Top 10 de crescimento de varejo eletrônico tem Brasil em segundo lugar

China se mantém como maior e-commerce no futuro previsível e Índia é o que mais cresce. Brasil entra para o top 10 de maiores e-commerce.
Não é segredo que a pandemia deflagrou uma forte aceleração do varejo eletrônico em vários países, trazendo amadurecimento a certos emergentes que se mostravam relativamente atrasados. Desde março de 2020, o crescimento em certos mercados tem sido tão puxado que previsões foram revistas. Ainda que a lista referente aos maiores e-commerces em termos de tamanho não tenha mudado muito, o top 10 dos mercados eletrônicos que mais crescem vem apresentando surpresas hora sim, hora também.

Segundo o Previsão para o E-commerce Global 2021, da consultoria eMarketer, o Top 10 de crescimento de varejo on-line tem o Brasil em segundo lugar para 2021. Segundo as estimativas, o País terá um avanço de 26,8%, à frente de outros emergentes como Rússia, Argentina e México. A média global prevista para o crescimento do e-commerce neste ano é de 16,8%.

Há diversos indícios que baseiam uma previsão otimista sobre o e-commerce brasileiro. As startups de soluções ao varejo são um exemplo. Em termos de investimento, elas já bateram o total de aportes de 2020, superando os US$ 700 milhões. Nos pagamentos, o varejo já conta com uma maturidade digital para resolver gargalos nos processamentos das transações, além de contar com um celeiro de retailstechs de fidelidade em ponto de ebulição.

Ainda assim, a Índia será o mercado de comércio eletrônico de crescimento mais rápido neste ano. Embora o crescimento total das vendas no varejo da Índia tenha despencado em 2020, seu e-commerce segue em ritmo forte. Segundo a eMarketer, as vendas digitais devem aumentar 27% no país este ano, à medida que mais varejistas lançam ou expandem suas lojas on-line. “Isso levará o país ao oitavo lugar na tabela anual de vendas de comércio eletrônico no varejo”, conforme a previsão.

Vale lembrar que na pesquisa da eMarketer de 2020, o mercado latino desbancou todos os outros continentes em termos de crescimento do e-commerce. A Argentina foi o mercado que mais cresceu, beirando os 80% de avanço. O Brasil avançou 35%, pelos cálculos da consultoria, quando o crescimento global foi de 27,6%.

O estudo também chama a atenção da Rússia, que estreia no ranking dos 10 mercados eletrônicos que mais crescem, com um aumento estimado de 26,1% em 2021.

Maiores e-commerces
Em 2021, a região Ásia-Pacífico será de longe o maior mercado de comércio eletrônico de varejo, com vendas digitais chegando a quase US $ 3 trilhões. Assim, seu e-commerce se tornará três vezes maior que o varejo eletrônico da América do Norte e quase cinco vezes maiores do que na Europa Ocidental.

A China é o mercado maior comércio eletrônico do mundo por uma grande considerável. “O grande número de compradores digitais e seu crescente poder de compra coletiva manterão a China na liderança em qualquer futuro previsível”, prevê o estudo. A China corresponderá por ​​52,1% de todas as vendas de comércio eletrônico no varejo em todo o mundo neste ano, ultrapassando, em muito, os 19% dos EUA.

Ainda no subcontinente asiático, a Índia é a grande promissora porque acredita-se que seu potencial para comércio eletrônico ainda não foi explorado, muito por conta da pandemia, o que deve manter o crescimento latente entre 2021 e 2025.

A América do Norte será a segunda maior região, com as vendas no varejo digital em torno de US $ 1 trilhão neste ano. A América Latina, que ficou atrás da Europa Central e Oriental em 2020, vai superá-las em 2021 mediante sua contínua arrancada em países como Brasil e Argentina, com vendas estimadas US $ 131,4 bilhões. Dado o forte incremento do e-commerce brasileiro em 2020 e 2021, o País deve fechar o ano como 10 º maior varejo eletrônico do mundo.

Ainda assim, os cinco principais mercados de comércio eletrônico permaneceram os mesmos desde 2018, e a previsão é que China, Estados Unidos, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul continuem como os cinco principais até 2025. O estudo aponta que há uma concentração nos países com mais aumento e tamanho de e-commerce, já que o número de países onde o comércio eletrônico deve expandir dois dígitos está aumentando.

“Antes da pandemia, apenas oito dos 32 mercados que cobrimos registravam penetração do comércio eletrônico na casa dos dois dígitos. Em 2020, essa lista se expandiu para 16 mercados e incluirá 22 mercados até 2025”, aponta o estudo.

China expandirá zonas experimentais de comércio eletrônico transfronteiriço

O Ministério do Comércio da China prometeu na última segunda-feira (12), expandir ativamente as zonas experimentais integradas para o comércio eletrônico transfronteiriço com o objetivo de cultivar novas vantagens competitivas no comércio exterior.

Algumas cidades apresentaram solicitações ao Conselho de Estado para o estabelecimento de novas zonas experimentais e o Ministério do Comércio se juntará aos departamentos relevantes para realizar o trabalho relacionado, disse Ren Hongbin, ministro assistente do Comércio, em uma coletiva de imprensa.

O ministério também prometeu formular diretrizes para a proteção dos direitos de propriedade intelectual no comércio eletrônico transfronteiriço, otimizar a lista de importações varejistas e facilitar o gerenciamento de devoluções e troca de importações e exportações.

O comércio eletrônico transfronteiriço da China expandiu muito mais rápido que o comércio exterior geral, e sua participação no comércio exterior geral aumentou significativamente.

Desde 2015, o Conselho de Estado da China estabeleceu 105 zonas experimentais de comércio eletrônico transfronteiriço em cinco etapas. O novo modelo de negócios se tornou em uma vibrante força motora do crescimento do comércio exterior da China.

As importações e exportações do comércio eletrônico transfronteiriço da China subiram para 1,69 trilhão de yuans (US$ 260,9 bilhões) em 2020, o que representa um aumento anual de 31,1%. Nos últimos cinco anos, essa modalidade de varejo se multiplicou quase 10 vezes, disse Ren.

Para impulsionar mais o crescimento do comércio exterior, o Conselho de Estado da China emitiu diretrizes no início deste mês sobre a aceleração do desenvolvimento de novas formas e modelos de comércio exterior para promover sua modernização e fomentar novas forças competitivas.

Alibaba desafia Amazon com promessa de envio global rápido

Com preço mais baixo que a concorrente americana, a empresa quer entregar produtos em 72 horas.

A gigante chinesa de comércio eletrônico Alibaba está desafiando a Amazon com a promessa de entregas rápidas da China para qualquer lugar do mundo. Segundo reportagem do Wall Street Journal, com preço mais baixo que a concorrente americana, a empresa quer entregar produtos em 72 horas para ampliar participação no mercado – os produtos de comércio eletrônico da Alibaba são mais baratos do que os da Amazon devido ao seu acesso direto às fábricas e comerciantes chineses.

As duas gigantes estão tentando conquistar o mercado global de comércio eletrônico, estimado em US $ 1,4 trilhão até 2025.

Para cumprir a promessa, a Alibaba depende de vários parceiros de transporte para economizar a manutenção de sua frota, ao contrário da Amazon. O serviço mais rápido da Amazon está disponível apenas em 21 países e envolve um plano de assinatura anual, que varia de US$ 13 na Índia a US$ 130 no Reino Unido.

Já a Alibaba entrega produtos em 190 países, e apenas alguns produtos estão disponíveis no prazo de 72 horas sem nenhuma taxa de envio. Para expandir o serviço para uma gama mais abrangente de produtos, a empresa precisa cobrar US$ 3 como taxa de assinatura.

Armazém automotizado
A entrega rápida do Alibaba está ganhando destaque nas cidades europeias. A companhia investiu em uma rede de transporte diferente, com 800 robôs em seu maior depósito na China. A empresa também está testando a entrega robótica para a última etapa da jornada para reduzir custos e tempo. A Amazon também está experimentando a entrega de drones.

Ecossistemas invadem o varejo tradicional

Conheça o modelo de negócio que já opera em 1,3 milhão de lojas na China.
Muitos ainda se perguntam se as lojas independentes terão espaço entre os gigantes e faz sentido a dúvida, uma vez que esse formato de negócio fica pressionado pelos gigantes do setor com maior poder negociação, musculatura, produtividade e infraestrutura.

Na visão de Ecossistemas de Negócios da gigante Alibaba, essas lojas fazem parte da sua estratégia para ampliação do seu espaço no setor de consumo e varejo. A empresa lançou em 2018 uma iniciativa batizada de Ling Shou Tong (LST, em uma tradução livre “varejo integrado”). Trata-se de um conjunto de soluções desenhado para que varejistas pequenos e independentes – chamados também de lojas Mom & Pop – possam ser rapidamente digitalizados, ganhem infraestrutura dos gigantes varejistas e possam competir de igual para igual com tais empresas.

Nesse primeiro momento, a iniciativa está focada nos mais de 6 milhões de lojas de conveniência independentes espalhados por todo o país. Desde o lançamento do LST, o Alibaba já alcançou a marca de 1,3 milhão de lojas usando seu sistema, o que representa um sexto do mercado, aproximadamente.

O conjunto de soluções, também apelidado de Digitalization in a Box (digitalização em uma caixa), é uma plataforma na nuvem (desenvolvida nos últimos dez anos e testada na sua rede de supermercados Hema) na qual os varejistas tradicionais podem utilizar os sistemas do Alibaba para gerir integral ou parcialmente seus negócios. Dessa forma, eles passam a ter acesso a toda a infraestrutura e podem equiparar forças com os gigantes do varejo.

Ao adotar o LST, essas lojas independentes passam a ter as seguintes competências ao seu dispor:

Dados e inteligência: a plataforma permite que os proprietários de lojas tenham acesso a relatórios completos de gestão, sugestão de ações e retorno esperado por elas. Uma dessas funções é a sugestão de sortimento de acordo com o perfil da loja e da população do seu entorno.
Omnicanalidade: a loja passa a ter integração completa com as soluções digitais do Alibaba, como identificação do consumidor usando o mesmo app e login do Alibaba, acesso aos meios de pagamento e pagamento com um clique, programas de fidelidade, e-commerce, acesso à rede logística para entrega na casa do consumidor, visibilidade na internet, etc.
Experiência do consumidor: o consumidor pode usar a sua conta/app do Alibaba (praticamente todos os chineses com um smartphone no bolso têm uma conta na empresa) para interagir com a loja, podendo receber ofertas customizadas 1:1, cupons e sugestões de compras. A loja, por sua vez, tem acesso a um sistema de CRM para se comunicar com esses consumidores, customizar e fazer o push de ofertas.
Pricing: o sistema também faz uma sugestão de estratégia de preço por categoria e orientações de oportunidades de mudança de preço por SKU para maximizar a maior venda/margem.
Gestão: a plataforma e nuvem oferece um sistema completo de gestão da loja com funções para o back e frontoffice.
Compras: o Alibaba possui um enorme poder de negociação com os fornecedores, não apenas pelo volume de compras que fazem, mas também pelo domínio dos dados e do canal de acesso aos consumidores. Consegue, assim, preços imbatíveis e muito mais competitivos que as lojas independentes, que não têm poder de negociação e precisam se abastecer em distribuidores locais ou em atacados. Em vez de ter de lidar com algumas dezenas de fornecedores, as lojas podem fazer suas compras diretamente na LST e o Alibaba usa toda a sua infraestrutura logística para entregar as mercadorias compradas diretamente nas lojas independentes em D+1 para itens de giro mais rápido e de D+2 para itens de giro menor. Esse acesso de compra de mercadorias a um preço muito mais baixo é um dos principais fatores de atração para converter as lojas independentes.
Abastecimento: a gestão do estoque e abastecimento é uma atividade que toma muito tempo das lojas independentes, portanto a LST oferece um sistema de monitoramento do estoque, sugestão de reabastecimento, opção de abastecimento automático e previsão de sazonalidade futura.

O acesso e uso da plataforma é gratuito para as lojas e o Alibaba usa uma estrutura de parceiros regionais que cuidam da captação de novas lojas clientes, da instalação, treinamento e manutenção dos sistemas, em contrapartida esses parceiros recebem uma comissão das compras que as lojas realizarem dento da LST. O Alibaba alega que em média o aumento de vendas das lojas é de 30%.

As indústrias também veem valor nessa operação, uma vez que agora podem estar conectadas com essas lojas antes inacessíveis e que não eram atendidas diretamente por elas nem por seus distribuidores diretos por causa do seu baixo volume de vendas. Com o LST, a indústria passa a ter um canal de comunicação direto com elas, o que possibilita o desenvolvimento de campanhas coordenadas e pulverizadas em todo o país. Além disso, o LST permite que a indústria identifique pontos de venda que tenham sinergia com suas marcas e produtos, mas que ainda não os vendem ou que têm venda inferior ao esperado. Já são mais de 3.500 fornecedores integrados no LST.

É uma estratégia ambiciosa e ousada do Alibaba que permite aumentar o volume de negócios dentro da sua plataforma, impulsiona a venda dos inúmeros serviços do seu ecossistema (serviços financeiros, por exemplo), garante presença da empresa no varejo físico e em regiões/cidades que estavam fora do seu alcance. Além disso, é existe o volume enorme de dados que passam a ser de propriedade da empresa e que permitem entender e rastrear o comportamento do consumidor online e agora também off-line, assim como a massa de novos clientes que passam a usar a plataforma.

E no Brasil?
A Nestlé é uma das indústrias que usa o LST na estratégia de comunicação e distribuição.
Os principais Ecossistemas de Negócios em operação no mercado brasileiro já caminham com iniciativas convergentes com o tema deste artigo, ou seja, estão desenvolvendo uma robusta estrutura de tecnologia, know-how e infraestrutura que possibilita a conexão de outros varejistas no seu ecossistema.

O Magalu, por exemplo, anunciou há pouco tempo que ambiciona ser o “sistema operacional do varejo brasileiro”, ou seja, a visão é não ser apenas um varejista ou um marketplace, mas sim atuar provendo soluções digitais e físicas para todo e qualquer varejista no Brasil. A empresa investiu pesado nos últimos cinco a dez anos estruturando sua tecnologia, desenvolvendo sua infraestrutura, sua logística, digitalizando seus processos, estruturando seus dados, construindo APIs para poder se abrir ao mercado e aos demais varejistas.

A Via (antes Via Varejo) também segue na mesma linha e recentemente anunciou que irá oferecer/vender serviços de logística para empresas concorrentes. O Mercado Livre, por sua vez, também se abre cada vez mais para parceiros de varejo se conectarem no seu ecossistema e anunciou, em junho, a parceria logística com o GPA.

Outro exemplo marcante é o da Amazon Brasil e Global, que se destaca por investir mais em tecnologia do que todos os seus concorrentes diretos somados. A empresa passou a disponibilizar e vender parte da sua infraestrutura para o mercado e para concorrentes. O serviço de processamento em nuvem que foi criado para suportar o marketplace da empresa, por exemplo, se abriu para o mercado e hoje a internet global roda dentro da Amazon e serviços como Netflix rodam inteiramente na AWS, que globalmente representa algo como 15% das receitas da empresa (mas já contribui com mais de 60% do lucro da companhia).

Impactos nas dinâmicas de consumo e varejo
É indiscutível que o mercado está passando por profundas transformações com a rápida mudança de hábitos dos consumidores e o aumento exponencial da concorrência em um mercado onde não existem mais barreiras da competição e todos competem com todos. Os gigantes claramente travam uma guerra pelo primeiro lugar e para garantir seu protagonismo em uma nova corrida do ouro digital. Já os independentes nunca estiveram tão pressionados pelo contexto e mercado e pela crescente concorrência. Por outro lado, o acesso a ferramentas de gestão está mais acessível do que nunca. Suportada pelos movimentos recentes no Brasil e no mundo, nossa visão é que é inexorável que os ecossistemas no Brasil também irão acelerar a integração do varejo independente em seus negócios, agregando e recebendo valor desses players, na visão de que o real poder não está em se fechar, mas sim em se abrir ao mercado.

Nuvemshop investe R$ 55 mi para expandir operações na América Latina

A Nuvemshop irá investir R$ 55 milhões para expandir os seus negócios na América Latina. Com o montante, a empresa irá ampliar a sua operação no México — iniciada este ano — e abrir novos escritórios na Colômbia, ainda este ano, e no Chile e no Peru em 2022. A iniciativa faz parte do plano de crescimento da companhia após receber o aporte de R$ 500 milhões em março deste ano.

Segundo a empresa, a expansão consiste não apenas em lançar a plataforma e inaugurar escritórios nesses países, mas em estudar cada mercado para criar uma operação 100% local, contratando profissionais nativos de todas as áreas (como tecnologia, produto, vendas e marketing).

A iniciativa faz parte do plano de crescimento da companhia.
O objetivo é entender a fundo o contexto e a necessidade de cada um deles, construindo uma conexão e uma proposta de valor para a empresa de acordo com cada localidade. Isso passa por compreender profundamente questões sociais e macroeconômicas, entender o perfil dos lojistas e fazer conexões com parceiros locais para ampliar o ecossistema (desde empresas de logística a meios de pagamento e agências especializadas em e-commerce).

“Por meio da nossa rede com mais de 85 mil lojistas, nós impactamos milhões de empregos diretos e indiretos no Brasil e na Argentina. Agora, com esse investimento de R$ 55 milhões, queremos incentivar ainda mais o empreendedorismo nesses outros países, conectando os comércios diretamente com os seus consumidores e aquecendo a economia num momento de grande necessidade”, comenta Luiz Piovesana, CMO da Nuvemshop. “Assim, seguimos com o propósito de transformar sonhos em histórias que transcendem”, completa o executivo.

De acordo com a empresa, a expansão na América Latina acontecerá em etapas. Hoje, no México, a Nuvemshop tem 20 profissionais locais. O objetivo é mais do que dobrar a operação até o fim deste ano e contratar 100 novos funcionários até dezembro de 2022. “O México tem um potencial de crescimento para o e-commerce muito próximo ao Brasil, por ter a segunda maior economia da região e ser considerado o segundo país mais populoso”, diz Piovesana.

O investimento também fará a empresa chegar na Colômbia durante o segundo semestre de 2021 e contratar profissionais locais. O país tem uma economia forte e é considerado o quarto mais populoso da região com características semelhantes à Argentina, como amplo potencial de penetração do e-commerce e perfil de lojistas.

“Em mercados onde o e-commerce ainda se desenvolve, o nosso papel é garantir que os empreendedores tenham acesso à tecnologia de ponta e custos reduzidos por meio de economia de escala que, até então, estavam disponíveis apenas para os gigantes do varejo. Além disso, vamos entregar uma solução desenvolvida para cada país, onde os custos serão na moeda local e os lojistas poderão usufruir das vantagens de ter um negócio on-line próprio: conexão direta com o consumidor e menor custo operacional em comparação aos marketplaces”, completa Piovesana.

Compra em grupo, live commerce e consumidor menos leal são tendências na China

Relatório Anual de Compras da China é feito pela da Bain & Company em colaboração com a Kantar Worldpanel.
O consumidor chinês está menos leal a marcas, mais preocupado com preço – se dispondo até a fazer compras em grupo se isso garantir boas ofertas – e adepto às novas tecnologias de venda, como o live commerce. Essas tendências são apontadas na 10ª edição do Relatório Anual de Compras da China, Vol I, feito pela da Bain & Company em colaboração com a Kantar Worldpanel.

A Bain e a Kantar analisaram as 26 categorias que abrangem os quatro maiores setores de bens de consumo: alimentos embalados, bebidas, cuidados pessoais e cuidados domésticos. A pesquisa também analisou outras 19 categorias para formar uma visão mais abrangente do mercado.

O documento mostra que a pandemia de Covid-19 teve um forte impacto nos hábitos de compra dos consumidores chineses em todas as categorias e mudou a maneira como os indivíduos gastam seu dinheiro.

Após uma queda no primeiro trimestre de 2020, os gastos com bens de consumo de giro rápido, como alimentos embalados, bebidas e artigos de higiene pessoal, se recuperaram no segundo trimestre de 2020, com o crescimento de alimentos e bebidas convergindo para cuidados pessoais e domésticos. No final de 2020, o valor geral desses produtos na China havia crescido 0,5%; o maior volume compensou a deflação geral de preços no mercado. Embora algumas categorias de produtos estejam em processo de retorno às tendências pré-Covid-19, outras categorias estão sentindo um impacto duradouro que provavelmente continuará ao longo de 2021.

Até 2020, os preços caíram tanto para bebidas quanto para alimentos embalados; no entanto, o volume de alimentos embalados aumentou à medida que os consumidores estocaram durante a crise da Covid-19 e as preocupações com a escassez aumentaram os gastos com alimentos não-perecíveis. Os preços de produtos de cuidados pessoais e domiciliares também aumentaram, especialmente devido ao maior volume de compras por causa das preocupações com a higiene.

“Vimos que a Covid-19 alterou a maneira como os consumidores chineses pensam sobre por que e como compram bens de consumo de giro rápido”, explica o sócio da Bain & Company de Xangai Bruno Lannes. “Ao longo da crise, o objetivo foi manter a si e a sua família com saúde e segurança, por isso eles se concentraram na compra de produtos de forma a ajudá-los a atingir esse objetivo. Houve também um aumento na compra de bens que iriam manter a família em caso de falta de alimentos, e esses itens foram comprados a granel em todo o país.”

Comércio eletrônico e live streaming

O comércio eletrônico foi o único canal de varejo que apresentou rápido crescimento, embora as lojas de conveniência quase tenham atingido o nível anterior à Covid-19. Essa mudança para o on-line persistiu em todas as categorias em 2021 e continua a ganhar participação de mercado e penetração. O e-commerce com live streaming também mais que dobrou em 2020, liderado por roupas, produtos para a pele e alimentos embalados. Como mais consumidores tiveram que fazer compras em casa durante a pandemia, devido a questões de segurança ou bloqueios, as vendas on-line para off-line aumentaram em mais de 50%.

“O boom no varejo on-line foi uma das maiores mudanças para a indústria de produtos de giro rápido durante a Covid-19, não apenas na China, mas globalmente”, diz o diretor-administrativo da Kantar Worldpanel Greater China, Jason Yu. “Esperamos que essas mudanças continuem a prevalecer no futuro, pois os consumidores e varejistas agora mudaram seus hábitos e modelos para darem conta delas.”

Para entender o impacto total da Covid-19 nos produtos de giro rápido e o que esperar em 2021, as empresas compararam o desempenho no primeiro trimestre de 2021 com o mesmo período pré-pandêmico em 2019. No geral, o crescimento está recuperando força, mas permanece moderado.

A lenta recuperação de gastos da categoria e os ganhos modestos no primeiro trimestre de 2021 contribuíram para uma taxa de crescimento de valor de 1,6% ano a ano, mais lenta do que o crescimento de 3% alcançado dois anos antes. O valor cresceu 1,6%. O volume foi o principal contribuinte para o crescimento do valor, impulsionado por uma recuperação na frequência das viagens de compras. Enquanto isso, à medida que a pandemia diminuía na China, a diferença típica da taxa de crescimento de duas velocidades entre os setores de alimentos e bebidas em relação aos setores de cuidados domésticos e cuidados pessoais voltou.

Outra tendência que se enraizou na pandemia: compras em grupos comunitários. As plataformas da internet compram e vendem diretamente para “líderes da comunidade” que cuidam da entrega em toda a vizinhança. A nova abordagem de distribuição resultou em uma penetração de 27% no primeiro trimestre de 2021 e está se tornando tão importante que todas as principais plataformas de internet de varejo estão investindo pesado nela para se manterem conectadas aos consumidores.

As compras em grupos foram tema de artigo recente do COO da Gouvêa Ecosystem, Eduardo Yamashita, no portal Mercado&Consumo. “Este movimento (…) é só mais um exemplo do ritmo de transformação que estamos vivendo, impulsionado ainda mais pela aceleração do digital causada pela pandemia e fazendo com que mesmos os gigantes do setor se sintam pressionados e precisem se reinventar. Quem não correr provavelmente ficará para trás”, pontou.

“A Covid-19 terá implicações duradouras. Para ficar à frente, as marcas precisam reestruturar seu portfólio de produtos e marcas para melhor se adequar às condições de mercado pós-pandemia e adaptar toda a estrutura de custos para atender tanto os consumidores orientados para o prêmio quanto os orientados para o valor. As marcas precisarão administrar a tensão entre as pressões inflacionárias sobre as matérias-primas e o desenvolvimento do novo ambiente deflacionário de crescimento impulsionado pelo volume. Além disso, as marcas devem se concentrar mais no recrutamento de novos consumidores, especialmente em cidades menores”, explica Derek Deng, sócio da Bain & Company de Xangai.

Menos lealdade às marcas

O volume de marcas estrangeiras vendidas na China no ano passado caiu 4,1%, enquanto o preço médio de venda subiu 1%, segundo o relatório. Como resultado, o estudo mostra que o valor das marcas estrangeiras caiu 3,1%, contra uma queda de 0,5% para as empresas nacionais. “As marcas chinesas, auxiliadas por sua forte cadeia de suprimentos local, reagiram mais rapidamente às mudanças nos sentimentos do consumidor e capturaram mais crescimento de volume, reduzindo o preço médio de venda”, diz o relatório.

“Em geral, quando você fala sobre marcas estrangeiras, os consumidores chineses as conhecem, entendem e gostam de comprá-las e usá-las da mesma forma que gostam de comprar e usar marcas locais”, afirma Bruno Lannes. Segundo ele, os consumidores chineses estão se tornando menos leais e comprando de uma variedade maior de marcas. “O fato de ser uma marca local versus uma marca internacional pode não ser um critério tão importante. O que é mais importante é: esta é a marca certa para mim?” disse ele, destacando fatores como funcionalidade e recomendações de amigos.

O executivo resume: “No geral, as pessoas estão dispostas a gastar. É por isso que o volume está alto. Mas elas são um pouco mais sensíveis ao preço do que antes.”

A China avança, aprende e ensina

Se tem algo que não mudou na transição do governo de Donald Trump para o de Joe Biden nos Estados Unidos foi a preocupação com o crescente protagonismo da China no mundo e seu poder de influenciar outras economias por meio de alianças multilaterais e acordos econômicos bilaterais.

Mas a China está também cada vez mais atenta às demandas globais e, em setembro do ano passado, Xi Jinping, presidente do país e secretário-geral do Partido Comunista, propôs tornar sua economia neutra em carbono até 2060, o que teria forçado Biden, já no início de seu mandato, a anunciar a mesma meta antecipada para 2050.

A pandemia precipitada pela Covid-19 contribuiu para acelerar e redesenhar a geopolítica global, antecipando um outro processo de polarização que já se desenhava há muitos anos entre a influência norte-americana e a chinesa.

Como, por exemplo, a ação recente do grupo G7 das economias mais industrializadas do mundo que, influenciado pelos Estados Unidos, propôs o imposto corporativo internacional que seria também usado para financiar projetos de infraestrutura em economias emergentes nas quais cresce a influência chinesa.

Ou todo o esforço para conter a participação chinesa nas áreas de tecnologia, da Indústria 4.0 e do avanço global do 5G como forma de reduzir a velocidade de crescimento de sua influência em outras economias. Este elemento está presente no projeto estratégico da já maior economia mundial pelo critério PPP, de Paridade de Poder de Compra, e que deverá se consolidar como tal, em qualquer critério, estima-se, até 2030.

Paralelamente a tudo isso, neste 1º de julho o Partido Comunista Chinês completa 100 anos e conduz o país em suas conquistas na área econômica, avanços na área social e de sustentabilidade e crescente projeção no cenário global, ao mesmo tempo que promove marcante expansão do consumo interno e exporta modelos de organização, como no caso dos Ecossistemas de Negócios.

Sem entrarmos na discussão ideológica de modelos políticos, é preciso reconhecer a visão estratégica, a capacidade de planejar tendo décadas e séculos como unidade de tempo, a competência na execução, o senso de urgência, a velocidade na transformação positiva da realidade e a capacidade de inovação em todos os aspectos, mas em especial na tecnologia, que a China oferece ao mundo.

Haveria também, sem dúvida, muito a ser dito sobre aspectos negativos de seus métodos coercitivos e impositivos e ações no campo político, mas no momento preferimos nos concentrar nos avanços positivos que podem nos inspirar, sem nos deixarmos intimidar na análise dos fatos pela discussão ideológica das virtudes e problemas do comunismo e da democracia.

A transformação positiva em muitos aspectos que ocorre na China e é exportada no seu projeto de expansão global tem nos influenciado de forma marcante. Transformou o país no maior parceiro comercial do Brasil e, de longe, no maior importador de produtos brasileiros com compras na ordem de US$ 68 bilhões em 2020, mais de três vezes o que é importado pelos Estados Unidos. Sem falarmos na crescente influência e participação de empresas de origem chinesa no mercado brasileiro nas mais diversas áreas, que vão da agricultura ao setor financeiro, passando por e-commerce, eletrônicos e eletrodomésticos, tecnologia e muito mais.

Não se pode dizer que o acontece na China fica na China. O que lá acontece tem influenciado de forma relevante o mundo e o Brasil em particular. Tudo aquilo que no passado nos obrigava a conhecer, estudar, avaliar, discernir e nos inspirar com os Estados Unidos devemos fazer agora com um olho na China e outro nos Estados Unidos. É por aí que o mundo está e continuará se transformando. E nos inspirando e/ou preocupando.

Nota: Durante o Latam Retail Show virtual de setembro deste ano, haverá em paralelo o 1º Encontro Brasil-China para Desenvolvimento do Varejo e Consumo, em edição aberta e gratuita com inscrição prévia, mostrando as experiências e aprendizados de empresas brasileiras desses setores na China e, da mesma forma, das empresas chinesas no Brasil. No próprio programa do Latam Retail Show, acontecerá o 1º Latam Business Ecosystem Summit, reunindo aprendizados globais e locais sobre esse modelo de organização empresarial e o lançamento do livro “Ecossistemas de Negócios Made in Brazil”. Para conhecer mais, clique aqui.

Gigantes do varejo disputam dia a dia entrega internacional no Brasil

Nas últimas semanas, AliExpress, Amazon e Americanas anunciaram prazos menores.

Há uns bons anos os brasileiros descobriram as dores e as delícias de se comprar produtos diretamente da China. Anúncios de sites do país asiático invadiram as redes sociais, oferecendo de utensílios de cozinha a vestidos de noiva, e muitos consumidores se renderam aos preços extremamente baixos em troca de prazos de entrega bem menos interessantes, que chegavam a eternos 60 dias. Atualmente, o que antes era desvantagem tem se tornado o principal atrativo da disputa de gigantes do varejo eletrônico pelo consumidor brasileiro que quer fazer compras internacionais.

Em pouco mais de um mês, as internacionais AliExpress e Amazon, além da brasileira Americanas, anunciaram estratégias ambiciosas para conquistar esse cliente. A tacada mais recente acaba de ser dada pelo AliExpress, que reduziu de 12 para até 7 dias o prazo de entrega para encomendas internacionais. Os 12 dias haviam sido prometidos em maio. Apenas um dia depois, a Amazon mostrou que está disposta a entrar na briga para valer e garantiu entregas em até 11 dias.

“Esse movimento mostra o aumento drástico do apetite das empresas, que estão se estruturando para conquistar mais espaço no mercado local. Evidencia, também, como o Brasil entrou no radar dessas gigantes”, avalia o COO da Gouvêa Ecosystem, Eduardo Yamashita, colunista do portal Mercado&Consumo.

Gigantes do varejo disputam dia a dia entrega internacional no Brasil

Ampla experiência logística

Segundo a AliExpress, que pertence ao Grupo Alibaba, o prazo menor é possível graças à experiência logística da companhia, que atualmente opera cinco voos fretados por semana para o Brasil. Um sexto voo semanal está em processo de implementação. A empresa também investiu em tecnologia Big Data para identificar as diferentes compras que um usuário faz no marketplace, em múltiplas lojas, e reuni-las todas em um só pacote.

“O AliExpress é, desde sua origem, uma empresa criada para o comércio online internacional, conectando com nossa tecnologia e infraestrutura fabricantes e consumidores ao redor do mundo, o que nos permite diminuir ainda mais os prazos de entrega no Brasil”, disse, em nota, o country-manager do AliExpress no Brasil, Yan Di.

A empresa esclarece que o prazo de até 7 dias é para a chegada do produto no Brasil. Para acelerar a liberação do produto na alfândega, o AliExpress implementou métodos eletrônicos de checagem de pacotes na entrada no País. O transporte do aeroporto internacional até a residência do usuário é, principalmente, operado pelos Correios – que tem, no máximo, 5 dias para levar a encomenda até a casa do consumidor, em regiões como os municípios da Grande São Paulo.

A dependência de prestadores de serviço locais é, ainda, um fator de peso, avalia Yamashita. “Por não ter operação logística no Brasil, o AliExpress ainda depende de serviços já instalados aqui na última milha. Nesse sentido, Mercado Livre, Magalu, Via, B2W e outras empresas regionais ainda contam com uma vantagem competitiva importante.”

Também recentemente, a Americanas, da B2W, anunciou a operação de cinco voos semanais diretos de Hong Kong, na China, ao aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, reduzindo o prazo máximo de entrega desta frente de negócios de 21 para 11 dias para produtos.

Lançada em março de 2019, a Americanas Mundo – operação de cross border da marca – criou uma nova frente de crescimento para a companhia. O sortimento compreende 50 milhões de itens importados de China, Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia e Uruguai, além de países da Europa.

Gigantes do varejo disputam dia a dia entrega internacional no Brasil

Operação com excelência

No caso da Amazon, as mercadorias vêm dos Estados Unidos e a empresa anunciou, como diferencial, uma modalidade de frete gratuito para compras internacionais a assinantes do serviço Prime, que cobra R$ 9,90 para acesso a catálogo de filmes, música e frete gratuito. A empresa criou uma tecnologia que conecta os centros de distribuição brasileiros com a operação americana.

Eduardo Yamashita destaca que, nesse cenário de concorrência e dependência de players nacionais, a AliExpress, ainda assim, conta com uma vantagem importante. “O Alibaba tem um know how enorme em estruturação logística no mundo. O que a empresa fez na China e no mercado asiático é algo que nem A Amazon conseguiu fazer. Ela comprou a Cainiao, a maior empresa logística do mundo, um grande case de sucesso. A complexidade logística da China é maior do que a brasileira, mesmo assim, eles operam com excelência nesse mercado.”

FedEx vai testar entrega de encomendas com startup de robôs Nuro

A FedEx e a companhia de robótica Nuro anunciaram na última terça-feira (15), acordo para teste de veículos autônomos na entrega de encomendas da companhia norte-americana, começando com um programa piloto em Houston.

As companhias vão testar cenários de entrega com os veículos de baixa velocidade e autônomos da Nuro, disse Cosimo Leipold, chefe de parcerias da startup.

“Em vez de enviarmos um motorista para pegar os pacotes, um aparelho como os da Nuro pode ser super útil”, disse Rebecca Yeung, vice-presidente de tecnologias avançadas e inovação da FedEx. Ele considerou a parceria FedEx/Nuro como “muito séria e de longo prazo”.

Os veículos da Nuro já estão fazendo entregas para a rede de supermercados norte-americana Kroger e para a cadeia de pizzarias Domino’s na região de Houston, Texas. A Nuro continua testando sua tecnologia no Estado do Arizona.

A Nuro, cujo robô R2 tem espaço para entrega de carga, mas não para um motorista, levantou no ano passado 500 milhões de dólares em financiamento.

Em um projeto separado, a FedEx está usando um robô menor da Deka Research & Development, chamado de “Roxo”, para entregas de mesmo dia em Plano, no Texas.

Já a rival UPS está centrando esforços de entrega autônoma de encomendas em drones.

A UPS encomendou vans elétricas da britânica Arrival. Estes veículos são equipados com sensores e câmeras que gradualmente permitirão uso de recursos autônomos, mas ainda precisam de motorista humano.

O transporte de pessoas por táxis autônomos tem se mostrado mais difícil e caro do que a entrega de encomendas e comida.

Como resultado, companhias de logística estão explorando formas de lançar a tecnologia em rotas previsíveis e mais simples, incluindo em rodovias.

Amazon e grandes da tecnologia podem ter de vender ativo, segundo projeto nos EUA

Deputados da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos preparam uma legislação bipartidária que poderia forçar a Amazon e outras gigantes do setor de tecnologia a, na prática, se dividirem em duas companhias, ou a vender alguns segmentos de seus negócios, de acordo com fontes ligadas ao assunto e também com documentos obtidos pelo Wall Street Journal.

A lei, que pode ser anunciada na última sexta-feira (11), poderia exigir uma separação estrutural dentro dessas empresas.

Outro projeto que pode ser também apresentado na sexta-feira tem como alvo a capacidade dessas empresas maiores de alavancar os próprios produtos em suas plataformas on-line, em detrimento da concorrência. As duas ideias já têm adeptos no governo e na oposição, dizem as fontes.

Elas precisariam ser aprovadas na Câmara e também no Senado — neste precisariam do apoio de muitos republicanos. A oposição se mostra preocupada com o poder dessas gigantes da tecnologia, mas demonstram ceticismo sobre mudanças em leis antitruste em geral.

Executivos da Amazon e Google testemunharão nos EUA

O subcomitê antitruste do Comitê Judiciário do Senado norte-americano ouvirá na semana que vem o especialista em política pública do Google, Wilson White, e o Conselheiro Geral Associado da Amazon, Ryan McCrate, segundo anunciou o órgão na sexta-feira.

Os testemunhos dos executivos vão ocorrer em meio à promessa de criação de leis pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos que podem afetar o poder de mercado das chamadas “Big Techs”, as principais companhias de tecnologia do país.

De acordo com o comunicado dos senadores, um executivo da Sonos, empresa americana de equipamentos eletrônicos crítica das Big Techs, também foi convocado para testemunhar.