 83% fazem uso do crédito como um recurso para a empresa; mais da metade declara aplicar esse dinheiro para aumentar o fluxo de caixa.

Outro ponto de destaque é a estratégia de multicanalidade. 1 a cada 3 disseram que tiveram um aumento de 25% nas receitas ao aplicarem tal estratégia.

Made in China: a obsessão chinesa pelas vendas além da China

Na China, o fenômeno é conhecido como chu hai (出海), que significa “tornar-se global” e abrange tudo, desde FlexTV e ReelShort aos sites de compras online Temu e Shein, e até à empresa de logística Cainiao, do gigante marketplace Alibaba.

Ao que parece, o mundo empresarial chinês decidiu que o melhor lugar para ganhar dinheiro neste momento é fora da China. Alguns exemplos:

ReelShort atraiu mais atenção: no ano passado, foi baixado por 7 milhões de americanos e foi até mesmo o aplicativo de entretenimento mais baixado em determinado momento. Embora esteja sediada na Califórnia, a Reelshort é 49,16% detida pela editora digital COL Group, com sede em Pequim, que é ela própria uma empresa do portfólio dos braços de capital de risco da Baidu e da Tencent.

FlexTV, o aplicativo de vídeos curtos que lançou “Mr. Williams! Madame está morrendo”, não é diferente: originalmente propriedade da Anyue Network, uma empresa de tecnologia com sede em Guangzhou, foi recentemente adquirida pela Mega Matrix, uma empresa listada na Bolsa de Valores de Nova York que é operada inteiramente por executivos de tecnologia e investimentos com fundos chineses.

Ambos os aplicativos representam empresas chinesas cortejando expressamente o público dos EUA.

Na verdade, os dados sublinham o fenômeno da “globalização”. De acordo com o China’s Ministry of Commerce,o investimento direto estrangeiro (OFDI) externo em toda a indústria do país totalizou 954,17 bilhões de RMB (131 bilhões de dolares) de janeiro a novembro de 2023, um aumento anual de 8,2%. Além disso, de acordo com o Hong Kong Trade Development Council, 90% das cerca de 800 empresas chinesas inquiridas no ano passado indicaram planos para “tornarem-se globais” nos próximos um a três anos. Um relatório de 2023 da PwC também descobriu que 67% das empresas unicórnios chineses manteriam ou acrescentariam planos de expansão no exterior, um número significativamente superior aos 41% relatados na pesquisa de 2020.

Em 2023, quatro dos cinco aplicativos mais baixados nos EUA vieram da China. O relatório anual da Meta também revelou que as receitas publicitárias da China contribuíram com U$ 13,49 bilhões, representando 10% da receita total em 2023 e acima dos 6% anteriores. (Uma vez que as plataformas Meta, incluindo o Facebook e o Instagram, estão bloqueadas na China, o aumento reflete as empresas chinesas que esperam alcançar e vender para públicos internacionais.)

Na verdade, a questão ganhou importância nacional e representa uma mudança nas prioridades da estratégia de Pequim de “dupla circulação”. Em maio de 2020, o líder da China, Xi Jinping, introduziu o termo para significar que a China deveria impulsionar a procura interna e, ao mesmo tempo, sustentar os mercados estrangeiros como uma abordagem dupla ao desenvolvimento econômico. A procura interna e a inovação deveriam ser os principais motores do crescimento, com os mercados estrangeiros e os investidores a desempenharem um papel secundário.

Quatro anos depois, Long Yongtu, antigo negociador-chefe da China para a adesão à Organização Mundial do Comércio (OMC) e antigo vice-ministro do comércio externo e da cooperação econômica, disse que a priorização mudou: “É uma tendência predominante para as empresas chinesas se tornarem globais. ”, disse ele em março. They don’t want to just be the world’s factory. They want to be a brand with bargaining power.

A empresa proprietária da FlexTV, por exemplo, se autodenomina “dedicada a se tornar uma plataforma global de streaming gigante na era do entretenimento em tela vertical”. A Shein, por sua vez, se autodenomina “um varejista on-line global de moda e estilo de vida”. E a CATL, a gigante chinesa das baterias, descreve-se como “líder global de novas tecnologias inovadoras em energia, empenhada em fornecer soluções e serviços de primeira linha para novas aplicações energéticas em todo o mundo”

As empresas chinesas que já tiveram sucesso no estrangeiro também enfrentam uma pressão crescente. A lei que proíbe a propriedade chinesa do TikTok é o exemplo mais óbvio, mas questões sobre o trabalho forçado também ameaçam prejudicar Temu e Shein. Em dezembro passado, numa medida que poderá afetar em grande parte os sellers chineses, a Amazon reduziu a taxa de comissão paga aos vendedores de artigos de vestuário com preços inferiores a 20 dólares, de 17% para 5%.

A resistência global significa que “tornar-se global” pode não ser o remédio econômico que Pequim precisa que seja.

https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/made-in-china-a-obsessao-chinesa-pelas-vendas-alem-da-china

Comércio registra queda de 3% na semana do Dia das Mães, revela Serasa Experian

Na cidade de São Paulo, o indicador revelou uma queda ainda maior: 4,7% na semana da data comemorativa.

O Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian revelou que, na semana comemorativa do Dia das Mães, do dia 6 a 12 de maio deste ano, as vendas do varejo tiveram queda de 3% na comparação com o período correspondente em 2023, entre os dias 8 a 14 de maio.

Em comparação com 2023 (12 a 14 de maio), o recuo foi de 3,2% no final de semana do Dia das Mães (10 a 12 de maio). “Com a inadimplência ainda em alta, a prioridade dos consumidores é a reestruturação financeira para o pagamento e renegociação de dívidas, deixando as compras e presentes em segundo plano”, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

Na cidade de São Paulo, o indicador revelou uma queda ainda maior: 4,7% na semana da data, quando comparado ao mesmo período de 2023, e de -1,3% em relação ao final de semana (10/05 a 12/05/2024 contra 12/05 a 14/05/2023).

Metodologia

O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio – Dia das Mães tem como base uma amostra das consultas realizadas no banco de dados da Serasa Experian. Foram consideradas as consultas realizadas no período de 6 a 12 de maio de 2024 e comparadas às do período de 08 a 14 de maio de 2023. Para o fim de semana, foram consideradas as consultas realizadas no período de 10 a 12 de maio de 2024 e comparadas às do período de 12 a 14 de maio de 2023.

Taxa de inadimplência e impacto nas vendas

A taxa de inadimplência (recursos livres) deve ficar entre 5,12% e 5,86%, com média estimada 5,49% para abril de 2024, o que implica uma redução de 0,05 p.p. em relação ao valor real de janeiro de 2024 (último valor divulgado) e um aumento de 0,08 p.p. em relação ao valor estimado para março de 2024. Os dados são de projeção elaborada pelo Ibevar-Fia Business School, publicados em maio deste ano.

Considerando-se o aumento de atrasos (recursos livres) observado, é razoável esperar uma taxa de inadimplência entre a média (5,49%) e o limite superior (5,86%) do intervalo estimado, para o mês de abril de 2024.

No período abril-junho de 2024 o varejo restrito deve crescer 2,1% e o ampliado, incluindo veículos e material de construção, um pouco mais 2,5%, é o que indica o estudo mensal realizado pelas instituições Ibevar-Fia Business School.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/14/05/2024/economia/comercio-registra-queda-de-3-na-semana-do-dia-das-maes-revela-serasa-experian/”

Varejo brasileiro alcançou o maior volume de vendas para um primeiro trimestre desde 2012

O comércio varejista brasileiro alcançou o maior volume de vendas para um primeiro trimestre desde 2012, impulsionando a expectativa de crescimento do setor. É o que mostra a Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar da estabilidade das vendas em março, o faturamento real aumentou 5,7% nos três primeiros meses de 2024, levando a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a ajustar sua previsão de crescimento das vendas para 2024 — passou de 2,0% para 2,1%.

Hiper e supermercados puxam o crescimento das vendas no varejo

Segundo a pesquisa, o volume de vendas do comércio varejista se manteve estável em março, em comparação com o mês anterior. Por consequência, isso contrariou a expectativa de retração de 0,2% da CNC.

No primeiro trimestre, as vendas do varejo cresceram 5,7%, impulsionadas pelos seguintes segmentos:

  • Hiper e supermercados (+8,6%);
  • Artigos de uso pessoal e doméstico (+11,4%);
  • e produtos farmacêuticos (+13,1%) — maior taxa de variação para primeiros trimestres desde 2012 (+10,4%).

Redução dos juros

Esses resultados foram influenciados pela desaceleração dos preços e pela menor dependência desses segmentos em relação ao comportamento dos juros. Atualmente, as vendas estão 7,1% acima do nível verificado antes do início da crise sanitária, mantendo um crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior pelo décimo mês consecutivo.

A redução dos juros desde agosto do ano passado tem contribuído positivamente para o avanço do varejo, juntamente com a desalavancagem do endividamento das famílias. Outros fatores que contribuíram para o resultado favorável das vendas foram:

  • Inflação acumulada nos três primeiros meses de 2024 (+1,4% contra +2,1% no mesmo período do ano passado);
  • e os indicadores favoráveis do mercado de trabalho, com uma taxa de desocupação de 7,9% (a menor desde o início da série histórica da PNADc em 2012).

Crescimento de 2,1% das vendas em 2024

A perspectiva de continuação da redução do aperto monetário sugere um cenário positivo para o restante de 2024. Com as expectativas ancoradas dentro do intervalo de metas de inflação, a previsão é de juros básicos próximos a 9,5% ao ano em dezembro deste ano.

Diante desse cenário, a CNC revisou sua perspectiva de crescimento das vendas do varejo de 2,0% para 2,1% neste ano.

Fonte: “Varejo brasileiro alcançou o maior volume de vendas para um primeiro trimestre desde 2012 – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

 

 

As incertezas para o varejo em 2024 estão se dissipando?

Após o primeiro trimestre de 2024, ainda não se consegue ter uma visão, com alguma possibilidade de acerto, de como se comportará o varejo neste ano.

Embora a última variação das receitas das vendas dos associados do IDV, medida pelo IAV (Índice Antecedente de Vendas), tenha sido positiva de fevereiro para março, o que suscita certo otimismo; ao olharmos a série histórica do IAV ajustada pelo IPCA, ou seja, descontados os efeitos da inflação, vemos que os resultados positivos dos últimos meses são inexpressivos, aquém do que o varejo e a economia necessitam.

Como utilizaremos os dados do IAV neste artigo, é oportuno esclarecer que ele produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento mensal das vendas do varejo e fornecem expectativas sobre o setor a partir das informações de receita reportadas pelas empresas associadas ao IDV.

A variável investigada é a receita de vendas dos meses passados reportada pelas empresas, bem como a receita de vendas estimada para os três meses seguintes. Neste artigo, vamos abordar o realizado até março e as previsões para abril, maio e junho.

Para trazer maior representatividade setorial, também apresentaremos o resultado ponderado, no qual é utilizado como peso a representatividade destes setores, de acordo com a PMC (Pesquisa Mensal de Comércio) ampliada, do IBGE.

Voltando ao que mencionamos anteriormente, a variação da receita nominal mensal (sem descontar a inflação) das vendas de fevereiro para março, em todos os setores, foi positiva.

Apesar do crescimento positivo acima na variação mensal, o que esperar de 2024?

Os dados apresentados por diversos analistas econômicos e estatísticas governamentais indicam que a expectativa de crescimento da economia brasileira em 2024 está em 1,9%, com maior impacto do consumo das famílias; tendência de juros menores com efeitos positivos sobre investimento, consumo e emprego; previsão de uma inflação de 3,71%; empregos com carteira assinada batendo recorde em fevereiro (37 milhões de trabalhadores); taxa de desemprego em queda de 7,8%; e aumento da massa salarial, favorecendo a economia brasileira neste início de ano.

Apesar de todos estes indicadores positivos, a intenção de consumo das famílias recuou 0,8% em março. Se compararmos o desempenho com o mesmo mês do ano passado, em valores nominais, sem desconto da inflação, alguns setores apresentaram dificuldades, como o de móveis e eletrodomésticos e materiais de construção, enquanto outros mantêm significativo crescimento, tal como o registrado nos setores de artigos farmacêuticos e atacado de produtos alimentares.

Fonte: “As incertezas para o varejo em 2024 estão se dissipando? – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

Marketplaces e varejo na corrida pela oferta de crédito

Nuvemshop, Sebrae, PicPay, Mercado Pago e Magalu ofertam soluções financeiras para empreendedores e cliente de forma integrada aos negócios.

Diferentemente do cenário observado no início do ano anterior, quando a busca por crédito estava em queda, o início de 2024 apontou que a busca pelo recurso financeiro teve alta de 0,4%. As “grandes” companhias puxaram este crescimento, seguidas pelas “médias” e “MPEs”, de acordo com dados do Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian.

O fato é que o crescimento desses empréstimos resulta em uma maior disposição das instituições financeiras em conceder crédito aos consumidores, seja para atender às necessidades de consumo, dos clientes ou para outras necessidades específicas. De certa forma, os bancos são os maiores interessados em oferecer o produto mais adequado, incluindo as condições de taxa e de prazo, para cada um dos seus clientes.

No entanto, a transformação digital tem redefinido os padrões de consumo em todo o mundo. Com a ascensão do comércio eletrônico, os consumidores estão cada vez mais recorrendo às plataformas online para realizar suas compras, impulsionando um crescimento exponencial dos marketplaces e fintechs. Essas empresas estão aproveitando as novas oportunidades oferecidas pelo ambiente digital para expandir sua presença e fortalecer a fidelização dos clientes.

Nesse contexto, a convergência entre marketplaces e fintechs está se tornando cada vez mais evidente, com a integração de serviços financeiros em plataformas de comércio eletrônico e vice-versa. Por exemplo, muitos marketplaces agora oferecem opções de pagamento integradas, incluindo carteiras digitais e financiamento flexível, enquanto algumas fintechs estão expandindo suas ofertas para incluir a venda de produtos diretamente em suas plataformas. Essa integração vem proporcionando uma experiência de compra mais fluida e conveniente para os consumidores, além de abrir novas oportunidades de receita para as empresas envolvidas.

Oferta de crédito

Recentemente, a Nuvemshop anunciou uma solução de empréstimo voltada para os lojistas virtuais que utilizam o Nuvem Pago, meio de pagamento próprio da empresa. O objetivo é oferecer apoio financeiro aos empreendedores que desejam acelerar o crescimento do seu negócio online. A empresa disponibilizará R$42 milhões em crédito para lojistas brasileiros ao longo dos próximos meses.

“Sabemos que a falta de capital de giro e escassez de recursos para continuar investindo no próprio negócio são os principais desafios dos empreendedores brasileiros”, explica Renato Burin, diretor de fintech da Nuvemshop. “Por isso, buscamos ampliar o acesso ao recurso e vamos disponibilizar R$ 42 milhões no total em crédito ao longo dos próximos meses. Na fase de testes, até março de 2024, já emprestamos mais de R$ 5 milhões para potencializar o negócio de lojistas que usam o Nuvem Pago”.

Isso porque, de acordo com o estudo NuvemCommerce 2024 realizado pela Nuvemshop com pequenos e médios empreendedores do varejo online de todo o país, a falta de capital de giro para reinvestir na loja é o maior desafio relatado por 44% dos respondentes.

Crédito Consciente

Apoiar empreendedores na tomada de decisões antes de acessar empréstimos. Com esse objetivo, o Sebrae lançou, essa semana, a página Crédito Consciente, que vai ajudar donos de pequenos negócios a ampliar a conscientização e segurança na obtenção de um financiamento e, em seguida, conduzir esses empresários para as instituições financeiras. Por meio do Fundo de Aval para Micro e Pequenas Empresas (Fampe), o Sebrae entrará como avalista de até 80% da garantia do valor total do empréstimo. Isso significa que com o aporte de R$ 2 bilhões feito pela entidade no fundo, serão garantidos R$ 30 bilhões de crédito para os pequenos negócios em todo o país nos próximos três anos.

“Estamos lançando a maior carteira de crédito do nosso país para os nossos pequenos empreendedores”, afirmou o presidente do Sebrae, Décio Lima. “É um somatório de atividades que vão impulsionar essa área que nós representamos e que foi responsável por 80% dos empregos formais, no ano passado. Nesse momento estamos realizando uma tarefa que é imprescindível: tirar esse setor da invisibilidade. Cerca de 88% desses empresários não conseguem financiar os seus negócios, porque não têm a abertura da porta do sistema financeiro, o aval, a garantia. É por isso que estamos abrindo a porta das instituições financeiras para este público significativo”.

Expansão para pessoa jurídica

Outro anúncio recente, foi anunciado pelo PicPay com o lançamento das suas maquininhas. A entrada no segmento de adquirência tem o objetivo de fortalecer o ecossistema de dois lados da companhia, que desde o surgimento tem o propósito de conectar e servir ambos os públicos. Os modelos oferecidos contam também com link de pagamento, parcelamento de boletos, capital de giro, antecipação de recebíveis e cartão pré-pago sem anuidade.

Também estão disponíveis ferramentas de e-commerce e marketplace de crédito. Portanto, o cliente PJ terá uma prateleira que abrange desde soluções de pagamento e gestão de vendas até linhas de crédito. As máquinas estão sendo oferecidas gradualmente para a base por agentes comerciais. Em breve estarão disponíveis nos canais digitais. Atualmente, o PicPay atende 1 milhão de empreendedores.

Adriano Navarini, vice-presidente de Serviços Financeiros para Pessoa Jurídica do PicPay, ressalta que o objetivo é “ir além das tradicionais ‘plaquinhas’ para conquistar o público PJ e ter a mesma relevância que o PicPay já tem para a pessoa física”.

A ascensão de varejistas como bancos

O Mercado Crédito, serviço oferecido pelo Mercado Pago, tem transformado a forma como empresários acessam crédito financeiro no Brasil. Com milhões de usuários, o Mercado Crédito tem como objetivo proporcionar uma solução totalmente digital, desburocratizada e com taxas competitivas, além de oferecer a possibilidade de adiantamento de recebíveis.

De acordo com a instituição, uma das principais vantagens do Mercado Crédito é a sua acessibilidade. Diferentemente dos tradicionais processos de empréstimos, que muitas vezes envolvem uma série de documentos e requisitos complexos, o Mercado Crédito quer simplificar o acesso ao crédito para diversos tipos de empresas.

Outra tendência no varejo, é a Magazine Luiza, que criou a MagaluPay, que está liderando uma transformação que vai muito além das prateleiras de seus produtos. Com uma visão estratégica, a empresa está adentrando no mundo dos serviços financeiros, transformando-se em uma referência não apenas como varejista, mas também como provedora de soluções financeiras de ponta. Criada a quase dois anos, a fintech da já nasce como uma das dez maiores do Brasil, com mais de 16 milhões de clientes únicos, entre pessoas físicas e jurídicas.

Fonte: “Marketplaces e varejo na corrida pela oferta de crédito (consumidormoderno.com.br)

 

 

E-commerce brasileiro cresce 5,6% em março, após queda de fevereiro

Impactado pelo Dia do Consumidor, na metade de março, o tráfego do e-commerce brasileiro cresceu 5,6% no mês, registrando o melhor resultado desde dezembro do ano passado: 2,47 bilhões de acessos únicos.

Data em que o varejo oferece descontos para os consumidores, assim como melhores condições de pagamento, o Dia do Consumidor já tem sido chamado de “Black Friday do primeiro semestre” – referência à principal ocasião de vendas no calendário do consumo brasileiro hoje.

Esse desempenho se observa em vários índices do relatório: o primeiro deles é a alta de 7% nas visitas via web, que somaram 1,95 bilhão no mês – sinal de que muita gente voltou a pesquisar produtos e serviços depois de fevereiro, quando esse volume havia sido de 1,82 bilhão.

O principal setor do e-commerce, o de marketplaces, também melhorou o seu desempenho em março (4,6%), chegando à marca de 1.09 bilhão de acessos. Ele corresponde a quase metade de todo o tráfego das plataformas do comércio eletrônico.

Conheça o Relatório Conversion – Setores do E-commerce na íntegra disponível na Biblioteca do RadarIC+ clicando no link a seguir:

https://radaric.correios.com.br/3d-flip-book/relatorios-setores-do-e-commerce-no-brasil-abril-dados-referentes-a-marco-2024/

Atenção, marketplaces e sellers: a Receita Federal está de olho em vocês

Recentemente, a secretaria da Receita Federal divulgou seu relatório anual de fiscalização 2023/2024. Esse é um documento em que a subsecretaria de fiscalização consolida dados de sua atuação no ano anterior e estabelece o foco na Receita Federal para o ano presente.

Nesse documento, são informadas as ações de facilitação, isto é, aquelas que têm o objetivo de facilitar o cumprimento de obrigações acessórias por meio de fornecimento de informações aos contribuintes antes da entrega das declarações ou das escriturações (por exemplo, pré-preenchimento da DIRPF). Também as ações de assistência, que são aquelas em que é dado ao contribuinte a chance de se autorregularizar de alguma pendência fiscal antes da autuação. E ainda demais dados da administração fazendária federal.

Daí é que temos o recorte de que apenas 0,04% das pessoas jurídicas formalizadas no Brasil respondem por 61% da arrecadação administrada pela Receita Federal. E que, em 2023, o crédito tributário constituído (leia-se, autos de infração) totalizou R$ 225,54 bilhões. Isso representa quase 10% do total da arrecadação federal no ano de 2023, que foi na ordem de R$ 2,3 trilhões – um aumento de 63,6% comparado ao ano anterior. Não é pouca coisa.

Medidas estruturantes

Para 2024, dentro do campo das “medidas estruturantes” foram inseridas como prioridade da fiscalização federal as operações em plataformas digitais/marketplaces.

Por medidas estruturantes devemos ter as iniciativas que visam aperfeiçoar as áreas de fiscalização, a forma como interagem com a sociedade e os sistemas utilizados pelos contribuintes para o cumprimento das obrigações acessórias.

Com relação aos marketplaces e seus respectivos sellers, o racional do fisco federal é o seguinte: “Em uma economia cada vez mais digitalizada, as operações por meio de plataformas digitais totalizam montantes significativos. Por isso, a Receita Federal adotará ação de estímulo à conformidade junto a pessoas físicas e jurídicas que transacionam bens, serviços e aluguéis em plataformas digitais, para verificar a correta tributação dos resultados auferidos nessas operações. Para tanto, a parceria com as plataformas digitais será essencial para que reforcem perante seus operadores aspectos sobre a tributação”. É o que consta do relatório.

Observem: “estímulo à conformidade” e “parceria com as plataformas digitais”.

Considerando que o estado brasileiro é campeão no sentido de atrapalhar a vida de quem empreende, posso estar enganado, mas não ficarei surpreso se daí surgirem novas burocracias, novas obrigações acessórias e um sem-fim nos custos de conformidade para o e-commerce.

Fonte: “Atenção, marketplaces e sellers: a Receita Federal está de olho em vocês – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)