Sequoia anuncia compra da Prime, atuante no e-commerce de produtos grandes

A Sequoia Logística e Transportes informou ter celebrado contrato para a aquisição de 100% da Prime Express Logística e Transporte e da Prime Time Logística e Transportes Eireli. Os valores da transação não foram divulgados.

“A aquisição permitirá à Sequoia ampliar sua capacidade de atendimento ao e-commerce de médio rodo e rodo pesado, aumentando sua capilaridade e densidade operacional. Tal aquisição também reforça o compromisso da companhia em seguir realizando investimentos e expandindo sua operação”, informa a empresa em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A empresa destaca que a consumação da Transação está sujeita ao cumprimento de determinadas condições precedentes, incluindo a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Logística da Prime

A Prime atua no ramo de transporte e logística, com foco no segmento de e-commerce de produtos grandes, denominado no mercado de “médio rodo” e “rodo pesado”, operando nos modelos cross docking, door to door, milk run e logística reversa para B2C, para as regiões Sul, Sudeste, Distrito Federal e Goiás.

No mercado há mais de 10 anos, a Prime atua em oito estados do território brasileiro, possui seis filiais e mais de 700 colaboradores. Com sede instalada na cidade de Itupeva (SP), opera com processos operacionais padronizados visando proporcionar agilidade e segurança aos seus clientes.

No período de 12 meses encerrado em outubro de 2020, a Prime apresentou um faturamento bruto de R$ 199,5 milhões e crescimento de 54% sob o mesmo período do ano anterior.

Com foco no e-commerce, Locaweb compra plataforma de logística Melhor Envio

A Locaweb adquiriu 100% das cotas participação do Melhor Envio, eleita a melhor plataforma logística em e-commerce de 2020 do Brasil, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Esse é o quinto movimento de fusões e aquisições da Locaweb depois do IPO e, junto com a recente aquisição do Ideris, reforça a estratégia da companhia no segmento de e-commerce.

Fundado em 2015 na cidade de Pelotas, o Melhor Envio conecta pequenos e médios vendedores às principais transportadoras e empresas de logísticas do Brasil sem a necessidade de negociar contratos individuais, otimizando a gestão da sua logística. O sistema permite a cotação de fretes simultaneamente em diversas transportadoras, a contratação on-line o serviço de envio e o rastreamento. Sem mensalidades, ou qualquer limite mínimo de envios, os lojistas têm acesso a preços diferenciados e pagam apenas pelos envios realizados utilizando a plataforma.

Com essa transação, a Locaweb, que já conta com plataforma de lojas virtuais, soluções de pagamentos, integração com marketplaces, gestão de assinaturas e mais de 328 integrações, reforça a atuação no segmento de logística.

“Estamos animados com mais essa importante aquisição que realizamos e reforçamos o nosso compromisso em ter todas as soluções que as empresas necessitam para se digitalizarem. Além de ser um segmento com potencial de grande expansão, é algo que vai deixar o nosso portfólio de soluções para e-commerce ainda mais robusto ampliando a capacidade de nossos lojistas venderem mais”, afirma Fernando Cirne, CEO da Locaweb.

Segundo ele, a empresa estava de olho nas oportunidades do comércio eletrônico. “A logística é um elo extremamente importante no ciclo de compras e estávamos avaliando algumas empresas desse segmento há bastante tempo. Depois de muitas conversas com os empreendedores e de conhecermos em detalhes a solução, tivemos a certeza que o Melhor Envio era a melhor opção para a Locaweb”, completa Cirne.

Receita cresceu de R$ 8 mi para R$ 30 mi

Assim como a Locaweb, o Melhor Envio também vem apresentando forte crescimento. A receita líquida, que em 2019 foi de R$ 8 milhões, será superior a R$ 30 milhões neste ano. Ainda em 2020, atingirão 7 milhões de envios pagos e quase 100 mil clientes ativos na base.

“Sabemos que a logística é de extrema importância para o e-commerce e o Melhor Envio vem se destacando como a melhor plataforma de logística para PME’s, ganhando diversos prêmios e trazendo inovações para o setor. Escolhemos o Melhor Envio como empresa para assumir nossa atuação em logística e de forma agnóstica ajudar todo o e-commerce brasileiro”, afirma Willians Marques, diretor-geral da Locaweb Commerce e responsável por todas as unidades de soluções para comércio eletrônico da Locaweb.

O cofundador e CEO do Melhor Envio, Éder Medeiros, afirma que se sentiu “confortável” com o convite da Locaweb. “Criamos uma plataforma completa e conseguimos crescer muito nos últimos anos, mas chegamos em um estágio em que, para dar os próximos passos, precisaríamos de uma estrutura mais robusta nos apoiando. A Locaweb nos procurou no melhor momento e tivemos bastante conforto de que essa união será positiva para os dois lados, pois nos dará suporte para crescer, mantendo a autonomia e os talentos que nos trouxeram até aqui e gerará bons resultados para o grupo. ”

O Melhor Envio faz parte do portfólio da Bossa Nova, micro venture capital que investe em startups em estágio pré-seed com atuação em todo território nacional, e da ACE Startups, eleita três vezes a melhor aceleradora da América Latina e que atualmente investe nos mais promissores empreendedores no early stage.

“Como membro do conselho, venho ajudando o Melhor Envio desde o início. O crescimento vertiginoso, batendo recordes de vendas a cada ano, é fruto de uma equipe profissional que foca em resultados, com métricas específicas que desenhamos juntos na ACE. O casamento com a Locaweb tem sinergia perfeita e acontece no momento mais propício”, afirma Mike Ajnsztajn, cofundador da ACE.

Transação avaliada em R$ 83 milhões

Na transação, a Locaweb adquire 100% do Melhor Envio por R$ 83 milhões numa transação que envolve os fundadores que permanecerão na companhia (Bruno Centurião, Éder Medeiros e Maurício Mesquita), o fundador Jean Quadro, já fora da operação desde 2018, o fundo Bossa Nova e o hub de Inovação Ace. Os empreendedores ainda poderão ter direito a receber earnout, que está vinculado ao atingimento de metas estipuladas pelo grupo.

Seguindo o modelo de atuação da companhia em outras aquisições, os sócios fundadores permanecerão na operação e manterão o time de colaboradores. Também juntarão forças com todas as demais unidades de negócios que oferecem soluções para e-commerce da Locaweb.

 

“Todas as lojas virtuais se transformarão em marketplaces”, afirma diretor da Linx

A diferença entre o consumo off-line e on-line é cada vez menor, e isso ficou claro neste 2020 de pandemia e especialmente na Black Friday. Dados da empresa de tecnologia para o varejo Linx mostram que a omnicanalidade – que se baseia na convergência de todos os canais usados por uma empresa – cresceu 69% na data, na comparação com 2019.

A tendência estava em alta desde o ano passado. A diferença é que, em 2019, a integração de lojas físicas, virtuais e compradores se destacou sobretudo pela opção dos clientes de comprar on-line e retirar nas lojas físicas, garantindo o frete grátis – 15% das vendas totais do e-commerce na Black Friday de 2020 foram feitas dessa forma, no modelo chamado pickup store.

Em 2020, com os clientes evitando ir às lojas físicas por causa do risco de contaminação pelo coronavírus, a retirada em loja teve uma queda de 38%. Mas outra modalidade omnicanal cresceu 142% na Black Friday: a que permite aos clientes receberem pedidos diretamente da loja mais próxima da casa deles, com frete e tempo de entrega reduzidos. Foi a vez do ship from store, da transformação das lojas em mini centros de distribuição.

“Nas grandes redes de varejo, perto de 60% das vendas do e-commerce foram despachadas via loja física”, conta o diretor-executivo da Linx Digital, Alessandro Gil, em entrevista à Mercado&Consumo. Para ele, mesmo depois que a Covid-19 deixar de assombrar o mundo, o consumidor não vai mais ser o mesmo. “Ele vai continuar querendo ter a experiência de compra em todos os canais e quem conseguir oferecer isso sairá fortalecido.”

Crenças antigas sobre o e-commerce

Alessandro Gil lembra que, quando o comércio foi fechado por causa das medidas de isolamento social, muitos varejistas ainda tinham um receio antigo, o de que e-commerce pudesse canibalizar as vendas nas lojas físicas. “E não eram só pequenas marcas, mas também varejistas grandes. Fizemos um levantamento no ano passado que mostrava que, dos nossos 2.000 maiores clientes, mais de duas centenas não tinham operação de e-commerce estruturada rodando no País. Esses foram os que mais sofreram no começo. Num segundo momento, foram aqueles que não tinham estruturado a operação via loja física, que não transformaram a loja física em hub.”

Para o executivo, 2021 será o ano em que os movimentos de integração vão se consolidar. O desafio, para ele, vai ser fazer as estratégias ganharem solidez. “Os varejistas terão de fazer a omnicanalidade ter mais agilidade, por meio de sinergias com as lojas. Parte dos consumidores que decidem retirar produtos nas lojas físicas acaba levando mais tráfego para lá. Um a cada três clientes acaba comprando um item adicional”, alerta.

O segredo, diz ele, será otimizar as operações ao máximo. Quando um funcionário estiver ocioso em uma loja, ele vai atender aos pedidos feitos via site, por exemplo. “Vejo um cenário em que todas as lojas virtuais se transformarão em marketplaces de alguma coisa. Imagino um cliente do Submarino, do Mercado Livre ou do Magalu fechando um pedido e retirando numa loja da Hering ou da Le Biscuit perto da casa dele”, exemplifica. “Mesmo o pequeno varejo tem como se conectar de maneira mais rápida e eficiente.”

O diretor-executivo da Linx Digital, Alessandro Gil, também acredita que os lockers, os armários inteligentes posicionados em locais de grande circulação, ainda vão conquistar um espaço que não encontraram no Brasil. Segundo ele, muitas empresas estão se capitalizando para instalar lockers em lojas de conveniência e em estações de metrô das grandes cidades.

E o que espera a própria Linx, que já detém quase metade do mercado de software de gestão no Brasil (com 45,6% de market share), para 2021? Segundo o executivo, o foco está na criação de uma grande rede de clientes. “Queremos trabalhar essa conexão entre o físico e o digital e entre o físico e o marketplace. Vamos explorar o crescimento do digital e levar vantagens para todos que trabalharem em conjunto.”

Crenças antigas sobre o e-commerce

Alessandro Gil lembra que, quando o comércio foi fechado por causa das medidas de isolamento social, muitos varejistas ainda tinham um receio antigo, o de que e-commerce pudesse canibalizar as vendas nas lojas físicas. “E não eram só pequenas marcas, mas também varejistas grandes. Fizemos um levantamento no ano passado que mostrava que, dos nossos 2.000 maiores clientes, mais de duas centenas não tinham operação de e-commerce estruturada rodando no País. Esses foram os que mais sofreram no começo. Num segundo momento, foram aqueles que não tinham estruturado a operação via loja física, que não transformaram a loja física em hub.”

Para o executivo, 2021 será o ano em que os movimentos de integração vão se consolidar. O desafio, para ele, vai ser fazer as estratégias ganharem solidez. “Os varejistas terão de fazer a omnicanalidade ter mais agilidade, por meio de sinergias com as lojas. Parte dos consumidores que decidem retirar produtos nas lojas físicas acaba levando mais tráfego para lá. Um a cada três clientes acaba comprando um item adicional”, alerta.

O segredo, diz ele, será otimizar as operações ao máximo. Quando um funcionário estiver ocioso em uma loja, ele vai atender aos pedidos feitos via site, por exemplo. “Vejo um cenário em que todas as lojas virtuais se transformarão em marketplaces de alguma coisa. Imagino um cliente do Submarino, do Mercado Livre ou do Magalu fechando um pedido e retirando numa loja da Hering ou da Le Biscuit perto da casa dele”, exemplifica. “Mesmo o pequeno varejo tem como se conectar de maneira mais rápida e eficiente.”

O diretor-executivo da Linx Digital, Alessandro Gil, também acredita que os lockers, os armários inteligentes posicionados em locais de grande circulação, ainda vão conquistar um espaço que não encontraram no Brasil. Segundo ele, muitas empresas estão se capitalizando para instalar lockers em lojas de conveniência e em estações de metrô das grandes cidades.

E o que espera a própria Linx, que já detém quase metade do mercado de software de gestão no Brasil (com 45,6% de market share), para 2021? Segundo o executivo, o foco está na criação de uma grande rede de clientes. “Queremos trabalhar essa conexão entre o físico e o digital e entre o físico e o marketplace. Vamos explorar o crescimento do digital e levar vantagens para todos que trabalharem em conjunto.”

Apesar da redução nas vendas, ticket médio dos shoppings aumenta em 2020

Apesar da redução nas vendas causada pelo fechamento das lojas por causa das medidas de isolamento social, o ticket médio dos shopping centers cresceu no Brasil na comparação com 2019, segundo estudo realizado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

O destaque ficou para o mês de junho, quando o ticket médio foi de R$ 154,65, o que representa um aumento de 59,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em maio, o ticket médio chegou a R$ 136,43, uma alta de 46,8% na comparação com o mesmo mês de 2019. Nesse período, ocorrem duas importantes dadas para o varejo: o Dia dos Namorados e o Dia das Mães.

“O medo da contaminação pelo coronavírus fez com que os visitantes passassem a ir com menos frequência aos shoppings e, dessa forma, tornassem suas compras mais assertivas”, afirma Glauco Humai, presidente da associação.

Quando analisados especificamente os tickets médios das datas comemorativas, houve um crescimento significativo em relação a 2019. A única exceção foi o Dia dos Pais, com valor ligeiramente inferior. A média de crescimento nas datas comemorativas em 2020 foi de 8,1%, enquanto no ano passado foi de 2,7%.

Comparando a evolução do ticket médio entre shoppings e lojas de rua, o melhor desempenho foi dos shoppings. O varejo de rua, assim como os shoppings, também foi muito afetado pela pandemia, mas por concentrar segmentos de produtos essenciais, como supermercados e drogarias, apresentou uma queda menor em suas vendas.

“A crise sanitária trouxe uma queda no nível de vendas nunca verificado no setor de shoppings, mas também um ticket médio diferenciado, ou seja, uma combinação de resultados provocada pela própria natureza da crise’, explica Humai.

A região do País que apresentou melhor desempenho do ticket foi o Nordeste, com alta de 53,4%, seguida por Sudeste (31,5%), Norte (26,9%), Centro-Oeste (14,1%) e Sul (39,8%). Em março de 2020, os 577 shoppings do País foram fechados, o que fez com que as vendas apresentassem uma queda sem precedentes na história do setor. O movimento de reabertura dos empreendimentos teve início em abril e só foi concluído no final de agosto, quando todos os shoppings já estavam operando, mas com restrições de horário.

JD.com se torna a 1ª plataforma on-line a aceitar a moeda digital da China

A empresa de comércio eletrônico chinesa JD.com afirmou ter se tornado a primeira plataforma virtual do país a aceitar a moeda digital local de Pequim, na China.

JD Digits, braço de fintech da empresa, aceitará yuan digital como pagamento por alguns produtos em seu shopping on-line, como parte de uma oferta experimental de yuan digital para cidadãos de Suzhou, perto de Xangai, de acordo com uma postagem na conta oficial da empresa no WeChat.

O yuan digital da China é uma das iniciativas de “moeda digital do banco central” mais avançadas do mundo, à medida que as autoridades respondem globalmente às ameaças de moedas privadas, como bitcoin e Libra do Facebook.

Investimento na moeda digital

De acordo com o programa de Suzhou, o governo municipal e o Banco Popular da China (PBOC) emitirão “envelopes vermelhos” de 200 yuans digitais para 100 mil consumidores selecionados por sorteio.

O esquema de Suzhou é o segundo tipo de loteria digital, depois que o PBOC emitiu 10 milhões de yuans em moeda digital para 50 mil consumidores selecionados aleatoriamente na cidade de Shenzhen, no sul.

O governador do PBOC, Yi Gang, disse no mês passado que mais de 2 bilhões de yuans (US$ 3 milhões) foram gastos usando a moeda digital da China até agora em 4 milhões de transações separadas.

Comércio eletrônico de São Paulo deverá faturar 32% a mais em 2020

FecomercioSP diz que curva ascendente deve continuar em 2021.

O setor do comércio eletrônico do estado de São Paulo deverá fechar o ano com faturamento de R$ 29,2 bilhões, montante 32% superior ao registrado em 2019. A previsão, divulgada na última quarta-feira (9), é da da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

De acordo com a entidade, a curva ascendente deverá continuar em 2021. “Com mais consumidores se adaptando às compras on-line e em meio às incertezas diante de uma segunda onda da pandemia, o comércio eletrônico deve crescer 6% no próximo ano, atingindo a cifra de R$ 31,1 bilhões”, destacou a FecomercioSP em nota.

Segundo a entidade, os resultados expressivos do comércio eletrônico em 2020 estão relacionados principalmente à demanda de produtos duráveis, como os da linha branca e os computadores, que deverão fechar o ano com crescimento de 39%. “Isso se explica pela necessidade de muitos lares na adaptação à rotina da quarentena, o que incluiu a compra de dispositivos eletrônicos e móveis.”

A compra de itens semiduráveis, como roupas e calçados, também deverá encerrar o ano com alta significativa, de 25%.

TI e logística online se unem para ficar, com ou sem cenário de crise

É visível hoje como as empresas estão cada vez mais estruturadas no universo on-line.  Entretanto, trata-se de um movimento que requer investimentos em logística, softwares, gestão e também em pessoas. Todo esse movimento normalmente costuma ocorrer dentro de um plano estratégico de 1 a 2 anos de trabalho, mas na nossa atualidade isso tem se tornado uma realidade imediata.

Estamos nos aproximando das datas de final de ano e as empresas com alguma margem de investimento ainda estão trabalhando em melhorias logística. Muitas outras, por outro lado, já foram às compras e fizeram suas aquisições de softwares — até mesmo pensando em um 2021 ainda mais agressivo do ponto de vista dos resultados.

Dentro da companhia onde atuo, tivemos um aumento significativo nos clientes da base que nos acionaram para melhorias. Além, claro, de novas empresas, que não estavam preparadas para um impulsionamento tão intenso do mercado on-line neste ano de 2020.

Logística: questão de sobrevivência

O fato é que a logística deixou de ser um custo necessário, para ser uma questão estratégica e de sobrevivência para muitas das companhias.

As pessoas que hoje compram on-line não vão deixar de comprar porque o mundo irá retornar ao “normal”. Esse consumidor seguirá comprando on-line pela facilidade de acesso, assim como pelas excelentes experiências de compra entregues por muitas companhias.

Trouxemos uma nova forma de vender com qualidade. Ela só aconteceu por conta de investimentos para reduzir o prazo de entrega, melhorar a agilidade no atendimento e, muitas vezes, trazer ofertas que não são iguais ao comércio físico.

O consumidor busca agilidade logística

De uma forma geral, indústrias, varejistas e empresários hoje precisam olhar para o mercado digital para manter a competitividade dos negócios. E para um e-commerce possa operar é essencial que a gestão de estoques e o prazo de entrega sejam os assuntos prioritários da estratégia no universo on-line.

O consumidor espera comprar a mercadoria e receber o mais rápido possível. Então, como a minha e a sua empresa fazem esse atendimento de estoque, separação e entrega o mais rápido possível? Lembrando que é preciso pensar nas diversas localizações, todas sempre com a mesma qualidade.

A resposta é: com boas práticas de gestão, softwares e tecnologias inovadoras, além de pessoas bem preparadas para atuar dentro dessa operação.

 

Amazon lança novo programa de logística para reduzir tempo de frete

O programa de fulfillment é voltado para pequenas empresas do estado de São Paulo que vendem através da Amazon.

A Amazon acaba de lançar o programa FBA – Logística da Amazon, que oferece frete rápido e gratuito para produtos de parceiros de sua loja. Agora, os parceiros vendedores do marketplace podem usar os centros de distribuição e toda a logística da empresa americana no lugar de estocar e enviar os produtos por conta própria. O objetivo é oferecer mais produtos com entrega rápida e gratuita aos membros Prime, serviço de assinatura da Amazon.

“Para o consumidor final, o grande benefício é a rapidez de entrega e o frete grátis. Para o parceiro, tira a operação logística para que ele se foque no que sabe fazer de melhor: comprar os melhores produtos e aumentar a conversão de vendas”, diz o líder do programa FBA – Logística da Amazon para parceiros de negócios no Brasil, Rafael Ferreira. Segundo ele, a Amazon trabalha junto com os parceiros para identificar quais seriam os produtos mais adequados para esse programa logístico, já que a Amazon cobra taxas de manuseio e entrega.

A companhia não abre a velocidade de entrega atual e nem o quanto esse programa deve encurtar esse prazo, mas afirma que já entrega em até dois dias em 500 cidades no Brasil.

Nesse momento, o programa FBA – Logística da Amazon está disponível para parceiros localizados no estado de São Paulo que operam sob o regime tributário do Simples Nacional, ou seja, é voltado para pequenas empresas que vendem através da Amazon. O parceiro de negócios envia seus produtos para um centro de distribuição da Amazon. A logística, empacotamento e entrega ao cliente final ficam sob os cuidados da Amazon e da transportadora parceira. O atendimento de pós-venda também é realizado pela gigante americana.

Para parceiros de negócio localizados fora do Estado de São Paulo ou fora do regime tributário do Simples Nacional, a Amazon oferece o FBA Onsite. Nesta versão, o parceiro de negócios mantém os produtos em seu próprio armazém e usa as ferramentas da Amazon para gestão de inventário. A transportadora parceira da Amazon se encarrega de coletar os produtos no armazém do parceiro e fazer a entrega.

Crescimento da Amazon e do comércio eletrônico

O comércio eletrônico teve um de seus anos de maior crescimento no Brasil e no mundo por conta da pandemia do novo coronavírus. Um relatório da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) em parceria com o Movimento Compre&Confie, publicado em setembro, mostrou que o e-commerce no Brasil havia faturado, até agosto, 41,92 bilhões de reais. No ano inteiro de 2019, o faturamento total foi de 75,1 bilhões de reais.

A Amazon, fundada pelo homem mais rico do mundo, Jeff Bezos, teve uma receita de 96,1 bilhões de dólares no terceiro trimestre deste ano — no ano passado, o valor foi de 70 bilhões de dólares. A empresa agora detém de 43% a 45% do comércio eletrônico dos Estados Unidos. Com valor de mercado de 1,57 trilhão de dólares, a empresa viu o valor de suas ações crescer 54% no ano.

Desde 2017, o marketplace já é responsável por mais de metade das vendas da Amazon em todo o mundo. Foi neste ano também que a empresa abriu o seu marketplace no Brasil para vendas de terceiros, inicialmente apenas com livros. Aos poucos, a empresa incorporou outras categorias por aqui e já vende roupas, itens para casa, brinquedos e até bebidas.

Em novembro, a gigante americana anunciou a abertura de mais três centros logísticos no Brasil. Com as unidades em Minas Gerais (Betim), Distrito Federal (Santa Maria) e Rio Grande do Sul (Nova Santa Rita), a Amazon eleva para oito o total de centros de distribuição no Brasil, facilitando a chegada a todos os municípios.

WhatsApp inclui a função de carrinho de compras nas conversas com lojas

Na terça-feira (8), o WhatsApp lançou a função de carrinho de compras nas conversas com lojas. O recurso virá por meio da versão Business, modalidade do mensageiro feita para atender pequenos empreendedores e empresas. O carrinho de compras está disponível a partir de hoje (9), para todos os usuários do aplicativo ao redor do mundo, incluindo o Brasil.

A nova função do carrinho de compras permite que o usuário organize seus pedidos em um mesmo estabelecimento. “Com o catálogo, os clientes podem conferir a disponibilidade de produtos e serviços, enquanto as empresas podem organizar estrategicamente as conversas com base em itens específicos. O uso do WhatsApp para fins comerciais cresce a cada dia, e queremos facilitar ainda mais essa experiência para empresas e clientes”, afirmou o WhatsApp em um post institucional sobre o lançamento da opção.

Entretanto, a modalidade apenas auxilia o usuário a organizar seu pedidos – já que não há nenhuma inclusão de algum recurso de pagamento integrado até o momento. Como o aplicativo ainda não oferece uma solução de pagamentos, formas de recebimento devem ser combinadas entre usuário e lojista por meio das mensagens (por exemplo, uma transferência via Pix).

Como funciona o carrinho de compras no WhatsApp

Na conversa com alguma conta do WhatsApp Business, acesse o catálogo caso esteja disponível. Os clientes podem acessá-lo por meio de um ícone de loja, que aparecerá no topo da tela nas conversas com negócios que usem a versão Business do aplicativo.

Depois de tocar no ícone, escolha um produto e aperte em “Adicionar ao carrinho”. Caso queira adicionar mais um produto ao carrinho, toque em “Continuar comprando”. Para concluir a compra, basta tocar no círculo com uma seta, similar ao botão para enviar mensagens.

Após pressionar o botão, o pedido será enviado à loja para que seja efetuado e estará presente na conversa, para que tanto o vendedor quanto o consumidor tenham acesso. Segundo o WhatsApp, “um pedido não é finalizado até o vendedor confirmar o pagamento.”

Para divulgar a nova funcionalidade no app, o WhatsApp disponibilizou uma nova figurinha com o tema de carrinho para o pacote global de stickers destinado a empresas, chamado de Open for Business (“Aberto para negócios”, em tradução livre).

União Europeia define diretrizes sobre pesquisa em plataformas on-line

Resultados de buscas deverão ser mais transparentes para o governo.

O Google, de propriedade da Alphabet, a Microsoft e outras gigantes da tecnologia terão de ser mais transparentes sobre como determinam os resultados de pesquisas on-line, de acordo com diretrizes da Comissão Europeia divulgadas nesta segunda-feira (7).

As diretrizes, que entram em vigor imediatamente, serão seguidas na próxima semana pela publicação de projetos de regras que podem eventualmente impor mais restrições ao setor de tecnologia.

Rivais menores e algumas empresas há muito reclamam das práticas arbitrárias e opacas que as gigantes da tecnologia empregam, que afetam a posição de seus produtos e serviços nos resultados de pesquisas, especialmente quando isso significa que eles ficam bem abaixo dos das empresas maiores.

As práticas de busca on-line do Google resultaram em multas de mais de 8 bilhões de euros aplicadas por reguladores antitruste da União Europeia (UE) entre 2017 e 2019. Os reguladores descobriram que a companhia havia injustamente colocado seus próprios produtos como primeiro resultado a aparecer nas pesquisas, em desvantagem aos concorrentes.

“Essas diretrizes definem o padrão para a transparência da classificação algorítmica e aumentam a justiça na economia das plataformas on-line, que impulsiona a inovação e o bem-estar para milhões de europeus”, disse a comissária europeia de Concorrência, Margrethe Vestager, em comunicado.

A Microsoft e o Google não responderam imediatamente a pedidos de comentários. Com informações da Agência Brasil.