Social commerce: sete práticas para otimizar suas vendas nas redes sociais em 2024

Quando falamos sobre canais de venda online, automaticamente pensamos nas redes sociais. Afinal, nos últimos anos, tornou-se comum o hábito de pesquisar e comprar produtos nessas plataformas.

O relatório CX Trends 2024 mostrou que 70% dos consumidores utilizaram as redes sociais para realizar uma compra nos últimos 12 meses. A mais popular foi o WhatsApp (26%), seguida de Instagram (25%), Facebook (12%), Telegram (4%) e TikTok (3%).

Outro dado que confirma a importância das redes sociais no processo de compra online é que, de acordo com o E-commerce Trends 2024, 69% dos usuários já compraram algum produto que viram em anúncios dentro das redes sociais.

É nesse cenário que a estratégia social commerce se faz tão relevante para negócios digitais. Siga a leitura e entenda em detalhes o que é o social commerce e como aplicá-lo no seu empreendimento para otimizar suas vendas nas redes sociais em 2024.

E o que seria, de fato, o social commerce?

Social commerce, s-commerce ou comércio social é como chamamos a integração do e-commerce com as redes sociais para promover uma marca e impulsionar as suas vendas.

O índice de notas positivas dos consumidores que já aderiram ao social commerce chegou a 50%, segundo o relatório Tendências do Varejo 2024, do Opinion Box.

Existem muitas estratégias, ferramentas e oportunidades para lojistas que pretendem investir nesse tipo de comércio. Mas atenção! É preciso conhecer as boas práticas para implementar o social commerce de forma assertiva.

Veja a seguir algumas boas práticas para otimizar suas vendas nas redes sociais em 2024 com o social commerce.

1 – Estude o comportamento do consumidor

Em qualquer tipo de empreendimento, é essencial conhecer a fundo o seu público-alvo e entender quais são suas dores e necessidades. No que diz respeito ao social commerce, será necessário aprofundar esse estudo.

Para garantir que a integração do e-commerce com as redes sociais seja estratégica, é fundamental captar informações sobre o comportamento da sua audiência nas plataformas.

Quais redes sociais os seus clientes utilizam? Quais são os principais formatos de conteúdo que consomem? Quais assuntos são relevantes para eles?

Tendo essas respostas, será mais fácil construir um planejamento de redes sociais que possibilite apresentar o seu produto de forma atrativa e garantir maior conversão em vendas.

2 – Explore todas as ferramentas disponíveis

Ao observar o comportamento crescente de usuários que começaram a seguir perfis de marcas nas redes sociais, as plataformas implementaram ferramentas comerciais para fomentar o social commerce.

O Instagram lançou um recurso chamado Instagram Shopping, no qual é possível criar uma loja virtual dentro da rede social. Assim, o lojista pode disponibilizar os seus produtos, adicionando informações como preço, categoria, coleção e descrição.

Outras redes sociais que contam com recursos próprios para vendedores online são o Facebook, com o Marketplace, e o WhatsApp, com o Catálogo. Ambos oferecem funcionalidades que facilitam o processo de compra.

Vale pontuar que ferramentas usuais como stories (ou status), cards de interações, links, figurinhas, entre outros, também ajudam a construir um relacionamento com o público e a criar um conteúdo atrativo.

3 – Acompanhe tendências e assuntos em alta

O que está bombando nas redes sociais? Seja uma trend viral, um áudio em alta, um lançamento ou algum grande evento, é fundamental estar atento e saber como destacar a sua marca.

Cuidado! É necessário filtrar o que se encaixa com o seu nicho ou conversa diretamente com o seu público, além de atentar-se aos direitos autorais. Lembre-se de que um conteúdo criado sem estratégia pode ocasionar um marketing negativo.

A dica é buscar uma forma de inserir o seu produto na tendência de uma forma leve e descontraída. Evite abordagens polêmicas e assuntos que possam ser sensíveis à sua audiência.

4 – Realize vendas em tempo real

O “ao vivo” é uma tendência que ainda está em alta! Estratégias de venda ao vivo como story shop ou live commerce surgem como oportunidade para promover lançamentos e ações promocionais.

Além do YouTube, as lives do Instagram e do TikTok se popularizaram nos últimos anos, e algumas marcas já viraram case de sucesso, com alta performance de vendas em poucas horas de interação ao vivo.

O ponto de atenção aqui é para cenário, equipamento e roteiro. Organize-se para apresentar os seus produtos em um local que seja calmo e bem iluminado, e não se esqueça de contar com um script interativo e detalhado.

5 – Tenha uma comunicação direta e transparente

Ao integrar a sua loja virtual às redes sociais, será essencial alinhar toda a comunicação da sua marca. Disponibilize todas as informações do e-commerce também nos seus perfis. Você vai precisar de:

– Um boa biografia;
– Links importantes disponíveis;
– Descrições completas dos produtos;
– Política de trocas e devoluções acessível;
– Informações essenciais como preço, formas de pagamento, frete e prazos de entrega.

6 – Compartilhe UGCs

Conteúdo gerado pelo usuário ou User Generated Content (UGC) são conteúdos diversos criados pelo consumidor da sua marca a respeito do seu produto ou serviço.

Essa é uma forte tendência de marketing digital, que se baseia no princípio de que todo usuário é um criador e distribuidor de conteúdo. Dessa forma, também estão a todo momento influenciando outros compradores.

Feedbacks, comentários, vídeos de unboxing ou divulgação de eventos e lançamentos são alguns exemplos de conteúdos gerados pelo usuário que você pode compartilhar e garantir confiança, atenção e mais clientes para a sua empresa.

7 – Foque na experiência de compra

No CX Trends 2024, 48% dos consumidores afirmaram que elogiam publicamente ou recomendam para amigos e familiares uma marca que proporcionou uma boa experiência de compra.

Por isso, de nada adianta estruturar ótimos conteúdos e atrair uma ampla audiência, se ainda tiver um processo de compra confuso e complicado.

Após garantir que a comunicação esteja alinhada para oferecer todas informações de forma objetiva e transparente, é hora de treinar a sua equipe para um atendimento personalizado e empático.

Oferecer formas de pagamento diversificadas e opções distintas de frete também terá um impacto positivo na tomada de decisão. E ainda vale uma atenção especial para uma conclusão de compra prática e ágil, contando com um checkout transparente e disponibilizando a opção de pagar via link de pagamento.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/social-commerce-sete-praticas-para-otimizar-suas-vendas-nas-redes-sociais-em-2024

Em São Paulo, adolescentes da Brasilândia são capacitados em e-commerce por ONG local

Vinte adolescentes de 14 anos, residentes na comunidade da Brasilândia, em São Paulo, receberam uma semana de capacitação em e-commerce na Unidade Assistencial Dona Aninha neste mês de abril. As aulas gratuitas foram ministradas por professores voluntários da ONG A Liga Digital, reconhecidos por sua experiência no mercado digital. Em março, a ONG reuniu 80 formandos no CEU Meninos, em Heliópolis.

Gustavo Keller, Helenice Moura e Luiza Helena Lamarca, instrutores voluntários, conduziram as aulas com o objetivo de introduzir os jovens ao comércio eletrônico e fornecer conhecimentos sobre como se posicionar no mercado de trabalho através das redes sociais. A iniciativa, fruto da parceria entre a ONG e o grupo Brasa Jovem, busca promover a inclusão digital e o desenvolvimento profissional dos jovens da região.

Os participantes que completaram o curso foram premiados com certificados de participação em 23 de abril. Além disso, serão encaminhados para processos de seleção de programas de Jovens Aprendizes em empresas parceiras. Edilaine Godoi, cofundadora da ONG, destacou a relevância do curso ao afirmar que os alunos aprenderam a criar e-commerce utilizando ferramentas gratuitas, além de desenvolverem habilidades em redes sociais profissionais, como o LinkedIn.

A ONG A Liga Digital, sem fins lucrativos, tem como prioridade oferecer qualificação e oportunidades de emprego para jovens de comunidades carentes e favelas que frequentam o ensino público. A entidade busca parcerias com empresas privadas para expandir suas atividades e continuar promovendo a inclusão digital e o desenvolvimento profissional desses jovens.

Fonte: “Em São Paulo, adolescentes da Brasilândia são capacitados em e-commerce por ONG local – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

 

Mercado Livre oferece curso gratuito em logística para pessoas com deficiência em São Paulo

As inscrições para a turma do mês de maio já estão abertas para maiores de 18 anos e moradores de Osasco e região.

O Mercado Livre vai realizar mais uma edição do Redes para o Futuro, programa 100% gratuito de formação profissional voltado à educação e à empregabilidade em logística. As inscrições para a turma de maio estão abertas e podem participar profissionais com deficiência, acima dos 18 anos e residentes de Osasco, Região Metropolitana de São Paulo, ou cidades próximas, como Cajamar, Santana de Parnaíba, Caieiras, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Franco da Rocha, Francisco Morato e Jundiaí. Após o encerramento do curso, os formandos poderão participar dos processos seletivos da plataforma. O formulário digital para a inscrição já está disponível.

O Redes para o Futuro terá como parceiro o Senai, referência nacional em educação profissional e tecnológica, além da Talento Incluir, consultoria especializada em soluções focadas nos pilares de D&I Conscientização, Contratação, Carreira e Acessibilidade e que vai contribuir com a formação dos professores e adequação do ambiente físico e do conteúdo. Essa edição contará com 40 horas de carga horária, distribuídas em 40 dias, sendo 5 dias de atividades presenciais por semana, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h. As turmas, compostas por 20 pessoas, serão reunidas na unidade Senai Osasco.

O programa, que sempre foi voltado à inserção profissional e ao primeiro emprego para todas as pessoas, direcionou a atual edição São Paulo para profissionais com deficiência, em linha com sua prática intencional voltada à diversidade para ampliar, ainda mais, a representatividade e inclusão nas suas operações. A inclusão de pessoas com deficiência é uma das cinco dimensões de diversidade nas quais o Mercado Livre atua de forma intencional e com o objetivo de melhorar a representatividade interna, colaborando ainda com a inclusão de profissionais em outras empresas e no segmento logístico.

Histórico de formações

Ao longo das edições anteriores, realizadas entre 2020 e 2023, a iniciativa já formou 569 jovens dos estados de São Paulo, Santa Catarina, Bahia e Minas Gerais, onde a companhia tem operações. Desse total, 65% obtiveram seu primeiro emprego formal a partir do programa. Na América Latina, são mais de 1.045 jovens capacitados gratuitamente no Brasil, México e Chile.

Primeiro emprego

Desde 2020, o Mercado Livre promove o acesso ao primeiro emprego para jovens do Brasil, México e Chile. Este programa oferece capacitação em habilidades técnicas, socioemocionais e logísticas para jovens de áreas próximas aos seus centros de distribuição, permitindo formação de qualidade para a busca e conquista de empregos formais.

Os participantes que finalizaram o curso participaram de diferentes processos de seleção, incluindo o próprio Mercado Livre, além de outras empresas com operação logística nas áreas atendidas pelo programa.

Fonte: Mercado Livre oferece curso gratuito em logística para pessoas com deficiência em São Paulo – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

Traduções ruins fazem 40% dos brasileiros repensarem suas compras online

A América Latina tem cerca de 300 milhões de compradores on-line, transformando-se em uma das regiões mais promissoras do mundo para as empresas de comércio eletrônico internacionais. Só que é preciso prestar atenção com as traduções das descrições dos produtos, segundo uma pesquisa recente da Sherlock Communications. Ao analisar seis países da região, cerca de 77% dos entrevistados desistiram de comprar em empresas internacionais devido à qualidade dos textos como traduções automáticas e imagens diferentes das descrições.

O relatório “Papo Furado – Como erros de comunicação impactam nas vendas” entrevistou mais de 3.100 participantes na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru, para identificar as preferências dos consumidores e o como a comunicação impacta nas decisões de compra dos consumidores.

Os motivos

Só no Brasil, 40% dos consumidores disseram que desistiriam de uma compra online devido a traduções ruins para o português. Quando perguntados sobre como se sentiram em relação às empresas depois dos problemas no site, as respostas foram:
43% – Perderam a confiança na empresa em questão
40% – Sentiram medo de ser um golpe
27% – Compraram do concorrente
11% – Alertaram aos amigos para não realizarem compras no e-commerce

A média de gastos anuais com compras online nos seis países observados é de US$ 587, com os brasileiros chegando a US$ 656. Entretanto, traduções inadequadas podem afetar negativamente as lojas. Alguns sites do e-commerce internacional afirmaram que perderam, em média, US$ 154 por cliente, apenas porque o site não estava adequado o suficiente para compreensão.

Os setores de moda são os que mais sofrem o impacto dos erros na comunicação, pois 28% dos entrevistados latino-americanos decidiram não comprar em seus sites. Enquanto 18% disseram que esse tipo de erro em sites de varejo foi fundamental para repensar a compra. Já os sites de saúde e beleza contaram com 16% e os sites de entretenimento ou jogos ficaram com 14%.

As traduções erradas também influenciam a reputação das empresas. Os brasileiros informaram que ao notar erros em artigos online, 30% disseram que não confiariam no artigo ou empresa nele mencionada, enquanto 8% se sentiram insultados.

Erros em anúncios

Uma das formas dos sites chegarem aos consumidores é por meio de anúncios e resultados de pesquisa online. O relatório identificou que quatro em cada cinco entrevistados (79%) em toda a América Latina evitam clicar em anúncios de empresas internacionais devido às mensagens inadequadas. Outros 37% não acessaram os anúncios que tinham traduções de má qualidade para a sua língua nativa, porque suspeitavam que poderiam ser fraudes. No Chile, essa resposta se destacou como a opção de 42% dos entrevistados, que disseram não clicar em traduções mal feitas para o espanhol.

Na avaliação dos resultados de mecanismos de pesquisa, a relação com os consumidores também é delicada, com as primeiras impressões e erros de comunicação desencorajando a interação. Cerca de 79% dos latino-americanos optaram por não clicar em resultados de busca ou redes sociais ao procurarem produtos ou serviços, devido a falhas nas mensagens.

Para os brasileiros, a desconfiança na tradução para o português (28%) e na exibição de valores em outras moedas além do real (26%) foram as principais razões para evitar clicar nos resultados. Em geral, a pesquisa destacou que os consumidores latino-americanos não gostam de publicações com os preços em moedas estrangeiras, enfatizando a preferência por informações de preço na moeda local. Com isso, o relatório chama a atenção para a empresas internacionais, que devem reconhecer a importância de fornecer essas informações de maneira acessível aos consumidores na América Latina.

Fonte: “Traduções ruins fazem 40% dos brasileiros repensarem suas compras online – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

 

Como funciona a escola do Magalu?

O grande objetivo do Magalu é digitalizar o varejo brasileiro. Por isso, a empresa construiu um ecossistema de serviços para fortalecer e acelerar o marketplace. O Magalu acredita que um dos pilares fundamentais do sucesso é o conhecimento e a capacitação, e somente dessa forma será possível levar a muitos o que é privilégio de poucos.

Tanto é assim que em 2020 o Magalu desenvolveu uma unidade de ensino exclusiva para vendedores dentro da plataforma do Magalu, a UniMagalu, que hoje oferece cursos gratuitos para capacitação, aprimoramento e profissionalização de sellers.

Além dos parceiros da companhia contarem com a melhor estrutura logística e tecnológica do país, ainda podem usufruir de conteúdos exclusivos que os ajudam a vender mais. Todos os cursos da UniMagalu são diretos e objetivos e oferecem demonstrações práticas dos recursos das plataformas do Magalu. A UniMagalu já ajudou mais de 100 mil parceiros a multiplicarem as vendas no ecossistema da empresa.

Há opções de cursos de gestão financeira, vendas, política de frete, operações, precificação, entre outros. O parceiro pode escolher como estudar, por três tipos de modalidade: cursos online ao vivo, em que é possível tirar dúvidas em tempo real com professores e interagir com outros parceiros; treinamentos gravados, separados em módulos rápidos e fáceis de consumir quando e onde os sellers desejarem ou também pelos conteúdos em pílulas de cinco minutos, feitos para trazer respostas rápidas para dúvidas específicas sobre as ferramentas do Magalu.

Atualmente, o Magalu tem 323.000 sellers cadastrados e um catálogo de mais de 114 milhões de ofertas disponíveis para venda. No último trimestre de 2023, o marketplace vendeu mais de 4 bilhões de reais. É importante destacar que nos últimos quatro anos, o marketplace do Magalu apresentou um crescimento médio anual de 51%.

A UniMagalu acredita que a capacitação com o conhecimento certo é a chave para o aumento de vendas.

Para quem vende na plataforma do Magalu, ou pretende começar a vender, conheça e participe das aulas. É um recurso gratuito e que pode ajudar e muito na qualidade das vendas.

Fonte: “Como funciona a escola do Magalu? – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

Crescimento digital: Brasil registra aumento na conectividade em 2023

O relatório Data Reportal 2023 revelou que o Brasil está experimentando um notável aumento na conectividade. Como destaques principais estão os números relacionados ao uso da Internet, mídias sociais e dispositivos móveis.

Close up de alfinetes conectados por barbantes
As mídias sociais desempenharam um papel crucial na vida digital dos brasileiros em 2023, com 152,4 milhões de usuários ativos, abrangendo 70,6% da população.

A penetração da Internet no Brasil atingiu 84,3%, com 181,8 milhões de usuários online. Entre 2022 e 2023, houve um aumento de 7,1 milhões de usuários, representando um crescimento de 4,1%. No entanto, mesmo com esses números promissores, 15,7% da população — o que equivale a 33,97 milhões de pessoas — permaneciam offline no início de 2023.

Recorte digital sul-americano
No início de 2023, a população da nação sul-americana atingiu 215,8 milhões. Trata-se de um aumento de 977 mil pessoas, o que representa um crescimento de 0,5% em relação ao ano anterior. Na América Latina, segundo dados da Mobmio, as vendas via dispositivos móveis cresceram 50% no primeiro semestre de 2023.

Ainda analisando os países América Latina, o Brasil possui o melhor nível aceitável em relação à conexão de internet — registrou uma pontuação geral de 56%. Além disso, concluiu que o país possui a pontuação de prontidão de mercado de 65%, a mais alta da América Latina.

Interessante destacar que a divisão de gênero permanece praticamente equilibrada, com 50,9% da população sendo feminina e 49,1% masculina. Além disso, a tendência urbana prevaleceu: 87,7% da população brasileira reside em centros urbanos, enquanto 12,3% viviam em áreas rurais.

Uso das redes sociais: um destaque brasileiro
As mídias sociais desempenharam um papel crucial na vida digital dos brasileiros, com 152,4 milhões de usuários ativos, abrangendo 70,6% da população. As plataformas mais populares incluem:

– YouTube, líder com 142,0 milhões de usuários;

– Instagram (113,5 milhões);

– Facebook (109,1 milhões);

– e TikTok (82,21 milhões).

Outras plataformas, como LinkedIn (59 milhões), Pinterest (28,05 milhões), Twitter (24,30 milhões) e Snapchat (7,65 milhões) também contribuíram significativamente para o referencial digital do país.

Em 2023, de acordo com levantamento das empresas We Are Social e Meltwater, o percentual de uso da Internet no Brasil por mês foi liderado pelo WhatsApp, com 93,4%. A porcentagem é baseada na conexão mensal de usuários entre 16 e 64 anos.

Conexão predominantemente mobile
Também se destacou no relatório o número impressionante de conexões móveis celulares ativas. São um total de 221,0 milhões conexões, ultrapassando a marca de 102,4% da população. Essa estatística sugere que muitos brasileiros possuem mais de uma conexão móvel. Entre 2022 e 2023, o número de conexões móveis no Brasil aumentou 5,0 milhões (+2,3%).

Mais de 97% da conexão à Internet no Brasil é via mobile, sendo 95,5% por smartphones; computadores pessoais, seja notebook ou desktop, ficaram na marca de 63,6% dos aparelhos conectados.

De forma mais ampla, 83,8% da base total de usuários da Internet no Brasil (independentemente da idade) usaram ao menos uma plataforma de mídia social em janeiro de 2023 — nesse período, 145,7 milhões de usuários com 18 anos ou mais usaram mídias sociais no Brasil, o que à época equivalia a 89,4% da população total (com 18 anos ou mais).

Esses dados refletem não apenas o aumento na adoção digital, como indicam a importância crescente da tecnologia na vida cotidiana dos brasileiros. Para acessar o estudo completo acesse aqui.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/crescimento-digital-brasil-registra-aumento-na-conectividade-em-2023

Cresce a relevância da pauta ESG para os consumidores brasileiros

Entre as mudanças que estão acontecendo no comportamento do consumidor, destaca-se neste momento a relevância conferida aos produtos e serviços pautados por ESG.

O assunto está há alguns anos na agenda das empresas, mas agora existe uma maior predisposição por parte do público em premiar (ou punir) as marcas em função do seu comprometimento com as causas relacionadas à sustentabilidade, à governança e à responsabilidade social.

E a tendência é de que o tema se torne cada dia mais presente, uma vez que essas questões têm impactado a vida da população de forma mais significativa.

Não se pode mais ignorar as mudanças climáticas e muito menos os debates vinculados à necessidade de as empresas se posicionarem melhor frente aos dilemas enfrentados pela sociedade.

Em outras palavras, os problemas têm ganhado mais evidência, fazendo com que a pauta finalmente “fure a bolha”. Ou seja, não está mais restrita aos ativistas.

ESG influencia na decisão de compra cada vez mais
O Índice do Setor de Sustentabilidade 2023, da Kantar, divulgado recentemente, indica que mais da metade da população (56%) deixa de consumir os produtos de uma marca que não investe em sustentabilidade ou que tem práticas vistas como nocivas ao meio ambiente e à sociedade.

Em sua terceira edição, o estudo global considera que o tema ganhou mais urgência para as empresas, exigindo que elas se posicionem sobre suas ações.

Ao fazer isso, contudo, elas devem ser criteriosas. De acordo com os dados da pesquisa (apenas no Brasil, foram entrevistadas mais de mil pessoas), o consumidor também está mais atento às marcas que praticam o “greenwashing”.

Ou seja, o público está de olho naquelas ações das companhias que se dizem sustentáveis, mas que não passam de marketing.

Para se ter ideia, nesta edição, mais da metade dos entrevistados vê ações de ESG das empresas como enganosas.

Outros dados relevantes:

– 63% do público diz procurar marcas com um histórico ativo de ações pró-ESG;
– 77% dos entrevistados acreditam que os negócios têm a responsabilidade de tornar a sociedade mais justa;
– 67% defendem que as marcas deveriam se responsabilizar e tentar resolver os problemas climáticos e sociais no mundo;
– a maioria dos brasileiros, segundo o Índice do Setor de Sustentabilidade da Kantar, entende que o combate do aquecimento global e da desigualdade são responsabilidade das marcas.

Qual o impacto dessas ações no varejo?
Outro estudo, dessa vez sobre “Impacto ESG no Varejo”, realizado pela Mosaiclab para o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), traz insights importantes a respeito do comportamento do consumidor em relação ao local de compra.

Nesse caso, também chama a atenção a forma como o tratamento do tema tem evoluído. A porcentagem de pessoas que dizem saber do que o tema se trata subiu de 50% em 2022 para 62% em 2023.

Conhecer mais o tema não significa maior prática. Segundo as informações apuradas nesse estudo, 85% dos entrevistados confirmaram que, no seu dia a dia, nem sempre adotam práticas benéficas para o planeta.

Uma questão importante, até porque pode influenciar na decisão de como as marcas vão trabalhar o conceito de ESG, é a análise das diferentes percepções quando se considera o perfil socioeconômico do público.

Enquanto na classe A 33% afirmam conhecer bem o tema do ESG, esse percentual cai para 13% na classe B e para apenas 8% na classe C.

Diante desses dados, refletindo sobre as ações que podem ser mais propositivas por parte das empresas, e uma das oportunidades é atuar no campo da educação, adotando iniciativas que ajudem a população a fazer a sua parte.

Nesse caso, vale lembrar, as marcas conseguem estruturar melhor os seus propósitos. Esse é um aspecto que tem aparecido como determinante para influenciar a decisão de compra de grupos de clientes, como os que pertencem à geração Z.

No ranking geral das iniciativas que mais preocupam os consumidores, o assunto mais destacado são justamente as ações ligadas ao combate ao desmatamento e os incentivos ao reflorestamento.

Para quem ainda tem dúvidas sobre os investimentos nessa área, vale atentar para este dado: mais da metade dos entrevistados declara que estaria disposta a pagar a mais, entre 5% a 20%, por produtos ou serviços que realmente fizessem ações efetivas em ESG.

Quando questionados sobre os temais mais importantes, a maioria indicou a proteção ao meio ambiente: 59% das pessoas disseram que pagariam mais por uma marca alinhada com a redução do seu impacto ambiental.

Focando nas ações do varejo, o estudo indica que os consumidores têm procurado incentivo para serem mais conscientes no consumo e descarte de produtos, embalagens, além de maior uso de materiais recicláveis ou sustentáveis na cadeia.

No âmbito social, por sua vez, destacam-se iniciativas focadas no respeito aos direitos humanos, diversidade e inclusão.

Em governança, figuram ações voltadas à ética e transparência, ao combate ao trabalho escravo ou infantil e à proteção e segurança digital dos dados e informações pessoais dos clientes.

Como em outras áreas, o ideal é que os esforços nessa frente estejam devidamente alinhados à cultura da empresa. Ou seja, serão pouco efetivas as iniciativas isoladas.

Pesquisas relacionadas ao modo como as operações lidam com o assunto têm confirmado que as iniciativas ainda são pouco abrangentes, principalmente quanto à estrutura das áreas.

No relatório da Vetico, que trata justamente dessa adoção por parte das empresas, apenas 17% das companhias entrevistadas contam com a área há mais de cinco anos.

Ou seja, apesar de o conceito ser discutido há mais de 20 anos, ele ainda não ocupa o espaço necessário nas empresas. Por outro lado, percebe-se que esse é um assunto mais relevante também para a retenção de talentos: 50% das pessoas entrevistadas destacaram que o que empresas fazem de ESG é importante na hora de tomar uma decisão durante a proposta de trabalho.
‘https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/cresce-a-relevancia-da-pauta-esg-para-os-consumidores-brasileiros

Descomplicando o ESG

A sigla ESG significa em inglês Environmental, Social and Governance, o que em português se traduz como ASG – Ambiental, Social e Governança. Cada letra desta sigla representa um pilar a ser seguido no ambiente corporativo sobre o qual trataremos mais adiante.

As empresas, até o surgimento do ESG, eram movidas principalmente pelo lucro, faturamento e crescimento. Estes eram os pilares que determinavam as suas decisões. Esse conceito foi revolucionado em 2004, após uma provocação de Kofi Annan, ex-secretário da ONU em uma convenção para CEOs do mercado financeiro, que fez a seguinte indagação: “Como é possível integrar os fatores ambientais, sociais e de governança no mercado de capitais?”

A partir dessa provocação, as empresas de todos os tamanhos e setores do mundo começaram a definir bases do chamado investimento sustentável. Desde então, o termo ESG foi adicionado ao dicionário corporativo e as pautas de meio ambiente e sustentabilidade passaram a ter mais relevância nos negócios, incluindo também as questões de cunho social e governança.

É evidente nos dias de hoje a necessidade de as empresas abraçarem essa transformação para integrarem a sustentabilidade nas suas tomadas de decisões, devendo traçar novos planos de ação, superar desafios e acompanhar resultados medindo seus avanços, sob pena de perderem valor, relevância e reputação no mercado, além de investimentos pela falta de implementação das boas práticas ESG.

O que é ESG?
ESG ou ASG diz respeito a um conjunto de diretrizes, de boas práticas e estratégias a serem seguidas pelas empresas para que tenham um desenvolvimento com impactos positivos no meio ambiente, que sejam mais justas, conscientes e inclusivas no aspecto social e que, na tomada de decisões, sejam mais transparentes e responsáveis.

É certo que o tema tomou grande proporção e ganha força ano a ano no mundo dos negócios, sendo prioritário para nove de cada dez CEOs de empresas. Isso demonstra que, independentemente do tamanho ou segmento da empresa, em um futuro próximo aquelas que não aderirem ao ESG acabarão ficando para trás.

O ESG domina hoje as maiores conferências de negócios e meio ambiente do mundo, se tornou pauta cada vez mais obrigatória, de forma que as empresas que fecharem os olhos para esta transformação acabarão por serem devoradas por ela.

As letras que compõem a sigla ESG representam, cada uma, um pilar que demonstra os desafios a serem enfrentados no mundo dos negócios.

No pilar presente na letra “E”, que significa Environmental ou Ambiental, os maiores desafios hoje são as mudanças climáticas, o uso de recursos hídricos, gestão de resíduos, aumento da poluição e a preservação da biodiversidade.

No caso do pilar “S”, que significa Social, já podemos enfatizar como maiores desafios a diversidade e inclusão, a responsabilidade com clientes, a preocupação com a saúde e segurança de todos os colaboradores da empresa e a rastreabilidade da cadeia de fornecedores.

No último pilar, na letra “G”, que significa Governança, destacamos como desafios a necessidade de implementação de valores e cultura da organização com ampla divulgação e de forma transparente, regras de compliance, decisões responsáveis com transparência e ética, planejamento de longo prazo, gestão de risco e, principalmente, relacionamento com todos os stakeholders – o que, traduzindo para o português, podemos colocar como “parte interessada”.

Crise climática
Hoje é cristalino no mundo dos negócios que as empresas precisam implementar urgentemente as diretrizes ESG, e essa urgência parte primeiramente da consciência da crise climática, pois, sem recursos naturais, não sobrevivem negócios, não há vida.

É fato que tratar de sustentabilidade interfere diretamente na saúde financeira e na longevidade dos negócios, sendo certo que as empresas que ainda não se adequaram às diretrizes ESG tendem a perder não só reputação no mercado, mas também investimentos. É posição consolidada que as práticas ESG proporcionam retornos financeiros. Na bolsa de valores do Brasil, há, inclusive, um Índice de Sustentabilidade Empresarial.

Outro ponto de extrema relevância são os consumidores, que estão cada vez mais envolvidos e observando o que as empresas estão fazendo para se adequarem às diretrizes ESG e cada vez mais atentos a ações de fachada que, na prática, não ajudam a minimizar quaisquer impactos. Um estudo feito pela Bain & Company mostrou que propósito e sustentabilidade são dois dos critérios mais decisivos para os consumidores no ato da compra. Os consumidores hoje estão dispostos a pagar mais por produtos que sejam de fato sustentáveis.

Ainda podemos destacar que colaboradores e talentos também estão atentos e consideram um grande diferencial no aceite de proposta de novo emprego o fato de a empresa ter implementado e atuar com base nas diretrizes ESG.

As diretrizes ESG tendem a impulsionar a inovação e fortalecer a cultura da empresa. Além disso, ajudam na atração e retenção de talentos, garantem a responsabilidade nos processos e chamam a atenção de consumidores e novos investidores.

Bons exemplos
Podemos destacar empresas como Natura &Co, Apple, JBS, Itaú e Ambev, que são alguns exemplos de empresas que estão se dedicando continuamente às práticas ESG. Podemos, ainda, citar a iniciativa do Google, que lançou uma plataforma de dados para medir a percepção ESG do consumidor. Ela deve contribuir muito com as empresas na sua tomada de decisões com base em informações consolidadas e dados exclusivos.

Na prática, a implementação das diretrizes ESG serve para todas as empresas de todos os segmentos e tamanhos. Quando bem aplicadas nos negócios e de forma consistente, essas diretrizes geram valor e estabilidade para a empresa, Aos olhos dos stakeholders, são bem vistas as ações de comprometimento com as questões ambientais, sociais e de governança e, por consequência, estes tendem a promover e defender a marca, deixando evidente que resultados financeiros e ESG andam juntos.

Importante que, como primeiro passo, a empresa saiba que não necessariamente deverá implementar toda e qualquer diretriz ESG, mas sim as que se enquadram ao tamanho e segmento do seu negócio. Para isso, importante fazer o que chamamos de “matriz de materialidade” para definir qual pilar é prioritário em relação aos outros para sua empresa, pois sempre terá uma questão que demanda mais atenção, estratégia e ação, seja por um período, seja por toda a existência da empresa.

Materialidade significa a identificação e priorização dos aspectos de sustentabilidade que são mais relevantes para uma empresa específica, considerando seu tamanho, segmento, contexto operacional e stakeholders. É mais do que um conceito, é o que permite o alcance de uma sustentabilidade empresarial de sucesso.

A matriz de materialidade é a ferramenta que propicia identificar as questões mais materiais do seu negócio. Ao elaborar a matriz, será possível verificar as questões mais materiais do seu negócio e mais relevantes, e ainda entender como cada um dos seus stakeholders se envolve e é impactado por essas questões. Com a matriz de materialidade, é possível classificar os temas mais importantes e os riscos apontados e oportunidades associados a eles.

A partir da elaboração da matriz de materialidade é que será possível, com base nos riscos e oportunidades identificados, traçar os planos de ação que serão capazes de aumentar impactos positivos e mitigar os negativos.

20 anos
Considerando todos os pontos aqui abordados, resta evidente que são inúmeras as vantagens da implementação das diretrizes ESG, não só para o meio ambiente, mas também para sua empresa. É certo que isso mantém a longevidade do negócio e o coloca na frente dos seus concorrentes – se tornando referência no segmento em que atua -, garante a fidelidade dos seus stakeholders e retornos financeiros positivos alcançados pela implementação dessas boas práticas, agregando valor, relevância e propósito ao seu negócio.

No ano de 2024, o tema ESG fará 20 anos. Então coloque nas metas do próximo ano comemorar fazendo parte das empresas que adotam e implementam essas diretrizes.

Valéria Toriyama e Ana Paula Caseiro Camargo são advogadas do Caseiro e Camargo Advocacia Estratégica.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
‘https://mercadoeconsumo.com.br/28/12/2023/artigos/descomplicando-o-esg/

TikTok Shop cresce nos EUA com fórmula que Amazon e Meta não alcançaram

Em quatro meses com e-commerce no país, app chinês de vídeos consegue alto engajamento combinado de compras e rede social, o que Bezos e Zuckerberg também tentaram.

Bloomberg — No início deste ano, Scott McIntosh foi convidado a vender o suporte para telefone ou copos que comercializa no TikTok, o aplicativo de mídia social que atraiu 150 milhões de usuários nos EUA.

O TikTok ofereceu pagar pelo frete e cobrir descontos de até 30%, mesmo que pagasse o preço total a cada venda. Parecia bom demais para ser verdade, especialmente quando comparado às taxas que McIntosh paga para vender seus produtos na Amazon e no Walmart. Mas havia uma “pegadinha”: em troca, ele teria também que criar vídeos do produto -muitos e muitos vídeos – e postá-los na plataforma.

McIntosh ficou impressionado com os resultados.

Os vídeos que gravou dos suportes de celular de US$ 30 acumularam 50 milhões de visualizações, e os pedidos não param de chegar. Ele gerou um recorde de US$ 10.000 em vendas no dia seguinte à Cyber Monday, encomendou mais estoque para as festas e espera que o impulso continue em 2024.

“O TikTok basicamente está dando dinheiro para as pessoas comprarem”, disse McIntosh, um executivo de publicidade digital que iniciou o negócio de suportes de celular em sua garagem em Franklin, no Tennessee. “É algo novo e ainda tem um estigma em torno dele, mas é tão divertido que todos estão nele.”

Desde o início como um espaço para vídeos curtos e engraçados de dublagem, o TikTok emergiu como um incubador de tendências do consumidor, com milhões de pessoas experimentando roupas e analisando produtos.

O comércio eletrônico é um passo natural para o TikTok, que já abriu mercados online no Sudeste Asiático e no Reino Unido. Em setembro, a empresa lançou a versão dos Estados Unidos do TikTok Shop – um esforço para combinar a facilidade de compra na Amazon (AMZN) com a descoberta de produtos proporcionada por sites de mídia social como o Instagram.

É um objetivo que há muito tempo escapa aos incumbentes.

A Meta Platforms (META), de Mark Zuckerberg, não consegue fazer com que os usuários comprem muito no Facebook e no Instagram, que servem principalmente como outdoors digitais.

A Amazon tentou várias estratégias para persuadir os compradores a passearem e buscarem inspiração, incluindo tentativas desajeitadas de copiar o Home Shopping Network. Mas a maioria dos compradores procura um produto, compra e sai.

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O TikTok traz ativos consideráveis para seu esforço de comércio eletrônico.

O usuário médio do TikTok nos EUA passa 33 horas por mês no site, em comparação com 1,4 hora na Amazon, de acordo com medições da Data.ai do uso de aplicativos em dispositivos Android. Em novembro, que incluiu a Black Friday e a Cyber Monday, mais de 5 milhões de novos clientes compraram alguma coisa, segundo um porta-voz do TikTok.

É uma estreia impressionante, mas a Amazon não precisa entrar em pânico ainda.

Para começar, muitos compradores veem algo no TikTok e depois o compram em outro lugar. Muitas vezes, esse outro lugar é a Amazon, que em muitos casos se beneficia não apenas da venda mas das taxas que cobra dos comerciantes para armazenar e enviar seus pedidos.

O TikTok é um aplicativo envolvente, mas a Amazon tem 173 milhões de assinantes Prime nos EUA em três de quatro domicílios, segundo a Consumer Intelligence Research Partners, e esses clientes têm se mostrado incrivelmente leais ao longo dos anos.

Além disso, os compradores da Amazon geralmente recebem suas compras em dois dias ou menos, enquanto os pedidos do TikTok podem levar uma semana ou mais para chegar.

Um porta-voz da Amazon disse que o varejista online continua inovando com soluções como vídeos e fotos de compras para atender às demandas mais recentes do consumidor.

“O que era verdade quando a Amazon foi fundada continua verdadeiro hoje: os clientes querem um sortimento amplo, preços baixos e entrega rápida”, disse a empresa em um comunicado por e-mail.

Momento histórico

A expansão nos EUA do TikTok já atraiu a atenção de políticos e reguladores, que se preocupam com a crescente influência da empresa sobre sua audiência.

Como o TikTok é de propriedade da gigante chinesa de tecnologia ByteDance, autoridades governamentais dizem que poderia compartilhar dados com Pequim – algo que a empresa insiste que não faz. Agora, o TikTok coleta informações sobre os hábitos de mídia social e compras dos usuários.

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O TikTok lançou sua loja virtual nos EUA em um momento potencialmente auspicioso.

Nesta época de festas de fim cde ano, a holiday season, que começa antes da Black Friday e vai até o Natal, as compras via celular devem ultrapassar o comércio eletrônico em desktop nos EUA pela primeira vez, uma vantagem para um site que a maioria dos usuários acessa via smartphone.

Os americanos estão cada vez mais confortáveis comprando em aplicativos de comércio eletrônico chineses, incluindo o popular site de moda Shein e o Temu, da PDD Holdings, que “explodiu” desde a veiculação de um comercial no Super Bowl em fevereiro passado.

Enquanto isso, embora a Amazon seja de longe o player dominante no comércio eletrônico, sua participação de mercado nos EUA estagnou em cerca de 38%, o que dá aos concorrentes uma abertura para atrair clientes e prejudicar seu crescimento.

Em um sinal de quão a sério a Amazon está levando o TikTok, a empresa fundada por Jeff Bezos fez acordos com Pinterest, Meta e Snapchat que permitem que seus usuários comprem produtos via anúncios da Amazon sem sair dos aplicativos.

“As festas são uma oportunidade para o TikTok mostrar que tem permanência e para compelir mais comerciantes a aderir”, disse Jenny Woo, co-CEO da Ghost Agency, que ajuda marcas a desenvolver campanhas de publicidade em mídias sociais.

Para os não iniciados, fazer compras no TikTok pode parecer uma experiência um tanto caótica.

Na guia de compras designada, os usuários podem pesquisar ou rolar uma corrente interminável de produtos sem menções óbvias de marcas. Produtos de grife às vezes são inseridos entre produtos baratos ou potencialmente falsificados.

A mercadoria aparece em trechos de vídeo, geralmente apresentando uma demonstração – alguém limpando uma banheira com uma escova elétrica, por exemplo, ou iluminando um quarto com uma lanterna recarregável.

Posts para compra também aparecem enquanto os usuários assistem ao feed regular de vídeos, que passaram por curadoria para mostrar tópicos de interesse. Alguém que gosta de assistir a mecânicos trabalhando em carros pode ver um vídeo com a tag de um conjunto de ferramentas como chaves mecânicas; um aficcionado por beleza pode ver um conteúdo com tag de sombras para olho.

No quintal da Amazon

Em entrevistas, clientes do TikTok dizem que os algoritmos do site têm uma habilidade incrível para adivinhar o que eles querem. Alguns comparam o TikTok Shop a uma feira ou mercado de artesanato digital, uma experiência de compra que não encontram na Amazon ou mesmo na Etsy.

Carmel DeAmicis, 35 anos, fez sua primeira compra no TikTok em novembro, depois de assistir a vídeos no aplicativo por anos. Ela comprou dois tops por menos de US$ 10 cada um e ficou surpresa com a facilidade da transação.

A treinadora de escrita de São Francisco se vê mais propensa a fazer compras por impulso no TikTok, pois vê produtos recomendados por pessoas em quem confia e pode avaliar como as roupas ficam em mulheres com figuras diferentes.

Na Amazon, ela geralmente ignora os anúncios e as recomendações, compra o que veio buscar e segue em frente. “Com o TikTok, eu sou sugada”, disse ela. “É muito perigoso para minha conta bancária.”

Patricia Jones, de 38 anos, de Indianápolis, que comprou utensílios de cozinha, cílios postiços, gloss labial e um maiô no TikTok, ecoou DeAmicis. “É como uma baby Amazon, e eles estão dominando”, disse ela. “Sua tecnologia parece simplesmente saber o que você compraria. Ela te suga.”

Gigantes de consumo começam a aderir

Até agora, o TikTok atraiu principalmente marcas menores que vendem produtos baratos que os compradores da Geração Z podem pagar facilmente. Mas grandes nomes também estão se aventurando no site.

A gigante de alimentos Mondelez International está nas “fases iniciais de teste” da demanda por Oreos e Sour Patch para crianças.

A Benefit Cosmetics, de propriedade do titã do luxo LVMH, lançou sua nova máscara Fan Fest no TikTok em julho com uma transmissão ao vivo de 24 horas e vendeu mais de 40.000 tubos desde então. “É como um foguete, estamos apenas tentando acompanhar a demanda”, disse Toto Haba, vice-presidente sênior de marketing omni-global da Benefit.

Desafios e riscos para o TikTok Shop

Para realmente competir com a Amazon em seu próprio território, porém, o TikTok precisará persuadir muitos mais comerciantes a se inscreverem e depois mantê-los lá.

Por enquanto, o TikTok está basicamente comprando a lealdade deles subsidiando descontos e frete. Isso não pode durar para sempre.

O TikTok também terá que ter cuidado para não alienar os usuários, muitos dos quais aparecem para se entreter, e não para serem bombardeados com publicidade de produtos.

Apenas em novembro, segundo o porta-voz da empresa, 150 mil criadores e vendedores de produtos postaram conteúdo para compra. O TikTok Shop está oficialmente aberto há menos de quatro meses, e os usuários já estão reclamando. Alguns estão compartilhando tutoriais que explicam como os usuários podem bloquear postagens com a hashtag #tiktokshop.

“Alguém mais está completamente cansado de sua página ‘For You’ ser apenas anúncios da TikTok Shop?”, perguntou o usuário shopska4 em um vídeo com mais de 50.000 visualizações. “Eu não entro lá para comprar coisas no TikTok – eu entro aqui para assistir vídeos engraçados antes de dormir. Isso tomou completamente conta dos meus vídeos.”

‘https://www.bloomberglinea.com.br/tech/tiktok-shop-cresce-nos-eua-com-formula-que-amazon-e-meta-nao-alcancaram/?utm_source=piano&utm_medium=email&utm_campaign=28909&source=piano-newsletter-br&pnespid=rLlhEThNK61Gx.jR9ijuH8jUoA_vX4V_IeO2zuxqskBmDHqYvHXHkDVuAKB4D_TvkLBZP4gcbQ

Baby boomers ‘invadem’ TikTok e consumo é um dos principais focos

A crença de que todas as gerações estão, em certa medida, mais conectadas atualmente e de forma geral, está cada vez mais confirmada. Um relatório da GWI apontou que o TikTok registrou aumento de 57% de usuários baby boomers, ou seja, os nascidos entre 1945 e 1964.

A informação vai além de uma geração mais velha antenada com tecnologias da sociedade atual. Mais do que isso, essas pessoas estão ocupando espaços e mostrando para estes novos canais que são merecedores de atenção especial quando o assunto é consumo.

Além disso, o TikTok é a quarta mídia social mais utilizada pelo público baby boomer. A lista é composta ainda, do primeiro para o terceiro colocado, por Facebook, Instagram e X (novo Twitter).

Consumidor experiente

O estudo mostra que, com destaque para os EUA, os baby boomers se encontram mais “entusiasmados” com conteúdos comerciais nestes novos canais, como o TikTok. Por lá, aliás, houve aumento de 22% no número de pessoas acompanhando influenciadores desde o segundo trimestre de 2021.

Ao pensar na conversão do usuário para consumidor, abraçar essa categoria de pessoas se torna uma tarefa ainda mais necessária. Mais consolidados financeiramente que a geração Z, por exemplo, os baby boomers são mais bem pagos e, portanto, o poder de compra é maior.

Veja a comparação com a geração Z, de acordo com alguns critérios financeiros abordados pelo levantamento da GWI:

Acesso a cartão de crédito

+ Baby Boomers – 63%
+ Geração Z – 41%

Probabilidade de ter comprado um produto ou serviço online na última semana

+ Baby Boomers – 39%
+ Geração Z – 35%

Rendimento elevado

+ Baby Boomers – 30%
+ Geração Z – 21%

Poder de compra

+ Baby Boomers – maior para 23%
+ Geração Z – maior para 8%

Apesar de todas as colocações a favor de uma estratégia específica para consumidores mais experientes, na prática, isso ainda é irrisório. Até por isso, apenas 10% dos baby boomers se sentem representados com as campanhas publicitárias atuais.

“Em geral, quanto mais representados os consumidores se sentem, mais receptivos são ao marketing e, da mesma forma, as empresas que adaptam a sua abordagem as gerações mais velhas de uma forma mais autêntica. Estas obtém benefícios visíveis”, pontua o relatório.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/baby-boomers-invadem-tiktok-e-consumo-e-um-dos-principais-focos