Fretes da Shopee e Shein mais caros: Como tensões no Mar Vermelho podem impactar os produtos da China

As tensões no Mar Vermelho continuam gerando temores de economistas e especialistas. A preocupação é que os ataques aos navios na região gere um nó logístico, fazendo com que fretes de compras internacionais fiquem mais caros. No caso do Brasil, as compras de produtos chineses podem ser atingidas.

O Oriente Médio vem sendo impactado pelo Houthi. O grupo rebelde realiza ataques a navios estrangeiros, especialmente estadunidenses e ingleses, que seguem em direção a Israel ou que possuam cargas do país, devido ao conflito entre o país e o grupo Hamas.

Uma consequência já sentida é a mudança de rotas realizadas feitas pelas transportadoras. Ao invés de seguir pelo Estreito de Bab Al-Mandab, os navios seguem pela África Austral e adicionam dias e custos às viagens realizadas.

De acordo com dados do WCI (Índice Mundial de Contêineres, na tradução do inglês), o preço médio para o transporte de 1 contêiner saltou de US$ 1.520, em meados de dezembro, para US$ 3.070 em janeiro.

Consumidor brasileiro irá sentir o impacto
Apesar de não ser a principal rota utilizada pelo Brasil, o país também transporta produtos pelo Mar Vermelho.

As exportações de carne que seguem para os países do Oriente Médio são exemplos de uma categoria importante que passa pelo Canal de Suez, que liga os mares Vermelho e Mediterrâneo, e é afetada pelo conflito.

Além disso, as importações de produtos que vêm da China em direção ao Brasil também serão impactados.

Para Igor Lucena, economista, empresário e doutor em Relações Internacionais na Universidade de Lisboa, o país poderá sentir o aumento nos custos de diversos produtos, desde peças que chegam da China até produtos mais comuns, comercializados em gigantes como Shopee e Shein.

Igor afirma que, por conta da demora e dos custos enfrentados pelas empresas marítimas, isso será repassado ao consumidor final. Economias mais desenvolvidas, como os Estados Unidos, já estão sentindo os efeitos, com transportadoras reajustando e repassando os custos.

O especialista afirma ainda que pode demorar até o final do ano para que a situação de preços seja normalizada.

O petróleo, que diariamente apresenta mudanças no preço do barril, também poderá ser afetado por conta dos episódios de conflitos.

O economista afirma que, aqui no Brasil, o grande questionamento é se a Petrobras (PETR4) conseguirá absorver o aumento nos preços dos barris e manter o preço de derivados, como gasolina e diesel, ou se irá repassar aos consumidores.

‘https://www.moneytimes.com.br/frete-da-shopee-e-shein-mais-caro-como-tensoes-no-mar-vermelho-podem-impactar-os-produtos-da-china/

Crise no Oriente Médio afetará logística no Brasil

Expectativa de analistas do setor é que os principais efeitos comecem a ser percebidos a partir de fevereiro, inicialmente com uma alta nos preços dos fretes.

Os conflitos no Oriente Médio impactam as rotas marítimas globais e voltam a pressionar os fretes da navegação. No Brasil, a expectativa é que os principais efeitos comecem a ser percebidos a partir de fevereiro, segundo analistas do setor. Entre as preocupações do mercado que poderão afetar o país estão a alta dos fretes, atrasos na chegada dos navios e a falta de contêineres.

A crise já afeta a economia global – a Tesla vai fechar sua fábrica na Alemanha por duas semanas e a Volvo parou por três dias na Bélgica por falta de peças -, só deverão ser sentidos no Brasil a partir de fevereiro, inicialmente com uma alta nos preços dos fretes, mas também com falta de contêineres e atrasos de navios se a crise se agravar.

Hoje, entre 25% e 30% das importações brasileiras da Ásia vêm via Europa – pelo Canal de Suez. “Essa rota vai ter impacto no preço, porque o frete da Ásia para a Europa aumentou, hoje está em US$ 6 mil por contêiner. E quem fazia a rota da Ásia via Europa vai querer migrar para a rota direta ao Brasil, o que também eleva o preço”, diz Rafael Dantas, diretor da Asia Shipping.

A crise começou no fim de 2023, quando rebeldes Houthi, do Iêmen, começaram a atacar navios no Mar Vermelho, em resposta ao conflito entre Israel e Hamas, em Gaza. Os ataques impactam diretamente o acesso ao Canal de Suez e têm levado empresas de navegação a desviar os navios que vão para Europa e Estados Unidos para uma rota alternativa, pelo sul da África – trajeto mais demorado e caro.

O temor de uma escalada do conflito aumentou desde quinta-feira (11), após ataques aéreos dos Estados Unidos e do Reino Unido contra bases dos rebeldes no Iêmen. Em resposta, o grupo prometeu intensificar a ofensiva contra os navios. “Isso trouxe impacto ainda maior porque navios petroleiros e cargueiros que ainda tinham esperança de passar por Suez desviaram”, diz Rafael Dantas, diretor comercial da empresa de logística Asia Shipping.

As rotas da Ásia para a Europa e os Estados Unidos já vivem uma disparada de preços desde dezembro do ano passado. No Brasil esse efeito ainda é pequeno. Os fretes de importação da China para o Brasil estão hoje em torno de US$ 3.500 por contêiner, segundo fontes do mercado. Trata-se de um patamar acima dos preços de 2023, mas muito abaixo do pico registrado durante o auge da pandemia, em que os valores de fretes da Ásia superaram os US$ 10.000 por contêiner.

“No Brasil, o impacto que existe hoje é da carga de exportação que está indo ao Oriente Médio e que vai sofrer atraso na chegada, porque os navios estão tomando caminhos alternativos. São cargas de proteína animal, açúcar. Mas na importação ainda não há efeitos por conta dos conflitos. Eles serão sentidos em três, quatro semanas caso o problema continue”, afirma Luigi Ferrini, vice-presidente sênior da Hapag Lloyd no Brasil. Para ele, o patamar atual dos fretes de importação da Ásia acima do nível de 2023 reflete a maior demanda por conta do feriado do Ano Novo chinês em fevereiro – que todo ano gera uma antecipação das cargas nas semanas anteriores.

“Vamos sentir os efeitos em 3, 4 semanas se o conflito durar”
— Luigi Ferrini

A previsão do mercado é que haverá efeitos maiores no país nas próximas semanas. O principal impacto deverá se dar nas rotas vindas da Ásia. Hoje, entre 25% e 30% das importações asiáticas que vêm ao Brasil passam pela Europa (e por Suez), segundo Dantas, da Asia Shipping.

“Essa rota vai ter impacto no preço, porque o frete da Ásia para a Europa aumentou, hoje está em US$ 6.000 por contêiner. E quem fazia a rota da Ásia via Europa vai querer migrar para a rota direta ao Brasil, o que também eleva o preço”, afirma. Além disso, ele prevê o atraso na chegada dos navios, porque a rota alternativa a Suez, pelo Sul da África, demora mais dias. “O primeiro efeito que o Brasil vai sentir é o preço, mas os problemas operacionais ainda vão ocorrer. A previsão é que cheguem por volta de fevereiro, março”, diz.

Outra grande preocupação é a falta de contêineres, que deverão ficar “presos” nos navios em trânsito por mais tempo. “Quando há um cenário de escassez de contêineres no mundo, as empresas de navegação privilegiam os serviços da Europa e dos EUA. O Brasil vai ser mais prejudicado”, afirma Mario Veraldo, presidente da empresa de logística MTM Logix.

Para ele, outro impacto previsto é o congestionamento nos portos europeus, o que também pode gerar um efeito para a logística global como um todo.

Apesar da preocupação, não há expectativa no mercado de que a crise chegue ao nível visto durante a pandemia. “Os fretes não devem voltar a esse patamar”, afirma Ferrini. “A situação é muito diferente, durante a pandemia a crise era muito maior, os problemas começavam dentro dos países e impactavam o comércio marítimo. Além disso, hoje há mais capacidade do que naquele momento, as linhas dos armadores estão mais flexíveis do que estavam há quatro anos”, diz Veraldo.

No entanto, ainda há um cenário de incerteza sobre qual será a duração e a extensão da crise. “Tudo vai depender das intervenções que serão feitas na região. Se houver um conflito de guerra vai haver pressão”, diz Ferrini.

Na avaliação de Veraldo, o melhor cenário para a logística global é a resolução diplomática dos conflitos, caminho que considera o mais provável hoje. Ainda assim, ele avalia que 2024 tende a ser um ano de fretes mais elevados. “Trabalhamos com o cenário de volta à normalidade até o verão do Hemisfério Norte. Deveremos ter um primeiro semestre de fretes mais altos. E no segundo semestre uma acomodação, mas sem uma grande redução de preços, porque é a temporada de reposição dos estoques.”

‘https://valor.globo.com/empresas/noticia/2024/01/15/crise-no-oriente-medio-deve-afetar-logistica-no-brasil.ghtml

Com digitalização, setor de logística deve liderar crescimento em 2024

Para especialista, empresas do setor devem investir em ecnologia, desenvolvimento de produto, competência humana e análises preditivas.

O setor de logística é um dos que mais cresce no Brasil. Com a previsão de crescimento da economia brasileira para 2024, a expectativa é que este mercado acelere ainda mais. De acordo com a projeção da Transparency Market Research, o mercado de logística mundial deve atingir US$ 15,273 bilhões até 2027. Já no Brasil, o setor pode crescer mais 50% até 2024, segundo o levantamento feito pela MCC-ENET.

Entretanto, Walker Batista, Sócio e Diretor de Modelagem e Inovação da Linear Softwares Matemáticos, destaca que a baixa maturidade digital das empresas do setor e o gerenciamento ineficiente do grande volume de dados gerados por essas companhias ainda serão desafios pertinentes para o avanço neste ano. Por outro lado, abre oportunidades para as empresas avançarem seus planos de transformação digital. Para ele, alguns desafios desse mercado podem ser minimizados e até mesmo erradicados com o uso da tecnologia, como o uso de soluções matemáticas.

‘’Em 2023 observamos importantes passos sendo dados em relação a inteligência generativa e digitalização de processos empresariais. Porém, quando o assunto é a inteligência de dados e a gestão eficiente desses ativos, sobretudo na cadeia logística, ainda temos um longo caminho pela frente’’, ressalta.

Na visão de Batista, o setor deve investir de forma significativa em quatro itens básicos: tecnologia, desenvolvimento de produto, competência humana e análises preditivas. “A tecnologia é um ponto que pode e deve unir esses quatro pontos, já que ela permite otimizar processos, oferecer versatilidade, mais agilidade e principalmente maior competitividade’’, explica.

Análise preditiva impulsionará o lucro em 2024
A análise preditiva é um ramo da análise avançada que faz previsões sobre resultados futuros usando dados históricos combinados com modelagem estatística, técnicas de mineração de dados e machine learning, e é uma ferramenta poderosa para orientar a tomada de decisões gerenciais em diversas etapas e áreas de um negócio, como: estabelecer a rota mais barata e mais rápida, decidir o modal de transporte, calcular o espaço necessário para estocar, transportar produtos e até mesmo para estabelecer estratégias que diminuam a emissão de poluentes. Batista destaca que trata-se de uma aliada crucial para potencializar lucros, diminuir perdas e projetar de forma eficiente direcionamentos e novos investimentos para a cadeia logística.

‘’Quando inserimos esse processo de dados em estratégias de logística, conseguimos prever problemas e antecipar soluções antes mesmo que eles surjam. Essa análise avançada é crucial para estabelecer rotas e modais de transporte, gastos com deslocamento de carga, diminuição da taxa de ruptura e diversos outros fatores que impactam diretamente no faturamento e lucro de um negócio’’, detalha o executivo.

Expectativas para o setor
Segundo o estudo Own Your Transformation, do IMB IBV (Institute for Business Value), 67% dos líderes brasileiros de supply chain consideram a infraestrutura de tecnologia como o principal desafio das empresas nos próximos dois a três anos. Esse percentual é o maior entre os mais de 35 países que participaram da pesquisa.

‘’Os números do mercado demonstram que ainda existe um longo caminho até a total adesão de tecnologias que de fato são meticulosamente projetadas para otimizar processos complexos de supply chain. Não é incomum vermos grandes empresas com inúmeros processos de gerenciamento de dados manuais, o que acaba ocasionando em inúmeras perdas facilmente evitáveis com uma solução robusta de gerenciamento’’, analisa o diretor de modelagem e inovação.

Com maior percentual de crescimento do PIB, alta projeção de crescimento do setor de logística e espaço mercadológico para crescer, a expectativa é que em 2024 o mercado de supply chain injete ainda mais investimentos em tecnologia, justamente para preservar sua cadeia de produção.

‘’Embora o Brasil ainda tenha um índice médio de maturidade digital empresarial, pudemos observar uma maior procura e priorização do uso de tecnologia nesses projetos. A expectativa, é que em 2024 o setor cresça ainda mais com o auxílio de soluções matemáticas para orientar a tomada de decisões, empoderando seus usuários no gerenciamento de seus negócios’, finaliza Batista.
‘https://itforum.com.br/noticias/setor-de-logistica-crescimento-2024/

Brasileiro gasta menos no Natal e varejo tem data mais fraca dos últimos 3 anos

Dados da Serasa Experian que acompanham o varejo físico mostraram retração de 1,4%.

As previsões para um Natal mais aquecido em 2023 não se confirmaram. Varejistas esperavam um aumento nas vendas este ano, após o fracasso da Black Friday em novembro. No entanto, dados da Serasa Experian divulgados nesta terça-feira (26) apontam que a data comemorativa foi a mais fraca dos últimos três anos para o varejo.

Segundo o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, durante a semana do feriado, entre os dias 18 e 24 de dezembro, as vendas do varejo físico apresentaram uma queda de 1,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. Foi o pior desempenho desde 2020, quando as vendas despencaram 10,3%, em meio à pandemia de covid-19.

“Com a inadimplência marcando números recordes este ano, a prioridade dos consumidores foi a reestruturação financeira ao optarem por utilizar o 13° salário para o pagamento e renegociação de dívidas, deixando as compras e presentes de Natal em segundo plano”, diz Luiz Rabo, economista-sênior da Serasa Experian, no relatório do levantamento.

No final de semana do Natal, entre os dias 22 e 24, a queda das vendas foi ainda mais maior, recuando 10,7% em relação ao mesmo período do último ano. De acordo com Rabi, o fato do dia 24 ter sido um domingo pode ter influenciado a baixa no final de semana, já que é o dia mais fraco para o comércio.
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Em São Paulo, as vendas natalinas do varejo físico também não engataram, recuando 1,2% no semana que antecede a data comemorativa, e caindo 9,6% no final de semana imediatamente anterior ao Natal.
‘https://investnews.com.br/economia/brasileiro-gasta-menos-no-natal-e-varejo-tem-data-mais-fraca-dos-ultimos-3-anos/

O Natal ‘gordo’ do varejo: vendas saltam na comparação com 2022, segundo a Rede

O comércio ganhou um presente de Natal neste dezembro. O faturamento do varejo nas duas primeiras semanas de mês saltou 14% na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo a Rede, empresa de “maquininhas” e outros meios de pagamentos do Itaú Unibanco.

Segundo os dados, houve avanço de 11% no comércio físico e de 26% no e-commerce. O número de transações também cresceu, avançando 16% — sendo um alta de 13% nas transações físicas e de 27% no varejo online.

O tíquete médio das compras foi de R$ 91,83, sendo que no e-commerce o valor ficou em R$ 79,70, e no físico, em R$ 96,24. Como de praxe, os setores que puxam a alta são relacionados às festas de fim de ano e às férias de janeiro: hotelaria (crescimento 35,2%), lojas de departamento (30,7%), alimentos especializados (30,2%), decoração e eletrodomésticos (25,4%) e companhias aéreas (20,8%).

A Rede analisou as vendas realizadas entre 1º e 17 de dezembro.

‘https://oglobo.globo.com/blogs/capital/post/2023/12/o-natal-gordo-do-varejo-vendas-saltam-na-comparacao-com-2022-segundo-a-rede.ghtml

Abecs estima R$ 43 bilhões movimentados por compras no Natal

A movimentação das compras durante o Natal deve chegar a R$ 43 bilhões, com 36% do público com intenção de superar os gastos de 2022. Os dados são de um levantamento da Abecs, associação representante do setor de meios eletrônicos de pagamentos, com o Instituto Datafolha.

Com gasto médio de R$ 418 esperado para cada compra de Natal, a pesquisa da Abecs traz ainda que 27% do público quer gastar a mesma quantia do ano passado. Por outro lado, 32% pretendem gastar menos nos presentes deste ano.

De acordo com Ricardo de Barros, vice-presidente executivo da Abecs, a intenção de compra por parte do consumidor alcança seis em cada 10 brasileiros.

“O levantamento da Abecs mostra que 63% da população têm intenção de comprar presente no Natal, que é, sem dúvida, uma das datas mais importantes para o comércio”, explica.

Veja, abaixo, alguns dos segmentos analisados pela Abecs na pesquisa sobre o Natal:

Público
Dentro do recorte por faixa etária, 78% da população mais jovem (18 a 24 anos) afirmam que vão comprar algo de Natal. Em seguida, ficam usuários entre 25 e 44 anos (72%), 35 a 44 anos (64%), 45 a 59 anos (60%) e mais de 60 anos (48%).

Os mais jovens também são os mais dispostos a aumentar o gasto neste ano com relação ao Natal do ano passado, com 46% (resultado acima da média nacional). Os consumidores com idade entre 35 e 44 e de 45 a 59 ficam logo atrás, com 35%. Dentro do grupo com mais de 60 anos, 33% planejam gastar mais em 2023. O menor resultado (31%) é daqueles entre 25 e 34 anos.

Entre homens e mulhers, 67% do primeiro grupo planejam comprar presentes neste Natal e 59% do outro. Além disso, 37% da população masculina pretende gastar mais do que em 2022, enquanto 34% das mulheres responderam a mesma questão de forma afirmativa.

Por classe econômica, as classes A/B lideraram com 76% de intenção de compra, seguidos das classes C (62%) e D/E (53%). No valor a ser desembolsado, todas as faixas pretendem desembolsar quantias maiores neste ano: A/B (38%), C (35%) e D/E (34%).

Meios de pagamento
Apesar da ascensão do Pix em 2023, o cartão de crédito ainda é o modelo preferido dos consumidores para pagar as compras (38%). Entre os entrevistados da Abecs, 74% afirmam ter a intenção de parcelar sua compra.

O dinheiro em espécie fica em segundo lugar (35%), seguido por Pix (29%), cartão de débito (23%), boleto bancário (2%) e cartão de loja (1%).

Gasto
O público masculino pretende gastar, em média, R$ 451 com presente de Natal, enquanto o valor para as mulheres fica em R$ 383.

Entre as faixas etárias, as pessoas com idade entre 45 e 59 anos afirmam que pretendem gastar R$ 531. O ranking conta ainda com públicos entre 35 e 44 anos (R$ 436), 25 a 34 anos (R$ 399), acima de 60 anos (R$ 342) e 18 a 24 anos (R$ 330).

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/abecs-estima-r-43-bilhoes-movimentados-por-compras-no-natal

Vendas online já são mais de 40% do faturamento dos pequenos negócios, revela pesquisa

Estudo do Sebrae mostra principais tendências em 2023 no e-commerce, setor que reúne 22,5 milhões de empreendedores de todas as regiões do Brasil.

A venda de produtos e serviços pela internet e por aplicativos avança rapidamente no setor dos pequenos negócios. O comércio eletrônico já representa, em média, mais de 40% do faturamento dos pequenos negócios no Brasil, segundo pesquisa do Sebrae, realizada entre julho e setembro de 2023, obtida com exclusividade.

No setor, estão microempresas, Empresas de Pequeno Porte (EPP) e Microempreendedores Individuais (MEI), que somam 22,5 milhões de unidades e representam 30% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

A seguir, outros achados da nova pesquisa, cuja amostra teve 6.247 entrevistados em todo o país.

Faturamento online em alta – Entre os empreendedores que realizam vendas por meio de canais digitais, há uma parcela significativa de 26% de empresas cuja receita total está acima de 60% no comércio virtual.

Economia criativa na liderança – O peso das plataformas digitais é maior na receita total da economia criativa, conhecido pela atuação em áreas como moda, tecnologia e cultura: 55% das empresas já tem mais de 40% de seu faturamento online. Logo depois, vêm a logística e transporte, o artesanato e o turismo, empatados com 49% cada.

WhatsApp melhor para vendas – O levantamento aponta que as plataforma mais usada para fazer negócio é o WhatsApp (56%). Na sequência, entram Instagram (43%), Facebook (23%), site próprio (12%) e marketplaces (11%).

Marketplaces pouco explorados – Equivalentes a um shopping center na internet, os marketplaces detêm fatias pequenas, quando considerados separadamente: Mercado Livre (4%), IFood, GetNinjas ou outros aplicativos (3%) e OLX (2%), além de Magalu e Amazon (1% cada).

Instagram bombando – 73% dos pequenos negócios têm perfis nas redes sociais. O compartilhamento de fotos e vídeos serve para divulgar seus produtos e atrair novos clientes. Instagram é o mais popular, com 64% das preferências, seguido por Facebook (41%), LinkedIn (6%), TikTok (3%), Youtube (2%), X (antigo Twitter, com 2%) e Kwai (1%).

Categorias mais atuantes – O ranking dos segmentos com maior presença nas redes sociais ficou assim: beleza (83%), indústria alimentícia (82%), economia criativa (79%), petshops (75%) e artesanato, educação e moda (72%).

Muito espaço para crescer – Aproximadamente 30% das micro e pequenas empresas, em especial nos setores mais tradicionais, ainda não digitalizaram seu modelo de negócio, e não realizam vendas digitais, sendo que 27 % não possuem perfil ou página em nenhuma rede social.

Análise: as novas vitrines do comércio

Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, o resultado da pesquisa mostra avanços: “O mundo digital revolucionou a forma de fazer negócio”. Dessa maneira, as redes sociais são agora as novas vitrines e se tornaram poderosos canais de comunicação com o cliente.

“Hoje, é possível mostrar os bastidores do negócio, os valores da empresa, o posicionamento da marca, entre outras informações. O ambiente digital não é só um espaço para divulgar promoções”, analisa o dirigente. “Por isso é fundamental estar sempre atualizado e ter um planejamento de longo prazo para ampliar a presença digital da empresa.”

Décio Lima explica que há uma mudança em curso no capitalismo, “que abandona a Revolução Industrial, o modelo fordista, onde poucos enriquecem à custa de muitos, e pulveriza os meios de produção”.

A presença digital se tornou essencial para as empresas de todos os portes e segmentos, principalmente os pequenos negócios. “Nosso esforço tem sido de contribuir para que os donos de micro e pequenas empresas consigam digitalizar seu negócio, ampliando as possibilidades de mercado”, acrescenta o presidente do Sebrae.

Com o título de “Transformação Digital nos Pequenos Negócios 2023″, o estudo foi elaborado pela Unidade de Gestão Estratégica e Inteligência do Sebrae Nacional, com apoio da Diretoria Técnica e da Unidade de Soluções da instituição.

Guia em sete passos para aumentar as vendas online

Confira orientações básicas elaboradas pelo Sebrae, para o sucesso dos pequenos negócios no varejo online, aqui resumidas:

1. Conheça seu público e crie sua persona

Compreenda o que os seus clientes ideais têm como necessidades, dores, interesses e desejos. Assim, mais direcionada e assertiva pode ser sua estratégia de marketing digital. Busque conhecer as características, o perfil pessoal e profissional e os gostos para estabelecer uma conexão com os consumidores que realmente fazem sentido para o seu negócio.

2. Tenha um site

Um site é essencial para apresentar o que você vende de forma organizada e profissional. Criar um blog logo de início pode ser alternativa para quem não pode investir em um domínio. O ideal é ter um site que hospede o blog, com integração entre os dois. O blog é muito útil na criação de conteúdo de valor para o público-alvo, além de essencial na construção de autoridade na internet.

3. Foque na experiência do cliente

Procure fidelizar clientes por meio de experiências satisfatórias e positivas. A chance de clientes satisfeitos recomendarem seu produto ou serviço cresce. Cheque se o seu site está otimizado e organizado, se os dados e links estão corretos e carregam de forma rápida, se o processo de compra é fácil e se as suas redes sociais estão visíveis e integradas entre si e ao seu site.

4. Invista em SEO

SEO significa “Search Engine Optimization” e representa a otimização feita nos motores de busca para que a sua empresa apareça na primeira página de resultados do Google. Dessa maneira, você obtém tráfego orgânico para o seu site. Utilizando as palavras-chave corretas, ou seja, de acordo com as pesquisas feitas pelas pessoas, é possível produzir conteúdo útil e relevante.

5. Explore as redes sociais

Redes sociais são excelentes para impulsionar as vendas. É necessário ir além da criação de contas em diferentes redes ou ficar postando e compartilhando conteúdo sem planejamento. Você precisa saber o que produzir de maneira qualificada para estabelecer relacionamentos e encontrar os clientes ideais. Mantenha as suas plataformas sempre ativas, com conteúdos atuais e relevantes, e invista nos seus sistemas de tráfego orgânico e pago.

6. Facilite a comunicação pelo WhatsApp

WhatsApp é um canal digital de grande importância para o marketing e para as vendas das pequenas empresas. Com ele, é possível estabelecer uma via de comunicação mais personalizada e produtiva por meio de um atendimento dinâmico e personalizado. Também é um excelente meio para concluir vendas, manter atualizações sobre os momentos das compras, enviar promoções, novidades, convites, facilitar o recebimento de valores, entre outros.

7. Conecte-se a um marketplace

Marketplace é um portal digital de e-commerce cujo propósito principal é reunir vários produtos e serviços de diferentes empresas em um só lugar. Nele, o cliente pode encontrar seu negócio facilmente e sentir segurança e confiança, ajudando no processo das vendas e no reconhecimento da marca no espaço digital.

‘https://www.estadao.com.br/pme/blog-do-ecommerce/vendas-online-ja-sao-mais-de-40-do-faturamento-dos-pequenos-negocios-revela-pesquisa/

Os brasileiros gastaram 6% a mais durante a semana da Black Friday deste ano

As últimas promoções especiais da Black Friday ainda estão disponíveis em sites de muitos marketplaces e lojas online, ao passo que as marcas se preparam para analisar os resultados da venda mais significativa do ano.

De acordo com as estimativas da rede de afiliados Admitad, este ano os brasileiros gastaram 6% a mais durante a Black Friday em comparação com o ano passado. Os clientes foram mais ativos na compra de roupas e calçados, eletrônicos, artigos domésticos, brinquedos e produtos de beleza.

Ao buscar tendências, a Admitad analisou mais de 153 milhões de pedidos online de mais de 2800 marcas em todo o mundo e mais de 6,5 milhões de pedidos online no Brasil. A maioria dos pedidos foi feita por cidadãos de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Natal, Santo André, Goiânia, Fortaleza e Campinas.

A venda foi bem-sucedida, mas tranquila

As vendas online durante a Black Friday bateram recordes novamente este ano, mas está claro que o entusiasmo em torno da venda está diminuindo a cada ano. De acordo com a Admitad, o aumento global nas vendas durante a semana da Black Friday em comparação com o ano passado foi de apenas 8% no número de vendas e 9% na soma das vendas. O mercado brasileiro está em perfeita sintonia com a dinâmica global.

Ao mesmo tempo, a importância da própria Black Friday para os brasileiros está diminuindo gradualmente. No ano passado, o salto no número de vendas em comparação com o “período normal” foi de 59%. Este ano, os compradores aumentaram sua atividade em apenas 49%, apesar do crescimento geral do setor de comércio eletrônico ao longo do ano. Parece que sua atenção foi desviada pela venda de 11.11 e a Cyber Monday após a sexta-feira.

Além disso, os compradores são mais propensos a dizer que os descontos da Black Friday não são tão tentadores como costumavam ser. O fluxo constante de vendas ensinou os brasileiros a estudar meticulosamente as ofertas das marcas, verificar a veracidade dos descontos, lidar com cupons e códigos promocionais e não ceder à primeira tentação, mas esperar por uma compra realmente lucrativa.

Quais tipos de produtos estavam em alta demanda?

Os marketplaces, que representaram mais de 60% das compras em todo o mundo no ano passado, fortaleceram ainda mais sua dominância este ano, com mais de 67% de todos os pedidos online feitos a partir deles durante a semana da Black Friday. No Brasil, eles têm o mesmo nível de dominância e atraíram aproximadamente 68% das compras durante a semana de promoções.

Estas categorias de produtos, de acordo com os cálculos da Admitad, atraíram a maior parcela de vendas:

– Eletrônicos – 25%
– Moda – 23%
– Casa & Jardim – 13,3%
– Brinquedos & Hobbies – 9,3%
– Beleza & Saúde – 5,5%
– Esportes & Entretenimento – 5,3%
– Automóveis, Peças & Acessórios – 4,1%
– Ferramentas – 3,4%
– Luzes & Iluminação – 2%
– Outros – 9,1%

Se compararmos esses dados com os resultados da venda do ano passado, os pedidos de moda e artigos para casa caíram significativamente, enquanto eletrônicos, artigos esportivos e produtos automotivos ganharam popularidade. Há também um novo líder no topo – produtos da categoria “Iluminação”.

Estas principais categorias de produtos mostraram o crescimento mais significativo em comparação com o “período normal”:

– Melhoria da casa +47%
– Ferramentas +45%
– Moda +42%
– Luzes & Iluminação +38%
– Brinquedos & Hobbies +35%
– Produtos de beleza +22%
– Eletrônicos de consumo +15%

As melhores fontes de aquisição de clientes

O impacto do cashback e dos serviços de cupons nas compras dos brasileiros continua sendo muito significativo – os compradores aplicaram cashback ou cupons a mais de 30% de suas compras online novamente este ano. A possibilidade de obter cashback de uma compra ou aplicar um desconto adicional para muitos usuários torna-se um fator determinante ao escolher uma loja ou até mesmo um produto específico.

Plataformas de conteúdo e mídia online novamente apareceram como uma das principais fontes de pedidos da Black Friday este ano e atraíram mais de 17% de todos os pedidos. As lojas afiliadas que criam feeds temáticos de produtos e páginas de “vitrine” com ofertas interessantes de várias marcas são responsáveis por mais 16% das compras. Elas são seguidas por anúncios contextuais e direcionados (12%), redes sociais (9,5%) e aplicativos (5%).

A porcentagem de pedidos por dispositivos móveis durante a semana de promoções aumentou de 22% para 27% em relação ao ano anterior. Isso é mais uma confirmação do papel crescente dos dispositivos móveis na vida dos compradores e seu tremendo impacto no comércio eletrônico no país.

O marketing de afiliados também mostrou sua crescente popularidade, com 15% mais marcas incorporando-o em sua estratégia de marketing este ano. Empresas acham conveniente usar uma ferramenta que lhes permite cobrir todas as possíveis fontes de tráfego e pagar apenas por resultados. Os resultados dos parceiros afiliados que atraem pedidos para remuneração também melhoraram este ano – seus lucros aumentaram 21% em comparação com os ganhos durante a última Black Friday.

As vendas de Ano Novo estão logo ali. É importante para as marcas considerarem os resultados do Dia dos Solteiros e da Black Friday em sua preparação.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/os-brasileiros-gastaram-6-a-mais-durante-a-semana-da-black-friday-deste-ano

Relatório Setores do E-commerce – Conversion: Black Friday faz e-commerce registrar melhor tráfego de 2023

Como era esperado, a Black Friday fez o e-commerce brasileiro atingir seu melhor tráfego de 2023: foram 2,8 bilhões de acessos únicos, o que representou uma alta de 13,1% em comparação a outubro e que bateu, por 1%, o antigo desempenho mais relevante do ano, de janeiro, quando 2,77 bilhões de visitas foram registradas.

Para Diego Ivo, CEO da Conversion, é interessante observar como a data tem capacidade de modificar significativamente o padrão do tráfego do e-commerce brasileiro. “Ela reposiciona marcas, quando não setores inteiros, além de indicar tendências que podem permanecer nos meses seguintes e dar a tônica das plataformas”, observa.

O Mercado Livre cresceu 7% em tráfego, batendo a casa dos 364 milhões de acessos. A Amazon Brasil, melhor do que isso, teve alta de 12,5%, enquanto a Shopee melhorou seu patamar em 6,9%.

A Magalu, porém, teve a taxa mais expressiva: 20% de alta entre novembro e outubro, passando de cerca de 121 milhões de acessos para 146,2 milhões.

Confira o estudo da Conversion completo já disponível na Biblioteca do RadarIC em Pesquisas Externas ou direto pelo link: Relatório Setores do E-commerce no Brasil –Dezembro/Dados referentes a Novembro 2023

‘https://lp.conversion.com.br/relatorio-setores-ecommerce

Compras importadas de sites como Shopee e Shein caem 16% no ano

Governo aperta fiscalização e cria programa de tributação para encomendas de pequeno valor; impacto é sentido no comércio eletrônico.

O cerco tributário do governo ao mercado de compras importadas internacionais de pequeno valor, que entram no país como encomendas de até US$ 50, já começa a surtir efeito.

De acordo com dados do Banco Central, compilados pelo Banco Inter, as encomendas internacionais de pequeno valor somaram US$ 8,34 bilhões de janeiro a outubro de 2023, uma queda de 16,12% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O recuo é ainda mais acentuado quando se considera apenas o mês de outubro. No período, as encomendas internacionais de pequeno valor somaram US$ 658 milhões, uma queda de 54,5% em relação ao mesmo mês de 2022.

Remessa Conforme responsável pela queda de compras importadas

O governo brasileiro implementou em agosto um programa chamado de Remessa Conforme, que funciona por adesão. Com ele, o Imposto de Importação para compras de até US$ 50 foi zerado, mas o governo avalia aumentar a alíquota no ano que vem.

Além disso, as empresas que enviam encomendas para o Brasil devem pagar ICMS (imposto estadual) de 17%, sobre compras de qualquer valor. Antes do programa, não havia alíquota única do imposto estadual para essas compras.

As empresas internacionais de comércio eletrônico em atuação no Brasil já aderiram ao programa. Na lista estão: Amazon, Shein, AliExpress, Mercado Livre e Shopee.

Desaceleração econômica também contribuiu para queda de compras importadas

A economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, avalia que a desaceleração na atividade econômica em 2023 também contribuiu para a queda nas compras importadas de pequeno valor.

A desaceleração na atividade em 2023 teve impacto nas importações como um todo, que caíram cerca de 11% no acumulado do ano. No entanto, a categoria de encomendas de pequeno valor teve queda mais acentuada, devido ao impacto da maior tributação que passou a ser aplicada, além de aumento da fiscalização“, avalia Rafaela.

Mês/Ano 2022 (R$ milhões) 2023 (R$ milhões)
Janeiro 709,24 938,04
Fevereiro 874,32 706,00
Março 997,36 700,90
Abril 1.099,43 1.008,12
Maio 1.193,58 1.012,28
Junho
Julho
Agosto 1.449,75
Setembro 1.625,44
Outubro 658,91
Acumulado Jan-Out 9,94 bilhões 8,43 bilhões
Redução 16%

O cerco tributário ao mercado de compras internacionais de pequeno valor tem sido criticado por empresas e consumidores. As empresas alegam que a medida é prejudicial ao comércio eletrônico e que pode aumentar os preços dos produtos. Já os consumidores reclamam que a medida é injusta, pois penaliza quem compra produtos de pequeno valor.

O governo, por sua vez, defende a medida alegando que ela é necessária para combater a sonegação fiscal. O governo estima que a medida pode gerar uma arrecadação adicional de R$ 1,5 bilhão por ano.

‘https://www.mundoconectado.com.br/governo/compras-importadas-de-sites-como-shopee-e-shein-caem-16-no-ano/