Nespresso e Correios se unem para aumentar pontos de coleta de cápsulas

A Nespresso vai disponibilizar uma base para recebimento de cápsulas de café usadas em unidades dos Correios. O projeto-piloto é fruto de uma parceria inédita entre as duas organizações, como parte da estratégia da Nespresso em ampliar sua capacidade de reciclagem em nível nacional. A ação começou em Fortaleza (CE) e agora segue para outros importantes mercados: São Paulo, Piracicaba e Santos, todas cidades paulistas, inicialmente como piloto também.

Os consumidores podem levar suas cápsulas usadas e descartá-las em local determinado dentro da unidade dos Correios, que fará a transferência do material até o Centro de Reciclagem da Nespresso, localizado na Região Metropolitana de São Paulo, para separar o pó de café do alumínio, sem a utilização de água.

“No processo de economia circular, o alumínio é infinitamente reciclável, ou seja, ele volta para o seu ciclo de vida em formas variadas, como bicicletas e canetas. Enquanto o pó de café será compostado, se tornando adubo orgânico”, explica Cecilia Soares, gerente de Sustentabilidade da Nespresso no Brasil.

Ações que geram ‘valor à sociedade’

A parceria com as agências nacionais dos Correios começa como um projeto embrionário, que pretende chegar a outros lugares, na medida em que evoluir. O presidente da estatal, Floriano Peixoto, ressaltou que “os Correios estão engajados em ações que promovam a sustentabilidade, fornecendo soluções acessíveis e confiáveis para aumentar a participação da população. A empresa tem adaptado seus serviços a essas necessidades, somando atitudes empresariais e individuais que gerem valor a sociedade”.

No Brasil, a Nespresso iniciou a reciclagem em 2011 e investe mais de R$ 5 milhões de reais por ano em ações ligadas à reciclagem. Desde 2011, atua com um sistema próprio de reciclagem, responsável por separar o pó de café do alumínio em seu Centro de Reciclagem.

Atualmente, a companhia possui 200 pontos de coleta espalhados pelo Brasil e tem a meta de atingir 30% de reciclagem efetiva até dezembro de 2021. Tanto as cápsulas da linha doméstica quanto da linha profissional podem ser recicladas.

Depois do e-commerce, Via Varejo foca em sustentabilidade e passará a fazer entregas por veículos elétricos

A Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, está aderindo à mobilidade elétrica em suas operações. A partir deste mês, a empresa vai colocar em circulação 10 veículos totalmente elétricos para realizar entregas na cidade de São Paulo. A expectativa é que o número de veículos dobre ainda nos próximos meses.

Os caminhões e vans terão baterias com até 300 quilômetros de autonomia e serão capazes de transportar, individualmente, até 720 kg em mercadorias. Inicialmente, os carros irão rodar na zona sul da capital paulista, mas devem expandir as operações para outras regiões ainda em 2021.

“Em 2020 deixamos claro ao mercado nossos esforços para ESG -Environment, Social and Governance, como um todo, sobretudo na governança. Agora, do lado ambiental, sempre tivemos uma grande preocupação e a mobilidade elétrica surge como mais uma ampliação disso”, diz Roberto Fulcherberguer, presidente da Via Varejo.

A iniciativa faz parte dos planos da companhia de reduzir suas emissões de carbono até 2025 e tornar os processos de logística cada vez mais sustentáveis. Segundo Fulcherberguer, ações ambientais são parte indispensável da atuação da empresa, que já possui diferentes programas de logística reversa e economia circular. Um exemplo disso é que em 2020, a rede dobrou o número de lojas que servem de postos de coleta para o descarte de eletrônicos, chegando a 400 unidades.

Caminhão elétrico da Via VarejoVia Varejo

Aos consumidores que já autorizam a retirada das embalagens dos produtos no momento da entrega, a Via Varejo também faz o caminho reverso ao encaminhá-las a 11 cooperativas que ficam a cargo de reciclar as embalagens. Segundo Fulcherberguer, mais de 5 mil toneladas já foram recicladas e 250 famílias foram beneficiadas por meio do programa, que leva o nome de Reviva.

Os veículos elétricos, diz o executivo, também contemplam esforços da companhia em busca de matrizes energéticas mais limpas. “Já temos todas as lojas de Minas Gerais e 57 lojas no Rio de Janeiro são abastecidas unicamente com energia solar. Fazemos isso para reduzir nosso impacto”, diz.

Parte dos esforços “verdes” da Via Varejo nos próximos meses estarão voltados à eficiência logística. Com a compra da ASAP Log, empresa de tecnologia voltada a chamada “entrega de última milha” (trajeto entre o centro de distribuição e o destino final de um produto), em abril de 2020, a Via Varejo quer otimizar e trazer mais veículos eletrificados e até de motorizados como bicicletas, por exemplo, como alternativas para entregas em centros urbanos. Segundo Fulcherberguer, a parceria com a ASAP Log reduziu drasticamente o número de caminhões em circulação desde o ano passado.

Apesar de ter divulgado a emissão de 291,6 toneladas de CO2 em 2020, a empresa ainda não consolidou dados sobre a participação de cada etapa da operação nesse total. Sendo assim, ainda não é possível medir o impacto da operação logística e de transportes nas emissões da companhia. O portfólio de emissões, bem como as metas sustentáveis para o próximos anos serão divulgadas em breve, afirma Fulcherberguer.

Com a ação, a Via Varejo entra para o rol de empresas que olham para a mobilidade elétrica como solução para limpar suas operações. Em meados de março, a TelhaNorte anunciou a integração de caminhões elétricos para entregas, também na cidade de São Paulo.

“A evolução para uma frota de veículos é um pontapé inicial no que pode vir a ser uma grande revolução no nosso processo logístico a curto prazo”, diz Fulcherberguer.

FedEx coloca ambiciosa meta de neutralizar todo o carbono de seus voos até 2040.

A FedEx Corp, controladora da maior companhia aérea de cargas do mundo, anunciou uma meta ambiciosa de alcançar operações neutras em carbono globalmente até 2040. Para ajudar a atingir seu objetivo, a empresa está destinando inicialmente mais de US$ 2 bilhões de investimentos em três áreas-chave: veículos elétricos, energia sustentável e sequestro de carbono.

A iniciativa inclui também uma colaboração para a Universidade de Yale no valor de US$ 100 milhões para ajudar na criação do Yale Center for Natural Carbon Capture (Centro Yale de Captura de Carbono Natural) para acelerar pesquisas de métodos de sequestro de carbono em escala. O foco inicial será no suporte para compensar as emissões de gases de efeito estufa equivalentes às emissões atuais da companhia aérea.

“Temos a responsabilidade de realizar essas medidas ousadas para enfrentar os desafios climáticos”, disse Frederick W. Smith, Chairman e CEO da FedEx Corp. “Este objetivo se baseia em nosso compromisso de longa data com a sustentabilidade em todas as nossas operações, ao mesmo tempo em que investimos em soluções transformadoras de longo prazo para a FedEx e toda a nossa indústria”.

Os principais passos para alcançar o objetivo de carbono neutro incluem:

Veículos elétricos: até 2040, toda a frota de coleta e entrega de pacotes da FedEx será de veículos elétricos com emissão zero. Isso será feito por meio de programas, em fases, para substituir os veículos existentes. Por exemplo, até 2025, 50% das compras globais de veículos de coleta e entrega da FedEx Express serão elétricos, chegando a 100% de todas as compras até 2030.

Soluções sustentáveis para o cliente: a FedEx trabalhará com os clientes para oferecer serviços mais sustentáveis de ponta a ponta para suas cadeias de suprimentos, por meio de ofertas de remessas neutras em carbono e soluções de embalagem sustentáveis.

Combustíveis sustentáveis: a FedEx continuará a investir em combustíveis alternativos para reduzir as emissões de aeronaves e veículos.

Conservação de Combustível e Modernização de Aeronaves: a FedEx aproveitará suas iniciativas bem-sucedidas do FedEx Fuel Sense projetadas para  reduzir o consumo de combustível em suas aeronaves. Desde 2012, os programas FedEx Fuel Sense e o Aircraft Modernization pouparam 1,43 bilhões de galões de combustível para aviação e evitaram mais de 13,5 milhões de toneladas métricas de emissões de dióxido de carbono (CO2).

Instalações: a FedEx continuará seus esforços para tornar suas mais de 5.000 instalações em todo o mundo mais sustentáveis por meio de investimentos contínuos em instalações eficientes, energia renovável e outros programas de gerenciamento de energia.

Sequestro de carbono natural: o financiamento da FedEx ajudará na criação do Yale Center for Natural Carbon Capture (Centro Yale de Captura de Carbono Natural) para apoiar a pesquisa aplicada em soluções de sequestro de carbono natural.

O caminho rumo à sustentabilidade requer novas estratégias para remover e armazenar o excesso de carbono da Terra. O Yale Center for Natural Carbon Capture (Centro Yale de Captura de Carbono Natural) catalisará a pesquisa interdisciplinar em ciências naturais e engenharia em um esforço para acelerar este trabalho.

Os pesquisadores do Centro desenvolverão métodos baseados em sistemas naturais de armazenamento de carbono, incluindo ecossistemas biológicos e o ciclo geológico do carbono, melhorando, onde for possível, a rapidez com que essa substância pode ser absorvida, quanto pode ser contida e por quanto tempo pode ser armazenada. Por meio destes esforços, os cientistas de Yale pretendem criar um portfólio de estratégias de remoção de carbono que tenha impactos em escala global.

Com base nos sucessos iniciais no setor de aviação, o centro ampliará seu escopo para abordar fontes globais adicionais de emissões – publicando e compartilhando suas descobertas para que empresas, indústrias e governos possam se beneficiar de trabalhos que irão acelerar a adoção e a implementação de estratégias de captura natural de carbono em todo o mundo.

O compromisso da FedEx se baseia em um histórico de práticas sustentáveis. Desde 2009, os esforços da empresa contribuíram para uma redução de aproximadamente 40% na intensidade das emissões de CO² em toda a companhia, enquanto o volume de pacotes aumentou 99% durante esse período. Recentemente, a FedEx foi classificada em primeiro lugar em seu setor na lista da JUST Capital’s 2021 de “America’s Most Just Companies”  na categoria de meio ambiente e, em primeiro lugar, na categoria de viagens, transporte e logística da Newsweek  – America’s Most Responsible Companies 2021.

Clientes brasileiros preferem varejistas engajados socialmente e negócios locais

A quarentena transformou os critérios levados em conta pelos consumidores ao escolher um varejista. Segundo o Relatório Varejo 2021, publicado pela plataforma de pagamentos Adyen, 82% dos entrevistados brasileiros concordam que pagar bem os funcionários, contribuir para a comunidade e se preocupar com o meio ambiente se tornaram temas de maior relevância durante a pandemia.

Esse fator ganhou tanta importância que 73% dos entrevistados afirmaram que mudariam o seu trajeto para comprar de um negócio que se engajou socialmente no ano passado.

Outra preocupação que marcou principalmente os primeiros meses da pandemia, quando uma maior parte da população estava seguindo o isolamento social à risca, foi a sobrevivência dos pequenos e médios negócios locais, que muitas vezes não tinham ainda uma operação on-line.

Entre os entrevistados, 71% afirmaram que comprariam mais de negócios locais por desejarem que eles permanecessem abertos. E 76% dizem pretender continuar comprando de varejistas com os quais contaram durante a pandemia. O Relatório Varejo 2021 entrevistou de forma on-line 2 mil consumidores de todas as regiões brasileiras.

Experiências de compra ruins

Dados coletados anteriormente pela Adyen mostram, também, que experiências de compras ruins geram mais de US$ 2,5 trilhões de perdas às empresas. Desse total, US$ 481 bilhões são resultado de produtos fora de estoque; US$ 370 bilhões, de filas longas; e US$ 251 bilhões, de falta de opções cross-channel.

Os varejistas vêm se esforçando, há muito tempo, para criar pontos de contato com os clientes: loja física, loja on-line, aplicativo. Mas o advento das compras digitais levou muitos clientes que só compravam na loja física a comprar na loja on-line, e a experiência de pagamento da loja física ainda tem muito atrito”, afirma o lead de Produtos para Varejo da Adyen para a América Latina, Rodrygo Moço.

Ou seja: por causa das facilidades do mundo on-line, os clientes estão mais exigentes também no físico. “O omnichannel está na moda há muito tempo, mas muitos varejistas entendem isso apenas como: ‘tínhamos só loja física e agora precisamos outro canal de contato’. Eles se esquecem de integrar os pagamentos, que influenciam bastante no funil de conversão e na experiência. E, se na hora do pagamento o cliente tiver uma experiência ruim, ele não volta mais. ”

Entre as empresas atendidas pela Adyen no Brasil, estão Amaro, MadeiraMadeira, Uber, 99, Magazine Luiza e Via Varejo.

 

Ex-executivo do Walmart cria startup de entregas em caixas reutilizáveis

O aumento das compras on-line durante a pandemia criou pilhas de caixas nas portas de casas nos Estados Unidos. Um ex-executivo do Walmart e especialista em logística quer reduzir as montanhas de papelão.

Nate Faust, que por anos trabalhou ao lado do responsável pelas vendas on-line do Walmart Marc Lore, que saiu da empresa recentemente, estreou na última quarta-feira (17), um serviço de entrega chamado Olive, que consolida pedidos de marcas de moda como Michael Kors, Coach e Stuart Weitzman.

O serviço reunirá itens de mais de 100 marcas em seus dois centros, onde as caixas serão recicladas enquanto as mercadorias são enviadas aos consumidores sem custo extra em um contêiner reutilizável.

Faust, de 41 anos, reconhece que os clientes terão que esperar mais para receberem seus pedidos. Mas ele aposta que consumidores abastados e frequentes que lideram as compras de moda on-line não se importarão em esperar alguns dias extras para obter todas as compras em uma embalagem organizada. Itens indesejados podem ser devolvidos na mesma embalagem na porta de casa.

Ele teve a ideia de criar a Olive depois de observar pilhas de papelão nas calçadas de seus vizinhos em uma rua em Nova Jersey.

“Pensei: ‘Isso é loucura, depois de anos de comércio eletrônico, ainda é a experiência de entrega status quo’”, disse Faust, que cofundou a Jet.com com Lore antes de vendê-la ao Walmart por US$ 3,3 bilhões em 2016. Com a Olive, “é assim que o e-commerce deve funcionar, do ponto de vista do consumidor e de uma perspectiva ambiental”.

Logística da Olive

A Olive, que opera tanto como um aplicativo quanto como uma extensão no navegador em sites de parceiros, lucra ao receber cerca de 10% de cada pedido que consolida de suas marcas afiliadas, que incluem Adidas, Everlane e Hunter. O serviço conta com a Primary Venture Partners, Invus e SignalFire entre seus investidores.

A Olive, por sua vez, paga sua rede de transportadoras, que cuida das entregas e devoluções. Os clientes dizem à Olive quais itens não querem e, em seguida, deixam a caixa reutilizável na entrada da residência.

Comércio deve participar da segunda fase do sistema de logística reversa de eletroeletrônicos

Etapa entrou em vigor em janeiro deste ano; integrantes da cadeia terão de coletar e reciclar 1% de tudo o que a indústria produziu em 2018.

Participação no sistema de logística reversa é obrigatória a fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes no Estado e no município.

O não cumprimento das regras do sistema de logística reversa da cadeia de eletroeletrônicos de uso doméstico – instituído pelo Decreto 10.240, de 2020 –, que deu início à sua segunda fase no dia 1º de janeiro deste ano, pode levar à suspensão de licenças de funcionamento ou à não concessão de licença de importação, por exemplo. Dependendo do caso, as multas aplicadas podem chegar a R$ 50 milhões.

Entre os objetivos da fase está a instalação de pontos de recebimento ou de consolidação, de acordo com o cronograma previsto no anexo II do decreto em 24 cidades de 12 Estados: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo – além do Distrito Federal.

Como a participação no sistema de logística reversa é obrigatória a fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, conforme prevê a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei 12.305/2010; no Estado de São Paulo pela Resolução SMA 45/2015; e no município de São Paulo, pela Lei municipal 17.471/2020, agora, os integrantes dessa cadeia terão de coletar e dar a destinação ambientalmente adequada, preferencialmente reciclagem a 1% de tudo o que a indústria e os importadores colocaram no mercado brasileiro em 2018. Por isso, é importante a instalação de pontos de recebimento ou de consolidação em mais cidades. As 32 cidades paulistas selecionadas para receber novos pontos de entrega em 2021 são:

Araçatuba, Araraquara, Barueri, Bragança Paulista, Carapicuíba, Cubatão, Diadema, Francisco Morato, Guarujá, Hortolândia, Indaiatuba, Itapecerica da Serra, Itapetininga, Itapevi, Itu, Jacareí, Jundiaí, Limeira, Marília, Osasco, Paulínia, Pindamonhangaba, Piracicaba, Presidente Prudente, Rio Claro, Santa Bárbara d’Oeste, Santana de Parnaíba, Santo André, São Carlos, Sorocaba, Suzano e Várzea Paulista.

O sistema de logística reversa inclui o descarte dos produtos eletroeletrônicos pós-consumo pelos consumidores domésticos nos pontos de recebimento (também chamados de “pontos de entrega” ou “pontos de coleta”) instalados no comércio para posterior retirada pelos fabricantes/importadores para destinação ambientalmente adequada.

Ao aderir ao sistema, o comerciante e o distribuidor de produtos eletroeletrônicos assumem as seguintes obrigações previstas nos artigos 36 e 35 do decreto.

Comerciante

*Informar aos consumidores, nos pontos de recebimento, acerca das responsabilidades de que trata o capítulo VIII.

*Receber, acondicionar e armazenar temporariamente os produtos eletroeletrônicos descartados pelos consumidores nos pontos de recebimento e efetuar a devolução dos produtos aos fabricantes e aos importadores, observados os requisitos do manual operacional básico e do instrumento formal firmado com a entidade gestora ou com a empresa.

*Participar da execução dos planos de comunicação e de educação ambiental não formal.

*Disponibilizar aos órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), quando solicitado, relatório para verificação do cumprimento das ações de sua responsabilidade previstas nesse decreto, resguardado o sigilo das informações, mediante solicitação e justificativa.

Distribuidor

*Incentivar, por meio de suas entidades representativas ou por meio de acordos ou contratos, a adesão às entidades gestoras ou à participação individual ao sistema de logística reversa dos estabelecimentos varejistas que façam parte de sua cadeia comercial.

*Informar aos estabelecimentos varejistas que fazem parte de sua cadeia comercial sobre o processo de operacionalização do sistema de logística reversa.

*Disponibilizar ou custear os espaços físicos para os pontos de consolidação a serem utilizados no sistema de logística reversa, observados os requisitos do manual operacional básico.

*Disponibilizar, quando solicitado pelos órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), relatório para verificação do cumprimento das ações de sua responsabilidade previstas no decreto.

FecomercioSP e o sistema de logística reversa de eletrônicos

As entidades gestoras Gestora de Resíduos Eletroeletrônicos Nacional – Green Eletron  e a Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (Abree) vêm atuando na estruturação do sistema de logística reversa de eletroeletrônicos em todo o País. Na primeira fase, vigente de 12 de fevereiro a 31 de dezembro do ano passado, foi criado o Grupo de Acompanhamento de Performance (GAP), do qual a Confederação Nacional do Comércio (CNC) é integrante, sendo representada pelas assessoras do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP.

A FecomercioSP também faz parte do Termo de Compromisso para a logística reversa de eletroeletrônicos no Estado de São Paulo desde 2017 e do Plano de Logística reversa da Abree desde 2019 e atua na divulgação para as empresas em prol da adesão destas ao citado sistema e a instalação de pontos de recebimento, como o localizado em nossa sede. Para aderir ao sistema ou esclarecer dúvidas, envie um e-mail para logisticareversa@fecomercio.com.br.

 

Empresas de e-commerce gastam até 8,5% do faturamento com impressões fiscais

Além do impacto ambiental, a burocracia para a emissão e a impressão dos documentos fiscais obrigatórios pode representar um custo de até 8,5% do faturamento anual das empresas de e-commerce, considerando o gasto com folhas, tinta de impressora e outros insumos necessários, segundo estimativa da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). Além disso, os processos de impressão desses documentos podem consumir até 31 dias de um ano de trabalho, impactando diretamente a produtividade das empresas.

O e-commerce brasileiro utilizou aproximadamente 2,4 bilhões de folha para impressão em todas as transações feitas em 2019, segundo levantamento da FecomercioSP. O número se refere às quase 150 milhões de compras realizadas no comércio eletrônico durante o ano. Só no primeiro semestre de 2020, o volume de papel aumentou: estima-se que foram feitas 1,6 bilhão de impressões para dar conta dos 91 milhões de pedidos no período.

São por números como esses que a FecomercioSP, em parceria com outras instituições do setor, tem atuado há mais de um ano por uma logística sem papel no e-commerce. Segundo o site GUS.digital, as principais propostas da entidade giram em torno do fim da obrigatoriedade da impressão de documentos fiscais para o envio de mercadorias.

Hoje, em razão dos processos burocráticos exigidos pelas Secretarias da Fazenda Estaduais, por exemplo, até 16 documentos fiscais são obrigatoriamente utilizados em cada transação feita no comércio eletrônico, sendo que todos poderiam ser disponibilizados digitalmente.

Para o consumidor final, há ainda a questão da segurança, já que o documento fiscal anexo às mercadorias circula com suas informações pessoais, como nome, endereço, telefone, CPF e valor do produto.

Como a logística sem papel pode diminuir a burocracia?

Como parte do projeto Logística Sem Papel, a FecomercioSP se reúne a entidades representativas dos setores de comércio, logística e transporte, e tem três propostas principais para desburocratizar o processo de entrega de mercadorias do e-commerce, como também do varejo físico.

O primeiro deles é acabar com a obrigação de que alguns comprovantes fiscais sejam emitidos em papel, como o Documento Auxiliar do Manifesto de Documentos Fiscais Eletrônicos (DAMDFE), o Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico (Dacte) e o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) – esses dois últimos são impressos para cada mercadoria adquirida. A ideia é que eles sejam disponibilizados apenas em versões digitais, com código QR com informações sobre a mercadoria e o transporte.

Para as entidades envolvidas no projeto, a medida diminuiria custos e tempo de trabalho das empresas na emissão dos documentos e, ao mesmo tempo, tornaria a transação mais segura aos consumidores.

A segunda proposta se volta mais às práticas do setor do que para as regulações públicas. Ela sustenta que os comércios on-line e físico iniciem projetos de otimização dos seus processos, com o objetivo de reduzir a burocracia na emissão e impressão de determinados documentos. Isso passa por deixar de imprimir contratos, guias, boletos e comprovantes, tornando-os digitais.

Por fim, a terceira proposta do Logística Sem Papel é que o poder público simplifique as regras vigentes para disponibilização de documentos fiscais. Isso passa tanto pela digitalização de serviços públicos, reduzindo a impressão de papéis e estimulando o uso de dispositivos digitais, como pela redução da carga tributária, o que incentivaria as empresas do setor a investir em suas operações, gerando mais empregos e crescimento econômico.

Todas essas propostas podem se materializar facilmente no Brasil, onde quase todos os habitantes têm dispositivos móveis e que dispõe de um setor de e-commerce estruturado em praticamente todas as regiões.

 

Transformação cultural e o futuro do varejo: insights NRF 2021

Nesse início de ano, tivemos a oportunidade de palestrar no Retail’s Big Show, maior evento de varejo do mundo, promovido pela National Retail Federation (NRF). Abordamos no evento o tema “Consumidor do Amanhã” com base no estudo de movimentações culturais e comportamentais que a Mosaiclab realizou em 17 países, incluindo Brasil.

Refletimos na sessão sobre algumas tendências, como:

Aceleração da hiperconveniência

  • Compras mais inteligentes e rápidas e importância do last mile;
  • Impacto de Big Datae análise preditiva em recomendações sobre compra;
  • Recomendações feitas por pessoas reais ou virtuais baseadas em uso de Inteligência Artificial;
  • Maior abertura para serviços de assinatura; aluguel em vez de compra;
  • Forte desejo pela real ominicanalidade;
  • Valorização do consumo de proximidade.

Maior busca por experienciar, pelo sentir

  • Crescimento do consumo intuitivo, privilegiando o que o consumidor “sente” ao consumir algo;
  • Desejo latente experenciar o novo no futuro, mesmo entre pessoas que antes de 2020 não tinham essa aspiração devido à pressão do isolamento (viajar, sair, busca por entretenimento inovador, etc.);
  • Virtualização das experiências, smart shop experienceslive commerce, metaverso.

Valorização e respeito ao meio ambiente e humanos (indivíduo, coletivo e aceitação das diferenças)

  • Crescimento da importância da inclusão genuína;
  • Sustentabilidade ambiental cada vez mais latente como preocupação para a sociedade;
  • Sustentabilidade humana, tendência que emergiu nesse estudo que trata da importância da qualidade de vida visando acesso e equilíbrio de três pilares: saúde e bem-estar, segurança emocional, física e digital e desenvolvimento educacional;
  • Busca da hiperpersonalização.

O interessante é que muitas dessas tendências apontadas também foram abordadas em outras palestras e no pavilhão de inovações do evento. Compartilho aqui algumas soluções apresentadas na NRF 2021 alinhadas com as tendências e buscas do “Consumidor do Amanhã”:

Aceleração da hiperconveniência

  • Alkemics: plataforma de colaboração para varejistas com foco em omnichannel;
  • Shopopop: líder de entrega colaborativa na Europa;
  • Verteego: plataforma preditiva com inteligência artificial;
  • Fabric: centro de distribuição automatizado;
  • Stylumia: previsão com inteligência artificial de tendências da moda.

Maior busca por experienciar, pelo sentir

Valorização e respeito ao meio ambiente e humanos (indivíduo, coletivo e aceitação das diferenças)

  • AFC: Ecoplásticos;
  • Wipro: tecnologia da informação e a preocupação com diversidade.

Acompanhar as tendências de consumo possibilita antecipar ações, inovar e engajar consumidores de forma mais efetiva. O evento deste ano reforçou o quando é relevante a criação dessas conexões verdadeiras com seus consumidores e o papel da tecnologia além do olhar humano nesse engajamento.

* “Tommorow’s Consumer – Consumidor do Amanhã” é um estudo de tendências realizado em 17 países (Brasil, Chile, Argentina, Colômbia, Peru, Canadá, Estados Unidos, México, Reino Unido, Alemanha, França, Holanda, Portugal, África do Sul, China, Japão e Austrália.) Concepção, desenvolvimento e análise realizados pela Mosaiclab e campo on-line em parceria com a Toluna. Foram analisadas pela Mosaiclab mais de 500 variáveis tendências em comportamento e consumo, além de um extenso trabalho de cool hunting e data analytics.

Karen Cavalcanti é sócia-diretora da Mosaiclab, área de inteligência de mercado do Gouvêa Ecosystem

Perspectivas 2021: Salto digital guia negócios

Ano será marcado pela consolidação de tendências como maior autonomia profissional e companhias transformadas em plataformas digitais de produtos e serviços.

Profissionais mais autônomos, líderes menos controladores, empresas transformadas em grandes plataformas digitais, explosão de startups, consumidores exigentes. Bem-vindo a 2021, o ano em que o mundo dos negócios e o mercado de trabalho vão consolidar as mudanças aceleradas pela pandemia. De cara nova, terão que se adaptar a uma realidade cada vez mais tecnológica e encontrar um ponto de equilíbrio entre o físico e o remoto.

— A pandemia acelerou a digitalização do mundo em uma década ao menos. Em 2030, teremos cem vezes mais startups de tecnologia resolvendo problemas dos mais simples aos mais complexos. A opção de trabalhar remotamente veio para ficar. Isso será ótimo para cidades pequenas e médias com boa infraestrutura digital e qualidade de vida. As empresas de tecnologia serão majoritariamente virtuais — diz Reinaldo Normand, CEO da Innovalab, empresa de educação no Vale do Silício que prepara alunos e educadores para o mundo tecnológico.

José Augusto Figueiredo, country manager do Grupo Adecco, de consultoria de recursos humanos, aponta a valorização da autonomia.

— Os funcionários estão com mais liberdade. O profissional se torna mais empreendedor, e isso descamba para as startups, para a proliferação de pequenos negócios.

Figueiredo destaca que as empresas estão virando plataformas de negócios e vão requerer profissionais diferentes. Para atrair os consumidores nesse novo mundo, saem na frente as empresas que não oferecem apenas produtos e serviços, mas também um propósito. Preservação ambiental, ética e bem-estar passam a ser diferenciais.

Leilão do 5G será marco

Ainda no primeiro semestre deste ano, as atenções do mundo da telecomunicação estarão voltadas para o Brasil, com a realização do leilão do 5G, apontado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como a maior oferta pública do mundo de capacidade para a tecnologia móvel de quinta geração. Será também o maior leilão de radiofrequências da História do país.

— O 5G é mais que um upgrade do 4G: traz vantagens técnicas muito importantes que vão permitir o desenvolvimento de uma série de novas aplicações— afirma José Rizzo, presidente da Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII).

O professor e pesquisador especializado em cidades inteligentes André Luiz Azevedo Guedes lembra que a experiência de países onde o 5G já opera, ainda que de forma experimental, mostra avanços em áreas como planejamento urbano, energia, transporte, saúde, segurança e meio ambiente.

Brasil lidera transição verde

Queimadas, desmatamento, escassez de água, fome e desigualdade são desafios do planeta. A vastidão de recursos naturais faz do Brasil um dos mais importantes atores nessa nova visão de produção. Estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) calcula que o país terá um saldo de 440 mil novos empregos se adotar os princípios da economia verde. É o resultado de 180 mil empregos que seriam perdidos e 620 mil vagas abertas nesse mercado mais sustentável. No mundo, seriam 18 milhões de novas vagas.

— O Brasil já tem uma matriz energética renovável muito maior do que a maioria dos países e uma crescente participação, com potencial muito grande, de energia solar e eólica. O gás natural pode ser matéria-prima para geração de energia, muito menos poluente. E o potencial agropecuário brasileiro pode dobrar de produção sem tocar em um metro quadrado da Amazônia — diz o presidente do Conselho Curador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebrid), José Pio Borges.

Ciência de dados ganha força

Por trás dos melhores planos para conquistar clientes, lançar um novo produto, controlar estoque ou formular uma política pública, há uma estratégia comum: a coleta, o processamento e a interpretação de dados.

No mundo cada vez mais tecnológico, reunir informações e saber o que fazer com elas tornou-se um ativo precioso. É nesse contexto que a Ciência de Dados ganha relevância e forma profissionais cada vez mais procurados no mercado.

— O que o gestor faz é tomar decisão e, quando tem dados de qualidade, ele tem uma tomada de decisão com menor risco. As organizações foram aumentando muito o acúmulo de dados, os mecanismos de armazenagem ficaram mais baratos e, de uns oito anos para cá, essa capacidade analítica explodiu. O Big Data trouxe capacidade de analisar dados não estruturados, que não estão organizados, mas você vai cruzá-los e entender comportamentos interessantes — resume a professora Elaine Tavares, diretora do Copada/UFRJ.

Home office será frequente

Fundador da Turbe, Matheus Goya chama atenção para a diferença da geração home office 2021 para os profissionais que já faziam trabalho remoto antes da pandemia:

— Uma coisa é a pessoa ter a prerrogativa de trabalhar de casa. Outra coisa é o home office forçado, que gera uma carga de trabalho muito maior na vida pessoal, com as crianças fora da escola e muitas vezes sem a casa estar preparada para o trabalho remoto. De qualquer forma, o mundo nunca mais vai ter a mesma configuração de trabalho, vai existir um nível muito maior de flexibilização — diz Goya.

IA transforma medicina

Em 2020, os profissionais da área da saúde precisaram se reinventar para enfrentar uma situação inédita na História. Em 2021, não será diferente. As Sociedades Brasileiras de Patologia e de Cirurgia Oncológica estimam que, apenas nos dois primeiros meses de pandemia, 50 mil brasileiros deixaram de ser diagnosticados com câncer porque evitaram fazer consultas e exames.

Para atender a demandas novas e reprimidas, a tecnologia é um aliado importante. A inteligência artificial, em especial, tem um grande potencial de apoiar os profissionais na análise preditiva, no diagnóstico e na documentação clínica.

Exames de imagem, por exemplo, já são processados por algoritmos que identificam padrões com uma rapidez muito maior do que o olhar humano. Na sequência, sugerem análises para a equipe médica, que assim baseia seus diagnósticos com mais agilidade, precisão e eficiência.

— A inteligência artificial necessita de dados. Quanto mais dados, mais precisa ela é. Por isso, precisamos de um sistema de prontuário eletrônico unificado para o Brasil — explica o pesquisador Alexandre Chiavenato Filho, coordenador do Laboratório de Big Data e Análise Preditiva em Saúde da Universidade de São Paulo.

Telemedicina conquista pacientes

A regulamentação atual para a telemedicina no Brasil data de 2002. Em 2018, ela foi atualizada, mas as mudanças acabaram sendo descartadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para que o debate sobre o assunto fosse retomado. Em 2020, a realidade se impôs: com a pandemia, o atendimento médico à distância foi autorizado pelo CFM, em caráter emergencial, enquanto durar a situação de emergência em saúde pública.

A adesão foi rápida: apenas no primeiro semestre, mais de 73 milhões de brasileiros foram atendidos pelo TeleSus.

A rede de centros médicos dr.consulta, que conta com 1.400 médicos, de 27 especialidades, instaurou um sistema de teleatendimento ainda em março, em apenas nove dias. Atualmente, gerencia duas mil consultas on-line por dia, realizadas por 300 médicos.

Num cenário de envelhecimento da população, a procura por consultas on-line tende a se multiplicar.

Ensino à distância evolui

Quando as escolas se viram forçadas a migrar para o ensino à distância do dia para a noite, 89% dos professores da rede pública não tinham experiência em dar aulas remotas. Superado o primeiro contato, 21% ainda relatavam grandes dificuldades para lidar com as tecnologias digitais.

A educação à distância foi implementada no ensino básico de forma abrupta. A pandemia chegou ao Brasil em fevereiro de 2020, e em abril, segundo o instituto Datafolha, 74% dos estudantes das redes municipais e estaduais de todo o país já estavam recebendo aulas não presenciais.

Para Guilherme Cintra, diretor de Estratégia da Eleva Next, área de inovação do grupo de educação Eleva, o caminho está na formação híbrida, conciliando atividades presenciais e remotas. Ele avalia que o ensino médio, em especial, poderia se beneficiar de uma carga horária de 20% à distância.

— O ensino híbrido traz possibilidades nas metodologias ativas. Com ele, você sabe se o aluno está fazendo as questões, quanto tempo ele passa em cada uma.

Profissões tecnológicas em alta

Especialistas em inteligência artificial, machine learning e ciência de dados aplicada a marketing. Essas serão algumas das profissões mais disputadas pelas empresas nos próximos anos. A conclusão está no relatório “The future of job 2020”, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial em dezembro.

O estudo indica que a tecnologia vai criar mais postos de trabalho, 97 milhões, do que os 85 milhões que serão eliminados. Atividades repetitivas vão cair dos atuais 15,4% do total de vagas para ocupar 9% em 2025, enquanto que as profissões emergentes, que atendem, principalmente, à interação entre humanos, máquinas e algoritmos, vão saltar de 7,8% para 13,5%.

Durante o período de isolamento social e abandono dos escritórios, foi graças a profissionais como os de segurança da informação, os desenvolvedores e os engenheiros de dados que a economia pôde avançar na transformação digital.

Num cenário de open banking e novos modos de pagamento, incluindo o Pix, as áreas de finanças e contabilidade também ganham destaque. Para o PageGroup, um dos postos mais valorizados nesse contexto é o de coordenador de controladoria, que atrai analistas contábeis capazes de oferecer insights e revisões que vão além do operacional e agregam sugestões de melhorias de processos e redução de custos.

Novidades no streaming continuam

O ano da pandemia e do consequente isolamento social representou o boom do streaming no Brasil. O Globoplay registrou alta de 145% na base de assinantes só no primeiro semestre do ano passado. Com a estreia do Disney Plus no Brasil e a expectativa da chegada do HBO Max, o streaming pode crescer ainda mais no país.

A Disney Plus começou a operar no Brasil no fim do ano passado e já chamou a atenção do público com o lançamento da animação da Pixar “Soul”. Todas as animações da Pixar e produções da Marvel, da própria Disney e da National Geographic estão no catálogo. A empresa promete lançar em 2021 outras séries e filmes exclusivos na plataforma.

Para o diretor executivo do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro e professor de Inovação no Instituto da Universidade Harvard Fabro Steibel, 2021 é um ano de consolidação do streaming.

O professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da UFRGS Alex Primo lembra que essas novidades permitem também novas formas de consumir entretenimento, como poder ver o mesmo filme com os amigos, cada um na sua casa.

Van elétrica da Amazon já faz entregas nas ruas de Los Angeles

A van elétrica para entregas da Amazon foi identificada por um morador de Los Angeles. Desenvolvido pela startup norte-americana Rivian, o veículo em fase de testes já realiza entregas em alguns bairros da cidade californiana.

A foto foi tirada em dezembro de 2020 e é uma das primeiras imagens do furgão atuando efetivamente nas ruas norte-americanas. Anteriormente, apenas os primeiros protótipos foram vistos em rodovias durante os períodos de testes da montadora.

Hoje, a Amazon é um dos principais investidores da Rivian. Com isso, a gigante do comércio eletrônico fez um acordo com a montadora especializada em elétricos para o desenvolvimento de uma frota de vans personalizadas para entregas.

Azul e com o logo da loja virtual, o modelo traz um sistema inteligente de alerta de pedestres. Assim, ele emite uma melodia bem curiosa enquanto está em movimento ou estacionado com o motor ligado.

De acordo com as informações, o sistema de alerta é obrigatório para esses modelos de carros elétricos nos EUA. No entanto, é possível que o sinal sonoro emitido possa mudar antes do início da produção final da frota da Amazon.

Frota inteiramente elétrica com 100 mil unidades

Conforme o comunicado divulgado pelas companhias, o acordo entre a Amazon e a Rivian envolve a fabricação de 10 mil vans elétricas até 2022. Mais adiante, a expectativa é que a frota completa tenha 100 mil unidades personalizadas em 2030.

Os modelos desenvolvidos pela startup têm diversos recursos, como câmeras na parte externa que oferecem uma visão 360º aos motoristas. Eles também possuem integração com a assistente virtual Alexa e um software de direção especial para rodovias.

Essa é uma das ações da companhia liderada por Jeff Bezos para zerar as emissões de carbono em suas operações até 2040. Atualmente, a loja virtual já possui uma limitada frota de veículos elétricos atuando em certos países – incluindo bicicletas elétricas.