Mercado Livre planeja investir R$ 10 bilhões no Brasil em 2021

O Mercado Livre investirá R$ 10 bilhões no Brasil neste ano, montante equivalente ao já aportado na operação do País nos últimos quatro anos, informou o presidente de Commerce do Mercado Livre para a América Latina, Stelleo Tolda.

“Os recursos serão usados para dar sequência ao plano de expansão da malha logística, da conta Mercado Pago e da força competitiva do marketplace no Brasil”, disse ele, durante apresentação do resultado da companhia para investidores. Segundo Tolda, os recursos serão também direcionados para iniciativas de impacto social e ambiental ao longo deste ano.

“Assim, mantemos nosso compromisso com a democratização e a profissionalização do comércio e dos serviços financeiros no Brasil, além de nos fortalecermos para este período desafiador para todos nós”, afirmou.

A operação brasileira foi apontada como destaque nas vendas da empresa, mostrando crescimento de 84% em moeda constante. Ao mesmo tempo, o Mercado Livre informa que a operação brasileira foi de US$ 720,5 milhões, um crescimento de 68% em dólar e 120% em real, ano contra ano. Segundo a companhia, a receita líquida do Brasil representou 54% do total da companhia, de US$ 1,3 bilhão no quarto trimestre.

O Mercado Livre fechou o trimestre com lucro bruto de US$ 489 milhões, com margem de 36,8%, ante 45,7% no mesmo trimestre do ano anterior. O resultado líquido foi um prejuízo de US$ 50,6 milhões no trimestre, resultando em um prejuízo líquido de US$ 1,02 por ação, diz a empresa, em nota.

 

Sequoia Logística : lucro líquido de R$ 7 milhões em 2020, revertendo prejuízo de 2019

A Sequoia Logística registrou lucro líquido de R$ 7,0 milhões, revertendo prejuízo líquido de R$ 7,1 milhões em 2019. O lucro líquido ajustado cresceu 182%, para R$ 42,7 milhões em 2020.

Os resultados da Sequoia(BOV:SEQL3) referentes suas operações do quarto trimestre de 2020 foram divulgados no dia 25/02/2021.

No acumulado anual, a receita líquida teve avanço de 94%, para R$ 1,18 bilhão.

4T20

A Sequoia Logística e Transportes registrou lucro líquido de R$ 17,7 milhões no quarto trimestre de 2020, o que representa alta de 196,1% em relação ao mesmo período de 2019.

No critério ajustado, excluindo despesas não recorrentes e amortização do ágio, o lucro somou R$ 30,7 milhões, alta de 144% no comparativo trimestral.

A receita líquida da logística de comércio eletrônico e tecnologia saltou 108% no comparativo trimestral, para R$ 344,1 milhões.

A receita bruta no trimestre foi de R$ 409,6 milhões, alta de 114%. A divisão de entrega direta ao consumidor, modelo B2C, registrou receita bruta de R$ 234,5 milhões, alta de 130%. Já o B2B reportou crescimento de 112% na receita, para R$ 134,3 milhões.

A companhia indica que a quantidade de pedidos cresceu 40% e totalizou 12,3 milhões ao final do quarto trimestre de 2020. Do total, 11,1 mil pedidos foram no segmento B2C, e os demais no B2B.

O Ebtida ajustado – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – que exclui despesas não recorrentes e despesas com fusões e aquisições, somou R$ 38 milhões entre outubro e dezembro, alta de 52%. A margem Ebitda caiu 4,1 pontos percentuais entre os trimestres, para 11%.

A Sequoia destaca ainda o lançamento da plataforma SFx, que permite entrega no mesmo dia ou integração na malha nacional para entregas interestaduais. Desde novembro, quando a plataforma foi lançada, foram realizadas mais de 136 mil entregas.

Pensando em investir na Sequoia Logística?

→ A Sequoia atua com foco em soluções logísticas para os serviços de Transporte B2C (last mile), Transporte B2B (fracionado expresso, completo, serviços de campo, logística reversa) e Serviços de Logística (armazenagem, separação, expedição, reversa, reparos), com soluções modulares e integradas, e apoiada por evolução de sua tecnologia proprietária. Confira a análise completa da empresa com informações exclusivas.

Governança Corporativa

As ações da Sequoia logística são listadas no Novo Mercado. O IPO da empresa ocorreu em 06 de outubro de 2020.

Desempenho da empresa na B3

No último ano, as ações da Sequoia Logística oscilaram entre a mínima de R$ 11,85 e a máxima de R$ 31,95. No último pregão antes da divulgação do resultado do 4T20, a empresa fechou em alta de 1,61%, negociada a R$ 30,94.

Com pandemia de Covid-19, varejo elimina 75,2 mil lojas

No início da pandemia de Covid-19, o empresário Marcelo de Carvalho, dono da cinquentenária Mototex, que confecciona e vende uniformes para restaurantes e condomínios, ficou com as duas lojas fechadas por três meses. Nesse período, continuou pagando aluguel e tendo outras despesas, mas sem a contrapartida da venda de uniformes. Em julho, Carvalho decidiu encerrar definitivamente uma das lojas. “Se a venda continuar aquém do necessário, cogitamos só ficar com a confecção e fabricar sob demanda”, diz.

Caso o plano de Carvalho de fechar a segunda loja se confirme e seja seguido por outros comerciantes, o varejo deve demorar para se recuperar do tombo de 2020. No ano passado, o isolamento social imposto pela pandemia e o avanço acelerado do comércio on-line derrubaram a abertura de lojas físicas no País. Entre inaugurações e fechamentos, o comércio perdeu 75,2 mil pontos de venda, revela estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), obtido com exclusividade pelo Estadão. O levantamento considera lojas com vínculo empregatício que entram no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O resultado de 2020 foi o pior desde 2016, quando o saldo tinha sido de 105,3 mil lojas fechando as portas, na época, por causa da maior recessão da história recente. Após dois anos seguidos de saldo positivo – com a abertura líquida de 27,1 mil lojas -, o estrago em 2020 só não foi maior por causa do auxílio emergencial, segundo o economista-chefe da CNC e responsável pelo estudo, Fabio Bentes. “Sem o auxílio teríamos tido seguramente mais de 100 mil lojas fechadas. ”

Apesar da digitalização acelerada do comércio por conta da pandemia, o varejo brasileiro é ainda muito dependente do consumo presencial, que responde por cerca de 90% das vendas. Essa relação é nítida, segundo Bentes, quando se constata que o impacto maior da pandemia ocorreu no primeiro semestre, com o fechamento líquido de 62,1 mil lojas. Nesse período, o índice de isolamento social atingiu o pico de 47% e as vendas recuaram quase 18% em abril. No segundo semestre, quando se iniciou o processo de reabertura e o consumo foi impulsionado pelo auxílio, o saldo negativo de abertura de lojas foi bem menor e ficou em 13,1 mil.

‘Tempestade perfeita’

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, o que explica o saldo negativo na abertura de lojas é uma “tempestade perfeita” que combinou o aperto provocado pela crise sanitária com a aceleração da digitalização do varejo, a redução da presença no País de marcas internacionais e o forte aumento de custos dos aluguéis, especialmente em shoppings. “Todos fatores estão interligados. ”

O fechamento de lojas de marcas internacionais, na opinião de Terra, tem relação com a crise sanitária, que levou muitas empresas a encerrarem pontos de venda em países que não são prioritários. Mas as empresas alegam outros motivos.

A espanhola Zara, por exemplo, do setor de vestuário, fechou sete lojas no País nos últimos três meses e ficou com 49 em funcionamento. Segundo fontes próximas da companhia, o encerramento desses pontos não está relacionado com a pandemia. Ele faz parte de um projeto global, anunciado antes da crise sanitária, de transformação digital no qual as lojas menores seriam desativadas.

A francesa L’Occitane au Brésil, de perfumaria, é outra que fechou 39 lojas em 2020 e manteve 157 em operação. Segundo a companhia, o encerramento das lojas é resultado da reestruturação, anterior à pandemia, que visa uma “adequação dos espaços do varejo”, como avanço da venda on-line.

Vagas formais perdidas

A retração de 1,5% nas vendas do varejo ampliado em 2020, que inclui veículos e materiais de construção, e o grande fechamento líquido de lojas físicas resultaram na perda de 25,7 mil postos formais de trabalho, aponta o levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base nos dados do Caged. Foi o primeiro saldo anual negativo no emprego do varejo desde 2016. Naquele ano, por conta da forte recessão foram fechadas 176,1 mil vagas, entre admissões e demissões.

Apesar do saldo negativo na ocupação do varejo em 2020, não houve uma reversão completa das vagas abertas nos três anos anteriores. Entre 2017, 2018 e 2019, o setor gerou 220,1 mil empregos com carteira.

Segundo o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, o grande fechamento de lojas físicas que houve em 2020 não deverá ser compensado este ano por conta do cenário incerto em relação às novas ondas da pandemia e ao ritmo de vacinação. “Seguramente, esse quadro deve fazer com que a retomada do emprego no comércio seja bem mais difícil, a menos que ocorra alguma surpresa.”

Além das incertezas sobre a retomada da abertura de lojas por causa da pandemia, ele lembra que o comércio eletrônico cujas vendas cresceram 37% em 2020, não tem capacidade de gerar tantos empregos como as lojas físicas.

Enxugamento nos pontos de venda

Todos os segmentos do comércio fecharam mais lojas do que abriram no ano passado. O enxugamento nos pontos de venda pegou até os “queridinhos” do varejo, como supermercados e lojas de materiais de construção, que ganharam grande impulso nas vendas por causa do auxílio emergencial.

Mas o segmento que mais fechou loja do que abriu em 2020 foi o de artigos de vestuário, calçados e acessórios, com um saldo negativo de 22,29 mil pontos de venda, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC). O segmento de vestuário fechou o ano com um estoque de lojas 10% menor em relação a dezembro de 2019 e com uma retração de quase o dobro do recuo do estoque total de lojas no varejo.

O varejo como um todo encerrou o ano de 2020 com 1,221 milhão de lojas ativas, um número 5,8% menor do que em 2019.

“O estrago foi maior no varejo não essencial, como as lojas de e vestuário, livrarias e no comércio automotivo”, observa o economista-chefe da CNC e responsável pelo levantamento, Fabio Bentes.

No caso dos artigos de vestuário, além da retração nas vendas pelo fato de as pessoas estarem confinadas em casa e consumido menos esse tipo de produto, as pressões de custos de aluguéis, especialmente de shoppings, onde a maioria dessas lojas estão instaladas, cresceram em ritmo exponencial.

Pressionado pelo câmbio e pelo aumento de preços das matérias-primas, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), o indexador mais usado nos contratos de locação, deu um salto. Em 12 meses até fevereiro deste ano acumula alta de quase 30%.

Angelo Campos, dono da MOB, confecção e rede de lojas de moda feminina, fechou três lojas, de um total de 34, no ano passado por causa dos custos operacionais elevados. No shopping, ele tem de pagar o rateio do condomínio, fundo de promoção, aluguel reajustado pelo IGP-M e 13.º aluguel. “E eles não quiseram negociar, independentemente da pandemia. ” Resultado: o empresário acabou trocando as três lojas próprias em shopping por cinco franquias na rua e o saldo foi positivo. Ele diz que tem intenção de fazer novas migrações para lojas de rua.

Dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) mostram que a vacância nos shoppings foi de 9,3% em 2020, ante 4,7% no ano anterior.

Apesar de segmentos do varejo que vendem produtos para serem consumidos em casa terem se saído melhor no ano passado, eles também não escaparam do fechamento de lojas. Os hipermercados, supermercados e minimercados fecharam o ano com saldo negativo 14,38 mil na abertura de lojas e o estoque de pontos de venda ficou 5,5% abaixo do de 2019.

“O que está sofrendo com a pandemia é o minimercado”, conta Hélio Freddi, diretor da rede Hirota. Com a queda de clientes em shoppings e em centros empresariais por causa do home office, ele fechou duas lojas Express nesses locais e abriu três em pontos de maior fluxo. Nas lojas de supermercado do grupo e as instaladas em condomínio, no entanto, o plano é expandir os pontos de venda.

 

A revolução logística das dark stores no varejo

A janela de oportunidades no e-commerce está maior do que nunca. Segundo a 42ª Webshoppers da Ebit|Nielsen e da Neotrust, 11,5 milhões de brasileiros fizeram sua primeira compra on-line em 2020, enquanto a consultoria de negócios Boston Consulting Group (BCG), na última edição do estudo Consumer Sentiment Brasil, indica que a influência digital na jornada do consumidor brasileiro está crescendo: o índice foi de 69% em 2020, contra 59% no ano anterior.

Para capturar os novos consumidores, um dos principais meios é apostando na velocidade e eficiência da entrega – é o que diz a pesquisa de 2016 da Dotcom Distribution, que identificou que 87% dos compradores on-line priorizam o prazo como o aspecto mais importante para escolher uma marca, e a 2018 Global Consumer Insights Survey, da PwC, que mostra que 64% dos consumidores brasileiros pagariam mais caro no frete para receber a mercadoria antes. Na superfície, isso diz que esperar 15 ou 20 dias para receber a compra virou coisa do passado; mais profundamente, que a experiência pode ser mais importante do que o preço.

Por isso, varejistas têm apostado com sucesso em uma estratégia relativamente nova, mas que cresceu muito em 2020: as dark stores, lojas sem acesso para clientes, que funcionam como Centros de Distribuição (CDs) em regiões geográficas estratégicas. O foco delas é armazenar, separar e enviar pedidos, mas, diferentes dos CDs tradicionais, são menores e, em vez de afastadas, ficam em grandes centros urbanos ou regiões de grande densidade populacional. A ideia é capilarizar o alcance da loja e, ao mesmo tempo, quebrar etapas do modelo de distribuição centralizado e simplificar a jornada do produto, dando vazão aos produtos, além de mais comodidade aos consumidores, que recebem entregas mais rapidamente, em mais regiões e até podem retirar a mercadoria nesses hubs logísticos.

Mesmo surgindo em operações de grandes empresas, as dark stores já se provam uma alternativa para as médias e pequenas ao otimizar espaços, atender demandas regionais e até pensar em estratégias promocionais localizadas para encorpar as vendas on-line. Não à toa, elas estão no planejamento de mais da metade dos varejistas para os próximos 12 meses, com expectativa de dobrar em volume nos próximos dois a três anos, segundo a 2ª parte da pesquisa da Blue Yonder, conduzida pela Researchscape International e divulgada na primeira parte da NRF 2021.

E, embora seja um conceito recente, já vem evoluindo e tomando novas formas para melhorar a experiência do cliente. A Gucci, em vez de usar as dark stores apenas como CDs estratégicos, deixou os ambientes totalmente iluminados, com uma bela disposição de produtos, e aproveita o espaço para fazer lives e atendimentos personalizados totalmente on-line aos seus clientes – no jargão do mercado, temos chamado isso de live selling.

Há muito espaço para as dark stores evoluírem, ainda mais em um país com dimensões continentais como o Brasil – as entregas demoraram 11,3 dias no primeiro semestre de 2020, contra 10,6 dias no mesmo período do ano anterior (42ª Webshoppers). Mas, mesmo com as dificuldades de planejamento e investimento trazidas pela pandemia, a hora certa para apostar em conceitos inovadores para o varejo é agora. Em tempos desafiadores é preciso se adaptar e, como disse uma vez Jeff Bezos, “perigoso é não evoluir”.

 

Loggi recebe aporte de R$1,15 bilhão e vai abrir 7 armazéns no Brasil em 2021

Em 2020, diante do isolamento social imposto pela a pandemia, o crescimento da empresa foi de 360%.

A companhia de entrega de encomendas Loggi anunciou nesta segunda-feira (1) uma nova captação, de 1,15 bilhão de reais, para ampliar a área de atuação e reduzir os prazos de entrega, com empresas do setor correndo para marcar posição num mercado que explodiu na esteira da pandemia da Covid-19.

A rodada foi liderada pela CapSur Capital e envolveu também o fundo Verde do gestor Luis Stuhlberger; além de investidores atuais, como monashees, Softbank, GGV, Microsoft e Sunley House, afirmou a Loggi.

Fundada em 2013, a Loggi vinha dobrando os volumes de entregas ano a ano. Em 2020, diante do isolamento social imposto pela a pandemia, o crescimento foi acelerado para 360%.

Diante disso, no ano passado a companhia ampliou a base de centros de distribuição de um para sete e abriu dezenas de agências próprias, chegando a cerca de mil municípios do país.

Fortalecida pela captação bilionária, a companhia prevê adicionar centenas de funcionários à sua base atual de 2 mil e abrir mais sete centros logísticos em 2021, incluindo em Londrina (PR), em cidades do Nordeste e no interior paulista, disse o vice-presidente de finanças da Loggi, Thibaud Lecuyer.

O anúncio reflete a percepção de que, embora em aceleração, o comércio eletrônico no Brasil ainda levará anos em expansão robusta até atingir níveis parecidos com os de Europa, Ásia e Estados Unidos, com previsões de consultorias especializadas de crescimento médio anual superior a 20%.

“Naturalmente isso abriu os olhos de muita gente”, disse Lecuyer em entrevista à Reuters.

De fato, nos últimos meses, gigantes do comércio eletrônico com estrutura própria de logística vêm anunciando investimentos bilionários para fortalecerem suas posições no Brasil, afirmando que fatores como agilidade e qualidade na entrega serão vitais para definir os vencedores neste mercado nos próximos anos.

O Mercado Livre, maior portal de e-commerce da América Latina, anunciou em novembro a abertura de cinco novos centros logísticos, dobrando a capacidade no país. E a gigante norte-americana Amazon anunciou a abertura de três novos centros, na maior expansão logística da companhia desde que chegou ao Brasil em 2012.

Desde sua fundação, a Loggi já havia recebido ao todo 900 milhões de reais em aportes. Na última, em junho de 2019, recebeu 150 milhões de dólares em uma rodada conduzida por SoftBank [9984.T], Microsoft, GGV, Fifth Wall e Velt Partners, que fez a empresa ser avaliada então em 1 bilhão de dólares.

Fonte: epocanegocios.globo.com ;

AliExpress anuncia parceria que facilita criação de lojas virtuais no Brasil

O AliExpress firmou uma parceria com a plataforma de e-commerce Nuvemshop, a qual trará diversas vantagens aos empreendedores no país. A principal delas é que o lojista conseguirá gerar receita com o comércio eletrônico sem precisar investir em estoque – modelo de negócio conhecido como dropshipping.

Ademais, qualquer empreendedor pode construir o seu negócio on-line em poucos cliques, conectar a loja virtual com o marketplace chinês e selecionar produtos do mundo inteiro para vender aos consumidores brasileiros.

De acordo com Yan Di, country manager do AliExpress no Brasil, o grupo prevê beneficiar mais de 10 milhões de pequenas e médias empresas (PMEs) no mundo até 2036 com suas tecnologias.

“Nossa meta é atender mais de 2 bilhões de consumidores pelo mundo e gerar 100 milhões de postos de trabalho diretamente ligados ao nosso ecossistema de e-commerce, conectando pessoas que desejam vender algo a outras pessoas que precisam comprar em qualquer local do mundo”, afirma o executivo.

Como vai funcionar

Essa conexão entre as duas empresas é possível por meio do aplicativo Dropi, desenvolvido pela Empreender e lançado na plataforma da Nuvemshop.

Para ter acesso a essa solução, o empreendedor deve primeiramente criar uma loja virtual na Nuvemshop. Lá, ele conseguirá interligar diversos aplicativos do ecossistema já disponíveis na plataforma, como meios de pagamento e o app Dropi.

Após integrar o app, o lojista já estará conectado ao ambiente dos produtos vendidos pelo grupo Alibaba, onde poderá selecionar centenas de milhões de produtos de fabricantes e distribuidores espalhados pelo mundo todo para vender no Brasil.

O vendedor escolhe o produto no AliExpress e o importa para o seu site. Quando esse item é vendido, automaticamente, o sistema aciona o fornecedor e este faz o envio direto ao consumidor final. O processo ocorre de forma automática e o consumidor não tem conhecimento de que essa transação foi intermediada pelo AliExpress.

Desta forma, os lojistas não precisem gerenciar estoque e o pagamento do produto só é efetuado ao fornecedor quando, efetivamente, o cliente finaliza o pedido.

Para o consumidor, também há benefícios, como acesso a maior variedade de itens e, consequentemente, mais competitividade nos preços. Além disso, será possível comprar produtos internacionais e recebê-los em cerca de dez dias, prazo que só é possível devido aos quatro voos fretados semanais operados pelo grupo Alibaba.

Mercado chinês de social commerce deve atingir US$ 474.81 bi em 2023

Uma das principais plataformas para a estratégia de social commerce acontece no superapp WeChat.

As vendas on-line cresceram no mundo todo durante a pandemia. Nesse cenário, uma modalidade que ganhou espaço foi o social commerce: estratégia que utiliza as redes sociais para promover produtos, serviços e interagir de uma forma mais próxima com o consumidor.

A China é onde o modelo mais se destaca – e deve movimentar US$ 474.81 bi em 2023 no país. Isso ocorre porque os players das mídias sociais chinesas são bastante desenvolvidos em termos de tecnologia e eficiência. Ainda que as redes ocidentais sejam proibidas por lá, essa mistura entre o e-commerce e as mídias sociais locais garante a base para um mercado multibilionário.

Em 2020, o mercado chinês de varejo social commerce fechou em US$ 242.41 bilhões.

Imagem: Inside Retailtechs Report | Distrito

WeChat como estratégia de vendas no e-commerce

A pesquisa Inside Retailtechs Report 3, do Distrito, destaca que um dos aplicativos chineses mais usados na China é o WeChat. O superapp atualmente possui mais de 1,2 bilhões de usuários mensais ativos e disponibiliza em uma única plataforma uma infinidade de recursos, como a função de conversas, compra de centenas de produtos e transferência de dinheiro. Também é possível fazer pedidos por delivery, chamar um táxi e reservar quartos em hotéis.

Para que as vendas on-line aconteçam, o aplicativo tem alguns programas que possibilitam o acesso a marcas e marketplace parceiros, o que gera tráfego ao e-commerce.

Imagem: Inside Retailtechs Report | Distrito

O estudo do Distrito destaca que a Tencent (controladora do WeChat) anunciou, no relatório anual, que o valor total gerado por esses programas em 2019 ultrapassou os US$ 115 bilhões.

O mercado americano e projeções para o Brasil

A amostragem de dados do Distrito releva que o mercado chinês de social commerce representa cerca de 10x do mercado americano. Apesar das redes sociais estadunidenses terem forte apelo com os usuários, o número mostra que a mistura entre as mídias sociais e o e-commerce é menos desenvolvida no Ocidente.

Embora o mercado seja menor por aqui, a tendência do social commerce tem chegado às redes sociais mais conhecidas. O Instagram checkout, lançado em março de 2019, é um exemplo: faz com que a projeção do mercado aumente.

Imagem: Inside Retailtechs Report | Distrito

O report do Distrito aponta que 18,3% dos usuários estadunidenses fizeram uma compra pelo Facebook nos últimos anos. No Instagram, a porcentagem cai para 11,11%. Por fim, os usuários que compraram pelo Pinterest somam 2,9%.

Para o Brasil, o destaque está principalmente no TikTok, onde o país representa o 3º maior mercado. Apesar de não estar tão avançado no quesito social commerce, 58% dos usuários brasileiros ficam mais interessados em um produto ao vê-lo no stories do Instagram e 88% dos usuários que salvaram um item no Pinterest acabaram o comprando posteriormente.

Startups mais influentes em social commerce

As referências de soluções de startups para o social commerce estão principalmente nos três maiores mercados do setor: China, Estados Unidos e Índia. A ação das empresas está focada em especial nas plataformas para compras em comunidade e revenda, como funciona no WeChat. São destaques as empresas Pinduoduo, Meesho e Poshmark.

Imagem: Inside Retailtechs Report | Distrito

Além das plataformas, as startups também atuam com soluções que oferecem infraestrutura para marcas e varejistas venderem nas redes, com destaque para chat commerce, como acontece na empresa malaia Alavana.

Correios Americanos partem para veículos elétricos

O United States Postal Service (USPS), os correios norte-americanos, tem uma frota de cerca de 140 mil vans utilizadas para a entrega de correspondência e encomendas.

Para nós brasileiros, a característica mais marcante dessas vans é o volante do lado direito, para facilitar que o carteiro desça do veículo para fazer as entregas. Boa parte das vans já tem décadas de uso, consome muito combustível e seus motores estão mostrando uma tendência de pegar fogo, provavelmente em função do desgaste de seus componentes.

Agora, o USPS anuncia o vencedor de uma concorrência para construção dos substitutos de suas vans: será a Oshkosh Defense, empresa especializada na construção de veículos militares, que ganhou um contrato de US$ 482 milhões, para produzir 165 mil vans em dez anos.

O aspecto dos novos veículos lembra o atual, inclusive com o volante do lado direito, mas incorporarão muita tecnologia, a partir de seus motores, que serão elétricos, obedecendo às diretrizes do governo Biden. Estranhamente, a vencedora da concorrência diz que alguns desses veículos poderão ser dotados de motores convencionais, o que não está de acordo com o que foi anunciado pelo governo americano, que diz pretender eletrificar toda sua frota.

Ainda em termos de tecnologia, as vans deverão dispor de câmeras que darão ao motorista visão de 360º ao redor do veículo, sensores para estacionamento, sistema anticolisão, controle de tração, ar-condicionado quente e frio para o motorista – tudo isso aliado à maior capacidade e acesso ao compartimento de carga pelo interior da cabine.

Essa notícia confirma a tendência de crescimento dos veículos elétricos; recente pesquisa diz que o número de elétricos a serem vendidos nos Estados Unidos em 2021 dobrará em relação a 2020. A mesma pesquisa informa que a absoluta maioria dos proprietários de elétricos que trocam de carro, compra outro elétrico, o que é um indicador de que a tecnologia está satisfazendo aos seus usuários.

Magalu aparece como 24º maior varejista do mundo em lista de gigantes globais

Conforme lista, empresa aparece perto de gigantes como Walgreens, eBay, Ross e Adidas.

A Magalu acaba de ingressar no top 25 dos maiores varejistas do mundo, de acordo com a lista recém-divulgada pelo site norte-americano especialista em plataformas Trading Plataforms. O crescimento de 60,2% em valor de mercado desde o último trimestre de 2019 foi fundamental para a arrancada para o hall das gigantes globais, de acordo com o site.

Conforme a lista, a Magalu aparece em 24º lugar, perto de gigantes como Walgreens, eBay, Ross e Adidas. Agora, seu valor de mercado é estimado em US$ 31,5 bilhões. Confira lista sequencial das 25 primeiras abaixo:

  • Amazon (US$ 1634,2 bilhões)
  • Alibaba (US$ 629,7 bilhões)
  • Walmart (US$ 407,8 bilhões)
  • Home Depot (US$ 286 bilhões)
  • Nike (US$ 222,1 bilhões)
  • Pinduoduo.com (US$ 217,9 bilhões)
  • Costco Wholesale (US$ 166,9 bilhões)
  • JD.com (US$ 138,1 bilhões)
  • Lowe’s (US$ 117,6 bilhões)
  • Inditex (US$ 92,5 bilhões)
  • Fast Retailing (US$ 90,2 bilhões)
  • CVS Health (US$ 89,4 bilhões)
  • Target (US$ 88,4 bilhões)
  • Kering (US$ 85,6 bilhões)
  • TJX (US$ 82 bilhões)
  • Adidas (US$ 68,1 bilhões)
  • Dollar General (US$ 51,5 bilhões)
  • Ross Stores (US$ 43,8 bilhões)
  • Wesfarmers (US$ 39,3 bilhões)
  • Alimentation Couche-Tard (US$ 36 bilhões)
  • eBay (US$ 34,6 bilhões)
  • Walgreens Boots Alliance (US$ 34,5 bilhões)
  • Woolsworths Group (US$ 34,2 bilhões)
  • Magazine Luiza (US$ 31,5 bilhões)
  • Seven & I (US$ 29,8 bilhões)

De acordo com o Trading Plataforms, “o forte desempenho da empresa foi reforçado depois que o varejista omnicanal decidiu aumentar ainda mais suas ofertas on-line”. As ofertas on-line aumentaram por conta da pandemia, que reformulou o cenário para muitos setores e sites de comércio eletrônico, conforme reforça o especialista em plataformas.

Amazon se consolida no topo

A Amazon está isolado no topo da lista das gigantes varejistas. O site ressalta que o avanço da Big Tech está diretamente ligado à pandemia, que possibilitou sua capitalização de mercado aumentar 78,4% no comparativo anual 2019-2020.

Quanto ao segundo colocado Alibaba, o Trading Plataforms descreve 2020 como um ano “tumultuado” em comparação com a maioria, “incluindo controvérsias envolvendo a empresa e seu fundador Jack Ma”, que aconteceram no final do ano. De acordo com a publicação, o sumiço de Ma tem a ver com o declínio de 20,8% no crescimento da empresa em relação ao terceiro trimestre de 2020.

Apesar disso, o Alibaba ainda avançou 10,6% no comparativo anual 2019-2020.

Cresce a importância do ship from store para o varejo

Modelo de gestão do negócio transforma o ponto de venda em um centro de distribuição, torna a operação mais segura e melhora a experiência do cliente.

As empresas que comercializam seus produtos on-line sabem que o mercado para elas está em alta. A pandemia de Covid-19 trouxe para os e-commerces milhares de novos consumidores e escancarou uma verdade absoluta: quem não vende pela internet está perdendo dinheiro e arriscando a própria sobrevivência do negócio.

Quem já possui canais digitais de venda deve ficar atento a uma prática que ajudou muitas empresas a crescerem no ano passado enquanto outras penavam: o ship from store, ou SFS.

Em uma tradução livre, o termo em inglês significa “envio direto da loja”, o que é, basicamente, o resumo da ideia. Contudo, o SFS é mais do que uma opção logística para a entrega de produtos, é uma estratégia de gestão do negócio que torna a empresa mais segura e competitiva no mercado.

O que é o ship from store, afinal?

No ship from store, a loja física, que também vende pela internet, utiliza o seu estoque para atender aos pedidos realizados em algum canal digital ou até mesmo pelo telefone.

Na prática é como se a loja física fosse também um centro de distribuição omnichannel, que atende o cliente que a visita e também aquele que fecha a compra de forma remota.

O Magazine Luiza e a Leroy Merlin, são duas grandes varejistas, entre outras, que utilizam a estratégia do ship from store e, assim, garantem entregas mais rápidas e baratas, melhorando a experiência do cliente.

Isso acontece porque, na prática, no caso das redes, cada loja se torna um hub de onde a operação pode ser conduzida. Quando o consumidor entra no site e escolhe um produto a entrega é organizada a partir do ponto mais próximo do seu endereço, ou seja, da loja física mais perto de onde o cliente vive.

“A primeira pergunta que ouvimos do consumidor é sobre o envio para todo Brasil. Na sequência, qual é o prazo de entrega para o CEP onde a pessoa mora”, afirma Kaique Sant’Ana, CEO e fundador da iCenter – Centro especializado Apple, que utiliza o SFS a partir de quatro lojas no Interior de São Paulo.

“Ouço essas perguntas antes mesmo de a pessoa querer saber sobre o preço do produto ou serviço”, explica.

SFS garante o controle total da operação

Kaique Sant’Ana conta que quando começou a investir no digital, há cerca de dois anos, pensou imediatamente no modelo ship from store para conduzir a operação.

“Desde que fiz a ampliação eu tinha como objetivo ter um estoque próprio para poder trabalhar de forma mais segura, mais tranquila e também por uma questão de opções para o cliente. Eu sempre quis que o cliente entrasse na loja e tivesse a impressão de grande variedade e bom abastecimento. Quando criei a loja on-line já pensei que tinha que ser com o meu próprio estoque”, relata.

Hoje o empresário vende não apenas através de um e-commerce, mas também pelo Mercado Livre, OLX, Instagram e também pelo WhatsApp e controla totalmente o processo de venda sem depender da disponibilidade de fornecedores.

Ele conta que investir no próprio estoque o ajudou a atravessar o período mais crítico da pandemia, no ano passado, sem interromper a operação, o que não aconteceu com muitas empresas que ficaram sem produtos para vender.

“Conheço lojistas que sofreram porque os fornecedores fecharam, a importação foi interrompida. O fato de já ter uma presença on-line e ter um estoque próprio me permitiu continuar vendendo durante a pandemia”, afirma.

As vantagens do ship from store para o negócio

O modelo de gestão do ship from store garante o controle total para a empresa que faz a venda e traz consigo vantagens para o negócio. Algumas delas são:

  • Segurança do negócio: adotar o SFS, como mostra o exemplo de Sant’Ana, deixa a organização mais segura diante de mudanças do mercado e eventuais problemas de parceiros da cadeia de suprimentos.
  • Melhor controle do estoque e menos desperdício: a empresa pode controlar muito melhor o que compra com base no histórico de saída dos produtos. Assim, mantém um estoque com itens que trazem mais retorno e em quantidades mais adequadas para a demanda do mercado. Além disso, no caso das redes, é sempre possível trocar produtos entre os estoques de diferentes lojas garantindo que um item nunca falte caso o consumidor faça a procura.
  • Agilidade na entrega: por fazer o papel de um centro de distribuição, a loja consegue atender de forma mais rápida os clientes que estão mais próximos, mesmo que a compra tenha sido feita on-line. A independência em relação a fornecedores também reforça o potencial para a entrega mais rápida, uma vez que o item está estocado.
  • Maior satisfação do cliente: entrega mais rápida, frete mais adequado com a distância da casa do cliente e atendimento direto de quem vende só podem significar uma melhor experiência de compra para o consumidor. No final das contas, quem compra só deseja um bom produto, por um preço justo em menor tempo.

Modelo deve crescer nos próximos anos

O susto provocado pela pandemia deve levar muitas empresas que sofreram com a falta de produtos em suas prateleiras a olhar de outra forma a gestão dos seus estoques.

Nesse aspecto, o modelo de SFS tem tudo para crescer. “Após o fim da pandemia o mercado digital não vai diminuir. Temos novos marketplaces chegando e acredito que a tendência seja esse modelo de negócio se tornar cada mais comum” avalia Kaíque Sant’Ana.

O empresário lembra que hoje em dia há uma corrida pela entrega mais rápida e cita como destaque o serviço Full, oferecido pelo Mercado Livre, que garante ao cliente separação, embalagem e envio do item comprado em até 24h. “A compra pela internet está quase como uma entrega presencial porque o tempo está muito curto”, diz.

Como todas as tendências apontam que o e-commerce não vai parar de crescer, as organizações que ainda não fazem uma gestão a partir do próprio estoque ainda podem se adaptar, mas precisam ser rápidas.