Com voos semanais diretos da China, Americanas Mundo promete entrega de produtos em até 11 dias

Empresa ainda afirma que consumidor poderá rastrear o trajeto de suas compras até o destino final.

Com intuito de diminuir o tempo máximo de entregas de compras internacionais feitas através do Americanas Mundo para no máximo 11 dias em produtos importados da China, a Americanas anunciou que a partir do dia 14 vai ampliar sua capacidade de entregas internacionais com cinco voos semanais diretos de Hong Kong para o aeroporto de Guarulhos em São Paulo.

O Americanas Mundo que já atuava com o rastreio das compras até o destino final, permitindo ao consumidor acompanhar a trajetória de seu pedido, agora torna-se ainda mais atrativo, já que uma das desvantagens das compras internacionais é justamente a demora para recebê-las. A ação acontecerá através de voos de carga fretados por meio da plataforma de logística LET ‘s, pertencente ao grupo Americanas.

No Americanas Mundo o consumidor encontra ofertas de milhões de produtos oriundos não só da China, mas também dos Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia e alguns países da Europa, além fazer suas compras em reais e poder parcelar no cartão de crédito em até 12 vezes.

Durante o primeiro trimestre de 2021 o Americanas Mundo registrou crescimento superior a 100% em relação ao mesmo período do ano anterior, crescimento alavancado, segundo a empresa pela venda de wearables (smartphones, smartwatches, smartbands, entre outros), produtos de áudio e brinquedos.

DHL Supply Chain Acorda Implementação da Locus ‘Robotics

Vimos o acordo da DHL com a Locus Robotics para implementação em larga escala de robótica devido ao aumento da demanda por e-commerce

A empresa de logística líder dentro do Grupo Deutsche Post DHL, DHL Supply Chain, anunciou que implementaria um grande número de robótica em seu armazenamento. A empresa chegou a um acordo com a Locus Robotics para este plano. O acordo multimilionário trará mais robótica aos processos de separação e reabastecimento da DHL como parte da Estratégia de Digitalização Acelerada da DHL. 

A DHL falou sobre seus planos para os próximos 18 meses, envolvendo a implementação de cerca de 2.000 robôs para armazenamento e distribuição. No final das contas, ele se tornará o maior cliente da Locus Robotics no mundo. Os robôs são usados ​​principalmente para o atendimento de pedidos de comércio eletrônico nos depósitos dedicados e para reabastecimento do depósito conforme necessário.

Aumentando a taxa de transformação digital

De acordo com Markus Voss , CIO Global e COO DHL Supply Cadeia, “é particularmente importante para nós sermos capazes de otimizar de forma consistente nossas cadeias de abastecimento – robôs de separação assistida são muito eficazes a esse respeito”. Ele também explica os planos da DHL de dobrar o uso de robótica da empresa até o final de 2021. “Até agora, mais de 500 robôs de separação assistida já estão em uso industrial em nossos armazéns nos EUA, Europa e Reino Unido. Até o final de 2021, outros 500 robôs serão adicionados a um total de mais de 20 locais. A tecnologia de separação colaborativa comprovou claramente sua eficácia e confiabilidade no armazenamento moderno. Mais locais já foram identificados com roteiros de implementação concretos para os robôs restantes, que implantaremos em 2022. No entanto, o potencial geral para robôs de separação assistida em nossos armazéns DHL é muito maior,

Estratégia de digitalização acelerada

Como parte da Estratégia de Digitalização Acelerada mais ampla, a DHL se beneficiará muito com a implementação da robótica nos próximos anos. A utilização de robôs para separar pedidos reduzirá o tempo gasto na busca em depósitos e na coleta de pedidos, aliviando o estresse de seus funcionários e aumentando a eficiência geral dos pedidos. Uma vez operacional, cada robô exibe uma imagem do item a ser retirado do depósito e calcula a rota mais eficiente para cada item. 

De acordo com a DHL, os robôs fornecem integração rápida ao sistema de armazenamento atual por meio do DHL Supply Chain Robotics Hub, o que reduzirá a quantidade de treinamento necessário para operá-los. A rapidez na implantação de novas máquinas trará grandes benefícios para a empresa nos horários de pico, pois poderá agregar mais ao seu sistema de acordo com a demanda.

“Nossa parceria ampliada com a DHL reflete a crescente demanda por digitalização de warehouse em todo o mundo para atender aos crescentes desafios de atendimento de hoje”, disse Rick Faulk , CEO da Locus Robotics. “Locus tem orgulho de ser um valioso recurso de tecnologia que está ajudando a DHL a concretizar sua visão estratégica de transformação digital.”

O futuro das compras pela internet pode não ser a entrega em domicílio

Era o verão de 2016 e Rafał Brzoska estava ficando sem saída para seu negócio. O então empresário polonês de 38 anos havia passado quase duas décadas tentando transformar a InPost, que distribuía cupons de supermercado em caixas de correio, em uma empresa de correio comercial de US$ 120 milhões por ano. No entanto, competir com o serviço postal do governo estava gerando prejuízos. Ele tinha uma dívida de US$ 65 milhões e estava tentando freneticamente encontrar novos investidores enquanto evitava o oficial de reintegração de posse.

Esses investidores não estavam interessados ​​no negócio postal praticamente em extinção de Brzoska, mas sim nos armários de e-commerce automatizado que ele havia iniciado em 2010. A Amazon e outros varejistas on-line enviam pacotes para retirada para esses armários de rua, que custam cerca de US$ 20 mil para instalar. Eles são populares porque os carteiros na Europa raramente deixam uma encomenda sem vigilância no lado de fora de uma residência. Isso efetivamente interrompe a porch piracy (nome dado à situação em que um indivíduo rouba um pacote de uma área externa da casa próxima à entrada principal antes que o destinatário possa recuperá-lo), mas se você não atender a campainha, terá um trabalho árduo de ir até o correio.

À beira da falência, Brzoska decidiu encerrar o negócio postal em 2016, antes das negociações com seu salvador, a Advent International. O grupo de private equity, com sede em Boston, fez da InPost uma empresa privada em abril do ano seguinte. O negócio de US$ 110 milhões saldou as dívidas da empresa e deu a Brzoska mais US$ 125 milhões para quase dobrar o tamanho de sua rede de armários para 4.400 em um ano.

“Havia muitos motivos para dizer não a este negócio, e muitas pessoas realmente disseram”, diz Paul Atefi, diretor administrativo da KKR, que emprestou US$ 145 milhões, em 2018, à InPost para construir novos armários. Brzoska agora tem 11.734 estantes na Polônia e mais de 1.100 no Reino Unido, além de algumas centenas na Itália. “Mas quando começamos a olhar armário por armário, foi realmente atraente. Às vezes, o retorno era tão baixo quanto 1,5 anos por locker. Amamos esta empresa.”

As margens também são invejáveis. Brzoska cobra cerca de US$ 2 por pacote, e seus custos são limitados à configuração do armário, mão de obra e aluguel do espaço do armário. A InPost embolsou US$ 97 milhões em lucro em 2020. “Nossas máquinas automatizadas de pacotes estão dobrando a receita ano a ano”, afirma.

Segundo Marek Różycki, consultor que assessorou a Advent no negócio com a InPost, colocar armários a uma “distância mínima” das casas e escritórios dos clientes transformou o negócio. “Se você tiver que caminhar cerca de 1,5 km até o seu armário mais próximo na chuva torrencial, isso não é atraente. Mas na Polônia, meu armário mais próximo fica a 350 metros de distância. É quase como uma entrega em domicílio – e mais conveniente.”

A InPost aprendeu a “regra do chinelo” da maneira mais difícil. A Advent reduziu a enorme expansão de Brzoska para quatro continentes, o que deixou a empresa escassamente espalhada e estendida. “Esse era um cenário clássico em que você tem um indivíduo carismático e muito empreendedor gerenciando uma empresa que estava crescendo muito rápido”, diz Różycki. “Mas ele assumiu muitos projetos com poucos recursos.”

Enquanto Brzoska estava dominando o negócio de armários, seus principais rivais – os serviços postais da Europa, além da UPS e Amazon – tiveram uma abordagem diferente, impulsionando a entrega em domicílio e assinando com milhares de lojas de bairro para lidar com a coleta e devolução de pacotes. Foi uma maneira rápida e barata de escalar em comparação com os armários, mas o boom do comércio eletrônico impulsionado pela pandemia deixou essas pequenas lojas de Berlim a Bilbao com corredores cheios de pacotes e longas filas para devolução. “As lojas de conveniência não são tão convenientes para a coleta de pacotes, principalmente durante a pandemia”, diz Kerstens.

O plano de Brzoska é eliminar esse intermediário – e sair à frente na Europa – com um acordo de US$ 675 milhões, anunciado em março, para comprar a gigante das entregas Mondial Relay e deixar seus armários nas lojas mais movimentadas de sua rede em toda a França.

Brzoska não é o azarão desta vez, e ele não se intimidará com uma luta. Ele dá o crédito ao seu signo e às pulseiras de contas da sorte – incompatíveis com seus ternos sob medida – o fato de ter sobrevivido a rodadas anteriores com pesos-pesados ​​dos correios. “Eu disse à minha equipe: ‘Eu sou um Escorpião. Eu vou sobreviver, e você vai sobreviver comigo, porque os escorpianos são sempre assim: lutam até o fim.’”

DHL Express vai lançar uma nova companhia aérea para o mercado europeu

A DHL Express anunciou o seu novo plano para a futura criação da sua rede de aviação européia.

Representando um novo marco da Estratégia 2025, as mudanças vão permitir responder à contínua e crescente procura dos serviços internacionais da DHL Express. Numa primeira fase, pretende criar uma nova companhia aérea de carga na Áustria.

Nova companhia

A DHL está, neste momento, no processo de apresentação de candidaturas junto das autoridades austríacas. Sob reserva de aprovação desses pedidos, o seu objetivo é que a nova companhia aérea seja criada e esteja operacional ainda este ano. Irá operar serviços de voo intraeuropeus, utilizando uma frota de aviões de carga B757 que serão transferidos a partir da DHL Air UK.

Por sua vez, a DHL Air UK irá tornar-se uma companhia aérea intercontinental, expandindo as suas operações B767 e adicionando novos B777Fs à sua frota. Com estes passos, a DHL Express irá reforçar a sua plataforma de rede aérea, garantindo uma capacidade de carga aérea flexível e resiliente para suportar as crescentes necessidades de envios expresso dos seus clientes. “Ao expandirmos a nossa plataforma aérea, não estamos apenas a adaptar-nos à alteração dos regulamentos, mas também a preparar a nossa rede europeia para um maior crescimento“, explica Roy Hughes, diretor de operações da DHL Express. “Para satisfazer a elevada procura dos nossos clientes pelas entregas expresso internacionais, tomámos estas medidas para continuar a fornecer-lhes o melhor serviço. Com a estrutura prevista, vamos alcançar, por um lado, uma rede aérea flexível e ainda mais resiliente na Europa e, por outro, uma melhor integração global, através do aumento dos nossos voos intercontinentais“.

Melhor trimestre da sua história 

A DHL Express anunciou recentemente o seu melhor trimestre, na história de mais de 50 anos de empresa. Impulsionada pelo crescimento mundial do comércio eletrônico, a empresa conseguiu aumentar o volume dos seus envios Time Definite International (TDI) em mais de 25% em comparação com o primeiro trimestre de 2020. Olhando para o futuro, espera-se um maior crescimento do comércio eletrônico devido à aceleração da digitalização do sector B2B e a um aumento significativo das compras comerciais nas plataformas on-line, resultando no aumento da procura de envios expresso internacional.

Para dar resposta a este crescimento e continuar a oferecer aos seus clientes tempos de trânsito mais rápidos para as suas entregas transfronteiriças, a DHL Express está a remodelar a sua companhia aérea sediada em East Midlands, a DHL Air UK. Centrando-se nos serviços intercontinentais, a DHL Air UK vai aumentar os voos entre o Reino Unido, a região das Américas e a Ásia. Neste contexto, a frota será expandida com a adição de mais B767s e a introdução de novos aviões B777F. O plano é que a DHL Air UK inicie as suas operações B777 no início de 2022. “O Reino Unido tem sido uma porta de entrada crucial para o mundo. Com uma procura crescente em entregas expresso internacional, isto é hoje mais válido do que nunca”, explica Tom Mackle, diretor geral da DHL Air UK. “A expansão da nossa frota intercontinental no Reino Unido, adicionando novos B777s, os aviões de carga mais modernos e eficientes, sublinha o nosso empenho e o nosso compromisso em satisfazer as necessidades dos clientes, para prestar continuamente excelentes serviços e também melhorar a nossa pegada de emissões de carbono“.

65% dos brasileiros estão comprando mais em sites e apps estrangeiros

O e-commerce cross border é uma realidade e também um caminho para quem deseja internacionalizar suas operações. Cada vez mais sites americanos e chineses oferecem produtos com lojas on-line traduzidas para o português e preços em muitos casos inferiores aos praticados no Brasil, com fretes e tempo de entrega considerados satisfatórios pelo consumidor brasileiro. Será que o mercado brasileiro está preparado para essa evolução do consumidor?

De acordo com o estudo “2ª edição – O consumidor brasileiro e suas compras no E-commerce Cross Border”, desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com a Opinion Box, 65% dos consumidores estão comprando mais em sites e apps estrangeiros em relação a 12 meses atrás e e 35% declaram estar comprando menos, principal motivo é a economia de dinheiro (52%) — um reflexo da pandemia.

“O e-commerce brasileiro precisa estar ainda mais atento à concorrência com sites/lojas estrangeiros, pois o consumidor não vê as fronteiras e o tempo de espera pela entrega como barreiras tem diminuído bastante”, afirma Eduardo Terra, presidente da SBVC.

Mais vendidos no e-commerce estrangeiro

As compras em sites internacionais alcançam volumes expressivos: o tíquete médio da última compra em sites ou aplicativos estrangeiros foi de R$482,00, 7% acima do tíquete médio do e-commerce brasileiro. O estudo mostra que as categorias mais compradas em sites internacionais são Eletrônicos (36%), Beleza (29%), Acessórios Femininos (29%) e Acessórios para smartphone (29%), sendo “Shopee” (29%) o principal site da preferência do consumidor, seguido pela Amazon (25%) e AliExpress (18%).

De acordo com a SBVC, é perceptível o crescimento das compras por meio de aplicativos (70%), pois os usuários percebem mais facilidade no momento da compra. Seguindo a jornada do consumidor, prazo de entrega foi cumprido para 87% dos entrevistados, sendo que 85% aceitam esperar até 45 dias para a entrega feita no próprio endereço no Brasil.

Ainda sobre prazos de entrega, 60% pagariam mais para receber em menos tempo no máximo 30 dias (prazo considerado ideal para 44% dos entrevistados). “O tempo de entrega surgiu como um ponto negativo para os 25% de entrevistados que compraram menos nos últimos 12 meses. Existe uma oportunidade para o e-commerce nacional ganhar competitividade na competição com a concorrência global, que é o prazo de entrega”, diz Terra.

Metodologia

O estudo entrevistou 434 consumidores em todo o país, e teve como objetivo entender o comportamento do consumidor brasileiro no comércio online estrangeiro.

A íntegra do estudo está disponível no site da SBVC.

A moeda digital do Brasil e o varejo

BC (Banco Central) deu mais um passo na modernização dos meios de pagamento ao anunciar que vai lançar o real digital em aproximadamente 2 anos. O assunto foi destaque no Brasil na última semana, passados os dias de liquidação de criptomoedas no mundo, após a China declarar um maior esforço regulatório para limitar a mineração e o comércio de bitcoins no país.

O real digital será mais uma das moedas digitais operadas por bancos centrais, CBDC (Central Bank Digital Currencies, termo em inglês), ou a forma eletrônica da moeda fiduciária. É um tipo de criptomoeda emitida pelo BC, como extensão da moeda física, que será distribuída aos consumidores pelas instituições financeiras, como ocorre com o real em espécie.

Ainda não há um cronograma definido, mas o BC pretende promover uma consulta pública sobre a moeda digital nos próximos meses e disseminar o tema por meio de seminários. Desde agosto do ano passado, um grupo de trabalho vem discutindo e avaliando as diretrizes para o desenvolvimento da moeda digital brasileira.

Existem hoje diversas moedas digitais, ou criptomoedas, criadas ou mineradas, e transacionadas a partir de uma rede computacional descentralizada de blockchain. Esse sistema complexo depende de diversos computadores ao redor do mundo para funcionar.

Elas contam com redes de criptografia para garantir a validade e a proteção das transações e dos dados dos usuários. No entanto, além de serem totalmente virtuais, as criptomoedas possuem uma grande diferença do dinheiro que habitualmente utilizamos (real, dólar, euro etc.): por serem descentralizadas, não sofrem intermediação, controle ou regulação por órgãos governamentais de nenhum país.

Uma das espécies de criptomoedas são as stablecoins, que possuem lastro em algum tipo de ativo com preço previsível, geralmente nas moedas fiduciárias dos países. Outras criptomoedas não são atreladas a valores ou ativos, o que representa um risco adicional há quem as possui, devido à sua volatilidade. A moeda digital em estudo pelo BC é lastreada no próprio real, tendo a garantia do BC, e fará parte dos objetivos da política monetária do país.

Com a difusão deste tipo de moeda e a aceleração da digitalização dos sistemas financeiros no mundo, vários bancos centrais iniciaram processos de estudo e criação de suas próprias moedas digitais, as CBDC’s. Estados Unidos, Índia, Hong Kong, Japão, Coréia do Sul, Suécia, Noruega são economias que estudam a adoção de uma CBDC. Mas a China é a mais avançada e se aproxima de lançar o yuan digital (DCEP). Por enquanto, as Bahamas são o único país com sua moeda digital em operação, o sand dollar, desde outubro do ano passado.

Essas moedas digitais centralizadas são o dinheiro tradicional em formato digital e todas as transações com elas são verificadas pela autoridade monetária do país de emissão. Elas utilizam, porém, a mesma tecnologia baseada para criptomoedas descentralizadas, a blockchain.

bitcoin foi a primeira moeda digital, a mais conhecida, e tinha como objetivo democratizar a distribuição de dinheiro e ativos no mundo, além de reduzir a influência dos bancos na intermediação das operações financeiras. Sua popularização ganhou força na última década, incentivando a criação de outras criptomoedas de iniciativa privada, que hoje somam cerca de 3.000 tipos, entre elas o Ethereum, XRP, Litecoin, EOS, Chainlink.

Cada economia aplica uma legislação distinta às criptomoedas. No Japão, por exemplo, elas são legalmente aceitas como forma de pagamento e transferência de valores. Já na Colômbia, o uso de criptomoedas para qualquer finalidade é um ato ilegal.

No Brasil, a criptomoeda é considerada um ativo, sendo classificada como um bem por quem a possui, não como moeda. Assim, há incidência de imposto de renda sobre o valor, que deve ser informado na declaração de ajuste anual.

O BC apresentou na semana passada as diretrizes para o desenvolvimento do real digital. Uma delas é a total aderência aos princípios e regras de privacidade e segurança, especialmente os determinados na LC (Lei Complementar) 105/2001, que garante o sigilo bancário. Outra é a interoperabilidade e integração para permitir pagamentos transfronteiriços, que deve potencializar o comércio exterior com parceiros comerciais próximos ao Brasil.

O BC espera que a moeda digital seja amplamente utilizada pelo varejo, incentivando-a a fazer parte do cotidiano da população, até mesmo dos cidadãos não bancarizados. O real digital será integrado às inovações tecnológicas já em andamento, como o Pix e o Open Banking, que vêm se tornando cada vez mais importantes no sistema financeiro.

O real em espécie não deixará de existir, podendo o consumidor escolher como deseja manter seu dinheiro. Essa nova possibilidade abrirá, porém, concorrência entre as duas formas de moeda, gerando um risco para os bancos comerciais, que operam os depósitos à vista e o crédito. Isso porque eles utilizam os recursos dos depósitos em suas negociações e, assim, movimentam o sistema financeiro. O maior risco aos bancos poderá acirrar também o custo dos empréstimos.

Nossa visão é a de que o pequeno comércio deve demorar para se adaptar a essa novidade, pois as vendas realizadas em dinheiro vivo ainda são uma realidade no país, mesmo o varejista incorrendo no custo de carregamento do estoque de moeda. Muitos estabelecimentos de pequeno porte não operacionalizam a folha de pagamentos via banco, por exemplo, pagando os salários dos funcionários em espécie. Essa prática, ainda comum, estimula o uso da moeda física.

O real digital segue a mesma diretriz do seu correspondente físico e não tem expectativa de remuneração. Contudo, ainda está em estudo se o dinheiro digital terá a mesma cotação do real tradicional.

Uma preocupação do BC ao acelerar o lançamento do real digital é a prevenção à lavagem de dinheiro e remessas ilegais. Sabe-se que o grande e maior problema das criptomoedas descentralizadas é o uso no financiamento de atividades ilícitas, como tráfico de drogas e armas no mundo.

O governo poderá, em caso de necessidade e exigência legal, rastrear as operações ilícitas usando o real digital. Além disso, em função da centralização, não será possível fazer transferências e pagamentos diretamente entre duas pessoas, como ocorre com outras criptomoedas, a operação será registrada no sistema bancário doméstico.

Há inúmeros benefícios com a utilização de moedas digitais, dentre eles a redução de custos com a emissão de papel moeda, a maior facilidade de acesso, já que as transações serão feitas totalmente por gadgets, além de menos intermediários nas negociações e operações, auxiliando a transparência. As despesas com remessas internacionais também serão minimizadas, pois a ideia é que a moeda ganhe conversibilidade internacionalmente.

Mas como as mudanças na jornada da transformação digital no sistema financeiro estão ocorrendo em alta velocidade, é normal que haja alguma reticencia na aceitação dos consumidores em geral. Como difundir a informação no país segue sendo um dos principais desafios do Banco Central.

 

Postagem Austríaca Combina Tecnologia NFT E NFC Para Selo Postal Digital

A Oesterreichische Post AG – serviço postal da Áustria – está pronta para adotar ainda mais protocolos de tecnologia digital para seus selos postais não-fungíveis.

Em um anúncio recente, o Austrian Post anunciou planos de chips NFC para o Crypto Stamp 3.0 – a terceira iteração de sua série de selos NFT de edição limitada colecionáveis.

Esses chips NFC embutidos permitirão que os proprietários do selo verifiquem a autenticidade do selo físico com base nos metadados vinculados ao gêmeo digital armazenado no blockchain.

Na verdade, o Post austríaco fez história em 2019 ao se tornar a primeira instituição apoiada pelo governo a lançar um NFT. O Austrian Post Crypto Stamp também ganhou vários prêmios no NFT Awards 2020, incluindo o “Prêmio de potencial de adoção” e o “Prêmio de escolha do povo”.

Detalhando a interação NFC – NFT para o Crypto Stamp 3.0, o correio disse:

“Pela primeira vez, a tecnologia NFC também está sendo usada em um selo postal austríaco: O selo Crypto 3.0 é baseado em uma verificação de autenticidade suportada por NFC e é criptografado criptograficamente […] Ao ler o chip NFC, tanto a autenticidade quanto o gêmeo digital podem ser revelados. ”

De acordo com o Austrian Post, o uso de tecnologia NFC elimina a necessidade de criar um aplicativo de digitalização adicional para verificar a propriedade do selo postal NFT.

Para Stefan Nemeth, chefe de gerenciamento de produtos e ramos de e-business do serviço postal da Áustria, a adoção da tecnologia NFC é um passo importante para adicionar recursos ainda mais intuitivos a futuras iterações de selos postais NFT.

O Crypto Stamp 3.0 terá um valor de mercado de 9,90 euros ($ 12) com uma tiragem total de 100.000 selos. O registro para pré-encomenda do selo NFT terá início em junho.

Desde o lançamento de seus tokens de postagem NFT, os serviços postais de outras jurisdições também entraram em ação. Em março, Coinsilium, uma startup de criptografia fechou uma parceria com o Gibraltar Philatelic Bureau para emitir selos postais NFT.

Conforme relatado anteriormente pela Cointelegraph, o Serviço Postal dos Estados Unidos certificou os NFTs de postagem da CaseMail em abril.

E-commerce: O que pode o resto do mundo aprender com a China?

A realidade trazida pelos efeitos da pandemia tem sido um dos grandes catalisadores para uma transformação digital à escala global. O mundo é cada vez mais digital e a economia não é exceção.

Por todo o mundo, dos grandes grupos económicos aos pequenos comerciantes, a migração do off-line para o on-line tem sido transversal. No entanto, quando o tema é o comércio eletrônico, a China lidera, muito destacada.

Há cerca de uma década que é o maior mercado de comércio eletrônico do mundo e dados recentemente publicados vieram assinalar ainda mais esta realidade.

Já representava, sozinha, mais de 50% das compras on-line feitas em todo o mundo. Nos primeiros meses de 2021 atingiu uma marca histórica, que muitos poderiam considerar estar ainda bastante distante. A China tornou-se o primeiro país, de sempre, cujas vendas de varejo on-line ultrapassaram o valor agregado das vendas off-line, ou seja, pela primeira vez a maioria das transações aconteceram via comércio eletrônico.

Estes valores podem não chegar com particular surpresa para todos os que conheçam a realidade interna e os hábitos de consumo locais, na verdade poderia facilmente dizer-se que seria apenas uma questão de tempo até as vendas do e-commerce ultrapassarem os 50% das vendas totais de varejo realizadas no país. Ainda assim, não deixam de ser números muito impressionantes, mais ainda se comparados com aquela que ainda é a realidade do resto do mundo. O sucesso do e-commerce da China neste momento é inigualável.

De resto, a expectativa é que estes números continuem a crescer. Por um lado, o crescimento do e-commerce já era uma tendência muito presente antes do período pandêmico e, por outro, este momento de viragem foi sido atingido numa altura em que internamente já se verificavam muito poucos efeitos que pudessem diminuir a possibilidade dos consumidores realizarem as suas compras através das formas mais tradicionais – embora obviamente não possa ser ignorado que os efeitos da pandemia também contribuíram para alterar certos padrões de consumo e acelerar a tendência que já existia.

Não é inconcebível pensar que outros países seguirão os passos do gigante asiático, e poderão até aproximar-se destes valores no futuro. Contudo o estrondoso sucesso do e-commerce chinês resulta também de diversos fatores idiossincráticos e é possível que nenhuma outra região consiga replicar a transformação do país – ou pelo menos não num grau tão extremo.

Por um lado os fatores mais óbvios:

A China tem a maior população on-line do mundo, mais de 900 milhões de utilizadores, e, com o enriquecimento generalizado da população nas últimas décadas, emergência de uma classe média, aumento dos salários e melhoria da qualidade de vida, criou um enorme – e altamente consumista – mercado interno.

Além disso, apesar da dimensão do território, o extraordinário sistema logístico e de infraestrutura existente permite que quase todos os produtos possam ser entregues em todo o país em 24h, ou pouco mais que isso, e com custos adicionais muito reduzidos, independentemente dos valores dos bens ou quantidades adquiridas.

1. Smartphones – Como resultado do desenvolvimento econômico da China e da acessibilidade desde cedo a diversos modelos, a custos muito razoáveis, a maioria dos consumidores chineses entrou na era da internet diretamente através dos dispositivos móveis, saltando os computadores. Com esta proliferação dos smartphones, a inovação e cultura de comércio eletrônico local esteve sempre muito mais orientada para o comércio através destes dispositivos (o m-commerce) o que, pela sua acessibilidade, envolvimento e facilidade de utilização, provou ser um fator essencial para estimular o consumo.

2. Market Places – A emergência do grupo Alibaba e das suas plataformas chinesas de comércio eletrônico, revolucionárias, omnipresentes e extremamente fáceis de usar, como o Taobao, o Tmall ou até o Idle Fish, garantiu aos consumidores acessibilidade a quase todo o tipo de produtos imagináveis, aliando a isso opções de entrega, serviço ao cliente, sistemas de devolução, etc., extremamente favoráveis e convenientes. Várias outras plataformas, como JD.com ou Pinduoduo, surgiram também entretanto, aumentando ainda mais o leque de opções para compradores e vendedores. Quer sejam lojas oficiais das marcas, vendedores em nome individual, aquisição de bens em segunda mão, compras em grupo, revendas, compra e venda de produtos agrícolas ou alimentares, entre tantos outros, existe hoje na China o marketplace apropriado para quase todas as opções imagináveis.

3. Sistemas de pagamentos digitais inovadores – Não há praticamente nenhuma plataforma on-line, aplicação, website, etc., na China, que não incorpore a opção de pagamento através do Alipay (do grupo Alibaba) ou do WeChat Pay (integrado na super aplicação WeChat, do grupo Tencent). Estes sistemas de pagamento estão anos à frente dos seus concorrentes ocidentais em termos de acessibilidade, facilidade de utilização e forma como incorporam as opções de checkout numa compra on-line. Com as informações pré-estabelecidas e diretamente ligados à conta bancária do utilizador, para efetuar o pagamento de uma qualquer transação comercial normalmente pouco mais é necessário do que inserir o código pin, uma impressão digital, ou efetuar o reconhecimento facial do utilizador, tudo isto através do smartphone e dentro da aplicação que estiver a ser usada.

4. Mini Programas do Wechat – Embora a super aplicação chinesa exista há cerca de uma década, e possibilite uma multiplicidade quase infindável de funções e serviços (por vezes descrita como uma combinação entre o sistema de mensagens Whatsapp e a rede social Facebook, na verdade o seu alcance vai muito para além das funcionalidades oferecidas por estes), apenas recentemente o Wechat começou a incluir opções para o comércio eletrônico de terceiros. Os Mini Programas permitem que as empresas aproveitem melhor a base de utilizadores do WeChat e já provaram ser extremamente populares entre comerciantes e consumidores.

5. Experiência social – Enquanto no ocidente as compras on-line são, tipicamente, uma experiência focada na transação em si, na China são muito mais que isso. Muitas das plataformas on-line chinesas misturam hoje características de redes sociais e de vendas, com as mais diversas funcionalidades que promovem o envolvimento dos utilizadores. Além disso, através da pegada digital do consumidor, a interação e interligação entre as diversas plataformas e aplicações, identificam as suas preferências e sugerem constantemente novos produtos, estimulando o consumo. De resto, muito do marketing e campanhas de publicidade desenvolvidas pelas mais diversas marcas acontecem, precisamente, dentro das próprias plataformas on-line e diferentes marketplaces. A promoção de comércio eletrônico ao vivo, através de live streaming, seja através dos gigantes Taobao ou JD.com, ou através de outras plataformas outrora mais dedicadas exclusivamente ao entretenimento, como o Douyin (a versão chinesa do TikToK) ou Kuaishou, é outro fenómeno já bastante popular e em franca ascensão.

A China é, muito possivelmente, o país do mundo que melhor e mais eficientemente coloca as suas infraestruturas, e a sua obsessão por inovação tecnológica, ao serviço dos hábitos de consumo da sua população – e, num ambiente de negócios tão competitivo, assim se espera continue a acontecer nos próximos anos.

Durante muitos anos foi comum ver a China a copiar ideias do Ocidente. Hoje em dia, se há um setor da economia em que poderá fazer sentido praticar o inverso, esse setor pode muito bem ser o do comércio eletrônico.

 

Tiendamia, e-commerce internacional americano, amplia operação no Brasil

Plataforma integra grandes varejistas e está entre as maiores do mundo.

O Tiendamia, e-commerce internacional americano que integra grandes varejistas daquele país, está ampliando as operações no Brasil. O marketplace tem se fortalecido na América Latina, em países como Uruguai, Argentina, Peru e Equador.

Hoje, a empresa está entre as maiores plataformas de e-commerce do mundo e tem como meta crescer 300% até o final do ano apenas no Brasil. Em breve, o vai ampliar a oferta de produtos com a chegada de mais uma grande varejista americana.

“O Tiendamia já crescia no Brasil mesmo com pouco investimento e agora queremos estar lado a lado do usuário para construir uma plataforma brasileira totalmente dedicada ao público local e suas necessidades”, afirma Michele Chahin, country manager recém-contratada pela plataforma que será responsável pelas atividades no País.

Consolidação de marketplaces

Segundo dados do reporte Webshoppers da Ebit/Nielsen, as vendas do e-commerce no Brasil em 2021 devem crescer 26%, atingindo um faturamento de R$ 110 bilhões, mantendo a força do setor e indicando uma consolidação das lojas e dos marketplaces. Dentre os consumidores que fizeram compras on-line em 2020, 95% pretendem continuar comprando pela Internet. A previsão é de que o crescimento do e-commerce brasileiro se mantenha em um bom ritmo em 2021.

“A pandemia trouxe muita comodidade por meio das compras on-line e queremos ser essa alternativa para quem sempre viajou e agora precisa buscar novas formas de adquirir as novidades”, diz MIchele.

O Tiendamia opera no sistema de marketplace, ou seja, o cliente pode encontrar na plataforma produtos de grandes redes varejistas americanas, como Amazon, eBay e Walmart. Dependendo do produto, compras abaixo de US$ 50 não são tributadas pela Receita Federal. O consumidor pode comprar produtos de lojas diversas e o envio é feito em uma única remessa.

Pagamento em reais e parcelamento

O site oferece, ainda, a possibilidade do pagamento em reais com parcelamento em até 12 vezes no cartão, PayPal e boleto bancário, 100% de garantia na entrega e o produto nas mãos do cliente, podendo ser rastreado. Além disso, o suporte ao usuário é feito em português.

“Quando as pessoas voltarem a viajar com mais frequência, queremos continuar sendo uma alternativa para compras, fazendo com que elas tenham mais tempo livre nas viagens”, finaliza Michele.

 

Alibaba tem 1º prejuízo operacional após multa antimonopólio

O Alibaba, principal plataforma de comércio eletrônico da China, reportou na última quinta-feira (13) seu primeiro prejuízo operacional trimestral desde a abertura do capital em 2014, afetado por uma multa antimonopólio recorde.

As ações da companhia listadas nos EUA recuavam mais de 2%, mesmo com a previsão de fortes receitas em 2022, com a empresa apostando que a mudança impulsionada pela pandemia para as compras on-line permanecerá resiliente.

O Alibaba estimou uma receita anual de 930 bilhões de iuanes (US$ 144,12 bilhões) para o ano fiscal encerrado em março de 2022, um pouco acima da estimativa média dos analistas de 928,25 bilhões de iuanes.

A projeção foi ofuscada por escrutínio regulatório, que resultou na suspensão do IPO de US$ 37 bilhões de sua afiliada financeira Ant, e em uma multa de US$ 2,8 bilhões por práticas comerciais anticompetitivas.

A multa levou a um prejuízo operacional de 7,66 bilhões de iuanes (US$ 1,19 bilhão) no quarto trimestre encerrado em 31 de março.

A receita como um todo subiu para 187,4 bilhões de iuanes no período, acima dos 180,41 bilhões previstos por 30 analistas compilados pela Refinitiv.