Natura e Avon testam entregas com drones

Empresas buscam melhorar a experiência de entrega para as consultoras e representantes.
Natura e Avon, parte do grupo Natura &Co, iniciam etapa de testes técnicos para a realização de entregas dos produtos das marcas por meio de drones. Com a nova tecnologia, as empresas buscam melhorar a experiência de entrega para as consultoras e representantes. Além disso, dado que a tecnologia de drone não gera emissões de gases de efeito estufa, o projeto contribuirá para alcançar a meta do grupo de atingir zero emissões líquidas de carbono até 2030 para suas quatro marcas: Avon, Natura, The Body Shop e Aesop.

Para o projeto, Natura &Co firmou parceria com a startup brasileira Speedbird Aero, primeira empresa a receber o CAVE (Certificado de Autorização de Voo Experimental) pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), no ano passado.

Natura &Co e Speedbird já começaram os testes técnicos e deram encaminhamento ao processo de autorização da ANAC para a execução do projeto piloto de entrega em condições reais, que será feito em um raio de até 200km já no primeiro trimestre de 2022. A operação buscará realizar as entregas de forma ágil e segura em locais mais afastados ou de difícil acesso. A iniciativa está sendo implementada por Natura &Co por meio do Natura Startups, programa que reforça a atuação da companhia no ecossistema de inovação e empreendedorismo para o desenvolvimento de soluções e serviços disruptivos.

A tecnologia de drone para fazer entregas de produtos de primeira necessidade e de bens de consumo já é uma realidade em diversas partes do mundo, como Ruanda e Gana, onde os drones permitem distribuir doações de sangue. Em países como Finlândia, Islândia, Suíça, China, Japão e Estados Unidos, drones estão sendo utilizados para entregas de varejo, alimentos e medicamentos. Além da redução significativa no tempo de entrega, outra vantagem dessa modalidade é o baixo impacto ambiental, uma das grandes prioridades no modelo de negócio das marcas do grupo Natura &Co.

“Nossa Visão de Sustentabilidade, o Compromisso com a Vida 2030, tem a ambição de tornar Natura &Co um grupo zero emissões líquidas de carbono vinte anos antes do que a meta estabelecida pela ONU. Por isso, é fundamental investirmos em soluções de entrega que não gerem emissões na nossa cadeia logística, como os drones, em linha com a nossa aspiração de sermos o melhor grupo de beleza PARA o mundo”, afirma Leonardo Romano, diretor de Supply Chain e Inovação Logística de Natura &Co. “Buscamos constantemente soluções de vanguarda que aprimorem as experiências das nossas consultoras, representantes e clientes com os produtos das nossas marcas. A logística através dos drones irá habilitar rotas de entrega em tempos muito curtos, com baixo custo e baixo impacto ambiental”, agrega o executivo.

Para Manoel Coelho, CEO e fundador da Speedbird, o projeto com Natura e Avon permitirá testar o modelo de entrega em uma escala mais ampla de operação. “Somos pioneiros no Brasil em obter a certificação da ANAC para testar o modelo em condições reais de operação e na parceria com a Natura &Co será interessante observar que, ainda que feito em maior escala, o drone delivery seguirá sendo uma opção segura e viável”, assegura Coelho.

Varejo: loja física vai ser um apoio para o digital

Aumento do número de vendas do e-commerce ano passado provoca reflexões sobre a funcionalidade dos pontos de venda.
Com o avanço da vacinação em várias regiões do país, os empreendedores estão atentos à retomada do consumo e às mudanças do mercado. Duas grandes tendências para o varejo são a inversão do papel da loja física, que perdurará no pós-pandemia, e os novos hábitos do consumidor – que está cada vez mais ativista de causas e propósitos.

O varejo teve um papel fundamental para apoiar as economias a passarem pela pandemia e precisou se reinventar para manter bom relacionamento entre marca e consumidor. Entre tantas soluções encontradas para a sobrevivência das famílias e dos negócios, a principal mudança é a ordem pré-estabelecida de que os meios digitais apoiam os negócios físicos, segundo o Grupo Bittencourt.

“Com a transformação digital dos últimos anos, os empreendedores, tanto os médios quanto os grandes, têm experimentado o online como um canal de vendas complementar à loja física. Mas com o cenário de pandemia, no qual os negócios precisaram sobreviver de portas fechadas, eles tiveram que investir no ramo e puderam reavaliar a real necessidade de uma cadeia de várias lojas ou até mesmo um local físico, como é o caso de PMEs”, argumenta Lyana Bittencourt, CEO da companhia.

Para se ter uma ideia, foram mais de 17,9 milhões de novos consumidores no e-commerce nacional, segundo relatório do E-bit em parceria com a Nielsen e o Bexs. O que significa que são pessoas que nunca tinham comprado online e passaram a comprar. As pessoas também passaram a gastar mais no digital, tanto que o e-commerce vendeu mais de 87 bilhões de reais em 2020, com um crescimento de 41% em relação ao ano anterior, e registrando mais de 3,8x o crescimento médio dos últimos quatro anos. Sendo assim, para a especialista, a pandemia serviu para acelerar um processo que já estava em curso.

“Mesmo com a reabertura do comércio e retomada da economia, o digital tende a ser o principal canal de vendas dos lojistas. Nessa equação, o varejo físico servirá como apoio, com estrutura mais enxuta e foco na experiência de compra. Quem frequentar as lojas a partir de agora não estará buscando um produto”, diz.

O cliente se adaptou à comodidade e conveniência das compras on-line e isso tem sido chamado até de “come to me retail”. Na China, por exemplo, as vendas na loja digital já são maiores do que na loja física. E isso é uma tendência que deve perdurar, dado os comportamentos observados.

A estrutura física do varejo enquanto hub
Neste cenário, o varejo físico deve continuar a evoluir e precisará adotar novas formas de se relacionar com os consumidores. “A adaptação passa não só pelo olhar para a jornada de compras, mas por tudo que acontece antes e após a jornada. Isso significa repensar todo o negócio, desde ferramentas para qualificação e instrumentação das equipes até a revisão completa dos formatos de loja e o pós-venda – fidelização e retenção dos clientes. Um aprendizado que já se mostrou concreto nesse período é que os consumidores uma vez que experimentam a conveniência e as experiências fluidas de compras não regridem mais”, complementa a CEO.

Alguns players já estão de olho em lojas experience oriented, que funcionam como apoio à estratégia digital das empresas e podem ter uma abordagem híbrida – sendo loja que entrega experiência e um centro de abastecimento. Outra tendência é os varejistas repensarem se é mesmo necessário ter muitas lojas, e desenvolver uma estratégia em torno do papel que cada modelo vai desempenhar (podendo ser entrega de experiência, centro de abastecimento ou lojas híbridas), com entrega de experiência e mini centros de distribuição.

“Algumas das soluções que têm sido apresentadas para que isso funcione é a transformação de grandes centros de distribuição em pequenos espaços automatizados que podem ser acoplados nas lojas. Uma forma de otimizar os espaços e permitir uma abordagem completa para o papel da loja. O que fica claro é que os clientes querem e vão querer cada vez mais personalização e experiência, seja on-line ou na loja, e para conseguir isso o foco deve continuar no consumidor, mas sempre orientado por dados que devem ser constantemente medidos, testados e refinados. Uma abordagem tanto humana como tecnológica”, pontua Lyana Bittencourt.

Toda transformação gera reflexões e a necessidade de repensar processos. Por isso, a CEO do Grupo Bittencourt elenca alguns aspectos primordiais para se ter uma jornada de compra híbrida, conciliando as experiências físicas e digitais:

● Integração de canais consistente e amparada tecnologicamente;
● Automatização da gestão de estoque e de demandas;
● Otimização do atendimento.

Outro ponto relevante é se mostrar presente na internet a fim de converter vendas. “Não tem como ficar de fora da digitalização dos negócios. Se antes era recomendado, agora é exigido. As pessoas estão encontrando novas marcas no digital todos os dias. Elas se informam pela internet e buscam referências. Então, as marcas que não estiverem presentes no on-line serão simplesmente ignoradas pelo consumidor”, alerta a profissional.

Vender e comprar com estratégia
Com tudo que aconteceu no mundo no último um ano e meio, foi necessário que todos os envolvidos no varejo – sejam os executivos ou a própria equipe – dessem um passo para trás e lembrassem os core values das companhias. “As empresas precisaram revisitar seu propósito, e atuar de forma cada vez mais consciente do impacto que geram na comunidade na qual estão inseridas. Isso, por si só, já trouxe um novo olhar para o mundo dos negócios que certamente perdurará”, explica Lyana Bittencourt.

Também como resultado desse processo, o consumidor está ainda mais atento à forma de agir das marcas, mais ativista de causas reais e está buscando sentido em tudo que for realizar e consumir – independente da sua geração e da camada social. A forma como as marcas se posicionaram durante a crise vai ser fundamental para a manutenção da sua relação com os consumidores no pós-Covid-19.

Dessa forma, a preocupação com os princípios de ESG (meio ambiente, social e governança) é essencial para garantir a perenidade das organizações. “Se essa tríade não for construída, a tendência é perder relevância para o consumidor e sustentabilidade no mercado. Se atentar aos indicadores traz, além de benefícios intangíveis, como valorização da marca, melhores resultados. Uma vez que tem impacto tanto no engajamento das pessoas na empresa, quanto no mercado consumidor e na atração de investidores. Ou seja, se traduz em ganhos financeiros para o negócio”, finaliza Lyana Bittencourt.

C&A investe em tecnologias para reduzir prazo de entrega

Em entrevista exclusiva à Mercado&Consumo, Paulo Correa, CEO da rede, fala sobre a aposta em serviços e soluções omnicanais.

Os desejos e hábitos de compra do consumidor brasileiro mudaram na pandemia, que incorporou novos canais e pontos de contato em seu processo decisório. No segmento da moda, passou a valorizar a comodidade e o conforto. Para atender essa mudança de comportamento, a rede varejista C&A investiu na transformação digital, com o uso de dados, para personalizar as compras, e antecipou projetos de suplly chain para reduzir o prazo médio de cada entrega.

“Avançamos significativamente no nível de serviço, com mais de 50% das entregas hoje no Brasil feitas em até dois dias úteis, além do avanço dos canais, com venda direta pelo WhatsApp; e novas modalidades de Clique e Retire, como o drive-thru, e o com retira a partir de duas horas”, diz Paulo Correa, CEO da C&A Brasil, em entrevista exclusiva ao portal Mercado&Consumo.

No Clique & Retire, as compras realizadas via site ou aplicativo, com pagamento aprovado até as 17h, podem ser retiradas em uma loja física. Já o drive-thru oferece a facilidade de o consumidor retirar a compra no estacionamento do empreendimento sem sair do carro.

Correa será um dos palestrantes do Latam Retail Show 2021, que vai discutir como a sociedade 5.0 pode gerar novas oportunidades de negócio e apresentar as transformações que já estão acontecendo na estratégia, marketing, cultura e experiência das empresas. O evento, considerado o mais completo de varejo e consumo da América Latina e promovido pela Gouvêa Ecosystem, acontecerá entre os dias 14 e 16 de setembro, 100% on-line, e vai reunir mais de 220 especialistas do Brasil e do mundo. O portal Mercado&Consumo faz a cobertura completa.

Um dos projetos antecipados com o avanço do e-commerce na pandemia foi a expansão para todas as lojas do ship from store, modelo operacional que possibilita utilizar o estoque disponível na loja mais próxima do cliente final, permitindo otimizar as rotas, aumentar a produtividade e fazer entregas mais ágeis.

Outro investimento para reduzir o prazo de entrega foi automatização do centro de distribuição que atende o e-commerce, em Cotia, na Grande São Paulo. A movimentação do estoque por meio de robôs tem capacidade de processar mais de 50 mil peças por dia. A C&A também adotou um software de gestão integrada para CD’s, o WMS Manhattan Active Warehouse Management, que promove o controle digital e em tempo real de toda a operação logística por meio de Inteligência Artificial, machine learning e outras inovações.

“Desde o ano passado, adotamos o projeto de RFID (Identificação por Rádio Frequência) em nossas lojas físicas. Em média, essa tecnologia permite contabilizar mais de 500 peças por minuto. Atualmente, nove lojas físicas contam com esse sistema logístico, com 100% de cobertura do vestuário e mais 22 lojas em fase de implementação neste momento”, diz Correa.

Soluções ominicanais
Além das iniciativas adotadas para atender o aumento de demanda do e-commerce – que teve um salto de 176% em receita líquida no primeiro trimestre deste ano, a C&A também acelerou uma série de serviços e soluções omnicanais e digitais. Um exemplo é o aplicativo C&A, que atingiu a marca de 3,2 milhões de usuários ativos mensais de janeiro a março de 2021.

A expansão do portfólio no no seu marketplace, que foi batizado de C&A, é outra frente nesse sentido. Para se ter uma ideia, em julho de 2020, a varejista de moda contava com quatro sellers. Hoje, já atingiu a marca de mais de 400 parceiros de diferentes segmentos. “Somos o maior marketplace de empresas omnicanais do varejo de moda do Brasil”, comemora Correa.

Entre os segmentos para os quais a rede expandiu sua atuação, está o de beleza, com cosméticos, produtos de skin care e perfumes. Além de ampliar a categoria no e-commerce, a rede expandiu o espaço dedicado para a categoria em suas lojas físicas.

Outra aposta da C&A na estratégia omnicanal são as mini stores para a venda de produtos licenciados localizadas em terminais de ônibus integrados as estações de metrô. A ideia é levar a marca para locais com grande circulação de pessoas. “Hoje contamos com quatro mini stores nas estações do Metrô São Bento, terminais de ônibus Carrão, Tatuapé e Tietê”, diz o executivo.

Biker Mober: mobi logística cria projeto de mobilidade sustentável

Incentivando o uso da bicicleta nas entregas de pequenas encomendas em centros urbanos, empresa quer melhorar qualidade de vida dos colaboradores e contribuir para a preservação ambiental.

O desenvolvimento sustentável é apontado como um elemento fundamental para o sucesso das empresas. Trata-se, inclusive, de uma definição criada na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU (Organização das Nações Unidas). Visando isso, a Mobi Logística criou o projeto Biker Mober, um projeto de consiste na opção pela bicicleta nas entregas em centros urbanos. A solução foi desenvolvida com dois objetivos: melhorar a qualidade de vida dos colaboradores e contribuir para a preservação ambiental.

Atuando no setor de transporte e logística, a Mobi Logística é voltada a entrega de pequenas encomendas, com atuação em todos os estados brasileiros por meio de 90 filiais e mais de 1,8 mil colaboradores. Desses, 70% utilizam motocicleta para trafegarem, em média, 60km por dia em regiões metropolitanas – o que acarreta na liberação de aproximadamente 7g de CO2, além de outros poluentes, por quilômetro rodado.

Ao deixar a moto de lado e passar a usar bicicletas, cada Mober Ciclista conseguirá reduzir a emissão de 420g diários de CO2, equivalente a 100,8 quilogramas desse poluente a menos por ano.

Além do benefício ambiental, o projeto Biker Mober também contribui com a saúde do ciclista, melhorando o condicionamento físico e fortalecendo o sistema cardiorrespiratório e a circulação sanguínea. Entre os benefícios está a diminuição do risco de morte precoce por AVC, diabetes tipo 2 e síndrome metabólica, bem como a liberação de endorfina, o que contribui no combate da ansiedade e da depressão.

Em fase piloto, o projeto Biker Mober dispõe de 20 ciclistas pedalando nos centros de São Paulo e do Rio de Janeiro. Diante dos resultados obtidos, a empresa pretende colocar cerca de 300 ciclistas nos próximos seis meses, aumentando gradualmente esse número durante o tempo.

Projeto cria sistema de crédito de logística reversa para destinação de resíduos sólidos

Municípios que implementarem o sistema poderão ter prioridade no repasse de recursos federais.
O Projeto de Lei 1893/21 determina que os recursos federais para limpeza urbana e resíduos sólidos serão destinados, prioritariamente, aos municípios que implementarem sistemas de crédito de logística reversa. O texto tramita na Câmara dos Deputados.

Créditos de logística reversa são certificados que comprovam a realização de um serviço de logística reversa, com a destinação adequada dos resíduos sólidos. A ideia do projeto é que esses créditos sejam emitidos e vendidos por quem fez a coleta, e comprados por empresas legalmente obrigadas a realizar logística reversa (como fabricantes de pneus e eletroeletrônicos).

Pelo texto, o sistema de crédito integrará o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos. Além disso, a coleta será de responsabilidade de empresas, e não de cooperativas de catadores. O objetivo é aumentar a escala da coleta seletiva. As cooperativas continuariam tendo prioridade nos locais que não tiverem sistemas de crédito de logística reversa.

“A proposta poderá trazer ganhos substanciais para a melhoria da qualidade de vida dos munícipes, a atratividade econômica da atividade de logística reversa e a conservação dos recursos naturais”, diz o deputado Carlos Henrique Gaguim (DEM-TO), autor do projeto.

O texto altera a lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e é baseado em uma experiência ocorrida no Rio de Janeiro que acabou não vingando, entre outros motivos, por falta de previsão legal do mecanismo.

Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Desenvolvimento Urbano; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Com ampliação de frota ecoeficiente, Americanas S.A. encerrará o ano com 500 veículos

Segundo testes realizados, automóveis elétricos têm autonomia de até um dia e meio de operações; eles serão usados na etapa última milha da logística de entrega, que começa ainda neste mês.

A Americanas S.A. anunciou que iniciará a operação com automóveis elétricos ainda neste mês. Com o novo modal, a companhia prevê encerrar o ano com uma frota ecoeficiente de mais de 500 veículos. Além dos automóveis, a frota também será composta por 150 tuk-tuks e 170 bicicletas comuns e elétricas que atuam no last mile, a última milha da logística de entrega de produtos.

De acordo com a empresa, a iniciativa vai ao encontro das metas da Americanas S.A., que consistem em ter 10% do total de entregas ecoeficientes em 2021 e neutralizar as emissões de carbono de toda a companhia até 2025. Os compromissos fazem parte da estratégia ESG (em português, Ambiental, Social e Governança) da Americanas S.A. para mitigar os efeitos da mudança global do clima. A questão é tema do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13 da Agenda 2030 da ONU.

De acordo com Welington Souza, diretor da LET’s plataforma de logística e fulfillment da Americanas S.A., a empresa quer ser um player que contribui para a construção da logística do futuro.

“Os veículos elétricos são mais um importante passo na estratégia de sustentabilidade da companhia e uma alternativa logística para a redução das emissões de carbono, contribuindo para o movimento de transição para uma economia de baixo carbono. Com a nova operação, vamos evitar a emissão de mais de 350 toneladas de CO² equivalente no meio ambiente entre junho e dezembro deste ano.” – Welington Souza, diretor da LET’s plataforma de logística e fulfillment da Amaericanas S.A.

VEÍCULOS: AUTONOMIA DE UM DIA E MEIO DE OPERAÇÃO
A nova frota de carros elétricos é especializada no transporte de carga e circulará, inicialmente, com 80 utilitários nas áreas metropolitanas de São Paulo, em Campinas e Ribeirão Preto, além da cidade do Rio de Janeiro. Até dezembro deste ano, chegarão outros 100 automóveis, que permitirão expandir a operação da frota elétrica para outras praças, como Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Porto Alegre.

Testes realizados pela companhia mostram que cada veículo deste tipo possui autonomia de 200 km a 250 km com uma carga completa de bateria, o suficiente para um dia e meio de operação.

“Além dos ganhos ao meio ambiente, os veículos elétricos têm um custo menor de operação. Os gastos com ‘combustível’ chegam a uma redução de 90%, dependendo da faixa de horário do carregamento”, comenta Welington. Outra vantagem apontada é a manutenção do motor que, por ser elétrico, não tem peças mecânicas, óleo, atrito.

Os investimentos na iniciativa incluem a compra de veículos, locação de carregadores e carros elétricos, software de gestão, equipes de motoristas e gestão da frota, e adequação da infraestrutura. A companhia está realizando adaptações em 21 hubs last mile nas cidades previstas, incluindo cabeamento de média tensão de energia nos centros de distribuição e a implementação da tecnologia para gestão da frota.

A chegada da nova frota de automóveis elétricos irá gerar cerca de 200 oportunidades diretas e indiretas de emprego, incluindo uma equipe dedicada a gerir toda a frota. Os motoristas dos veículos receberão capacitação especial e serão beneficiados por guiar modelos de carros que oferecem maior conforto e ergonomia.

BICICLETAS E TUK-TUKS ELÉTRICOS
A Americanas S.A. tem investido em iniciativas ecoeficientes de entrega. Em 2020, a companhia alcançou o marco de 1,8 milhão de entregas com bicicletas e adquiriu uma malha própria de bikes elétricas que operam hoje nas principais capitais do país. Neste ano, a companhia também anunciou o início da operação com 90 tuk-tuks elétricos nas principais capitais das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, além de caminhões movidos a biometano e gás natural que têm capacidade para transportar até 23 toneladas de carga.

A Lojas Renner está ligada no 220 volts (e bota pilha em novo marketplace)

A rede varejista faz acordo com a Enel para abastecer 170 lojas e um novo centro de distribuição com energia eólica, começa a testar um marketplace da marca Renner e se prepara para aquisições, após o follow on de quase R$ 4 bilhões em maio.
Em um movimento para cumprir metas de sustentabilidade assumidas para o fim de 2021, a Lojas Renner está assinando um contrato com a Enel para comprar energia eólica para abastecer 170 lojas e um novo centro de distribuição que está em construção em Cabreúva (SP).

Com o acordo, 80% do consumo corporativo da Lojas Renner, que inclui prédios administrativos, centros de distribuição e lojas, passarão a ser atendidos por fontes renováveis, como energia eólica, solar e de pequenas centrais hidrelétrica. A meta era chegar ao fim deste ano com 75%.

“A intenção sempre foi ter uma fonte energia que fosse renovável, mas com o acordo vamos ter também uma economia de 40% na conta de energia”, afirma Fabio Faccio, presidente da Lojas Renner. Ao longo de 15 anos, a economia estimada é de mais R$ 500 milhões.

Considerando só as lojas, 40% de todo o consumo da marca Renner no Brasil será suprido com o volume de energia previsto no contrato com a Enel. Atualmente, o grupo Renner conta com 634 lojas, sendo 403 da marca Renner – as demais são da Camicado (casa e decoração), Youcom (moda jovem) e Ashua Curve & Plus Size (roupas nos tamanhos 46 a 54).

Além da meta de energia, a Lojas Renner planejou ter também 100% de sua cadeia nacional e internacional de fornecedores com certificação socioambiental até o fim de 2021. Outro objetivo é reduzir em 20% as emissões de CO2 em relação aos níveis de 2017 – a rede varejista diz já que neutraliza suas emissões. “A nossa expectativa é reduzir as emissões em 36% até o fim deste ano”, diz Faccio.

A energia para suprir as necessidades previstas no contrato com a Lojas Renner será produzida no complexo eólico Fontes dos Ventos II, que está em construção no município de Tacaratu (PE), na bacia do rio São Francisco. “A Lojas Renner é o primeiro parceiro em que desenvolvemos esse tipo de contrato”, diz Nicola Cotugno, country manager da Enel no Brasil. O contrato com a rede varejista será de 15 anos.

A Enel está investindo cerca de R$ 5,6 bilhões em cinco novos empreendimentos (quatro eólicos e um solar) que somam 1,3 GW de capacidade instalada. Além dos projetos em construção, a Enel já possui no País uma capacidade instalada renovável em operação de mais de 3,7 GW (1.498 MW eólicos, 979 MW solares e 1.269 MW hidrelétricos).

80% do consumo corporativo passarão a ser atendidos por fontes renováveis.

Marketplace e aquisições

Depois de captar quase R$ 4 bilhões em um follow on, em maio deste ano, em que levantou rumores de que se preparava para uma grande aquisição, Faccio diz a companhia usará os recursos para avançar na sua digitalização.

Isso não quer dizer que a varejista não será ativa em M&A. Sobre aquisições, Faccio diz que a companhia deve iniciar em breve um movimento. Mas avisa: “Vamos começar a ter algumas aquisições, mas não grandes, para acelerar algumas iniciativas.”

De acordo com ele, a Lojas Renner trabalha em iniciativas ligadas ao aumento de sortimento de produtos e serviços. “Principalmente na plataforma tecnológica, de logística, de conteúdo e de loyalty”, afirma Faccio.

O executivo também confirmou que trabalha com um teste de um marketplace para a marca Renner, mas diz que a iniciativa ainda é recente e não quis fornecer mais detalhes.

Atualmente, a Camicado conta com um marketplace que reúne 100 fornecedores, que representaram 15% das vendas digitais da marca, segundo informou a companhia na divulgação de seu resultado do primeiro trimestre de 2021.

Os marketplaces são uma tendência em todos os setores, inclusive na área de moda. Em maio deste ano, a rival Riachuelo iniciou as operações de seu marketplace. A C&A também atua com vendedores terceiros em sua plataforma digital.

Essa estratégia deve ajudar a Lojas Renner a aumentar suas vendas on-line. Nos três primeiros meses deste ano, o desempenho dos canais digitais seguiu em patamares elevados, quando as vendas cresceram 173,4% e representaram 17,5% do total de uma receita líquida de R$ 1,3 bilhão.

Faccio também se mostrou otimista com o desempenho do segundo semestre, à medida que a vacinação vai se ampliando. A Lojas Renner está com todas as suas lojas abertas, mas algumas delas ainda mantêm restrições de horários de funcionamento.

“Os meses recentes vêm mostrando o aumento de consumo a níveis de antes pandemia”, diz o presidente da Lojas Renner. “Estamos com uma expectativa positiva no segundo semestre.”

Em relatório, o Itaú BBA destaca que a Lojas Renner é a companhia do setor melhor posicionada para capturar os benefícios do varejo digital, além de possuir um balanço financeiro robusto. Na B3, a Lojas Renner vale R$ 35,6 bilhões. As ações sobem 3,7% em 2021 cotadas a R$ 44,89 na segunda-feira, 12 de julho.

A logística reversa e o resgate da consciência ambiental

O não cumprimento das regras para tratar de problemas ambientais estimula a reação por parte dos empresários no setor de logística.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em 2010, representou um dos principais avanços jurídicos na garantia da sustentabilidade ambiental. Com o passar dos anos, as metas estabelecidas no decreto de eliminar os lixões até 2014 não foram executadas. A questão envolve a reciclagem de materiais inutilizados, porém, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o Brasil recicla apenas 2,1% do total dos resíduos coletados.

Protagonistas no setor de transporte de cargas enxergam mudanças na maneira em como a área encara essa situação e, por causa disso, procuram reverter o cenário por meio de ações em suas empresas. É o caso de Gislaine Zorzin, Diretora Administrativa da Zorzin Logística, que acredita na mobilização dos administradores em controlar os resíduos gerados pelas instituições. “Os investimentos na área serão cada vez maiores, uma vez que a preocupação com o meio ambiente e a responsabilidade do fabricante em controlar os resíduos gerados estão mais evidentes”, esclarece Gislaine.

A empresária complementa dizendo que as indústrias observarão melhoras nos seus balanços financeiros se implementarem a sustentabilidade nos seus valores. De acordo com Gislaine, “a logística reversa gera mais operações e melhores oportunidades. Para as indústrias, o uso dessa estratégia é obrigatório, pois falamos do controle de resíduos que podem gerar danos ao meio ambiente quando descartados de maneira irregular. A redução do impacto ambiental gera a diminuição do risco”.

Assim, uma das soluções que o setor de transporte rodoviário de cargas aponta é o uso da logística reversa. Nesse sentido, indústrias e transportadoras atuam lado a lado, pois o deslocamento dos produtos até os locais de distribuição ou venda é parte integrante do processo de logística tradicional – que trabalha com a mercadoria desde o fornecedor até o ponto de consumo – e, por consequência, da reversa também.

Apesar de opostos, os dois conceitos estão relacionados. Na logística reversa, o trabalho do gestor é pensar nas formas de planejamento, de organização e de fluxo do produto desde o retorno do ponto de consumo ou de venda até o fabricante, com o objetivo de ser reutilizado e de evitar o descarte inadequado das cargas. Os benefícios da adoção dessa prática nas empresas, de acordo com Gislaine, são “a melhora da conscientização, a redução dos impactos negativos – ocasionados pelo descarte incorreto dos resíduos – e o aumento dos lucros com a diminuição de aquisição de matéria-prima”.

Em sua empresa, ela trabalha a proposta da logística reversa no transporte de resíduos com os clientes que fazem o destino dos rejeitos conforme a PNRS e finaliza enfatizando que o desenvolvimento sustentável e a melhora da economia passam pelo setor de transporte devido à sua importância à viabilização das metas da indústria.

A qualidade do serviço e a contenção do desperdício se complementam, e o transporte de cargas por rodovias é um dos responsáveis por tornar esse cenário viável.

As soluções para os problemas que afligem a população passam pelo mercado e por aqueles que participam dele. Com a legislação avançando e a sustentabilidade se tornando tendência, o gestor serve de exemplo como figura de referência aos demais indivíduos, auxiliando nas mudanças de comportamento na sociedade.

Sobre Gislaine Zorzin:

Gislaine Zorzin é formada em logística pela Uniradial São Paulo e atua como diretora administrativa e de novos negócios na Zorzin Logística. Além disso, faz parte do Projeto 25, desenvolvido pela Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos.

E-commerce dá fôlego a embalagens e faz setor crescer acima da média do PIB

O setor de embalagens, historicamente, tem um crescimento ligado ao Produto Interno Bruto (PIB). Não por acaso, é visto como um termômetro da atividade: como a economia brasileira é bastante ligada ao consumo, a área possui um ritmo de expansão similar. Mas, desde o início da pandemia, houve um descolamento, puxado principalmente pelo aumento do e-commerce. Enquanto o PIB teve queda de 4,1% em 2020, o setor cresceu 0,5%, na contramão da indústria. O papel, sozinho, teve alta de 1%.

E, agora, com um crescimento de cerca de 4% esperado para o PIB em 2021, o segmento de papel deve ter um ano ainda melhor. Somente no primeiro trimestre, o crescimento foi de 9,6% na comparação com o mesmo período de 2020, o que fez com que as previsões do setor mudassem. Segundo a Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel), o crescimento anual será de 8,8%, ante 4,9% da estimativa anterior.

Trata-se de um crescimento sustentável? Na visão de Gabriella Michelucci, presidente da Empapel, sim. “O mercado interno está aquecido, e a procura continua intensa. A entrega de alimentação e as compras por e-commerce dispararam. Por isso, os investimentos na área estão subindo.”

Esses bilhões de reais em investimentos têm resultado em mais produção. Em maio de 2021, a prévia do Índice Brasileiro de Papelão Ondulado (IBPO) subiu 24,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse bom momento tem impactado diretamente no balanço das empresas do setor. Não por acaso, nos últimos dois trimestres houve uma virada no balanço da Klabin: o setor de embalagens passou a ser maior do que o da celulose.

Isso fez com que a empresa anunciasse um investimento adicional de R$ 2,6 bilhões no projeto Puma II, localizado na cidade de Ortigueira (PR). O novo aporte será utilizado na instalação de uma máquina de papel cartão, utilizado para embalagens de alimentos. O investimento total na planta será de R$ 12,9 bilhões até 2023.

“Houve muita dúvida no início da pandemia, e tomamos um susto com a demanda. Esse cenário era inimaginável em 2018”, diz Douglas Dalmasi, diretor de embalagem da Klabin.

Após crescer 41% em 2020, segundo dados da consultoria Ebit em parceria com a Nielsen, o aumento esperado para as vendas on-line é de 26%. Por isso, a Irani, outra empresa focada em papel e listada em Bolsa, está ampliando os aportes.

A companhia já começa a planejar novos investimentos além dos R$ 743 milhões que estão em execução até 2023 na Plataforma Gaia, que é o plano de expansão e modernização das fábricas. No início de junho, a companhia teve um financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 484 milhões aprovado, o que ajudará a companhia a diminuir a alavancagem.

Porém, Sérgio Ribas, CEO da Irani, não está de olho em aquisições. “É preferível fazer um investimento em máquina a fazer uma aquisição e ter um trabalho absurdo de incorporação.”

Os analistas e investidores estão otimistas com o setor. As ações da Irani, por exemplo, tiveram uma alta de 69% desde janeiro. E a tendência é de alta, segundo a corretora XP, principalmente após o crescimento de 214,2% do lucro da Irani no primeiro trimestre deste ano.

A Klabin, por sua vez, não está tendo seus melhores anos na Bolsa. Desde janeiro, as suas ações estão com queda de 3,3%. Porém, na visão do analista Ilan Arbertman, da Ativa Investimentos, o setor de embalagens será um importante vetor de expansão da companhia. Ele enxerga uma possibilidade de alta de quase 50% das ações. ‘A preocupação com o ESG também ajuda o setor, já que o papel é mais sustentável do que o plástico.”

Logística reversa: Caminhos da Reportagem aborda o lixo que não é lixo

Muito do que vai parar no lixo não deveria estar ali. Materiais perigosos são descartados sem cuidado, como pilhas, baterias, lâmpadas e remédios, mesmo já existindo uma legislação que garanta o retorno deles aos fabricantes. Culpa de quem? Nesse processo, chamado logística reversa de resíduos, todos têm responsabilidades, que foram definidas há dez anos na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

Pela PNRS, é necessário ter uma coleta diferenciada de materiais mais contaminantes, como agrotóxicos e suas embalagens, baterias de chumbo ácido, eletroeletrônicos, óleo lubrificante e suas embalagens, embalagens de aço, lâmpadas, medicamentos, pilhas, baterias, pneus e latas de alumínio. A logística reversa garante que fabricantes, comerciantes e consumidores se responsabilizem, fazendo cada um a sua parte na devolução, recolhimento e reciclagem desses materiais.

Nesse sistema, o mesmo caminho feito pelo produto seria feito ao contrário para o reaproveitamento. Uma lâmpada, por exemplo, após ser usada, deve ser entregue pelo consumidor a um ponto de coleta, geralmente nas próprias lojas onde são vendidas, e depois o fabricante ou importador é responsável pela coleta e envio para reciclagem. Cada tipo de material tem definido na PNRS como deve ser o retorno dele até chegar ao reaproveitamento na indústria, minimizando custos e também danos ambientais.

Mas o Brasil, que está longe de ser exemplo mundial em reciclagem de materiais não tóxicos, o que dirá dos mais perigosos. A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) elabora anualmente o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil. Os dados ainda são desanimadores, apesar da melhora nos últimos anos.

Apenas 3% do lixo que poderia ser reciclado é reaproveitado no país. O baixo índice é seguido por outros números não tão otimistas: 8% do que é jogado fora não é sequer coletado. Segundo o diretor-presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho, mesmo o que é recolhido, 40% tem como destino final locais impróprios, como os lixões. “Em torno de 30 milhões de toneladas por ano vão para locais inadequados, que contaminam o meio ambiente de maneira contínua e tem volume crescente”, disse.

O país se destaca apenas na reciclagem de latinhas de alumínio – 98% delas são recicladas. Os agentes responsáveis por isso não são os consumidores, fabricantes ou vendedores, mas os catadores de lixo. Já quando se trata de plástico, somos o 4° maior produtor mundial e, inversamente, reciclamos apenas 1,3% desse material, segundo dados da WWF.

Soluções complexas

As medidas para aumentar a reciclagem no país são complexas e vão além de apenas a conscientização. A logística reversa de medicamentos é um exemplo disso. Depois do setor farmacêutico se recusar a fazer um acordo com o governo, foi implantada no ano passado a obrigatoriedade de garantir ao consumidor que farmácias e fabricantes possam aceitar os produtos não usados ou vencidos de volta.

Além disso, os governos locais também começam a dar mais atenção à gestão de resíduos sólidos – algo que o Plano Nacional de Saneamento Básico trouxe como uma obrigação dos municípios. No Distrito Federal, foi criado o Centro Integrado de Reciclagem, junto ao aterro sanitário local, capaz de processar até 5 mil toneladas de resíduos sólidos por mês, incluindo 500 catadores na triagem do material, podendo ser expandido para até 750 pessoas, caso seja criado um terceiro turno de trabalho.

O coordenador do grupo de Resíduos Sólidos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), José Fernando Jucá, explica os benefícios. “Enquanto um aterro sanitário gera 1 emprego para cada 10 mil toneladas de lixo, uma triagem manual de resíduos gera 350 empregos a cada 10 mil toneladas, ou seja, além de gerar empregos, também reduz os impactos ambientais”, enfatiza.

O Brasil também está entre os principais geradores de alguns resíduos perigosos, como o lixo eletrônico: somos o 5° no ranking mundial.  Também na capital federal, esse tipo de resíduos recebeu atenção com o projeto Reciclatech. Pontos de coletas e vans recolhem no Distrito Federal computadores, celulares e outros tipos de objetos eletrônicos não mais usados. Após a triagem, parte dos produtos é enviada para reciclagem e outra parte se torna computadores para a população mais carente.

Além desses desafios e soluções, o próximo episódio do programa Caminhos da Reportagem traz mais informações sobre a reciclagem, logística reversa e as responsabilidades sobre o lixo no Brasil. “Logística reversa: o lixo que não é lixo” foi exibido no último dia 6, na TV Brasil e encontra-se gravado no endereço: https://tvbrasil.ebc.com.br/caminhosdareportagem .