China é o primeiro país onde o varejo on-line supera o varejo físico

A China se tornará o primeiro país do mundo com vendas de comércio eletrônico ultrapassando as vendas em lojas físicas, segundo estudo da empresa de pesquisa de mercado, eMarketer, que analisou dados quantitativos e qualitativos de empresas de pesquisa, agências governamentais, empresas de mídia e empresas públicas, e também entrevistou altos executivos de editoras, compradores de anúncios e agências. O varejo on-line deve representar 52,1% de todas as vendas no varejo (em valor) este ano.

De acordo com a eMarketer, as vendas on-line chinesas devem acelerar acentuadamente dos 44,8% do total alcançado em 2020. Atingir esse marco de acima de 50% está fora do alcance de qualquer outro país no momento. O segundo colocado, a Coreia do Sul, deve atingir apenas 28,9% neste ano e 31,6% no próximo. O Reino Unido vem em terceiro lugar, com um varejo on-line que deve representar 28,3% do total neste ano e 28,5% em 2022.

O restante do top 10 são países onde as vendas on-line representam ou representarão entre 10% e 20% do total neste ano e no próximo. Em ordem decrescente, os países são: Dinamarca, Noruega, Estados Unidos, Finlândia, Suécia, França e Espanha. Apesar dos Estados Unidos estarem um pouco à frente da China em termos vendas globais de varejo (5,506 trilhões de dólares em 2021, em comparação com 5,130 trilhões em 2020), a China irá ultrapassar em quase 2 trilhões de dólares em comércio eletrônico este ano.

PRINCIPAIS IMPULSIONADORES

Então, o que estaria impulsionando o boom do varejo on-line na China? Afinal, este é um país que conseguiu reabrir seu varejo físico antes de muitos outros países devido ao seu sucesso na contenção da pandemia. Isso significa que não era esperado que o varejo on-line acelerasse tanto.

Segundo a eMarketer há vários fatores por trás do boom. Um é o comércio social. A estimativa é que ele tenha crescido 44,1% na China no ano passado e cresça mais 35,5% neste ano, atingindo 363,26 bilhões de dólares. Nos Estados Unidos, o comércio social deve alcançar apenas 36,09 bilhões de dólares este ano.

Os “Mini Programs” do WeChat se tornaram “onipresentes”, uma vez que o aplicativo da Tencent está na China há quase uma década. Mas foi “apenas recentemente que sua interface começou a facilitar o comércio eletrônico de terceiros”, de acordo com o eMarketer. “Os ‘Mini Programs’ permitem que as empresas aproveitem melhor a base de usuários do WeChat e provaram ser extremamente populares entre comerciantes e consumidores”.

O Pinduoduo (PDD) também impactou, já que o “fenômeno inovador de rede social de compra em grupo saltou de 0,5% do mercado em 2016 para 13,2% do e-commerce da China este ano”. O PDD “desbloqueou a participação do comércio eletrônico rural da China de forma mais eficaz do que qualquer outra plataforma”.

A transmissão ao vivo também teve um grande impacto, especialmente combinada com a atividade de mídia social em plataformas centradas em vídeo, com a Douyin sendo muito importantes na região.

E, claro, não devemos ignorar o coronavírus, embora a China tenha suprimido a ameaça muito mais rapidamente do que qualquer outro país (e sua economia esteja operando quase normalmente por quase três trimestres consecutivos), o comportamento do consumidor ainda foi afetado.

E o e-commerce não deve desacelerar. A eMarketer prevê um crescimento de 11% nas vendas on-line no próximo ano e espera que a barreira de 3 trilhões de dólares nas vendas de e-commerce seja ultrapassada em 2022.

LOJAS FÍSICAS

Então, o que tudo isso pode significar para o varejo físico no país? Bem, talvez não seja tão doloroso quanto em alguns mercados, visto que o varejo ainda é muito menos desenvolvido em grandes partes do país. A eMarketer não diz muito sobre isso, mas os maiores problemas devem ser vistos provavelmente na Europa e na América do Norte.

O Reino Unido viu uma devastação física no varejo no ano passado, com redes populares desaparecendo das ruas, empregos eliminados e um grande número de vacâncias no varejo causando prejuízo para o setor imobiliário. Isso é algo que os varejistas do Reino Unido poderiam estar esperando, mas não nesta velocidade. Mudanças que poderiam levar uma década ou mais para acontecer foram vistas em questão de meses por causa da pandemia. É provável que outros mercados possam ver um declínio semelhantes nas lojas físicas, mas espalhado por um longo período.

 

Vendas no varejo dos EUA devem crescer até 8,2% em 2021, para US$ 4,33 trilhões

A National Retail Federation prevê que as vendas no varejo dos EUA devem crescer entre 6,5% e 8,2% neste ano, para mais de US$ 4,33 trilhões. A previsão, divulgada na última quarta-feira (24), tem como base o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a aceleração da reabertura da economia.

“Apesar dos desafios contínuos de saúde e econômicos que a Covid-19 apresenta, estamos muito otimistas de que a demanda reprimida e a distribuição generalizada da vacina irão gerar maior crescimento econômico, vendas no varejo e gastos do consumidor”, afirmou o CEO da NRF, Matthew Shay.

Ele destacou que, desde o início da pandemia, os varejistas foram até além das diretrizes de segurança mais conservadoras para proteger e atender a seus associados e consumidores. “Os varejistas estão cada vez mais empenhados em trabalhar com autoridades de saúde federais, estaduais e locais para distribuir e administrar a vacina. Essa parceria foi fundamental para nossa saúde econômica durante a pandemia e continuará este ano.”

Alta em 2020 foi maior do que a prevista

Os primeiros resultados mostram que as vendas no varejo em 2020 cresceram 6,7% em relação a 2019, para US$ 4,06 trilhões, quase dobrando a previsão da NRF de pelo menos 3,5% de crescimento – o que não levava em consideração o impacto de uma pandemia global. Em 2019, o crescimento foi de 3,9%.

As vendas on-line e outras negociações fora da loja dispararam para 21,9% do total, para um total de US$ 969,4 bilhões, conforme os consumidores foram migrando para o comércio eletrônico. Os números excluem concessionárias de automóveis, postos de gasolina e restaurantes.

A temporada de férias de novembro a dezembro de 2020 foi responsável por quase um quinto (19,4%) do total das vendas anuais no varejo. As vendas durante esse período aumentaram inesperadamente 8%, para US$ 787,1 bilhões. As vendas fora da loja e outras vendas on-line representaram US$ 206,9 bilhões do total das vendas de fim de ano, um aumento de 22,6% em relação ao ano anterior.

Crescimento mais rápido em duas décadas

A NRF prevê que as vendas no varejo em 2021 sejam estimadas em um total entre US$ 4,33 trilhões e US$ 4,4 trilhões. As vendas on-line, que estão incluídas no total, devem crescer entre 18% e 23%, para algo entre US$ 1,14 trilhão e US$ 1,19 trilhão.

A federação espera que a economia geral ganhe entre 220 mil e 300 mil empregos por mês em 2021, seguindo o ritmo de avanço da economia no segundo e terceiro trimestres. Apesar da estagnação da economia no final do ano passado, a NRF prevê um crescimento real do PIB entre 4,5% e 5%.

“A trajetória da economia é baseada na eficácia da vacina e sua distribuição”, disse o economista-chefe da NRF, Jack Kleinhenz. “Nossa principal premissa é que a vacinação será eficaz e permitirá um crescimento acelerado no meio do ano. A economia deve ter seu crescimento mais rápido em mais de duas décadas.”

Comportamento positivo do consumo

Kleinhenz observou que 2021 marca o segundo ano de poupança, valorização recorde de ações, aumento dos preços das casas, maior apoio do governo e taxas de juros baixas recorde, fatores que contribuem para o comportamento positivo da economia e do consumo.

Além disso, Kleinhenz disse que as famílias continuarão consumindo bens de varejo, mas recorrerão aos serviços quando puderem, que normalmente respondem por 70% dos gastos. As famílias estão se tornando apegadas à conveniência e à seleção de produtos de compra on-line.

Como os dados disponíveis e os fatores que envolvem a economia estão sujeitos a mudanças devido a várias circunstâncias atenuantes, a NRF atualizará suas estimativas ao longo do ano.

A NRF promove, todos os anos, o Retail’s Big Show, maior evento de varejo do mundo. Em 2021, o evento foi dividido em dois capítulos: o primeiro foi 100% virtual e realizado em janeiro. O segundo, também on-line, será no mês de junho. O portal Mercado&Consumo faz a cobertura completa do evento.

Retomada do comércio global deve estagnar no 1° tri, diz ONU

A recuperação do comércio global deve desacelerar novamente no primeiro trimestre de 2021, já que a pandemia de coronavírus continua perturbando o setor de viagens, depois que o comércio mundial caiu 9% em 2020, informou um relatório da Organização das Nações Unidas nesta quarta-feira (10).

Depois que os lockdowns fizeram o comércio despencar 15% no primeiro semestre de 2020, ele se recuperou no segundo semestre, com o comércio global de bens subindo cerca de 8% no quarto trimestre em comparação com o terceiro, disse a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês).

Isso devido principalmente aos países em desenvolvimento, especialmente os do Leste Asiático, com o comércio de produtos originários da região crescendo 12% no quarto trimestre em relação ao ano anterior.

“Economias do Leste Asiático têm liderado o processo de recuperação com forte crescimento das exportações e ganhos de participação no mercado global”, disse a Unctad, acrescentando que a maioria dos setores industriais se recuperou no quarto trimestre, exceto energia e transporte.

No entanto, o comércio de serviços estagnou nos níveis observados no terceiro trimestre, disse o relatório, acrescentando que as exportações de serviços da China e, em menor grau, da Índia, tiveram um desempenho relativamente melhor do que outros países.

Para o primeiro trimestre de 2021, o órgão projeta uma queda de 1,5% no comércio de bens em relação ao trimestre anterior e uma perda de 7% no comércio de serviços, embora tenha dito que suas previsões eram incertas devido à pandemia e incerteza sobre pacotes de estímulo.

Reino Unido estuda implantação de imposto sobre comércio eletrônico

O governo do Reino Unido está considerando a possibilidade de um imposto sobre o comércio eletrônico, à medida que a crise da Covid-19 está acelerando a deterioração das ruas comerciais em todo o país.

Informações do The Guardian revelam que o governo britânico estuda várias formas de mudar o equilíbrio entre os gastos em lojas on-line e lojas físicas. Um número recorde de lojas de rua está desaparecendo, em parte devido aos sucessivos confinamentos, e há o temor de que as cidades fiquem permanentemente diferentes quando as medidas contra o coronavírus forem relaxadas.

Alguns políticos acreditam que um imposto sobre o comércio eletrônico poderia ajudar a prevenir esta situação, mas o British Retail Consortium, entre outros, já alertou para o fato de que esse imposto também atingirá os lojistas de rua que possuam loja on-line. Além disso, a medida também levará a preços mais altos para os consumidores.

Os CEOs de alguns grandes varejistas são a favor do imposto on-line. Estes insistem, particularmente, em condições de igualdade. No Reino Unido, os varejistas são parcialmente tributados sobre o espaço de varejo em que operam (as chamadas taxas comerciais). Isso dá aos players que operam exclusivamente on-line, como a Amazon, uma grande vantagem.

Impulsionados pela crise da Covid-19, os gastos on-line no Reino Unido aumentaram 46% no ano passado. O comércio eletrônico representa 30% do total das vendas no varejo.

O Impacto do Ano Novo Chinês 2021 no Transporte Internacional de Cargas

Situação do frete,  pandemia e demais feriados chineses que impactam o Comércio Exterior –

A China é um país de grande relação comercial com o Brasil. Em 2020, foi superada a marca histórica de importação e exportação com a comercialização de mais de US$ 100 bilhões entre os países, gerando um superávit de US$ 33.645 bilhões na balança comercial brasileira.

A China foi o destino de um terço de todo o volume exportado pelo Brasil e é o principal consumidor de importantes produtos brasileiros como soja, minério de ferro e petróleo.

Para fazer negócios com a China, é importante saber com antecedência as datas que podem impactar o cenário logístico no país asiático.

O Ano Novo Chinês é um dos mais importantes feriados chineses. Em 2021, o feriado será comemorado oficialmente de 11 a 17 de fevereiro. A cada ano, a data do Ano Novo muda devido à influência do calendário lunar.

Durante o feriado, as empresas, lojas e estabelecimentos comerciais fecham, os funcionários tiram folga do trabalho e os estudantes não possuem atividades escolares, permitindo que as famílias se reúnam para celebrar o Ano Novo Chinês.

ANO NOVO CHINÊS E PANDEMIA

2021 será um outro ano atípico com o Ano Novo Chinês limitado por conta da pandemia pelo segundo ano consecutivo.

Neste mês, foram notificados 103 novos casos diários de coronavírus pela Comissão Nacional de Saúde da China, o maior número registrado desde julho de 2020.

Em decorrência desse cenário, o governo cancelou as celebrações de Ano Novo em províncias como Sichuan, Yunnan, Ningxia, Gansu, Shanxi, Hubei, entre outras.

Além disso, o governo recomenda que a população de 24 províncias não viaje durante o feriado para minimizar a possibilidade de novos surtos da doença. Companhias aéreas cancelaram voos de entrada e saída em algumas regiões do país.

SITUAÇÃO DO FRETE AÉREO NA CHINA

Os agentes apontam que, com a queda de volume após o feriado do Natal, há mais espaço para o embarque de mercadorias, que se mantém relativamente estável.

Algumas companhias aéreas indicaram que houve leve alta nos preços do frete nessa semana, a tendência é que mantenha esse ritmo até o feriado.

Assim como nos anos anteriores, as transportadoras e fábricas devem parar durante o período de ano novo. Esse fator, combinado com o aumento de volume de carga para transporte antes do feriado chinês, faz com que as tarifas subam.

SITUAÇÃO DO FRETE MARÍTIMO NA CHINA

Mesmo com a previsão de entrada de navios extras neste mês, a escassez de contêineres persiste. Assim, não são esperadas quedas bruscas no preço do frete até o retorno do feriado chinês.

Apesar de haver o acompanhamento de mercado pelos especialistas para orientar os clientes sobre as tendências futuras, é difícil prever a melhoria do cenário. Neste mercado tão incerto, a gestão de risco dos importadores é imprescindível.

Após o feriado chinês, há previsão para novas omissões de saídas. Isso ocorre numa tentativa dos armadores de manter um nível equilibrado de frete e adaptar a capacidade do trade.

COMO PROGRAMAR SEU FRETE DURANTE O PERÍODO DO ANO NOVO CHINÊS

Para garantir que o feriado do Ano Novo Chinês não atrapalhe seus negócios, é importante seguir as seguintes etapas:

1- Planeje sua remessa com antecedência. Essa é a melhor época para garantir que tudo dê certo.

2- Se você depende de alguma remessa para abastecer o seu negócio, faça pedidos com quantidade suficiente para 30 a 40 dias de estoque. As fábricas chinesas levam algum tempo para alcançar sua capacidade total.

3- Escolha o parceiro certo para evitar frustrações

Nesta época do ano, mais do que em qualquer outra, o parceiro ideal é aquele que possui suporte e serviços diversificados e que pode maximizar suas chances de entender o cenário atual na China e ajudar no planejamento da sua empresa.

Com as condições relatadas nesse artigo, a dificuldade para programar o embarque da sua carga pode ser maior e é necessário uma análise diária do mercado para conseguir fazer melhores negócios.

OS FERIADOS QUE IMPACTAM O COMÉRCIO EXTERIOR

É importante que importadores e exportadores entendam as principais datas dos feriados na China para se programar ao longo de 2021. Veja a relação das principais:

11 a 17 de fevereiro – Ano Novo Chinês

O Ano Novo Chinês é considerado uma data em que as famílias chinesas costumam se reunir para celebrar.

É importante lembrar que, oficialmente, as comemorações são feitas durante 7 dias, sendo os 3 primeiros irrevogáveis. No entanto, tradicionalmente, comemora-se por 15 dias.

A data muda a cada ano devido ao calendário lunar. Muitas pessoas, principalmente no interior do país, ainda respeitam esse calendário.

Durante o feriado, trabalhadores, comerciantes e empresários tiram folga do trabalho e estudante tiram folga das atividades escolares. Assim, cerca de três dias antes do feriado inicia-se a maior migração anual de pessoas no mundo, que se estende até sete dias após a data.

3 a 5 de abril – Qingming Festival

O Qingming Festival é semelhante ao Dia de Finados no Brasil. Este importante feriado é a data em que os chineses homenageiam e demonstram respeito pelos seus mortos.

1 a 5 de maio – Dia do trabalho

O Dia do Trabalho é um dos poucos feriados chineses que segue o calendário solar e, portanto, é celebrado na China no mesmo dia em que comemoramos no Brasil e em outros países no dia 1° de maio. A grande diferença é que na China o feriado é prolongado.

12 a 14 de junho – Dragon Boat Festival 

Um dos principais feriados chineses, o Dragon Boat Festival existe há mais de 2000 anos. O Dragon Boat Festival é uma celebração a Qu Yuan (340 a 278 a.C), um antigo poeta chinês.

19 a 21 de setembro – Festival do Meio do Outono 

O Festival do Meio do Outono é um dos feriados mais celebrados na China. A comemoração ocorre sempre no 15º dia do 8º mês do calendário lunar e a origem do nome do feriado é por realmente marcar a metade da estação do Outono.

1 a 7 de outubro – Dia Nacional da China (Golden Week)

No dia 1º de outubro de 1949 foi fundada a República Popular da China. Para comemorar esta data, os chineses celebram por 7 dias, promovendo a segunda maior movimentação de pessoas dentro do país. A data também é conhecida como Golden Week.

Essa data é sempre importante para quem trabalha com logística internacional, pois ele antecede a preparação para datas do varejo como Black Friday e o Natal.

 

 

 

 

 

 

Amazon aumentará taxas para usuários espanhóis após imposto digital

A Amazon aumentará as taxas para empresas espanholas que usam sua plataforma em 3% a partir de abril, depois que o governo implantou o imposto digital, conforme documento da empresa visto pela Reuters.

Um porta-voz da Amazon confirmou que o chamado imposto do Google, que a Espanha começou a cobrar sobre as receitas de grandes empresas digitais a partir de 21 de janeiro, afetaria os usuários de seus serviços.

Países ao redor do mundo estão examinando maneiras de tributar as empresas globais de tecnologia sobre as receitas geradas em suas economias, na ausência de um acordo mais amplo sobre como lidar com seu papel crescente nos negócios e comércio.

O porta-voz acrescentou que a Amazon defende uma abordagem global, em vez de impostos aplicados por países individuais.

O documento da Amazon confirma uma reportagem anterior da mídia on-line espanhola El Confidencial.

A Amazon anunciou um movimento semelhante na França depois que o governo local também aprovou um “imposto Google”.

 

Americanas diminui prazo de entrega de compra internacional pela metade

A Americanas Mundo, operação da Americanas para venda de produtos importados, acaba de anunciar que o prazo de entrega das compras, que normalmente passa de um mês, caiu para 15 a 21 dias. A maior agilidade, de acordo com a empresa, se tornou possível a partir de parcerias com transportadoras internacionais.

“A entrega é uma parte fundamental da experiência de compra. Por isso, sentimos que podíamos fazer mais, surpreender nossos clientes com uma entrega internacional também rápida e segura. Buscamos os melhores parceiros logísticos no exterior e, agora, através do serviço B2W Entrega Internacional, somos capazes de garantir prazos 50% menores daqueles que são aplicados por outros players no mercado brasileiro”, afirma Marcelo Nunes, diretor financeiro da B2W Digital.

De acordo com Nunes, o Americanas Mundo também passa a garantir mais segurança em sua operação. A partir de agora, os clientes contam com rastreio total de seus pedidos, podendo acompanhar as etapas logísticas desde a separação e o envio no país de origem até a entrega em sua casa, no Brasil.

Lançado em março de 2019, o Americanas Mundo possui sortimento com mais de 20 milhões de itens de diversos países, como Estados Unidos, China, Canadá, Nova Zelândia, Uruguai, além de nações da Europa. Os produtos podem ser pagos em até 12 vezes sem juros no cartão de crédito e clientes que pagam com o aplicativo Ame Digital ganham até 20% de cashback (parte do dinheiro de volta para gastar em futuras compras).

No terceiro trimestre de 2020, o GMV (Gross Merchandise Volume) do Americanas Mundo cresceu 200% em relação ao mesmo período do ano anterior. Impulsionada por números positivos como este, a Americanas quer ir além. “Estamos trabalhando para oferecer um menu de frete ainda mais agressivo para os consumidores”, complementa Nunes.

China pressiona gigantes de tecnologia para compartilhar dados de crédito de consumidores

China planeja pressionar gigantes da tecnologia, incluindo Ant Group, Tencent e JD.com, para compartilhar dados de empréstimos ao consumidor para evitar o excesso de empréstimos e fraudes, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto, no último aperto de escrutínio de Pequim.

Se implementado, o plano acabaria efetivamente com a abordagem laissez-faire do governo ao setor. As grandes plataformas da internet tendem a resistir à entrega de seus dados, um ativo crucial que os ajuda a executar operações, gerenciar riscos e atrair novos clientes.

Os reguladores chineses, incluindo o Banco Central, planejam instruir as plataformas da internet para fornecer seus vastos dados de empréstimos a algumas das agências de crédito em todo o país.

As agências, administradas ou apoiadas pelo Banco Popular da China (PBOC), compartilharão os dados de forma mais ampla com bancos e outros credores para avaliar adequadamente os riscos e evitar o excesso de empréstimos.

Ant e Tencent não quiseram comentar. JD.com e o PBOC não responderam imediatamente aos pedidos de comentários, segundo reportagem da Reuters.

As pessoas não quiseram ser identificadas porque não estavam autorizadas a falar com a mídia. Os detalhes da proposta regulatória para incluir a Tencent e a JD.com no acordo de compartilhamento de dados do empréstimo não foram informados.

Controle de dados

O plano se soma às propostas recentes para aguçar o escrutínio dos campeões de tecnologia e controlar a construção de impérios, principalmente no setor financeiro. A mudança ajudou a provocar o colapso dramático da oferta pública inicial de US$ 37 bilhões da gigante da fintech Ant em novembro.

Desde então, os reguladores lançaram uma investigação antitruste no ex-controlador do Ant, Alibaba, e ordenaram que a empresa fintech sacudisse seus negócios de crédito e financiamento ao consumidor.

A mais recente proposta regulatória para empresas de internet também vem no momento em que Pequim começa a se preocupar com os controles de risco frouxos nos bancos, principalmente os menores, em termos de empréstimos ao consumidor e sua dependência excessiva de plataformas como a Ant para encontrar clientes.

“Os bancos menores geralmente ficam em uma posição mais fraca quando fazem parceria com gigantes da fintech como o Ant. Eles confiaram fortemente nos dados do Ant para subscrever empréstimos e gerenciar riscos ”, disse um regulador sênior.

“Quando a inadimplência acontece, eles têm que arcar com a maior parte das perdas”, disse o regulador, que não quis ser identificado por causa da delicadeza do assunto. “É crucial que os credores tenham melhor acesso a dados de crédito mais abrangentes e detalhados sobre os tomadores”.

Crédito do cliente

A última tentativa regulatória provavelmente diminuiria a escala e a lucratividade dos negócios de crédito das grandes empresas de tecnologia. Essa área é bastante promissora, já que as empresas cobram altas taxas de serviço dos bancos em troca do acesso a milhões de clientes que usam dados de propriedade.

Por meio de seu superaplicativo Alipay, o Ant coleta dados de mais de 1 bilhão de pessoas, muitas das quais são jovens e usuários da internet sem cartões de crédito ou registros de crédito suficientes em bancos, bem como 80 milhões de comerciantes, de acordo com o prospecto da empresa e analistas.

O Ant opera o Sesame Credit, uma das maiores plataformas privadas de classificação de crédito da China, com algoritmos e metodologia proprietários que avaliam pessoas e pequenas empresas com base no uso de serviços vinculados ao Ant.

A empresa oferece informações limitadas sobre mutuários a cerca de 100 bancos e cobra as chamadas “taxas de serviços de tecnologia” — um corte de 30% a 40%, em média, dos juros sobre empréstimos que facilita, estimam analistas.

O saldo de empréstimos ao consumidor da Ant ficou em 1,7 trilhão de yuans (US$ 263 bilhões) no final de junho, respondendo por 21% de todos os empréstimos de curto prazo ao consumidor emitidos por instituições financeiras chinesas, de acordo com seu prospecto de IPO e dados do PBOC.

Em comparação com o Ant, os rivais Tencent e JD.com administram negócios de crédito ao consumidor relativamente menores.

O WeBank, credor privado da Tencent, opera a unidade de micro-empréstimos Weilidai desde 2015, que fez mais de 460 milhões de saques de empréstimos no valor total de mais de 3,7 trilhões de yuans no final de 2019, de acordo com o relatório anual de 2019 do WeBank.

O braço fintech da JD.com, JD Digits, opera duas plataformas — Baitiao e Jintiao — que combinaram 70 milhões de usuários ativos anuais e arrecadaram um total de 4,4 bilhões de yuans em taxas de serviço de tecnologia durante o primeiro semestre de 2020.

A Jintiao facilitou empréstimos ao consumidor no valor de apenas 261 bilhões de yuans no mesmo período do ano passado, de acordo com o prospecto da JD Digits.

DHL inicia distribuição internacional de vacinas covid-19

A DHL iniciou a distribuição internacional da vacina COVID-19. O governo de Israel recebeu o primeiro lote da vacina, em Dezembro, através dos voos operados pela DHL Express e pela DHL Global Forwarding. O primeiro avião da DHL Express pousou no Aeroporto Internacional Ben-Gurion, em Telavive.

«Após vários meses de preparação, estamos satisfeitos por a nossa missão de distribuição de vacinas já ter começado e podermos, assim, contribuir com a nossa experiência e capacidade logística para tornar a vacina acessível em todo o mundo», diz Travis Cobb, Chefe de Operações da Rede Global e de Aviação da DHL Express. «A atual crise mostrou que as redes logísticas internacionais são indispensáveis para garantir que as sociedades disponham dos equipamentos de proteção individual e kits de teste necessários para assegurar a sua saúde. Agora, estamos a dar o próximo passo na nossa luta comum contra o coronavírus. As nossas equipas em 220 países e territórios e a nossa rede global como a espinha dorsal da logística transfronteiriça Express, está pronta para entregar a qualquer momento e em qualquer lugar.»

Para além dos primeiros voos para Israel, a DHL prepara-se para efetuar novos voos com vacinas a partir dos seus centros de operações mundiais. «Mais de 9.000 especialistas trabalham através da rede global da DHL para que os produtos farmacêuticos, dispositivos médicos, ensaios clínicos e organismos de investigação, armazenistas e distribuidores, bem como hospitais e prestadores de cuidados de saúde, estejam ligados através da cadeia de valor e da digitalização, desde os ensaios clínicos até ao ponto de atendimento, e cada passo entre eles», salienta a empresa.

O portfólio da DHL para a indústria da saúde inclui mais de 150 farmacêuticas, mais de 20 unidades de ensaios clínicos, mais de 100 estações certificadas, mais de 160 armazéns qualificados com GDP (Good Distribution Practice), mais de 15 instalações com certificação GMP (Good Manufacturing Practice) e mais de 135 instalações Medical Express (gerem o transporte de envios sensíveis ao tempo e à temperatura para a indústria das ciências da vida).

Com uma frota composta por mais de 260 aviões dedicados, várias companhias aéreas parceiras e uma rede internacional que abrange mais de 220 países e territórios, a DHL diz estar «devidamente equipada e preparada para um fornecimento mundial de vacinas COVID-19».

À escala global, os fornecedores de logística são desafiados a estabelecer rapidamente uma cadeia de fornecimento médico para distribuir vacinas de uma quantidade sem precedentes, de mais de 10 mil milhões de doses em todo o mundo – incluindo em regiões com infraestruturas logísticas menos desenvolvidas – onde vivem, aproximadamente, 3 milhões de pessoas. Para proporcionar uma cobertura global nos próximos dois anos, serão necessários até 200 mil transportadores de paletes e 15 milhões de caixas de arrefecimento, bem como 15 mil voos necessários entre as várias instalações da cadeia de abastecimento.

Para além da distribuição internacional, «a DHL dispõe de uma infraestrutura robusta a nível nacional, tanto ao nível das instalações, como da rede de distribuição que cobre a totalidade de Portugal Continental e Ilhas, possuindo total capacidade para apoiar na distribuição local da vacina».

4 categorias para prestar atenção no e-commerce em 2021

Com a consolidação do e-commerce no pós-pandemia (crescemos 39% no 1º trimestre de 2020, de acordo com a Webshoppers), as lojas físicas devem apostar cada vez mais num modelo omnichannel que use o O2O (Offline to Online) para otimizar seus estoques e aumentar sua lucratividade.

E isso será uma questão de sobrevivência no varejo daqui para frente. Porque a pandemia mudou o comportamento do consumidor que dificilmente voltará “ao normal”.

Antes, grande parte do dia era dedicado às atividades externas, como trabalho, academia, visitas aos amigos e idas ao supermercado. Na pandemia, as pessoas passaram a adaptar essas atividades para o modelo remoto e usaram a internet como canal viabilizador.

Uma pesquisa da Nielsen aponta que 13% da população comprou na internet pela primeira vez neste ano. Outro estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), indica que 70% da população pretende comprar mais em sites e aplicativos mesmo com retomada do comércio.

Nos EUA, a procura por equipamentos de ginástica, por exemplo, cresceu 500%, já a de eletroportáteis auentou 800% e os kits para churrasco saltaram 200%,, segundo a Gfk.

No Brasil não é diferente: o e-commerce se fortaleceu em 2020 e deve voltar a crescer entre 40% e 50% nos próximos meses, de acordo com o E-Commerce na Prática. Pensando nesse contexto, reuni aqui 5 categorias-tendências para você investir em 2021, dá uma olhada:

Novas categorias do e-commerce

A pandemia inverteu prioridades de venda. Vimos smartphones darem lugar às bananas, cosméticos darem lugar aos brinquedos, entre outras categorias que antes não tinham tanto destaque – pelo menos não nessa época e proporção.

Por isso, de agora em diante, vale a pena prestar atenção a algumas categorias de venda online como:

1. Supermercados online

O Brasil é um fenômeno em vendas online de supermercados desde 2012 – cerca de 46% dos brasileiros já compravam itens de mercearia e limpeza online. E essa tendência aumentou na pandemia quando vivemos o boom do delivery. Uma pesquisa nacional feita pela consultoria Ebit/Nielsen, entre os dias 19 e 25 de março, mostrou:

  • Crescimento de 96% no “varejo de autosserviços” (que são os supermercados);
  • No mesmo período, todo o comércio digital subiu 13%;
  • A participação dos mercados no setor foi de 4% para 7%.

Hoje, das 50 maiores redes de supermercados do país, apenas 18 possuem e-commerces em suas plataformas online. Algumas redes como o Grupo GPA (Pão de açúcar e Extra), Carrefour, Irmãos Mufatto, Savegnago e Sonda funcionam como marketplaces, por isso a dica é verificar qual deles faz sentido para suas vendas e fazer a integração para vender online em suas plataformas.

2. Brinquedos

A categoria Brinquedos e Jogos chegou a registrar aumento de 434,70%, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abecomm), brinquedos e jogos, logo no início do isolamento – no período de 15 a 28 de março, comparada a quinzena anterior. A média de gasto por compra (ticket médio) ficou em R$ 179,26.

Muito por conta do fechamento das escolas e creches, os pais tiveram que se reinventar para distrair e entreter os filhos. Apesar da volta gradativa às aulas, possivelmente a categoria continuará bem forte.

Em indústrias como a Estrela, por exemplo, o crescimento das vendas pelo e-commerce passou dos 400%, cenário que se repete com relação aos dados da Bahia. Entre os itens vendidos pela marca estão o Super Banco Imobiliário, seguido pelo Jogo da Vida, Eu Sou?, Jogo da Mesada.

Marcas como RiHappy, Bmart e Le biscuit investem cada vez mais no online. A opção de compra online e retirada de produtos nas lojas da RiHappy cresceu bastante nos últimos 12 meses e já respondia por 40% das vendas do e-commerce.

Nos primeiros cinco dias de fechamento do comércio, a plataforma permitiu que 20 cidades contassem com entregas expressas de brinquedos. Um mês depois, já eram 60 lojas operando no ship from store e com vendas tanto pelo e-commerce quanto pelo WhatsApp.

Integrar os estoques da loja física com as vendas online (tanto no e-commerce próprio quanto no marketplace) será essencial para proporcionar essa experiência omnichannel esperada pelos clientes. Há ainda outras possibilidades interessantes como criar pacotes de assinatura para itens essenciais, como papel higiênico e produtos de limpeza e ainda oferecer o compre online e retire na loja.

3. Itens para home office

Daqui pra frente o home office deverá continuar firme e forte. Algumas empresas já adotaram o modelo de forma 100% integral, outras estão funcionando de forma híbrida (com escalas de trabalho presencial).

Essa mudança alterou também os benefícios oferecidos pelas empresas aos seus funcionários.

Um levantamento realizado pela fintech Vee com 8 mil profissionais de 110 companhias clientes detalha a mudança no uso do pacote de benefícios, como vale alimentação, refeição, cultura, saúde e mobilidade, na quarentena. Também aponta para um aumento, entre as empresas da amostra, da concessão de um auxílio home office, para custear custos com internet, por exemplo, dos funcionários que estão trabalhando em casa.

Antes da quarentena, a categoria de refeição representava 57,2% da movimentação com o cartão da Vee e atualmente constitui apenas 15,78%.

O uso com mobilidade também caiu, passando de 9,5% para 3,67% após a pandemia. Entre as categorias que cresceram, está a de alimentação, que passou de 20,2% para 36,7% de toda a movimentação do cartão de benefícios flexíveis.

Segundo esse mesmo estudo, o valor gasto com itens ou despesas praticadas durante o regime de trabalho remoto cresceu 189% comparado ao período pré-pandemia. Essas empresas estão dando, em média, R$ 83 para cada funcionário custear, por exemplo, linha telefônica ou pacote de internet, ou ainda comprar um móvel e equipamento para o home office. Em média, esse valor equivale a 4 dias do valor total de benefícios concedidos por cada empresa por mês.

E isso se reflete também no comportamento de consumo. De acordo com dados da consultoria IDC Brasil, o número de computadores vendidos no 1° trimestre de 2020 no país foi de 1,47 milhão de unidades. O resultado evidencia uma alta de 16% em relação ao mesmo período em 2019.

Pensando nisso, em 2021 vale entender as necessidades do seu cliente em relação ao home office. Que produtos ele já adquiriu? Quais ainda faltam? Vendê-los por meio dos principais marketplaces como Mercado Livre e B2W Marketplace pode ser uma ótima ideia, já que os consumidores estão acostumados a procurar por estes produtos nesses canais.

4. Mercado pet

Outro setor que cresceu na pandemia foi o de produtos para pet. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o setor deve faturar cerca de R$ 22,3 bilhões neste ano.

Isso acontece porque os pet shops não precisaram fechar durante a pandemia, já que são considerados serviços essenciais. Além disso, com o isolamento social, as pessoas passaram a adotar mais bichos de estimação já que ficariam mais tempo em casa.

Dentro deste mundo de oportunidades, o segmento de alimentação o mais promissor. Esse filão representa cerca de dois terços do segmento pet. Ainda segundo a Abinpet, no ano passado, essa fatia do mercado movimentou 16,4 bilhões de reais.

A principal tendência deve ser os alimentos de maior teor proteico e snacks mais funcionais. Segundo a Euromonitor, uma vez que os produtos para animais de estimação estão intimamente relacionados a uma preocupação crescente com a qualidade de vida dos animais de estimação, os donos de animais dedicam mais despesas a esta categoria, dispostos a fornecer conforto extra com produtos que não eram itens prioritários durante o período de crise, por exemplo, camas para animais.

À medida que a tendência de humanização dos animais de estimação se intensifica, os gastos com sua saúde e conforto tendem naturalmente a aumentar, especialmente quando os consumidores finalmente passam a ter acesso a itens mais caros e não essenciais.

Além disso, os clubes de assinatura de petiscos e brinquedos também são modelos interessantes para explorar neste segmento do e-commerce pensando nesse cenário do consumidor remoto.