Novo programa de financiamento promete impulsionar micro e pequenas empresas no Brasil

Em um anúncio exclusivo no Web Summit 2024, Márcio França, Ministro do Empreendedorismo das micro e pequenas empresas do Brasil, revelou algumas novidades para o setor. Entre elas, destaque para o Desenrola Pessoa Jurídica (MEI e Simples), novo programa de financiamento para facilitar a quitação de dívidas de empresas que faturam até R$ 360 mil.

De acordo com França, as MPEs desempenham um papel fundamental na economia brasileira, sendo responsáveis por 83% dos últimos empregos criados no país. No entanto, muitos desses empreendedores enfrentaram dificuldades durante a pandemia e não conseguiram quitar seus empréstimos.

Carência de 1% ao mês

Para lidar com essa situação, o programa estará disponível a partir da próxima semana para microempreendedores individuais (MEIs) e empresas optantes pelo Simples Nacional renegociem suas dívidas. Ele terá seis meses de carência e juro de 1% ao mês.

França também ressaltou que, para as empresas comandadas por mulheres, será disponibilizado um financiamento mais vantajoso, com possibilidade de levantar até 50% do valor — enquanto para empresas comandadas por homens, o limite será de 30%. O valor a ser emprestado pode ser similar ao do Pronampe (R$ 50 bilhões).

Apoio às MPEs às exportações

Durante o evento, o ministro destacou a importância de apoiar as MPEs no contexto internacional. Ele citou, por exemplo, a baixa participação dessas empresas nas exportações brasileiras, que fica em cerca de 1% (na Itália, 70% das exportações partem de pequenos negócios. Para tanto, enfatizou a necessidade de qualificação e orientação para os pequenos empresários, visando aumentar sua competitividade no mercado global.

Para alcançar esse objetivo, o programa incluirá medidas para oferecer qualificação por meio de estudos digitais e físicos, resultando na atribuição de um “rating” para as MPEs. Além disso, a plataforma de renegociação de dívidas, fornecida pela B3, estará integrada ao governo, facilitando o acesso dos empresários às informações e aos recursos disponíveis.

Por fim, o ministro anunciou a criação de um fundo destinado às startups, com previsão de estabelecer a parte jurídica ainda no primeiro semestre. Destacou, por exemplo, que o governo incentivará a demanda por produtos e serviços dessas empresas, visando impulsionar ainda mais o setor empreendedor no Brasil.

Fonte: “Novo programa de financiamento promete impulsionar micro e pequenas empresas no Brasil – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

E-commerce cresceu 0,7% e registrou faturamento de R$ 254,4 bilhões

Atingindo a marca de R$ 254,4 bilhões em 2023, o faturamento do e-commerce brasileiro teve um crescimento de 0,7%. O resultado é positivo quando comparado com 2022, ano no qual o setor registrou uma queda de 2,2%. Os resultados são da 49ª edição da pesquisa Webshoppers da NielsenIQ Ebit.

Com relação ao número de compradores, do varejo online, este permaneceu relativamente estável com uma variação negativa de 0,5% comparado a 2022. No total o e-commerce tem aproximadamente 108,4 milhões de usuários brasileiros.

Luiz F. Davison,  gestor de sucesso do cliente da NielsenIQ Ebit, diz: “os consumidores estão cada vez mais recorrendo ao e-commerce para atender às suas necessidades cotidianas de compras, e isso está impulsionando o crescimento no ambiente online”.

Principais destaques

Os principais produtos em destaque no período foram as vendas brutas dos produtos das cestas de alimentos, que tiveram um aumento de 26,2%. O faturamento cresceu 48,7%, mesmo com uma queda de 15,2% dos pedidos.

Por outro lado, as bebidas registraram uma diminuição de 4,9% no faturamento bruto, acompanhando de uma alta de 4% nos pedidos e 8,5% de perda no ticket médio.

“O crescimento das categorias FMCG (Bens de Consumo de Rápido Movimento, na sigla em inglês) no e-commerce brasileiro reflete uma mudança significativa no comportamento do consumidor, com ênfase crescente em compras de abastecimento e reposição”, completa o executivo.

Com relação ao consumo internacional, o relatório concluiu que houve uma retração nos brasileiros que utilizam canais estrangeiros. Em 2023, somente 69% dos consumidores afirmaram terem comprado no e-commerce internacional, uma queda de 3 pontos comparado ao ano anterior.

Fonte: “E-commerce cresceu 0,7% e registrou faturamento de R$ 254,4 bilhões – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

Norte e Centro-Oeste têm o maior crescimento percentual de empresas exportadoras em 2023

Publicação da Secex-MDIC mostra, porém, que a concentração de exportadores no Sul-Sudeste continua superior a 86%.

As regiões Norte e Centro Oeste foram as que tiveram o maior aumento percentual de novas empresas brasileiras exportadoras em 2023, segundo estudo da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex-MDIC), elaborado com base no porte fiscal das empresas.

No ano passado, o Brasil alcançou o recorde de 28.524 firmas vendendo para o exterior – total 2% superior a 2022. O relatório da Secex mapeia esse crescimento a partir do porte das empresas (micro, pequenas, médias e grandes), cruzando com informações sobre produtos exportados, destino (blocos e países) e origem (regiões e Estados).

No recorte regional, o maior crescimento percentual ficou com o Norte: 8,8%. Na sequência aparecem Centro-Oeste (8%), Sul (2,6%) e Sudeste (1,4%).

O Nordeste teve uma pequena queda no total (-1,6%), índice puxado pelo recuo no número de micro e grandes empresas participando do comércio exterior: -3,9% e -2,4%, respectivamente. Em compensação, a região registrou o maior crescimento percentual em relação às empresas exportadoras de pequeno porte: 7,5%.

Já entre as empresas de grande porte, a maior alta percentual se deu no Centro-Oeste (11%); enquanto as microempresas tiveram destaque no Norte – crescimento de 10%.

Apesar dos crescimentos localizados, os números absolutos mostram que ainda é muito grande a concentração de firmas exportadoras nas regiões Sudeste e Sul, sendo 83,6% no caso das microempresas, 88,3% nas pequenas e 87,7% nas médias e grandes.

Para o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, os dados reforçam a importância dos programas voltados para diversificação do perfil das empresas exportadoras, seja no aspecto regional, seja na questão de porte.

“É nesse sentido que lançamos no ano passado a Política Nacional da Cultura Exportadora (PNCE). A ideia é justamente elevar a participação das MPEs no mercado internacional, com mais cidades de todas as regiões exportando”, afirma.

“Um ponto importante a lembrar”, destaca Alckmin, “é que as MPEs exportam predominantemente produtos manufaturados, o que aumenta a qualidade e a competitividade da pauta exportadora brasileira, que é um dos objetivos centrais da Nova Indústria Brasil”.

Fonte: “https://www.gov.br/mdic/pt-br/assuntos/noticias/2024/abril/norte-e-centro-oeste-tem-o-maior-crescimento-percentual-de-empresas-exportadoras-em-2023#:~:text=As%20regi%C3%B5es%20Norte%20e%20Centro,no%20porte%20fiscal%20das%20empresas.”

A Conversion apresenta o novo Relatório Setores do E-commerce no Brasil

Após bons desempenhos, e-commerce registra primeira queda de tráfego em 2024.

Depois dos bons resultados do fim de 2023 e janeiro deste ano, o tráfego do e-commerce seguiu a tendência esperada para fevereiro e caiu 12,3% na comparação ao mês anterior, somando 2,34 bilhões de visitas únicas. O número é 1,2% menor do que o de fevereiro de 2023, quando os acessos também haviam caído após o desempenho positivo de janeiro.

Entre os dados do relatório, vários ajudam a entender a queda.

Um deles são as retrações de alguns setores que vinham de resultados positivos desde novembro passado, como o de turismo, por exemplo, que alcançou uma marca extraordinária de 240 milhões de acessos somente no mês de janeiro deste ano. No entanto, em fevereiro, o setor sofreu uma queda significativa, perdendo quase um terço de sua magnitude (-26%) em comparação com o mês anterior.

“Depois do aquecimento na demanda do fim do ano, das férias e da volta às aulas, além do fato de fevereiro ser um mês mais curto, vemos essa já esperada queda no tráfego”, explica Diego Ivo, CEO da Conversion. “Apesar da retração, este é um momento de recuperação para o varejo como um todo, dadas as condições macroeconômicas”, completa.

O relatório divulgado pela Conversion está disponível em nossa biblioteca e pode ser acessado por meio do link a seguir:

https://radaric.correios.com.br/3d-flip-book/relatorio-setores-do-e-commerce-no-brasil-maco-dados-referentes-a-fevereiro-2024/

 

Mercadante: Carteira de crédito do BNDES cresceu R$ 35 bilhões de 2022 a 2023

A informação foi dada na tarde desta quinta-feira, 29.

A carteira de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somou R$ 515 bilhões em 2023, acréscimo de R$ 35 bilhões em relação ao ano anterior, incremento de 7,4%. A informação foi dada na tarde desta quinta-feira, 29, pelo presidente do banco de fomento, Aloizio Mercadante. O BNDES apresentará os resultados do ano passado na segunda-feira.

Mercadante comentou que diferenças metodológicas fazem com que exista, todos os anos, uma diferença no valor da carteira de crédito do BNDES reconhecida pelo Banco Central e no valor que o próprio banco de fomento contabiliza.

O BNDES divulga uma carteira um pouco maior, explicou, porque os BC não incorpora, em suas contas, as debêntures – que somaram R$ 22,9 bilhões -, o Finame na íntegra – R$ 29,7 bilhões – e residuais do BNDESPar – R$ 866 milhões. Assim, para o BC, o saldo de 2023 foi de R$ 472,1 bilhões.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/01/03/2024/economia/mercadante-carteira-de-credito-do-bndes-cresceu-r-35-bilhoes-de-2022-a-2023/”

Por que o e-commerce continuará crescendo no Brasil?

Iniciamos 2024 com excelentes previsões para o comércio eletrônico. A expectativa é de que o crescimento se mantenha num bom ritmo nos próximos anos.

Além do cenário econômico mais favorável, temos que considerar que o ambiente é propício para o digital em razão das mudanças de hábito do consumidor.

Contudo, para explorar melhor as oportunidades, as empresas devem estar atentas para responder às diferentes demandas do seu público, lembrando que, cada vez mais, as transações do físico passam pelo digital.

Neste artigo, refletimos sobre essa evolução dos negócios e os impactos no dia a dia do varejo.

Quais são as previsões para o e-commerce?

A análise sobre o crescimento do comércio eletrônico deve ser realizada com base em algumas variáveis.

Estudos globais têm indicado que as vendas online têm retornado à sua trajetória pré-Covid. Ou seja, os números não estão tão elevados como no período de fechamento das lojas físicas, mas estão num bom patamar.

Isso confirma que a adesão às compras online por um número maior de pessoas é irreversível. Os consumidores descobriram a conveniência do digital e não vão mais abrir mão das facilidades.

Analisando essa movimentação no mercado de consumo, percebe-se que o ritmo de crescimento foi reduzido nos dois últimos anos, muito mais em função das condições econômicas. Chama a atenção neste momento, por exemplo, o aumento de share do e-commerce nas vendas do varejo.

Nesse cenário, a projeção para o crescimento global até 2027 é otimista, com uma Taxa Composta de Crescimento Anual (CAGR) de 9%, mais que o dobro do aumento planejado para as lojas físicas, estimado em 4%.

Esse dado, que consta de uma pesquisa conduzida pelo Boston Consulting Group (BCG), ainda está abaixo da tendência pré-Covid (esperava-se um aumento entre 12% e 14%), mas revela que a expansão do e-commerce global deve se manter acelerada.

De acordo com o estudo, a expectativa é de que 41% das vendas totais do varejo até o ano de 2027 sejam realizadas no ambiente digital.

Intitulada “Fórmulas Vencedoras para o Crescimento do Comércio Eletrônico (Winning Formulas for E-Commerce Growth)”, a pesquisa foi realizada no segundo trimestre de 2023 e envolveu, em todo o mundo, 410 empresas de varejo e 415 empresas de bens de consumo embalados (consumer packaged goods, como bebidas, comidas, produtos de higiene pessoal, entre outros).

As perspectivas para o mercado brasileiro

Ao avaliarmos o cenário no Brasil, a situação também é bastante favorável.

Segundo levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), de 2019 até o final de 2023, as compras online registraram um aumento de 100%.

De acordo com a entidade, o crescimento exponencial foi impulsionado, entre outros fatores, pelo aumento do mobile commerce, que já representa mais de 50% das vendas online.

Outro dado importante divulgado pela ABComm: o setor de e-commerce já ultrapassou a marca de 10% das vendas totais do varejo e, para alguns segmentos, esse percentual é ainda mais expressivo, chegando a superar os 50%.

Quais mudanças de hábito merecem mais atenção?

Num período no qual o diferencial das marcas passa a se concentrar na experiência de compra proporcionada aos clientes, o investimento nas plataformas de vendas mobile first influenciam positivamente na decisão do consumidor.

E há outros fatores que têm sido determinantes para consolidar o comércio eletrônico, como fica evidente ao analisarmos as mudanças registradas no mercado de consumo no pós-pandemia.

Quando olhamos para os hábitos adquiridos pelos clientes no período de isolamento social, é fácil perceber que eles favorecem as compras online.

Um dos fatores que devem ser destacados é a questão da confiança. Com a necessidade de usar o comércio virtual, até porque não podiam recorrer às lojas físicas, as pessoas perceberam que se tratava de um ambiente seguro.

A partir daí, o hábito foi incorporado. Outro aspecto importante: a conveniência proporcionada pelo digital.

Para responder às demandas, as operações tiveram que rever suas estratégias, e uma das consequências foi o aprimoramento dos processos logísticos. Com isso, derrubou-se outra barreira do comércio eletrônico: a demora para receber o produto.

Hoje, a partir das novas metodologias adotadas na gestão dos centros de distribuição, o cliente tem diversas opções de frete, incluindo os expressos, com a entrega em poucas horas. A alternativa pode não ser válida para todos os itens disponíveis nas lojas, mas o que favorece o digital é o fato de ter ocorrido uma mudança na percepção dos clientes.

E, olhando além da compra, os consumidores também entenderam outras vantagens, como a facilidade para comparar preços e condições de pagamento entre os concorrentes, além da possibilidade de conhecer a reputação da marca e saber mais sobre as características dos produtos nos quais estão interessados.

Tanto é verdade que as pesquisas têm mostrado que, no cenário atual, dificilmente o consumidor chega à loja física sem ter realizado uma pesquisa prévia. Ou seja, o digital hoje faz parte da jornada de compra do cliente, ainda que ele não feche o negócio de forma online.

Por uma série de razões, ele ainda pode optar por ir até o ponto de venda físico da marca, mas isso não significa que ele não tenha será impactado, de alguma maneira, pela sua presença digital.

Como as empresas podem explorar melhor as oportunidades do digital?

Apesar do cenário positivo para o e-commerce, as empresas precisam estar mais bem preparadas para lidar com o público.

Para começar, esse consumidor que pesquisa mais e confere muita importância às avaliações de outros clientes é naturalmente mais exigente.

Se já tem as informações básicas sobre o produto, o que ele espera da empresa? Uma venda mais consultiva e um tipo de interação que o ajude, de forma efetiva, a tomar a sua decisão. E isso independe do canal escolhido.

É por isso que, mais do que nunca, a disputa não deve estar restrita à questão da precificação. A experiência proporcionada durante toda a jornada de compra é determinante no processo de decisão de compra.

Por essa e outras transformações que têm marcado o dia a dia do varejo, a omnicanalidade se destaca e impõe desafios às operações.

Muitas empresas se adaptaram como podiam no período da pandemia, mas agora o consumidor, mais “descolado”, exige processos mais bem ajustados às suas necessidades. E, nesse contexto, o próprio papel das lojas físicas deve ser repensado. Os estudos nessa área têm indicado que o home office, por exemplo, está consolidado para uma parcela da população, e esse é um caminho sem volta.

Parece um detalhe, mas isso altera os hábitos de compra em várias frentes. Essa pessoa organiza sua rotina de forma diferente e, com isso, não precisa mais deixar as compras apenas para o horário do almoço ou fim do dia.

E se resolver ir até a loja, espera ter um outro tipo de experiência. Afinal, praticidade e conveniência ela tem nas plataformas digitais. Nesse sentido, é fundamental que as empresas se estruturem para superar as expectativas, entendendo melhor o que fará a diferença nesse atendimento presencial.

Um dos pontos que têm se mostrado decisivo nessa relação é a necessidade de oferecer outros tipos de serviços na loja e garantir que a digitalização também esteja presente nesse ambiente.

Essa proximidade entre os ambientes físico e online é fundamental, até porque a proposta é de que a marca esteja disponível em várias frentes.

Aquele consumidor que faz a compra na loja física, por exemplo, pode elevar seu ticket médio se também for abordado, em diferentes momentos, para realizar compras online.

Este é um dos desafios do varejo quando se pensa na integração dos canais: como aproveitar o potencial de cada um para estabelecer mais proximidade entre o cliente e a marca.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/por-que-o-e-commerce-continuara-crescendo-no-brasil”

Vendas do varejo crescerão 6% nominalmente no primeiro trimestre de 2024, aponta IAV-IDV

Em meio a entrada recente no segundo mês de 2024, previsões para o varejo no primeiro trimestre começam a aparecer. O Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IAV-IDV) projetou crescimento nominal de 6% para vendas no período.

Na análise segmentada das vendas do varejo no primeiro trimestre deste ano, a expectativa positiva é geral, com poucas retrações aguardadas. Veja o resultado para cada um ao longo de janeiro, fevereiro e março:

Supermercados, hiper, alimentação, bebidas e fumo

Janeiro – +2%
Fevereiro – -0,6%
Março – +6,1%

Material de construção

Janeiro – +5,2%
Fevereiro – +7%
Março – +7%

Artigos de uso pessoal e doméstico

Janeiro – +11,8%
Fevereiro – +13,3%
Março – +12,7%

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos

Janeiro – +13,2%
Fevereiro – +17,9%
Março – +10,1%

Móveis e eletrodomésticos

Janeiro – +3%
Fevereiro – +2,4%
Março – +3,8%

Tecidos, vestuário e calçados

Janeiro – +1,5%
Fevereiro – +4,6%
Março – +6%

Análise individual do trimestre

De acordo com o levantamento, o índice nominal, que considera a participação das atividades no volume total de vendas do varejo, o aumento também é visto na análise individual dos meses. Vale lembrar que neste retrospecto temos datas comerciais como Carnaval e Páscoa movimentando o cenário.

A previsão para janeiro, fevereiro e março é de crescimentos de 3,3%, 3% e 4,7%, respectivamente. No entanto, com ajuste do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os dois primeiros meses mostram retração de 1,2% e 1,3%, nesta ordem. Em março, a alta real esperada é de 0,8%.

O IAD-IDV é realizado com base em dados fornecidos por associados quanto às expectativas individuais para faturamento no trimestre em questão.

Fonte: “Vendas do varejo crescerão 6% nominalmente no primeiro trimestre de 2024, aponta IAV-IDV – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

 

Recuperação judicial da Americanas afetou ao menos 371 atividades econômicas

Há um ano, a empresa recorreu à Justiça após vir à tona uma fraude contábil que resultou em R$ 42,5 bilhões em dívidas.

A crise da Americanas afetou de gigantes do setor bancário a microempresas. Ao menos, 371 atividades econômicas listadas em 19 das 21 seções da Cnae (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) sofreram impactos com o pedido de recuperação judicial da rede varejista.

Há um ano, a empresa recorreu à Justiça após vir à tona uma fraude contábil que resultou em R$ 42,5 bilhões em dívidas.

Entre quem tem dinheiro a receber da empresa há 36 bancos e instituições financeiras, que juntos concentram 83,4% do total do crédito. No entanto, 3.607 micro e pequenas empresas constam da lista de credores, além de mais de 5.000 médias e grandes empresas.

A Folha extraiu esses dados da lista de credores do plano de recuperação judicial, divulgado em junho. Depois, cruzou-a com o CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) da Receita Federal, que menciona a atividade econômica exercida pela empresa.

“Edição de livros”, por exemplo, é uma atividade econômica listada na seção “informação e comunicação”. “Fabricação de vinho” fica na categoria maior “indústria de transformação”, e “serviços advocatícios”, em “atividades profissionais, científicas e técnicas”.

Na lista de credores, há desde fornecedores de doces (indústria alimentícia), passando por farmácias de manipulação e transportadoras de todos os portes e até dois dentistas.

O critério para validação da assembleia que aprovou o plano de recuperação judicial da Americanas, entretanto, desconsiderava essa diversidade. Requeria que os credores participantes deveriam representar 50,01% da dívida. Participaram da assembleia de dezembro 2.041, das quais 1.860 aprovaram o plano.

A principal frente de negociação aberta pela Americanas foi com as instituições financeiras. Ainda no fim de novembro, a empresa anunciou que havia fechado acordo com Bradesco, BTG Pactual, Itaú e Santander, que detêm 35% da dívida.

Os credores que tinham a opção de comprar parte das ações a um preço predefinido (stock option) ainda receberam uma sinalização da Americanas: R$ 12 bilhões em ações.

As mais de 3.600 pequenas e micro, por sua vez, ficam em um grupo próprio de credores e recebem tratamento favorecido, desde reforma na Lei de Recuperação Judicial de 2014.

Segundo o plano proposto pela Americanas, não haverá desconto para esse conjunto, e o pagamento será feito em até 30 dias após a homologação.

As médias e grandes empresas de outros setores, porém, ficaram espremidas nesse jogo de preferências e foram as menos consideradas no plano final, de acordo com o professor da Faculdade de Direito da USP Carlos Pagano, especialista em direito comercial.

“Esses negócios também têm um grande volume de funcionários e estão mais vulneráveis ao baque de um calote da Americanas do que um grande banco, que tem ativos mais diversificados”, diz Pagano.

“Os próprios credores podem ser levados a uma situação de recuperação judicial e dispensa em massa de funcionários por essa situação”, afirma.

Procurada pela Folha, a Americanas diz que a proposta, aprovada em primeira convocação de assembleia de credores, com 91,14% de adesão entre os votantes e 97,19% em volume de dívida, demonstra que o plano de recuperação judicial é factível e bem aceito entre as partes.

“Os esforços dos acionistas de referência, com a injeção de capital de R$ 12 bilhões, e as amplas discussões com credores permitiram a criação da cláusula para ‘Credor Fornecedor Colaborador’, com a destinação de R$ 4 bilhões para atendê-los e priorização de pagamentos ao fornecedor que estiver de acordo com os termos”, diz a empresa.

Os fornecedores colaboradores, entretanto, tinham de aceitar as condições propostas pelas Americanas e continuar abastecendo a empresa, após o escândalo contábil. A cláusula apresentada em março indicava que os interessados deveriam voltar a trabalhar com a varejista até abril para não ter deságio.

As empresas de tecnologia listadas entre os credores também receberam condições especiais no plano.

A Americanas ainda cita que os quirografários –credores sem garantia real–, credores de quantias de até R$ 12 mil ou com valores acima, mas que aceitem receber R$ 12 mil pelo pagamento de seus créditos, serão pagos em parcela única no prazo de até 30 dias após a homologação do plano.

A varejista deve mais de R$ 12 mil a 2.676 credores considerados quirografários.

Além disso, algumas das 371 atividades econômicas afetadas pela recuperação judicial da Americanas ficaram sem tratamento especial.

Essenciais para um negócio que atende todo o país, as transportadoras, por exemplo, ainda estão sem garantias. Dessas empresas, 17 têm débitos a receber da varejista acima dos R$ 100 mil e são consideradas quirografárias.

A maior dívida ultrapassa os R$ 2,5 milhões e se refere à Bertolini Transportes. Uma das maiores transportadoras do país, a empresa afirma, em nota enviada à reportagem, que teve capacidade de absorver o prejuízo em meio aos seus ativos que somam R$ 40 bilhões, mas chamou a dívida de expressiva.

A Bertolini Transportes se absteve de participar da assembleia de credores por considerar que “não contribuiria em nada” na aprovação da proposta, “quando comparada à participação das instituições financeiras”.

“É muito triste que as transportadoras, de modo geral, e que são responsáveis pelo transporte e logística de toda a carga que mantém a atividade comercial da Americanas, tenham sido prejudicadas pela má gestão dos administradores dessa sociedade”, afirma o fundador da Bertolini, Irani Bertolini, que também preside a Fetramaz (Federação das Empresas de Logística, Transporte e Agenciamento de Cargas da Amazônia).

A pressão sob os fornecedores e transportadores por preços mais baixos e para protelar pagamentos eram centrais ao modelo de negócios da Americanas.

A varejista recorria a uma operação chamada risco sacado, em que conseguia crédito bancário para antecipar pagamentos a fornecedores e abaixar o preço final.

Ainda em janeiro, quando foram anunciadas as inconsistências contábeis, os antigos donos da Forte Minas Logística e Transporte afirmaram à BBC News Brasil que foram à falência em 2021, após a Americanas não pagar por R$ 7 milhões em serviços prestados. A varejista, que respondia por 85% das receitas da transportadora, nega a dívida.

O escândalo das Americanas eclodiu quando a gigante do varejo foi incapaz de acertar as contas com os bancos. Assim, ficou evidente a situação incompatível com os balanços apresentados pela empresa. Isso porque a Americanas não registrava as operações de risco sacado como dívida.

A atual gestão da varejista afirma que essa manobra contábil acobertou uma fraude de R$ 20 bilhões por parte de antigos gestores para maquiar resultados e aumentar ganhos próprios –os acusados negam.

Pagano, da USP, lembra que a dívida da varejista vale cerca de 0,5% do PIB do Brasil. “Com a fraude da Americanas, é como se esse montante fosse subtraído da economia do país.”

“Isso tem efeitos muito reais sobre a economia: outras empresas fecham; pessoas são demitidas; os bancos cobram mais juros em empréstimos após um golpe dessa dimensão”, diz.

Para o professor, as empresas menores são incapazes de se defender de crises do sistema financeiro –seus gestores não têm tempo para considerar esses desastres. “É essencial ter um regulador muito forte e proativo que identifique e previna as fraudes e aplique punições muito severas.”

No caso da Americanas, autoridades ainda não chegaram a uma lista de culpados pelo rombo de quase R$ 42,5 bilhões. A CPI (comissão parlamentar de inquérito) instaurada para investigar o caso disse apenas que as provas indicaram a participação de ex-executivos e ex-diretores.

A CPI deixou como legado quatro propostas de leis contra corrupção corporativa.

Uma delas cria o crime da infidelidade patrimonial, definido como o abuso dos poderes de administração de um patrimônio alheio, com o fim de obter vantagem mediante infração do dever de salvaguarda, causando prejuízo ao patrimônio administrado.

Pelos indícios disponíveis, essa descrição se enquadra no que ocorreu na Americanas, mas, por enquanto, não há crime nem culpado.

Fonte: “Recuperação judicial da Americanas afetou ao menos 371 atividades econômicas – Jornal de Brasília (jornaldebrasilia.com.br)

AliExpress, Shein e mais: governo vê queda nas importações de até US$ 50 e analisa taxação

O programa Remessa Conforme tem mudado os hábitos de compras internacionais do brasileiro e o governo identificou uma queda nas importações após a cobrança de ICMS em remessas de pequeno valor.

Por isso, técnicos do Ministério da Fazenda recomendaram “cautela” na taxação federal de compras abaixo dos US$ 50, algo muito desejado por varejistas brasileiras. O diagnóstico preliminar indica uma queda consistente tanto no volume quanto no faturamento de produtos importados.

O Remessa Conforme também tem feito os consumidores começarem a comprar esses mesmos produtos no mercado nacional. Por isso, uma taxação das compras de até US$ 50 pode interferir na regularização de plataformas estrangeiras, uma vez que elas estão vendo suas vendas caírem.

Comentando o assunto para a Folha, um interlocutor do governo disse que a administração precisa ter cautela, uma vez que as plataformas internacionais agora devem ser encaradas como contribuintes.

“Atualmente, AliExpress, Shein, Shoppe e outras recolhem o imposto no ato da compra. Para encomendas de pequeno valor, é cobrado 17% de ICMS e remessas que ultrapassem os US$ 50 pagam 17% + 60% de taxação federal.”

Para os técnicos da Fazenda, a cobrança do ICMS já está sendo suficiente para afastar o consumidor de produtos importados de baixo valor. Por isso, a cobrança de uma taxa federal de 20% deveria ser descartada.

Outro argumento usado para manter “as coisas como estão” envolve o cruzamento de dados, que revelou que todas as encomendas declaradas são fidedignas. Ou seja, a prática do subfaturamento acabou.

Além disso, muitos varejistas chineses estão levando produtos brasileiros para o exterior nos aviões que trazem as encomendas da China, algo que começou a se tornar comum após o Remessa Conforme.

Logo, a recomendação dos técnicos é de muito cuidado para que uma taxação excessiva não “estrague” as conquistas obtidas com o Remessa Conforme.

Fonte: “AliExpress, Shein e mais: governo vê queda nas importações de até US$ 50 e analisa taxação – TudoCelular.com

Intenção de consumo já é maior do que a de 2023, aponta CNC

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apresentou uma queda de 0,5% em janeiro, marcando o segundo resultado negativo consecutivo após ajustes sazonais. Ainda assim, o índice manteve-se acima dos 100 pontos — na comparação anual, houve um aumento significativo de 12,8%.

Para este ano, a A Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê expansão da economia brasileira em 1,7%. Ainda em 2024, a expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 3%, o mesmo percentual de 2022

Preocupações com emprego e endividamento afetam consumo atual

Apesar da melhoria na satisfação geral, a preocupação com emprego e endividamento continua impactando o consumo. De acordo com a CNC, o subindicador que avalia a satisfação com o emprego atual registrou uma redução de 0,3%, atingindo 127,7 pontos. A incerteza em relação à efetivação de empregos temporários de final de ano contribui para esse cenário.

Contudo, a satisfação com a perspectiva profissional, apesar de estar na zona positiva com 117,7 pontos, apresentou uma queda de 1% este mês, mantendo-se 7,4% acima do mesmo período do ano passado.

Presidente da CNC expressa otimismo, apesar dos desafios

José Roberto Tadros, presidente da CNC, destaca que o consumo das famílias está em recuperação, mas reconhece desafios a serem superados.

Ele expressa a expectativa de um cenário econômico em constante melhoria nos próximos meses, contribuindo para um crescimento mais robusto do consumo em 2024.

Desaceleração da inflação e queda da Selic = poder de compra

A desaceleração da inflação desde setembro e a redução da taxa básica de juros (Selic) — de 13,75% para 11,75% ao ano entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023 — melhoraram a percepção das famílias sobre a renda atual.

O indicador atingiu 124 pontos, o mais alto desde março de 2015. A impressão sobre o momento para comprar bens duráveis também melhorou, alcançando 74,3 pontos em janeiro.

Consumidor mostra controle no orçamento, mas mantém otimismo para o futuro

O subindicador que mede o nível de consumo atual ficou em 92,4 pontos em janeiro, indicando insatisfação, com uma queda mensal de 0,7%. No entanto, em comparação com janeiro do ano passado, houve um aumento significativo de 18,1%.

Apesar dos desafios iniciais do ano, a perspectiva de consumo futuro permanece positiva, com o indicador atingindo 109,8 pontos em janeiro, superando a neutralidade.

Famílias de menor renda demonstram cautela, enquanto as mais ricas mantêm satisfação

A queda na intenção de consumir em janeiro foi mais pronunciada entre as famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos, registrando uma redução de 0,8%. Em contraste, as famílias com renda mais alta apresentaram um aumento de 0,4%.

Vale destacar que subindicador que mede a perspectiva de consumo futuro reflete essa discrepância, com 107,5 pontos para famílias de menor renda e 121,8 pontos às mais ricas.

Apesar da queda recente, as famílias de menor renda mantêm-se satisfeitas com suas expectativas de consumo desde julho de 2023, enquanto as mais ricas expressam satisfação desde novembro de 2022.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/intencao-de-consumo-ja-e-maior-do-que-a-de-2023-aponta-cnc”