Black Friday tem desempenho abaixo de 2022, apesar de bons resultados das gigantes varejistas

Consumidores mais conscientes e endividamento das famílias freiam gastos na data, mas lojistas apostam em Natal melhor.

A Black Friday de 2023 apresentou um quadro complexo para o comércio brasileiro. Enquanto alguns setores enfrentaram desafios e tiveram baixa procura por produtos, outros segmentos mostraram força e apresentaram resultados satisfatórios. Promoções pouco atraentes, endividamento das famílias e um esticamento do período de promoções contribuíram para o enfraquecimento da data, famosa nos EUA, porém ainda engatinhando no seu décimo-terceiro ano no Brasil.

De acordo com dados da Confi.Neotrust e ClearSale, empresa que monitora o volume de vendas on-line no país, o comércio apresentou uma queda de 16,3% nas vendas no dia em comparação ao ano anterior, com 8,2 milhões de pedidos. Esse resultado expõe a dificuldade das empresas em levar os consumidores às compras no dia de promoções e mostra um grau de desconfiança com as “Black Fraudes”, termo muito utilizado na internet para se referir às manipulações de políticas de descontos praticadas por algumas empresas.

Um dos motivos para esse resultado é o prolongamento das promoções para todo o mês de novembro. Enquanto nos EUA, os descontos agressivos servem para “limpar” o estoque das lojas para o Natal, o Brasil criou a famosa “Esquenta Black Friday”, que se tornou um atrativo para que os consumidores pesquisem com mais calma e tenham tempo de planejar as compras.

Sérgio Scarpelli, head de criação da Agência Amithiva, acredita que esta tendência veio para ficar. “Com essa estratégia, vemos os consumidores comprando de forma mais constante durante um período maior, não focando apenas na data da promoção”, explica. Este cenário demonstra um comportamento mais consciente por parte dos clientes, que podem pesquisar por um período maior e planejar a compra com mais tranquilidade.

A postura mais responsável fez com que as grandes varejistas se programassem há mais tempo e preparassem promoções mais tentadoras. O publicitário Leopoldo Jereissati acredita que o mercado está em um momento de maturidade. “Nos primeiros anos de adesão no Brasil, o varejo e a indústria ainda estavam desorganizados. Agora, a data é hiperconhecida e conquistou um apelo significativo no imaginário do brasileiro. As marcas se preparam para uma data mais madura e consumidores mais atentos”, disse.

Foi o caso da empresária Jessyca Polyanna, 39 anos, que faz parte do grupo que não comprou nenhum item na Black Friday. “Eu queria comprar um ar-condicionado, mas não consegui. Passei grande parte do mês procurando na internet um aparelho que estivesse dentro do meu orçamento, mas não encontrei”, lamentou.

Segundo ela, o calor fez com que a demanda aumentasse e os preços subissem. “Cheguei a ir no shopping para comprar na loja física, mas os preços estavam altíssimos, e os que estavam mais acessíveis não tinham em estoque. Sem condição. Agora vou esperar essa época passar para ver se encontro algum mais em conta”, explica.

Essa “atenção” por parte dos clientes apontam para um problema ainda mais amplo: o endividamento das famílias, que reduz consideravelmente o poder de compra a pouco mais de um mês para o Natal. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 87% das famílias brasileiras têm dívidas com cartão de crédito. Já o levantamento “Perfil e Comportamento do Endividamento Brasileiro 2023”, do Serasa, mostra que, das dívidas feitas no cartão de crédito, 46% são de itens como eletrodomésticos, roupas e outros.

Pesquisas na internet por preço

Quem decidiu aproveitar a data para comprar algum item desejado preferiu pesquisar antes, em vez de sair às ruas. Um dos sintomas dessa busca por promoções que, de fato, valham a pena é a alta no volume de tráfego na internet. Uma pesquisa da empresa de e-commerce Criteo apontou que o tráfego da web no Brasil foi forte durante todo o fim de semana.

Somente na sexta-feira, 24 de novembro, a movimentação online aumentou 36% em comparação com 2022. Quando ampliamos o período para o sábado, 25, e domingo, 26, o tráfego online aumentou 26% se comparado ao ano anterior.

Busca on-line favoreceu gigantes varejistas

Uma preparação mais adequada e poder de negociação com fornecedores explica o bom resultado de gigantes varejistas como Magazine Luiza e Tele-Rio. A empresa paulista divulgou que, segundo o Google, foi a mais buscada durante a data e, somando as duas principais lojas de aplicativos para dispositivos móveis, o app de varejo apresentou o maior número de downloads.

Esse resultado gerou em número recorde de vendas. Segundo a assessoria da varejista, a Black Friday de 2023 foi a mais rentável da história. Entre os itens mais vendidos estavam televisores e smartphones, travesseiros e pneus — além de grande procura por fritadeiras elétricas. No site de tecnologia do grupo, o destaque foi o Playstation 5. A empresa afirmou que o número de consoles vendidos, se empilhados, teriam a mesma altura de dez torres Eiffel.

Armando Asenjo, Gerente Comercial da Tele-Rio, varejista que atua há 65 anos no Rio de Janeiro, também celebrou o bom resultado no período. Segundo ele, as vendas na Black Friday de 2023 superaram em dois dígitos o resultado no ano anterior.

Segundo o gerente, a onda de calor que castigou a cidade na semana anterior influenciou as buscas dos consumidores. “Tivemos uma procura bem acima do esperado por refrigeradores e, principalmente, de modelos grandes. Máquinas de lavar e fogões também foram muito demandados. Parece que os clientes aproveitaram para renovar o enxoval da casa para o Natal”, disse.

Outros itens tradicionais como televisores e videogames também se mantiveram entre os destaques. A única baixa entre os produtos mais desejados durante o período, segundo Asenjo, foram os smartphones. “Foi uma surpresa negativa. Sempre esperamos uma boa saída, mas desta vez ficaram atrás de outros itens”, complementou.

O gerente afirmou que a empresa manteve algumas promoções até a última segunda-feira, 27, e já se prepara para o Natal. “Pelo resultado da Black Friday, as expectativas para o Natal até cresceram, estamos animados e revisando e melhorando as nossas ofertas”, disse.

Pesquisa mostra otimismo entre os lojistas cariocas 

Se no dia da Black Friday, o tempo ruim e as promoções nem sempre tão atraentes esfriaram o ânimo dos consumidores, para o Natal — data que representa cerca de um terço do faturamento anual para o setor — a expectativa está aquecida.

Uma pesquisa realizada pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e Sindicato dos Lojistas do Comércio do Rio de Janeiro (SindilojasRio) apontou que grande parte dos comerciantes cariocas acredita em um acréscimo de 6% nas vendas para o período. Foram ouvidos 350 empresários em todo o município.

De acordo com o CDLRio, os comerciantes planejam diversas atrações para atrair os consumidores: promoções, kits temáticos, liquidações, brindes e sorteios. Além disso, os estabelecimentos pretendem oferecer planos de pagamentos facilitados para os clientes não saírem com as mãos vazias. Os lojistas acreditam que itens mais procurados serão roupas, calçados, brinquedos, bolsas e acessórios, celulares, perfumaria/beleza e bijuterias.

Sara Valente, 30 anos, aproveitou a Black Friday para presentear o filho com uma televisão. Com a chegada do Natal, a dona de casa vai apertar os cintos, presentear apenas parentes mais próximos, e já definiu o valor máximo.

“Estou pensando em comprar roupas e perfumes, que estão mais em conta e todo mundo gosta. Além disso, cada um não vai passar de R$ 100”, disse. Sara também vai dar preferência às lojas que facilitarem o pagamento a prazo. “Se puder parcelar, eu vou fazer, sim”, concluiu.

Para 59% dos lojistas entrevistados, o preço médio dos presentes por pessoa deverá ser de R$ 200, e os clientes deverão utilizar o cartão de crédito como forma de pagamento, seguido pelo cartão de débito, Pix e, por último, dinheiro. Para aumentar as vendas, 60% dos entrevistados disseram que pretendem abrir as lojas nos domingos de dezembro e estender o horário de atendimento. Para isso, 68% dos lojistas de rua planejam aumentar a segurança com equipes de apoio e melhorar o monitoramento com câmeras.

Segundo Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio, o otimismo para o Natal é reflexo do clima que a data inspira e também se justifica pelo comportamento da economia e dos resultados dos indicadores econômicos que impactam a atividade. “Por exemplo, a queda da taxa de desemprego que, no primeiro trimestre, estava em 8,8%, caiu para 7,7%, com cerca de 100 milhões de pessoas ocupadas, número que tende a crescer”, disse.

Ele destaca que a inflação domesticada também colabora para a perspectiva otimista. “No âmbito industrial, nos nove primeiros meses deste ano, os preços ao produtor registraram deflação (-5,43%). Hoje, sem os efeitos da pandemia e com os mercados equilibrados, a inflação ao consumidor segue trajetória declinante. No acumulado até outubro cravou 3,75%, ao passo que em igual período de 2022 ficou mais elevada (4,70%).

Como os indicadores estão melhores em 2023 e as chances de a economia brasileira repetir a taxa de crescimento de 2022 ainda são boas, o comércio se beneficia. O ambiente econômico dita o comportamento do consumidor. É a economia em desenvolvimento harmonioso que sustenta os ciclos de produção, emprego, consumo e progresso social. Não se conhece fórmula diferente”, conclui Aldo.

Expectativa para o 13º salário

Segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a chegada do 13º salário promete injetar R$ 291 bilhões na economia brasileira até dezembro. O montante projetado para 2023 representa cerca de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB).

‘https://odia.ig.com.br/economia/2023/12/6750785-black-friday-tem-desempenho-abaixo-de-2022-apesar-de-bons-resultados-das-gigantes-varejistas.htm

Novembro é o mês das promoções. Veja lojas que já comemoram 11.11 ou fazem Black November

Varejo oferece desconto, brinde e cashback como forma de atrair clientes.

Novembro começou, e com ele inúmeras promoções no varejo. Por um lado, a antecipação da Black Friday transforma todo o mês em oportunidade de comprar com desconto. Além disso, principalmente as empresas chinesas replicam aqui uma tradição de lá: o “11.11”, campanha que comemora o Dia do Solteiro na China com descontos no varejo.

— Novembro será o mês com mais benefícios da história para os usuários do app. Vamos concentrar muitos benefícios como milhões em cupons de descontos, vouchers de frete grátis e os melhores preços do ano, além de proporcionar muita diversão no app, incluindo transmissões de Shopee Lives e um show com a Wanessa Camargo — conta Felipe Piringer, responsável pelo Marketing da Shopee.

Piringer admite que o 11.11 é a maior campanha do ano da Shopee, em termos de volume. Na AliExpress, também. Muitas ofertas acabam no 11.11 e não voltam para a Black Friday, adianta Briza Bueno, diretora de Marketing da empresa:

— Desde 2009, quando foi criado pelo Grupo Alibaba, o ‘11.11’ é a principal data de compras do mundo, chegando a ser quase 10 vezes maior que a Black Friday nos Estados Unidos. Para nossa operação aqui no Brasil não é diferente. No período de esquenta do 11.11, que vai de 1 a 10 de novembro, todos os dias às 11h11 teremos ofertas selecionadas a R$11,11 com estoque limitado na categoria “Do Brasil”. Será o melhor período para garantir esses itens.

Para fazer boas compras neste mês, é importante o consumidor saber as datas que são prioridade para cada rede e loja. Na Shein, Raquel Arruda, diretora de Marketing, garante que as duas datas serão trabalhadas da mesma forma. Serão R$ 11 milhões de descontos no 11.11 e R$ 11 milhões para a Black Friday. Já redes como Casas Bahia, Americanas e O Boticário não trabalham com o 11.11 como uma campanha, mas já têm vantagens sendo oferecidas em ritmo de Black November.

Veja algumas campanhas

Casas Bahia – Já é possível encontrar o selo de “Preço Black Friday” que indica descontos especiais em produtos e parcelar em até 30 vezes no cartão da loja. Clientes VIP (basta entrar no app da rede e fazer a adesão ao programa de fidelidade) têm acesso a mais benefícios antecipados.

Shopee – A empresa promove já o Esquenta 11.11, com cupons de até R$ 50 de desconto e produtos com até 40% de descontos. Entre os dias 6 e 9, a plataforma destacará cada dia uma categoria de produtos diferentes. No dia 11, serão R$10 milhões em cupons de descontos, além de seleção de itens com até 70 de abatimento, e mais de 300 transmissões ao vivo de vendedores da plataforma por 12 horas, com promoções. Já na Black Friday, a Shopee oferecerá um total de R$ 8 milhões em cupons de descontos. Ambas as datas terão vouchers adicionais de frete grátis para compras acima de R$10.

Riachuelo – Durante o mês, realizará duas live commerces com ofertas e descontos especiais, e, além disso, vai disponibilizar cupons e ofertas relâmpagos.

Intua – A marca de beleza integral terá ações o mês inteiro. Entre os dias 1 e 12, consumidores ganharão uma esponja elétrica e frete grátis em compras acima de R$ 199. Entre 13 e 19, um roller facial e frete grátis. Já entre os dias 20 e 26, a Beauty Friday terá produtos com até 60% de desconto e frete grátis em compras acima de R$ 150. E nos últimos dias do mês, de 27 a 30, a Cyber Week tem cupom de desconto de 30% e frete grátis.

Brasil Cacau – Oferece descontos de até 40% durante o mês em itens selecionados e frete grátis nas compras pelo site. A promoção acontecerá de forma faseada, com novos itens sendo adicionados na campanha de forma gradativa.

Philips – No site, compras a partir de R$199 já têm frete grátis para todo o Brasil. Há produtos com descontos de até 50% das marcas Avent, Beauty e Male Grooming na Loja Oficial . O Secador de Cabelo Philips Prestige (HP8281), por exemplo, sai de R$ 909,90 por R$ 454,95.

Shein – Serão R$ 11 milhões de descontos em 11/11 e R$ 11 milhões para a Black Friday. As promoções e condições especiais de compra começam a partir do dia 11 no site e app da SHEIN e se estendem, com descontos progressivos, ao longo de duas semanas, chegando até 90% nos dias 24 e 25 de novembro. Além disso, a SHEIN também oferecerá 48 horas de frete grátis, da virada do dia 22 para o dia 23 até às 00h do dia 24.

O Boticário – Apresenta descontos de até 50% entre os dias 30 de outubro e 16 de novembro e até 60% nos dias 17 a 26 de novembro. Os itens da Beauty Week são encontrados em todos os canais de venda do Boticário, incluindo via revendedores.

Electrolux – Concede descontos de até 60% em produtos como AirFryers, refrigeradores, ar condicionados, aspiradores robô e acessórios como facas e potes herméticos, em suas lojas oficiais e nos marketplaces, desde o dia 1º de novembro até o dia 26.

Santander – Dá desconto de até R$ 100 no Mercado Livre, além da opção de parcelamento em até 21 vezes sem juros, na compra de produtos elegíveis a partir de R$ 300, durante o mês de novembro. Durante o período, quem contratar um novo cartão de crédito (exceto as linhas Amex e Unlimited) terá 12 meses de isenção na anuidade se realizar a primeira compra até 8 de dezembro. O banco também disponibilizará cupons de descontos de R$ 20 para compras a partir de R$ 250 (código: SANTANDER20), R$ 40 para aquisições a partir de R$ 500 (código: SANTANDER40) ou R$ 100 para gastos a partir de R$ 999 (código: SANTANDER100). Cada cliente terá até o fim de novembro para escolher um destes cupons e receber o desconto válido para uma única compra por CPF ou CNPJ.

Sim – A fintech do Grupo Santander oferece até 25% de desconto em taxa de crédito com garantia de veículo, até 25% de desconto em taxa de financiamento Energia Solar, e até 40% de desconto em taxa de financiamento de Móveis.

Americanas – Realiza o “Esquenta”, com diversas ofertas e condições de pagamento diferenciadas – incluindo cashback para pagamentos com o app Ame – durante o mês. Na ação “Cesta Truck”, um caminhão personalizado com a famosa cestinha vermelha da marca, que percorrerá dezenas cidades do Brasil distribuindo brindes exclusivos e anunciando ofertas especiais disponibilizadas no app da marca.

AliExpress – Entre os dias 1º e 10 de novembro, diariamente às 11h11, contará com produtos com preços a R$ 11,11 como aquecimento para o 11 de novembro. Neste ano, serão R$ 10 milhões em descontos, frete grátis, entrega rápida em 10 dias em produtos selecionados.

Herbalife – A Promoção “Compre 5 e Leve 6” (packs com 6 produtos iguais) engloba os Shakes nutritivos, formulados para substituir refeições, nos sabores Chocolate Sensation e Cookies & Cream; as fibras líquidas Fiber Concentrate Sabor Uva e Fiber Concentrate Immune Sabor Limão e Mel; as cápsulas de ômega-3, Herbalifeline; e os famosos chás Herbal Concentrate Original e N-R-G Original. Durante o mês, a marca também oferece o desconto de 20% no Shake Sabor Mousse de Maracujá, no Açaí Proteico, nas cápsulas de fibras Fiberbond e na Barra de Proteína Vanilla Almond.

Hering – Durante todo o mês de Novembro, a partir do dia 1, o site e app estarão com mecânicas de descontos. Serão seis fases no total, entre ações progressivas, categorias com cupons especiais e descontos de até 70%.

Fast Shop – A campanha “Antecipa Golden” acontece de 1 a 22 de novembro, com descontos começando em 65%. De 23 a 26, acontece a Golden Friday.

Mercado Livre – Em parceria com a TV Globo, a campanha “Tá na mão” libera um cupom para consumidores a cada vez que um aperto de mão for dado na telinha global. Os abatimentos podem chegar à faixa de 70%.

Como se proteger nas compras
Fonte: especialista em prevenção à fraude, Diogo Sersante, Country Manager da Incognia

1 – Atenção com links falsos

Não forneça informações bancárias e dados pessoais quando não está seguro de que o site é oficial, tampouco baixe aplicativos através de outros meios que não as lojas oficiais dos sistemas operacionais. Muitas vezes golpistas criam sites falsos para fazer consumidores compartilharem suas informações sensíveis, como credenciais de acesso ou dados de cartões, ou preparam links maliciosos para infectar o dispositivo da vítima, permitindo realizar ações fraudulentas.

2 – Confira dados para pagamentos com Pix

Cadastre chaves Pix apenas nos canais oficiais da instituição financeira, como no caso do aplicativo. Evite salvar seus dados Pix ou mesmo dados de cartão de crédito diretamente nos sites ou apps de compras. Além disso, quando optar pelo Pix como forma de pagamento, confira se os dados do recebedor coincidem com a loja na qual a compra está sendo realizada.

3 – Faça operações seguras

Acesse sites digitando o endereço diretamente no navegador. Também evite compras ou pagamentos por meio de computadores de terceiros ou por meio de redes Wi-Fi públicas, pelo baixo nível de proteção destas redes, que podem aumentar a chance de clonagem de dados e invasão de contas, por exemplo.

4 – Desconfie de super promoções

Mesmo na Black Friday, é bom desconfiar. Fraudadores criam descontos ilegítimos para chamar atenção de vítimas, geralmente colocando limite de tempo ou anunciando que são poucos os itens disponíveis, para estimular compras rápidas.

5 – Fique atento às suas contas bancárias e em e-commerces

Mantenha as notificações ativas e acompanhe constantemente as movimentações nas suas contas e entre em contato com os canais oficiais das empresas, caso não reconheça alguma compra ou transação.
‘https://extra.globo.com/economia/noticia/2023/11/novembro-e-o-mes-das-promocoes-veja-lojas-que-ja-comemoram-1111-ou-fazem-black-november.ghtml

Grandes varejistas em favelas: inclusão econômica e desafios logísticos do e-commerce

À medida que as grandes varejistas busquem estratégias de se posicionar nas favelas, a necessidade de abordar desafios logísticos e sociais se tornará ainda mais presente.

As favelas, muitas vezes esquecidas pelos grupos econômicos e empresas no Brasil e, em muitos casos, apontadas como áreas de risco para a operação de entrega do e-commerce, são importantes núcleos de vida e cultura, com população estimada em 17,1 milhões de pessoas, segundo uma pesquisa do Instituto Locomotiva, em parceria com o Data Favela e a Central Única das Favelas (Cufa).

Porém, nos últimos anos, uma tendência notável começou a emergir: grandes varejistas estão estabelecendo bases nesses espaços anteriormente negligenciados. Por um lado, essa iniciativa promove a inclusão econômica e social dessas comunidades, porém, há uma série de desafios logísticos que precisam ter um olhar especializado, além de um planejamento estruturado.

Quando pensamos no tema de inclusão econômica e social a presença de grandes varejistas nas favelas gera um impacto direto na economia local. A criação de empregos em lojas, a distribuição e os serviços auxiliares proporcionam uma chance valiosa para os moradores.

No tema de impacto na economia local podemos contar com uma perspectiva de substancial crescimento influenciado pela presença de empresas locais que farão parte da operação de logística de grandes varejistas, ou seja, tais organizações usarão a mão de obra dos moradores locais.

Além disso, programas de capacitação e treinamento oferecidos pelas empresas podem ajudar no desenvolvimento de habilidades profissionais e pessoais, aumentando as perspectivas de carreira dos residentes.

Esse movimento também gera potencial aumento na circulação de investimento na região, estimulando o crescimento de pequenos negócios, como mercearias e restaurantes, criando um ciclo de desenvolvimento econômico que beneficia toda a comunidade.

Pelo lado dos desafios logísticos, que são uma consequência dessas iniciativas, é preciso considerar que as favelas frequentemente apresentam infraestrutura limitada e densidade populacional alta, o que dificulta a logística de entrega de produtos e o gerenciamento de estoque.

Por isso, a adaptação dessas condições exige criatividade e investimento em soluções específicas para operar de forma eficaz. Abaixo são apresentados quatro desafios sob a ótica do risco:

Relacionamento institucional: o estabelecimento de relações comunitárias é um fator crucial para o sucesso das grandes varejistas. Empresas que adotam uma abordagem colaborativa, envolvendo-se com os líderes locais, ouvindo as necessidades da comunidade e implementando programas sociais voltados para o bem-estar dos moradores, tendem a construir parcerias mais sólidas e sustentáveis.

Análise dos riscos: tem como foco garantir um estudo completo do trabalho de análise dos riscos, levando em conta a complexidade na implantação de uma base para armazenamento dos produtos e a definição do modelo que a logística irá se utilizar para as entregas. Vale ressaltar que cada estado, cidade e até região possui riscos diferente e devem ser detalhados nesta abordagem.

Planejamento de ações de mitigação: com base nas análises, é necessário planejar a implantação das recomendações para mitigar os riscos antes do início das atividades. Vale ressaltar a necessidade de elaborar o mapa sobre como será o monitoramento e as estratégias de gestão de crises em casos de ocorrências.

Inteligência e estudo dos hábitos e indicadores: uma ação imprescindível para qualquer operação que tenha projeção de se manter atualizada e sustentável no segmento do varejo e e-commerce é a do investimento e esforço direcionado para a inteligência, elaborando estudos que possam mapear de forma on-line os hábitos de consumo e os riscos para a operação. Nesse sentido, são recomendadas a utilização de núcleos de inteligência para tais fins.
O e-commerce no Brasil tem um grande potencial de desempenhar um papel significativo nas favelas, uma relação sustentável para todos, oferecendo oportunidades econômicas e melhorando o acesso a produtos e serviços para essa população, que normalmente fica esquecida e negligenciada.

À medida que as grandes varejistas busquem estratégias de se posicionar nas favelas, a necessidade de abordar desafios logísticos e sociais se tornará ainda mais presente.

A tecnologia e a inteligência, como soluções de entrega inovadoras, monitoramento inteligente dos riscos e métodos de gestão eficientes, podem desempenhar um papel crucial na superação desses obstáculos. Ao fazer isso, as grandes redes podem contribuir para uma transformação genuína e benéfica nas favelas.

*Paulo Murata e Marcelo Oliveira são, respectivamente, gerente e consultor na área de Segurança Empresarial da ICTS Security

‘https://mundologistica.com.br/artigos/grandes-varejistas-em-favelas-inclusao-e-desafio-logistico

Consumo nas favelas: um termômetro da nossa economia

Estudo retrata a predominância feminina e digital nas compras, valorização da beleza e outros fatores que revelam um consumo de mais R$ 167 bi nas favelas brasileiras.

Com mais de 6 mil comunidades distribuídas pelo país, um número superior a 12 milhões de habitantes e 4 milhões de famílias, as favelas são uma espécie de termômetro da nossa economia e representam um importante canal para o fortalecimento do ambiente de negócios no Brasil.

Para termos uma ideia mais clara desse potencial, a nova edição do levantamento “Persona Favela I Dia da Favela 2023”, desenvolvido pelo NÓS – Pesquisas indicou, por exemplo, que a renda média das famílias das comunidades periféricas do país alcança R$ 3,036,23; gerando um potencial de consumo que supera R$ 167 bilhões ao ano e com a maioria dos consumidores pertencentes a classe C.

Outro dado interessante desse estudo revela uma leve predominância de mulheres consumidoras nas favelas (51%). A predominância etária do público, por sua vez, foi a faixa etária de 25 a 49 anos (30%).

Além disso, há uma ampla diversidade de produtos consumidos dentro dessas comunidades: dos produtos de cuidados pessoais e higiene – que movimentaram mais de R$ 465 milhões em 2023 considerando as maiores comunidades do país – ao consumo digital de aplicativos, streaming e serviços financeiros; há diferentes indicadores que demonstram o quanto a população das favelas é um termômetro relevante para as tendências econômicas do país.

“Com potencial de consumo de mais R$ 167 bi, favelas brasileiras movimentam diversos segmentos da economia brasileira”

“Quando consideramos os fatos coletados na pesquisa, não é difícil afirmar que a favela tem poder de compra e uma ampla capacidade de movimentar o mercado. A favela gera renda, negócios, consumo e é onde empresas, marcas e anunciantes atentos a todo esse potencial econômico devem estar”, explica Emilia Rabello, fundadora e CEO da holding NÓS, o Novo Outdoor Social.

Para mapear o cenário de consumo das favelas, o NÓS – Pesquisas entrevistou e coletou dados das maiores comunidades periféricas do país espalhadas pelos estados do Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Minas Gerais, além do Distrito Federal.

A beleza nas favelas e o consumo
Dentre os indicadores de destaque mapeados pelo NÓS, a pesquisa revelou, por exemplo, que a percepção de beleza nas comunidades brasileiras vem mudando ao longo dos últimos anos e isso gera reflexos importantes sobre o consumo de produtos de beleza, moda e higiene nas comunidades periféricas.

Segundo o levantamento, 7 em cada 10 moradores das maiores favelas do país afirmam essa mudança de perspectiva, especialmente entre mulheres (74%) e pretos/pardos (72%). Dentro desse contexto, 66% declaram comprar/usar produtos de acordo com as características físicas (tipo de pele e de cabelo).

Entre os homens, chama a atenção a busca por profissionais de beleza, feita por 79% do público masculino das favelas. De modo geral, a busca por um especialista em serviços de beleza é feita por 7 a cada 10 moradores de comunidades, especialmente aqueles que atuam nas próprias favelas (91%), sendo o principal fator de escolha a confiança no atendimento do profissional (82%).

Em termos quantitativos, além do consumo de produtos de higiene e cuidados pessoais que superou R$ 465 milhões nas maiores favelas do país em 2023, merece destaque também a compra de itens de moda, como calçados (R$ 80,4 milhões). Vale ressaltar ainda que os produtos de beleza geram oportunidade para a revenda de grandes marcas, já que 4 em cada 10 moradores, compram seus produtos com maior frequência com revendedoras/consultoras.

“A beleza, a moda e o autocuidado são elementos que desempenham um papel significativo na vida dos moradores de favelas. Muitas vezes, os moradores assumem um discurso que, cada vez mais, se alinha a uma visão mais inclusiva, que valoriza a diversidade e celebra a individualidade de todas as pessoas, independentemente de sua origem ou contexto de vida”, comenta Emilia Rabello.

Streamings, apps e compras online no radar das comunidades

A inserção digital e a democratização do uso de aplicativos definitivamente, alcança as favelas brasileiras e vai muito além das compras por delivery: 98% dos entrevistados afirmaram ter uma média de 60 aplicativos baixados no celular, com destaque para as redes sociais (82%), aplicativos de bancos (79%), de lojas/compras online (46%), streaming de filmes e séries (43%) e apps de entrega (36% no geral).

Ao todo, vale o destaque dos apps que geram movimentação financeira nas comunidades: além dos aplicativos de compras/lojas, bancos, streamings, deliverys; transportes (24%), streaming de música (20%), apostas (13%) e cursos/apps de educação (12%) são canais muito eficiente e uma verdadeira oportunidade para as marcas, empresas, produtos e serviços se aproximarem desses consumidores.

“Quando consideramos o fato que 59% dos consumidores nas favelas afirmam ter o hábito de fazer compras online de itens que vão dos acessórios e roupas (59%), aos eletrônicos como fones de ouvidos, celulares e computadores (33%), é possível perceber o quanto o público das comunidades tem interesse em explorar as dinâmicas da economia digital. Assim, é importante que as marcas estudem suas necessidades de consumo e invistam em um discurso que chegue aos moradores desses locais”, diz Emilia Rabello.

Dos transportes a alimentação fora do lar
Há mais dados do NÓS – Pesquisas que revelam insights interessantes sobre os hábitos de lazer, viagens e dos meios utilizados para o transporte nas comunidades: 47% dos residentes nas favelas possuem algum transporte próprio, 38% viajam ao menos uma vez por ano e a maioria consome e curte as grandes festas do país, como o carnaval (54%).

Em relação ao transporte, os homens são os que mais investem na compra de veículos próprios (63%) e os que mais viajam (44%), sendo que, de modo geral, o índice de uso de veículos próprios e de ônibus fretados são as escolhas principais quando o assunto são viagens (37% em ambos os casos).

Nesse sentido, é válido ainda ressaltar também que o consumo de alimentos fora do lar gerou um potencial de consumo superior a R$ 438,3 milhões em 2023, chamando a atenção as compras por delivery (30% dos consumidores pedem comida por aplicativos de entrega ao menos uma vez por semana; 54% uma vez por mês e 66% dos jovens entre 18 e 24 anos possuem apps de delivery em seus celulares).

Enquanto isso, os investimentos em alimentação nos domicílios superaram R$ 1,2 bilhões e tem como predominância a aquisição de produtos em mercadinhos/mercearias e supermercados nas comunidades (52%), já que a praticidade, ser perto de casa (81%) é o principal fator de escolha na hora de fazer as compras para a casa. Não por acaso, o empreendedorismo é uma tendência importante nas favelas, com mais de 260 mil comércios mapeados com CNPJ.

Outros hábitos de consumo nas favelas
Tendências que geraram um potencial de consumo expressivo em 2023:

• Habitação – 3,1 bilhões;

• Mobiliário, artigos para o lar e materiais de construção – 518,8 milhões;

• Gastos com saúde – 320,8 milhões

• Matrículas e mensalidades – 294,4 milhões;

• Bebidas – 163,9 milhões;

• Equipamentos e eletrodomésticos – R$ 142,3 milhões.

Inclusão e diversidade como potencial econômico
Como é possível observar, há diversos caminhos pelos quais as marcas podem atrair a atenção dos consumidores das favelas, seja por meio de estratégias para suprir as demandas de estoque e produção dos pequenos empreendedores e prestadores de serviços que atuam e vivem nas comunidades; seja no desenho de campanhas direcionadas que levem em consideração os anseios, hábitos e expectativas de consumo nas favelas.

Ignorar essa força econômica, além de representar uma falha na leitura da diversidade cultural brasileira, impede que as empresas tenham, de fato, uma atuação condizente ao discurso de inclusão que avança no mercado por meio, por exemplo, das pautas ESG e de uma atenção cada vez maior dos consumidores (no âmbito geral, e não só nas favelas) sobre o posicionamento das marcas com as quais se relacionam.

“O potencial de consumo dos moradores de favela é um lembrete do impacto positivo que a inclusão e a diversidade podem ter nos ecossistemas locais e globais. É fundamental que continuemos a apoiar e celebrar a criatividade e a resiliência dessas comunidades, ao mesmo tempo em que reconhecemos seu importante papel na construção de um mundo mais igualitário, plural, vibrante e economicamente muito ativo”, conclui a fundadora e CEO do NÓS holding, Emilia Rabello.
‘https://consumidormoderno.com.br/2023/11/07/favelas-consumo-nos/?utm_campaign=cm_news_071123&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Renda média das famílias das comunidades periféricas alcança R$ 3.036,23

O estudo revela uma leve predominância de mulheres consumidoras nas favelas.

A renda média das famílias das comunidades periféricas do País alcança R$ 3,036,23 e gera um potencial de consumo que supera R$ 167 bilhões ao ano, com a maioria dos consumidores pertencentes à classe C. Os dados foram divulgados no levantamento “Persona Favela I Dia da Favela 2023”, desenvolvido pelo Nós – Pesquisas.

Com mais de 6 mil comunidades distribuídas pelo País, um número superior a 12 milhões de habitantes e 4 milhões de famílias, as favelas representam um importante canal para o fortalecimento do ambiente de negócios nacional.

O estudo revela uma leve predominância de mulheres consumidoras nas favelas (51%). A predominância etária do público, por sua vez, foi a faixa etária de 25 a 49 anos (30%).

Além disso, há uma ampla diversidade de produtos consumidos: dos produtos de cuidados pessoais e higiene – que movimentaram mais de R$ 465 milhões em 2023 considerando as maiores comunidades do País – ao consumo digital de aplicativos, streaming e serviços financeiros; há diferentes indicadores que demonstram o quanto a população das favelas é um termômetro relevante para as tendências econômicas do País.

“Quando consideramos os fatos coletados na pesquisa, não é difícil afirmar que a favela tem poder de compra e uma ampla capacidade de movimentar o mercado. A favela gera renda, negócios, consumo e é onde empresas, marcas e anunciantes atentos a todo esse potencial econômico devem estar”, explica Emilia Rabello, fundadora e CEO da holding Nós, o Novo Outdoor Social.

A beleza nas favelas
Os indicadores revelam que a percepção de beleza nas comunidades brasileiras vem mudando ao longo dos últimos anos e gera reflexos sobre o consumo de produtos de beleza, moda e higiene nas comunidades periféricas.

Segundo o levantamento, 7 em cada 10 moradores das maiores favelas do País relatam essa mudança de perspectiva, especialmente entre mulheres (74%) e pretos/pardos (72%). Dentro desse contexto, 66% declaram comprar ou usar produtos de acordo com as características físicas (tipo de pele e de cabelo).

Entre os homens, chama a atenção a busca por profissionais de beleza, feita por 79% do público masculino das favelas. De modo geral, a busca por um especialista em serviços de beleza é feita por 7 a cada 10 moradores de comunidades, especialmente aqueles que atuam nas próprias favelas (91%), sendo o principal fator de escolha a confiança no atendimento do profissional (82%).

Em termos quantitativos, além do consumo de produtos de higiene e cuidados pessoais, que superou R$ 465 milhões nas maiores favelas do País em 2023, merece destaque também a compra de itens de moda, como calçados (R$ 80,4 milhões).
‘https://mercadoeconsumo.com.br/07/11/2023/economia/renda-media-das-familias-das-comunidades-perifericas-alcanca-r-303623/

Neoindustrialização pode aumentar valor competitivo do Brasil mundo afora

Possibilidades do Brasil em energia limpa foram debatidas no U-Talks, evento organizado por Ultragaz e Mercado&Consumo

A agenda ESG segue em alta pelo Brasil e pelo mundo, alertando o mercado de problemas, muitas vezes conceituais, mas possibilitando também inúmeras oportunidades, principalmente para o futuro. Considerado por muitos como um celeiro natural de energia limpa, o Brasil se encaixa bem neste cenário das oportunidades.

“A transição energética pode trazer ao Brasil a neoindustrialização. Não basta produzir energia limpa. É preciso também utilizar essa energia limpa para produzir produtos limpos”, revelou Adriano Pires, sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), em entrevista exclusiva com Aiana Freitas, editora-chefe da Mercado&Consumo, no U-Talks, evento que debateu o futuro da indústria e da transição energética na última semana, em São Paulo.

O executivo entende que a utilização da energia limpa pode ser um diferencial competitivo para o Brasil no mercado mundial. “Temos que exportar produtos feitos com energia limpa. E o mundo tem que pagar mais caro por aqueles produtos que são produzidos com essa energia. O aço brasileiro, por exemplo, tem que valer mais do que o aço chinês que é produzido com carvão”, afirmou Adriano Pires.

Confira abaixo o bate-papo completo com Adriano Pires e entenda um pouco mais do momento da transição energética no Brasil.

Brasil deve criar condições para atrair capital
Com cenário econômico favorável, o Brasil precisa criar condições para atrair o financiamento externo para a transição energética. Segundo relatório de investimentos da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), o Brasil recebeu US$ 114,8 bilhões de dólares em investimentos internacionais no setor de energias renováveis entre 2015 e 2022.

“O crescimento no Brasil tem surpreendido positivamente e a boa posição relativa do País no quadro internacional poderá contribuir para o financiamento da transição energética”, afirma Zeina Latif, sócia-diretora da Gibraltar Consulting.

Zeina destaca que há muito interesse no Brasil e que o mix de financiamento dependerá da natureza de cada projeto.

“O setor privado é muito heterogêneo. Há segmentos mais sofisticados, com elevados ganhos de produtividade e com escala de produção que permite maior engajamento na transição energética, que é custosa e não necessariamente traz ganhos de eficiência. Terão de liderar esse processo”, diz.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/06/11/2023/economia/neoindustrializacao-pode-aumentar-valor-competitivo-do-brasil-mundo-afora/

Setor de consumo é o segundo com mais fusões e aquisições realizadas no Brasil até agosto

Entre as 850 transações registradas, 15,4% estão relacionadas a empresas do varejo.

No geral, considerando todos os setores, o número de fusões e aquisições nos primeiros oito meses de 2023 é 22% menor em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 1.087 transações. A média mensal de fusões e aquisições em 2023, de 106 operações, fica abaixo dos anos anteriores: 130 em 2022, 138 em 2021 e 87 em 2020.

Até agosto de 2023, 20,4% das operações foram conduzidas por empresas multinacionais, enquanto 79,6% foram realizadas por empresas nacionais. A região Sudeste lidera com 68,5% das transações, seguida pelo Sul com 20,5%, Nordeste com 5,3%, Centro-Oeste com 3,4% e Norte com 2,3%.

Consumo nos supermercados

O consumo nos lares brasileiros teve alta de 4,12% em volume de vendas em agosto em relação ao mesmo período de 2022. Os dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) indicam meses positivos de consumo pela frente.

Esse crescimento será puxado pelas quedas consecutivas nos preços dos alimentos, bem como em virtude de programas de transferência de renda. Apesar da perspectiva positiva, os números não merecem grande comemoração tampouco euforia, na visão de quem lida com dados do segmento.

O preço da Abrasmercado (cesta de 35 produtos de consumo maciço monitorados pela Abras) teve queda de 5,33% em agosto ante o mesmo mês de 2022. A cesta ainda registrou uma desvalorização de 1,71% na comparação com julho e, no ano, a queda acumulada é de 4,89%. Os preços, em média, recuaram de R$ 730,06 para R$ 717,55. A cesta é composta pelas categorias de alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/01/11/2023/consumo/setor-de-consumo-e-o-segundo-com-mais-fusoes-e-aquisicoes-realizadas-no-brasil-ate-agosto/

Relatório Setores do E-commerce: Tráfego do e-commerce retrai em setembro e reforça espera pela Black Friday

Expectativas estão voltadas para uma das datas mais importantes do varejo brasileiro.

O tráfego do e-commerce brasileiro registrou o segundo desempenho mais baixo de 2023 no mês de setembro, com 2,39 bilhões de acessos únicos – atrás apenas de fevereiro, quando a marca ficou em 2,36 bilhões.

Para Diego Ivo, CEO da Conversion, as expectativas estão postas sobre a Black Friday, em novembro, cujos impactos já devem ser observados no próximo relatório, antecipando até mesmo os produtos mais procurados para a data.

No quesito receitas, a Black Friday também dará o tom. No ano passado, esse foi o mês em que as vendas das plataformas do e-commerce cresceram 114% em um único mês – melhor resultado até aqui.

A Conversion apresenta o novo Relatório Setores do E-commerce no Brasil: mensal, análises de audiência, setores, canais de tráfego e rankings dos maiores sites de cada categoria. Acesse o relatório completo já disponivel para download na Biblioteca do RadarIC em Pesquisas Externas .

‘https://lp.conversion.com.br/relatorio-setores-ecommerce

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Black Friday: vendas devem crescer, mas em ritmo menor

Apesar da alta na intenção de compra de bens duráveis, inadimplência elevada e desaceleração no ritmo de contratações deixam consumidor mais cauteloso. A análise é dos especialistas do Comitê de Avaliação de Conjuntura da ACSP.

Junto com o Natal, a Black Friday está entre as datas mais importantes para o varejo físico e digital. Mas este ano, as expectativas para o período de promoções, que começa a partir de 24 de novembro, apontam para crescimento menor do faturamento.

Projeções da Neotrust, consultoria de dados que monitora 85% do e-commerce brasileiro, mostram que o faturamento das lojas on-line com a Black Friday 2023 deve atingir R$ 6,92 bilhões, valor menor do que o atingido no ano passado (R$ 7,8 bi) e em 2021 (R$ 7,9 bi).

A expectativa da Neotrust leva em consideração a desaceleração das vendas on-line. Apesar do faturamento de quase R$ 36 bilhões no terceiro trimestre deste ano, o aumento foi de apenas 0,5% ante o trimestre anterior. O número de pedidos acompanhou o ritmo, com leve alta, de 0,7%, chegando aos 75 milhões.

A Black Friday 2023 deve crescer 12,6% em volume de vendas, na comparação com igual data de 2022, com alta no número de pedidos estimada entre 7% e 11%. Mas a base de comparação é fraca: em 2022 houve recuo de 23% e em 2021, a alta foi de apenas 2,3%.

Esses números foram apresentados por um especialista em varejo on-line que participou da reunião do Comitê de Avaliação de Conjuntura da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), realizada na última quinta-feira (26). A pedido da ACSP, os nomes dos participantes dessa reunião não são divulgados.

Pelo lado dos consumidores, a perspectiva é mais otimista, segundo os dados da Neotrust. Para 54% dos entrevistados, há intenção de antecipar compras de Natal na Black Friday, ante 27% em 2022. Entre os maiores motivadores para a compra, segundo a pesquisa, estão os descontos acima de 50% (67% dos consumidores) e o frete grátis (47%).

Outra pesquisa, essa da Opinion Box em parceria com a Dito, mostra que 84% dos consumidores preferem que tanto a loja física como digital estejam integradas. Isso mostra a importância da estratégia phygital para as redes, ou seja, que mescla experiências físicas e digitais na jornada de compra.

“Isso destaca a importância de investir em estratégias omnichannel tanto no on como no off-line, principalmente em datas como a Black Friday”, destacou o especialista durante a reunião da ACSP.

Ele também mencionou pesquisa do Google pelas buscas do termo “Black Friday”. Em 2022, 71% das pessoas pretendiam comprar na data, porém ela foi considerada a pior da história. “Mas esse ano as buscas cresceram 24% sobre o ano passado, trazendo expectativas mais positivas para o varejo.”

Pela estimativa do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, de modo geral, o varejo restrito deve encerrar o ano com crescimento de 1,9%. Mesmo com oscilações, pelo alto nível de endividamento e o impacto ainda lento da redução dos juros, é possível visualizar “certa recuperação mais para no final do ano com as duas datas comemorativas”, sinalizou um dos economistas presentes à reunião.

INADIMPLÊNCIA

A projeção de crescimento na Black Friday não tem animado muito o setor financeiro, destacou um representante da área na reunião da ACSP.

Mesmo que a inadimplência tenha registrado queda nos níveis ao longo do ano, motivada pela diminuição da informalidade no mercado de trabalho e dos preços da cesta básica, além de ser seguida pela melhora na renda, puxada também por programas de transferência de renda e de renegociação de dívidas, a inadimplência tem reduzido em níveis muito pequenos, alertou, citando estimativas da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

Ele mencionou dados recentes do Banco Central, que apontam que o número de brasileiros endividados gira em torno de 67 milhões, ou praticamente 32% da população. Desse total, cerca de 25% estão no Estado de São Paulo, e 64% do montante têm dívidas junto aos bancos.

“A predisposição de acréscimo de consumo em vários segmentos na Black Friday poderá causar efeitos negativos no médio e longo prazo”, afirmou. “A preocupação dos bancos é com taxas de juros ainda altas, que podem implicar em maior endividamento do consumidor.”

O endividamento também têm limitado a capacidade de consumo das famílias, diminuindo os efeitos positivos da queda da inflação na renda disponível. Assim como a desaceleração do mercado de trabalho, que está levando os consumidores a olhar o emprego com cautela nos próximos meses, segundo análise da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Portanto, faltando menos de um mês para a Black Friday 2023, a previsão da CNC é de consumo moderado: apesar de a intenção de compra crescer 19,7%, na comparação anual, ela segue em desaceleração desde abril, e é a mais baixa desde outubro de 2022.

‘https://www.dcomercio.com.br/publicacao/s/black-friday-vendas-devem-crescer-mas-em-ritmo-menor

Aquecimento Black Friday: veja o que esperar da data

Personalização de ofertas ainda não é vista como necessidade, enquanto produtos premium ganham um novo significado para a edição de 2023 da Black Friday.

Não são esperadas surpresas para a Black Friday de 2023. A data, que já bate às portas das marcas, varejistas e indústrias no Brasil e no mundo, ainda carrega um legado deixado pela inflação, crise econômica, fruto da pandemia da Covid-19, além de uma alta taxa de inadimplência e redução da taxa de juros que ainda não afeta o consumidor brasileiro.

No entanto, há oportunidades para criar ofertas pertinentes para a rotina e necessidades dos clientes. Tanto aqueles da classe C, que foram duramente impactados pela pandemia e que ainda se recuperam, quanto consumidores de maior poder aquisitivo.

“Pelo menos 60% da população brasileira ainda é cautelosa ou foi impactada” afirma Gabriel Lescher Fagundes, Head of Industry Insight Brazil da NiQ. “O consumidor já entende a Black Friday e o papel dos diferentes canais. Por isso, não se espera nenhuma revolução ou virada de chave nessa edição, mas sim a intensificação de alguns hábitos e atitudes tomados ao longo desses últimos 12 a 18 meses”.

Para esse ano, espera-se que os produtos que mais terão procura são aqueles que permitem o armazenamento e os de indulgência, que representam uma forma para que o cliente acesse produtos que não fazem parte do seu cotidiano e que complementem a sua cesta. Isso não significa produtos com preços muito elevados ou inacessíveis, mas que reflitam um desejo do consumidor que se torna mais possível com a Black Friday.

“Chegamos num momento de uma inadimplência ainda muito alta que não desacelerou, concentrada no crédito caro mesmo com a redução da taxa de juros – que ainda não reflete no consumidor”, afirma Danielle Sato, Gerente de Atendimento ao Varejo da NiQ. “Mas vemos uma dualidade: enquanto temos consumidores que foram impactados, outros não foram. Temos que tentar atender a esses dois tipos de consumidores, tanto aqueles que podem gastar um pouco mais quanto aqueles que tenham intenções além de básico, e não se trata apenas de uma estratégia para a Black Friday”.

O consumo da classe C
Segundo a pesquisa “Panorama do Consumo na Black Friday 2023”, da Globo, 62% da população brasileira percebeu que sua vida financeira piorou ou se manteve a mesma nos últimos meses. Enquanto as classes A e B foram as que sofreram menos com os impactos econômicos – 36% perceberam que suas situações pioraram muito ou um pouco –, as classes C e DE foram as mais afetadas – 45%.

A classe C, que outrora foi apontada como em ascensão e com potencial de transformar o mercado de consumo brasileiro, ainda segue estagnada. Segundo o relatório “Consumer Insights 2023”da consultoria Kantar, a aquisição de bens de consumo no Brasil cresceu 2,7% em 2022, puxado principalmente pelos consumidores das classes DE – com 5,2% de unidades consumidas na comparação com o ano anterior. Enquanto as classes AB cresceram 3,1% no mesmo período, a classe C teve um nível de 1,8%.

Por outro lado, as pessoas estão otimistas: a pesquisa da Globo aponta que 60% acreditam que suas vidas financeiras irão melhorar, enquanto 28% percebem não terão alterações. Segundo os mais confiantes, os motivos que levarão a essa melhora são o controle e diminuição de gastos, investimentos em novas fontes de renda, a procura por emprego e melhorias no mercado, e o fato de estarem trabalhando.

“Vemos um movimento de antecipação das compras de Natal menos em produtos de bens de consumo. A busca por ofertas se dá em produtos indulgentes, com um preço um pouco mais alto que não necessariamente irá impactar as compras de Natal”, aponta Sato. “Quando a gente fala de Black Friday, a compra online chega a 30% e, de fato, você tem a possibilidade de antecipar alguns itens, mas separar as datas faz bem. Natal vem com outras coisas agregadas, e que ajuda a comprar coisas mais amplas. Para a Black Friday, apostar em não perecíveis pode ser interessante”.

Atingir esses diferentes públicos vai além de investir em produtos que contam com alto giro na Black Friday, como skincare e protetores solares. É necessário também ampliar o acesso por meio de diferentes meios de pagamentos. Sato reforça que, além do Pix, as varejistas podem aproveitar oportunidades de parcelamento do cartão de crédito – modalidade muito aceita pelos consumidores brasileiros.

Premiunização de ofertas
A premiunização – ou seja, a criação da percepção de exclusividade e de sofisticação de produtos e serviços – pode ser um outro diferencial para que marcas e varejistas se destaquem entre o mar de ofertas da Black Friday.

No entanto, para conseguir atingir os diferentes públicos de consumidores, é preciso ressignificar o conceito de premium. “Precisamos saber claramente que premium não é simplesmente uma questão de tecnologia”, afirma Ricardo Moura, Head of Client Service Brasil da GfK. “A tecnologia nos ajuda a ofertar uma coisa extremamente positiva, mas há também a questão do branding. A marca dentro desse contexto também faz muito sentido para a criação de desejo, seja para um azeite, seja para um celular”.

Um exemplo está na categoria de bebidas premium, que teve uma alta de consumo durante a pandemia da Covid-19. Segundo outro estudo da Kantar, no último trimestre de 2021, o consumo de cerveja cresceu 62% na comparação com o período pré-pandemia, sendo os rótulos premium os favoritos dos consumidores.

“O que vimos recentemente foi um aumento do consumo de bebidas premium durante a pandemia, e que hoje está se expandindo para fora do lar e já faz parte da vida do consumidor”, afirma Moura. “Esse consumidor entende o papel do premium. Teremos uma antecipação desse consumo de final de ano dentro de um consumo mais regular”.

Por isso, o executivo defende trabalhar a força e o desejo de marca como uma estratégia relevante para criar ofertas premium. “Isso vai criar uma questão de acesso ao desejo da marca. As empresas precisam entender todos esses componentes que levam à adoção das marcas pela classe C, uma vez que é o seu momento de colocar a mão no bolso, independentemente do crédito ou não”.

Gabriel Lescher Fagundes acrescenta que é preciso tomar cautela com a precificação das ofertas premium. “No fim do dia, o que leva um produto a ser nichado não é a tecnologia, mas o preço que cabe a determinado tipo de canal e determinado tipo de bolso. Isso é interessante porque a Black Friday de muitos já está definida, negociada e prestes a ser executada. Mas esse é um momento importante para alinhar expectativas”.

Como fica a personalização?
Não são todos as varejistas e indústrias que estão atentas ao seu consumidor a nível individual – o que dificulta a possibilidade de criar ofertas e mídias personalizadas para cada cliente. No entanto, Danielle Sato aponta que o mercado brasileiro já apresenta maior maturidade sobre o tema, e as marcas que vem trabalhando a personalização em seus negócios já estão aprendendo muito sobre os comportamentos de seus consumidores.

Para a executiva, quem fizer uso da personalização em sua estratégia de ofertas para a Black Friday terá uma diferenciação no mercado e também na experiência do consumidor. “Quando a oferta encontra o consumidor e é personalizada, é preciso tomar cuidado para fazer sentido para o consumidor e para que não seja irritante. Em vez de pegar na mão do consumidor para guiá-lo na jornada, as marcas devem acompanhá-lo, uma vez que é ele quem escolhe. É desafiador, mas alguns varejistas já chegam para essa Black Friday com trabalho de CRM, pesquisa de consumidores e entendimento de seu público um pouco mais maduro”.

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