Amazon vai investir US$ 278 milhões em dois novos hubs na Itália em 2021

A Amazon abrirá dois novos centros de logística na Itália neste ano, com um investimento de mais de 230 milhões de euros (US$ 278 milhões). Com os dois novos centros – um centro de distribuição na cidade de Novara, no noroeste, e outro próximo à cidade de Modena -, a Amazon criará 1.100 novos empregos nos próximos três anos.

“A Amazon continua a expandir sua rede de logística para atender à crescente demanda dos clientes, ampliar as seleções de produtos e apoiar as pequenas e médias empresas que decidiram vender seus produtos usando a logística da Amazon”, disse o grupo em um comunicado.

A Amazon já investiu 5,8 bilhões de euros na Itália desde o início das operações, há dez, e empresa, atualmente, 8.500 pessoas no País.

Magalu, Delivery Center e Dengo ganham prêmio internacional de inovação no varejo

As brasileiras Magazine Luiza, Delivery Center e Dengo estão entre as 50 empresas de varejo mais inovadoras de 15 países do mundo, de acordo com relatório do Grupo Ebeltoft, um consórcio de empresas líderes em varejo e consultorias de marcas do qual faz parte o Gouvêa Ecosystem.

A mercearia canadense Grocery Neighbor foi escolhida como o grande case do ano. O relatório divide as empresas em quatro tendências: omni-integração (categoria em que ficaram o Magalu e o Delivery Center), experiência extrema (caso da Dengo), extrema conveniência e práticas sustentáveis.

O documento destaca que o Magazine Luiza é um Ecossistema de Negócios criado fora de regiões “óbvias”, como Estados Unidos e China, tendo se tornado, “provavelmente, um dos varejistas omnichannel mais integrados e inovadores do mundo”. Informa, ainda, que a empresa se posiciona como uma “empresa digital com lojas físicas e coração” e é conhecida pela qualidade do atendimento ao cliente.

O Delivery Center é classificado como um “serviço completo (mercado, pagamento e logística) onde varejistas localizados em shoppings podem vender e atender pedidos on-line”. A McMillanDoolittle ressalta que a empresa conta com investimentos de duas das maiores redes de shopping centers do Brasil, “unindo forças para criar um ecossistema mais forte”.

Já a Dengo chamou a atenção por ter, segundo a consultoria, criado uma loja virtual com experiência de loja física diante da necessidade de fechamento das lojas por causa da Covid-19. “Os clientes podem acessar uma transmissão ao vivo de uma loja física em um shopping center e interagir em tempo real com um vendedor, que entrega a proposta de valor da marca no mundo digital”, destaca o documento.

Veículo da canadense Grocery Neighbor

A Grocery Neighbor, escolhida como a empresa mais inovadora entre as 50 da lista, é um conceito de mercearia canadense que oferece extrema conveniência por meio de um veículo de 18 rodas. Cada caminhão pode ser encontrado por meio de um aplicativo móvel que permite que os clientes rastreiem e sinalizem os veículos, bem como digitalizem e paguem por seus itens.

A empresa “oferece a conveniência da entrega de supermercados sem incômodo ou desperdício, permitindo que os clientes selecionem seus próprios itens e usem seus próprios recipientes. Nem todos os bairros são projetados para acomodar mercearias em 18 rodas, mas estamos ansiosos para acompanhar para ver como esse conceito é refinado à medida que ele se desenvolve”, diz o relatório.

A documento destaca que os varejistas e marcas incluídos na edição deste ano não só conseguiram sobreviver, superando os desafios de operar durante uma pandemia global, mas também prosperar, reimaginando como melhor atender aos seus clientes.

Pandemia acelerou a digitalização dos pequenos negócios

Pesquisa do Sebrae, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), revela que a pandemia estimulou a digitalização dos micros e pequenos negócios.

Hoje, 70% dessas empresas atuam nas redes sociais, aplicativos ou internet para impulsionar suas vendas. Em maio, bem no início da pandemia, esse percentual era de 59%.

Em algumas atividades o número de negócios atuando no ambiente virtual teve um incremento superior a 20%, como é o caso dos segmentos de energia, que apresentou aumento de 37%; beleza, com 27%; bem como educação e construção civil, que viram o número de empresas ativas nesse ambiente crescer em 20%.

PRINCIPAIS CANAIS

A plataforma Whatsapp é a preferida pelos empreendedores que inseriram o mundo virtual nas suas vendas, com 84% de adeptos.

Cerca de 90% das empresas que exercem atividades como Artesanato, Beleza e Moda, e que digitalizaram sua comercialização, usam esse recurso para vender seus produtos e serviços.

Instagram e Facebook são as próximas opções, com 54% e 51%, respectivamente.

Apenas 23% dos negócios vendem por sites próprios.

Outro dado apresentado pela pesquisa é que as micros e pequenas empresas usam a digitalização de forma mais profissional do que os microempreendedores individuais (MEI), pois utilizam ferramentas mais voltadas para a gestão dos seus negócios.

Entre as micros e pequenas empresas, 55% usam ferramenta de gestão. Já entre os MEI, esse número cai para 25%.

A diferença também é confirmada quando o assunto é ferramentas para gestão de clientes (CRM), que são utilizadas por 25% dos donos de micros e pequenas empresas, mas por apenas 12% dos microempreendedores individuais.

 

Mercado Livre vai financiar entregadores para compra de veículos elétricos

O Mercado Livre, maior portal de comércio eletrônico da América Latina, vai começar a oferecer aos seus entregadores no Brasil financiamento para comprar veículos elétricos.

O plano vem a público após a companhia com sede na Argentina ter captado na semana passada 1,1 bilhão de dólares em bônus, sendo 400 milhões de dólares em notas atreladas a iniciativas de boas práticas socioambientais, reforçando a crescente demanda do mercado pelo assunto que tem se popularizado pela sigla ESG.

Com 10 mil veículos e 600 carretas no Brasil, frota quase toda operada por terceiros, muitos com contratos de exclusividade, o Mercado Livre já tem 50 vans próprias movidas a eletricidade em operação no país.

Agora, a exemplo do que já começou a fazer recentemente no México, onde já financia a compra de veículos das montadoras Renault e Mercedes, o Mercado Livre quer ampliar sua frota movida a eletricidade no Brasil, seu maior mercado.

Segundo o vice-presidente de estratégia, novos negócios e relações com investidores do Mercado Livre, André Chaves, a iniciativa segue o esforço global para reduzir emissões de carbono, mas é uma ponte para que seus entregadores reduzam seus custos no médio prazo, dado que as despesas de manutenção são menores nos carros elétricos do que nos movidos a combustão.

“É um investimento que se paga no tempo”, disse o executivo.

Ele não revelou qual a expansão prevista para a frota de veículos movidos a eletricidade no Brasil, nem o investimento previsto na iniciativa, que envolverá também a instalação de pontos de recarga em centros logísticos da empresa.

Em novembro, o Mercado Livre anunciou a abertura de cinco novos centros logísticos no Brasil, para um total de 8, enquanto reforça sua estrutura após um salto do comércio eletrônico no país na esteira da pandemia da Covid-19.

Com os recursos captados por meio dos bônus sustentáveis, a companhia também planeja ampliar a oferta de crédito para micro e pequenos empreendedores, negócio no qual entrou há três anos e que ganhou impulso no ano passado com o isolamento social para conter a pandemia da Covid-19, que levou vários lojistas a ter um canal de vendas pela internet para manter os negócios ativos.

“Temos conseguido manter números de inadimplência iguais ou menores do que os dos grandes bancos, então entendemos que podemos dar maior escala a esse negócio”, disse Chaves.

A companhia oferta crédito por meio de seu braço financeiro Mercado Pago na Argentina, Brasil e no México, com uma carteira total superior a 1 bilhão de dólares, alcançando cerca de 600 mil vendedores.

Com aporte de R$ 3,5 mi, Unbox quer ser a ferramenta de e-commerce das PMEs

Lançar um negócio na hora certa pode fazer toda a diferença para o sucesso da operação. No caso da startup brasileira Unbox, o momento do lançamento não poderia ter sido melhor. A companhia, que oferece uma solução de comércio eletrônico para pequenos varejistas, entrou no mercado em novembro de 2019, poucos meses antes da pandemia de coronavírus tomar o mundo e forçar a digitalização de dezenas de milhares de lojistas, que precisaram vender on-line para sobreviver.

Com um produto pronto para e-commerce, a empresa passou de 50 clientes em março para mais de 1.000 em dezembro. Agora, para escalar sua operação, recebeu um aporte de 3,5 milhões de reais da gestora Maya Capital.

O fundo, administrado por Lara Lemann e Mônica Saggioro, busca empresas que possam resolver grandes problemas da América Latina. Em seu portfólio estão startups como Gupy (de software para RH), Trybe (escola de programação), NotCo (de comidas a base de planta) e Truora (de soluções antifraude).

De acordo com Bruno Pereira, presidente e cofundador da Unbox, foi o fato de sua solução ser pensada para mercados emergentes que chamou a atenção do fundo. “Acreditamos que nosso modelo, pensado para o Brasil, possa ser replicado para outros países da região”, afirma.

Trajetória do negócio

A ideia da Unbox nasceu da junção de experiências pessoais e profissionais de Pereira. Ele cresceu com pais empreendedores, que administram um atacado de materiais de construção em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Acompanhando o trabalho dos pais, via a dificuldade que era não ter processos de gestão digitais.

Pensando em um dia assumir o negócio, ele foi estudar administração de empresas na Fundação Getúlio Vargas. Saindo da faculdade, conseguiu um emprego no banco americano Merrill Lynch, onde descobriu os gargalos do e-commerce em países emergentes.

Em 2019, após quatro anos no banco, decidiu deixar o emprego para empreender. Para ajudá-lo na empreitada, convidou dois amigos para serem seus sócios:  Gabriela Alves (que estava na Loggi) e Lucas Leite (do James Delivery).

Juntos, os três criaram uma plataforma que simplifica as decisões que o pequeno empresário tem que tomar para ter um e-commerce. Em menos de dez minutos, respondendo um questionário de dez perguntas, qualquer empreendedor consegue colocar uma loja no ar, que já nasce conectada às redes sociais. A empresa oferece também soluções de meio de pagamento e também um serviço de logística, feito em parceria com Correios, Loggi e Total Express.

Como funciona

A Unbox cobra uma mensalidade de 49,90 reais e mais 3,5% de cada venda efetuada pela loja on-line. Os custos de meio de pagamento e logística não estão inclusos no pacote. Segundo o presidente, a taxa de pagamento é de 2,79% e o preço do envio é 50% mais barato que o praticado pelas operadoras logísticas.

Hoje, as principais clientes da Unbox são empresas que faturam de 10.000 a 50.000 reais por mês com as vendas digitais. A empresa tem força especialmente no segmento de alimentação saudável e de moda.

Em 2021, usando o dinheiro do aporte, a empresa vai investir em tecnologia para melhorar as integrações de venda da plataforma com as redes sociais e também os serviços de logística e pagamento. Até o final do ano, o plano é ter dezenas de milhares de PMEs usando o serviço.

“Nosso desafio é conseguir criar uma solução que ajude a reduzir o atrito para o lojista chegar até seu cliente final. A integração com as redes sociais são um bom começo, mas há outras opções que estamos de olho, usando inteligência artificial e dados. Queremos apontar para os nossos clientes o que eles precisam fazer para vender mais”, diz Pereira.

O boom do e-commerce

O e-commerce brasileiro cresceu 122% em 2020, na comparação com o ano anterior, segundo dados da empresa Neotrust, que monitora o segmento no Brasil.

Esse salto fez os investidores se voltarem para empresas com soluções de comércio eletrônico. Além da Unbox, companhias focadas em PMEs, como Olist e Nuvemshop conquistaram investimentos multimilionários para expandir suas operações pelo país.

Mas o aporte mais significativo em uma empresa do setor foi o da VTEX. Em setembro, a companhia levantou 225 milhões de dólares em rodada de captação série D liderada pelo fundo Tiger Global. Na transação, a empresa foi avaliada em mais de 1 bilhão de dólares, o que lhe garantiu o cobiçado título de unicórnio.

 

Como Alibaba e Moschino estão conquistando o cliente de luxo na China

A compra digital não é mais opcional. É uma necessidade que combina bem com o varejo de luxo, especialmente na China. As inovações que o Alibaba e a Moschino estão fazendo para conquistar o consumidor de luxo no país asiático foram tema de um dos painéis do terceiro dia do Retail’s Big Show, maior evento de varejo do mundo promovido pela National Retail Federation. O evento tem cobertura completa da Mercado&Consumo.

Como a China vive um momento mais tranquilo com relação à Covid-19, Kati Chitrakorn, editora de varejo e marketing da Vogue Business e mediadora do painel, destacou que as marcas estão adotando novas maneiras de se envolver com o consumidor de luxo chinês, não importa onde eles estejam. Nesse sentido, Moschino e Alibaba colaboraram para criar experiências de compras que ela classificou como “inesquecíveis e luxuosas”.

Atualmente, a plataforma de luxo Tmall Luxury Pavilion, do Alibaba, abriga cerca de 200 marcas de líderes desse segmento. Para atrair os clientes, conta com recursos como jogos, personalização e live streaming. A plataforma também lançou recentemente o Luxury Soho, uma loja on-line para compradores da geração Z com recursos interativos, incluindo realidade aumentada e revistas digitais. “É um ano realmente emocionante para nós”, disse Christina Fontana, chefe de moda e luxo da Tmall Luxury.

Show digital com marionetes

O diretor administrativo da Moschino, Stefano Secchi, disse que a marca italiana sempre teve, como parte do seu DNA, questões como inovação e visão de futuro. Foi uma das primeiras, por exemplo, a criar coleções no estilo “veja agora, compre agora” e a fazer parcerias com empresas como McDonald’s e Budweiser.

“Hoje em dia, quando você fala sobre inovação, você precisa falar sobre digital. As duas palavras andam juntas. Neste ano desafiador de 2020, a Moschino prestou muita atenção a essas duas questões”, afirmou Secchi. Para lançar a coleção Primavera/Verão de 2021, a marca promoveu um show digital com marionetes e explorou a realidade aumentada.

O diretor da Moschino destacou, ainda, que o foco principal da marca no mercado chinês é, justamente, a colaboração com o Alibaba. A parceria com a Tmall começou em 2018.

“As marcas são realmente fantásticas na criação de conteúdo, de inovação digital e de coleções. E, com o Tmall Luxury Pavilion, criamos uma plataforma que permite às marcas ampliar seu conteúdo e suas criações para o consumidor chinês”, complementou Christina Fontana.

Como entender o consumidor chinês

Existem mais de 700 milhões de consumidores nas plataformas Alibaba e um dos objetivos do grupo, segundo ela, é ajudar as marcas a entender a melhor maneira de se comunicar na China, maximizar sua presença lá e entreter, envolver e construir lealdade entre os consumidores.

No passado, os consumidores chineses de luxo normalmente compravam e interagiam com marcas durante as viagens para fora do país, algo que mudou por causa da pandemia de Covid-19. Como esses consumidores continuaram comprando “em casa”, o luxo digital ganhou espaço para crescer.

Das mais de 200 marcas de luxo que participaram do “11-11”, o festival global de ofertas do Alibaba, 65 estavam ali pela primeira vez. A data foi marca pelo lançamento de minicoleções, por apresentações de itens antes indisponíveis na China e mais de 100 mil vídeos foram compartilhados por 1,5 bilhão de pessoas no país. “Trata-se de encontrar uma nova maneira de tornar as compras divertidas”, disse Christina Fontana.

Ela espera que a digitalização continue em 2021, mas também que se expanda para a cadeia de suprimentos, logística e merchandising. “Obviamente, estamos olhando para a nossa presença não apenas nas lojas físicas”, disse Stefano Secchi. “Em 2021 e depois, o sucesso virá com uma estratégia omnicanal, e a parceria com o Alibaba ajudará a tornar esse sonho realidade. ”

O Chapter 1 do Retail’s Big Show, maior evento de varejo do mundo promovido pela National Retail Federation, continua na quinta e sexta-feira próximas (21 e 22), ainda de forma virtual. A segunda parte está prevista para ocorrer no mês de junho.

 

6 coisas que o “Dia dos Solteiros” na China pode ensinar à Black Friday

No dia 11 de novembro, a China celebrou o “Single’s Day”, o “Dia dos Solteiros”. A data, criada pela gigante do varejo Alibaba em 2009, é o maior evento focado em compras em todo o mundo. Não é por acaso: neste ano, US$ 74 bilhões foram transacionados em apenas um dia no país.

Enquanto no ocidente o “Dia dos Namorados” é uma data importante para o varejo, no oriente (e no mundo inteiro) o “Dia dos Solteiros” se tornou o maior evento de compras. Também chamada de 11/11 ou “Double Eleven”, a data é conhecida por vender mais do que países inteiros em um dia.

Mesmo com a pandemia, o cenário não foi diferente em 2020. As vendas quase dobraram de um ano para o outro, pontuando uma recuperação econômica positiva na China. A efeito de comparação, o recorde do ano passado foi de US$ 40,2 bilhões. Já a Black Friday, comemoração criada nos Estados Unidos e esperada anualmente devido às promoções, foi de cerca de US$ 20 bilhões em 2019, de acordo com a Salesforce.

Adaptação em tempos de pandemia

O “Dia dos Solteiros” é marcado por lives ao longo de todo o dia, com direito a shows de artistas como Taylor Swift e Katy Perry. É a união do entretenimento com o live shopping, engajando os clientes e fortalecendo a marca. Neste ano, devido à pandemia, o evento sofreu algumas mudanças.

1.   Começou mais cedo!

O 11/11 teve início quase 10 dias antes. Pequenas empresas foram o foco de vendas entre 1 e 3 de novembro, como forma de fortalecer o mercado que sofreu com a pandemia do novo coronavírus. As 24 horas de oferta continuaram acontecendo ao longo de todo o dia 11, como manda a tradição.

2.   Abertura ao mercado internacional

Pela primeira vez, as lives foram traduzidas ao inglês. Estima-se que marcas estadunidenses tenham protagonizado US$ 5,39 bilhões da venda do período. De acordo com Michael Evans, presidente da Alibaba, os Estados Unidos foi o país com maior número de vendas além da China. Segundo o portal Alizila, as marcas foram “bem recebidas” principalmente porque os cidadãos não possuem a oportunidade de viajar internacionalmente devido à pandemia.

No total, 31.766 marcas estrangeiras venderam em plataformas da Alibaba na data comemorativa. Alvin Liu, gerente de exportação do T-Mall (plataforma da Alibaba), 26 mil marcas de 84 países participaram do 11/11. “Nós buscamos auxiliar ainda mais marcas internacionais a acelerarem a entrada e crescimento na China”, afirmou.

Entre as marcas participantes deste ano, estão o McDonald’s, Starbucks, Unilever e L’Oréal.

3.   Atenção ao mercado de luxo

Em abril deste ano, após a reabertura do comércio físico na China, a Hermés vendeu US$ 2,7 milhões em apenas uma hora. O interesse por marcas de luxo se repetiu no Single’s Day. De acordo com o Alibaba, algumas varejistas alcançaram suas metas na primeira hora do evento – a exemplo da Coach, Michael Kors, Bottega Veneta, entre outros.

A venda de joias ultrapassou os números da categoria de 2019 em apenas trinta minutos.

4.   Sustentabilidade

A empresa trabalhou para tornar as entregas menos ofensivas ao meio ambiente. Alguns pacotes enviados eram biodegradáveis; os consumidores foram encorajados a reciclar as embalagens; houve a reutilização de caixas, entre outros.

5.   Compras planejadas com antecedência

Antes mesmo de o 11/11 começar, os compradores já podiam visualizar as ofertas e colocá-las no carrinho. Os cupons de desconto foram ativados assim que virou o dia.

6.  Entretenha

Neste ano, o show do 11/11 da Alibaba teve participação da Katy Perry, que se apresentou remotamente no estádio. Os shows são uma tradição da empresa – em anos anteriores, Jack Ma (fundador) se fantasiava para surpreender e apresentar o evento. Enquanto isso, o público poderia interagir pelo computador ou celular.

“O vender acontece. Mas há a parte de se divertir, de entreter. Vale para os shows, mas qualquer ação pode ter um impacto grande na mente do consumidor: seguir uma marca e ganhar pontos, moedas… Há uma ideia de fidelidade, curiosidade, interesse”, afirmou Pedro Eugênio, fundador do BlackFriday.org.br, em uma live especial da StartSe sobre o Single’s Day, que contou com especialistas no varejo chinês.

 

 

A “ciber-ressaca” da Black Friday: as campanhas de phishing por e-mail cresceram 440% em todo o mundo

Globalmente, a DHL (57%), a Amazon (37%) e o FedEx (7%) foram as marcas mais adotadas ​​como iscas para os cibercriminosos cometerem fraudes financeiras por meio de e-mail e compras on-line.

Os pesquisadores da Check Point® Software Technologies Ltd . (NASDAQ: CHKP), uma fornecedora líder de soluções de cibersegurança global, detectaram um aumento de 440% no mundo das campanhas de phishing por e-mail em que os cibercriminosos se passaram por empresas de remessa expressa de correspondência, documentos e objetos, como Amazon, DHL ou FedEx, com o objetivo de cometer fraudes financeiras tirando proveito do grande número de pacotes que foram enviados na Black Friday e na Cyber ​​Monday.

As mensagens enviadas indicavam na linha de assunto “Problema com a entrega da encomenda” ou “Rastreio da sua encomenda”, de modo a estimular as vítimas a revelarem seus dados pessoais.

Os cibercriminosos visam explorar todas as fases da experiência de uma compra on-line. Neste sentido, em novembro, a Check Point detectou um aumento de 80% em campanhas maliciosas de phishing direcionadas a compradores on-line sob o pretexto de oferecer “descontos especiais”.

Os números sugerem que um em cada 826 e-mails entregues a usuários em todo o mundo eram mensagens de phishing, um aumento de 13% em relação aos dados de outubro.

DHL, Amazon e FedEx e-mail

Os pesquisadores da Check Point destacam que, do total de e-mails maliciosos detectados por eles relativos ao Black Friday e Cyber Monday, 57% correspondem à marca DHL, seguida da gigante de e-commerce Amazon (37%) e pelo FedEx (7%).

Por região, a Europa lidera com o maior número de e-mails de phishing descobertos. O número de e-mails de phishing cresceu 401% em relação ao mês anterior, e a marca mais utilizada para realizar esse tipo de ataque na região foi a DHL com 77% de todos os e-mails falsos.

Por outro lado, nos Estados Unidos, 427% de e-mails maliciosos a mais foram detectados em novembro se comparado a outubro, com a Amazon (65%) sendo a isca mais adotada pelos cibercriminosos. A Ásia e o Pacífico (com aumento de 185%) estão atrás no ranking das regiões. O Brasil aparece com somente um e-mail de phishing registrado aplicando o nome da DHL em novembro.

Os números na África e na América do Sul foram de um único algarismo referente a essas empresas de remessa expressa. O continente africano registrou um e-mail de phishing em setembro e em outubro e quatro em novembro. Na América do Sul foram dois e-mails maliciosos em setembro, nenhum em outubro e quatro em novembro.

De acordo com os especialistas da Check Point, os cibercriminosos atuam na ofensiva aproveitando-se do boom das compras on-line. Primeiro, eles se fazem passar por marcas confiáveis ​​e enviam e-mails de “ofertas especiais” para ganhar a confiança da vítima.

Agora que as datas da Black Friday e Cyber ​​Monday passaram, eles estão usando a entrega dos pedidos de compras como isca para seus ataques. Por esse motivo, a Check Point recomenda aos usuários a pensar duas vezes antes de abrir as mensagens que chegam em sua caixa de entrada, pois, embora pareçam vir de uma marca confiável, pode ser que o remetente seja um cibercriminoso.

Além disso, é imprescindível tomar medidas extremas de segurança e prestar atenção especial aos erros de grafia no texto ou nos nomes de domínio, entre outras dicas de proteção.

Para evitar ser uma vítima desse tipo de ciberameaça, os especialistas da Check Point listam as principais orientações de segurança:

Nunca compartilhar as credenciais – o roubo de credenciais é um objetivo comum de ciberataques. Muitas pessoas aplicam os mesmos nomes de usuário e senhas em muitas contas diferentes, portanto, roubar as credenciais de uma única conta, provavelmente, dará a um atacante o acesso a várias contas on-line do usuário. Assim, nunca compartilhe as credenciais da sua conta e não reutilize as senhas.

Suspeitar sempre de e-mails de redefinição de senha – Se o usuário receber um e-mail não solicitado de redefinição de senha, a orientação é sempre visitar o site diretamente (não clicar em links incorporados) e alterar sua senha para uma outra nesse site (e que seja uma senha diferente de quaisquer outros sites).

Ao clicar em um link, o usuário pode redefinir a senha dessa conta para algo novo. Não saber sua senha é, naturalmente, também o problema que os cibercriminosos enfrentam ao tentar obter acesso às suas contas on-line. Ao enviar um e-mail falso de redefinição de senha, eles intencionam direcionar o usuário a um site de phishing semelhante e podem convencê-lo a digitar as credenciais da sua conta e enviá-las para eles.

Verificar se está acessando uma URL de um site autêntico: uma maneira segura de fazer isso é não clicar em links de e-mails e, sim, clicar no link da página de resultados do Google ou no site de busca de sua preferência após pesquisá-lo.

Cuidado com domínios semelhantes: verificar erros de grafia em e-mails ou sites e de remetentes de e-mail desconhecidos. Marcas confiáveis não cometem erros de ortografia no corpo do texto, no nome do seu domínio ou na extensão da web que usam.

Por esse motivo, qualquer e-mail com o nome da empresa digitado incorretamente (“Amaz0n” ou “Amazn” em vez de “Amazon”, por exemplo) é um sinal de alerta inevitável de que há uma tentativa de phishing.

Observar técnicas de engenharia social: essas técnicas são projetadas para tirar vantagem da natureza humana, uma vez que é mais provável cometer um erro quando as coisas são feitas às pressas.

Os ataques de phishing procuram representar marcas de confiança para evitar que suas vítimas potenciais suspeitem e para que possam clicar em um link ou abrir um documento anexado ao e-mail com mais facilidade.

As estatísticas usadas neste relatório apresentam dados detectados pelas tecnologias de prevenção de ameaças da Check Point, armazenados e analisados no centro ThreatCloud. O ThreatCloud fornece inteligência contra ameaças em tempo real derivada de centenas de milhões de sensores em todo o mundo, por meio de redes, terminais e celulares.

A inteligência é enriquecida com mecanismos baseados em IA e dados de pesquisa exclusivos da divisão Check Point Research, o braço de inteligência e pesquisa da Check Point.

 

Entender a jornada de consumo dos clientes pode acelerar a transformação digital

Entenda como o aprimoramento da jornada de consumo está colaborando com a aceleração da transformação digital nas organizações.

As mudanças na jornada de consumo formam um dos principais fatores que impulsionam a aposta das empresas na transformação digital. Isso porque, cada vez mais, os clientes e consumidores são exigentes quanto ao atendimento recebido. A nova realidade trazida pela tecnologia é baseada na instantaneidade de trocas de informações e na possibilidade de encontrá-las em qualquer lugar. Em um mundo ideal, o que os consumidores querem é que as empresas estejam disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Como consequência, as empresas precisam investir em experiências integradas, estratégias omnichannel e ferramentas de relacionamento contínuo. Além, é claro, de sistemas que operem fora do horário comercial, para que cada consumidor possa ter acesso quando quiser. Afinal, se você não está disponível quando seu cliente precisa, você provavelmente não será mais lembrado. E mais: se não houver um relacionamento sólido estabelecido com seus clientes e prospects, há fortes chances de eles migrarem para a concorrência.

Tecnologia na jornada de consumo

Utilizar inovações tecnológicas para alcançar esse público é necessário para manter a competitividade no mercado. Uma pesquisa da McKinsey mostrou que as empresas líderes em maturidade digital tiveram uma taxa de crescimento três vezes maior do que outras empresas. Conforme essas empresas que já incorporaram soluções disruptivas em seus processos crescem, a distância entre elas e as outras se torna cada vez mais difícil de ser superada. É preciso acompanhar esses fluxos.

Uma das práticas desenvolvidas por grandes empresas é justamente o aprimoramento da jornada de consumo. No estudo com 124 empresas, 30 delas podem ser consideradas líderes digitais. Destas, cerca de 80% utilizam bem a jornada de consumo como estratégia. Elas incluem na jornada do cliente o atendimento a todas as necessidades e expectativas até a tomada de decisão de compra. Porém, antes de tudo é importante:

  • Entender quais os pontos de contato com seus clientes;
  • Saber como está estruturada a jornada atualmente;
  • Estudar o comportamento do seu público;
  • Compreender como melhorar essa jornada de consumo;
  • Usar a estratégia para captar leads de forma eficiente.

Sendo assim, quanto antes uma empresa implementar a transformação digital, melhor para manter a competitividade. Confira alguns exemplos de soluções estratégicas que podem fortalecer a evolução digital:

Data Science

Com o grande volume de dados gerado por usuários, ficou difícil filtrar e interpretar todas as informações. É por isso que o Data Science é uma evolução do Data Analytics. É necessário olhar para os dados gerados e, a partir deles, estudar os hábitos de consumo.

Isso é transformar informação em valor para a empresa, pois mostra quais as reais necessidades de seus clientes e consumidores.

Inteligência artificial e Machine Learning

Operar em vários canais com o auxílio de chatbots, por exemplo, automatiza o processo de atendimento e até mesmo de compra. Por meio de chatbots também é possível coletar dados e melhorar a experiência do consumidor, diminuindo pontos de atrito.

Além disso, simplificar a experiência do consumidor com ferramentas de automação ajuda a mantê-lo engajado e em relacionamento com a sua marca. Assim, o seu time também poderá compreender pontos de contato preferidos de cada persona, o que ajuda a concentrar e otimizar os esforços de marketing.

Internet das Coisas

A IoT ou Internet das Coisas está cada vez mais em alta. Soluções que podem ser conectadas a outros aparelhos ou comandadas por aplicativos de smartphone a partir de qualquer lugar são ideais por conta da comodidade que oferecem. Oferecer produtos conectados garante que o usuário faça de sua marca parte de seu cotidiano e, assim, seja naturalmente fidelizado.

Conheça a estratégia phygital

A transformação digital sozinha não resolve todas as questões da jornada de consumo. É necessário conhecer bem o seu público, seus hábitos e necessidades para pensar em estratégias melhores. E isso inclui também pensar em marketing. Neste contexto surgiu o conceito de phygital, ou seja, a união de abordagens físicas e digitais. O objetivo é tornar a experiência do consumidor única e mais atrativa.

Para esta estratégia funcionar, as ações de marketing digital e automatizado precisam ser muito bem estruturadas e sincronizadas com as ações presenciais. A finalidade é atingir tipos de consumidores específicos e, ao mesmo tempo, garantir uma excelente experiência multicanal.

A complementaridade de estratégias que a princípio parecem diferentes é o que torna as práticas de relacionamento com o cliente muito mais dinâmica. É justamente a criação de novos modelos que poderá incrementar a jornada de consumo, encantar e atrair novos clientes.

O cenário é desafiador e exige cada vez mais criatividade e capacidade de adaptação por parte das marcas e de seus times de marketing. Mas, finalmente, é este tipo de iniciativa que garante competitividade e diferencia empresas que crescem daquelas que ficam para trás.

 

 

Comércio eletrônico na China e o futuro do varejo do mundo

Tendências adotadas por e-commerces chineses, como o uso de redes sociais e influenciadores, podem definir o futuro do varejo no Brasil e no mundo.

O sucesso do comércio eletrônico chinês pode definir o futuro do varejo. Atualmente, a China é o maior mercado virtual do mundo. Com crescimento de cerca de 40% ao ano, as vendas digitais no país movimentaram mais de US$ 1 trilhão em 2020.

De acordo com projeções eMarketer, e-commerces como Alibaba e JD.com superaram a gigante americana Amazon em termos de valor bruto da mercadoria, Gross Merchandise Volume (GMV). Os principais pontos de destaque para o crescimento do varejo eletrônico na China é, basicamente, a integração do on-line com o off-line, investimento em tecnologia, logística e nas redes sociais. Essas tendências do mercado chinês podem impactar o futuro do varejo ao redor do mundo.

Integração entre on-line e off-line, logística e tecnologia

A saída encontrada pelos empresários chineses para atender diferentes perfis de consumidores foi investir em um modelo de negócio híbrido conhecido como “omnicanal”, ou seja, integrando lojas físicas e virtuais. Dessa maneira, o consumidor pode escolher comprar o produto on-line e receber em casa, comprar on-line e retirar na loja física ou ir diretamente na loja para fazer as compras, podendo escolher entre levar o produto ou pedir para entregar. Todas essas opções de entrega acabam facilitando o processo de logística.

Além disso, as campanhas e promoções também são integradas, sendo possível encontrar os mesmos produtos pelos mesmos preços tanto nos canais on-line quanto off-line. As lojas também adotam sistemas capazes de unir todos os dados das vendas off-line e digitais em um único lugar.

A tecnologia é outro fator decisivo para o sucesso do comércio eletrônico da China. O Alibaba, por exemplo, está investindo em modelos de lojas sem funcionários, conhecido como smart store. O consumidor pode ir até uma loja escanear o código dos produtos que deseja comprar e o pagamento é detectado automaticamente na carteira digital Alipay.

Esse modelo de negócio adotado na China pode definir o futuro do varejo ao redor do mundo. Inclusive, o Brasil já possui um supermercado do futuro, o Zaitt. De acordo com Christian Abramson, diretor de marketing da empresa, o Zaitt foi “a primeira loja autônoma das Américas e começou a funcionar antes da Amazon GO”.

A importância das redes sociais no e-commerce chinês

O chamado “comércio social” tem um impacto muito grande nas vendas. O foco das ações de marketing das empresas chinesas está no uso das redes sociais e streaming ao vivo. As marcas usam aplicativos como, Douyin, Tik Tok e WeChat para realizar ações promocionais e gerar vendas. Lembrando que o WeChat é uma plataforma que funciona como se fosse o WhatsApp chinês, mas oferece diversos recursos extras como transferência de dinheiro, pedido de delivery e muito mais.

Outro recurso bastante explorado é o lives treaming. O Taobao Live é uma plataforma de transmissão ao vivo muito usada no país. Vendedores e influenciadores digitais fazem lives mostrando produtos e deixam o link para compra. O que acaba contribuindo para o aumento das vendas. Somente em 2019, as vendas feitas via live streaming movimentou cerca de US$ 61 bilhões.

Futuro do varejo on-line no Brasil segue tendências do comércio eletrônico Chinês

Aqui no Brasil grandes varejistas já estão apostando nas tendências no mercado chinês. Em entrevista à Folha de São Paulo, Mariana Castrioca, gerente do marketplace do Magazine Luiza, disse que depois da unificação dos canais on-line e off-line, a empresa conseguiu dar um salto de crescimento. Em 2015, o Magazine faturava cerca de R$ 400 milhões e em 2020 já teve um faturamento médio de R$ 180 bilhões.

Mariana destaca que investir no digital, mas manter a opção de lojas físicas, dá mais possibilidades ao cliente, que pode escolher a forma de entrega que melhor atenda suas necessidades. Além disso, a empresa também investe nas redes sociais como Tik Tok, Twitter, Instagram e ainda possibilita atendimento via WhatsApp. O Magazine Luiza conta ainda com sua própria influenciadora virtual, a assistente Lu. Segundo Mariana a proposta é “criar estímulos para gerar vendas”. Investir em novas estratégias pode definir o futuro do varejo on-line e off-line.

A Natura é outra empresa que vem investindo em um modelo de negócio híbrido. De acordo com o vice-presidente de negócios da Natura no Brasil, Erasmo Toledo, a pandemia acabou acelerando esse processo. Erasmo destaca que muitas consultoras acabaram descobrindo a possibilidade de vender pela internet durante a pandemia. Os consumidores podem comprar pelo site no espaço da consultora ou ainda fazer o pedido por meio da revista digital da Natura. O mercado digital vem crescendo ao redor do mundo e no Brasil não é diferente. Em 2020, as vendas on-line no Natal cresceram cerca de 45%. As empresas precisam ficar de olho nas novas tendências mercadológicas, pois o futuro do varejo depende dessas inovações.