Empresas precisam ser adaptativas

Entenda como uma estratégia de negócios adaptativa pode acelerar a resposta às oportunidades e ameaças de hoje e do futuro.

Vivemos uma época em que os negócios se transformam com muito mais velocidade e frequência. Os avanços das novas tecnologias como inteligência artificial (IA) e os novos comportamentos de consumo, além de outros eventos, têm forçado as organizações a serem muito mais ágeis para seguirem representativas em seu setor e gerando bons resultados de negócios.

Em muitos mercados, uma estratégia de negócios desenvolvida por meio de processos tradicionais – baseados em calendário, por exemplo – depende em grande parte da certeza de suas lideranças para convenções e avanços. Hoje, essa postura tem se tornado uma prática ultrapassada para empresas de sucesso, já que muitas vezes essa leitura é lenta ao responder à mudanças provocadas por inúmeros fatores.

À medida que líderes executivos buscam impulsionar o crescimento em meio às atuais condições voláteis de negócios, eles precisam de uma abordagem mais audaciosa, o que para especialistas se condicionou chamar de “estratégia adaptativa”.

“Uma abordagem adaptativa é mais adequada para um mundo onde os modelos de negócios estão se transformando com mais frequência e, quase sempre, de forma mais radical”, explica Ian Cox, Diretor Analista Sênior da Gartner. “Quanto mais rápida for a mudança, mais essencial se torna a adaptabilidade”.

Como iniciar a estratégia adaptativa

Mas como iniciar esse processo de criação de uma estratégia adaptativa dentro de uma empresa? Como identificar as práticas mais relevantes desse modelo para superar desafios e iniciar a sua execução o mais cedo possível?

Buscando selecionar e selecionar os elementos fundamentais relevantes e esse processo de construção e avaliação de insights em tempo real – o que dará suporte às práticas adaptativas prioritárias -, o Gartner elencou alguns pontos fundamentais para orientar empresas e líderes.

Quatro práticas centrais de estratégia adaptativa

1. Comece a execução o mais cedo possível

A estratégia define as escolhas e as ações de longo prazo que a empresa precisa fazer para criar, oferecer e capturar valor de acordo com o modelo de negócios. Contudo, quanto mais tempo for gasto na criação de um plano, menos tempo haverá para executá-lo, aumentando o risco de que o mundo mude e o plano fique ultrapassado.

A implementação rápida também ajuda a revelar as falhas do plano e a identificar onde é preciso melhorar. A estratégia adaptativa não exige informações completas ou perfeitas para executar; ela usa informações disponíveis para identificar as ações mais imediatas que são necessárias para o sucesso.

2. Responda às mudanças à medida que elas ocorrem

Uma empresa de fato adaptativa monitora seu contexto de negócios de forma contínua, iniciando a revisão da estratégia sempre que novas informações estão disponíveis para reformular o contexto. Em um cenário altamente turbulento, pouquíssimas empresas podem se dar ao luxo de esperar um ano para revisar sua estratégia de negócios.

Importante neste tópico é entender que, a visão que guia uma estratégia adaptativa pode ser ousada e de longo prazo, mas, deve ser continuamente ampliada, e não mudada completamente depois de alguns anos.

3. Aceite a incerteza e a explore

A incerteza é a mãe das oportunidades. Mesmo que isso envolva aceitar um nível de risco inevitável em algumas áreas. Para as empresas que abraçam a incerteza e os riscos e respondem a eles rapidamente, essas empresas têm mais probabilidade de sucesso em um mundo incerto.

4. Envolva todos na estratégia adaptativa

Um processo de estratégia adaptativa tem caráter inclusivo, envolvente e colaborativo, com qualquer pessoa dentro e fora da organização contribuindo com ideias e insights. Essa abordagem aumenta a capacidade de a empresa criar, atualizar e implementar a estratégia e melhorar a qualidade dos seus resultados.

Agora que você conhece as práticas centrais de uma estratégia adaptativa, o Gartner separou os elementos fundamentais desse modelo:

Processo – A forma na qual a estratégia é criada, revisada, mantida e atualizada. Ele é composto por decisões distribuídas, sprints de estratégia e processo contínuo.

Resultados – O formato, o conteúdo ou a estrutura da estratégia. Composto por estratégias baseadas em opções, estratégias baseadas em experimentos e estratégia mínima viável.

 

Grandes varejistas em favelas: inclusão econômica e desafios logísticos do e-commerce

À medida que as grandes varejistas busquem estratégias de se posicionar nas favelas, a necessidade de abordar desafios logísticos e sociais se tornará ainda mais presente.

As favelas, muitas vezes esquecidas pelos grupos econômicos e empresas no Brasil e, em muitos casos, apontadas como áreas de risco para a operação de entrega do e-commerce, são importantes núcleos de vida e cultura, com população estimada em 17,1 milhões de pessoas, segundo uma pesquisa do Instituto Locomotiva, em parceria com o Data Favela e a Central Única das Favelas (Cufa).

Porém, nos últimos anos, uma tendência notável começou a emergir: grandes varejistas estão estabelecendo bases nesses espaços anteriormente negligenciados. Por um lado, essa iniciativa promove a inclusão econômica e social dessas comunidades, porém, há uma série de desafios logísticos que precisam ter um olhar especializado, além de um planejamento estruturado.

Quando pensamos no tema de inclusão econômica e social a presença de grandes varejistas nas favelas gera um impacto direto na economia local. A criação de empregos em lojas, a distribuição e os serviços auxiliares proporcionam uma chance valiosa para os moradores.

No tema de impacto na economia local podemos contar com uma perspectiva de substancial crescimento influenciado pela presença de empresas locais que farão parte da operação de logística de grandes varejistas, ou seja, tais organizações usarão a mão de obra dos moradores locais.

Além disso, programas de capacitação e treinamento oferecidos pelas empresas podem ajudar no desenvolvimento de habilidades profissionais e pessoais, aumentando as perspectivas de carreira dos residentes.

Esse movimento também gera potencial aumento na circulação de investimento na região, estimulando o crescimento de pequenos negócios, como mercearias e restaurantes, criando um ciclo de desenvolvimento econômico que beneficia toda a comunidade.

Pelo lado dos desafios logísticos, que são uma consequência dessas iniciativas, é preciso considerar que as favelas frequentemente apresentam infraestrutura limitada e densidade populacional alta, o que dificulta a logística de entrega de produtos e o gerenciamento de estoque.

Por isso, a adaptação dessas condições exige criatividade e investimento em soluções específicas para operar de forma eficaz. Abaixo são apresentados quatro desafios sob a ótica do risco:

Relacionamento institucional: o estabelecimento de relações comunitárias é um fator crucial para o sucesso das grandes varejistas. Empresas que adotam uma abordagem colaborativa, envolvendo-se com os líderes locais, ouvindo as necessidades da comunidade e implementando programas sociais voltados para o bem-estar dos moradores, tendem a construir parcerias mais sólidas e sustentáveis.

Análise dos riscos: tem como foco garantir um estudo completo do trabalho de análise dos riscos, levando em conta a complexidade na implantação de uma base para armazenamento dos produtos e a definição do modelo que a logística irá se utilizar para as entregas. Vale ressaltar que cada estado, cidade e até região possui riscos diferente e devem ser detalhados nesta abordagem.

Planejamento de ações de mitigação: com base nas análises, é necessário planejar a implantação das recomendações para mitigar os riscos antes do início das atividades. Vale ressaltar a necessidade de elaborar o mapa sobre como será o monitoramento e as estratégias de gestão de crises em casos de ocorrências.

Inteligência e estudo dos hábitos e indicadores: uma ação imprescindível para qualquer operação que tenha projeção de se manter atualizada e sustentável no segmento do varejo e e-commerce é a do investimento e esforço direcionado para a inteligência, elaborando estudos que possam mapear de forma on-line os hábitos de consumo e os riscos para a operação. Nesse sentido, são recomendadas a utilização de núcleos de inteligência para tais fins.
O e-commerce no Brasil tem um grande potencial de desempenhar um papel significativo nas favelas, uma relação sustentável para todos, oferecendo oportunidades econômicas e melhorando o acesso a produtos e serviços para essa população, que normalmente fica esquecida e negligenciada.

À medida que as grandes varejistas busquem estratégias de se posicionar nas favelas, a necessidade de abordar desafios logísticos e sociais se tornará ainda mais presente.

A tecnologia e a inteligência, como soluções de entrega inovadoras, monitoramento inteligente dos riscos e métodos de gestão eficientes, podem desempenhar um papel crucial na superação desses obstáculos. Ao fazer isso, as grandes redes podem contribuir para uma transformação genuína e benéfica nas favelas.

*Paulo Murata e Marcelo Oliveira são, respectivamente, gerente e consultor na área de Segurança Empresarial da ICTS Security

‘https://mundologistica.com.br/artigos/grandes-varejistas-em-favelas-inclusao-e-desafio-logistico

Natura &Co e prefeitura de Cajamar lançam programa de logística reversa em parceria público-privada

O programa visa promover a reciclagem de embalagens por meio da conexão com escolas da rede pública, estruturação da coleta seletiva e apoio aos catadores, e incentivo para que os fornecedores do grupo Natura&Co utilizem os resíduos.

Em parceria público-privada, a fabricante de cosméticos Natura &Co América Latina e a prefeitura de Cajamar, cidade do interior de São Paulo onde está a maior operação fabril da companhia, se unem numa iniciativa de logística reversa de materiais recicláveis. 

O programa, chamado Elo Verde, visa promover a reciclagem de embalagens por meio da conexão com escolas da rede pública, estruturação da coleta seletiva e apoio aos catadores, e incentivo para que os fornecedores do grupo Natura&Co utilizem os resíduos como insumos para a produção de novas embalagens.

“Sempre buscamos melhorar o entorno da operação. A iniciativa em Cajamar envolve vários setores da prefeitura e parceiros para o fortalecimento da logística reversa na região de modo a inspirar ações também em outras localidades do grupo. Sabemos que não fazemos nada sozinhos. Então, quando começamos essa conversa há três meses, o objetivo era gerar um ciclo virtuoso”, diz Ana Costa vice-presidente de Sustentabilidade, Jurídico, Reputação e Comunicação Corporativa da Natura &Co América Latina em entrevista exclusiva à EXAME.

Para Danilo Joan, prefeito de Cajamar, o projeto Elo Verde representa um passo importante para a transformação sustentável da cidade. “O sistema de coleta e troca proposto é simples e eficaz, envolvendo ativamente os munícipes na promoção da reciclagem. Ao participarem desse esforço, eles não apenas contribuirão para a preservação de um ambiente mais limpo, mas também serão recompensados com produtos Avon. Essa iniciativa certamente impulsionará a reciclagem”.

A iniciativa ajuda a Natura &Co América Latina a alcançar a meta pública de usar 100% de materiais reutilizáveis, refiláveis, recicláveis ou compostáveis nas mebalagens até 2030 — atualmente são 82,5%. Em 2022, a empresa também alcançou 10,5% de uso de plástico reciclado pós-consumo, ante 8,5% no ano anterior. A Natura passou de 16% para 20% de uso de plástico reciclado pós-consumo em suas embalagens e o objetivo é chegar a 50% até 2030.

Como o Elo Verde irá funciona

Para dar início ao programa, a Natura &Co América Latina realizou uma doação à Prefeitura de R$ 4,4 milhões em produtos de beleza da marca Avon. E, de acordo com Costa, há a expectativa de que as outras marcas do grupo também entrem no programa conforme o desenvolvimento das práticas.

Os itens serão entregues como incentivo aos cidadãos que descartarem materiais recicláveis nos pontos de coleta instalados, nesta primeira fase, em dez pontos da cidade. O objetivo é, por meio desse estímulo, motivar a reciclagem na comunidade. A Prefeitura ficará responsável pela administração do estoque dos produtos e da elaboração do plano de trabalho junto à companhia.

“A legislação permite o ponto de coleta nas escolas, mas não a troca de produtos. Então, contratamos a ONG Espaço Urbano para nos ajudar a desenhar os melhores pontos de contato para o recebimento dos resíduos, assim como para as atividades de educação ambiental com os alunos da rede pública”, explica Costa.

A ONG também ajuda na organização da dinâmica promocional. “Estamos ajustando a dinâmica que poderá considerar, por exemplo, a troca de um produto a cada cinco selos juntados, um cartão fidelidade ou algo semelhante”. Por conta dos detalhes, e da agenda escolar, o início do programa está previsto para janeiro.

Para Josie Peressinoto Romero, vice-presidente de Operações e Logística de Natura &Co América Latina, a novidade é  uma cooperação que beneficia toda a cadeia. “O Elo Verde nasce da nossa experiência com outras ações em circularidade, como o Natura Elos, que desde 2017 estrutura cadeias de reciclagem de materiais para abastecer nosso processo produtivo. Quando unimos propósito e ação, geramos legado”, diz.

Iniciado há seis anos, o programa de logística reversa da Natura já permitiu que mais de 50 mil toneladas de materiais fossem reincorporadas às embalagens e materiais de apoio – primeiramente da Natura e, em 2022, teve início a ampliação gradual para a Avon. Nesse mesmo ano, o número de cooperativas participantes quase dobrou, passando de 25 para 47, e o número de catadores chegou a 2.039 pessoas.

Parceria público-privada em logística reversa

Costa reforça que o principal diferencial do Elo Verde, além da união entre educação ambiental e geração de renda, é estabelecer, dentro de uma parceria público-privada, uma cadeia de abastecimento ética e sustentável, inteiramente rastreável, homologada de ponta a ponta, e que promove a inclusão produtiva e o trabalho digno dos catadores.

“Estamos muito felizes com essa parceria junto à prefeitura de Cajamar. A nossa proposta de valor é gerar prosperidade e desenvolvimento por meio da cosmética e isso inclui promover o bem-estar social de toda a nossa rede, que inclui as comunidades no entorno de nossas unidades. A assinatura desse acordo é só um começo de um projeto que deixará um impacto positivo não só para Natura e Avon, mas para toda a população de Cajamar”, afirma.

Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em 2022, apenas 4% de 82 milhões de toneladas de resíduos urbanos produzidos no Brasil foram reciclados. Com o intuito de promover hábitos mais conscientes entre os consumidores e reforçar a importância da reciclagem, a Natura relançou, no ano passado, o programa de logística reversa “Recicle com a Natura”.

O programa já soma mais de 700 pontos de coleta em lojas próprias da marca e franquias “Aqui tem Natura” e permitiu reciclar 50 toneladas de embalagens de cosméticos, que foram reintroduzidas em cadeias de reciclagem ou receberam uma destinação final adequada.

Iniciativa conecta moradores e profissionais das favelas com grandes empresas

O potencial de consumo das favelas passa de R$ 200 bilhões anualmente. Paraisópolis, sozinha, movimenta uma economia de R$ 705 milhões.

Ignoradas por grande parte da população de classe média, as favelas fazem parte das metrópoles há décadas. Marginalizadas e sem investimento em infraestrutura, as periferias abrigam grande parte da classe trabalhadora dos setores básicos, seja do comércio ou da indústria, mas continuam segregadas do resto das cidades.

Paraisópolis, uma das maiores favelas de São Paulo, fica localizada ao lado de um dos bairros mais chiques da cidade – quem nunca viu a famosa foto do prédio com piscinas em todas as varandas ao lado das casinhas humildes amontoadas umas sobre as outras? Apesar de (ou extamente por) ser a mais famosa da capital paulista, ela sofre dos mesmos problemas – principalmente o preconceito de diversas empresas em relação aos moradores.

Com o intuito de realizar essa aproximação entre comunicadores e empregadores com profissionais e moradores, Joildo Santos idealizou o Grupo Cria, conglomerado focado em comunicação, inovação, publicidade e tecnologia, especialmente para as periferias e favelas do Brasil. A empresa tem crescido vertiginosamente e atua em mais de 350 favelas e comunidades.

“Percebemos a necessidade de levar expertise e vivência de Paraisópolis para outras favelas, e além do jornal, começamos a trabalhar com outras frentes de comunicação. Com o crescimento de demandas nos diferentes segmentos, percebemos a oportunidade de separar por negócios e criamos o Grupo Cria”, explica Joildo.

Segundo o CEO, a necessidade de fundar o Grupo Cria começou a sentir sentida para visibilizar a rica produção cultural, esportiva e empreendedora que ocorre nas favelas. “O Grupo surgiu a partir do Jornal Espaço do Povo, e ampliamos sua atuação para além do jornalismo, buscando democratizar a comunicação, inovação e tecnologia nas comunidades”, acrescenta. “Investir em Paraisópolis, em particular, provavelmente se deve ao desejo de causar um impacto positivo numa das favelas mais populosas de São Paulo, com grande potencial criativo e empreendedor”, destaca Joildo Santos.

Impactos do Grupo Cria na economia das favelas
Essa iniciativa não serve apenas para trazer inovação para dentro das comunidades, mas acaba afetando outros pontos de forma indireta. “O foco primário do Grupo Cria não é a redução de criminalidade, mas empoderar as comunidades por meio de informação, capacitação e oportunidades econômicas. Isso, de forma indireta, pode ter sim um efeito, um impacto positivo na diminuição da violência”, comenta.

Expor as experiências dos moradores e trazer essa integração entre cidade e favela é uma das mudanças que mais fazem diferença no dia a dia da comunidade. “A visibilidade oferecida pelo grupo ajuda a romper estigmas e abre novas oportunidades para os moradores, sejam elas em forma de emprego, educação ou desenvolvimento de habilidades”, fala.

As informações compartilhadas pelo Grupo Cria focam em mostrar uma perspectiva que normalmente não é vista nos veículos tradicionais de mídia, conta Joildo Santos. Até agora, 13 empresas já se tornaram parceiras do Grupo Cria, além de 20 profissionais fixos, que atendem marcas como Avon, Google, Amazon, Casas Bahia, Bradesco, TecBan, Club Social, Lojas Estrelas. As empresas realizam ativações e campanhas dentro das favelas – um enorme mercado consumidor e muitas vezes negligenciado.

“A favela é potencial, é terreno fértil para alcançarmos voos maiores e não rasantes. Somos a personificação da inovação e do empoderamento nas favelas e periferias”, conta o CEO. Ele explica que o impacto social é mensurado por meio da participação em ações educacionais e divulgações de qualificação, empoderamento e diversidade. “Toda nossa atuação é pensada para minimizar o impacto ambiental, amplificar a economia local e ser transparente em nossa forma de fazer comunicação”, completa.

Para quem acha que a economia das favelas não fazem diferença no panorama geral do país, está totalmente errado. Comunidades no Brasil movimentam algo em torno de R$ 200 bilhões anualmente, movidas pelos mais de 19 milhões de moradores. As 13 maiores favelas do Brasil têm um potencial de consumo que chega a R$ 7,9 bilhões, de acordo com estudo da Outdoor Social. Só a Comunidade de Paraisópolis movimenta R$ 705 milhões anualmente, pelos cerca de 100 mil habitantes que vivem ali.
https://consumidormoderno.com.br/2023/10/19/favelas-grupo-cria/?utm_campaign=cm_news_201023&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Mercado Livre cria iniciativa para promover vendas de empreendedores LGBTQI+

O Mercado Livre anunciou a criação da Loja do Orgulho, reforçando seu apoio à comunidade LGBTQI+. A iniciativa conta com a curadoria da Nhaí e já possui 13 marcas vendendo no espaço, que é dedicado aos empreendedores da comunidade, oferecendo maior visibilidade a esses negócios na plataforma.

Na loja dedicada, são oferecidos roupas e artigos de moda, sendo o primeiro canal de vendas ou mesmo um complemento dos canais das marcas que participam da iniciativa. A expectativa é que outros projetos relacionados à causa passem a integrar esse espaço, expandindo para outras categorias e ampliando a oferta geral de produtos.

O espaço está alinhado ao compromisso assumido pelo Mercado Livre de fomentar o empreendedorismo de impacto positivo e a geração de renda a milhares de empreendedores brasileiros, que contribui para uma sociedade mais justa e inclusiva. Dentre as marcas presentes estão: Afro Perifa, Arte trava, Berimbau Brasil, Brechou Arrasou, Coco Brazil Moda Oficial, Doria Miranda, Logay, Luciano Pinheiro, Macramêxias, Nós Antonia, OMISORÓ, Orgulhe-se e Underline. Além desta loja oficial, a plataforma conta com outras 2.700, dentre elas a loja da Feira Preta, lançada em 2021.

“A criação da Loja do Orgulho amplia a visibilidade das marcas e cria oportunidades de crescimento para novos públicos, auxiliando no desenvolvimento de empreendedores que, historicamente, possuem menos acesso ao mercado. Além de ampliar a diversidade de produtos na plataforma, iniciativas como essa são essenciais para concretizar o nosso propósito de levar o progresso para sociedade”, destacou Thais Nicolau, diretora de Branding do Mercado Livre na América Latina.

Ao alavancar pequenos negócios, a loja também atua na promoção da diversidade, equidade e inclusão dessa população. A proposta deve incentivar outras plataformas de vendas online a adotarem a mesma iniciativa, se aproximando dessa comunidade empreendedora para ampliar e democratizar o acesso de todas as pessoas ao comércio eletrônico.

Cinco dicas de logística para aprimorar a experiência do cliente

Muito se fala da experiência de compra dentro do próprio e-commerce, como a navegação pelo site precisa ser intuitiva, como o fluxo de compra precisa ser funcional nos mínimos detalhes. Sim, esse é um ponto primordial para que o cliente realize uma compra online sem frustrações. Porém, para que essa experiência gere uma fidelização, há outros setores que merecem atenção e que também possuem um contato direto com o cliente final.

Confira cinco dicas de logística que impactam na experiência, satisfação e fidelização do consumidor.

Entre os principais setores que influenciam na experiência do cliente está a área de logística e armazenamento. Afinal, um cliente satisfeito espera que sua encomenda seja entregue cada vez mais rápido, com um valor de frete justo e com a personalização que cada tipo de produto exige.

Dentro desse cenário, vou apresentar para você cinco dicas de logística que impactam na experiência, satisfação e fidelização do consumidor. Vale enfatizar que todos os pontos descritos abaixo são essenciais para destacar o seu e-commerce em meio às diversas opções que o cliente encontra online atualmente. Por isso, invista em cada um deles para ter uma operação logística eficiente e que traga escala para o seu modelo de negócio.

1 – Faça o controle de estoque para atender à demanda

O primeiro passo para garantir uma experiência de compra efetiva é realizar o controle de estoque de forma assertiva e totalmente automatizada, conforme as saídas. Imagine que seu cliente comprou uma garrafa de uma bebida específica no seu e-commerce e, ao receber a encomenda, o item chega em forma de lata. Ao entrar em contato com o SAC, o cliente descobre que ele recebeu outro tipo de embalagem porque não havia estoque da mercadoria que ele tinha comprado.

Isso, além de gerar uma desconfiança no consumidor, mostra uma clara falha de gestão de estoque. Tenha em mente que todos os produtos que você oferece no seu catálogo precisam passar por uma previsão de demanda, o que pode ser feito com a ajuda de ferramentas de tecnologia e inteligência de dados.

2 – Personalize a encomenda de acordo com a experiência que quer entregar ao consumidor

Outro cuidado que você precisa ter é com a embalagem do seu produto. Dependendo do item, ela terá que ser mais reforçada para que a mercadoria chegue ao consumidor em perfeitas condições, eliminando, assim, as chances de avarias que podem acarretar na troca do pedido (e, convenhamos, isso traz prejuízos para o cliente e para a sua empresa).

Agora, se você tem uma marca premium, o cuidado deve ser redobrado, já que o empacotamento requer uma personalização mais sofisticada. Há produtos desse segmento que são entregues em caixas brancas, com laços de amarração específicos e, por isso, os colaboradores que separam os pedidos no centro de distribuição (CD) devem utilizar luvas para fazer o procedimento. Aqui, todo detalhe é pouco e precisa ser aprimorado a cada dia.

3 – Garanta a segurança no transporte das mercadorias

Seja saindo do armazém central para o centro de distribuição, ou do centro de distribuição para o consumidor final, a segurança no transporte de produtos é primordial para que a entrega ocorra dentro do previsto. É importante destacar que se o seu produto é de alto valor, essa segurança no trajeto precisa ser reforçada, para não ocorrerem extravios de carga.

Outra dica é disponibilizar um canal onde o cliente possa acompanhar o trajeto da mercadoria de forma assertiva e em tempo real, algo semelhante aos apps de transporte particular de passageiros. Assim, você mantém o consumidor informado sobre o procedimento e evita que a carga volte para o CD, caso não tenha alguém no endereço para receber o pacote.

4 – Encurte o caminho da marca até o cliente

Ter uma rede de centros de distribuição, em pontos estratégicos do país, diminui o caminho da sua empresa até o cliente final. Isso se traduz em uma redução no valor do frete, assim como na oportunidade de trabalhar mais com ofertas de frete grátis e subsidiadas pela marca, trazendo uma ação diferenciada para o consumidor.

Lembre-se: o prazo de entrega e o frete são fatores determinantes para que o cliente feche uma compra com você. Segundo pesquisa realizada pela Opinion Box em junho de 2023, 72% dos consumidores procuram lojas que oferecem frete grátis ou um valor baixo de frete, e 53% se atentam ao tempo de entrega.

5 – Disponibilize entregas no mesmo dia ou no dia seguinte

Para suprir a necessidade de imediatismo do consumidor moderno, um atrativo é oferecer modalidades de entrega em um menor tempo possível. Aqui, entram os recursos de entrega no mesmo dia (Same Day) e no dia seguinte (Next Day). Para isso, estipule regras de utilização desse tipo de frete, levando em conta a estrutura e a localização dos seus CDs.

O Same Day e o Next Day Delivery, inclusive, podem fazer com que o cliente escolha a sua loja para fazer compras em datas comemorativas. Aqui, você captura os compradores de última hora e ganha a possibilidade de fidelização, caso você ofereça os famosos programas de recompensa ou cashback.

Dica bônus: Tenha um serviço de SAC atrelado à logística

Como citado no início deste artigo, o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) tem um papel fundamental no relacionamento da marca com o cliente. E quando esse serviço está atrelado ao dia a dia da logística, ele tende a ser ainda mais eficiente.

É com ele que o cliente vai tirar dúvidas e resolver possíveis problemas com a entrega. Por isso, tenha atenção ao SAC e aos outros cinco pontos apresentados aqui. Aposte na logística para promover a melhor experiência de compra online que o seu consumidor já viu!

Inovações Moldam o Futuro da Logística Brasileira

Van branca fazendo transporte logistico

Um olhar tecnológico sobre a distribuição de produtos no país

A revolução do varejo brasileiro é facilmente notável através da forma como produtos são distribuídos e entregues aos consumidores. Se, no passado, a logística se apresentava como uma barreira ao crescimento do comércio – em especial o eletrônico –, atualmente, essa dinâmica mudou. Marketplaces, redes de grande varejo e até lojas tradicionais elevaram seus padrões de entrega.

Por trás dessa mudança, há uma necessidade iminente de empresas de distribuição adaptarem não apenas suas frotas, mas suas estratégias de gestão de equipes e clientes. E a palavra-chave para essa transformação é “tecnologia”. Artigos recomendados

Adaptação e Inovação em Foco

Victor Vilas Boas Cavalcanti, comandante da Infleet, empresa voltada para soluções tecnológicas na gestão logística, destaca a importância dessa reinvenção. Segundo ele, “Assim como o varejo abraçou a informatização, empresas de logística precisam integrar tecnologias para tornar os processos mais rápidos e exatos.”

Diante disso, Cavalcanti destaca algumas tendências que estão reformulando o cenário logístico.

O Poder da Tecnologia no Mundo Logístico

  1. Internet das Coisas (IoT) e Telemetria
    A IoT permite que veículos sejam interconectados, transmitindo dados em tempo real. Dispositivos inteligentes agora monitoram desde o desempenho do veículo até o comportamento do motorista. Enquanto isso, a telemetria aprimora a gestão remota, através de informações como localização e desempenho dos veículos, otimizando a tomada de decisões.
  2. Big Data e Análise de Dados
    Não basta apenas coletar dados – é fundamental interpretá-los. Com o Big Data, é possível discernir padrões, otimizar rotas e até mesmo prever falhas mecânicas. “Uma cultura de condução econômica pode surgir da combinação inteligente de diversos dados, como velocidade e frenagens”, comenta Cavalcanti.
  3. Inteligência Artificial (IA) e Aprendizado de Máquina
    Estas tecnologias estão potencializando a gestão de frotas. Através da análise de dados passados e presentes, padrões são identificados, previsões são feitas e estratégias são otimizadas. Um exemplo prático? A gestão eficiente de combustível, que agora pode ser otimizada com IA.
  4. Mobilidade como Serviço (MaaS)
    MaaS é a união de diversos meios de transporte sob um único serviço tecnológico. Essa integração traz vantagens tanto para a gestão de frotas quanto para contratantes, garantindo mais segurança e eficiência nos processos logísticos.

Cavalcanti conclui, “É vital entender que essas tendências são fluidas, moldando-se de acordo com os avanços tecnológicos e as especificidades do setor logístico.”

Uma Evolução Contínua

A medida que o cenário tecnológico continua a se expandir, o setor logístico se beneficia das inovações que vão além das tendências atuais. A adaptabilidade é, portanto, um aspecto crucial para empresas que desejam se manter à frente e prosperar nessa indústria em rápida evolução.

Incorporando a Sustentabilidade

Outro fator que está emergindo com força no cenário logístico é a busca por soluções sustentáveis. Com a crescente conscientização sobre mudanças climáticas e a necessidade de reduzir emissões de carbono, empresas de logística estão sendo incentivadas a adotar práticas mais verdes. Seja através de veículos elétricos ou de rotas otimizadas para economizar combustível, a sustentabilidade está rapidamente se tornando uma prioridade.

O Fator Humano

Enquanto a tecnologia desempenha um papel vital, o elemento humano permanece central. Capacitar equipes, oferecer treinamentos atualizados e promover uma cultura de inovação são etapas essenciais para garantir que as empresas não apenas adotem novas tecnologias, mas também as utilizem de forma eficaz.

Cavalcanti destaca a importância desse equilíbrio: “A tecnologia é uma ferramenta poderosa, mas é nossa equipe que dá vida a ela. Investir em pessoas é tão crucial quanto investir em novos softwares ou veículos.”

A logística, como muitos outros setores, está em um ponto de inflexão. As inovações tecnológicas estão redefinindo o que é possível, mas cabe às empresas abraçar essas mudanças, adaptar-se e continuar evoluindo. O futuro da logística no Brasil é brilhante, e aqueles que se adaptarem mais rapidamente estarão na vanguarda dessa revolução.

Mais da metade dos brasileiros têm preferência por compras online

O Brasil vem se consolidando como um dos países mais fiéis ao comércio eletrônico em todo o mundo, revelam dados recentes. De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o valor total de bens e serviços vendidos online no país entre 2019 e 2022 atingiu a marca de R$ 450 bilhões, mais que o dobro do período de 2016 a 2019, quando alcançou apenas R$ 178,07 bilhões. Esse notável crescimento, em parte impulsionado pela pandemia da COVID-19 e pela mudança de hábitos dos consumidores, reflete também a preferência dos brasileiros pelo comércio eletrônico.

(Imagem: Freepik)

De acordo com a YouGov, uma multinacional especializada em pesquisa de mercado online, 55,1% dos brasileiros adultos afirmam que preferem comprar produtos online ao invés das lojas físicas. Esse índice supera a média da América Latina, que representa 35,1%. A preferência do Brasil com o comércio eletrônico se destaca até mesmo globalmente, onde a média de escolha por compras online é de apenas 40,1%.

(Imagem: YouGov/Reprodução)

David Eastman, diretor-geral e comercial da YouGov na América Latina, comentou que “O Brasil está entre os países mais entusiastas do comércio online. Em uma análise regional, nenhuma área geográfica apresenta uma porcentagem média maior do que os 55,1% do Brasil. E, quando comparado com mercados como Turquia, Tailândia, Índia e Indonésia, onde mais da metade da população prefere o comércio online, o Brasil lidera, com exceção apenas dos consumidores chineses, onde 59,6% afirmam preferir as compras online em detrimento das lojas físicas.”

A preferência por descontos em aplicativos

Além da simpatia pelo comércio eletrônico, os brasileiros também se destacam em outras atitudes relacionadas a essa modalidade de compra. Os dados também mostram que, quatro em cada 10 consumidores no Brasil acreditam ser especialistas em encontrar descontos e ofertas online, em comparação com a média global de 37,6%. Os brasileiros também querem que todas as lojas e marcas tenham aplicativos para facilitar as compras online.

Em relação às tecnologias que podem melhorar a experiência de compra online, 52% dos brasileiros acreditam que a Realidade Aumentada vai deixar as compras mais divertidas, uma número que só fica abaixo do que a África do Sul. No geral, quase sete em cada 10 brasileiros acreditam que o comércio eletrônico facilita suas vidas, um número que supera média global.

O Omnicanal em destaque

Apesar do entusiasmo pelo comércio eletrônico, os consumidores brasileiros não utilizam necessariamente todas as ferramentas digitais para pesquisa e compra de produtos. Eles são menos propensos do que a média global a usar plataformas digitais para ver o que está disponível no mercado. Nessa comparação, também é mais raro, que um cliente brasileiro veja algo online e depois o compre em uma loja física

No entanto, eles têm uma predileção por usar aplicativos para comprar produtos que gostaram online, com 31,4% dos adotando essa prática, em comparação com apenas 21,5% da população global, além de serem muito mais propensos a usar esses aplicativos para comprar um produto em uma loja física, o que demonstra uma adesão às compras omnicanal.

Os produtos preferidos

Sobre os produtos, o consumidor do Brasil demonstra maior propensão para comprar produtos financeiros, eletrodomésticos, TVs, computadores e seus acessórios por meio de portais online. Por outro lado, têm menor probabilidade de recorrer ao comércio eletrônico para adquirir malas, jogos, produtos de beleza, cuidados pessoais e roupas e calçados. Essas diferenças em relação à média global são importantes para marcas com presença internacional que buscam atrair o mercado no país.

O Brasil continua se destacando como um mercado de comércio eletrônico em rápido crescimento, com consumidores que demonstram uma afinidade crescente por essa forma de compras, juntamente com uma disposição notável para adotar tecnologias inovadoras que aprimorem sua experiência de compras online.

Apoiada no e-commerce, indústria farmacêutica deve movimentar mais de R$ 162 bilhões em 2023

Trabalhando em sintonia com o e-commerce, a indústria farmacêutica observa um crescimento global desde 2020. Até 2032, o setor espera atingir US$ 273,6 bilhões, conforme dados da Future Market Insights. No Brasil, segundo a Neotrust, o setor de Saúde e Farma aumentou em 40% o faturamento este ano.

Segundo dados da Mckinsey, a área de healthcare viu um crescimento de 38 vezes no segmento de telemedicina. Já o ramo farmacêutico teve um salto de 6,6% entre julho de 2020 e julho de 2021, de acordo com dados da Abrafarma, movimentando cerca de R$ 103 bilhões no período.

Já o Guia da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) afirma que o mercado farmacêutico brasileiro deve movimentar entre US$ 39 bilhões (R$ 162 bilhões) e US$ 43 bilhões (R$ 179 bilhões) em 2023, comercializando algo em torno de 238 milhões de doses.

E-commerce já é essencial à indústria farmacêutica

O Brasil caminha para se tornar o quinto maior mercado mundial de suprimentos médicos, com um crescimento esperado de 10,5% somente em 2023, segundo dados da consultoria IQVIA. E isso só comprova que a adoção do e-commerce pelas farmácias se tornou essencial para atender às demandas dos consumidores tanto no ambiente B2B quanto B2C.

O Brasil conta com mais de 118 mil CNPJs de varejistas focados no setor farmacêutico, de acordo com dados do DataSebrae. Vale ressaltar que, no país, são cerca de 84 mil farmácias existentes, além de mais de 4 mil distribuidores de medicamentos no Brasil.

Para Antonio Nunes, CEO da Instaleap, “o desafio para que o setor continue crescendo é entender como melhor atender os consumidores finais, desde o oferecimento de canais de acesso aos medicamentos e produtos de forma intuitiva até a entrega rápida”.

Receita de quem está na frente

No cenário internacional, países com liderança no desenvolvimento desse tipo de comunicação no varejo, como os EUA, já movimentam mais de US$ 1,1 trilhão com o e-commerce B2B, com foco em empresas para distribuição — mais do que o que se movimenta em B2C, quando a venda acontece para o cliente.

Entre os principais objetivos dessa estratégia estão:

– ampliação das vendas;

– expansão geográfica;

– captação de clientes;

– reforço do controle sobre processos;

– estoque e armazenamento;

– padronização digital de pedidos;

– flexibilidade nas vendas para melhor atendimento ao cliente;

– personalização e otimização da jornada de compra (incluindo o rastreamento de pedidos, agilidade na coleta dos medicamentos em diferentes lojas e melhoria da distribuição).

Vale destacar que a digitalização da indústria farmacêutica ainda é um ponto crucial no Brasil, uma vez que 82% das farmácias ainda não vendem online. A startup Napp, em parceria com o Google, já oferecem um esquema de digitalização totalmente gratuito para este mercado.

Como equilibrar tecnologia e empatia para o encantamento do cliente?

Fornecer uma experiência positiva é básico, o encantamento é que torna uma empresa especial Tempo de leitura: 3 minutos

Em um mundo marcado pela crescente digitalização, a jornada do cliente se transformou em uma complexa interação entre relações humanas e tecnológicas. Cada vez mais, as empresas passaram a desenvolver um conjunto de estratégias aliada as novas tecnologias para encantar os clientes. Entretanto, para haver sucesso nessa jornada é preciso haver fluidez e integração, sejam eles virtuais ou presenciais, para oferecer uma experiência consistente e personalizada.

Mais do que nunca, tecnologia e empatia se entrelaçam nessa jornada, e para isso, é fundamental as empresas acharem um equilíbrio nessa relação, e sobretudo, entendam como ela se desenvolve no mundo digital.

Tecnologia como aliada no encantamento do cliente

A tecnologia desempenha um papel fundamental nesse cenário. Prova disso são as empresas que passaram a usar as ferramentas de maneira inteligente e estratégica e, com isso, conseguiram antecipar as necessidades dos clientes, simplificar processos, além de passar a obter o conhecimento do comportamento do consumidor.

Destaque para o algoritmo e análise de dados, onde empresas passaram a personalizar suas ofertas e comunicações para esses clientes. A jornada do cliente “moderno” é uma dança entrelaçada entre o mundo físico e digital. Desde o momento em que um cliente interage com uma marca pela primeira vez, seja por meio de um site, aplicativo ou loja física, a primeira experiência começa a ser moldada. Quem nunca recebeu um e-mail ou um SMS em que se sentiu acolhido ou prestigiado pela empresa, após uma experiência de compra? É disso que estamos falando, das experiências que estão nos surpreendendo cada vez mais.

Por outro lado, empresas que não se empenham na criação de uma conexão com seus clientes estão fadadas a caírem no esquecimento. Nesse contexto, o estudo da Twilio Segment indicou que 71% dos consumidores se sentem frustrados quando sua experiência de compra é impessoal.

Não basta TER canais digitais, mas SER para clientes

Os canais digitais, como redes sociais, chatbots, call centers e outros são um combustível para uma experiência fluida e eficiente, pois de nada adianta sua empresa, por exemplo, ter um chatbot mas ser preciso ligar para tirar dúvida no call center. Aí entendemos a importância de todas essas ferramentas estarem integradas em uma experiência contínua.

É por essas questões e outras que o CONAREC 2023 apresentará o tema “O Encantamento do cliente a partir de uma jornada fluida e tecnológica”. O painel terá a intermediação da Euriale Voidela, CEO e fundadora na Consultoria Customer Centric e reunirá Daniella Brissac, vice-presidente de Marketing Brasil & CCX LATAM da Kenvue(J&J); MauricioVillar, sócio-fundador da Tembici e SaritaBesada, Diretora de CX do Quinto Andar para debater sobre o tema.

Essas lideranças trarão insigths sobre os principais desafios ao integrar diferentes pontos de contato tecnológicos na jornada do cliente, e de que forma as empresas podem garantir que a tecnologia utilizada realmente agregue valor à experiência do cliente e não a complique. Além disso, reveralão como medem o impacto da integração tecnológica na satisfação e lealdade do cliente e qual é o papel da formação e capacitação das equipes no sucesso de uma jornada fluida e tecnológica.

Euriale Voidela, CEO e Fundadora na Consultoria Customer Centric

É TEDx Speaker e também co autora do best seller “Protagonista”. Foi CEO da Camix Customer, empresa de treinamentos de experiência do cliente, palestrante, professora da EBAC e da CS Academy. Em 2021 foi eleita como uma das top 15 profissionais de CX pela Track e em 2023 top 10 pela CSX Week. Liderou mais de 300 iniciativas ao longo de toda a carreira em parceria com companhias como Oracle, Vivo, IBM, Harvard Business Review Brasil, por todos os estados brasileiros além de passagens marcantes pelo México, Chile, Colômbia e Miami.

Daniella Brissac VP Marketing Brasil & CCX LATAM – Kenvue (J&J)

Com forte legado de performance digital, inovação e estratégias regionais de negócios. Há mais de 15 anos na empresa, a executiva acumulou experiência como líder para diferentes categorias e marcas icônicas que acompanham os brasileiros por gerações.

Mauricio Villar – Sócio-fundador – Tembici Sarita Besada – Diretora de CX

É formado em Mecatrônica pela POLI-USP e pela École centrale de Marseille, na França, e é especialista em mobilidade urbana com uma carreira de mais de treze anos na área. Foi o precursor da entrada da tecnologia de bicicletas compartilhadas com estações no Brasil, tendo criado e implementado o projeto PedalUSP, o primeiro sistema de compartilhamento de bikes da Universidade de São Paulo.