Com investimento de R$ 20 milhões, OPME Log mira expansão no interior de São Paulo

Novidades incluem nova unidade em Campinas, que contará inicialmente com dois veículos e projeção de aumentar para 15 nos próximos cinco anos, incluindo veículos elétricos.

Em processo de expansão para atender a demanda na região de Campinas, a OPME Log anunciou investimento de R$ 20 milhões, que contempla o lançamento de uma unidade no município em março deste ano.

Segundo a empresa, Campinas se tornou um importante polo de saúde, evidenciado pela inauguração recente da unidade do Hospital São Luiz pela Rede D’or. Atualmente, a OPME Log já realiza cerca de 200 cirurgias por mês em Campinas e região, a partir da unidade em São Paulo.

“A nova filial permitirá uma maior eficiência operacional, liberando espaço na matriz em São Paulo e, do ponto de vista ESG, reduzindo a emissão de carbono ao diminuir o número de veículos no trajeto entre as duas cidades”, afirmou a empresa em comunicado à imprensa.

Quanto à frota, a unidade contará inicialmente com dois veículos e projeção de aumentar para 15 nos próximos cinco anos, incluindo veículos elétricos.

De acordo com a empresa, o investimento total para a implementação desta filial é próximo a R$ 1 milhão, sendo 100% financiado com recursos próprios da empresa.

Fonte: “OPME Log mira expansão no interior de São Paulo (mundologistica.com.br)

Natura: a inovação da criação à experiência do consumidor

Nos bastidores da Natura, a inovação se entrelaça com a personalização para proporcionar uma experiência única e conectada às necessidades e emoções dos consumidores.

No universo da Natura, a criação dos produtos vai além características funcionais para abraçar também as dimensões emocionais do consumidor. Desde a textura até a forma, cada detalhe é meticulosamente pensado, considerando não apenas as necessidades práticas, mas também a interação emocional do cliente com os cosméticos. Este enfoque inovador é fundamentado na compreensão profunda da perspectiva do público, integrando-se ao funil de inovação da empresa. Ao lançar um produto, a Natura já tem convicções embasadas em extensos diálogos com o público e transforma experiência do cliente em um elemento central do desenvolvimento de seus cosméticos.

“Fazemos pesquisas nos principais mercados em que estamos, não só aqui no Brasil, mas fora dele. Faz viagens e conhecemos tudo que tem para acontecer. Depois, vamos desde etnográficas ou de mudanças no contexto do consumidor, do que as tendências vem trazendo e como é que o consumidor tem recebido os novos produtos e novas possibilidades, até como vai se relacionando então com esse produto. São feitos todos esses testes e conversas com o consumidor em todo o processo. Quando lançamos o produto, algumas certezas e apostas já temos, porque já testamos tudo isso e já conversamos muito com o público”, explica Isabela Massola, diretora de marca global Natura.

Nesse cenário, o sucesso das iniciativas dentro da experiência do consumidor é medido de acordo com como o produto cumpriu as expectativas do público. Além disso, não apenas as fragrâncias são testadas, como também suas funcionalidades em processos de pré e pós-lançamento.

É um processo contínuo. Falamos que inovação não dá para encaixotar muito dentro de processos, mas um certo processo tem que existir para garantir um desenvolvimento de produtos ordenado. Temos um funil de ideias, algumas com potenciais maiores que outras. Quando falamos de inovação e das coisas que estamos conhecendo dentro da Amazônia, por exemplo, é aquela algo assim: casamos o consumidor com a vontade que ele busca. Então, na hora que tem esse casamento é quando vemos a potência do que a gente faz”, comenta.

Dentro da Natura existem muitas áreas de marketing, seja na parte de produtos, relacionamento com as consultoras ou serviços. Da mesma maneira é construído um relacionamento com as vendedoras das lojas para entender a maneira de cada consumidor de comprar. Assim, a marca pode se adequar ao modo do público.

“A forma de relacionar com o consumidor é diferente. Não é só o produto em si. Existe um olhar de como o produto é desenhado, como ele vai chegar para o público e uma forma de qual é a jornada deste consumidor para chegar até nós. Como faço que esse consumidor lembre de mim? Que esta pessoa lembre da Natura e queira comprar nossos produtos? Diante disso, buscamos a omnicanalidade”, pontua.

Em um cenário omnichannel, ouvir o consumidor é o passo principal do sucesso das estratégias da Natura. Isabela Massola reforça que entender o público e estar abertos para ouvir o que tem sido dito sobre a marca é fundamental para saber o que fazer pelas pessoas que compram os produtos disponibilizados pela companhia.

Primeiro de tudo, ouça o seu consumidor, seja onde quer que ele esteja, mesmo que esteja difícil talvez, porque tem menos ferramentas. Abra-se para ouvir seja um elogio ou para alguma crítica. Entenda o porquê dessa crítica ou o porquê desse elogio, para que isso reverbere em alguma coisa que seja mais legal ainda para o público. Assim, é possível saber por qual caminho seguir”, finaliza.

Fonte: “Natura: a inovação da criação à experiência do consumidor – Consumidor Moderno

Polar, do Grupo DHL, adquire 5 veículos multitemperatura para reduzir custos e emissões

Segundo a empresa, o novo perfil de veículo possibilita a realização de entregas de produtos que requeiram diferentes intervalos de temperatura; o investimento é de mais de R$ 5 milhões

A Polar, empresa do Grupo DHL especializada no transporte de medicamentos, vacinas e outros insumos médicos e hospitalares, incluiu em sua frota cinco caminhões multitemperatura, em um investimento de mais de R$ 5 milhões. Atualmente, a frota total da companhia é composta por mais de 350 veículos.

Segundo a empresa, o novo perfil de veículo possibilita a realização de entregas de produtos que requeiram diferentes intervalos de temperatura, algo ainda pouco comum no mercado de logística para saúde no Brasil.

“Temos avaliado alternativas para trazer ainda mais eficiência e flexibilidade a distribuição de produtos de saúde. O veículo multitemperatura amplia o potencial de uso da nossa frota, permitindo o compartilhamento do mesmo veículo para duas entregas (com a mesma ou diferentes temperaturas), de um mesmo cliente ou consolidando clientes diferentes”, disse o diretor comercial da Polar, Miquele Lioi.

“Com isso, consolidamos mais produtos, aproveitando melhor as entregas que já são realizadas, o que por sua vez reduz custos para nossos clientes e emissões”, ressaltou.

O veículo multitemperatura, do tipo Truck, possui uma divisória térmica, dois vaporizadores, podendo manter dois intervalos de temperatura: 2C° a 8C° e 15C° a 25C°, além de temperatura ambiente. Ele permite também o monitoramento individual das condições de cada compartimento isoladamente, além de possuir todos os requerimentos padrão para o transporte de medicamentos e outros insumos médicos e hospitalares.

“Essa modalidade traz opções muito interessantes para a roteirização e desenhos de planos logísticos, sendo especialmente útil para o transporte de insumos ou produtos farmacêuticos. Nos próximos meses, planejamos ainda mais investimentos no perfil de nossa frota de forma a atender com eficiência a crescente demanda do setor farmacêutico”, explicou o diretor da Polar.

‘https://mundologistica.com.br/noticias/polar-do-grupodhl-adquire-5-veiculos-multitemperatura

Amazon aplica soluções de IA para reduzir devolução de produtos

Conforme um comunicado, a Amazon está empenhada em reduzir o custo das devoluções de produtos do marketplace. Detalhe: o valor desse gasto já está na casa dos trilhões de dólares para o e-commerce global! Para tanto, a empresa está investindo em integrações de inteligência artificial (IA) em seu processo de vendas.

Sobre o recurso para lojistas brasileiros, a Amazon infelizmente não dispõe da tecnologia para cá — assim como não tem previsão para a sua chegada.

Verdadeiro vilão do e-commerce, a questão das devoluções tornou-se um inconveniente significativo para consumidores e varejistas, com implicações financeiras substanciais. As tentativas anteriores de lidar com esse problema, como taxas de devolução e alternativas como crédito imediato na loja, não resolveram o cerne da questão.

Inteligência Artificial analisará medida dos produtos

Em resposta a esse desafio, a Amazon anunciou a implementação de recursos de inteligência artificial projetados para abordar especificamente as preocupações relacionadas ao tamanho e ajuste dos produtos. Ao alavancar algoritmos avançados e modelos de linguagem de grande escala (LLMs), a empresa está revolucionando a experiência de compra online.

Um dos principais recursos é a utilização de IA para recomendações personalizadas de tamanho. O algoritmo agrupa anonimamente clientes com base em tamanhos semelhantes e preferências de ajuste, considerando também produtos com características de ajuste comparáveis. Isso envolve a análise de milhões de detalhes de produtos, incluindo estilo, tabelas de tamanhos e avaliações de clientes, proporcionando sugestões personalizadas na página de detalhes de cada produto.

Além disso, o algoritmo é capaz de se adaptar às mudanças nas necessidades de tamanho ao longo do tempo, levando em conta tamanhos retidos ou adquiridos por clientes com preferências semelhantes. Isso garante uma abordagem dinâmica que antecipa possíveis mudanças de tamanho com base no histórico de compras dos clientes.

Redesenho das medidas

A Amazon também está redesenhando as tabelas de tamanhos, buscando torná-las mais precisas e visualmente acessíveis. Utilizando os LLMs, a empresa simplifica a extração e o refinamento dos dados das tabelas de tamanhos, padronizando medidas, removendo duplicatas e corrigindo erros para oferecer informações mais confiáveis aos clientes.

Nos EUA, entre 2019 e 2022, o volume de devoluções de produtos que acabaram em aterros quase duplicou, achegando a 4,3 trilhões de toneladas.

Fonte: “Amazon aplica soluções de IA para reduzir devolução de produtos – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

 

Uma abordagem integrada para alcançar a sustentabilidade na cadeia de suprimentos

A busca por uma abordagem mais sustentável nas operações empresariais tem ganhado cada vez mais destaque, e uma área que merece especial atenção é a cadeia de suprimentos. Não sem razão: segundo um estudo recente da Accenture, o setor é responsável por gerar cerca de 60% das emissões globais de carbono. A boa notícia é que, tanto do lado corporativo, quanto do consumidor, essa é uma pauta prioritária.

Uma pesquisa realizada pela EY sobre as abordagens da cadeia de suprimento sustentável em 525 grandes empresas na Argentina, Brasil, Canadá, México e EUA, descobriu que oito em cada dez executivos da cadeia de suprimentos estão aumentando seus esforços em direção a operações sustentáveis.

Importância das práticas de sustentabilidade

O aumento da relevância do papel do Chief Sustainability Officer, ou diretor de ESG, nas empresas, é mais um indício dessa virada de chave. Um artigo recente da Harvard Business Review comparou a evolução do papel do CSO. Enquanto em 2018 o cargo era carregado de inconsistências e falta de acesso ao poder, hoje esses profissionais ganharam mais autoridade e estão mais envolvidos nas reuniões com investidores.

Do outro lado, os consumidores esperam mais empenho da parte das empresas. Uma pesquisa lançada em 2023 pela Manhattan Associates, em parceria com o Google Cloud e a Zebra Technologies, mostrou a preocupação dos clientes com a seguinte questão: segundo o estudo Unified Commerce Benchmark, apenas 20% dos compradores estão satisfeitos com as práticas de sustentabilidade de seus varejistas preferidos.

Isso mostra que a preocupação com a pauta da sustentabilidade da cadeia de suprimentos não é apenas uma tendência, mas uma necessidade imperativa em um mundo em que questões ambientais e sociais são centrais para consumidores, reguladores e investidores. Neste contexto, a união entre sustentabilidade e tecnologia surge como uma aliança estratégica capaz de impulsionar o progresso e transformar a forma como as empresas conduzem suas operações.

Tecnologias em prol do meio ambiente

Com uma tecnologia de gestão de armazém de última geração é possível, por exemplo:

– minimizar viagens de reabastecimento;

– fazer simulações de cubagem em estágio inicial para planejar necessidades de transporte mais precisas;

– realizar a separação simultânea de pedidos de varejo, atacado e comércio eletrônico para reduzir os caminhos de separação com diferentes locais de entrega, etc.

Esses são apenas alguns dos benefícios de um software pensado para minimizar o desperdício e os impactos ambientais associados.

Outras práticas para a sustentabilidade da cadeia de suprimentos

Além de investir em uma tecnologia que contribua para alcançar metas de sustentabilidade, outras práticas também ajudam nessa missão:

Defina objetivos

Estabeleça metas alinhadas com seus valores e estratégia de negócio. Elas devem ser mensuráveis, com o progresso monitorado e relatado regularmente.

Avalie fornecedores e parceiros

Entidades terceirizadas são uma extensão da sua organização. Avalie os fornecedores com base em suas práticas de sustentabilidade, incluindo impacto ambiental, práticas trabalhistas e direitos humanos.

Implemente práticas sustentáveis

Integre processos em toda a cadeia de suprimentos que reduzam o desperdício e as emissões, promovam a energia renovável e garantam que os trabalhadores sejam tratados de forma justa.

Envolva as partes interessadas

Você deve se conectar com as principais partes interessadas – clientes, colaboradores, fornecedores e comunidades – para entender suas preocupações de sustentabilidade e incorporar suas demandas em suas iniciativas.

Mensure e relate o progresso

Avalie e relate regularmente seu desempenho de sustentabilidade, incluindo o progresso em direção às metas definidas por sua organização.

Em resumo, a sustentabilidade da cadeia de suprimentos não é apenas uma questão ética, mas um impulsionador estratégico para o sucesso empresarial. A sinergia entre diferentes práticas, aliadas à tecnologia de última geração, pode transformar a maneira como as empresas operam, contribuindo para um futuro mais verde e próspero para todos.

O desafio agora é adotar essa abordagem integrada e liderar a mudança rumo a uma cadeia de suprimentos verdadeiramente sustentável.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/uma-abordagem-integrada-para-alcancar-a-sustentabilidade-na-cadeia-de-suprimentos”

China pede transição verde para o setor de entregas por conta do boom do e-commerce

A campanha de descarbonização da China tem a sua mira apontada para a montanha de material de embalagens de entregas descartado do país. Isso porque, enquanto Pequim se esforça para cumprir os objetivos climáticos, o volume de encomendas entregues atinge um máximo recorde no país.

A indústria de entrega expressa da China consome em média mais de 9 milhões de toneladas de papel e cerca de 1,8 milhão de toneladas de plástico a cada ano. Para tanto, o país pretende estabelecer um sistema padrão para embalagens de “entregas verdes” até o final de 2025 e proibir o uso de materiais tóxicos e nocivos.

Como comparativo, a China representa 50% do mercado global de comércio eletrônico, o que se traduz em quase 3 trilhões de dólares — uma cifra 54 vezes maior do que a do Brasil.

Proibição de plásticos não biodegradáveis

A China, maior gerador mundial de resíduos plásticos, iniciou um plano de cinco anos em 2020, estabelecendo metas ambiciosas. Isso inclui a proibição da produção e venda de sacos plásticos não biodegradáveis, produtos plásticos descartáveis ​​gratuitos em hotéis e embalagens plásticas usadas por entregas de correio em todo o país — até 2025.

Algumas das principais empresas de compras e logística online da China, incluindo o braço de logística do Alibaba Group Holding, Cainiao, JD.com e SF Express, também tomaram medidas para reduzir e substituir plásticos e outros resíduos de embalagens, experimentando a reciclagem de materiais de embalagem e caixas de entrega reutilizáveis.

Os gigantes do comércio eletrônico e as empresas de serviços de entrega devem assumir a liderança na redução do excesso de embalagens nas suas próprias plataformas e na promoção de embalagens de correio recicláveis. Isso ocorre devido a um plano de ação chinês que estabeleceu um prazo até ao final de 2025. Dentro dele, ao menos 10 por cento dos encomendas entregues na mesma cidade deverão usar embalagens recicláveis.

Mais de 100 bilhões de pacotes

O volume anual de entregas da China excedeu a marca dos 100 bilhões de pacotes durante três anos consecutivos desde 2021, de acordo com a Procuradoria Popular Suprema da China. Além disso, a Procuradoria afirma que o uso crescente de serviços de correio levou a um aumento do desperdício de pacotes.

“Como uma indústria emergente, o setor da entrega expresso desenvolveu-se rapidamente na última década, enquanto as suas leis, regulamentos e regras de apoio relevantes ainda estão em exploração e melhoria”, disse o comunicado. “A pressão exercida pelos resíduos de embalagens sobre os recursos e o ambiente está intimamente relacionada com a vida quotidiana das pessoas”, completou.

O plano de ação continua após o festival de compras 12.12 da China na semana passada, o qual os gigantes do e-commerce do país — Alibaba Group Holding, Pinduoduo e JD.com — lançaram grandes campanhas de vendas com descontos numa tentativa de recuperação econômica pós-Covid.

Faltando menos de um mês, o número de encomendas entregues na China este ano já ultrapassou 120 bilhões de peças (uma média de 100 encomendas por pessoa). De acordo com o State Post Bureau, o aumento foi de 8,5% em relação a todo o ano de 2022.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/china-sustentabilidade-setor-de-entregas-e-commerce”

Uma abordagem integrada para alcançar a sustentabilidade na cadeia de suprimentos

A busca por uma abordagem mais sustentável nas operações empresariais tem ganhado cada vez mais destaque, e uma área que merece especial atenção é a cadeia de suprimentos. Não sem razão: segundo um estudo recente da Accenture, o setor é responsável por gerar cerca de 60% das emissões globais de carbono. A boa notícia é que, tanto do lado corporativo, quanto do consumidor, essa é uma pauta prioritária.

Uma pesquisa realizada pela EY sobre as abordagens da cadeia de suprimento sustentável em 525 grandes empresas na Argentina, Brasil, Canadá, México e EUA, descobriu que oito em cada dez executivos da cadeia de suprimentos estão aumentando seus esforços em direção a operações sustentáveis.

Importância das práticas de sustentabilidade
O aumento da relevância do papel do Chief Sustainability Officer, ou diretor de ESG, nas empresas, é mais um indício dessa virada de chave. Um artigo recente da Harvard Business Review comparou a evolução do papel do CSO. Enquanto em 2018 o cargo era carregado de inconsistências e falta de acesso ao poder, hoje esses profissionais ganharam mais autoridade e estão mais envolvidos nas reuniões com investidores.

Do outro lado, os consumidores esperam mais empenho da parte das empresas. Uma pesquisa lançada em 2023 pela Manhattan Associates, em parceria com o Google Cloud e a Zebra Technologies, mostrou a preocupação dos clientes com a seguinte questão: segundo o estudo Unified Commerce Benchmark, apenas 20% dos compradores estão satisfeitos com as práticas de sustentabilidade de seus varejistas preferidos.

Isso mostra que a preocupação com a pauta da sustentabilidade da cadeia de suprimentos não é apenas uma tendência, mas uma necessidade imperativa em um mundo em que questões ambientais e sociais são centrais para consumidores, reguladores e investidores. Neste contexto, a união entre sustentabilidade e tecnologia surge como uma aliança estratégica capaz de impulsionar o progresso e transformar a forma como as empresas conduzem suas operações.

Tecnologias em prol do meio ambiente
Com uma tecnologia de gestão de armazém de última geração é possível, por exemplo:

– minimizar viagens de reabastecimento;

– fazer simulações de cubagem em estágio inicial para planejar necessidades de transporte mais precisas;

– realizar a separação simultânea de pedidos de varejo, atacado e comércio eletrônico para reduzir os caminhos de separação com diferentes locais de entrega, etc.

Esses são apenas alguns dos benefícios de um software pensado para minimizar o desperdício e os impactos ambientais associados.

Outras práticas para a sustentabilidade da cadeia de suprimentos
Além de investir em uma tecnologia que contribua para alcançar metas de sustentabilidade, outras práticas também ajudam nessa missão:

Defina objetivos
Estabeleça metas alinhadas com seus valores e estratégia de negócio. Elas devem ser mensuráveis, com o progresso monitorado e relatado regularmente.

Avalie fornecedores e parceiros
Entidades terceirizadas são uma extensão da sua organização. Avalie os fornecedores com base em suas práticas de sustentabilidade, incluindo impacto ambiental, práticas trabalhistas e direitos humanos.

Implemente práticas sustentáveis
Integre processos em toda a cadeia de suprimentos que reduzam o desperdício e as emissões, promovam a energia renovável e garantam que os trabalhadores sejam tratados de forma justa.

Envolva as partes interessadas
Você deve se conectar com as principais partes interessadas – clientes, colaboradores, fornecedores e comunidades – para entender suas preocupações de sustentabilidade e incorporar suas demandas em suas iniciativas.

Mensure e relate o progresso
Avalie e relate regularmente seu desempenho de sustentabilidade, incluindo o progresso em direção às metas definidas por sua organização.

Em resumo, a sustentabilidade da cadeia de suprimentos não é apenas uma questão ética, mas um impulsionador estratégico para o sucesso empresarial. A sinergia entre diferentes práticas, aliadas à tecnologia de última geração, pode transformar a maneira como as empresas operam, contribuindo para um futuro mais verde e próspero para todos.

O desafio agora é adotar essa abordagem integrada e liderar a mudança rumo a uma cadeia de suprimentos verdadeiramente sustentável.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/uma-abordagem-integrada-para-alcancar-a-sustentabilidade-na-cadeia-de-suprimentos

Cresce a relevância da pauta ESG para os consumidores brasileiros

Entre as mudanças que estão acontecendo no comportamento do consumidor, destaca-se neste momento a relevância conferida aos produtos e serviços pautados por ESG.

O assunto está há alguns anos na agenda das empresas, mas agora existe uma maior predisposição por parte do público em premiar (ou punir) as marcas em função do seu comprometimento com as causas relacionadas à sustentabilidade, à governança e à responsabilidade social.

E a tendência é de que o tema se torne cada dia mais presente, uma vez que essas questões têm impactado a vida da população de forma mais significativa.

Não se pode mais ignorar as mudanças climáticas e muito menos os debates vinculados à necessidade de as empresas se posicionarem melhor frente aos dilemas enfrentados pela sociedade.

Em outras palavras, os problemas têm ganhado mais evidência, fazendo com que a pauta finalmente “fure a bolha”. Ou seja, não está mais restrita aos ativistas.

ESG influencia na decisão de compra cada vez mais
O Índice do Setor de Sustentabilidade 2023, da Kantar, divulgado recentemente, indica que mais da metade da população (56%) deixa de consumir os produtos de uma marca que não investe em sustentabilidade ou que tem práticas vistas como nocivas ao meio ambiente e à sociedade.

Em sua terceira edição, o estudo global considera que o tema ganhou mais urgência para as empresas, exigindo que elas se posicionem sobre suas ações.

Ao fazer isso, contudo, elas devem ser criteriosas. De acordo com os dados da pesquisa (apenas no Brasil, foram entrevistadas mais de mil pessoas), o consumidor também está mais atento às marcas que praticam o “greenwashing”.

Ou seja, o público está de olho naquelas ações das companhias que se dizem sustentáveis, mas que não passam de marketing.

Para se ter ideia, nesta edição, mais da metade dos entrevistados vê ações de ESG das empresas como enganosas.

Outros dados relevantes:

– 63% do público diz procurar marcas com um histórico ativo de ações pró-ESG;
– 77% dos entrevistados acreditam que os negócios têm a responsabilidade de tornar a sociedade mais justa;
– 67% defendem que as marcas deveriam se responsabilizar e tentar resolver os problemas climáticos e sociais no mundo;
– a maioria dos brasileiros, segundo o Índice do Setor de Sustentabilidade da Kantar, entende que o combate do aquecimento global e da desigualdade são responsabilidade das marcas.

Qual o impacto dessas ações no varejo?
Outro estudo, dessa vez sobre “Impacto ESG no Varejo”, realizado pela Mosaiclab para o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), traz insights importantes a respeito do comportamento do consumidor em relação ao local de compra.

Nesse caso, também chama a atenção a forma como o tratamento do tema tem evoluído. A porcentagem de pessoas que dizem saber do que o tema se trata subiu de 50% em 2022 para 62% em 2023.

Conhecer mais o tema não significa maior prática. Segundo as informações apuradas nesse estudo, 85% dos entrevistados confirmaram que, no seu dia a dia, nem sempre adotam práticas benéficas para o planeta.

Uma questão importante, até porque pode influenciar na decisão de como as marcas vão trabalhar o conceito de ESG, é a análise das diferentes percepções quando se considera o perfil socioeconômico do público.

Enquanto na classe A 33% afirmam conhecer bem o tema do ESG, esse percentual cai para 13% na classe B e para apenas 8% na classe C.

Diante desses dados, refletindo sobre as ações que podem ser mais propositivas por parte das empresas, e uma das oportunidades é atuar no campo da educação, adotando iniciativas que ajudem a população a fazer a sua parte.

Nesse caso, vale lembrar, as marcas conseguem estruturar melhor os seus propósitos. Esse é um aspecto que tem aparecido como determinante para influenciar a decisão de compra de grupos de clientes, como os que pertencem à geração Z.

No ranking geral das iniciativas que mais preocupam os consumidores, o assunto mais destacado são justamente as ações ligadas ao combate ao desmatamento e os incentivos ao reflorestamento.

Para quem ainda tem dúvidas sobre os investimentos nessa área, vale atentar para este dado: mais da metade dos entrevistados declara que estaria disposta a pagar a mais, entre 5% a 20%, por produtos ou serviços que realmente fizessem ações efetivas em ESG.

Quando questionados sobre os temais mais importantes, a maioria indicou a proteção ao meio ambiente: 59% das pessoas disseram que pagariam mais por uma marca alinhada com a redução do seu impacto ambiental.

Focando nas ações do varejo, o estudo indica que os consumidores têm procurado incentivo para serem mais conscientes no consumo e descarte de produtos, embalagens, além de maior uso de materiais recicláveis ou sustentáveis na cadeia.

No âmbito social, por sua vez, destacam-se iniciativas focadas no respeito aos direitos humanos, diversidade e inclusão.

Em governança, figuram ações voltadas à ética e transparência, ao combate ao trabalho escravo ou infantil e à proteção e segurança digital dos dados e informações pessoais dos clientes.

Como em outras áreas, o ideal é que os esforços nessa frente estejam devidamente alinhados à cultura da empresa. Ou seja, serão pouco efetivas as iniciativas isoladas.

Pesquisas relacionadas ao modo como as operações lidam com o assunto têm confirmado que as iniciativas ainda são pouco abrangentes, principalmente quanto à estrutura das áreas.

No relatório da Vetico, que trata justamente dessa adoção por parte das empresas, apenas 17% das companhias entrevistadas contam com a área há mais de cinco anos.

Ou seja, apesar de o conceito ser discutido há mais de 20 anos, ele ainda não ocupa o espaço necessário nas empresas. Por outro lado, percebe-se que esse é um assunto mais relevante também para a retenção de talentos: 50% das pessoas entrevistadas destacaram que o que empresas fazem de ESG é importante na hora de tomar uma decisão durante a proposta de trabalho.
‘https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/cresce-a-relevancia-da-pauta-esg-para-os-consumidores-brasileiros

Descomplicando o ESG

A sigla ESG significa em inglês Environmental, Social and Governance, o que em português se traduz como ASG – Ambiental, Social e Governança. Cada letra desta sigla representa um pilar a ser seguido no ambiente corporativo sobre o qual trataremos mais adiante.

As empresas, até o surgimento do ESG, eram movidas principalmente pelo lucro, faturamento e crescimento. Estes eram os pilares que determinavam as suas decisões. Esse conceito foi revolucionado em 2004, após uma provocação de Kofi Annan, ex-secretário da ONU em uma convenção para CEOs do mercado financeiro, que fez a seguinte indagação: “Como é possível integrar os fatores ambientais, sociais e de governança no mercado de capitais?”

A partir dessa provocação, as empresas de todos os tamanhos e setores do mundo começaram a definir bases do chamado investimento sustentável. Desde então, o termo ESG foi adicionado ao dicionário corporativo e as pautas de meio ambiente e sustentabilidade passaram a ter mais relevância nos negócios, incluindo também as questões de cunho social e governança.

É evidente nos dias de hoje a necessidade de as empresas abraçarem essa transformação para integrarem a sustentabilidade nas suas tomadas de decisões, devendo traçar novos planos de ação, superar desafios e acompanhar resultados medindo seus avanços, sob pena de perderem valor, relevância e reputação no mercado, além de investimentos pela falta de implementação das boas práticas ESG.

O que é ESG?
ESG ou ASG diz respeito a um conjunto de diretrizes, de boas práticas e estratégias a serem seguidas pelas empresas para que tenham um desenvolvimento com impactos positivos no meio ambiente, que sejam mais justas, conscientes e inclusivas no aspecto social e que, na tomada de decisões, sejam mais transparentes e responsáveis.

É certo que o tema tomou grande proporção e ganha força ano a ano no mundo dos negócios, sendo prioritário para nove de cada dez CEOs de empresas. Isso demonstra que, independentemente do tamanho ou segmento da empresa, em um futuro próximo aquelas que não aderirem ao ESG acabarão ficando para trás.

O ESG domina hoje as maiores conferências de negócios e meio ambiente do mundo, se tornou pauta cada vez mais obrigatória, de forma que as empresas que fecharem os olhos para esta transformação acabarão por serem devoradas por ela.

As letras que compõem a sigla ESG representam, cada uma, um pilar que demonstra os desafios a serem enfrentados no mundo dos negócios.

No pilar presente na letra “E”, que significa Environmental ou Ambiental, os maiores desafios hoje são as mudanças climáticas, o uso de recursos hídricos, gestão de resíduos, aumento da poluição e a preservação da biodiversidade.

No caso do pilar “S”, que significa Social, já podemos enfatizar como maiores desafios a diversidade e inclusão, a responsabilidade com clientes, a preocupação com a saúde e segurança de todos os colaboradores da empresa e a rastreabilidade da cadeia de fornecedores.

No último pilar, na letra “G”, que significa Governança, destacamos como desafios a necessidade de implementação de valores e cultura da organização com ampla divulgação e de forma transparente, regras de compliance, decisões responsáveis com transparência e ética, planejamento de longo prazo, gestão de risco e, principalmente, relacionamento com todos os stakeholders – o que, traduzindo para o português, podemos colocar como “parte interessada”.

Crise climática
Hoje é cristalino no mundo dos negócios que as empresas precisam implementar urgentemente as diretrizes ESG, e essa urgência parte primeiramente da consciência da crise climática, pois, sem recursos naturais, não sobrevivem negócios, não há vida.

É fato que tratar de sustentabilidade interfere diretamente na saúde financeira e na longevidade dos negócios, sendo certo que as empresas que ainda não se adequaram às diretrizes ESG tendem a perder não só reputação no mercado, mas também investimentos. É posição consolidada que as práticas ESG proporcionam retornos financeiros. Na bolsa de valores do Brasil, há, inclusive, um Índice de Sustentabilidade Empresarial.

Outro ponto de extrema relevância são os consumidores, que estão cada vez mais envolvidos e observando o que as empresas estão fazendo para se adequarem às diretrizes ESG e cada vez mais atentos a ações de fachada que, na prática, não ajudam a minimizar quaisquer impactos. Um estudo feito pela Bain & Company mostrou que propósito e sustentabilidade são dois dos critérios mais decisivos para os consumidores no ato da compra. Os consumidores hoje estão dispostos a pagar mais por produtos que sejam de fato sustentáveis.

Ainda podemos destacar que colaboradores e talentos também estão atentos e consideram um grande diferencial no aceite de proposta de novo emprego o fato de a empresa ter implementado e atuar com base nas diretrizes ESG.

As diretrizes ESG tendem a impulsionar a inovação e fortalecer a cultura da empresa. Além disso, ajudam na atração e retenção de talentos, garantem a responsabilidade nos processos e chamam a atenção de consumidores e novos investidores.

Bons exemplos
Podemos destacar empresas como Natura &Co, Apple, JBS, Itaú e Ambev, que são alguns exemplos de empresas que estão se dedicando continuamente às práticas ESG. Podemos, ainda, citar a iniciativa do Google, que lançou uma plataforma de dados para medir a percepção ESG do consumidor. Ela deve contribuir muito com as empresas na sua tomada de decisões com base em informações consolidadas e dados exclusivos.

Na prática, a implementação das diretrizes ESG serve para todas as empresas de todos os segmentos e tamanhos. Quando bem aplicadas nos negócios e de forma consistente, essas diretrizes geram valor e estabilidade para a empresa, Aos olhos dos stakeholders, são bem vistas as ações de comprometimento com as questões ambientais, sociais e de governança e, por consequência, estes tendem a promover e defender a marca, deixando evidente que resultados financeiros e ESG andam juntos.

Importante que, como primeiro passo, a empresa saiba que não necessariamente deverá implementar toda e qualquer diretriz ESG, mas sim as que se enquadram ao tamanho e segmento do seu negócio. Para isso, importante fazer o que chamamos de “matriz de materialidade” para definir qual pilar é prioritário em relação aos outros para sua empresa, pois sempre terá uma questão que demanda mais atenção, estratégia e ação, seja por um período, seja por toda a existência da empresa.

Materialidade significa a identificação e priorização dos aspectos de sustentabilidade que são mais relevantes para uma empresa específica, considerando seu tamanho, segmento, contexto operacional e stakeholders. É mais do que um conceito, é o que permite o alcance de uma sustentabilidade empresarial de sucesso.

A matriz de materialidade é a ferramenta que propicia identificar as questões mais materiais do seu negócio. Ao elaborar a matriz, será possível verificar as questões mais materiais do seu negócio e mais relevantes, e ainda entender como cada um dos seus stakeholders se envolve e é impactado por essas questões. Com a matriz de materialidade, é possível classificar os temas mais importantes e os riscos apontados e oportunidades associados a eles.

A partir da elaboração da matriz de materialidade é que será possível, com base nos riscos e oportunidades identificados, traçar os planos de ação que serão capazes de aumentar impactos positivos e mitigar os negativos.

20 anos
Considerando todos os pontos aqui abordados, resta evidente que são inúmeras as vantagens da implementação das diretrizes ESG, não só para o meio ambiente, mas também para sua empresa. É certo que isso mantém a longevidade do negócio e o coloca na frente dos seus concorrentes – se tornando referência no segmento em que atua -, garante a fidelidade dos seus stakeholders e retornos financeiros positivos alcançados pela implementação dessas boas práticas, agregando valor, relevância e propósito ao seu negócio.

No ano de 2024, o tema ESG fará 20 anos. Então coloque nas metas do próximo ano comemorar fazendo parte das empresas que adotam e implementam essas diretrizes.

Valéria Toriyama e Ana Paula Caseiro Camargo são advogadas do Caseiro e Camargo Advocacia Estratégica.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
‘https://mercadoeconsumo.com.br/28/12/2023/artigos/descomplicando-o-esg/

O impacto positivo da logística reversa no negócio e na sustentabilidade

Entender como a operação deve ser aprimorada para gerar menos resíduos e materiais que têm o aterro sanitário como destinação final é compromisso ambiental inadiável e se conecta com a saúde financeira das corporações.

As empresas que ainda não entenderam a dimensão do impacto das suas operações no meio ambiente estão, no mínimo, desatualizadas no debate sobre sustentabilidade. Saber o quanto o desenvolvimento dos produtos e serviços consome de matéria-prima e água ou geram de emissões de carbono e resíduos, atualmente, é tão importante quanto compreender como ele mobiliza a cadeia produtiva, o mercado e os consumidores finais.

Não é de hoje que sustentabilidade deixou de ser tema complementar. Entender como a operação deve ser aprimorada para gerar menos resíduos e materiais que têm o aterro sanitário como destinação final é compromisso ambiental inadiável, que também se conecta com a saúde financeira das corporações.

Mapear e atuar sobre os recursos que podem retornar para a empresa para serem reaproveitados ou recondicionados e quais podem ser reciclados e voltar para a cadeia produtiva também são sinônimo de economia.

É por isso que a logística reversa ocupa um espaço cada vez maior na pauta dos executivos das grandes companhias. Pensar em soluções que retornem insumos para a esteira de produção, reduzindo a necessidade de compra de matéria-prima e, ainda, garantindo o reuso é uma estratégia potente para empresas de qualquer setor.

Para alguns segmentos, como o de Bebidas, aliás, isso já é parte vital do negócio. O alto custo envolvido na produção do alumínio incentiva a reutilização do material pelas empresas do setor, o que explica a elevada taxa de reciclagem da lata de alumínio no país: 98%, de acordo com a Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio). Assim que foi estabelecida, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305, de 2010), determinou que diversos setores implementassem sistemas de logística reversa de produtos e embalagens pós-consumo com o objetivo de priorizar e estimular um novo ciclo de aproveitamento de insumos.

Aqui na Vivo, muito antes desse marco legal, a logística reversa de eletrônicos já ocupava espaço importante como contribuição para a economia circular, e isso tem se expandido de maneira significativa. Atualmente, somos responsáveis por reciclar mais de 15 mil toneladas por ano, falando apenas de materiais de infraestrutura, como cabos, aparelhos, materiais metálicos, plástico, entre outros, que voltaram para a Vivo por meio das equipes técnicas e pelo trabalho longevo e contínuo de campanhas voltadas ao cliente final. Esse volume representa o equivalente ao peso de 10 mil a 15 mil veículos de médio porte reciclados por ano.

Para se ter uma ideia, só entre janeiro e setembro de 2023, foram recuperados 850 mil aparelhos do serviço de fibra, como modens de banda larga e decodificadores de TV coletados junto aos clientes, evitando o descarte na natureza e novas demandas por recursos naturais.

Os aparelhos que não podem ser recuperados são direcionados para o Vivo Recicle e se tornam matéria-prima para a indústria. Para ampliar o alcance do programa de reciclagem, também utilizamos a inteligência artificial para contatar os clientes e oferecer opções para a coleta dos equipamentos ou devolução em loja – para aparelhos Vivo ou qualquer tipo que tiver, inclusive de outras operadoras. Mais recentemente, incluímos os Correios como opção de devolução, fornecendo gratuitamente um e-ticket para postagem.

A logística reversa da Vivo conta, ainda, com o suporte da plataforma de blockchain que controla e rastreia toda a cadeia de supply chain, da fabricação de equipamentos que transmitem a tecnologia da Vivo até a entrega na casa do cliente, o que ajuda a dar visibilidade para a área de logística reversa sobre o volume de aparelhos que poderá ser retirado e retrabalhado no futuro.

O momento atual é muito oportuno para o avanço da logística reversa no setor de tecnologia e eletrônicos. E a pressão por mudanças nas operações das empresas, independentemente do segmento, estimula o surgimento de pesquisas e de novos parceiros com soluções técnicas capazes de tratar mais tipos de materiais, segregar os componentes e dar uma reciclagem adequada para cada tipo.

Essa logística tem se profissionalizado, evoluído e hoje, é mais viável para qualquer empresa estruturar sua logística reversa utilizando tecnologias como o blockchain. Mas ainda há um longo caminho a ser trilhado. Mesmo bem consolidado, sabemos que o sistema de logística reversa ainda pode acomodar muitas inovações, endereçadas pela atuação sustentável das empresas e acompanhando a evolução na compreensão sobre esse reaproveitamento de recursos. Na Vivo, estamos atentos e abertos à essa evolução.

Até porque o tema avança para outras searas além da área operacional. Os consumidores estão de olho na movimentação das marcas por mudanças que impactem positivamente o planeta, e dispostos a orientar suas escolhas de consumo de modo a apoiar, boicotar as marcas usando a régua do impacto ambiental do produto ou serviço ofertado. Pesquisa da Bain & Company com consumidores mostrou que mais de 70% deles, por exemplo, estão dispostos a pagar um valor mais alto (de 10% a 25%) pela sustentabilidade, mesmo entre níveis de renda mais baixos.

Assim, além de apoiar a estratégia de sustentabilidade e de garantir financeiramente o negócio, a implementação de sistema de logística reversa conecta-se também à reputação das empresas. Quem prioriza o investimento em estudo técnico e operacional nessa área já sabe disso. E o seu negócio, em que etapa está nessa jornada?

* Caio Guimarães é diretor de Patrimônio, Compras e Logística da Vivo.

* Leandro Stumpf é diretor de Logística da Vivo.
‘https://mundologistica.com.br/artigos/o-impacto-positivo-da-logistica-reversa-no-negocio