C&A vai usar caminhão elétrico para entregas em lojas de São Paulo

Companhia prevê expandir projeto com a compra de novos veículos.

A C&A Brasil vai começar a usar um caminhão elétrico para levar produtos do Centro de Distribuição Tamboré, em Barueri (SP), para lojas da Região Metropolitana de São Paulo. O projeto foi desenvolvido com a Soluciona Logística e começa a ser testado no próximo trimestre.

Com a iniciativa, o foco da empresa é na redução das emissões de gases de efeito estufa. A companhia prevê expandir o projeto com a compra de novos veículos, ampliação de rotas e regiões até o final de 2021.

Com capacidade para quatro toneladas, o caminhão elétrico realizará dois circuitos diários: do Centro de Distribuição até as lojas correspondentes à sua rota e vice-versa. O veículo tem autonomia para rodar, em média, 200 quilômetros com uma única carga de bateria e sua recarga será realizada todas as noites no próprio CD da varejista.

Para o CEO da Soluciona Logística, Toni Trajano, investimentos como esse elevam as oportunidades do negócio e contribuem para soluções cada vez mais sustentáveis.

O diretor de Supply Chain da C&A Brasil, Alan Yarschel, complementa: “A vantagem de utilizarmos este tipo de serviço é a drástica redução de emissão de poluentes no meio ambiente, pois um caminhão elétrico não emite CO2. A médio prazo, queremos ampliar o número de veículos elétricos, além de implantar outras soluções de logística verde na operação. Estamos empenhados em construir uma moda com impacto positivo e, por isso, garantir devemos realizar novos investimentos para alcançarmos este objetivo.”

Outras iniciativas mais sustentáveis 

No começo deste ano, a C&A Brasil anunciou a construção de duas usinas solares no País em parceria com a Faro Energy – empresa que realiza investimentos em projetos de energia solar distribuída e eficiência energética no Brasil. Com previsão de entrega no segundo semestre de 2021, as usinas abastecerão, incialmente, 11 lojas da varejista localizadas no Rio de Janeiro e em Brasília por dez anos, com possibilidade de prorrogação de contrato por mais uma década e ampliação no número de unidades a receber energia limpa.

Com o uso de energia solar proveniente das usinas, anualmente a C&A Brasil evitará a emissão de 1,8 mil toneladas de CO2, montante equivalente ao plantio de 11 mil árvores ou menos mil veículos, com média de 12 mil quilômetros rodados cada, circulando pelas estradas brasileiras. A varejista estima ainda uma economia potencial de cerca de R$ 20 milhões até o final do contrato, além dos ganhos ambientais, como redução das emissões dos gases de efeito estufa e a obtenção de energia renovável.

B2W Digital inicia operação com caminhões movidos a biometano e GNV

Com investimentos crescentes em soluções que gerem menos impacto no meio ambiente, a B2W Digital — dona das marcas Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato — inicia a operação de uma frota de caminhões movidos a biometano e gás natural veicular (GNV), a primeira do e-commerce no país. Até o fim de maio, 10 caminhões estarão circulando por diferentes rotas da região Sudeste com a tecnologia mais sustentável.

Com capacidade de transportar até 23 toneladas de carga, oito veículos da frota já realizam viagens diárias para garantir as entregas em até 24 horas das marcas da B2W. Os caminhões circulam entre as capitais dos estados da região Sudeste, ligando os centros de distribuição aos hubs (ponto de partida da operação de “last mile”, a última milha da logística de entrega).

De acordo com a B2W, os veículos utilizados são híbridos e permitem o abastecimento com biometano ou GNV, gerando menos impacto no meio ambiente. Em uma viagem no trajeto Rio de Janeiro a São Paulo usando biometano, por exemplo, cada veículo evita a emissão de cerca de meia tonelada de CO2e na atmosfera, reduzindo as emissões em até 95% em comparação com o modelo movido a diesel.

“A frota de caminhões com tecnologia mais sustentável faz parte do nosso compromisso de ter uma operação que gere menos impacto ambiental, em linha com a estratégia de redução de emissão CO2 da B2W. Temos como objetivo ampliar este tipo de frota na medida em que mais regiões do país passarem a contar com postos com GNV e biometano”, explica Welington Souza, diretor geral da LET’S, plataforma de gestão compartilhada dos ativos de logística e distribuição da Americanas e B2W.

Outras iniciativas da B2W

Em 2020, a B2W chegou ao número de 1,8 milhão de entregas com bicicletas convencionais, número três vezes maior que em 2019. Investindo neste modal de entrega, a companhia colocou nas ruas uma frota de 50 bicicletas elétricas. No mesmo sentido, em março deste ano, a aposta da vez foram os tuc-tucs, que com uma maior capacidade cargueira aumentaram as possibilidades de entrega com os veículos elétricos.

Essas iniciativas estão em linha com a Agenda 2030 da ONU, na qual sociedade, governos e empresas se comprometem a desenvolver os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) até o ano de 2030, contribuindo para a estratégia de ESG da B2W Digital. Em 2020, por meio de um estudo de materialidade realizado para a nossa estratégia ESG, mapeamos os principais ODS que norteiam nossas ações. Entre eles, está o ODS 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima).

C&A implementa entregas no mesmo dia utilizando bicicletas e patinetes

A varejista de moda C&A iniciou sua operação de entregas no mesmo dia de produtos comprados on-line utilizando bicicletas e patinetes elétricos. Em princípio, o modal será testado apenas em delivery na zona sul do Rio de Janeiro, mas a ideia é levar o meio de transporte para outros grandes centros do Brasil.

Inicialmente, de 10 a 20 bicicletas e patinetes estarão a postos para realizar até 600 entregas por dia. A quantidade de entregadores será ajustada de acordo com o raio de atuação da loja e eventual aumento no volume de pedidos para possibilitar entregas no mesmo dia ou no máximo dia seguinte.

Com as entregas no mesmo dia, a C&A espera  se aproximar mais do seu público, oferecendo a oportunidade do consumidor escolher produtos no site ou no aplicativo durante o dia, fazer o pagamento e já poder vestir a roupa de noite.

A entrega através de bicicletas e patinetes faz parte de um plano sustentável da empresa, que incentiva a moda com produtos reutilizáveis e que não agridem o meio ambiente.

Além disso, com a implementação do delivery, a C&A espera fortalecer o seu modelo de ship from store, com as grandes lojas servindo como estoque e centros de distribuição.

Pandemia impulsiona transformações no modelo de negócios do varejo

Pesquisa global da PwC revela uma clara aceitação da sustentabilidade.

Tendências de mudança no comportamento dos consumidores que já estavam em curso antes da pandemia da Covid-19 foram aceleradas pela crise e levarão os varejistas a reinventar a maneira como fazem seus negócios, de acordo com o estudo Global Consumer Insights Survey 2020, da PwC. No Brasil, um dos 36 países nos quais a pesquisa foi realizada, 53,4% dos consumidores informaram ter realizado compras de alimentos pela internet no último ano; enquanto 50,3% afirmaram terem optado por serviços on-line de entrega de alimentos. No total, foram consultadas 23,5 mil pessoas em todo o mundo, sendo 1.002 no Brasil.

“Embora certas tendências estejam em alta há algum tempo, a pesquisa revela que a pandemia aumentou o desejo dos consumidores por transparência, sustentabilidade e conveniência. As empresas mais recompensadas nesse cenário atual são aquelas que conhecem mais profundamente seu cliente, estabeleceram a confiança com o consumidor, investiram em uma jornada de compra de ponta a ponta, sem problemas e sem atritos, e priorizaram a saúde e a segurança dos consumidores”, avalia Carlos Coutinho, sócio da PwC Brasil.

O estudo, produzido a partir de dados coletados antes e durante a pandemia, tem como objetivo analisar os hábitos e comportamentos de compra do consumidor residentes em áreas urbanas e como a interrupção das atividades, em nível global, forçou a aceleração de um modo de vida mais digital, gerando uma nova era no consumo – uma vez que as cidades concentram a maior parte da atividade econômica.

Os hábitos dos brasileiros
Entre os consumidores brasileiros, consultados somente na primeira fase do estudo (antes da pandemia), para a maioria deles, as compras on-line já são uma realidade: 10,3% disseram fazer compras pela internet diariamente, contra 19,9% uma vez por semana e 31,2% uma vez por mês, enquanto 32,3% realizam compras on-line algumas vezes por ano, 4% uma vez por ano e apenas 2,3% nunca efetuam esse tipo de operação. Nessa amostra, o equipamento mais utilizado ainda é o computador entre 33,9% dos entrevistados. O smartphone vem em seguida, com 31,6%, e o tablet com 18,4%. Os assistentes de voz, mais recentes no mercado, são responsáveis por 13,5% das transações.

As medidas de distanciamento social adotadas em decorrência da pandemia do novo coronavírus afetaram os consumidores em todos os aspectos de suas vidas, incluindo a forma como eles compram mantimentos. Embora as compras nas lojas físicas sejam o principal canal de escolha em nível global, mais de um terço dos consumidores (35%) estão comprando alimentos nos canais on-line, e 86% destes planejam continuar a fazê-lo após o término das medidas de isolamento social.

Em relação aos itens não alimentícios, antes da pandemia as compras nas lojas físicas ainda eram dominantes (47%) em comparação às compras on-line, por meio de telefones celulares (30%), computadores (28%) e assistentes de voz inteligentes (15%). Desde então, essas compras tiveram um aumento substancial (celulares 45%; computadores 41%; e tablets 33%) e essa tendência é especialmente relevante na China e no Oriente Médio, com 60% e 58% dos entrevistados, respectivamente, dizendo que começaram a comprar mais usando seus celulares.

A pesquisa global mostrou uma clara aceitação da sustentabilidade e um senso de dever cívico. Nos resultados de pesquisas anteriores, realizadas antes da pandemia, 45% dos entrevistados em todo o mundo disseram que evitam o uso de plástico sempre que possível, 43% esperam que as empresas sejam responsáveis pelo impacto ambiental e 41% esperam que os varejistas eliminem sacolas plásticas e embalagens de itens perecíveis. Quando questionados sobre os maiores responsáveis pelo incentivo de comportamentos sustentáveis em suas respectivas cidades, 20% responderam “Eu, o consumidor”, enquanto 15% escolheram a opção “O produtor ou fabricante”. Quando consultados sobre sua disposição em compartilhar dados, 49% disseram que estavam dispostos a fazê-lo se isso ajudasse a melhorar sua cidade.

Grande varejista adota tuc-tucs elétricos para entregas

Triciclo importado da China está sendo incorporado à frota para uso nas capitais do Sudeste, Sul e Nordeste.

Com capacidade para transportarem até 600 kg de mercadorias e autonomia de 70 km, 90 triciclos elétricos estão sendo colocados nas ruas de grandes cidades brasileiras para serviços de entrega da B2W – que detém as marcas Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato.

Conhecido como tuc-tuc – originalmente por conta do ruído de seu motor a combustão de dois tempos –, esse tipo de veículo derivado de motonetas se tornou célebre a partir dos anos 1960. E, embora tenha praticamente sumido das ruas da Europa (onde nasceu), manteve-se extremamente popular em países asiáticos.

Aqui no Brasil, onde chegaram a ser fabricados na mesma década de 1960, foram usados para entrega e, no Rio de Janeiro, ficaram famosos como os precursores dos atuais food-trucks, servindo de base para a venda de cachorro-quente nos calçadões das praias de Copacabana e Ipanema.

Agora, equipados com propulsão elétrica, esses simpáticos carrinhos estão voltando com força total. Além do baixo custo de manutenção e recarga, por seu tamanho e maneabilidade, eles se mostram perfeitos para os deslocamentos de curta distância (a chamada “última milha”) nas congestionadas ruas de nossas grandes cidades.

Bom para o meio ambiente 

Segundo a BW2, os tuc-tucs elétricos foram adotados principalmente por sua eficiência de deslocamento, evitando emissões de gases de efeito estufa (GEE) e contribuindo com as medidas contra a mudança global do clima, previstas na Agenda 2030 da ONU.

Espera-se que esses veículos representem cerca de 3 toneladas de CO2 a menos na atmosfera por mês, em substituição a modelos com motores a combustão.

A entrega com os tuc-tucs já vinha sendo usada experimentalmente nos últimos meses pela empresa na cidade de São Paulo.

O tuc-tuc elétrico em números:

Nome: Cicloway Formigão Baú

Origem: China

Acomodação: apenas para o condutor

Potência do motor: 2000 W

Bateria: 60V 50AH

Velocidade máxima: 30 km/h

Autonomia: 70 km

Capacidade de carga: até 600 kg

Crescimento do e-commerce e delivery transforma as cidades

Alta na circulação de motos e bikes nos serviços de entregas altera a paisagem urbana.

De acordo com o índice MCC-ENET, em 2020, o comércio eletrônico brasileiro apresentou crescimento do faturamento e das vendas e atingiu 83,68% e 73,88%, respectivamente, na comparação com 2019. O setor continua em expansão e, em fevereiro de 2021/2020, atingiu alta acima de 52%.

O cenário foi impactado pela mudança no comportamento das pessoas com a pandemia da Covid-19, que acelerou processos como a digitalização dos negócios e a adesão aos meios digitais para compras on-line. Como reflexo, veio o crescimento do uso de bicicletas, motos e aplicativos de transporte, mudando a paisagem das cidades.

Paula Faria, CEO da Necta e idealizadora do Connected Smart Cities & Mobility (CSCM) e do AirConnected, enfatiza a importância do planejamento das cidades e da mobilidade urbana, bem como a responsabilidade das empresas com o tema e a sustentabilidade, nos meios de deslocamentos e dos parceiros entregadores.

“A abordagem tem movimentando o setor e reforçado a importância deste para a economia e dos seus impactos no desenho das cidades. Nesse contexto, o CSCM 2021 traz um programa dedicado ao tema, com o objetivo de buscar as melhores práticas junto aos atores. Ressalto, ainda, a influência direta do comércio eletrônico no setor de transporte aéreo e que, também, fará conexão com o AirConnected, que acontece paralelamente à iniciativa de smart cities”.

União dos atores

O Guia de Mobilidade Urbana e Delivery pós-Covid-19, da Associação Brasileira On-line to Off-line, aponta aumento de 400% nas lojas virtuais no País durante a pandemia, passando de 10 mil para 50 mil por mês.

“A partir do guia identificamos grandes desafios no novo modelo de vida das pessoas, que considera menor exposição aos riscos da pandemia. A discussão entre os atores, que inclui as empresas da economia digital, no sentido de repensar as cidades, tem o propósito de contribuir com a construção das políticas públicas de fomento à integração e à intermodalidade”, disse Lilian Lima, líder do Comitê de Mobilidade Urbana da ABO2O, e gerente de Políticas Públicas na 99.

Rede colaborativa

A Kangu, plataforma que conecta uma rede colaborativa de vendedores, transportadoras e locais de coleta, cresceu mais de 280% nos últimos 12 meses, atingindo 4 mil pontos de coleta – que, no geral, são pequenos comércios de bairros. Em janeiro de 2020, foram feitas 100 mil entregas e, em dezembro, o número ultrapassou 7 milhões.

“Partindo da nossa premissa, de oferecer envios mais baratos, sustentáveis e com mais conveniência, todo o crescimento da nossa malha de pontos causa um efeito extremamente positivo e traz mais acesso e autonomia ao vendedor”, afirma Marcelo Guarnieri, CEO da Kangu.

Redução dos impactos

O aplicativo de delivery iFood tem incentivado o uso de bicicletas elétricas e, recentemente, fechou parceria com a Voltz Motors. A ação faz parte do programa iFood Regenera, que pretende, até 2025, utilizar modais não poluentes em 50% das entregas.

“A pandemia nos apresentou novas responsabilidades. Precisávamos usar ainda mais nossas ferramentas, nosso potencial de inovação, e promover soluções transformadoras que revertam os impactos socioambientais típicos de uma operação de delivery”, afirma Gustavo Vitti, vice-presidente de Pessoas e Soluções Sustentáveis no iFood.

Manlog completa 10 anos e reforça ações tecnológicas e sustentáveis

Neste mês de abril, a Manlog Transporte completa 10 anos de atuação. Na análise deste período, destacam-se, além da atuação tecnológica, o desdobramento dos negócios da companhia, que já conta com três negócios/serviços que se completam entre si para oferecer alternativas sustentáveis e inteligentes no setor de transportes e logística.

Faturamento 
Em 2020, a Manlog anunciou um faturamento na casa dos R$ 90 milhões.
Para este ano, a expectativa da empresa é de dobrar este valor.

Investimentos
Para suporte, e resultado, desse crescimento, a transportadora cresce, exponencialmente, em soluções tecnológicas e sustentáveis.
Atualmente, toda sua frota de veículos é monitorada em tempo real por câmeras, sensores, bafômetros, filtros de redução de gases poluentes, rastreadores, telemetria e torre de controle.
Quanto aos veículos elétricos, tema perseguido pelas empresas atualmente, a Manlog já contabiliza 15 caminhões 100% elétricos, sendo três destes na categoria frigorificado. Parte da frota de elétricos é composta por veículos menores que que buscam e levam os colaboradores para casa. Esse investimento, de acordo com a empresa, é pautado na busca por mais qualidade de vida da equipe, o que soma-se aos esforços para alcançar a meta da empresa de zerar suas emissões de CO2 até 2030. Para isso, também há ações de reflorestamento e consumo de combustíveis alternativos.

Quanto aos novos negócios, todos nascidos internamente diante a demandas e conhecimento adquirido, estão:

  • Manlog Loc, startup de locação de veículos logísticos e de passeio;
  • Manlog In, um centro logístico de distribuição e armazenamento de cargas;
  • Manlog In Box, a mais nova solução em despacho de pequenas cargas e encomendas com a promessa de entrega rápida.

Segundo o diretor da Manlog, Thiago Suzin, o combo ‘equipe, tecnologia e qualidade’ contribuíram com o histórico de inovação.

“A Amppli Tecnologia, nossa parceira, nos trouxe mais segurança com a implantação das inteligências artificiais. Hoje temos certeza de que nossos motoristas e cargas estão em boas mãos. Além disso, temos um time alinhado e engajado no desenvolvimento de novos projetos. Elevamos a régua de qualidade, e vamos sempre oferecer acima dela.”

 

Tornar sustentáveis os embrulhos de 240 milhões de encomendas diárias

A média diária de encomendas enviadas atualmente na China ultrapassa os 240 milhões, com mais de 500 milhões de usuários diários, tornando urgente a transformação sustentável dos materiais utilizados nos embrulhos. Os Serviços de Correio Nacionais organizaram recentemente uma conferência de imprensa onde apresentaram as “Medidas de Administração de Encomendas Expresso”, em vigor a partir deste mês, onde são indicadas regulamentações claras para proteção ambiental. Por exemplo, compete às empresas de envio otimizar o respectivo sistema de empacotamento, uniformizando as marcas nas embalagens para cada loja.

É também mencionado que tem de ser reforçado o controlo sobre a origem dos envios, criando uma “fase de seleção”, na qual se verifica se são seguidos os requisitos de empacotamento e se fica garantido que as empresas de logística aplicam as novas medidas. Ficou também estabelecido que deve ser dada prioridade a envios com embalagens reutilizáveis ou fáceis de reciclar.

As novas regulamentações salientam a importância da uniformização do processo de empacotamento, obrigando a que as empresas responsáveis trabalhem de forma organizada e responsável, evitando que os funcionários atirem, pisem ou deixem envios no chão, prevenindo assim que os embrulhos se danifiquem. Ao mesmo tempo, seguindo um princípio sustentável e anti desperdício, durante o empacotamento deve ser evitado usar demasiada fita adesiva e outros materiais de embrulho. As empresas de entregas são incentivadas a melhorar os sistemas de embrulho e reciclagem para que as embalagens possam ser reutilizadas.

Impacto nos serviços de entrega

O vice-diretor do Departamento de Supervisão do Mercado dos Serviços de Correio Nacionais, Guan Aiguang, explica que o envio de encomendas implica várias entidades, produtores, distribuidores e utilizadores. Para assgurar uma melhor administração dos embalamentos em serviços de envios expresso é preciso que todas estas partes cooperem. Os utilizadores dos serviços são um poder influente importante, e a transformação sustentável destes envios tem de contar com a cooperação e apoio dos mesmos.

O Artigo 5.º do regulamento estipula que as embalagens seguirão princípios de praticabilidade, segurança e sustentabilidade ambiental, respeitando as exigências de segurança dos produtos e embalamento, poupando recursos e evitando o desperdício e poluição ambiental. O artigo 6º afirma que é proibido usar materiais que não respeitem a lei ou as regulamentações administrativas nacionais em matéria de embalamento de encomendas expresso. Estas normas são aplicadas não só às empresas de envio, como também aos utilizadores.

As embalagens enviadas por estes utilizadores devem cumprir estas regras. O artigo 21º afirma que para os remetentes que utilizam os próprios pacotes de envio, sem ser necessário que as transportadoras os forneçam, as normas sobre empacotamento e envio de bens proibidos também se aplica. Para uma fácil compreensão de todas estas regulamentações, o segundo parágrafo deste artigo analisa particularmente as normas aplicadas a estes utilizadores, tal como as obrigações de divulgação escrita dos conteúdos da encomenda pelos serviços de envio.

Para empacotamentos feitos pelos serviços de envio, os utilizadores não devem fazer pedidos como “muita fita adesiva”. Caso as embalagens apresentadas ao serviço de envio não respeitem as normas, o funcionário de entrega poderá exigir que sejam substituídas ou oferecer-se para as substituir, e o utilizador não poderá recusar-se a fazê-lo ou impedir que isso aconteça. Para embalagens recicláveis utilizadas pelas empresas de entrega, o destinatário da encomenda deverá devolver as mesmas à distribuidora depois de retirar todos os respetivos conteúdos.

Medidas para diminuir o desperdício

Este mês de abril, os Serviços de Correio Nacionais lançaram uma campanha contra o uso excessivo de recursos de embalamento, procurando durante o espaço de um ano conseguir pôr as novas medidas em prática. Para tal promoveram as “Normas sobre restrições sobre o uso excessivo de materiais de embalamento”.

No ano passado, os mesmos serviços, em conjunto com a Administração Nacional para Regulamentação do Mercado, publicaram as “Diretrizes sobre a Implementação de Certificação de Sustentabilidade e Proteção Ambiental nas Embalagens de Envios Expresso”, com uma série de embalagens certificadas e que seguem as novas regras de sustentabilidade. Atualmente já existe um sistema de certificação sustentável de pacotes de envio na China, com várias entidades de certificação com qualificação para oferecer este certificado, e empresas de distribuição a pedirem certificação.

Em termos de uniformização de embalamento, consentimento dos utilizadores e controlo de poluição, os departamentos de correios locais irão supervisionar os envios, garantindo a aplicação da lei e das respetivas mudanças. Um ano depois de postas em prática as novas normas, os serviços de correio vão organizar inspeções especiais para garantir a respetiva execução.

Frota elétrica: B2W adota tuc-tucs na last mile

Com investimentos crescentes em soluções logísticas e práticas que gerem menos impacto no meio ambiente, a B2W Digital – dona das marcas Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato – vai colocar nas ruas uma frota de 90 tuc-tucs elétricos para entrega de produtos vendidos nas plataformas digitais. Os veículos vão atuar principalmente nas capitais do Sudeste, Sul e Nordeste do país.

Os novos tuc-tucs elétricos permitem transportar de 240 a 600 quilos de mercadorias, conforme o modelo do veículo. Essa maior capacidade aumenta o sortimento e o tamanho de produtos entregues, em comparação, por exemplo, às bicicletas.

Além da eficiência de deslocamento, a nova frota evita as emissões de gases de efeito estufa (GEE), contribuindo com o alcance do ODS 13, da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que incentiva medidas contra a mudança global do clima. A expectativa é que a frota deixe de emitir cerca de três toneladas de CO2 na atmosfera por mês.

O serviço de entrega por tuc-tucs vem sendo testado pela companhia no município de São Paulo nos últimos meses. São atualmente nove veículos elétricos em operação, com diferentes capacidades de carga. A frota de tuc-tucs atua em deslocamentos de curta distância, o chamado “last mile”, a última milha da logística de entrega.

“O tuc-tuc elétrico é um meio eficiente de deslocamento nos centros urbanos e tem a vantagem, em relação às bicicletas, de oferecer maior capacidade de carga. O serviço permite entregarmos mais rapidamente e itens de maior volume, ao mesmo tempo em que reduz a emissão de CO2 no meio ambiente.” – Welington Souza, diretor geral da LET’S – plataforma de gestão compartilhada dos ativos de logística e distribuição da Americanas e B2W.

Para garantir a qualidade e agilidade das entregas por meio dos tuc-tucs, a B2W oferece aos seus parceiros treinamento para utilização dos veículos, que, diferentemente das bicicletas, demandam habilitação, além das regulares capacitações de excelência para atendimento ao cliente.

A iniciativa está em linha com a Agenda 2030 da ONU, na qual sociedade, governos e empresas se comprometem a desenvolver os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) até o ano de 2030, contribuindo para estratégia de ESG da B2W Digital. Em 2020, através do estudo de materialidade realizado para a nossa estratégia ESG, mapeamos os principais ODS que norteiam nossas ações, são eles: 4 – Educação de Qualidade, 5 – Igualdade de Gênero, 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico, 10 – Redução das Desigualdades e 13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima.

Sustentabilidade: DHL Group investe € 7 bilhões em logística neutra até 2030

A empresa de logística Deutsche Post DHL Group está aumentando o ritmo de sua descarbonização. Para isso, o grupo está investindo um total de € 7 bilhões nos próximos dez anos em medidas para reduzir suas emissões de CO2. Os fundos serão voltados, em especial, a combustíveis alternativos para aviação, para a expansão da frota de veículos elétricos com emissões zero e para edifícios neutros do ponto de vista climático.

Ao longo do caminho rumo à sua meta de emissões zero até 2050, que já está em vigor há quatro anos, a empresa está se comprometendo com novas metas intermediárias. Como parte da iniciativa Science-based Target – SBTi (meta baseada em ciência), a empresa se propôs, por exemplo, a reduzir as suas emissões de gases de efeito de estufa até 2030, em conformidade com o Acordo de Paris.

As metas climáticas fazem parte do novo plano de sustentabilidade do Deutsche Post DHL Group, no qual a empresa estabelece suas metas de ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa na sigla em inglês) para os próximos anos. Além de seu compromisso com o meio ambiente, o grupo também define metas e medidas claras nas áreas de Responsabilidade Social e Governança.

Desenvolvimento sustentável

O conselho administrativo e o conselho fiscal do Deutsche Post DHL Group proporão aos acionistas, na próxima Assembleia Geral Anual, que o sistema de remuneração do conselho administrativo seja ainda mais estreitamente alinhado ao desenvolvimento sustentável dos negócios. No futuro, a consecução dos objetivos de ESG será tida em conta no cálculo da remuneração do Conselho Administrativo.

“Como a maior empresa de logística do mundo, é nossa responsabilidade liderar o caminho e levar a indústria de logística a um futuro sustentável. Estamos transformando nosso grupo, representado pela cor amarela, em uma empresa verde e fazendo uma contribuição importante para o Planeta e a sociedade”, disse Frank Appel, CEO do Deutsche Post DHL Group. “Estou convencido de que, ao nos concentrarmos ainda mais em nossos objetivos de ESG, continuaremos a ser a primeira escolha dos clientes, dos colaboradores e dos investidores, e, assim, lançaremos as bases para o sucesso econômico de longo prazo.”

O compromisso com a sustentabilidade é parte integrante da cultura corporativa do Deutsche Post DHL Group. Desde 2008, o grupo tem metas ambiciosas de sustentabilidade, por exemplo, no que diz respeito à redução de CO2. Em 2017, se tornou a primeira empresa de logística do mundo a estabelecer uma meta de redução de suas emissões de gases de efeito estufa para zero até 2050. Para isso, a empresa oferece inúmeras soluções para tornar as cadeias de suprimentos mais sustentáveis e ajudar os clientes a atingir seus objetivos ambientais. Com a “Estratégia 2025” introduzida em 2019, a sustentabilidade tornou-se um componente fundamental da estratégia corporativa.

“A Covid-19 reforçou mais uma vez as grandes megatendências do nosso tempo: globalização, digitalização, e-commerce e sustentabilidade, os quatro impulsionadores da nossa ‘Estratégia 2025’. Destes temas, a sustentabilidade é o desafio mais premente. Com nosso plano de sustentabilidade, estamos intensificando nossos esforços e promovendo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas”, pontua Frank Appel.

Crescimento da logística global

O grupo estima que suas emissões de CO2 seriam em torno de 46 milhões de toneladas em 2030 sem as medidas do novo plano de sustentabilidade. Em 2020, as emissões foram de 33 milhões de toneladas métricas. Hoje, a empresa está empenhada em reduzir essas emissões anuais de CO2 para menos de 29 milhões de toneladas até 2030, apesar do forte crescimento contínuo esperado nas atividades de logística global.

Para isso, o Deutsche Post DHL Group investirá cerca de € 7 bilhões em soluções logísticas neutras em termos climáticos até 2030. Os gastos decorrentes até 2023 já foram levados em conta no plano de investimentos até 2023 comunicado em 9 de março. Para distâncias curtas e entregas ao consumidor, o grupo continua a impulsionar a eletrificação de sua frota de veículos. Até 2030, 60% dos veículos de entrega ao consumidor devem ser alimentados eletricamente em nível global. Portanto, mais de 80 mil veículos elétricos estarão na estrada. Em 2020, esse índice era de 18%.

Em rotas mais longas, especialmente no transporte aéreo, a propulsão elétrica não é uma alternativa para o futuro próximo. É por isso que o Deutsche Post DHL Group está pressionando para o desenvolvimento e uso de combustíveis produzidos com energias renováveis: até 2030, pelo menos 30% das necessidades de combustível na aviação e na linha de transporte devem ser cobertos por combustíveis sustentáveis. Além disso, o grupo está investindo em imóveis ecológicos (escritórios, centros de correspondência e encomendas e armazéns logísticos): todos os novos edifícios que estão sendo construídos serão neutros em relação ao clima.

“Alternativas sustentáveis e limpas de combustível são fundamentais para a logística neutra em termos climáticos em um mundo globalizado. Em especial no transporte aéreo, estas medidas poderiam contribuir para reduzir as emissões de CO2. É por isso que nos envolveremos ainda mais intensamente em iniciativas e fortaleceremos o intercâmbio intersetorial para desenvolver uma estratégia e padrões globais aqui. Uma coisa é certa: só unindo forças, em todos os países e setores, conseguiremos um progresso verdadeiramente sustentável em todas as áreas”, diz Frank Appel.

Inclusão e igualdade

Com base nos valores corporativos “Respeito e Resultados”, o Deutsche Post DHL Group também promoverá a inclusão e a igualdade de oportunidades dentro da organização. A proporção de mulheres executivas na gestão deve aumentar de 23,2% hoje para pelo menos 30% até 2025. “Nossa diversificada força de trabalho motivada é fundamental para uma excelente qualidade de serviço e alta satisfação do cliente. Clientes satisfeitos são a base para o sucesso econômico. Esta é outra razão pela qual estamos convencidos de que vale a pena promover ativamente a igualdade de oportunidades”, diz Thomas Ogilvie, Chief Human Resources Officer and Labor Director do Deutsche Post DHL Group.

Além disso, o grupo estabeleceu o objetivo de manter a classificação de aprovação na categoria “envolvimento do colaborador” na pesquisa anual global de colaboradores em um nível consistentemente alto acima de 80.

O Deutsche Post DHL Group também se comprometeu a investir 1% de seus lucros líquidos anualmente em seus programas e iniciativas de impacto social. O programa GoTrade, lançado em 2020, concentra-se em dar às pequenas e médias empresas dos países em desenvolvimento acesso aos mercados globais e, assim, impulsionar o comércio internacional. O programa de resposta a desastres GoHelp fornece assistência logística de emergência de forma rápida e gratuita em caso de desastre. O grupo também continua a expandir o programa GoTeach, que melhora a empregabilidade dos jovens que vivem em circunstâncias socialmente desfavorecidas devido à pobreza, à perda de entes queridos ou à fuga devido a desastres, preparando-os com as habilidades necessárias para uma transição bem-sucedida ao mundo do trabalho.

O Deutsche Post DHL Group também estabelece regras ainda mais rigorosas no que diz respeito à boa governança corporativa. Por exemplo, o Código de Conduta para fornecedores foi atualizado. As regras e normas nele descritas foram ainda mais estreitamente alinhadas com os critérios de sustentabilidade. Além disso, foi introduzida uma nova declaração política sobre os direitos humanos. “Como líder de mercado, somos um exemplo a seguir para práticas empresariais responsáveis e éticas e um comportamento justo. A ESG é parte integrante da ‘Estratégia 2025’ e todos os KPIs relevantes são, portanto, integrados na gestão do Grupo e seus relatórios regulares”, diz Melanie Kreis, Chief Financial Officer do Deutsche Post DHL Group.