AliExpress freta quatro voos semanais para o Brasil e promete entregas em 10 dias

O AliExpress, marketplace do Grupo Alibaba, está fretando quatro voos semanais para o Brasil para garantir entregas em prazos menores. Segundo a empresa, uma compra que antes demorava até meses para chegar à casa dos consumidores agora leva cerca de dez dias. A oferta de produtos com frete grátis é cada vez maior.

O objetivo do alto investimento em logística é dar conta da alta da demanda, especialmente depois que a pandemia da Covid-19 fez com que muita gente que nunca havia comprado pela internet passasse a adotar o hábito.

O AliExpress nasceu na China, mas já possui vendedores de outros país e opera em vários idiomas, entre eles português, inglês, russo, espanhol, italiano e francês. Assim, para o cliente brasileiro, a inteligência artificial ajuda na tradução das ofertas e os times de atendimento ao consumidor estão preparados para atender em português. A organização pretende se tornar uma plataforma para que comerciantes possam vender local e globalmente.

Alta do e-commerce na pandemia

Uma pesquisa feita pela consultoria Price Survey entre 18 e 28 de dezembro de 2020 mostra que o AliExpress oferece os preços mais baratos em 85% dos itens pesquisados e, na média, os valores praticados são 39,2% mais baixos que os de outros nove marketplaces que atuam no Brasil.

Segundo dados do relatório Webshoppers 2020, da Ebit/Nielsen, as vendas on-line subiram 47% no primeiro semestre de 2020, atingindo R$ 38,8 bilhões, maior alta em 20 anos de comércio eletrônico.

Neste período, 7,3 milhões de brasileiros fizeram uma compra pela primeira vez na internet. Com uma expansão de 40% no total, o Brasil chegou à marca de 41 milhões de usuários no comércio eletrônico.

Dafiti inaugura centro logístico em MG para acelerar entregas

A plataforma de comércio eletrônico de moda Dafiti inaugurou no último dia 11, em Extrema (MG), seu maior centro de distribuição na América Latina, enquanto busca capitalizar a migração das vendas para a internet após a pandemia de Covid-19 para reduzir prazos de entrega e ampliar sua fatia de mercado.

Com uma área de 54 mil m² e um investimento de R$ 320 milhões, o centro tem capacidade para separar 5 mil produtos por hora, o que reduz o tempo de separação dos produtos de 24 para duas horas.

“O cliente quer mais velocidade e assertividade nas entregas”, afirmou o presidente-executivo e cofundador da Dafiti, Philipp Povel.

A unidade vai absorver as operações logísticas da companhia que já existiam na cidade e também incorporar as de outra na Grande São Paulo, que está sendo desativada. A estratégia vai reduzir de cinco para quatro o número desses centros da empresa na América Latina.

Povel afirmou que o projeto já vinha sendo desenhado desde 2018, mas ganhou maior importância no ano passado diante da pandemia, cujos efeitos econômicos e medidas de isolamento social fizeram do setor de moda uma das principais vítimas.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), as vendas de vestuário tiveram queda de cerca de 20% no ano passado.

Por outro lado, disse Povel, a Dafiti ganhou entre 1 e 2 pontos percentuais em participação de mercado, acompanhando a tendência do público comprar mais por canais on-line. Segundo ele, essa será uma oportunidade que a empresa buscará aproveitar para ganhar mercado, já que as compras digitais respondem apenas por 4% das vendas de moda no país.

Presença da Dafiti na América Latina

Criada em 2011, a Dafiti se apresenta como o maior grupo de comércio eletrônico de moda da América Latina, com cerca de 7,7 milhões de clientes servidos a partir de unidades também na Argentina, no Chile e na Colômbia.

A companhia é controlada pelo Global Fashion Group, holding com participações em sites de moda em países emergentes e listada na bolsa de Frankfurt.

Outras grandes empresas de comércio eletrônico também anunciaram investimentos vultosos nos últimos meses para dar conta do salto da demanda diante dos efeitos da pandemia.

Mercado Livre, maior portal de comércio eletrônico da América Latina, anunciou em novembro a abertura de cinco novos centros logísticos no Brasil, dobrando a capacidade logística no país.

E a gigante norte-americana Amazon anunciou a abertura de três novos centros logísticos, na maior expansão logística da companhia desde que chegou ao Brasil em 2012.

No caso da Dafiti, a concentração de operações no novo centro em Extrema também envolveu cálculos de ganhos fiscais, embora Povel tenha declinado de mencionar detalhes.

Movile anuncia investimento na startup Moova e amplia sua presença em logística

A Movile, empresa brasileira de investimentos, anunciou no último dia 10, que vai aplicar uma quantia na startup de logísticas Moova. De acordo com o CEO da Moova, Patrick Hruby, a intenção é expandir o crescimento e expansão de sua empresa em países ao redor da América Latina. A Movile é uma empresa brasileira de investimentos que, em 2019, lançou um serviço de pagamentos por QR Code em bancas de jornais, por meio da sua fintech, a MovilePay.

Atualmente, a Moova possui operações em seis países da América Latina, como Argentina e México, por exemplo, e realiza serviços de entregas Last Mile, ou seja, a última etapa na entrega de encomendas. No momento, a empresa possui parceria com diversas plataformas de lojas virtuais, como a Tienda, Magento, Woocommerce, Shopify, Vtex e Mercado Envios, sendo a plataforma do mercado livre seu maior cliente.

Além de receber apoio financeiro da Movile, a Moova também adquiriu, recentemente, outra startup de logística que também opera na modalidade Last Mile, a Ando, que tinha operações de entregas Business to Business (B2B) sustentáveis, com o uso de bicicletas. Para isso, de acordo com analistas, a empresa teve que levantar R$ 2,2 milhões em outros investimentos.

Agora, com o investimento da companhia brasileira, a intenção da Moova é ampliar sua presença no México. Atualmente, a atuação da startup no país é concentrada apenas na capital, a Cidade do México.

Até o momento não foi revelado o valor aplicado pela Movile na Moova e o grupo brasileiro já adiantou que não irá divulgar a quantia investida na startup. Lembramos, também, que a Moova não é a única empresa de logística a receber apoio financeiro do grupo de investimentos brasileiro. No ano passado, a Mensajeros, da Colômbia, também recebeu um aporte da Movile. A Movile ainda possui outras subsidiárias em suas operações, como o iFood e o super aplicativo Rappido.

Amazon dá pistas de que pode entrar no mundo de pagamentos com moedas digitais

Uma vaga de emprego. Foi o que bastou para começar o burburinho de que a gigante Amazon pode estar se preparando para entrar no mundo das moedas digitais. O motivo é o cargo do profissional que a varejista está em busca: gerente de desenvolvimento de software para pagamentos emergentes e digitais.

O nome pomposo é seguido por uma explicação: “estamos formando uma equipe de tecnologia para criar produtos de pagamento inovadores e procuramos um líder para nos ajudar a lançar um produto de pagamento no México, onde a inovação será testada inicialmente”.

Segundo a Amazon, este produto permitirá que os clientes convertam seu dinheiro em moeda digital usando os serviços on-line, incluindo compras de mercadorias e / ou serviços como Prime Video.

As primeiras suspeitas de que a Amazon poderia enveredar pelo mundo das criptomoedas apareceram em 2017, quando a varejista comprou quatro domínios – amazonethereum.com, amazoncryptocurrencies.com, amazoncryptocurrency.com e amazonbitcoin.com, segundo o site livecoins.

Depois, quando o Facebook divulgou o desenvolvimento de sua própria moeda, a libra, que depois foi rebatizada de diem, especialistas disseram que a Amazon poderia fazer o mesmo.

Fato é que grandes companhias estão cada vez mais aderindo ao mundo das moedas digitais. Nesta semana, a Tesla divulgou que comprou o equivalente a US$ 1,5 bilhão em bitcoins e estuda aceitar o criptoativo como meio de pagamento.

Com isso, o bitcoin chegou a bater novo recorde ao ser negociado em US$ 48,2 mil.

Resta aguardar o que essa nova equipe de desenvolvedores da Amazon vai lançar no projeto-piloto no México.

Visa Registra Alta em Pagamentos no E-commerce

As transações realizadas no e-commerce com credenciais da Visa foram seis vezes maiores no último trimestre de 2020, na comparação com o mesmo intervalo de 2019, segundo dados da rede de processamento Visanet. Houve, também, um aumento de 17% no volume total de pagamentos eletrônicos realizados nos canais físicos e digitais pela classe média e um incremento de 13% no ticket médio gasto com credenciais Visa. Segundo a empresa, os dados reforçam as tendências de aumento da representatividade de vendas on-line, de experiência de compra multicanal e de migração dos estabelecimentos comerciais para o ambiente virtual.

Pagamento por Aproximação
Outra solução que se destaca no meio de pagamentos é a tecnologia de aproximação. De acordo com o estudo, transações por aproximação com Visa cresceram cinco vezes em dezembro. Já na comparação entre o primeiro e o quarto trimestre de 2020, o uso quase quadruplicou. O consumidor passou a utilizar esse meio de pagamento de forma mais intensa em estabelecimentos como supermercados, farmácias e padarias.

Transformação Digital ainda é lenta no Brasil, mas é possível acelerar e alcançar os níveis globais

De uma liderança inclusiva a negócios orientados ao cliente, alguns pontos podem ajudar a acelerar a digitalização e ganho de competitividade.

Mais do que digitalizar processos, produtos e serviços para melhorar desempenho, ampliar alcance e otimizar resultados de uma empresa, a transformação digital é um processo cultural que deve ser permanente nos negócios. Mas isso só ocorre a partir do momento em que a organização passa a absorver uma cultura digital, com a participação das lideranças e dos colaboradores. Apesar dessa necessidade contínua, muitas empresas brasileiras ainda resistiam a esta tendência até antes da pandemia. Afinal, o novo proporciona um certo medo e, apesar de não ser tão recente assim, o tema ainda causa um temor em muitos executivos.

Entre os C-levels, isso acontecia porque o mercado ainda crescia em alguns setores antes do surgimento do coronavírus. Então, muitos deles pensavam “para que mudar ou por que mudar”. Mas a chegada da pandemia gerou esse desafio de fazer rapidamente essa transformação, que é um momento único e mostra uma necessidade de constante mudança.

Prova desse cenário nas organizações do país é a pesquisa da KPMG, feita pela Forrester Consulting. Segundo o levantamento, a proporção das empresas que aceleraram investimentos foi maior no país, em comparação com o agregado global. Em âmbito mundial, 67% dos entrevistados disseram que impulsionaram a estratégia de transformação e 63% aumentaram orçamentos para o setor. Os percentuais são um pouco abaixo dos números para o Brasil.

A pesquisa ouviu 780 executivos líderes de “estratégia de transformação digital” de dez diferentes países, entre os meses de maio e julho do ano passado. Para os responsáveis pelo estudo, um atraso na adoção das tecnologias digitais nas companhias brasileiras antes da pandemia pode justificar essas diferenças entre os resultados para o Brasil com os globais.

O levantamento, contudo, aponta que a maturidade digital das empresas brasileiras é, na média, menor do que a de companhias dos outros países pesquisados. É possível perceber que a pesquisa foca em processos físicos. Por esse motivo, existe a necessidade de chamar a atenção para as habilidades não-técnicas e mudanças no comportamento entre os líderes, que devem acompanhar essa transformação organizacional, acelerada pela pandemia.

Diante desse contexto, quatro pontos são considerados importantes como forma de reverter esse atraso:

Liderança inclusiva

O medo de errar é natural, mas não deve ser maior do que o objetivo a ser alcançado. Falhas fazem parte do processo de aprendizado, por isso, a liderança deve considerar que tropeços vão existir inevitavelmente e se concentrar em corrigi-los rapidamente, é nessa hora que a habilidade de fazer correções rápidas aparece. Este novo gestor que surge nas novas organizações se diferencia daquele modelo tradicional no que diz respeito a processos decisórios; ao invés de ser somente o líder que sabe e manda fazer, passa a liderar de modo mais inclusivo e colaborativo.

Inovação é criatividade

Outro aspecto relevante é a inovação, não no sentido de criar somente uma área na empresa específica para essa finalidade. É necessário estimular a inovação de forma constante em toda a organização. Além da utilização de tecnologias modernas, inovar é, acima de tudo, manter um pensamento crítico e disruptivo. E, para que a empresa toda tenha uma cultura inovadora, esse é o pensamento que deve existir em toda a organização.

Para isso é necessário investir no desenvolvimento da criatividade, soft skill crucial neste momento. As habilidades técnicas sempre foram muito valorizadas; agora, mais do que nunca, é preciso olhar para as habilidades não-técnicas. Elas vão gerar essas disrupções.

Cliente tem sempre a razão

É importante que seja adotada uma estratégia muito mais client centric, ou seja, focada no cliente em vez do produto ou serviço. O poder da decisão está nas mãos do cliente e não mais de quem produz. Não é mais a estratégia feita por alguém que vai condicionar o cliente. Ele próprio é quem decide como e quando irá consumir. Portanto, a empresa precisa focar na melhor experiência que pode entregar ao seu potencial cliente para que haja esse ‘como’ e ‘quando’.

Esta é a verdadeira transformação digital. A questão não é só tecnológica, mas a experiência que o consumidor tem ao consumir determinado produto/serviço. Isso foi comprovado com a pandemia, tantas empresas não atuavam com e-commerce e abrir esse canal foi a única e redentora alternativa.

DNA coletivo

Toda essa transformação não se acaba da noite para o dia. A transformação é necessária para atender as necessidades de seres humanos e como tal é muito volátil. Por isso necessitam ser movimentos constantes. Para que essa evolução de fato se mantenha, a cultura digital deve ser inserida no DNA da empresa e das pessoas, que são a organização.

Sendo cultural, essa mudança deve atingir todos os níveis da empresa, por isso, é essencial investir em valor humano, desenvolvendo novas formas de capacitar colaboradores e lideranças. Dessa forma, todos abraçarão o mesmo propósito, justamente por reconhecerem o seu importante e valioso papel nesse processo contínuo de transformação digital.

*Carlos Baptista é especialista em transformação digital e processos ágeis para as empresas. Professor e Coordenador do núcleo de seleção de alunos do MBA da FIAP. É empresário, consultor de negócios e mentor. Possui mais de 30 anos de experiência em TI no Brasil e Portugal

Uber expande serviço de entregas para todo o Brasil

A Uber está expandindo a oferta do seu serviço de envio de encomendas, o Uber Flash. A opção já estava disponível para algumas cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, e chega agora para todas as regiões nas quais a empresa já trabalha.

A proposta foi criada em maio do ano passado como resposta à queda de corridas por conta da pandemia de Covid-19. Só em 2020, foram enviados mais de 1 milhão de itens pelo serviço, de acordo com a companhia.

Pelo Uber Flash, o usuário pode requisitar um envio de uma encomenda de objetos que caibam no porta-malas do veículo. Para solicitar uma viagem é preciso informar dados de onde o motorista precisa pegar o item, onde vai deixar e com quem.

De acordo com a empresa, um dos momentos de picos de atualização do serviço foi durante o Dia dos Namorados, nos quais usuários aproveitaram o recurso para enviar presentes. Na data, houve aumento de 200% no número de viagens pelo Uber Flash em comparação à semana anterior no Brasil.

E-commerce deve crescer 32% em 2021, prevê pesquisa da XP; cashback é destaque

Embora a pandemia do novo coronavírus tenha afetado a economia como um todo, o setor de e-commerce seguiu firme durante todo o ano de 2020, apresentando recordes históricos. Agora, mesmo com a chegada da vacina — e a consequente normalização da mobilidade –, a expectativa é que as compras on-line continuem mostrando um desempenho forte, com um crescimento superior a 32% em 2021. É o que prevê um relatório da XP Investimentos, divulgado na última segunda-feira (8).

O levantamento mostra uma visão otimista do mercado para um país que ainda tem muito espaço para a expansão do e-commerce. Em 2019, por exemplo, a taxa de penetração das vendas on-line ficou em 6%. No ano passado, esse índice cresceu e fechou em 9%. A maior contribuição para esse resultado veio do segmento de eletrônicos, que registrou um quarto de todos os pedidos. Na sequência, a categoria de jogos contribuiu cerca de 19%.

“Se olharmos a penetração por categoria, fica claro que o e-commerce brasileiro ainda tem muito crescimento para entregar, o que deve ser acelerado pela digitalização dos consumidores aliada ao fortalecimento das iniciativas multicanal. Vemos a multicanalidade como uma vantagem competitiva, pois oferece aos clientes uma experiência mais ampla e completa, aliada a redução dos custos de entrega”, diz a pesquisa.

O relatório também ressalta que, diferente de outros países, como Estados Unidos e China, onde uma única companhia domina o comércio eletrônico, no Brasil existe uma forte concorrência interna — com marcas fortes e consolidadas — além da concorrência externa, com nomes como Amazon e Alibaba.

“Esperamos ver um cenário competitivo muito mais desafiador em 2021 e, portanto, acreditamos que empresas maiores e consolidadas devem ter a vantagem, pois oferecem uma plataforma mais robusta ao mesmo tempo em que têm mais escala”, destaca a equipe de analistas da XP.

Serviços financeiros e cashbacks

Parte desse crescimento do comércio virtual está e deve continuar ligado aos serviços financeiros oferecidos pelas empresas. Um exemplo disso é o Mercado Livre, com sua carteira digital Mercado Pago oferecendo soluções financeiras para facilitar as compras. Os bancos digitais estão inclusos nesse ambiente, pois se movimentam e criaram seus próprios marketplaces, como é o caso do Inter, PagBank e BMG.

Além de facilitar o pagamento e o recebimento das transações realizadas nas plataformas, essas carteiras ainda oferecem cashbacks, que é um forte atrativo para os consumidores, com recompensas por cada compra realizada. “À princípio, isso pode ser visto como uma forma simples de “dar descontos” aos seus clientes, mas na verdade é muito mais do que isso. É um mecanismo que aumenta sua conversão de vendas e, ao mesmo tempo, aumenta a frequência de compra e a fidelização”, avalia o estudo.

A tendência do ano é o ‘figital’

A pandemia também promoveu a união dos serviços físicos e digitais em uma nova modalidade denominada “figital”. As lojas varejistas, que muitos acreditavam seguir um modelo ultrapassado, estão passando por um processo de reinvenção e já são usadas como lojas de conveniência para compras físicas e, simultaneamente, como centros de distribuição de onde saem os pedidos virtuais.

Este movimento fica evidente com a ampliação da rede Amazon Go que a companhia quer realizar ainda em 2021. Já grupo chinês Alibaba dobrou sua participação e assumiu o controle da Sun Art, uma das principais redes de departamento da Ásia. Isso se estende ao comércio brasileiro, que, apesar de engatinhar, já traz novidades neste setor, como a Zaitt, que foi a primeira com este modelo de negócio no país.

“Embora acreditemos que os consumidores devem continuar a valorizar a experiência de compra na loja física, entendemos que os varejistas deverão redesenhar a experiência na loja e torná-la mais digital para se adaptar a clientes digitalizados. Levar conveniência às lojas será a chave para ter sucesso e se destacar no novo normal”, cravam os analista.

Amazon deve usar câmeras com inteligência artificial para monitorar entregas

A Amazon deve implantar câmeras com capacidades de inteligência artificial em veículos de entrega. Segundo a agência AFP, o objetivo da gigante é oferecer mecanismos de segurança para seus entregadores.

De acordo a companhia, as câmeras têm capacidade de monitorar a estrada e o motorista, enviando avisos sobre possíveis riscos. A Amazon também quer usar o sistema para poder identificar funcionários que seguem boas práticas. “Esta tecnologia fornecerá aos motoristas alertas em tempo real para ajudá-los a se manterem seguros na estrada”, disse a varejista em resposta à AFP. A gigante, contudo, ainda não informou quando deve começar estrear a novidade.

O uso de câmeras para monitoramento do trabalho remoto levanta questões de privacidade dos usuários. O grupo Fight for the Future, que monitora questões envolvendo direitos digitais dos Estados Unidos, já se posicionou contra essa movimentação. O coletivo disse ter enviado ao congresso norte-americano um pedido para que investigue “o império de vigilância da Amazon”. Ainda, ele também pede que a empresa interrompa este programa.

“Isso representa a maior expansão da vigilância corporativa na história da humanidade”, afirma o Fight for the Future. A Amazon, contudo, não parece ter intenção de rever a decisão.

Conheça os segredos das empresas que se destacam em experiência do cliente

Oferecer uma boa experiência para o cliente se tornou prioridade para as empresas que buscam se destacar no mercado.

Os últimos meses não foram fáceis para as empresas. Com a pandemia, foi necessário reestruturar os processos, discutir o futuro dos locais de trabalho e ainda estabelecer novas referências quanto aos desejos dos clientes. Isso porque, no período de forte digitalização, os consumidores se tornaram mais exigentes, buscando por velocidade, conveniência, empatia e comprometimento por parte das organizações. Nesse sentido, oferecer uma boa experiência ao cliente se tornou crucial.

O desafio é grande, mas as empresas que souberem se adaptar para atender às expectativas estarão mais prontas para enfrentar as adversidades. O relatório “Tendências da Experiência do Cliente 2021”, da Zendesk, produzido a partir de pesquisas e análises de dados de mais de 90 mil empresas em 175 países, lista o que separa as empresas que se destacam em experiência do cliente de todas as outras. Confira.

1. Experiência como estratégia

Mais online e informados do que nunca, os consumidores esperam que todas as empresas correspondam aos padrões estabelecidos por outras digitalmente experientes e que investem constantemente em inovação e experiência. 49% dos clientes deram a melhor nota para o atendimento da Amazon.

Exatamente por isso, a experiência saltou para o primeiro lugar na estratégia de negócios das empresas. Os gestores sabem que a maioria dos consumidores estão dispostos a gastar mais para comprar de empresas que proporcionam uma boa experiência.

Vale ressaltar que atendimento rápido não é o suficiente, é preciso mostrar empatia e refletir os valores dos clientes. As empresas com melhor desempenho nas principais métricas de experiência do cliente, além de focar nesses pontos, apresentam maior probabilidade de ter adotado suporte omnichannel.

2. Troca de mensagens

Durante a pandemia, 64% dos clientes passaram a usar novos canais. As gerações Y e Z migraram para os canais de mensagem e as solicitações de suporte por canais como o WhatsApp aumentaram consideravelmente. Ao usarem essas ferramentas na comunicação com os clientes, as empresas entenderam que a opção é conveniente, conversacional e pessoal, possibilitando um diálogo contínuo e uma aproximação com o cliente.

Segundo os dados da Zendesk, empresas que apresentam tempos de resolução mais rápidos e as maiores pontuações de satisfação têm maior probabilidade de trocar mensagens com seus clientes. Setores como comércio eletrônico e jogos saíram na frente nesse sentido.

3. Agilidade é fundamental

Para os líderes em experiência do cliente, a maior deficiência em 2020 foi a capacidade de adaptação rápida às emergentes necessidades dos clientes. Isso se torna uma prioridade daqui para frente. Em busca da agilidade, as empresas querem escalar rapidamente as operações das equipes de suporte, otimizar os fluxos de trabalho entre as equipes e encontrar oportunidades para reduzir as demandas dos agentes.

Segundo o relatório, as equipes de suporte que apresentaram melhor desempenho usaram mais ferramentas de gerenciamento de fluxo de trabalho. Porém, mesmo com um maior uso de chatbots, por exemplo, a inteligência artificial continua sendo subutilizada e a maioria dos agentes não tem acesso aos tipos mais comuns de dados dos clientes. As empresas que saírem na frente nesse quesito terão destaque.

4. O novo trabalho

Nos últimos meses as formas de trabalho tradicionais sofreram grandes alterações e o modelo remoto prevaleceu. Os profissionais tiveram que se adaptar, mas muitos acreditam que não possuem as ferramentas certas para obter os melhores resultados, seja para acompanhar indicadores ou se manter conectados. A busca das empresas agora é por descobrir como organizar e apoiar suas equipes.

“À medida que as empresas perceberem que a produtividade não é afetada negativamente e que existem benefícios, inclusive de economia de custos, na existência de uma força de trabalho distribuída e em colocar os funcionários em primeiro lugar ao garantir a implementação de ferramentas, tecnologia e políticas certas para eles, haverá melhores experiências para os clientes também”, afirma Annette Franz, fundadora e CEO da CX Journey Inc. ao relatório.

5. Corrida digital

Planejar os avanços digitais com prazos de mais de ano deixou de ser realidade. A hora de agir é agora e quem não o fizer ficará para trás. Soluções técnicas e inovadoras devem ser usadas por todas as equipes das empresas, que precisam aumentar os investimentos em tecnologia.

De acordo com a Zendesk, as organizações mais adiantadas no quesito jornada de experiência do cliente têm sete vezes mais probabilidade de aumentar significativamente seus investimentos em experiência no próximo ano, em comparação com seus pares no estágio inicial. Ao fazer isso, elas têm seis vezes mais chances de exceder suas metas de retenção de clientes.