Correios, Viracopos e Receita testam projeto para embarque de carga postal internacional

O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), iniciou um projeto-piloto, em conjunto com os Correios e com a Receita Federal, para o envio de carga postal destinada a outros países. O projeto foi iniciado com a exportação de um lote com 1 tonelada de carga em devolução, que foi embarcada em um voo da Lufthansa para a Suécia. A aeronave decolou na tarde do último sábado (28/08). A operação foi acompanhada de perto pela Receita Federal de Viracopos e pelos Correios.

O projeto prevê, inicialmente, que seja transportada carga em devolução para diversos países. As cargas consistem em produtos adquiridos no exterior, mas que não tiveram autorização de importação ou que não puderam ser entregues aos destinatários no Brasil.

Com o projeto, as cargas serão devolvidas aos seus remetentes. Pelo menos 30 pessoas participaram da operação de descarregamento da carga dos Correios, na sexta-feira (27), e do carregamento dos produtos na aeronave, no último sábado, no pátio do Terminal de Carga de Viracopos.

A carga embarcada no piloto saiu do Centro Internacional em São Paulo, já com a documentação de embarque emitida e autorizada pela Receita Federal. O transporte até Viracopos foi realizado em veículo exclusivo, lacrado na presença de auditor da Receita Federal local, conforme previsto na legislação.

Com o projeto-piloto foi possível identificar pontos a serem ajustados para que o embarque das cargas em Viracopos ocorra de forma permanente, ampliando as opções de voos que os Correios possuem para o escoamento da carga destinada a outros países.

Serviço de drones do Google alcança 100 mil entregas

O serviço de entrega de drones do Google completará 100 mil entregas neste fim de semana. No primeiro trimestre de 2021, foram feitas mais entregas do que em todo o ano de 2020.

O serviço é operado na Austrália, Estados Unidos e Finlândia. O estado australiano de Queensland tem o maior serviço de entrega de drones residenciais do mundo. Na cidade de Logan, foram realizadas mais de 50 mil das entregas do Google.

Os drones de Wing são híbridos/aeronaves de asa fixa que atravessam cerca de 45 metros (100 pés). Os equipamentos carregam pequenos pacotes de até cerca de 1,2 kg e entregam em um raio de cerca de 10 km, em menos de seis minutos. Os drones não aterrissam. Os aparelhos descem cerca de sete metros e, em seguida, liberam o pacote automaticamente, informa o portal The Verge.

Os usuários podem baixar o aplicativo Wing e pedir os produtos, como café, mantimentos, sushi, bolos, ração para animais e roupas. As entregas são feitas em menos de 10 minutos e o registro da Wing para uma entrega é de dois minutos e 47 segundos.

Alibaba investe em robôs para o delivery de comércio eletrônico na China

Somente neste ano, a empresa implantou 1.000 bots de entrega em campi universitários chineses e áreas urbanas.
Robôs que falam com porteiros, sobem elevadores e tocam campainhas. Esse é o futuro do delivery de comércio eletrônico na gigante chinesa Alibaba. A empresa acredita que robôs são rápidos, confiáveis e relativamente baratos, podendo atender à crescente demanda por compras online na China.

Prova disso é que, somente este ano, o Alibaba está implantando 1.000 bots de entrega em campi universitários chineses e áreas urbanas. Chamados de Xiaomanlv, ou “burro pequeno” em mandarim, os robôs podem entregar cerca de 50 pacotes por vez e até 500 caixas em um dia, cobrindo até 100 quilômetros com uma única carga.

Os bots recolhem os pacotes em um posto de correio e seguem para o local de entrega, rodando em calçadas e nas ciclovias. Eles ainda não conseguem subir lances de escadas, mas no futuro poderão até substituir empilhadeiras nas fábricas, descartar lixo hospitalar em hospitais e transportar bagagens nos aeroportos.

Direção autônoma
A ideia é que os bots “aprendam” a ultrapassar obstáculos com segurança em estradas menores de baixa velocidade e becos sem saída. No futuro, eles podem substituir empilhadeiras em fábricas, descartar resíduos médicos em hospitais e até mesmo mover bagagem ao redor dos aeroportos.

A Academia Damo, centro de pesquisa científica do Alibaba, analisará os insights coletados desses primeiros modelos e atualizará os bots para serem seguros para manobrar mesmo em vias públicas. “Em três a cinco anos, esperamos progredir na direção autônoma em cenários de velocidade mais rápida e fazer entregas em distâncias mais longas”, disse Wang Gang, chefe do Laboratório de Direção Autônoma da Damo.

O mercado de comércio eletrônico da China é o maior do mundo e seu crescimento estimulou o rápido desenvolvimento da logística para atender aos pedidos dos clientes. As entregas de pacotes ultrapassaram 830 bilhões na China continental em 2020, nove vezes o volume de 2013, segundo os Correios da China.

Falta de mão de obra
A pandemia de coronavírus também acelerou a mudança no consumo de offline para online e aumentou a demanda dos clientes por entrega sem contato. Ao mesmo tempo, a quantidade de profissionais para realizar entregas cai no país conforme a população envelhece. A Organização Mundial da Saúde espera que a porcentagem de pessoas com mais de 60 anos na China chegue a 28% até 2040.

“Não temos mão de obra suficiente para entregar tantos pacotes aos consumidores. É impossível sem tecnologias automatizadas. Então, é por isso que Xiaomanlv é muito importante”, disse Wang Gang. “Espero construir produtos de IA que possam ter aplicação prática e um grande impacto social, em vez de impacto acadêmico.”

Empresas globais de entrega, como FedEx e UPS, ainda lidam com a maioria dos pacotes manualmente. No entanto, alguns varejistas estão explorando soluções mais modernas, como entregas de drones. Ainda assim, há relativamente poucos drones em circulação, dado o alto nível de autorização regulatória necessária. Os robôs de entrega, ou bots, por outro lado, são mais promissores em termos de implantação em massa.

O que sites estrangeiros oferecem de diferente para os brasileiros?

Em 2020, 57% dos compradores digitais brasileiros fizeram pelo menos uma compra no exterior; melhores preços e variedade de produtos são os benefícios mais atraentes.
Shein, Aliexpress, Shopee, Amazon, E-bay, Mercado Livre. Se você nunca comprou um produto importado em sites estrangeiros como estes, certamente, conhece alguém que já se aventurou no universo das compras internacionais.

De acordo com o relatório Comércio Sem Fronteiras 2021 (Borderless Commerce Report), realizado pelo PayPal, 57% dos brasileiros fizeram pelo menos uma compra no exterior no último ano. Melhores preços e variedade de produtos são os principais motivos que os levam a gastar dinheiro fora do e-commerce brasileiro.

Entenda, a seguir, qual é o perfil desses consumidores, quais são os itens mais buscados por eles e as alternativas para as empresas nacionais se tornarem mais competitivas e direcionarem parte dessa demanda para seus negócios.

Sites estrangeiros X e-commerce nacional: um panorama do consumo brasileiro
O consumo on-line – nacional e internacional – atingiu números recordes no último ano, impulsionado pela pandemia e pelas regras de isolamento social.

Para se ter uma ideia, um levantamento feito em parceria entre o PayPal Brasil e a BigDataCorp., intitulado Perfil do E-commerce Brasileiro 2021, apontou um crescimento de mais de 22% no número de e-commerces no Brasil nos últimos 12 meses. E, antes disso, na edição do ano passado, o crescimento havia batido os 40%. Em números absolutos, isso representa um aumento de 900 mil lojas online em julho de 2019 para quase 1,6 milhão em julho deste ano.

“Os brasileiros sempre foram muito ativos na internet por meio das redes sociais e, nos últimos anos, vimos isso se refletir também nas compras online, que vêm se tornando um hábito. O avanço dos smartphones, a ampliação de formas de pagamento e a popularização dos apps tornam essa experiência cada vez mais simples e rápida”, avalia Leonardo Sertã, head de Desenvolvimento de Mercados do PayPal para a América Latina.

E para quem está espantado com os números referentes ao crescimento nos últimos anos, saiba que o mercado ainda está em fase embrionária e que há bastante espaço para ampliar essa digitalização: o e-commerce, historicamente, costumava ter uma participação pequena, respondendo por cerca de 4% das vendas totais no País.

“O que vimos no decorrer dos últimos 15 meses, desde o começo da pandemia, foi uma explosão do uso de meios de pagamento online no País. Também acompanhamos um crescimento gigantesco no número de lojistas, sejam eles micros, pequenos, médios ou grandes, investindo no ambiente digital. Isso se deveu, basicamente, ao distanciamento social imposto pela pandemia e à restrição do acesso ao comércio físico”, justifica Leonardo Sertã.

As compras em sites estrangeiros também são cada vez mais frequentes entre os brasileiros. Segundo o relatório Borderless Commerce Report 2021 do PayPal, em 2020, 57% dos compradores digitais brasileiros fizeram pelo menos uma compra no exterior.

E mais: esses consumidores gastaram mais do que aqueles que somente compraram no mercado doméstico, apesar das campanhas nacionais e do desejo de ajudar as pequenas empresas e comprar no comércio local, observado em vários países.

O brasileiro é um entusiasta das compras online no exterior e a pandemia acentuou esse gosto.
Em 2020, 57% dos compradores digitais brasileiros fizeram pelo menos uma compra no exterior, segundo nosso estudo. Deles, 78% usando smartphone.

“Agora vemos que, o que começou como uma alternativa para minimizar riscos de contágio, ganhou ares de atividade permanente, com o fortalecimento do e-commerce nacional e através das fronteiras. É um mercado que vem se tornando acessível”, avalia o head de Desenvolvimento de Mercados do PayPal para a América Latina.

“Não tem no Brasil, beninas”
A frase que se popularizou na boca de blogueiras brasileiras e virou meme na internet é um dos principais motivos que levam consumidores brasileiros a recorrer a sites estrangeiros na hora da compra.

Segundo o Borderless Commerce Report 2021 do PayPal, 29% das pessoas que compram em sites estrangeiros buscam acesso a produtos indisponíveis, seguido de 32% que querem descobrir produtos novos e interessantes e 62% que buscam melhores preços.

Esses consumidores, têm idade e perfis variados: 29% têm entre 29 e 34 anos de idade; 22% entre 35 e 44 anos, e 21% entre 18 a 24 anos. Eles procuram, principalmente, itens de vestuário (33%), eletrônicos (22%) e cosméticos (19%).

“Os principais países que venderam para brasileiros foram China (com 56% de respostas dos entrevistados), Estados Unidos (com 26%) e Japão (com 7%). A oferta de valor do comércio eletrônico e a confiança nas ferramentas de segurança e nos pagamentos digitais, com o uso de carteiras digitais, contribuem para essa expansão”, avalia Leonardo Sertã.

O PayPal participa bem de perto desse crescimento digital, trazendo toda a expertise de pagamentos para ajudar empresas de todos os tamanhos a expandirem seus negócios no Brasil e no exterior. E vemos essa aceleração se refletindo do nosso lado também: nossa operação por aqui cresceu mais de 25% em número de contas ativas no decorrer do último ano, chegando a 5,5 milhões de usuários da carteira digital.

Estratégias para tornar o e-commerce brasileiro competitivo
Apesar de ter preços mais competitivos e variedade de produtos, sites estrangeiros precisam lidar com a insegurança do consumidor brasileiro e com problemas de logística. Segundo o Borderless Commerce Report 2021, ainda há um déficit de segurança/confiança por parte dos consumidores para que se tornem compradores regulares cross-border.

Outro ponto importante são os longos prazos de entrega, que são um obstáculo adicional às vendas internacionais. Investir nestes aspectos pode ser uma estratégia interessante para o marketplace brasileiro manter-se competitivo no mercado.

“O marketplace brasileiro vem se atualizando de forma impressionante no decorrer dos anos. Estamos vendo um fortalecimento dos grandes players nacionais, puxados por grandes varejistas, com mais robustez tecnológica, experiência do usuário e agilidade na logística. E nesse ponto da velocidade de entrega, a vantagem histórica sempre esteve ao lado das plataformas nacionais, embora os estrangeiros venham, cada vez mais, ampliando sua presença local”, avalia o head de Desenvolvimento de Mercados do PayPal para a América Latina.

Confira, a seguir, 6 estratégias importantes para manter a competitividade dos marketplaces brasileiros.

1 – Invista em pós-venda
Acompanhar a jornada do cliente, buscando conhecer sua satisfação com o item adquirido e fidelizá-lo é um diferencial a ser trabalhado por sites nacionais, que conseguem desenvolver essa relação de proximidade com maior facilidade.

2 – Aposte em variedade de pagamento
“Oferecer diversas opções de pagamento, incluindo as carteiras digitais, que se tornaram essenciais no decorrer do último ano e vieram para ficar, também é importante. No caso do PayPal, nossa plataforma também permite compra online com cartão de débito, o que facilita ainda mais a vida de quem vende e melhora exponencialmente a experiência de compra de quem pagava com boleto, por exemplo”, pontua Leonardo Sertã.

3 – Esteja presente nas redes sociais
Atualmente, mais do que uma forma de passar o tempo, as redes sociais são ferramentas importantes para empresas do mundo todo. Por meio delas é possível – além de vender produtos e serviços – conhecer melhor seus clientes, criar uma relação de proximidade e atender suas dores e desejos.

4 – Sites responsivos
Ter sites responsivos, que proporcionem uma experiência de compra eficiente para diferentes tipos de aparelhos eletrônicos – computadores, tablets e celulares – é fundamental.

“Aliás, a responsividade do site do lojista, ou seja, sua capacidade de se adaptar a qualquer tela, é fundamental em países como o Brasil, em que milhões de potenciais consumidores só acessam a internet via smartphone”, avalia head de Desenvolvimento de Mercados do PayPal para a América Latina.

5 – Entrega rápida
Quem compra de sites estrangeiros sabe que a demora – e até a incerteza – na entrega é, de fato, uma das etapas mais desanimadoras. Por isso, investir em entrega rápida é uma estratégia capaz de tornar sites nacionais ainda mais competitivos.

“Se no quesito “preço”, dependendo do produto, é complicado competir com os marketplaces asiáticos, por outro lado, os players nacionais estão mais bem posicionados e integrados no ecossistema, o que garante entregas mais rápidas. Maior capilaridade nos pontos de distribuição e parcerias para integrar o chamado “last mile” na cadeia também são, hoje, diferenciais para reduzir o tempo de entrega para questão de horas (uma tendência que está se popularizando)”, pontua Leonardo Sertã, que completa: “No mercado brasileiro, isso faz muita diferença, e já estamos vendo o tradicional crediário migrar para o mundo das compras online”.

6 – Conheça seus consumidores
Ninguém entende melhor do Brasil que o brasileiro. Essa frase faz todo sentido quando a intenção é aumentar a competitividade do marketplace nacional em relação ao consumo internacional.

“Os players nacionais saem na frente no conhecimento de seus consumidores, pois têm acesso a mais dados/informações, dada sua integração com varejistas, financeiras, bancos etc. Isso permite segmentar melhor as ofertas e também ajuda as empresas a conceder condições de crédito especiais”, pondera o head de Desenvolvimento de Mercados do PayPal para a América Latina.

Marketplaces: número de reclamações sobe 94%

O Portal da Queixa identificou um crescimento de 94% do número de reclamações dirigidas a marketplaces internacionais. Shein, Wish, Aliexpress e Amazon são as entidades que reuniram mais queixas em 2021.

Em causa, estão as más experiências na entrega das encomendas e o difícil acesso aos canais de apoio aos clientes, identificou o Portal da Queixa. Consequentemente, os níveis de confiança em plataformas de e-commerce internacionais têm registado baixos índices de satisfação.

Entre os dias 1 janeiro e 31 de julho, o Portal da Queixa recebeu um total de 997 reclamações dirigidas a marketplaces internacionais, um crescimento de 94% face ao período homólogo. De 1 de janeiro de 2020 até 31 de julho de 2020, foram registadas apenas 515 reclamações.

Mais reclamados
A análise revela que, este ano, os marketplaces internacionais mais reclamados pelos consumidores portugueses são Shein (417 queixas), Wish (190), Aliexpress (168) e Amazon (104), sendo que estas quatro entidades reuniram 88% do total de reclamações registado no período em análise. Comparativamente com o ano anterior, as marcas Aliexpress, Amazon e MiniIntheBox foram as que registaram o maior volume de crescimento: 137%, 136% e 200%, respetivamente.

Os principais motivos de reclamação dos consumidores estão relacionados com o atraso ou problemas na entrega das encomendas (59% das reclamações). Problemas relacionados com os produtos (funcionamento, qualidade, etc.) geraram 13% das reclamações e a dificuldade de obtenção de reembolso foi motivo para 11% das reclamações apresentadas este ano.

Segundo a análise, entre os consumidores que partilharam a sua experiência de consumo no Portal da Queixa, 55,6% foi do género feminino e 44,1% do género masculino. Relativamente à faixa etária, a maioria das reclamações dirigida aos marketplaces internacionais foi registada por pessoas entre os 18 e os 44 anos (69,7% das queixas). A faixa etária dos 45 aos 54 anos representa 15,3%, dos 55 aos 64 anos reclamaram 8,6% e os consumidores com mais de 65 anos geraram 6,3% das queixas.

Marketplaces
Pedro Lourenço, CEO & Founder do Portal da Queixa by Consumers Trust, adverte que “aquilo que, à partida, parece ser mais um benefício da globalização digital, pelo fácil acesso a produtos de vestuário, tecnologia e eletrônica, com descontos consideráveis e raramente disponíveis em lojas físicas no território nacional, nem sempre resulta num bom negócio para uma grande parte dos compradores em Portugal. Com baixos níveis de literacia digital, a maioria dos consumidores portugueses arrisca a compra em marketplaces sem conhecerem o conceito que está por detrás destas plataformas, que as desresponsabiliza em matéria de direitos de consumo, nomeadamente as garantias, as condições de troca e devolução. Estas plataformas servem meramente como meios de divulgação de produtos, a troco de uma comissão de venda, não interferindo no processo de compra entre o vendedor e o comprador, o que, em caso de litígio, falta de entrega das encomendas ou até mesmo sendo necessário o apoio pós-venda, os consumidores são redirecionados para o contato direto com o real vendedor”.

Gigante chinesa do e-commerce terá sua própria companhia aérea

A Administração de Aviação Civil da China (CAAC) anunciou que a Suqian Jindong Zhanrui Enterprise, controlada por Richard Liu, fundador da JD.com, recebeu aprovação para abrir uma nova companhia aérea de carga com base na província oriental de Jiangsu. De nome Jiangsu Jingdong Cargo Airlines,e com capital de US$ 92,83 milhões, a empresa obteve as permissões preliminares para lançar suas operações.

A empresa controlada por Liu contribuirá com 75% do capital social, enquanto o Airport Group fornecerá o restante, de acordo com a CAAC. A nota da entidade diz que a empresa aérea está planejando usar aeronaves Boeing 737-800 para sua frota.

O movimento segue na direção do seu concorrente Alibaba, que apesar de não ter uma companhia própria, tem investido fortemente na distribuição de seus produtos a partir de uma rede de voos própria operada pela YTO Cargo Airlines e do aluguel de capacidades de carga de outras empresas aéreas globais, como a Atlas Air.

Ao mesmo tempo em que o e-commerce tem apresentado crescimento a taxas impressionantes ao redor do mundo, impulsionado pela pandemia e o distanciamento social, ele eleva as taxas de frete e a concorrência pelo transporte de mercadorias. Isso tem levado diversas empresas do setor a se moverem para ter suas próprias operações aéreas.

Amazon lança entrega Prime gratuita em um dia para mais de 50 cidades brasileiras

A Amazon anunciou na última terça-feira (3), a entrega grátis em um dia para membros do programa de fidelidade Prime. O benefício não tem valor mínimo de compra, e está disponível em mais de 50 cidades brasileiras, nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Pernambuco e também no Distrito Federal. O anúncio vem em um momento em que os concorrentes como Mercado Livre, Magazine Luiza e Americanas já realizam entregas em horas.

Segundo Mariana Roth, líder de Amazon Prime para o Brasil, a estratégia da companhia é fazer anúncios de novos prazos mínimos de entrega apenas quando a companhia tem certeza de que conseguirá cumpri-lo, preferindo surpreender positivamente o cliente ao entregar antes do prometido.

Questionada a respeito do quanto a falta de lojas físicas atrapalha a companhia a acelerar a velocidade de suas entregas como a concorrência, que usa os pontos físicos como minicentros de distribuição mais próximos dos clientes, ela afirma que a Amazon busca vencer as distâncias abrindo mais centros de distribuição, sem especificar quantos ou em quais lugares.

“Operamos atualmente nove Centros de Distribuição: cinco em Cajamar (São Paulo), um em Betim (Minas Gerais), um em Santa Maria (DF), um em Santa Rita (RS) e um em Cabo de Santo Agostinho (Pernambuco)”, diz Mariana.

Hoje, mais de 700 cidades contam com entrega Prime gratuita em dois dias, incluindo Rio de Janeiro, Goiânia, Curitiba, Florianópolis e Vitória. Para todas as outras regiões, a Amazon oferece entrega Prime gratuita a partir de três dias. A empresa não comenta quais os maiores desafios logísticos do Brasil, por considerar o tema estratégico.

Amazon expande Prime também nos EUA
A Amazon anunciou que está expandindo seu serviço de entrega mais rápida no mesmo dia para seis cidades dos Estados Unidos. Para isso, a Amazon investiu no que chamou de “minicentros de atendimento” mais próximos.

Inicialmente, o serviço estava disponível apenas na Filadélfia, Phoenix, Orlando e Dallas. Como a pandemia continuou a impactar os negócios, em novembro de 2020, a varejista expandiu o serviço para mais cidades, incluindo Nashville e Washington DC.

Com a atual expansão, a Amazon está lançando o serviço em Baltimore, Chicago, Detroit, Tampa, Charlotte e Houston, elevando o total de mercados atendidos para 12. Os clientes também podem fazer pedidos até meia-noite para que seus pedidos cheguem na manhã seguinte.

O serviço continua a ser gratuito, sem encargos adicionais em pedidos acima de US$ 35 que se qualificam para entrega no mesmo dia. Pedidos inferiores a US$ 35 há uma taxa de US$ 2,99 para clientes Prime e uma taxa de US$ 12,99 para não membros. A assinatura Prime, por sua vez, custa US$ 12,99 por mês, ou US$ 119 por ano.

AliExpress é primeiro aplicativo de compras internacionais a aceitar Pix

Sistema foi testado por um número restrito de usuários em julho e, agora, está disponível para todos os brasileiros.
O AliExpress, serviço de vendas internacionais do grupo Alibaba, é o primeiro marketplace internacional a permitir que seus usuários usem o método digital de transferências eletrônicas Pix para pagar as compras. O sistema esteve disponível para um número restrito de usuários ao longo do mês de julho e, a partir de agora, pode ser utilizado por qualquer usuário brasileiro, em qualquer compra feita na plataforma.

Antes da estreia do Pix, os usuários locais podiam pagar as compras usando cartões de débito, transferências bancárias e transferências eletrônicas. Quem deseja parcelar suas compras em até seis vezes sem juros pode usar cartão de crédito. Muitos usuários, no entanto, optavam pelo método de pagamento por “boleto”, por não possuírem um cartão de crédito ou por preferirem não fornecer dados bancários. O uso de boleto exige que sua compensação seja confirmada pelas instituições financeiras, o que pode levar até três dias úteis, prazo em que a ordem de compra fica parada a espera da confirmação do pagamento.

A opção boleto continuará ativa no AliExpress, mas agora usuários sem cartões de crédito ou débito podem usar Pix, que exige apenas a leitura de um QR Code pelo dispositivo do usuário ou um “copiar e colar” de uma chave de transferência para que o pagamento seja efetuado. Como a compensação do Pix é imediata, o embarque do produto para o consumidor final ocorre de maneira mais veloz.

O AliExpress assegura a entrega nos aeroportos do Brasil de encomendas internacionais em até 7 dias, graças à adoção de voos fretados semanais. No caso de usuários que vivem na Grande São Paulo o tempo total de entrega para itens selecionados até a casa do comprador é de 12 dias.

Segundo Yan Di, country manager do AliExpress no Brasil, o histórico inovador da companhia facilitou a rápida implementação do PIX no Brasil. “Entendemos que é preciso implementar continuamente inovações que melhorem a experiência de compra de nossos usuários, o que inclui uma logística excelente, atendimento ao consumidor no pós-venda e os meios de pagamento mais convenientes para nossos usuários”, afirma Yan Di.

57% dos brasileiros fazem compras on-line em sites estrangeiros, aponta PayPal

A maioria comprou mercadorias da China, sendo que a procura maior é por melhores preços.

De acordo com um levantamento anual do PayPal, 57% dos compradores digitais fizeram pelo menos uma compra no exterior em 2020. Desse número, 78% das compras foram realizadas pelo smartphone. Os principais países em que os brasileiros compram são China (com 56% de respostas dos entrevistados), Estados Unidos (com 26%) e Japão (com 7%). Quase um quarto (23%) das compras no exterior usaram a carteira do PayPal como método de pagamento.

Ainda segundo a pesquisa, 38% dos brasileiros que compram on-line estão mais dispostos a fazer compras internacionais agora do que antes da pandemia. Este é o segundo maior aumento entre os 13 mercados pesquisados, atrás somente do México. A busca por melhores preços no mercado internacional é uma das principais motivações para 62% dos pesquisados, seguida pela capacidade de encontrar produtos novos e interessantes (32%), e ter acesso a itens que não podem ser encontrados tão facilmente no Brasil (29%).

Para 18% dos brasileiros, o idioma ainda é um fator determinante quando acessam marketplaces internacionais. Questionados, eles responderam que, se o atendimento não estivesse disponível em português, não teriam realizado a compra.

Cerca de 80% dos brasileiros que responderam à pesquisa disseram ter experimentado novas marcas ao comprar on-line em 2020 – assim como afirmam ter desenvolvido novos hábitos de consumo durante a pandemia. Por outro lado, 40% dos entrevistados pela pesquisa afirmaram que a instabilidade da internet os impediu de realizar pelo menos uma compra no ano passado.

A conclusão do Borderless Report 2021 é de que a onda de digitalização que atingiu o mundo inteiro, refletida no aumento de 28% na penetração global da internet, revelou que os 13 mercados estudados passaram a ter mais em comum do que o que os diferenciava. Países com alta adoção de e-commerce, como os Estados Unidos, cresceram 10 anos em apenas 90 dias; e países com menor penetração experimentaram migrações massivas para as compras on-line, lideradas por países altamente dinâmicos, como o Brasil.

Quer comprar dos EUA? Mercado Livre faz acordo para vender itens gringos no Brasil, México e Chile

O Mercado Livre anunciou uma parceria com a BigCommerce Holdings, empresa que vende software para varejistas, com o objetivo de impulsionar as vendas na América Latina. A parceria vai focar, inicialmente, no México, Colômbia, Chile e Brasil.

“Nós adoramos ter vários parceiros que conseguem atender as diferentes necessidades dos vendedores. O que estamos fazendo com o Mercado Livre é diminuir a complexidade para vender fora dos Estados Unidos”, afirma Russell Klein, diretor comercial da BigCommerce.

A BigCommerce, que já trabalha com marcas como Skullcandy para ajudar na venda pelo e-commerce e nas redes sociais, vai oferecer aos seus 60 mil vendedores acesso ao Mercado Livre, o que vai auxiliar nos esforços para expandir a atuação internacional.

Em fevereiro, a BigCommerce fez um acordo com o Walmart para permitir que os vendedores façam suas negociações pelo marketplace. Também anunciaram uma parceria com a Amazon. A companhia abriu o capital em agosto e, desde então, o valor das ações mais do que dobraram.

Hoje, o Mercado Livre já representa dois terços de todo o faturamento do e-commerce e um terço dos serviços financeiros, principalmente impulsionados pela pandemia na América Latina. As compras on-
line representavam 5% de todas as vendas de varejo antes da pandemia e podem saltar para 25% até a próxima década, segundo o HSBC.

A companhia normalmente conecta vendedores com compradores que são da mesma região, como no Brasil, o país onde há a maior operação do Mercado Livre. Pedro Arnt, CFO da empresa, diz que está buscando criar centros de distribuição em zonas de livre comércio para entregar as importações mais rapidamente.

Como parte do acordo, o Mercado Livre está abrindo um escritório em Miami.