Electric Days: Arrow e Jadlog firmam parceria para van elétrica nacional

Inspirada nas vans quadradonas utilizadas em transporte de cargas nos EUA, van nacional será utilizada pela empresa de transportes.

A startup de veículos utilitários Arrow, fundada no Rio Grande do Sul, anunciou durante o Electric Days uma parceria com a Jadlog, empresa de logística e transportes de cargas expressas. O objetivo da colaboração é aprimorar a eficiência e a sustentabilidade das operações de entrega, com a Arrow fornecendo unidades do Arrow One, uma van elétrica urbana desenvolvida no Brasil.

Inspirado nos modelos utilizados pela UPS nos Estados Unidos, o Arrow One segue o conceito “Last Mile” (última milha), que foca na entrega porta a porta para o consumidor final. Lançado em 2022, o utilitário já está em operação por outras empresas de transporte, com cerca de 40 a 50 unidades rodando desde o início de 2024.

Diferenciais do Arrow One

Patenteado pela Arrow, o One foi projetado com inovações que facilitam a operação e otimizam o tempo das entregas. Com o conceito de “Walk-in van” inédito no Brasil, o veículo permite que o motorista acesse a carga sem precisar descer, graças a um corredor interno espaçoso e um layout otimizado para circulação, que elimina obstáculos. Com uma altura interna de 2,10 metros e um volume de carga de 16,5 m³, a van oferece uma carga útil de até 2 toneladas — 60% a mais que outros veículos de porte similar.

Além disso, o acesso ao veículo é facilitado por uma pulseira de aproximação que aciona a trava da porta lateral eletronicamente. Esse recurso poupa tempo e permite economizar cerca de 1 minuto por entrega, o que, somado a outros avanços, permite que motoristas da Jadlog alcancem até 180 entregas diárias, dobrando a média usual de algumas operações.

O painel do Arrow One é composto por duas telas LCD, uma para os instrumentos e outra para o sistema multimídia, que inclui um aplicativo de gestão inteligente de rotas. A porta traseira deslizante evita o uso excessivo de espaço, otimizando a operação nas vias urbanas.

Equipado com um motor elétrico que entrega até 183 cv e 35,7 kgfm de torque, o Arrow One vem com duas opções de baterias fornecidas pela CATL: um conjunto de 70 kWh (dois packs de 35 kWh) e uma versão com 105 kWh (três packs), permitindo que o veículo atinja uma velocidade máxima de 105 km/h.

Em relação ao carregamento, a Arrow optou pelo uso de corrente alternada (AC) a 22 kW, uma alternativa mais acessível, visto que muitos centros logísticos ainda não possuem infraestrutura para carregamento rápido em corrente contínua. Os carregadores de AC para o Arrow One têm custo estimado de R$ 5 mil, viabilizando a implantação de uma infraestrutura de recarga eficiente e economicamente viável.

Impacto Ambiental e Econômico

A parceria entre Arrow e Jadlog vai ao encontro da demanda crescente por soluções logísticas com zero emissões, impulsionada por exigências de clientes corporativos que priorizam práticas ambientalmente responsáveis. Embora o custo inicial dos veículos elétricos seja um desafio, o Arrow One tem demonstrado que os ganhos de produtividade e a redução de emissões compensam esse investimento.

Combinando tecnologia nacional com uma abordagem inovadora para logística urbana, a Arrow e a Jadlog sinalizam um avanço significativo para o setor de entregas no Brasil, promovendo uma operação mais sustentável, ágil e competitiva.

Fonte: “https://insideevs.uol.com.br/news/740910/arrow-van-eletrica-jadlog-transportes/”

 

Fim dos caminhões no Japão? O projeto ambicioso para revolucionar a logística do país

País tem investido em soluções ambiciosas de tecnologia e infraestrutura para driblar o choque demográfico.

Até 2030, o Japão tende a perder até 34% de seus motoristas de caminhão, de acordo com o Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo japonês (MLIT). O motivo é simples: as pessoas têm se aposentado.

O país tem passado por desafios demográficos motivados pelas baixas taxas de natalidade e pelo envelhecimento populacional crescente — um bom sinal de longevidade, mas um problema para a economia.

Por isso, o Japão tem investido em soluções ambiciosas de tecnologia e infraestrutura capazes de compensar o choque demográfico e modernizar setores estratégicos, como o de transportes.

O país, já conhecido por seus hotéis e carros cápsula, agora quer desenvolver também “cápsulas autônomas” para o transporte de cargas, uma substituição para os caminhões — e, de quebra, para os caminhoneiros.

O projeto consiste em desenvolver uma faixa de rodovia exclusiva para automóveis-cápsula que funcionariam de maneira autônoma no transporte de cargas.

Essas cápsulas, que devem ser capazes de transportar mercadorias de até 1,8 m e altura, devem ter suas faixas dispostas ao longo do acostamento ou dos canteiros centrais das pistas, na superfície ou em construções subterrâneas, como a de um metrô, de forma que não atrapalhem o tráfego de carros comuns.

Também deve ser instalada, para “cobrir” as faixas de trânsito das cápsulas, uma redoma toda feita de vidro, a fim de manter as pistas protegidas e de evitar “interferências externas” que possam resultar em danos (ou em roubos) das cargas.

De acordo com o governo japonês, as cápsulas podem substituir até 17 mil pessoas e tirar 25.000 caminhões de carga das estradas, e o projeto deve começar com a instalação de faixas entre as cidades de Tóquio e Osaka, num perímetro de aproximadamente 500 km.

O início das operações, por sua vez, está previsto para 2027, e o governo agora busca por parcerias com empresas de engenharia e infraestrutura que queiram colaborar no desenvolvimento do projeto.

Economia de recursos

Um dos “efeitos colaterais” desse projeto pode ser a economia de luz.

O movimento dos veículos autônomos poderia, a longo prazo, eliminar a necessidade de iluminação nas ruas, caso os veículos usem LiDAR (tecnologia para detecção e alcance por luz) como mecanismo de visão computacional. Com um sistema de transporte autônomo, portanto, seria possível dispensar a iluminação das estradas.

Além disso, a implementação de veículos autônomos programados para operar à noite pode significar um custo operacional mais baixo.

Fonte: “Fim dos caminhões no Japão? O projeto ambicioso para revolucionar a logística do país | Revista Fórum

 

PMEs impulsionam economia brasileira crescendo 8,6% no terceiro trimestre de 2024

O faturamento das pequenas e médias empresas (PMEs) cresceu 8,6% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs). Esse resultado evidencia uma aceleração em comparação ao desempenho observado no primeiro semestre do ano (+4,3% YoY), resultando em um aumento acumulado de 5,8% em relação ao ano anterior.

O IODE-PMEs serve como um indicador econômico das empresas com faturamento anual de até R$50 milhões, abrangendo 701 atividades econômicas, divididas em quatro grandes setores: Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços.

Felipe Beraldi, economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, explica que o crescimento do mercado de PMEs demonstra o bom momento da economia nacional, impulsionado pelo consumo forte das famílias.

O mercado de trabalho mais aquecido, com a taxa de desemprego abaixo de 7% e rendimentos reais em alta, além de uma política fiscal expansionista, com destaque para a ampliação dos programas de transferência de renda, tem impulsionado o consumo doméstico.

“Adicionalmente, ainda que o BCB tenha voltado a elevar as taxas de juros diante das maiores preocupações com a inflação, o ciclo modesto de quedas entre agosto de 2023 e maio de 2024 pode ter beneficiado alguns segmentos do mercado, mesmo que marginalmente”, completa.

As PMEs do setor de Comércio foram as principais responsáveis pela melhora geral, com um crescimento de 15,7% YoY no terceiro trimestre, consolidando a retomada iniciada no trimestre anterior (+4,6% YoY).

Houve avanços tanto no varejo (10,9% YoY) quanto no atacado (17,4% YoY), com destaque para os segmentos de embalagens, alimentos e máquinas e equipamentos para uso industrial. No varejo, destacaram-se produtos farmacêuticos com manipulação de fórmulas, tintas e materiais para pintura e material elétrico.

Outros destaques

Na Indústria, a tendência positiva do primeiro semestre (+11,5% YoY) continuou, com um crescimento adicional de 9% no terceiro trimestre em relação ao ano anterior.

De acordo com Beraldi, “a expansão do setor continua disseminada entre a maioria das atividades, considerando que, dos 22 subsetores da indústria de transformação acompanhados pelo IODE-PMEs, 16 mostraram progresso no período”. Os destaques ficam para equipamentos de transporte, móveis, impressão e reprodução de gravações e máquinas, aparelhos e materiais elétricos.

Já o setor de Serviços, após uma desaceleração no segundo trimestre com alta de 0,6% YoY, voltou a registrar crescimento no terceiro trimestre (4,0% YoY). Apesar do aumento das expectativas inflacionárias e da alta dos juros, a renda familiar em expansão tem garantido dinamismo em várias atividades, como transporte e armazenagem, atividades administrativas e serviços complementares e serviços para edifícios e paisagismo, comenta o economista.

As PMEs de Infraestrutura, que vinham de dois trimestres de queda, registraram um crescimento de 6,5% YoY no terceiro trimestre de 2024. Esse resultado demonstra o avanço em segmentos como coleta, tratamento e disposição de resíduos, eletricidade e serviços especializados para construção.

Porém, o fraco desempenho em áreas da construção civil, como obras de infraestrutura e construção de edifícios, limitou um resultado mais expressivo.

Em termos regionais, as PMEs do Sudeste e Nordeste registraram alta de 7,9% em relação ao 3T2023, enquanto a região Sul teve um avanço de 8,8%. Por outro lado, as regiões Centro-Oeste e Norte apresentaram retração de 3,1% e 1,6%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Expectativas para o curto prazo

As PMEs devem continuar apresentando bom desempenho no curto prazo, com expectativa de crescimento de 6,4% em relação ao ano anterior. A expectativa para o último trimestre de 2024 é de que datas comerciais, como a Black Friday e as festividades de fim de ano, impulsionem ainda mais o setor.

Para 2025, a projeção é de um crescimento mais moderado, de 2,2% YoY, acompanhando a desaceleração esperada do PIB brasileiro (+1,9%). Beraldi alerta que o aumento da inflação e a continuidade da alta dos juros podem frear o consumo e os investimentos, impactando as PMEs a partir do segundo trimestre de 2025.

A estabilização do mercado de trabalho e a redução dos estímulos fiscais também contribuem para um crescimento mais lento.

“Setorialmente, espera-se que a alta das PMEs continue concentrada em setores de Serviços e Comércio, impulsionados pelo consumo familiar. Já os setores de Indústria e Infraestrutura, mais dependentes de crédito, tendem a ser afetados pelos juros elevados no curto prazo”, conclui o executivo.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/pmes-impulsionam-economia-brasileira-crescendo-86-no-terceiro-trimestre-de-2024”

 

Como a pandemia moldou o consumidor online: impactos e tendências das gerações millennial e Z no e-commerce.

A pandemia de Covid-19 transformou profundamente o e-commerce, mudando o comportamento dos consumidores e acelerando a adoção de compras online. Com a necessidade de isolamento social, milhões de pessoas migraram para plataformas digitais para adquirir produtos e serviços.

Como resultado, observou-se um crescimento sem precedentes nas vendas online, e essas mudanças, em grande parte, permanecem no cenário pós-pandemia. Além disso, as novas gerações, como os millennials e a geração Z, estão assumindo papéis de liderança nas tendências de consumo online, com preferências e comportamentos distintos que moldam o futuro do comércio digital (Deloitte, 2022). Este artigo explora essas mudanças e tendências emergentes, focando nas demandas dos consumidores após a pandemia e nas implicações para o setor de e-commerce.

A revolução do perfil do consumidor no e-commerce pós-pandemia

A pandemia trouxe uma disrupção sem precedentes, forçando o comércio a migrar rapidamente para o ambiente digital. O consumidor pós-pandemia se adaptou a essa nova realidade e, como resultado, o e-commerce agora desempenha um papel central em suas rotinas de compra (Accenture, 2021).

– O novo normal no e-commerce: de acordo com dados da McKinsey (2021), 75% dos consumidores que adotaram novas plataformas de compra online durante a pandemia continuarão usando esses canais. Para esses consumidores, o online não é mais uma alternativa, mas uma preferência consolidada.

– Conveniência como principal fator de decisão: um aspecto que ficou claro durante a pandemia foi o valor da conveniência. As compras online agora se destacam por sua capacidade de oferecer entregas rápidas, flexibilidade nas devoluções e pagamento simplificado, transformando a experiência de compra em algo fácil e descomplicado (EY, 2021). Empresas que investiram em agilidade de logística e em um checkout simplificado tiveram vantagem.

– Maior uso de ferramentas digitais: tecnologias como realidade aumentada (RA), inteligência artificial (IA) e chatbots tornaram-se ainda mais populares. Essas soluções permitem que os consumidores visualizem produtos de maneira imersiva e obtenham atendimento automatizado em tempo real, contribuindo para uma experiência de compra mais personalizada (KPMG, 2022). Plataformas de e-commerce que incorporam essas tecnologias estão capturando a atenção do consumidor digital moderno.

As gerações millennial e Z: protagonistas da transformação digital no e-commerce

As novas gerações estão impulsionando mudanças no e-commerce, e as empresas precisam entender suas preferências para se manterem competitivas. Millennials e geração Z estão moldando o futuro do consumo, com expectativas e comportamentos distintos das gerações anteriores (Deloitte, 2022).

– Omnicanalidade e experiências integradas: essas gerações esperam uma experiência de compra omnicanal fluida, integrando o online e o offline. Um estudo da NielsenIQ (2022) revelou que 73% dos millennials e gen Z desejam experiências de compra que transcendam o ambiente digital, com uma transição perfeita entre plataformas online e lojas físicas. Isso significa que empresas que ofereçam uma experiência omnicanal coesa, como a possibilidade de retirar na loja o que foi comprado online, estão em uma posição vantajosa.

– Personalização e experiências únicas: ambos os grupos valorizam a personalização. A geração Z, em particular, quer uma experiência de compra única, com recomendações baseadas em seus interesses pessoais (Salesforce, 2021). Ferramentas de machine learning e algoritmos de recomendação são cruciais para capturar a atenção desses consumidores.

– Adoção de novas formas de pagamento: as novas gerações estão mais abertas a opções de pagamento alternativas, como carteiras digitais (Apple Pay, Google Pay) e criptomoedas. Estudos mostram que 45% da geração Z nos EUA já utilizaram ou demonstraram interesse em usar criptomoedas para pagamentos (PwC, 2022). Oferecer diversidade de opções de pagamento pode ser um diferencial competitivo.

Principais tendências no e-commerce impulsionadas pelas novas gerações

Com as mudanças aceleradas no comportamento do consumidor, algumas tendências no e-commerce têm ganhado mais força, especialmente entre os millennials e a geração Z.

– Crescimento do social commerce: a presença de influenciadores digitais nas redes sociais tem um impacto crescente no e-commerce. Plataformas como Instagram, TikTok e YouTube estão se tornando centros de vendas, onde marcas e influenciadores podem engajar diretamente com os consumidores e vender produtos em tempo real (Statista, 2022). O social commerce é especialmente atraente para a geração Z, que é altamente influenciada por campanhas interativas e conteúdo gerado por usuários. Empresas que integram suas lojas a essas plataformas têm uma vantagem significativa.

– O metaverso e realidade virtual no e-commerce: a realidade virtual (VR) e o metaverso estão rapidamente se tornando o novo playground do e-commerce. Marcas estão criando lojas virtuais onde os consumidores podem “caminhar” e “experimentar” produtos digitalmente antes de efetuar uma compra. Essa tendência atende particularmente à geração Z, que busca experiências imersivas e interativas ao fazer compras online (Mehta et al., 2021).

– Sustentabilidade como fator decisivo: a geração Z é notoriamente mais preocupada com questões ambientais e sociais. De acordo com um estudo da BCG (2021), 70% desses consumidores preferem comprar de marcas que demonstram compromisso com a sustentabilidade. Produtos feitos de materiais reciclados, embalagens ecologicamente corretas e práticas comerciais éticas são fatores que influenciam diretamente suas decisões de compra. Empresas que implementam iniciativas de sustentabilidade não estão apenas atendendo às demandas dos consumidores, mas também construindo uma imagem de marca positiva e duradoura.

Adaptando estratégias de e-commerce para o futuro

À medida que as novas gerações se tornam o grupo dominante de consumidores, as empresas de e-commerce precisam ajustar suas estratégias para se manterem relevantes.

– Investir em tecnologia: as lojas de e-commerce devem adotar tecnologias que ofereçam personalização e conveniência, como IA, algoritmos de recomendação e chatbots automatizados, para criar uma experiência de compra otimizada.

– Criar uma estratégia omnicanal coesa: oferecer uma experiência de compra fluida entre o online e o offline é essencial. Isso significa investir em logística eficiente e em uma estratégia integrada de marketing para garantir que os consumidores possam comprar quando, onde e como quiserem.

– Focar em sustentabilidade e transparência: as marcas que conseguirem alinhar suas práticas comerciais com as demandas por sustentabilidade terão uma vantagem competitiva significativa. Transparência em toda a cadeia de valor e práticas éticas são diferenciais que atraem a geração Z e os millennials.

A pandemia mudou o comportamento de compra dos consumidores de maneira irreversível, acelerando a adoção do e-commerce e consolidando a conveniência digital como um fator essencial.

As novas gerações, millennial e Z, são os motores dessas mudanças, trazendo consigo demandas específicas por personalização, experiências omnicanal e responsabilidade ambiental. As empresas que se adaptarem a essas tendências e investirem em tecnologia e inovação estarão melhor posicionadas para capturar a lealdade desses consumidores e prosperar no futuro do comércio digital.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/como-a-pandemia-moldou-o-consumidor-online-impactos-e-tendencias-das-geracoes-millennial-e-z-no-e-commerce

Uma oportunidade pouco explorada da temporada de compras

A temporada de compras de fim de ano é um período crucial para o varejo, mas também apresenta uma oportunidade valiosa e ainda pouco explorada para se destacar. Todas as grandes marcas estão se preparando para os grandes descontos da Black Friday e do Natal, mas nem todas estão olhando para a chance de inserir causas socioambientais no discurso.

À medida que os consumidores se tornam mais conscientes e exigentes em relação às práticas éticas das empresas, integrar esses valores às estratégias de marketing pode não apenas aumentar as vendas, mas também fortalecer o vínculo entre o cliente e a marca de forma mais perene, indo além de datas comerciais específicas.

Primeiramente, a sustentabilidade se tornou um dos principais pilares na decisão de compra. Com a crescente preocupação com as mudanças climáticas e a degradação ambiental, os consumidores buscam produtos que minimizem o impacto no planeta.

Marcas que optam por utilizar materiais reciclados, processos de produção ecológicos e embalagens sustentáveis podem se diferenciar em um mercado saturado. Além disso, a transparência nas cadeias de suprimento e a responsabilidade social são fatores que atraem um público mais jovem, que valoriza empresas que alinham seus valores com ações concretas. Aproveitar o enorme tráfego de público em seus canais para reforçar esse compromisso – se ele existir, é claro – é uma ótima estratégia.

Em paralelo, iniciativas de doação durante a temporada de fim de ano podem criar um forte vínculo emocional entre a marca e os consumidores. Algumas empresas adotam o arredondamento de troco ou possuem seus próprios produtos sociais, que geram renda para organizações sociais, enquanto outras adotam modelos de “um por um”, em que, para cada produto vendido, um item é doado a quem precisa. Essa abordagem não apenas ajuda comunidades em situação de vulnerabilidade, mas também proporciona aos clientes a sensação de que suas compras estão fazendo a diferença.

Segundo dados da pesquisa Varejo com Causa, lançada pela MOL Impacto neste ano, 80% dos doadores do varejo acreditam que promover a doação melhora a imagem da loja, e 85% deles comprariam novamente no estabelecimento se soubessem que o local possibilita a realização de doações. Além disso, campanhas de doação podem ser promovidas nas redes sociais, incentivando os clientes a compartilharem suas experiências e aumentando o engajamento com a marca.

Finalmente, ao adotar essas práticas, as marcas não estão apenas gerando impacto positivo real para a sociedade, mas também construindo uma identidade mais forte e autêntica. A temporada de compras de fim de ano é uma oportunidade única para as empresas se unirem a causas que ressoam com seus valores e de seus consumidores, criando um ciclo positivo que vai além do lucro. A verdadeira essência do consumo consciente se revela quando as compras não são apenas transações, mas também atos de solidariedade e responsabilidade.

Ao abraçar causas como a sustentabilidade e a cultura de doação, as marcas não apenas se destacam em um mercado competitivo, mas também desempenham um papel significativo na construção de um futuro mais ético e sustentável.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/02/10/2024/artigos/uma-oportunidade-pouco-explorada-da-temporada-de-compras/”

Compras online: entrega rápida é para todo mundo?

Na avaliação do Grupo MOVE3, fatores como região, infraestrutura, faixa etária e demanda implicam no tempo de chegada.

A busca por entregas rápidas tornou-se um diferencial competitivo no setor de logística. Segundo uma pesquisa global da Shopify, 80% dos consumidores consideram a rapidez da entrega um fator essencial ao decidir por uma compra online. Além disso, o estudo apontou que muitos consumidores estão dispostos a pagar um pouco mais por entregas mais rápidas.  

A crescente demanda por estes serviços têm levado empresas de logística a se adaptarem rapidamente para atender às necessidades de diferentes perfis de consumidores. Mas será que a entrega rápida é para todo mundo? 

Para a gerente de Relacionamento do Grupo MOVE3, Talita Silva, a resposta depende do perfil do cliente. “Perfis como millennials, geração Z e consumidores urbanos tendem a buscar mais entregas rápidas. Eles têm um estilo de vida acelerado e uma necessidade imediata, enquanto outros clientes priorizam fatores como custo ou sustentabilidade.” Segundo a executiva, identificar essas necessidades e preferências é essencial para garantir uma entrega eficiente, seja ela rápida ou padrão. 

DESAFIOS DA PERSONALIZAÇÃO NO SETOR LOGÍSTICO 

De acordo com o relatório de 2020 da Pitney Bowes, 67% dos consumidores esperam que as empresas ofereçam a opção de personalizar suas entregas. Diante desta necessidade, é preciso que as empresas adaptem-se às necessidades específicas de cada cliente.   

No Grupo MOVE3, por exemplo, existem serviços de entregas noturnas, agendamento de horário e suporte para localidades de difícil acesso, como áreas rurais e favelas. “Garantir uma entrega rápida em diferentes perfis de regiões e clientes envolve desafios como infraestrutura logística, capilaridade da rede e custos operacionais”, comentou Talita. 

A entrega em áreas como favelas é um exemplo onde a personalização e o conhecimento da região são essenciais. Segundo a empresa, a geografia desafiadora e a ausência de endereços formais podem tornar o processo complexo. Neste caso, a MOVE3 utiliza uma combinação de tecnologia e dados para superar esses obstáculos.  

DADOS E TECNOLOGIA PARA ANTECIPAR DEMANDAS 

A personalização das entregas, assim como a entrega rápida, depende diretamente da coleta e análise de dados. De acordo com Grupo MOVE3, a empresa utiliza ferramentas como Big Data e Inteligência Artificial (IA) para identificar padrões de compra e prever a demanda por serviços mais ágeis. “Essas tecnologias nos ajudam a adaptar nossas estratégias logísticas de forma proativa, garantindo uma entrega mais eficiente e satisfatória para cada cliente”, afirmou a executiva. 

Segundo ela, a análise de dados é fundamental para equilibrar as necessidades de diferentes perfis de consumidores — desde aqueles que preferem prazos mais econômicos até os que exigem entrega imediata. “Com uma leitura precisa do histórico de pedidos, conseguimos ajustar nossas operações para atender a esses dois extremos”, ressaltou a gerente. 

NECESSIDADES E FATORES DECISIVOS 

Na avaliação da companhia, os principais fatores que influenciam a decisão dos clientes ao optar pela entrega rápida são a urgência de receber o produto, a conveniência de evitar longos períodos de espera e a confiança na reputação da empresa de logística. A clareza na comunicação e a precisão no rastreamento do pedido também são cruciais para essa escolha. 

“Na MOVE3, por exemplo, para manter a transparência, oferecemos um sistema de rastreamento em tempo real. Isso permite que os clientes acompanhem o status de suas entregas, recebam notificações de atualizações e possam ajustar o local ou o horário, se necessário”, explicou Talita. 

TENDÊNCIAS FUTURAS NO SETOR DE ENTREGAS 

Segundo a MOVE3, a empresa antecipa um futuro em que a automação, a IA e práticas sustentáveis desempenharão um papel ainda mais relevante. “Estamos investindo no uso de veículos elétricos e outras soluções ecológicas para atender às crescentes expectativas de nossos clientes em relação à sustentabilidade”, comentou a profissional. 

Fonte: “Compras online: entrega rápida é para todo mundo? (mundologistica.com.br)

Mercado Livre adota vans 100% elétricas da Arrow Mobility para otimizar as entregas

Com essa parceria, o ML pretende reduzir o custo por pacote entregue e diminuir as emissões de gases poluentes.

Buscando otimizar suas operações logísticas, o Mercado Livre investiu em uma parceria com a startup brasileira Arrow Mobility para integrar vans 100% elétricas à sua frota de entregas.

Com essa parceria, o Mercado Livre pretende reduzir o custo por pacote entregue e diminuir as emissões de gases poluentes. Os veículos da Arrow Mobility também possuem maior capacidade de carga, com uma organização interna otimizada para o transporte de volumes, o que facilita o embarque e desembarque dos entregadores ao permitir o acesso ao compartimento de carga por dentro do veículo.

“Estamos constantemente desenvolvendo veículos que não só melhoram a eficiência de entrega, mas também reduzem significativamente os custos operacionais e o impacto ambiental. Os modelos são uma solução viável e promissora para atingir esses objetivos”, destaca Marcelo Simon, head de Novos Negócios da Arrow Mobility.

A empresa espera quadruplicar o número de emplacamentos em 2024,  de 12 para 48, em relação ao ano passado. “Estamos muito satisfeitos com o desempenho de nossas vans no mercado brasileiro. A parceria com o Mercado Livre é um marco importante em nossa trajetória, queremos oferecer veículos de alta qualidade para, além de atender às necessidades logísticas de nossos clientes, impulsionar os seus resultados”, destaca Simon.

Crescimento do e-commerce

Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOmm), o e-commerce brasileiro registrou um total de 395 milhões de pedidos e um faturamento de R$ 185,7 bilhões em 2023, com um ticket médio por cliente de R$ 460. Para 2024, a previsão é que o número de pedidos aumente para 418,6 milhões e o ticket médio para R$ 490.

Fonte: “Mercado Livre adota vans 100% elétricas da Arrow Mobility para otimizar as entregas – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

Operadores logísticos registram receita bruta de R$ 192 bilhões e crescem 15% em 2023

Números integram a edição 2024 do “Perfil dos Operadores Logísticos”, estudo promovido pela Associação Brasileira de Operadores Logísticos.

Em 2023, os operadores logísticos atuantes no Brasil registraram receita bruta operacional de R$ 192 bilhões, cerca de 15% a mais do que o verificado em 2021, última vez em que o montante foi apurado e ficou em R$ 166 bilhões. O valor atual é equivalente a quase 2% do PIB e a 17% dos custos de transporte e armazenagem do país, que somam R$ 1,1 trilhão. Além disso, 76% das empresas informaram aumento no faturamento.

Os números fazem parte da edição 2024 do “Perfil dos Operadores Logísticos”, estudo promovido pela Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL) e encomendado ao Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS). O material analisou a performance das operadoras e revelou a evolução, desafios e anseios do setor.

A pesquisa estimou um universo de 1,3 mil empresas, de pequeno, médio e grande portes. Deste, 127 operadores, entre eles, os associados à ABOL, colaboraram diretamente com o material. Juntos, eles representam 40% do faturamento do setor.

ARRECADAÇÃO, TRABALHO E INVESTIMENTOS
Segundo o estudo, no período, os operadores logísticos arrecadaram R$ 43 bilhões em tributos. Quando comparado ao total de impostos recolhidos no Brasil, os OLs foram responsáveis por 0,5%, 1,1% e 0,7% do máximo arrecadado pelas esferas municipais, estaduais e federais, respectivamente.

Além disso, os operadores logísticos foram responsáveis por cerca de 2,3 milhões de empregos diretos e indiretos no ano passado. A maioria das vagas foi no regime CLT.

“Os dados apurados reforçam a relevância dos operadores logísticos não apenas para a evolução contínua da modalidade de serviços no Brasil, mas também para o desenvolvimento da economia nacional. Essa representatividade se evidencia diante dos investimentos feitos em 2023, que chegaram a R$ 20 bilhões”, destacou a diretora-executiva da ABOL, Marcella Cunha.

Em 2023, 68% dos OLs avançaram nos investimentos em comparação ao volume injetado em 2022. Em 2021, o percentual foi de 59% em relação ao exercício anterior. O foco dos operadores logísticos foi nos softwares (83%).

De acordo com os dados levantados, as obras de infraestrutura receberam capital de 78% dos operadores respondentes e aparecem em segundo lugar no ranking de aportes. Logo depois vem a aquisição de novas máquinas ou equipamentos, por 69%.

O relatório apontou que em meio aos novos projetos, os OLs sentiram o impacto do incremento no preço do combustível em 2023, também constatado na edição anterior. Outras despesas com acréscimos relevantes foram: mão de obra, equipamentos e transporte rodoviário, todos com aumento considerado médio ou alto por mais de 60% dos operadores. No geral, 75% não repassaram a elevação dos custos para o valor do serviço.

“Não é de hoje que os OLs driblam a alta do combustível, que sempre representa uma parcela significativa dos seus custos operacionais, e vêm buscando alternativas para evitar grandes prejuízos. Quando se trata de investimentos, a constante evolução tecnológica tem impacto direto, uma vez que os operadores precisam acompanhar as tendências, aumentando a produtividade e mantendo a competitividade”, ressaltou Marcella.

ABRANGÊNCIA SETORIAL E DE ATIVIDADES
Segundo o estudo, do total de OLs, 47% operam nas cinco regiões brasileiras ao mesmo tempo e 40% possuem participação internacional, revelando um incremento ao longo dos últimos anos na atuação regional das empresas. Em 2022, 37% estavam presentes em todas as regiões brasileiras.

Desde a edição 2020 da pesquisa, as altas foram de 25% para 51% no Norte, de 43% para 69% no Nordeste, de 37% para 70% no Centro Oeste, de 63% para 76% no Sul e de 92% para 94% no Sudeste.

Os dados apontaram que as empresas de maior porte são as de superior abrangência geográfica: 81% delas estão presentes em todas as regiões. Por outro lado, os OLs de menor porte são aqueles com atuação mais regional, com boa parte se posicionando como especialistas em mercados locais. Em média, cada um opera 19 instalações, como galpões, CDs, transit points e cross docking. No entanto, 64% dos participantes da pesquisa garantiram que estão incrementando esse número.

Levantamento mostrou que o transporte rodoviário fechado é o serviço mais comum, presente em 92% das operações. Logo em seguida, o transporte rodoviário fracionado representa 63% das atividades, destacando-se como uma opção essencial para entregas de menor volume.

Além disso, a distribuição urbana, que atende especialmente à crescente demanda por entregas rápidas nos centros urbanos, está presente em 27% dos serviços oferecidos. Já o transporte aéreo nacional, embora menos utilizado, abrange 21% das operações, atendendo a necessidades específicas de agilidade.

INDÚSTRIAS ATENDIDAS
Com o aumento da posição geográfica dos OLs, cresceu também os segmentos da economia atendidos. A pesquisa revelou que os operadores atuam em mais de 20 setores diferentes, posicionando-se em diversos elos da cadeia de suprimentos. Cada um possui, em média, clientes de nove indústrias distintas.

No topo da lista está o setor de bebidas, com 72%, alta de 14% em comparação a 2022. Em seguida, aparece automotivo e autopeças, com 70% e expansão de 13% nos últimos dois anos. Na terceira posição estão os cosméticos, com 66% e elevação de 2%.

INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA E AEROPORTUÁRIA
A edição 2024 do “‘Perfil dos Operadores Logísticos”’ trouxe, pela primeira vez, o posicionamento mais aprofundado das empresas em relação às infraestruturas portuária e aeroportuária do país. No caso dos portos, os operadores entendem que são necessárias melhorias estruturais, de forma que apenas 18% não apontam gargalos logísticos nas operações.

Os OLs também destacaram a existência de potenciais oportunidades de melhoria na infraestrutura aeroportuária para o transporte de cargas. O levantamento revela que 26% observam carência de disponibilidade para carga nos aeroportos brasileiros.

Ao analisarem as rotas aéreas domésticas, dos 46% que atuam nesse modal, somente 6% dos entrevistados caracterizam-nas como ótimas.

DESCARBONIZAÇÃO
Com as atenções voltadas à mitigação dos impactos das suas operações no meio ambiente, diante de um cenário no qual 13% das emissões de gases do efeito estufa são feitas pelo setor de transporte, o estudo apontou que 94% dos operadores logísticos possuem um departamento responsável por temas relacionados à sustentabilidade.

Os operadores logísticos com maior avanço nesta questão (39%) têm metas e objetivos claros e a área responsável tem um orçamento definido. Outros 23% também já têm um setor com indicadores, mas ainda sem definição orçamentária.

Quando se trata de descarbonização, o objetivo médio para redução de pegada de carbono é de 37% em até oito anos. Para as empresas que buscam diminuir em 100%, o prazo seria entre 20 e 26 anos. O cumprimento dos períodos estipulados está alinhado a iniciativas como a redução da idade média da frota (55%), otimização da malha logística (47%) e a roteirização (47%).

Entre as medidas já adotadas estão o uso de veículos elétricos e a utilização de energia renovável, com 41% e 53% das empresas apostando nessas soluções, respectivamente.

A busca de outras fontes de combustível também faz parte dos planos dos OLs dentro da premissa ESG. A eletricidade para veículos, conforme apontado por 39% das empresas consultadas, teve a preferência. Outras fontes em uso são o etanol (33%) e o GNV (26%). Ambos possuem baixos níveis de emissão de carbono e maior quantidade de pontos de abastecimento espalhados pelo país.

Há ainda o biogás, diesel verde, gás natural liquefeito e hidrogênio verde, usados por menos de 10% dos operadores, porém com grande potencial para se desenvolverem no médio e longo prazo. A maioria dos operadores logísticos (63%) afirmou que absorve totalmente os custos para redução das emissões, sem qualquer tipo de repasse para o preço final de seus serviços.

Consumo por meio de mídias sociais ainda gera “sentimentos contraditórios” em usuários, aponta PwC

A confiança é a base de qualquer relação, não sendo diferente entre consumidores e marcas. Em meio a era digital, valorizar esse tipo de virtude ou entendê-la pode definir o sucesso de uma empresa e o fracasso de outra. A pesquisa “Voz do Consumidor”, da PwC, confirma isso.

De acordo com o estudo, na relação com consumo por meio de mídias sociais, os respondentes apresentam inconsistência na opinião. Mesmo com 49% dos brasileiros e 46% globalmente utilizando este canal, questões de segurança e confiabilidade estão no centro dos problemas identificados. Este modelo, aliás, é considerado o menos confiável para esta atividade.

Ainda do lado positivo, as redes também servem são aproveitadas para descobrir produtos e avaliá-los. Essa abordagem é válida para 67% dos consumidores globais e 78% dos brasileiros.

Fora do consumo, a segurança envolvendo dados nas mídias sociais também é considerada um ponto de atenção para os usuários. No mundo, 80% dos respondentes exigem garantias do não compartilhamento de informações pessoais. O índice para o Brasil é de 86%.

Ao todo, 85% dos consumidores brasileiros e 71% no mundo estão preocupados com seus dados pessoais e a segurança dos mesmos nas mídias sociais.

Tecnologia

Vale destacar que mais da metade dos consumidores confia na IA generativa para tarefas simples, como agregar informações sobre produtos ou fornecer recomendações. No entanto, eles estão menos confiantes em seu uso para serviços mais pessoais e arriscados, como assistência à saúde.

Entre os brasileiros perguntados sobre quais das atividades acreditam que a IA poderia executar com precisão no lugar de um ser humano, as principais opções escolhidas foram “compilar informações sobre o produto antes da compra” (62%), “fornecer recomendações de produtos para mim” e “ajudar nas comunicações escritas” (ambas 57%), e “lidar com atendimento ao cliente” (52%).

A pesquisa também destaca que já há uma parcela significativa de consumidores que confia na IA para receber recomendações de produtos: 57% no Brasil e 50% no mundo. Esse percentual tende a continuar crescendo com o aumento da familiaridade com o Chat GPT e outras aplicações de IA.

ESG

O estudo mostra, também, que há mais motivação por compras conscientes de fácil identificação. Métodos de produção que enfatizam a redução de resíduos e a reciclagem (43% no Brasil; 40% globalmente), embalagens ecológicas (39% no Brasil; 38% no mundo) e capacidade de causar impacto positivo na natureza e na conservação da água (35% no Brasil; 34% no mundo).

Ainda dentro da dimensão ESG, mensagens-chave das marcas que promovem programas de responsabilidade social e engajamento comunitário têm menos influência (no Brasil, 27% e 18%, respectivamente; no mundo, 20% e 17%).

De acordo com a pesquisa, 90% dos entrevistados no Brasil e 83% na média global, a proteção de seus dados pessoais é um dos fatores mais importantes para que as empresas conquistem a sua confiança.

Os efeitos das mudanças climáticas também aparecem em destaque: 94% dos brasileiros e 85% dos consumidores no mundo sentem estas mudanças em seu dia a dia. Uma parcela menor, mas ainda significativa (47% no Brasil e 46% no mundo), compra mais produtos sustentáveis para reduzir o seu impacto pessoal no meio ambiente.

Ao todo, 31 países, incluindo o Brasil, foram representados na pesquisa da PwC. Foram mais de 20 mil consumidores questionados sobre seus comportamentos e crenças envolvendo fatores ligados ao consumo. Estão incluídos meio ambiente, custo-benefício, Inteligência Artificial (IA), saúde, entre outros.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/consumo-por-meio-de-midias-sociais-ainda-gera-sentimentos-contraditorios-em-usuarios-aponta-pwc”

Logística Reversa: Investimentos globais devem ultrapassar US$ 947 bilhões até 2032

Tema será um dos destaques da 5ª edição do Logística do Futuro, evento que será realizado pela MundoLogística nos dias 2 e 3 de outubro, em São Paulo.

A logística reversa tem se consolidado como um pilar essencial na gestão de resíduos, abrangendo um conjunto de atividades destinadas a recolher, transportar e dar destino adequado a produtos e materiais descartados pela sociedade. Este processo visa o reaproveitamento, reciclagem ou descarte seguro dos materiais, promovendo sustentabilidade e eficiência no ciclo produtivo.

Em nível global, o cenário é promissor: até 2022, quase US$631 bilhões foram investidos em logística reversa, e a expectativa é que esse valor atinja US$ 947,7 bilhões em 2032, com um crescimento anual de 4,3%, segundo a Allied Market Research.

Esse panorama global destaca a necessidade de o Brasil avançar em direção a uma gestão mais eficiente de resíduos, visando a redução dos impactos ambientais no ciclo produtivo do país.

LOGÍSTICA REVERSA NO BRASIL

No Brasil, a logística reversa ganhou destaque com a promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) em 2010. Esta legislação estabeleceu diretrizes para o gerenciamento adequado dos resíduos sólidos, envolvendo fabricantes, importadores, distribuidores e consumidores na destinação correta dos produtos ao final de sua vida útil.

De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), em 2021, o volume de materiais reciclados por meio da logística reversa aumentou 10,4% em relação a 2020. Entretanto, esse crescimento varia entre os diferentes tipos de materiais, com setores como o de modens e decodificadores apresentando aumento, enquanto outros, como o de pneus, ainda registram índices baixos de reciclagem.

CASES DE SUCESSO

Em uma era em que a sustentabilidade se torna uma necessidade inescapável, o Grupo Madero transformou um obstáculo em uma oportunidade por meio da logística reversa do óleo de cozinha.

“Nossa preocupação inicial sempre foi o controle ambiental, controle logístico e destinação correta de resíduos”, enfatizou Rafael Mello, vice-presidente de Operações do Madero. “O Grupo Madero evidencia em seus valores a preocupação em minimizar o impacto ambiental, como o causado pelo descarte inadequado do óleo de cozinha.”

A iniciativa surgiu da necessidade de mitigar o impacto prejudicial do descarte inadequado do óleo de cozinha — um problema que ganha mais atenção diante do fortalecimento da agenda ambiental. “O resíduo do óleo de cozinha industrial é um item potencialmente poluidor quando descartado de maneira inadequada, sendo necessárias alternativas que possibilitem a sua reciclagem”, pontou Mello.

Para a MundoLogística de novembro/dezembro de 2023, o executivo comentou sobre a parceria com a BSBIOS, que transformou o descarte correto do óleo de cozinha usado em uma fonte de receita mensal de aproximadamente R$ 220 mil.

LOGÍSTICA DO FUTURO

Essas iniciativas, tanto no Brasil quanto globalmente, sublinham a importância crescente da logística reversa como uma prática vital para a sustentabilidade ambiental e a eficiência operacional nas empresas.

Logística Reversa será um dos temas da 5ª edição do Logística do Futuro — evento promovido pela MundoLogística que reunirá profissionais e especialistas do setor para discutir e explorar as tendências, inovações e melhores práticas que moldarão o futuro da logística.

Com mais de 70 palestrantes abordando temas como omnicanalidade, otimização de malha e responsividade, o evento será realizado nos dias 2 e 3 de outubro no Transamérica Expo, em São Paulo.

Fonte: “https://mundologistica.com.br/noticias/logistica-reversa-investimentos-globais-ate-2032”