E-commerce externo cai e favorece varejo local; taxação em abril deve ampliar impacto

Volume de pacotes no Remessa Conforme recuou 27% em um ano; nova alíquota de ICMS entra em vigor em abril.

O volume de transações no e-commerce internacional continua em queda, apontam dados da Receita Federal analisados pelo JPMorgan. Em janeiro deste ano, o número de pacotes processados dentro do programa Remessa Conforme permaneceu em torno de 11 milhões, bem abaixo dos 14 milhões registrados em novembro de 2024 e distante do pico de 20 milhões antes da adoção da taxa de importação de 20%.

A redução no volume financeiro em reais foi de 6% na comparação anual, ficando 34% abaixo do registrado em julho de 2024, último mês antes da tributação. Já a quantidade de pacotes caiu 27% em relação ao mesmo período do ano anterior e está 43% abaixo do maior volume já registrado.

Contudo, mesmo com a recente desvalorização do real, o tíquete médio das compras em dólar segue elevado. Esse movimento, segundo o banco, favorece varejistas nacionais, que enfrentavam forte concorrência de plataformas estrangeiras. Empresas como Lojas Renner (LREN3), Hering (AZZA3), Mercado Livre (MELI3), Magazine Luiza (MGLU3), Petz (PETZ3) e C&A (CEAB3) podem se beneficiar desse cenário.

A tendência deve se intensificar a partir de abril deste ano, quando entra em vigor a elevação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), elevando a carga tributária total para 44% sobre compras internacionais de até US$ 50.

Em dezembro, os Estados decidiram aumentar o imposto cobrado nas compras internacionais feitas pela internet a partir de 1 de abril. A alíquota do ICMS subirá de 17% para 20%.

Aumento das taxas

Embora tenha desagradado o consumidor brasileiro, com diversas reclamações e críticas nas redes sociais, a mudança no ano passado da tributação para as compras internacionais veio após forte pressão do setor varejista nacional, que há anos pleiteava igualdade nas regras fiscais entre empresas locais e plataformas estrangeiras.

A aprovação da alíquota de 20% foi considerada uma conquista parcial pelo setor, já que algumas entidades defendiam uma tributação maior. O projeto que resultou na taxação foi aprovado dentro do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que inicialmente tratava de incentivos para a indústria automotiva.

À época, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex) e o Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) afirmaram, em nota, que a decisão da Câmara dos Deputados foi um avanço na busca por igualdade tributária. No entanto, ressaltaram que a equiparação total ainda não foi alcançada, já que empresas nacionais enfrentam uma carga fiscal entre 70% e 110%.

Enquanto varejistas brasileiros veem a mudança como um passo positivo, gigantes internacionais como Shein e AliExpress classificam a medida como um retrocesso. Briza Bueno, diretora-geral do AliExpress no Brasil, afirmou em 2024 que a decisão afeta diretamente os consumidores e deveria ter sido debatida com mais profundidade.

No mesmo período, a Shein, por sua vez, disse que a tributação impacta o poder de compra da população e pode prejudicar o crescimento do e-commerce internacional no país.

Já a Shopee, que tem presença consolidada no Brasil desde 2019, apoiou a taxação de 20% sobre as compras de até US$ 50. A empresa afirmou que a medida fortalece o empreendedorismo local e não prejudica seus vendedores nacionais, responsáveis por 90% das vendas da plataforma no país.

Analistas de mercado consideram a nova taxação um fator positivo para empresas brasileiras de vestuário e comércio eletrônico. Segundo o Citi, Lojas Renner e C&A estão entre as principais beneficiadas porque concorrem diretamente com as plataformas asiáticas no segmento de moda feminina. Mercado Livre e Magazine Luiza também podem se favorecer, ainda que de forma mais limitada, devido ao perfil de tíquete médio mais elevado.

A XP aponta que, apesar da nova tributação reduzir a competitividade das plataformas estrangeiras, ainda há uma diferença na carga tributária em relação às empresas locais. Além disso, a chegada da Temu ao Brasil adiciona mais um fator de pressão competitiva para o varejo nacional, já que a plataforma chinesa possui forte capacidade de investimento e preços agressivos.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/mercados/e-commerce-internacional-cai-e-favorece-varejo-taxacao-em-abril-deve-ampliar-impacto/

Como a DHL Supply Chain vê o cenário logístico no Chile, Peru e Argentina pós-Covid

Quase cinco anos depois que a Covid-19 foi oficialmente declarada uma pandemia, os efeitos da crise nas cadeias logísticas globais ainda são palpáveis.

Neste sentido, países como Chile, Peru e Argentina estão sob pressão para melhorar sua infraestrutura de transporte, bem como seus sistemas de processamento. Isto faz com que muitas empresas busquem maneiras de navegar nessas águas turbulentas quando se trata de transportar seus produtos ou serviços. Nesses casos, empresas como a DHL Supply Chain estão disponíveis para oferecer consultoria nesse cenário.

Para saber mais sobre o estado atual da rede logística da empresa, bem como suas operações no Chile, Peru e Argentina, a BNamericas conduziu uma entrevista por e-mail com Marcos Cerqueira, novo diretor administrativo da DHL Supply Chain para esses três países, que também foi vice-presidente para setor de saúde da DHL Supply Chain no Brasil.

BNamericas: Cinco anos após o início da pandemia, qual é o estado das cadeias de suprimentos globais?

Cerqueira: As cadeias de suprimentos globais passaram por mudanças significativas nos últimos cinco anos. A disrupção é o novo normal. Com isso em mente, na DHL Supply Chain vemos três elementos principais:

Resiliência e flexibilidade: como líderes em logística, temos clareza de que a diversificação, assim como a capacidade de adaptação da cadeia de suprimentos, nos permite fortalecer as operações para lidar com interrupções ou eventos imprevistos. Este é naturalmente um valor esperado pelos nossos clientes.

Digitalização: nesse sentido, toda a transformação tecnológica impulsionada pela pandemia não acabou. Claramente, houve um aumento na adoção de tecnologias digitais, como inteligência artificial e análise de dados, para melhorar a visibilidade e a eficiência. Mas também devemos levar em conta que a digitalização será um processo contínuo que assumirá dimensões e aplicações, conforme as necessidades da indústria e a disponibilidade de tecnologia em nossas diversas geografias.

Sustentabilidade: parte da evolução dos últimos anos está muito ligada à necessidade de cuidar mais do meio ambiente e avançar em investimentos e ações para que os participantes da cadeia de suprimentos possam contribuir de alguma forma para a redução de emissões ou melhor gestão dos recursos. Por exemplo, na DHL Supply Chain implementamos painéis solares, veículos elétricos, bem como tecnologias que nos permitem reutilizar materiais. No entanto, estes tipos de ações não são isoladas: elas fazem parte da nossa estratégia para 2030 e observamos que nossos clientes também têm objetivos claros de contribuir positivamente para o meio ambiente.

BNamericas: Em relação ao cluster que você cobre especificamente, quais países têm a rede logística mais favorável e, no sentido inverso, quais têm as principais deficiências?

Cerqueira: Segundo o Índice de Desempenho Logístico do Banco Mundial, a Argentina lidera com uma pontuação de 2,80, enquanto Peru e Chile pontuaram 3,0, sendo a mais alta 5.

Para colocar essa informação em perspectiva, quero compartilhar com vocês que o México está classificado com 2,9 e o Brasil com 3,20. Como você pode ver, não há muita diferença entre os principais países latino-americanos, o que significa que há uma evolução positiva no cluster em termos de competitividade.

No entanto, é preciso deixar claro que cada país é diferente e, além de questões econômicas, estou me referindo a termos geográficos e necessidades locais. Por exemplo, o Peru, devido à sua geografia montanhosa, pode ser mais desafiador que o Chile. Porém, é lá que a flexibilidade na rede logística desempenha um papel muito importante para chegar a todos os pontos do país.

Então, se passarmos para uma perspectiva comercial, vemos no Peru a oportunidade de levar a logística para o próximo nível. Enquanto continuamos a fortalecer nossas operações nos setores de tecnologia, automotivo e de consumo, também continuamos a expandir para outros setores nos quais temos ampla experiência regional, como varejo e farmacêutico – onde, por meio de ferramentas e sistemas de inovação, buscamos impulso e evolução.

Por exemplo, no Peru temos o Innovation Corner, um espaço muito exclusivo onde demonstramos as tecnologias que nos permitem ir mais longe.

E em termos de transporte, existem soluções de ponta, como a Control Tower no Chile e no Peru, a qual nos permite orquestrar o transporte.

BNamericas: Como a DHL Supply Chain aconselha seus clientes quanto a superar as deficiências das redes logísticas que eles encontram nesses países?

Cerqueira: Colaboração, compreensão e flexibilidade são a chave. Como uma empresa global com operações locais, temos a capacidade de replicar as melhores práticas, compartilhar aprendizados e fornecer aos clientes as ferramentas para enfrentar os desafios que eles enfrentam.

Por exemplo, no Chile, no início da pandemia, colaboramos com um cliente na conversão à omnicanalidade, para que ele pudesse se tornar uma operação de comércio eletrônico de sucesso. Por outro lado, o Peru tem sido referência em processos de avaliação de retorno para simplificar a cadeia de suprimentos de nossos clientes.

Além disso, não se trata apenas de prestar consultoria, mas também de oferecer otimização de processos, tecnologias adequadas e contribuir claramente com o melhor talento humano da DHL Supply Chain, que está comprometida em resolver desafios.

BNamericas: Quais são os principais planos da DHL Supply Chain para o cluster Chile, Peru e Argentina este ano?

Cerqueira: Continuaremos a fortalecer nossa presença e capacidades no cluster. Em suma, queremos levá-lo ao próximo nível da logística.

No Peru, continuaremos expandindo nossas capacidades e acompanhando o crescimento do setor, com foco adicional no comércio eletrônico.

Já no Chile e na Argentina, o foco em Saúde continua com nossa oferta de valor em especialização e cadeia de frio. Além disso, no Chile vemos uma oportunidade de crescimento em setores como varejo e comércio eletrônico.

BNamericas: Como os clientes da DHL Supply Chain veem as perspectivas para este ano?

Cerqueira: Embora a nível empresarial estejamos cientes dos desafios que podem surgir – já falamos que a disrupção é o novo normal –, me parece que, de modo geral, há otimismo quanto às oportunidades e à inovação que este ano pode trazer à indústria. Sem dúvida, será fundamental ser proativo para enfrentar os desafios, mas sempre olhando adiante.

Fonte: “https://www.bnamericas.com/pt/entrevistas/como-a-dhl-supply-chain-ve-o-cenario-logistico-no-chile-peru-e-argentina-pos-covid”

 

Alibaba tem receita acima do esperado no trimestre com alta nas vendas

A companhia teve receita de 280,15 bilhões de iuans (US$ 38,58 bilhões) para os três meses encerrados em 31 de dezembro.

O grupo chinês de comércio eletrônico Alibaba divulgou nesta quinta-feira (20) receita trimestral acima da esperada pelo mercado, impulsionada por fortes vendas de fim de ano e sucesso da estratégia de atração de consumidores preocupados com os preços.

A demanda saudável dos mercados internacionais e o aumento dos gastos dos clientes durante o fim de ano ajudaram a empresa a aumentar vendas e a obter um desempenho financeiro mais sólido.

O evento anual de vendas do Dia dos Solteiros, em novembro, festival de compras em toda a China, muitas vezes visto como um termômetro da confiança dos consumidores, foi mais longo do que as edições anteriores e levou a um aumento de 26,6% nas vendas nas principais plataformas de comércio eletrônico do país, segundo o provedor de dados Syntun.

Amazon Brasil aponta principais vendas em seção de produtos internacionais

Após expansão em janeiro deste ano, com mais 40 milhões de produtos dos EUA disponíveis, a aba de compras internacionais da Amazon Brasil contabiliza os primeiros resultados. A seção contou com destaque, principalmente, na procura por livros e itens colecionáveis de cultura pop (HQs e cinema).

Em lista enviada ao Tecmundo com os principais itens vendidos desde a expansão em janeiro, estão:

1. Livro de Colorir Cozy Friends, Coco Wyo
2. Marvel Collectibles toys (Blue Spiderman)
3. Livro Bridge to Terabithia: A Newbery Award Winner, Katherine Paterson
4. Livro The House On Mango Street, Sandra Cisneros
5. Livro Very Hungry Caterpillar, Eric Carle
6. Livro Harry Potter And The Sorcerer”s Stone: Volume 1, J. K. Rowling
7. Livro Animal Farm: 75th Anniversary Edition, George Orwell
8. Livro The Gruffalo, Julia Donaldson e Axel Scheffler
9. Livro Things No Seen, Andrew Clements
10. Marvel Legends Series Colossus, Deadpool Legacy Collection Deluxe Collectible

De acordo com levantamento interno, entre os itens de literatura comercializados na seção de compras internacionais, a média de preços fica entre R$ 59 e R$ 70. Vale lembrar que são edições em inglês.

Fora os itens de literatura, outros gêneros como linha e discos de vinil e itens de casa ou cozinha também despontam. Na categoria de produtos de beleza, a preferência é por itens sustentáveis de cuidados capilares e com a pele, como os esfoliantes.

No momento de expansão, 35 segmentos foram incluídos à lista de produtos oferecidos, além de marcas como Adidas, Kipling, Calvin Klein, Puma, Conair, Carter’s, Ninja, entre outras.

Fonte:”https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/amazon-brasil-aponta-principais-vendas-em-secao-de-produtos-internacionais”

 

Sequoia (SEQL3) vende operação por 1 euro, simplifica estrutura no Brasil e anuncia aumento de capital

Além da venda do ativo em Portugal e da mudança na estrutura societária, a companhia deu outro passo em seu plano de Recuperação Extrajudicial ao aprovar um aumento de capital de R$ 110 milhões.

Quando o assunto é fusões e aquisições é comum pensarmos em cifras com valores milionários — e até bilionários — em operações de compra e venda de empresas. Mas no caso Sequoia Logística e Transportes (SEQL3) o valor não passou nem perto disso — embora o anúncio conjunto de aumento de capital tenha chegado à casa dos milhões de reais.

Em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa anunciou nesta sexta-feira a venda da MRR Logistics Solutions (Moove Portugal) para seu atual administrador pelo valor simbólico de 1 euro, aproximadamente R$ 6, na cotação atual

A decisão faz parte da estratégia da companhia de focar suas operações no Brasil.

A Moove Portugal, que iniciou suas atividades em 2020, conta com oito funcionários e opera em um galpão alugado de 2 mil metros quadrados. No ano passado, registrou receita líquida de 486,7 mil euros (cerca de R$ 2,9 milhões), mas sem apresentar lucro.

Segundo a Sequoia, um laudo independente avaliou a empresa em 10,5 mil euros, enquanto os custos para encerramento das operações foram estimados em 143,9 mil euros.

Incorporação de subsidiárias

Além da venda, a Sequoia anunciou a incorporação de três subsidiárias para reduzir custos e simplificar a estrutura societária  da companhia de logística no Brasil.

As empresas Levoo Tecnologia, Rodoe Transporte de Encomendas e JHO Administração e Participações serão incorporadas a outras unidades do grupo.

Já o processo de encerramento da M3 Pagamentos e da SF 350 está em fase final.

“Uma vez que as empresas apresentavam a mesma estrutura de gestão e administração, este movimento representa para o grupo redução de custos com obrigações acessórias, simplificação dos processos de back-office, entre outros”, afirmou a empresa em nota.

Aumento de capital milionário

Além das mudanças em sua estrutura societária, a Sequoia deu outro passo em seu plano de Recuperação Extrajudicial ao aprovar um aumento de capital de R$ 110 milhões.

A decisão foi tomada por unanimidade em Assembleia Geral Extraordinária (AGE).

Segundo a empresa, o aumento será feito por meio da emissão de no mínimo 13,75 milhões de ações ordinárias ao preço de R$ 8 cada. Com isso, a empresa reduzirá R$ 110 milhões de sua dívida, convertendo créditos de credores em participação acionária.

A situação financeira da Sequoia Logística (SEQL3)

Vítima da crise das varejistas on-line e de uma estratégia equivocada de expansão, a Sequoia Logística fechou um acordo de renegociação de dívidas com os bancos e investidores de debêntures em dezembro de 2023, após cair quase 90% no ano na B3.

No ano passado, em outubro, a empresa enviou à Justiça um plano de recuperação extrajudicial com os demais credores para renegociar dívidas de R$ 295 milhões.

Segundo a Sequoia, a recuperação extrajudicial é resultado das “dificuldades momentâneas” enfrentadas pelas empresas e fruto da “desaceleração do e-commerce no Brasil no último ano”.

Com IPO realizado na B3 em 2020, ainda durante a pandemia de covid-19, a companhia sofreu com o ciclo de alta de juros que se seguiu.

Desde a abertura de capital, as ações SEQL3 praticamente viraram pó, com uma derrocada acumulada de 98% na bolsa. Hoje a empresa vale R$ 77,68 milhões na B3.

Fonte: “https://www.seudinheiro.com/2025/empresas/sequoia-seql3-vende-operacao-por-1-euro-simplifica-estrutura-no-brasil-e-anuncia-aumento-de-capital-mcss/”

IA, governo e mais: os planos de Mark Zuckerberg para a Meta em 2025

Clima tenso em primeira reunião geral vazada, traz perguntas polêmicas de colaboradores, planos ambiciosos para a Inteligência Artificial própria e novas políticas da companhia.

“Será um ano intenso, então apertem os cintos. Temos muito a fazer. Estou animado com isso”, disse Mark Zuckerberg aos funcionários da Meta, no término da primeira reunião geral do ano que já começou sem segredos – o encontro segue com o motivo para seu vazamento ainda como um mistério.

Mas, apesar do “ânimo” manifestado por Zuckerberg, o líder não escondeu seu descontentamento e prometeu demitir o responsável por tornar públicas as informações da agenda, segundo o portal nova-iorquino The Verge.

“Tentamos ser realmente abertos e então, tudo o que eu digo vaza. É uma droga”, esbravejou, mostrando aborrecimento com a falta de privacidade e o controle das narrativas da empresa.

Nova dinâmica

De qualquer forma, as tensões já tinham sido antecipadas pelo próprio RH, que avisou que, pela primeira vez, as regras da reunião seriam mudadas. “Pularemos perguntas que achamos que podem ser improdutivas”, comunicaram.

Nesse novo cenário, as perguntas mais votadas não foram classificadas e os comentários foram desabilitados durante a transmissão ao vivo. Mesmo sem a abertura para as questões “improdutivas”, o que não faltou foram pontos polêmicos levantados.

Alguns deles, relativos às novas políticas que assombram os corredores da companhia, como o retorno definitivo ao trabalho presencial – desmentido por Zuckerberg, que deverá manter a flexibilidade do modelo híbrido – e os planos iminentes de demissão por baixo desempenho.

Em relação a este último o executivo foi cirúrgico. “O melhor a fazer é arrancar o band-aid de uma vez”.

A Inteligência Artificial na “reunião secreta”

O executivo manteve o alinhamento com Donald Trump ao reforçar projetos ambiciosos com vistas para uma supremacia norte-americana em Inteligência Artificial.

“Agora temos uma oportunidade de ter uma parceria produtiva com o governo dos Estados Unidos e vamos aproveitar isso. Acho que é a coisa certa a fazer porque há várias áreas onde temos objetivos comuns que farão com que a gente possa servir melhor nossa comunidade, promovendo os interesses do nosso país juntos”, afirmou.

Óculos inteligentes

O líder da Meta manteve as projeções já mencionadas sobre Inteligência Artificial e os óculos inteligentes desenvolvidos em parceria com a Ray-Ban, revelando que as vendas ultrapassaram a marca de 1 milhão de unidades em 2024 – um dado inédito para a empresa.

“Nosso desafio é saber se conseguiremos dobrar esse número ou mesmo quintuplicá-las para 5 milhões ainda este ano”, disse e complementou. “Nós, essencialmente, criamos esta categoria e, embora os concorrentes ainda não tenham surgido de forma expressiva, sabemos que isso vai acontecer. Por isso, precisamos usar este momento para expandir rapidamente o alcance dos óculos Meta AI e aproveitar ao máximo esta oportunidade”.

Llama

Zuckerberg falou do Llama, sistema de IA da Meta que já conta com cerca de 700 milhões de usuários ativos por mês e busca se equiparar ao ChatGPT. O bilionário se mostrou confiante de que esse número deverá ultrapassar a marca de um bilhão ainda em 2025.

“Temos o compromisso de disponibilizar um produto de ponta, sem custos para o usuário, que possa competir de igual para igual com as melhores soluções de IA disponíveis no mercado”, disse.

O que chamou atenção mesmo foi a calma do líder demonstrada diante dos modelos de IA chineses. O CEO parecia mais preocupado em “ressuscitar” a relevância da plataforma que o lançou para o mundo – o Facebook.

Moderação e minorias

Entre as pautas consideradas polêmicas, as perguntas endereçadas ao CEO passaram pelas mudanças promovidas pelas nas políticas de moderação de conteúdo das plataformas da Meta e o fim dos programas de diversidade e inclusão na companhia – tendência já anunciada por outras companhias entre o fim do ano passado e o início de 2025.

A resposta para alguns questionamentos foi “vamos tentar abordar todos os principais tópicos, mas, onde estamos agora, há um monte de coisas que eu acho que são destruidoras de valor para eu falar, então, eu simplesmente não vou falar sobre elas”.

Mas, sobre o tema equidade, afirmou que “não pode fazer coisas que beneficiem grupos específicos”, mas que “provavelmente trará de volta” o treinamento sobre preconceito inconsciente para funcionários. Momento em que Janelle Gale, chefe de RH da Meta, interviu: “Temos tolerância zero para assédio ou discriminação de qualquer tipo”, disse, afirmando que “a empresa vai celebrar o Mês da História Negra e continuará recrutando um amplo grupo” de talentos.

Quanto às alterações relacionadas às moderações de conteúdo, que, segundo críticos, viabilizam comentários preconceituosos nas redes sociais, Zuckerberg justificou a decisão argumentando que as políticas anteriores da empresa limitavam excessivamente a liberdade de expressão em suas plataformas.

“Francamente, estávamos muito fora do mainstream. Quando dizemos que alguém pode dizer algo em nossos serviços, isso não significa necessariamente que concordamos com essa coisa. Significa apenas que queremos ser uma plataforma onde as pessoas podem discutir coisas”.

Fonte: “IA, governo e mais: os planos para a Meta em 2025

Aeroporto de Viracopos inaugura área especial para pacotes do e-commerce

O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), iniciou nesta semana um serviço especial de recepção de mercadorias do e-commerce que deve agilizar o recebimento de remessas expressas em toda a região Sudeste do país. O TECEX Viracopos iniciou a operação com quatro empresas especializadas que ocupam uma área exclusiva dentro do Terminal de Carga visando tramitar os pacotes de importações.

O local terá um fluxo diferenciado e todos os operadores são habilitados no Programa de Remessa Conforme, da Receita Federal. O TECEX de Viracopos vai abrigar 04 empresas e funcionará 24h durante os sete dias da semana. Um teste piloto no local foi realizado com sucesso no dia 15/01 pela empresa PHX.

O Programa Remessa Conforme é um programa implementado pela Receita Federal do Brasil em 2023, designado para simplificar o processo de importação e reformular o sistema de tributação para compras internacionais.

A expectativa da Gerência Comercial de Carga de Viracopos é que o local possa receber aproximadamente 70 mil pacotes por dia nesta primeira fase da operação.

O aeroporto já prepara novas áreas para ampliar o TECEX nos próximos meses e, assim, poderá abrir espaço para que outras empresas também possam aderir ao sistema especial de remessas expressas destinados à região Sudeste, principalmente para o Estado de São Paulo.

“Nossa expectativa é que o pacote de remessa expressa seja liberado em poucas horas, para ser entregue com segurança e agilidade aos clientes das respectivas empresas que operam no TECEX de Viracopos”, disse a diretora Comercial de Viracopos, Maria Fan.

Segurança e monitoramento

O TECEX Viracopos vai operar com três equipamentos de raio X dedicados exclusivamente para as operações de remessas expressas do e-commerce. O local é monitorado 24 por dia por câmeras de segurança e conta com espaços segregados para inspeção, retenção e apreensão, que será fiscalizada pelos órgãos públicos anuentes e administrada pela concessionária Aeroportos Brasil Viracopos.

O e-commerce, ou comércio eletrônico, é o processo de compra e venda de produtos e serviços pela internet. O termo se refere a transações realizadas por meio de computadores, celulares, tablets e outros dispositivos móveis.

O TECEX de Viracopos teve o alfandegamento aprovado pela Receita Federal no final de 2024 e o início das operações ainda no presente mês é bastante oportuno em razão do feriado chinês que resulta em um aumento importante da demanda.

“Algumas empresas da área de e-commerce já estão procurando o aeroporto interessadas em áreas para aderir ao TECEX de Viracopos e o aeroporto já iniciou as obras para expandir o serviço nos próximos meses, podendo consolidar Viracopos como um dos principais centros de distribuição de remessas expressas na região Sudeste do país”, completou a gerente Comercial de Carga de Viracopos, Marina Giffu.

Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), as vendas totais registradas no e-commerce brasileiro foram de R$ 185,7 bilhões em 2023, aumento de 10% em relação ao período anterior. De acordo com dados da instituição, foram 395,1 milhões de pedidos e, para 2024, a projeção, ainda a ser formalizada, é de atingir R$ 205,1 bilhões, com 418,6 milhões de compras.

Fonte: “Aeroporto de Viracopos inaugura área especial para pacotes do e-commerce | default

BH Airport movimenta R$ 11,3 bilhões em importações e cresce 22% na receita do hub logístico

Em 2024, o terminal recebeu mais de 30 mil operações de importação de cargas, um crescimento de 8% em relação ao ano anterior.

O BH Airport encerrou 2024 com crescimento nas importações e uma receita histórica no hub logístico multimodal. No ano passado, o terminal recebeu mais de 30 mil operações de importação de cargas, um crescimento de 8% em relação ao ano anterior. O valor das cargas importadas subiu de R$ 7 bilhões, em 2023, para R$ 11,3 bilhões em 2024, representando um aumento de 60%.

A receita do Hub Logístico Multimodal também registrou crescimento de 22% em relação ao ano anterior, alcançando o maior patamar já registrado. O modal marítimo teve um avanço de 32% nas operações, com mais de mil cargas importadas, distribuídas em cerca de 250 containers, que juntos ocupam uma área equivalente a um campo de futebol. Esses resultados reforçam o perfil multimodal do BH Airport como ponto estratégico para Minas Gerais.

O CEO do BH Airport, Daniel Miranda, celebra o resultado, que é fruto de um trabalho para consolidar o terminal internacional mineiro como um hub logístico de referência no Brasil. “Os números de 2024 comprovam a eficácia de nossas estratégias para atender às necessidades do mercado, integrando diferentes modais de transporte e oferecendo soluções completas para importadores com condições únicas. Dessa forma, trazemos mais receita para o nosso estado e conectamos Minas Gerais ao mundo com agilidade e eficiência”, afirmou.

De acordo com a empresa, o Hub Logístico Multimodal do BH Airport opera com recebimento, deslacre, armazenamento e nacionalização de cargas, sendo o único recinto alfandegado de Minas Gerais com fiscalização disponível 24 horas. São 12 mil m² de área alfandegada, 300 m² de armazém de cargas perigosas; 3,13 mil m² de câmaras frias com setup personalizado de e -18°C a +22°C e qualificação térmica; e 11 posições para estacionamento de aeronaves cargueiras.

Segundo a companhia, o terminal recebe cargas de diversos países no mundo e, entre os países de origem mais representativos estão Estados Unidos, China, Alemanha, Itália, Holanda e França. Entre os setores com maior demanda estão Ciência da Vida, com cargas como vacinas e medicamentos, Mineração e Automotivo.

NOVO SERVIÇO

O hub logístico multimodal do BH Airport também inaugurou rota terrestre, que busca a carga que chega ao Aeroporto do Galeão (GIG) e traz para o terminal internacional mineiro. De acordo com a empresa, a operação acontece via remoção consolidada, com o transporte entre os recintos alfandegados, sem que a carga inicie o processo de nacionalização. O desembaraço aduaneiro só acontece quando a carga chega ao BH Airport, que oferece taxas convidativas a empresas e importadores mineiros.

“A nova rota terrestre é uma solução estratégica que reforça nosso compromisso em atender às necessidades dos importadores, oferecendo maior agilidade e eficiência na movimentação de cargas. A remoção consolidada permite que as empresas tragam suas mercadorias diretamente para o BH Airport, onde oferecemos infraestrutura de excelência, tarifas competitivas e um serviço personalizado”, afirmou o CEO do BH Airport.

Fonte:”BH Airport cresce 22% na receita do hub logístico

Grupo InPost movimentou 322,1 milhões de encomendas no 4º trimestre de 2024

A rede de locais de entrega do Grupo expandiu-se para mais de 82 mil pontos, com os lockers a representarem 57% destes locais.

O número total de encomendas processado pelo Grupo InPost em 2024 ultrapassou mil milhões, tendo, no dia de pico mais movimentado, sido processadas quase 14 milhões de encomendas na Europa. A multinacional de soluções logísticas para o setor do comércio eletrónico, informa ainda que atingiu volumes recorde no quarto trimestre de 2024: durante a época alta, movimentou um total de 322,1 milhões de encomendas, o que representa um aumento de 20% em relação ao ano anterior.

A InPost associa o sucesso do último trimestre a vários marcos nos países que compõem a rede na Europa. Portugal e Espanha “expandiram consideravelmente a sua rede de pontos pack ao longo do ano”, indica, revelando que no final do quarto trimestre de 2024, ambos os países tinham 2.004 lockers e 9.971 pontos pack em funcionamento, totalizando mais de 11.900 locais entre os dois países.

Na Polónia, a InPost registou um aumento contínuo da procura de lockers e de serviços de entrega ao domicílio, “atingindo volumes recorde de 209,9 milhões de encomendas, um aumento de 20% em relação ao ano anterior”, refere a empresa, acrescentado que, ao mesmo tempo, os marketplaces nacionais e internacionais também contribuíram positivamente. Os volumes foram ainda impulsionados pela garantia de entrega antes do Natal e por outros indicadores-chave de elevada qualidade logística.

No Reino Unido, a InPost entregou 27,2 milhões de encomendas no quarto trimestre de 2024, o que representou um aumento de 58% em relação a 2023. “Este forte crescimento trimestral do volume foi possível graças à melhoria das operações logísticas e a uma expansão significativa da rede”, explica a empresa.

A rede de locais de entrega do Grupo continuou a expandir-se para mais de 82 mil locais, com os lockers a representarem 57% destes locais. “A empresa manteve a sua posição de número 1 em termos de rede de lockers na Polónia, França e Reino Unido. Em Portugal, Espanha e Itália o número de lockers duplicou, aumentando significativamente a sua visibilidade e presença no mercado”, assegura.

Rafał Brzoska, diretor executivo afirma que “2024 foi outro ano marcante para o Grupo InPost”, excedendo as expectativas “desde o início do ano em todos os nossos mercados”. “Estabelecemos novos recordes tanto em termos de volumes entregues como de expansão da nossa rede. Pela primeira vez, o nosso volume total ultrapassou mil milhões de encomendas e a instalação de APMs ultrapassou as 11 mil unidades”, acrescentou.

Fonte: “https://www.hipersuper.pt/2025/01/16/grupo-inpost-movimentou-3221-milhoes-de-encomendas-no-4o-trimestre-de-2024”

Meta lança testes para exibir anúncios do eBay no Facebook Marketplace

A Meta anuncia nesta quarta-feira (8) o lançamento de testes na Alemanha, França e Estados Unidos para permitir que compradores naveguem por listagens do eBay no Facebook Marketplace e então concluam suas transações no eBay.

A estratégia vem como resposta à multa de US$ 840 milhões pela Comissão Europeia (CE), aplicada em novembro, por práticas abusivas que beneficiavam o Facebook Marketplace, prejudicando a concorrência. Em comunicado, a Meta informou, que embora continue recorrendo pela decisão da Comissão sobre o Facebook Marketplace, segue trabalhando para tentar solucionar os pontos levantados. No entanto, a Comissão Europeia ainda não respondeu ao comentário.

Como vai funcionar?

A big tech estadunidense informou que os vendedores do eBay ganharão exposição ao público do Facebook e os usuários do Marketplace terão acesso a uma maior listagem de produtos anunciados pela comunidade do eBay. Quando um item do eBay for vendido por meio do Facebook Marketplace, os compradores serão redirecionados ao eBay para finalizar a compra, seguindo um processo de compra igual ao do site.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/meta-lanca-testes-para-exibir-anuncios-do-ebay-no-facebook-marketplace”