DHL Express compra oito aviões para entrega expressa internacional

A DHL Express, líder mundial de serviços expressos, e a Boeing anunciam que a empresa de logística realizou o pedido de oito novos aviões de carga Boeing 777, adicionais à compra de outras 14 aeronaves divulgada em 2018.
O investimento marca mais um passo na expansão da DHL Express em sua rede aérea intercontinental, que busca atender à crescente demanda de clientes nos mercados de entrega expressa internacional. As primeiras entregas estão previstas para 2022.

“Embora a atual crise de saúde tenha deixado muitas áreas da vida em espera, o comércio global não parou. Impulsionado pela globalização, digitalização e demanda sem precedentes de nossos clientes durante a recente alta temporada, nosso volume global de comércio eletrônico cresceu mais de 40% no quarto trimestre. Ao encomendar oito novos cargueiros de fuselagem larga, reforçamos nossa crença de que o e-commerce é uma megatendência duradoura. Por isso, decidimos agir cedo e começar 2021 com esse investimento em nosso futuro. ” – afirma John Pearson, CEO Global da DHL Express.

Maior cargueiro bimotor do mundo, o B777 oferece suporte ao futuro crescimento dos negócios, ao mesmo tempo em que apresenta confiabilidade excepcional. Além disso, a aeronave também contribui com metas de sustentabilidade, devido a sua tecnologia de baixo consumo de combustível, que reduz as emissões de CO2 em 18%, em comparação aos B747-400s mais antigos.

“Uma rede aérea altamente eficiente e confiável é a chave para que as nossas capacidades de serviço permitam um crescimento futuro. Estamos comprometidos em prover serviços eficientes e da mais alta qualidade aos nossos clientes, dentro dos menores prazos de trânsito possíveis. Ao mesmo tempo, também nos comprometemos em reduzir nossas emissões de carbono mediante a modernização de nossa frota, com o tipo de aeronave mais eficiente disponível na indústria atual. O Boieng 777 se encaixa em nossa rede intercontinental e complementa perfeitamente nosso objetivo sustentável de alcançar zero emissões líquidas até 2050.” – Travis Cobb, vice-presidente executivo de operações da Rede Global e Aviação da DHL Express.

O cargueiro B777 é o maior, de mais longo alcance e o mais eficiente cargueiro bimotor do mundo, com alcance de 9.200 km (4.970 milhas náuticas) e pode carregar uma carga útil máxima de 102.010 kg (224.900 libras). Ele permite que a DHL Express faça menos paradas e reduza custos de pouso associados em rotas de longa distância, o que resulta no menor custo de viagem de qualquer grande cargueiro.

A previsão de carga aérea global da Boeing para 2020 antecipa um aumento significativo na demanda por cargueiros novos e convertidos, com crescimento da frota de mais de 60% nos próximos 20 anos. Isso se reflete na alta demanda por remessas transfronteiriças com prazo definido que a DHL Express tem experimentado. Por esse motivo, as duas empresas também concordaram em opções e direitos de compra de quatro aeronaves adicionais.

“Não podemos negar o tamanho crescimento do e-commerce cross border nesses últimos meses. O consumo digital mundial e brasileiro sofreu um impacto mais do que notório com a implantação do distanciamento social e pudemos ver com bastante destaque como as barreiras territoriais deixaram de ser uma questão. O investimento em aeronaves é pensado de acordo com as novas necessidades globais, que não serão exclusivas ao ano de 2020.” – Mirele Mautschke, CEO da DHL no Brasil.

Com esta etapa, a DHL Express ressalta seu compromisso de longo prazo como facilitador de comércio global. A empresa opera mais de 260 aeronaves dedicadas, com 17 companhias aéreas parceiras e cerca de 600 voos diários em mais de 220 países e territórios.

GM abre sua própria empresa de delivery com vans elétricas e Fedex será seu primeiro cliente

A General Motors está desenvolvendo uma nova marca de veículos para vender vans elétricas para delivery nos Estados Unidos e Canadá a partir deste ano.

Chamada BrightDrop, a nova marca tem trabalhado com a FedEx para testar o novo sistema de entrega, e a FedEx Express será seu primeiro cliente. Além das vans, a BrightDrop também oferecerá um palete elétrico motorizado, controlado por courier, que transportará os pacotes dos caminhões até as portas das casas.

Segundo a GM, os paletes elétricos motorizados, chamados de EP1, serão entregues à FedEx no início deste ano, e as primeiras 500 vans, chamadas de EV600, no final deste ano. A montadora espera começar a entregar vans para clientes que não sejam a FedEx no início de 2022.

Outras empresas expressaram interesse nos produtos, como contou Pamela Fletcher, vice-presidente da GM de inovação global, mas a empresa não identificou nenhum cliente potencial até o momento.

A BrightDrop da GM se junta a uma série de startups que estão entrando no setor de vans elétricas para delivery. A Rivian, mais conhecida por seus modelos de picape elétrica e SUVs ainda a serem lançados, também está trabalhando em vans de entrega para a Amazon, um grande investidor.

A Canoo, uma empresa que lançou o conceito de veículo elétrico autônomo em 2019, recentemente anunciou planos para sua própria van de delivery. A startup Arrival, do Reino Unido, que recebeu financiamento da Hyundai, também está testando vans elétricas para entrega.

“Embora seja uma meta ambiciosa lançar sua própria plataforma comercial de entrega, é um bom momento para a GM, considerando o boom do comércio eletrônico visto nos últimos 10 meses”

disse Jessica Caldwell, analista da indústria automotiva da Edmunds

Espera-se que a demanda por entregas last mile (última milha em inglês, a parte final da entrega do produto) cresça 78% até 2030, disse a GM em um comunicado, citando um Estudo do Fórum Econômico Mundial.

A GM planeja criar uma nova rede de revendedores separada para a BrightDrop. A empresa não compartilhou informações sobre o custo dos veículos ou como essa rede de revendedores será estruturada.

A BrightDrop EV600 será capaz de rodar até 400 quilômetros com uma carga completa, de acordo com a GM. Com um carregamento rápido, ela pode obter a potência para rodar até 270 quilômetros em uma hora, de acordo com a GM.

O palete motorizado EP1 que a FedEx vem testando é algo como um armário sobre rodas. Com uma velocidade máxima de 5 km/h, ele tem motores elétricos para ajudá-lo a se mover por calçadas ou passarelas até chegar a uma casa. Um EP1 pode transportar até 90 kg. Durante um programa piloto, os entregadores da FedEx Express conseguiram manusear 25% mais pacotes usando o EP1, de acordo com a GM.

O EP1 pode funcionar com qualquer van, disse a GM. A BrightDrop ajudará os clientes a modificar outras vans em suas frotas para trabalhar com o EP1 e os clientes podem usar uma plataforma elevatória padrão para colocar o EP1 dentro e fora da van. A GM também publicou uma animação de uma van conceito em seu site da CES, com aberturas na lateral e um elevador embutido para carregar vários EP1s com mais rapidez.

A BrightDrop também está trabalhando em um veículo de entrega de “média distância”, que pode transportar vários EP1s em grandes áreas fechadas, como campi ou grandes centros de distribuição.
Assim como muitos veículos elétricos, a van e o EP1 fornecerão informações em tempo real sobre sua localização e carga da bateria.

B2W Digital já fez 1 milhão de entregas com bicicletas

Investindo cada vez mais em melhores soluções logísticas e práticas sustentáveis, a B2W Digital adquire uma frota de bicicletas elétricas para auxiliar a operação. Ao todo, serão mais de 50 veículos, sendo 30 para entregas de pedidos feitos nos sites e apps da Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato, e outros 20 para o Supermercado Now, plataforma de supermercado on-line da B2W.
Com grande experiência em entregas feitas neste tipo de modal, a companhia fechou o terceiro trimestre de 2020 com mais de um milhão de pedidos entregues por bicicletas convencionais, número duas vezes maior que todo o ano de 2019.

O projeto de expansão das bicicletas elétricas começa neste ano com foco em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas será expandido para outros estados já em 2021. O objetivo é aumentar a frota própria de bicicletas da companhia para entregas de curta distância. As entregas por bike diminuem as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e permitem à B2W avançar em seu compromisso com o ODS 13, da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que incentiva medidas contra a mudança global do clima.

“A bicicleta é um dos meios mais eficientes de se deslocar nos grandes centros e, por isso, estamos investindo cada vez mais neste tipo de modal. Com isso, entregamos mais rápido e reduzimos a emissão de carbono no meio ambiente. Só este ano, já realizamos mais de um milhão de entregas por bikes e evitamos a emissão de aproximadamente 90 toneladas de CO2e. Isso representa um crescimento de 91% comparado ao último ano, quando evitamos a emissão de 47 toneladas de CO2e.” – Raoni Lapagesse, diretor de Relações com Investidores da B2W Digital.

Todas as novas bicicletas elétricas são cargueiras e permitem transportar até 180 kg – o equivalente a aproximadamente 200 caixas de bombom -, aumentando consideravelmente o sortimento de produtos entregues com este modal hoje. A expectativa é que essa nova frota deixe de emitir mais de três mil quilos de CO2e na atmosfera por mês.

O projeto piloto para as entregas com bicicletas elétricas aconteceu em São Paulo, com o Supermercado Now. Cerca de 70% dos pedidos das três lojas onde o modelo foi testado foram feitas com este modal e a B2W decidiu expandir o projeto para as demais marcas. Com o sistema de mini-hubs, a companhia será capaz de se aproximar cada vez mais dos endereços finais, atendendo os clientes com mais agilidade, além de permitir que o entregador consiga fazer mais de uma rota de entrega por dia, aumentando seus ganhos e eficiência.

Para garantir a qualidade e agilidade das entregas por meio de bicicletas, a B2W está oferecendo aos seus parceiros treinamento para utilização das bicicletas elétricas, além das já regulares capacitações de excelência para atendimento ao cliente.

E-commerce pode ser culpado pelo aumento de poluição ambiental, aponta empresa de coleta

O pico nas vendas on-line graças à pandemia teve consequências que vão além da digitalização e mudanças nos hábitos de consumo. Compradores estão tendo dificuldade de descartar corretamente embalagens de produtos e nunca se acumulou tanto papelão nas ruas, segundo a empresa de coleta norte-americana Republic Services.

A companhia relatou um aumento de 25% nas coletas de resíduos feitos em residências. Ao mesmo tempo, a coleta em estabelecimentos comerciais caiu cerca de 30% no último ano.

Diferente do que era visto no passado, as empresas não são mais as únicas responsáveis pelo descarte das embalagens em papelão, tendo em vista a redução da participação das lojas físicas no dia a dia do varejo. Agora, por via de regra, os grandes programas de reciclagem corporativos são substituídos pelo descarte individual – das casas para as calçadas.

Em entrevista ao portal de notícias The Verge, a vice-presidente sênior da Fiber Box Association, um grupo comercial que representa fabricantes de embalagens de papelão ondulado nos Estados Unidos, Rachel Kenyon, as empresas varejistas ainda têm um longo trabalho pela frente para fazer com que suas embalagens mantenham boa circularidade. De acordo com a Agência de Proteção Ambiental do país, os níveis de reciclagem do material têm sido de 90% desde 2011.

O problema das embalagens

A demanda por mais caixas de papelão vem após uma explosão de e-commerce impulsionada pela pandemia em 2020 – o que também acelera a circularidade do material e a capilaridade dos programas de revenda. A Republic Services viu um aumento de 2% na quantidade de papelão revendido no último ano.

No entanto, o problema está relacionado à educação ambiental da população – que, muitas vezes, desconhece as práticas adequadas de descarte. No caso dos Estados Unidos, um desafio adicional tem ligação com a estrutura de coleta nacional: cerca de 40% dos americanos não têm acesso a recipientes para depositar seus recicláveis nas ruas, de acordo com um estudo da SPC, associação que auxilia empresas a definir estratégias efetivas no descarte de embalagens.

A convivência com o lixo já se tornou um desafio para a humanidade, e o problema é ainda mais grave no caso do plástico. Um estudo da revista científica Science estima que mais de 20 milhões de toneladas de resíduos provenientes de polímeros acabarão nos oceanos até 2030. O volume equivale a 11% de todo lixo plástico gerado globalmente.

A Amazon, por exemplo, foi recentemente acusada de contribuir para a poluição plástica nos oceanos. Um relatório da organização sem fins lucrativos da ONG Oceana diz que a varejista despejou 210 milhões de kg de plástico nos oceanos nos últimos anos.

Para manter os bons níveis da última década, há a necessidade de as empresas repensarem o design de seus produtos, favorecendo cada vez mais os componentes recicláveis e de fácil descarte, além de investir em conscientização ambiental e educação de seu público consumidor.

 

Sequoia registra alta de 124% na receita líquida no trimestre

Apesar do impacto da pandemia no segundo trimestre, receita bruta e líquida tiveram alta, com destaque para o faturamento do B2C, que cresceu 191%.

A Sequoia Logística e Transportes S.A, operadora logística de e-commerce e tecnologia, divulgou os seus primeiros resultados trimestrais após realizar em 7 de outubro sua Oferta Inicial de Ações (“IPO”), com listagem no segmento do Novo Mercado da B3.

“Os resultados da Sequoia no 3T20 superaram nossas estimativas e suplantaram o crescimento que temos mantido nos últimos três anos. Estes resultados demonstraram, além da resiliência da empresa no contexto atual da pandemia, a capacidade da companhia em alavancar e aproveitar as oportunidades, mantendo alto nível de serviço e rentabilidade.” – Armando Marchesan Neto, fundador e CEO da Sequoia.

A receita bruta total registrada no 3º trimestre de 2020 atingiu R$ 329,6 milhões, com crescimento de 131,0% em relação ao obtido no mesmo período do ano anterior. Já a receita líquida subiu para R$ 277,5 milhões, incremento de 124% na comparação com o terceiro período de 2019. O EBITDA Ajustado foi a R$ 30,1milhões, tendo crescido 130% versus o obtido no 3º trimestre do ano passado.
O Lucro Líquido Ajustado atingiu R$ 13,9 milhões, (+ 192% ante o 3º Tri de 2019), esse crescimento é reflexo do aumento da receita no período, além da otimização de custos oriundos por densidade de rotas e dos investimentos em automação nos períodos anteriores que já trouxeram resultados positivos para a Companhia.
B2B e B2C

No crescimento nas receitas da Sequoia, destaque para o faturamento bruto obtido com os negócios B2C, que cresceu 191%, arrecadando R? 163,5 milhões. Mas também as vendas no segmento B2B cresceram (109%, somando R$ 130 milhões), em uma trajetória de recuperação em relação ao segundo trimestre de 2020, quando este segmento foi afetado pelos efeitos da pandemia – fechamento de shopping centers e demais lojas físicas.

Contribuíram também para o incremento significativo da receita bruta as vendas agregadas pelas empresas recentemente adquiridas pela Sequoia, a Nowlog, em outubro de 2019, e a Transportadora Americana (TA), em fevereiro de 2020.

“Estamos no início do ciclo de captura de sinergias operacionais e comerciais geradas pelas aquisições, mas já podemos ver a aderência ao plano de ganhos previstos. Estas aquisições nos ajudaram a superar o impacto gerado pelo fechamento de shoppings e comércio de rua. Do 2º para o 3º trimestre, não só nos recuperamos deste impacto como já estamos em um patamar superior, em termos de volume de entregas e faturamento, ao registrado no período pré-Covid — o que demonstra nossa capacidade de diversificação de serviços e ganho de novos clientes.”
“Estas aquisições reforçam a estratégia de negócio da empresa e, somadas a outras conquistas, como importantes contratos conquistados no segmento de e-commerce ao longo dos últimos três anos, nos ajudaram a atingir posição de destaque como um dos maiores operadores logísticos privados de entregas aos consumidores finais. São serviços e soluções integradas que incluem também armazenagem de alta qualidade e transportes especializados (como abastecimento de estabelecimentos comerciais), além de serviços de campo de instalação, desinstalação e troca de equipamentos eletrônicos.”

Recorde de pedidos

“Foi neste trimestre que atingimos o recorde de 120 mil pacotes separados em um dia no nosso Mega Centro de Distribuição do Embu, na grande São Paulo. Esta eficiência é reflexo dos investimentos realizados pela Companhia, principalmente em automação nos processos de separação. Estamos dando continuidade aos investimentos em automação de separação e roteirização de pedidos em nossos Centros de Distribuição e HUBs. Ampliamos assim a nossa capacidade instalada, reduzindo os tempos de processamento e separação dos pedidos e, ao mesmo tempo, obtendo ganhos expressivos na produtividade destas linhas. Também ampliamos a contratação de maior capacidade de infraestrutura de tecnologia. Seguiremos focados e trabalhando em ampliar a presença nacional e em continuamente oferecer soluções inovadoras, com nível de serviço superior ao mercado. Nosso objetivo é nos consolidarmos como a melhor solução de logística e transporte para mercado multicanal (on-line e off-line) no Brasil.”

Aquisição da Direcional e trajetória

Em 22 de agosto passado, a Sequoia adquiriu a Direcional Transportes e Logística S.A. A Direcional é especializada em transporte de cargas “pesadas” fracionadas e e-commerce, operando nos modelos cross doking, door to door, milk run e logística reversa para B2C e B2B.

A aquisição da Direcional Transportes foi concluída em 2 de outubro de 2020, após a satisfação de determinadas condições típicas desse modelo e a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).