Amazon aumentará taxas para usuários espanhóis após imposto digital

A Amazon aumentará as taxas para empresas espanholas que usam sua plataforma em 3% a partir de abril, depois que o governo implantou o imposto digital, conforme documento da empresa visto pela Reuters.

Um porta-voz da Amazon confirmou que o chamado imposto do Google, que a Espanha começou a cobrar sobre as receitas de grandes empresas digitais a partir de 21 de janeiro, afetaria os usuários de seus serviços.

Países ao redor do mundo estão examinando maneiras de tributar as empresas globais de tecnologia sobre as receitas geradas em suas economias, na ausência de um acordo mais amplo sobre como lidar com seu papel crescente nos negócios e comércio.

O porta-voz acrescentou que a Amazon defende uma abordagem global, em vez de impostos aplicados por países individuais.

O documento da Amazon confirma uma reportagem anterior da mídia on-line espanhola El Confidencial.

A Amazon anunciou um movimento semelhante na França depois que o governo local também aprovou um “imposto Google”.

 

Acelerada pela pandemia, revolução do e-commerce enfim chega à Índia e América Latina

Daqui a alguns anos, quando o impacto da pandemia sobre o setor empresarial tiver sido analisado, é provável que o aspecto mais lucrativo seja como a Covid-19 empurrou enormes mercados para a nova era do comércio eletrônico.

Em muitos países, as compras on-line não avançavam devido à infraestrutura deficiente e à relutância ou impossibilidade de uso de bancos e meios eletrônicos de pagamento. Em muitos lugares, o crescimento estava paralisado, mas o tumulto trazido pelo coronavírus forçou mudanças rápidas.

No México, menos da metade dos adultos tem conta bancária e menos de 5% das vendas no varejo eram realizadas pela internet antes da pandemia, o equivalente a um terço da média global. A falta de acesso ao sistema bancário e a falta de confiança no sistema financeiro deixaram o país de fora da disparada do comércio on-line observada nos EUA, Europa e China.

Mas quando as lojas foram fechadas para conter o contágio pela Covid-19, milhões de mexicanos começaram a comprar pela internet. As empresas locais foram rápidas no gatilho e avançaram o ecossistema on-line em anos, gerando um salto de 54% nas vendas pela web.

Turbulência semelhante sacudiu outras grandes economias, como Índia, Rússia e Brasil, que demoraram a abraçar o e-commerce.

A Covid acelerou a migração no mundo todo, mas o movimento tem potencial para ser mais lucrativo em países onde boa parte da população está comprando on-line pela primeira vez. Na Índia, o e-commerce representou apenas 6,5% do mercado no ano passado, menos de um quarto da parcela observada na China.

Alguns desses mercados são mais fragmentados e disponíveis porque há menos empresas dominantes. As varejistas nesses locais estão correndo atrás de líderes globais, criando sistemas de pagamento mais seguros, expandindo redes de distribuição para agilizar as entregas e ampliando o atendimento aos clientes em plataformas como Facebook e WhatsApp.

O MercadoLivre, maior e-commerce de varejo da América Latina, chegou a usar aviões próprios para reduzir o tempo de envio de remessas.

No Brasil, as vendas on-line aumentaram 66% em 2020, mais que o dobro da taxa de crescimento nos EUA, de acordo com a Euromonitor. Companhias tradicionais, como Via Varejo e Magazine Luiza, estão usando plataformas de mensagens como WhatsApp para oferecer promoções e finalizar transações, segundo pesquisa do Goldman Sachs. As redes varejistas também estão testando transmissões ao vivo para vender produtos e começando a enviar encomendas a partir das lojas, o que já é prática comum em outros mercados.

A Índia é ainda mais atraente, com mais de 1 bilhão de habitantes e o terceiro maior mercado de varejo do mundo, atrás apenas dos EUA e da China. Porém os obstáculos são maiores. Apenas metade das residências está conectada à internet. Segundo o Goldman, a projeção é que o mercado on-line do país triplique até 2024, movimentando cerca de US$ 100 bilhões. O impulso viria dos pedidos a supermercados e das iniciativas da Reliant Industries, a maior companhia da Índia, nas áreas de tecnologia e comércio eletrônico.

No mundo todo, a expansão do comércio eletrônico também pode reduzir as margens de lucro porque varejistas precisam gastar mais com frete e redes de distribuição. E os compradores fazem menos compras por impulso na internet do que nas lojas, o que significa algumas vendas perdidas.

Mas com a Covid ainda avançando, as empresas não podem deixar de aderir à onda on-line que colabora para os lucros históricos do setor.

“O crescimento do nosso negócio no México tem sido notável”, disse o diretor financeiro do MercadoLivre, Pedro Arnt, durante a teleconferência de discussão dos resultados, em novembro. E há “grande oportunidade ainda por vir”.

 

O Papel da Logística na recuperação da economia mundial

Os efeitos do distanciamento social causado pela Covid-19, como fronteiras fechadas, proibição de viagens e linhas aéreas suspensas, mudaram completamente o fluxo de mercadorias, pessoas, serviços e informações. Com isso, o contato pessoal foi substituído pelas conexões on-line, aumentando o tráfego internacional de internet, telefonemas e gerou uma explosão no comércio eletrônico, que alcançou R$ 41,92 bilhões de faturamento em agosto/20 no Brasil (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico – ABComm).

Dessa forma, a pesquisa Global Connectedness Index 2020 (GCI), da DHL, indica que, apesar de o índice de conectividade do ano passado ter sido menor que em 2019, ele não chega aos níveis preocupantes da crise econômica global de 2008 e 2009. Na verdade, o estudo aponta que os fluxos de comércio e de capital já começaram a se recuperar e que as conexões internacionais se mantiveram ativas durante os meses de recessão. Isso foi indispensável para a manutenção da economia global, uma vez que as redes logísticas integradas auxiliaram no fortalecimento dos níveis de comércio em todo o mundo e protegeram as fontes de sustento dos cidadãos.

Assim, traçando um paralelo entre os tráfegos de pessoas e mercadorias, notamos que, conforme previsto, houve um colapso no turismo internacional, que provavelmente não retornará ao faturamento do nível pré-pandêmico antes de 2023. No entanto, todos os outros tipos de fluxos e transações se mantiveram surpreendentemente ativos: o comércio internacional se recuperou após uma grande queda e continua a ser a espinha dorsal das economias; já os fluxos de informação digital tiveram um rápido crescimento, uma vez que a pandemia levou o trabalho, o entretenimento e a educação para a esfera on-line.

No Brasil, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, o comportamento de consumo digital superou as barreiras transfronteiriças e impactou o lucro entre janeiro e abril de 2020. Neste período, a modalidade somou US$ 123,4 bilhões de faturamento, sendo a variação ano a ano mais expressiva entre as 20 principais economias do mundo (G20). Já o tráfego global de internet chegou a crescer dois dígitos, com pessoas e empresas cada vez mais conectadas digitalmente para manter as operações em funcionamento.
Nesse sentido, os fluxos de capital foram atingidos mais intensamente. No entanto, fortes respostas políticas por parte de governos e bancos centrais ajudaram a estabilizar os mercados. Conforme dados divulgados pelo Ministério da Economia, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 3,772 bilhões em novembro de 2020, expansão de 4,7% frente ao alcançado no mesmo mês do ano anterior.

Assim, apesar de ter interferido nos negócios e na ordem social, a pandemia não conseguiu romper as conexões entre os países. Ela, de fato, transformou as relações, pelo menos momentaneamente, e evidenciou os desafios de manter a conectividade global ativa. Contudo, foi possível estabelecer uma rápida adaptação nesse processo, que nos deixou mais fortes e preparados para enfrentar estes e novos desafios.

Ou seja, as cadeias de suprimento e as redes conectadas se tornaram essenciais na manutenção do funcionamento do mundo e na estabilização da globalização, especialmente neste momento de crise que assola o planeta. Além disso, os recentes avanços da produção de vacinas para conter o coronavírus colocaram um holofote na importância sistêmica de uma logística especializada rápida e segura, dependente de uma rede interconectada, que garanta efetivamente a distribuição internacional. Hoje o Brasil se encontra pouco inserido na conectividade global, ocupando o 60° lugar no ranking feito pela DHL. Porém, olhando apenas para as Américas do Sul, Central e Caribe, apenas o Chile está à frente do Brasil, na posição de número 47, o que indica um avanço nesse processo de transformação. Agora, com os países mais conectados, é possível vislumbrar a recuperação mundial, puxada pelo crescimento econômico entre as nações mais estabilizadas em relação à globalização. Nesse sentido, uma boa cadeia logística é o que nos ajuda a ir mais longe!

Por Mirele Mautschke, CEO da DHL Express

 

Perspectivas 2021: Salto digital guia negócios

Ano será marcado pela consolidação de tendências como maior autonomia profissional e companhias transformadas em plataformas digitais de produtos e serviços.

Profissionais mais autônomos, líderes menos controladores, empresas transformadas em grandes plataformas digitais, explosão de startups, consumidores exigentes. Bem-vindo a 2021, o ano em que o mundo dos negócios e o mercado de trabalho vão consolidar as mudanças aceleradas pela pandemia. De cara nova, terão que se adaptar a uma realidade cada vez mais tecnológica e encontrar um ponto de equilíbrio entre o físico e o remoto.

— A pandemia acelerou a digitalização do mundo em uma década ao menos. Em 2030, teremos cem vezes mais startups de tecnologia resolvendo problemas dos mais simples aos mais complexos. A opção de trabalhar remotamente veio para ficar. Isso será ótimo para cidades pequenas e médias com boa infraestrutura digital e qualidade de vida. As empresas de tecnologia serão majoritariamente virtuais — diz Reinaldo Normand, CEO da Innovalab, empresa de educação no Vale do Silício que prepara alunos e educadores para o mundo tecnológico.

José Augusto Figueiredo, country manager do Grupo Adecco, de consultoria de recursos humanos, aponta a valorização da autonomia.

— Os funcionários estão com mais liberdade. O profissional se torna mais empreendedor, e isso descamba para as startups, para a proliferação de pequenos negócios.

Figueiredo destaca que as empresas estão virando plataformas de negócios e vão requerer profissionais diferentes. Para atrair os consumidores nesse novo mundo, saem na frente as empresas que não oferecem apenas produtos e serviços, mas também um propósito. Preservação ambiental, ética e bem-estar passam a ser diferenciais.

Leilão do 5G será marco

Ainda no primeiro semestre deste ano, as atenções do mundo da telecomunicação estarão voltadas para o Brasil, com a realização do leilão do 5G, apontado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como a maior oferta pública do mundo de capacidade para a tecnologia móvel de quinta geração. Será também o maior leilão de radiofrequências da História do país.

— O 5G é mais que um upgrade do 4G: traz vantagens técnicas muito importantes que vão permitir o desenvolvimento de uma série de novas aplicações— afirma José Rizzo, presidente da Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII).

O professor e pesquisador especializado em cidades inteligentes André Luiz Azevedo Guedes lembra que a experiência de países onde o 5G já opera, ainda que de forma experimental, mostra avanços em áreas como planejamento urbano, energia, transporte, saúde, segurança e meio ambiente.

Brasil lidera transição verde

Queimadas, desmatamento, escassez de água, fome e desigualdade são desafios do planeta. A vastidão de recursos naturais faz do Brasil um dos mais importantes atores nessa nova visão de produção. Estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) calcula que o país terá um saldo de 440 mil novos empregos se adotar os princípios da economia verde. É o resultado de 180 mil empregos que seriam perdidos e 620 mil vagas abertas nesse mercado mais sustentável. No mundo, seriam 18 milhões de novas vagas.

— O Brasil já tem uma matriz energética renovável muito maior do que a maioria dos países e uma crescente participação, com potencial muito grande, de energia solar e eólica. O gás natural pode ser matéria-prima para geração de energia, muito menos poluente. E o potencial agropecuário brasileiro pode dobrar de produção sem tocar em um metro quadrado da Amazônia — diz o presidente do Conselho Curador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebrid), José Pio Borges.

Ciência de dados ganha força

Por trás dos melhores planos para conquistar clientes, lançar um novo produto, controlar estoque ou formular uma política pública, há uma estratégia comum: a coleta, o processamento e a interpretação de dados.

No mundo cada vez mais tecnológico, reunir informações e saber o que fazer com elas tornou-se um ativo precioso. É nesse contexto que a Ciência de Dados ganha relevância e forma profissionais cada vez mais procurados no mercado.

— O que o gestor faz é tomar decisão e, quando tem dados de qualidade, ele tem uma tomada de decisão com menor risco. As organizações foram aumentando muito o acúmulo de dados, os mecanismos de armazenagem ficaram mais baratos e, de uns oito anos para cá, essa capacidade analítica explodiu. O Big Data trouxe capacidade de analisar dados não estruturados, que não estão organizados, mas você vai cruzá-los e entender comportamentos interessantes — resume a professora Elaine Tavares, diretora do Copada/UFRJ.

Home office será frequente

Fundador da Turbe, Matheus Goya chama atenção para a diferença da geração home office 2021 para os profissionais que já faziam trabalho remoto antes da pandemia:

— Uma coisa é a pessoa ter a prerrogativa de trabalhar de casa. Outra coisa é o home office forçado, que gera uma carga de trabalho muito maior na vida pessoal, com as crianças fora da escola e muitas vezes sem a casa estar preparada para o trabalho remoto. De qualquer forma, o mundo nunca mais vai ter a mesma configuração de trabalho, vai existir um nível muito maior de flexibilização — diz Goya.

IA transforma medicina

Em 2020, os profissionais da área da saúde precisaram se reinventar para enfrentar uma situação inédita na História. Em 2021, não será diferente. As Sociedades Brasileiras de Patologia e de Cirurgia Oncológica estimam que, apenas nos dois primeiros meses de pandemia, 50 mil brasileiros deixaram de ser diagnosticados com câncer porque evitaram fazer consultas e exames.

Para atender a demandas novas e reprimidas, a tecnologia é um aliado importante. A inteligência artificial, em especial, tem um grande potencial de apoiar os profissionais na análise preditiva, no diagnóstico e na documentação clínica.

Exames de imagem, por exemplo, já são processados por algoritmos que identificam padrões com uma rapidez muito maior do que o olhar humano. Na sequência, sugerem análises para a equipe médica, que assim baseia seus diagnósticos com mais agilidade, precisão e eficiência.

— A inteligência artificial necessita de dados. Quanto mais dados, mais precisa ela é. Por isso, precisamos de um sistema de prontuário eletrônico unificado para o Brasil — explica o pesquisador Alexandre Chiavenato Filho, coordenador do Laboratório de Big Data e Análise Preditiva em Saúde da Universidade de São Paulo.

Telemedicina conquista pacientes

A regulamentação atual para a telemedicina no Brasil data de 2002. Em 2018, ela foi atualizada, mas as mudanças acabaram sendo descartadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para que o debate sobre o assunto fosse retomado. Em 2020, a realidade se impôs: com a pandemia, o atendimento médico à distância foi autorizado pelo CFM, em caráter emergencial, enquanto durar a situação de emergência em saúde pública.

A adesão foi rápida: apenas no primeiro semestre, mais de 73 milhões de brasileiros foram atendidos pelo TeleSus.

A rede de centros médicos dr.consulta, que conta com 1.400 médicos, de 27 especialidades, instaurou um sistema de teleatendimento ainda em março, em apenas nove dias. Atualmente, gerencia duas mil consultas on-line por dia, realizadas por 300 médicos.

Num cenário de envelhecimento da população, a procura por consultas on-line tende a se multiplicar.

Ensino à distância evolui

Quando as escolas se viram forçadas a migrar para o ensino à distância do dia para a noite, 89% dos professores da rede pública não tinham experiência em dar aulas remotas. Superado o primeiro contato, 21% ainda relatavam grandes dificuldades para lidar com as tecnologias digitais.

A educação à distância foi implementada no ensino básico de forma abrupta. A pandemia chegou ao Brasil em fevereiro de 2020, e em abril, segundo o instituto Datafolha, 74% dos estudantes das redes municipais e estaduais de todo o país já estavam recebendo aulas não presenciais.

Para Guilherme Cintra, diretor de Estratégia da Eleva Next, área de inovação do grupo de educação Eleva, o caminho está na formação híbrida, conciliando atividades presenciais e remotas. Ele avalia que o ensino médio, em especial, poderia se beneficiar de uma carga horária de 20% à distância.

— O ensino híbrido traz possibilidades nas metodologias ativas. Com ele, você sabe se o aluno está fazendo as questões, quanto tempo ele passa em cada uma.

Profissões tecnológicas em alta

Especialistas em inteligência artificial, machine learning e ciência de dados aplicada a marketing. Essas serão algumas das profissões mais disputadas pelas empresas nos próximos anos. A conclusão está no relatório “The future of job 2020”, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial em dezembro.

O estudo indica que a tecnologia vai criar mais postos de trabalho, 97 milhões, do que os 85 milhões que serão eliminados. Atividades repetitivas vão cair dos atuais 15,4% do total de vagas para ocupar 9% em 2025, enquanto que as profissões emergentes, que atendem, principalmente, à interação entre humanos, máquinas e algoritmos, vão saltar de 7,8% para 13,5%.

Durante o período de isolamento social e abandono dos escritórios, foi graças a profissionais como os de segurança da informação, os desenvolvedores e os engenheiros de dados que a economia pôde avançar na transformação digital.

Num cenário de open banking e novos modos de pagamento, incluindo o Pix, as áreas de finanças e contabilidade também ganham destaque. Para o PageGroup, um dos postos mais valorizados nesse contexto é o de coordenador de controladoria, que atrai analistas contábeis capazes de oferecer insights e revisões que vão além do operacional e agregam sugestões de melhorias de processos e redução de custos.

Novidades no streaming continuam

O ano da pandemia e do consequente isolamento social representou o boom do streaming no Brasil. O Globoplay registrou alta de 145% na base de assinantes só no primeiro semestre do ano passado. Com a estreia do Disney Plus no Brasil e a expectativa da chegada do HBO Max, o streaming pode crescer ainda mais no país.

A Disney Plus começou a operar no Brasil no fim do ano passado e já chamou a atenção do público com o lançamento da animação da Pixar “Soul”. Todas as animações da Pixar e produções da Marvel, da própria Disney e da National Geographic estão no catálogo. A empresa promete lançar em 2021 outras séries e filmes exclusivos na plataforma.

Para o diretor executivo do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro e professor de Inovação no Instituto da Universidade Harvard Fabro Steibel, 2021 é um ano de consolidação do streaming.

O professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da UFRGS Alex Primo lembra que essas novidades permitem também novas formas de consumir entretenimento, como poder ver o mesmo filme com os amigos, cada um na sua casa.

A logística ganha a guerra? Impactos e tendências com a pandemia

Visualizando a logística atualmente

Desde muito tempo, a logística é um setor indispensável para a economia de qualquer país, uma vez que é responsável pela armazenagem, movimentação, carga e descarga de mercadorias, matérias-primas e insumos em geral. Ou seja, ela envolve todas as etapas que integram a cadeia de suprimentos.

Nas últimas semanas tem sido muito impactante acompanhar os esforços de governos e agentes públicos para distribuir as vacinas contra a Covid-19 em todo mundo. Esta distribuição, coordenada pelos especialistas em logística, tornou-se uma operação de guerra e um fator decisivo no combate à pandemia e seus reflexos.

Nos últimos meses, observamos um verdadeiro “boom” das vendas por meio de canais digitais e lá estava a logística novamente fazendo a diferença com a distribuição de alimentação pronta, medicamentos, bens de consumo duráveis e não duráveis e tudo mais de que a população reclusa necessitou.

Nunca se observou a logística de forma tão atenta como nos dias atuais. Isso tem valorizado a sua importância nas relações de consumo.

Mas o que estas novas percepções afetam a logística no pós-pandemia? Quais são as práticas mais promissoras nesta área?

Vamos aproveitar este momento e refletir sobre tendências e oportunidades neste importantíssimo setor.

Os maiores impactos da pandemia na logística

A pandemia do novo coronavírus e o isolamento social estão impactando diretamente a vida das pessoas e os setores da economia, incluindo, é claro, o segmento de logística e transporte. Com isso, as empresas estão tendo que se reestruturar e criar soluções para manter a cadeia de suprimentos organizada e minimizar os prejuízos.

Citamos aqui algumas destas influências:

  • Aumento das vendas on-line

Com o fechamento total ou parcial das lojas físicas, um novo público foi estimulado a comprar pelos canais digitais. Estima-se que o consumo via e-commerce cresceu mais de 50% na América Latina nos últimos meses e que o Brasil tem registrado a abertura de mais de uma loja virtual por minuto. Este fenômeno pressionou toda a cadeia logística, mas foi no “last mile” que o desafio foi maior.

  • Busca por um Marketplace

Milhares de pequenos lojistas passaram a procurar desesperadamente pelas grandes plataformas de venda eletrônica como solução para o fechamento temporário de suas lojas físicas. O mercado de marketplaces no Brasil já tinha um alto potencial de crescimento. A pandemia impulsionou este crescimento e obrigou os principais players a ampliar sua malha logística de distribuição.

  • Lojas viram pontos avançados de distribuição de produtos

Com lojas fechadas e vendas em alta dos canais digitais, o jeito foi transformá-las em estoques avançados de produtos e otimizar o prazo de entrega a partir das lojas. No pico da pandemia em 2020, esta foi a solução adotada pelo Magazine Luiza, que transformou 700 das suas 1.100 lojas em pequenos estoques e passou a atender 35% de suas entregas totais em 24h.

  • Transporte internacional de cargas interrompido

O fechamento de fronteiras imposto pela pandemia e a consequente queda na quantidade de voos provocaram um grande estrangulamento das cadeias produtivas no primeiro semestre de 2020. A falta de insumos e o desbalanceamento de estoques obrigaram muitas indústrias a suspender temporariamente a produção de parte de seus produtos. Gradativamente a situação de voos e rotas marítimas voltam à normalidade e está em curso uma reorganização da cadeia de suprimentos. Novos modais e novas rotas logísticas foram desenvolvidas para fazer frente ao novo cenário.

  • Aumento de reclamações de entregas

Com a explosão de vendas no e-commerce durante a pandemia, outros problemas ligados à logística começaram a surgir para muitas empresas. O Procon-SP relata crescimento de 208% nas reclamações de pedidos on-line, sendo o atraso na entrega o principal motivo. Mais pressão sobre a área de logística, que precisa dar respostas à queda do nível de serviço.

  • Maior e melhor higienização nos processos logísticos

Um dos aspectos que tornaram a Covid-19 uma realidade é que sua disseminação é extremamente fácil e rápida. Nesse sentido, todo cuidado é pouco quando o assunto é higienização de produtos em transporte. Novas rotinas foram adotadas no momento de armazenar, embalar e transportar os produtos. A ordem é proteger todos de sua equipe, além de parceiros, prestadores de serviços e o consumidor.

As práticas logísticas que cresceram como soluções na pandemia

Toda crise gera oportunidades. Esta máxima mexeu com o mundo da logística, que procurou soluções para acelerar melhorias e adaptações à nova realidade.

Gostaríamos de nos concentrar em uma prática existente no mercado que vem chamando a atenção das empresas: a logística compartilhada.

A logística compartilhada já está em pauta há algum tempo, assim como a terceirização. Esses temas têm relação direta com uma das maiores lições que a pandemia trouxe: a visão colaborativa.

No cenário da crise, diversas empresas formaram parcerias, expandiram seus negócios e conseguiram aumentar suas receitas.

Com base no conceito de economia colaborativa, a logística compartilhada trata-se de uma parceria entre empresas que possuem objetivos ou necessidades em comum e visam a otimização do processo logístico.

Como funciona a logística compartilhada?

Temos exemplos de economia colaborativa como Uber, Airbnb e iFood. Logo, para pensar em como funciona a prática da logística colaborativa, aplica-se a funcionalidade dessas empresas aos processos logísticos.

Com essa lógica, é possível pensar em uma empresa que disponibilize para outra uma parte do seu armazém ou que divida o custo de transporte, usando os mesmos veículos para a distribuição de seus produtos.

Citamos as práticas mais realizadas na logística compartilhada.

  • Centro de distribuição compartilhado

O centro de distribuição é o local de armazenagem onde ocorre o manuseio e a gestão de produtos.

Muitas empresas não ocupam 100% do espaço do seu armazém ou ele fica ocioso certo período do ano. Dessa forma, duas empresas podem chegar ao acordo de dividir o armazém ou uma pode negociar com a outra, terceirizando o serviço.

Compartilhar o centro de distribuição significa que um mesmo local de armazenagem pode ser utilizado para diferentes produtos de diferentes clientes.

A consequência é a redução de custos em tudo o que envolve a armazenagem e gestão: mão de obra, aluguel, luz e locação de equipamentos de movimentação, entre outros.

  • Veículos compartilhados

Essa é uma das práticas mais conhecidas. Ela se aplica tanto para veículos que estão sem uso no seu centro logístico, quanto para otimização das rotas.

Se uma empresa tem os veículos parados, outra empresa pode contratá-la para fazer suas rotas. Ao mesmo tempo, uma empresa que já faz suas próprias rotas pode fazer o frete-retorno com outro negócio, maximizando a ocupação dos veículos.

Benefícios da prática da logística compartilhada

  • Aumento da competitividade

Aumentar a competitividade é uma questão de sobrevivência no mundo dos negócios. A logística compartilhada aumenta a competitividade da sua empresa, trazendo novos parceiros, dividindo visões, adotando melhores práticas e possibilitando aprendizados mais rápidos. É o “fazer mais com o mesmo” agregando valor e otimizando o uso dos ativos de armazenagem e transportes das empresas.

  • Redução dos custos

Reduzir custos virou palavra de ordem em período de pandemia. Fazer parcerias ajuda a reduzir os custos operacionais da logística das empresas. Para compartilhar, é preciso conhecer profundamente seus custos que deverão ser revisados. O compartilhamento trará economias naturais em armazenagem e transportes porque permite ocupar a ociosidade das empresas.

De Natalino Franciscato, gerente de Projetos da Gouvêa Consulting.

 

As 6 grandes tendências do e-commerce brasileiro para 2021

Depois de um ano em que vimos um crescimento histórico, o que vem por aí neste 2021?

Para o bem ou para o mal, os últimos 12 meses foram inesquecíveis. A pandemia acelerou a digitalização do varejo de uma forma que seria impossível imaginar: no primeiro semestre de 2020, o e-commerce teve o maior crescimento dos últimos 20 anos, avançando 47%. As empresas precisaram investir em canais digitais para poder continuar em contato com os clientes. Quem tinha um e-commerce atualizou seus sistemas, quem estava off-line correu para abrir um site ou entrar em um marketplace. O WhatsApp se tornou estratégico e as lojas físicas ganharam a função de hub de distribuição.

E o crescimento do e-commerce continuou acelerado no segundo semestre. Uma boa referência é a Black Friday, em que as vendas cresceram 32% na comparação anual, considerando somente a sexta-feira. Em todo o mês de novembro, a expansão foi de 70%. O varejo foi de vez para o on-line, incluindo segmentos como materiais de construção e supermercados, e o consumidor gostou.

Como resultado, o varejo brasileiro nunca mais será o mesmo.

O novo ano começa com a expectativa de tempos melhores, mas ainda com a promessa de turbulências. O fim do apoio emergencial e indefinições a respeito de um cronograma de vacinação (ou mesmo de quais vacinas estarão disponíveis) criam mais tensão, mas todos nós estamos imersos nesse ambiente e vamos precisar lidar com ele. A diferença estará em quem conseguir identificar os caminhos para estar mais próximo dos clientes e digitalizar ainda mais seus negócios.

Por isso, neste 2021 todo varejista deveria estar atento aos seguintes pontos, que farão a diferença entre ser líder e ficar para trás:

1) Integração on-line e off-line

O fechamento das lojas físicas de todo o varejo considerado não essencial (responsável por cerca de dois terços das vendas do setor) teve um efeito benéfico inesperado. Com as lojas fechadas ao público, ficou claro que o PDV poderia – e deveria – ser mais que um lugar para a venda de produtos. No melhor exemplo de “se Maomé não vem à montanha, a montanha vai a Maomé”, a loja passa a estar à disposição do cliente de todas as formas possíveis.

Os varejistas perceberam que suas lojas físicas poderiam funcionar como hubs avançados de distribuição para atender os pedidos on-line dos clientes da vizinhança. Dessa forma, conseguem reduzir significativamente os custos logísticos e os prazos de entrega e ganhar competitividade. O ship from store ganhou um enorme impulso ao longo de 2020: dados da Linx Digital mostram que, na Black Friday, essa modalidade teve um aumento de 142% no número de pedidos e representou 63% de todos os pedidos omnichannel.

Em 2021, mais varejistas irão adotar a entrega a partir das lojas físicas, estimulando a modernização dos sistemas e acelerando a implementação de sistemas OMS. Ao mesmo tempo, o “clique e retire”, a forma mais conhecida de omnichannel, voltará a ganhar força com a vacinação e o aumento do fluxo de clientes nas lojas.

2) Siga as letras: ESG

Os cuidados com práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) ganharam espaço durante a pandemia e, neste ano, serão um fator cada vez mais importante na escolha das marcas e na fidelização dos clientes. Empresas com um posicionamento ESG relevante terão uma melhor imagem e tenderão a crescer mais rápido – desde, é claro, que as ações ESG sejam reais.

Isso é muito positivo para o e-commerce, que pode se beneficiar de várias maneiras: usando embalagens recicláveis ou retornáveis; comunicando melhor suas ações de redução da “pegada de carbono” ou para ajudar comunidades carentes; e se envolvendo em causas sociais e/ou ambientais. Empresas que são referência em ESG mostram aos clientes que têm um propósito mais nobre que a venda de produtos. E isso traz resultados financeiros.

3) Inteligência Artificial que funciona

Inteligência Artificial (IA) foi uma das expressões mais presentes nas conversas, em eventos e nos materiais de marketing. Fornecedores dizem que seus sistemas se baseiam em IA, empresas dizem que usam a tecnologia para conhecer melhor seus clientes, e assim se conquista uma imagem de modernidade. Mas é preciso ir muito além disso.

A IA oferece benefícios reais em qualquer atividade que dependa da coleta e da análise de dados para melhorar o relacionamento com os clientes. Neste ano, mais e mais aplicações de tecnologia terão IA embutida. A chave para o sucesso é entregar valor real ao cliente. A IA que funciona é aquela que antecipa demandas dos consumidores para solucionar problemas do varejo e da indústria, como ruptura, planejamento de demanda e personalização de promoções e ações de comunicação.

4) Live streaming

No meio da pandemia, o varejo descobriu o live streaming como uma forma de levar calor humano para as transações on-line. Uma maneira de tornar o e-commerce mais “com cara de loja física”. Em um primeiro momento, com um jeito bem vintage: apresentar ofertas em vídeo e estimular o cliente a acessar um outro canal para fechar a transação é uma forma de descrever os canais 1406 dos anos 90 (em que o cliente ligava para um número de telefone para fazer o pedido).

O exemplo da China aponta o caminho para o que será o live streaming neste 2021: comprar diretamente do vídeo, sem sair da transmissão e sem direcionar o cliente para outro canal de relacionamento. A integração dos mecanismos de compra às transmissões oferece uma experiência mais imersiva.

Não é à toa que o Interactive Advertising Bureau estima que as vendas geradas pelo live streaming alcancem US$ 120 bilhões em todo o mundo neste ano. Os consumidores querem sentir uma conexão com as marcas, não querem somente comprar produtos. O live streaming consegue oferecer essa conexão, mantendo a segurança do isolamento social. É de se esperar que, passada a crise, os consumidores voltem às lojas, mas o live streaming continue sendo uma força importante para o relacionamento com as marcas.

5) Social commerce, finalmente!

Há anos as vendas pelas redes sociais são uma tendência indicada como “agora vai”. Com a pandemia, mais pessoas passaram a interagir on-line com suas marcas preferidas, encurtando o caminho para as compras on-line. Como Instagram, Facebook e TikTok são sinônimo de internet para boa parte dos seus usuários, as experiências de compra nas redes sociais estão se sofisticando. Projeções indicam um crescimento da ordem de 30% nas vendas globais via social commerce nos próximos cinco anos. Mais poder para as big tech, mais desafios para as marcas de varejo.

6) Uma nova logística

A logística é um aspecto estratégico do e-commerce, já que a velocidade de entrega dos produtos é um enorme fator de diferenciação e um dos principais elementos decisivos de compra, ao lado do valor do frete. Novas soluções de entrega diminuem o prazo e reduzem o custo do delivery de produtos, o que torna o e-commerce ainda mais interessante para os clientes e alavanca vendas.

Além do ship from store, que transforma as lojas físicas em hubs logísticos, outro movimento importante dos varejistas on-line é a busca por novas modalidades de entrega. Os marketplaces estão reforçando suas estruturas de entrega, com investimentos em Centros de Distribuição, carros elétricos, aviões e drones. Startups dedicadas à logística de última milha aumentam as possibilidades do uso de lockers e parceiros de coleta e retirada de entregas. O varejo precisa levar em conta essas novas realidades e desenvolver um mix de entregas que alie velocidade e custos baixos. Essa será uma equação vencedora no e-commerce de 2021.

 

Varejo quer reduzir custos da última etapa da entrega, que pode chegar a 45% do comércio on-line

Varejistas que operam no meio digital tentam reduzir custos e acelerar a última etapa da entrega de um produto, conhecida no setor como “last mile” (última milha, na tradução do inglês). Estão usando computação em nuvem, armários inteligentes, bicicletas elétricas e até drones e robôs.

A última milha representa pelo menos 24% dos custos logísticos. Se for no comércio on-line, essa fatia chega a 45%, calcula o instituto Ilos, especializado em logística. A inovação nessa área ainda é está começando, mas já movimenta cifras expressivas.

A B2W, dona dos sites Americanas.com, Submarino e Shoptime, quer usar a maior parte do investimento de R$ 5 bilhões em dois anos para projetos integrados de logística, como ampliar de sete para 17 centros de distribuição automatizados (que podem reduzir pela metade o prazo de expedição de um produto) e aumentar as ofertas de frete grátis aos clientes.

A busca por soluções se reflete também nos aportes em startups. Relatório da plataforma Distrito, que reúne dados de startups, mostra que US$ 1,3 bilhão foi investido em logtechs nos últimos 10 anos.

Mercado digital e logística: como a tecnologia vem ajudando o setor

A área de transporte e logística pode ter diversos desafios relacionados à frota, à itinerários, roteirização ou até mesmo ao atendimento aos clientes durante o processo de entrega de uma encomenda.

Para ajudar nessas e em diversas outras demandas, a Inteligência Artificial vem aprimorando constantemente o setor, com a criação de ferramentas como chatbots e plataformas inteligentes.

Pensando nesses desafios, vamos entender melhor como a Inteligência Artificial pode ajudar o setor de transporte e logística.

Crescimento e expansão do mercado digital

Com o contexto atual, de pandemia e isolamento social, o que se viu foi um forte aumento nas vendas on-line. Esse movimento já vinha ganhando forças, porém em 2020 foi o grande salto para o setor.

Segundo uma pesquisa da Ebit/Nielsen, feita em parceria com a Elo, as vendas on-line tiveram um aumento de 48% no primeiro semestre de 2020, representando 40 bilhões de reais. Em número totais, foram quase 100 milhões de pedidos feitos entre janeiro e junho deste ano.

Nesse cenário, o setor de transporte e logística também teve que se reinventar para acompanhar o crescimento da demanda.

Nesse processo de adaptação, a aplicação da Inteligência Artificial, causou um grande impacto no segmento.
A principal aplicação foram os chatbots e automações para maior controle das operações. Vamos ver a seguir como a Inteligência Artificial vem apoiando na expansão do setor.

Como a IA pode ajudar no setor de transporte e logística?

Historicamente, o setor de transportes e logísticas, tem a característica de ser pouco inovador. Porém, hoje a tendência é a digitalização dos processos, principalmente se tratando de médias e grandes empresas.

Com a expansão da demanda e o perfil de consumidor cada vez mais digital e imediatista, o setor teve que se revolucionar para atender seus clientes de forma satisfatória.

Ao efetuar uma compra on-line, o consumidor espera que a entrega seja feita de forma rápida, além disso, ele quer rastrear e acompanhar todo o processo de logística para entrega do pedido.

Por isso, as empresas do setor devem estar cada vez mais preparadas tecnologicamente, para atender essas expectativas.
Nesse contexto, a Inteligência Artificial consegue ajudar bastante as empresas de transporte e logística. Por meio da IA, as empresas conseguem ganhos no atendimento ao cliente, no registro e tráfego de informações, na comunicação, entre outros.

Essas inovações trazem benefícios tanto para o cliente, quanto para a empresa, por exemplo, caso falte alguma informação sobre o pedido, pode ocorrer eventuais perdas e desvios que nunca seriam ressarcidos pela seguradora. Sendo assim, a Inteligência Artificial, pode atuar nesse processo, automatizando toda a cadeia de logística, para evitar falhas e erros.

Quando falamos em IA, uma das aplicações que mais crescem, são os chatbots. As plataformas para atendimento com Inteligência Artificial, permitem que a empresa automatize todo o processo de comunicação, seja com fornecedor, com os entregadores ou com o cliente final.

Com uma plataforma de chatbot, uma empresa consegue por exemplo, enviar alertas para que o cliente final saiba que seu pedido já está em rota de entrega e ao final ele pode confirmar o recebimento, agilizando a baixa na empresa e para os entregadores.

Além disso, conseguem solucionar dúvidas dos clientes internos ou externos de uma forma rápida e prática, integrando o chatbots aos seus principais canais de atendimento. Eles conseguem atuar em tempo integral, ou seja, 24 horas por dia, 7 dias na semana.

Muitas outras inovações podem ser pensadas com o apoio de uma ferramenta de chatbot. Basta a empresa entender qual a dor do seu cliente ou qual a falha no seu processo, e atrelar isso ao uso e aplicação da Inteligência Artificial.

Benefícios do uso e aplicação da IA

Com a aplicação do chatbot, as empresas tendem a ganhar principalmente em satisfação dos clientes. Uma plataforma de atendimento permite que a empresa tenha uma comunicação mais eficiente e próxima com seus clientes.

Com isso, consegue identificar melhor quais são as principais dúvidas, queixas e dores do seu cliente, e assim, consegue ativamente estruturar ações para que essas falhas não voltem a acontecer.

Além disso, uma ferramenta de chatbot, traz várias possibilidades de inovação para um negócio. Existe possibilidade de disparo de mensagens via WhatsApp, onde você consegue tanto abrir um canal de atendimento a dúvidas, quanto enviar alertar e outros comunicados essenciais para o processo.

Outro ganho, diz respeito à integração e centralização dos seus canais de comunicação, seja para contatos internos ou externos. Por meio de um chatbot, a empresa consegue estruturar um atendimento omnichannel integrando o chat do seu site, o SAC, canal de atendimento via Whatsapp e várias outras possibilidades.

Magalu lança campanha para ampliar número de pequenos negócios no marketplace

Estrelando o apresentador Luciano Huck, propaganda do Parceiro Magalu será transmitida na televisão e na internet pelas redes sociais Facebook, Instagram, Twitter e YouTube.

O Magalu lança, nesta segunda-feira (25/1), uma campanha para incentivar os pequenos negócios a vender seus produtos dentro de seu marketplace. Estrelando o apresentador Luciano Huck, a propaganda do Parceiro Magalu será transmitida na televisão e na internet pelas redes sociais Facebook, Instagram, Twitter e YouTube.

Segundo Leandro Soares, diretor-executivo de marketplace, o objetivo é explicar como funciona a plataforma do Magalu. “Vamos fazer uma campanha bem focada em explicar para o nosso parceiro por que é importante vender on-line”, afirma. “É um convite para estar dentro da nossa plataforma, e também ensinaremos a vender. ”

A divulgação do Parceiro Magalu ganhou força no início da pandemia, mas será acelerada neste ano. “Estamos reforçando um pouco da nossa estratégia de se tornar um sistema operacional do varejo brasileiro. Queremos digitalizar o Brasil”, diz Soares.

Segundo ele, atualmente, 40 mil pequenos negócios vendem no marketplace do Magalu. O plano é aumentar esse número — mas sem estabelecer uma meta específica. “Imaginamos que no Brasil atualmente existam 100 mil empresas que vendem on-line, mas 6 milhões de CNPJs de varejo que têm comércio local. Queremos ir atrás desses milhões de pequenos empresários. ”

Soares diz que é fundamental para o Magalu ter esses comerciantes anunciando em seu marketplace. “O pequeno varejista colabora muito com a nossa estratégia do Tem no Magalu porque aumenta a variedade de produtos que oferecemos espalhados pelo Brasil. ”

“A nossa ideia é oferecer para eles uma plataforma de tecnologia que permite vender on-line muito facilmente, utilizando todas as nossas ferramentas, como publicidade, soluções financeiras de pagamento e logística para entregar o produto para todo o Brasil”, afirma Soares.

 

“Varejo físico vai se tornar sistema de suporte para o e-commerce”, diz especialista

O futuro do varejo está tomando forma neste exato momento. A pandemia global acelerou sua chegada e tecnologias como drones e 5G estão tornando novas realidades possíveis, o que vai culminar em cidades mais inteligentes. É o que afirma Kate Ancketill, CEO da consultoria estratégica GDR Creative Intelligence, com sede em Londres, no Reino Unido.

“A calamidade que estamos vivendo apenas acelerou todas as coisas que sabíamos que precisavam acontecer no varejo”, afirma ela, para quem as mudanças rápidas pelas quais o setor passou desde o ano passado configuram uma “reinicialização total” do varejo. “Às vezes, são necessários eventos drásticos para nos obrigar a fazer o que sabíamos que deveríamos ter feito o tempo todo. ”

Para ela, as vendas no varejo físico continuarão diminuindo em favor das compras on-line. Citando dados da KPMG, Kate diz que metade das vendas no varejo no Reino Unido será on-line em 2025 e que, até 2023, o país terá perdido 25% do varejo físico.

“Acho que temos de começar a aceitar que o varejo físico se tornará o sistema de suporte para o e-commerce. Isso não quer dizer que vai desaparecer, de jeito nenhum. Eu sou uma grande fã do varejo pelo tipo de experiências profundas que só ele pode oferecer. Acho que se trata de integrar o comércio e melhorar o atendimento. ”

Kate Ancketill foi uma das palestrantes da NRF 2021: Retail’s Big Show, maior evento de varejo do mundo, que tradicionalmente é realizado em janeiro em Nova York, nos Estados Unidos. Neste ano, por causa da pandemia, a NRF foi dividida em dois capítulos, ambos com palestras virtuais. O primeiro terminou na semana passada e o segundo será em junho.

Varejista on-line busca criar experiência física

A especialista destaca que, ao mesmo tempo em que o varejo, uma indústria principalmente presencial que oferece experiências palpáveis se transforma num negócio on-line, players que atuavam exclusivamente on-line agora estão buscando espaços físicos “para preencher lacunas de experiência”.

No ano passado, a marca de cosméticos Avon, mais conhecida por sua estratégia de venda de produtos por meio de representantes independentes em comunidades ao redor do mundo, abriu um “playground de beleza” de dois andares em Los Angeles chamado de Studio 1886, uma referência ao ano de fundação da empresa.

“Por que eles acham que precisam de uma loja física? Um dos motivos é que eles a desejam como um espaço comunitário para seus representantes e clientes”, afirma Kate.

Outros exemplos incluem marcas on-line que abrem pequenas lojas, às vezes sem funcionários, em shoppings centers. A ideia é mostrar produtos – ocasionalmente em vitrines ou displays – que os consumidores comprariam on-line.

Quais inovações vieram para ficar?

Ao mesmo tempo, os varejistas tradicionais estão buscando alavancar a internet para estender a experiência na loja. Uma das formas de se fazer isso é por meio do live streaming, uma transmissão ao vivo feita em vídeo em que os compradores podem receber atenção individual dos profissionais do varejo.

Em 2019, a Amazon lançou o Explore para apoiar pequenos varejistas e outras empresas interessadas em oferecer aos clientes experiências transmitidas ao vivo. “Pode ser um personal shopper, um guia turístico ou um especialista em alguma habilidade específica”, explica a CEO da GDR Creative Intelligence.  Atualmente, por US$ 10, por exemplo, os fãs de calçados podem ter acesso a um personal shopper da Thursday Boot, cuja única loja física fica na cidade de Nova York.

“A questão é: quais dessas inovações que chegaram rapidamente ao mercado durante a pandemia permanecerão conosco por muito tempo? ”, questiona a consultora. E ela mesmo responde. “Qualquer coisa que esteja respondendo aos ‘três P’s’ [profit, planet and people, ou lucro, Planeta e pessoas]. Se todas essas três modalidades estiverem sendo atendidas, é provável que tenha longevidade. ”

A explicação está no fato de que as inovações voltadas para as pessoas melhoram o atendimento de pedidos e trazem conveniência aos consumidores. De outro lado, com mais compradores tornando a sustentabilidade um fator em suas decisões de compra, as marcas que oferecem inovações voltadas para o Planeta são beneficiadas com credibilidade. E, é claro, eles têm que manter seus lucros enquanto avaliam seus passos.