E-commerces perdem ao menos R$ 48,7 milhões na Black Friday e Cyber Monday

A lentidão e a instabilidade dos e-commerces durante a Black Friday e a Cyber Monday custou ao varejo on-line brasileiro ao menos R$ 48,7 milhões, segundo levantamento da Sofist. Em 2020, a empresa acompanhou 105 lojas virtuais a partir das 22h da quinta-feira (26) até as 23h59 de segunda-feira (30), período que engloba tanto a Black Friday quanto a Cyber Monday).

No estudo, a Sofist considerou que um site estava indisponível quando era impossível navegar pela loja. Qualquer um dos seguintes fatores poderia causar uma indisponibilidade: problemas técnicos, como páginas de erro; uso de página de espera, também conhecida como “tampão”; e demora excessiva (timeout), quando o site não termina de carregar mesmo após 45 segundos do acesso inicial.

Das 105 lojas, 75 impediram o consumidor de navegar e de realizar suas compras em algum momento entre os quatro dias, resultando em mais de 15 horas de indisponibilidade. Para quantificar o prejuízo, foi considerado que cada hora fora do ar durante a Black Friday levou os e-commerces a perderem R$ 3.158.694,00 (veja o cálculo na seção Metodologia), resultando em R$ 48,7 milhões de perda durante o evento — 24,6% desses sendo apenas nas 12 primeiras horas.

Os impactos na Black Friday

Durante a Black Friday 2020, foi identificado que os e-commerces ficaram, juntos, menos tempo fora do ar comparado com a Black Friday de 2019. Ainda assim, as perdas não deixam de ser expressivas, segundo a Sofist.

Percebeu-se considerável indisponibilidade na madrugada de sexta-feira, um momento onde geralmente há menos acessos. Essa indisponibilidade pode ter sido uma tentativa dos e-commerces em estabilizar suas lojas para o período da manhã, no qual os usuários começam a retomar suas compras.

Contudo, esses esforços foram em vão: ao longo da manhã de sexta-feira houve uma redução de apenas 17,8% na indisponibilidade em relação à abertura do evento, e o prejuízo nesse período foi próximo à perda nas primeiras quatro horas.

“Também notamos que, durante a tarde de sexta-feira de Black Friday, período em que os varejistas aguardam a volta dos grandes volumes de acesso e transações, a indisponibilidade e o prejuízo foram menores. Ponto positivo para as lojas! Entretanto, na noite de sexta, o prejuízo voltou a aumentar, atingindo o segundo maior patamar para o dia”, comenta Bruno Abreu, CEO da Sofist.

Os problemas observados não foram apenas em relação à indisponibilidade e à perda financeira do e-commerce. Abreu ressalta que questões técnicas preocupantes foram identificadas ao longo do monitoramento — questões essas que poderiam impactar tanto o tempo de carregamento das lojas quanto a experiência do usuário.

“Identificamos, por exemplo, uma loja que estava trafegando 28 megabytes de dados ao carregar sua página para o usuário, o que é 10 vezes maior do que observamos em outras lojas on-line” relata o CEO. “Imagine um consumidor abrindo essa página em uma conexão de internet limitada. A velocidade de conexão no Brasil não é das melhores, portanto páginas com este volume de dados vão demorar mais para carregar e oferecer uma experiência ruim para o consumidor”.

Tempo de indisponibilidade diminuiu

Em 2020, notou-se que o tempo de indisponibilidade foi menor em relação ao ano anterior. No gráfico abaixo está representada a evolução desse indicador nos dois anos ao longo dos períodos monitorados.

Uma das hipóteses para a diferença entre os dois anos é a de que, por conta da pandemia, o varejo on-line já vem se preparando para situações com grandes fluxos de acessos. “Chegamos a ouvir de uma empresa no início do ano que ela estava vivendo uma Black Friday antecipada por conta da pandemia. Ter se preparado lá no início do ano para uma situação atípica pode ter refletido no fato dos e-commerces terem chego à Black Friday mais preparados esse ano” reflete o CEO da Sofist.

Além disso, Abreu relembra que, em 2019, os e-commerces foram altamente impactados por um plugin de selo de reputação. “A má implementação desse plugin e levou significativamente o tempo de indisponibilidade dos e-commerces monitorados na manhã e na tarde de sexta. Uma grande plataforma de e-commerce chegou, inclusive a recomendar que esse plugin fosse removido das lojas para não impactar as vendas. Em 2020, o impacto desse plugin não foi significativo”.

Frustração do consumidor na Black Friday

Segundo o monitoramento, a Sofist relatou que os 105 e-commerces demoraram, em média, 4,2 segundos para carregar completamente para os usuários. O site com o melhor tempo médio de carregamento apresentou uma média de 0,5 segundo. Já a loja que mais demorou para disponibilizar seu conteúdo para os usuários levou pelo menos 45 segundos. “Isso é uma eternidade para qualquer pessoa que faz compras on-line”, comenta Abreu.

Abreu reforça que um tempo de carregamento ruim possui impacto significativo na jornada de compra dos usuário. “Ser obrigado a esperar a cada clique dado em site é praticamente um convite para abrir uma nova aba no navegador e comprar em um site mais rápido. Prover uma experiência fluida é uma questão básica e também extremamente estratégica para qualquer e-commerce, ainda mais na Black Friday. Ano após ano, porém, vemos que isso não acontece em todos os casos”.

Metodologia

Para a coleta dos dados, a Sofist acessou uma lista de 105 sites a partir de servidores localizados em São Paulo, onde cada um deles monitorava apenas um site, a fim de evitar a interferência de outros processos. Para simular a experiência de um usuário real, as páginas foram carregadas com o navegador Google Chrome 86.0.4240.111, com cache desativado e aba anônima.

Durante o monitoramento, o Chrome abre uma aba em branco e acessa a página principal da loja virtual. Este processo é repetido a cada 60 segundos e, então, as informações são registradas. Considera-se que ocorreu um timeout quando, mesmo depois de 45 segundos, a página ainda não terminou de carregar ou quando o acesso do usuário é cancelado unilateralmente pelo site.

Foram registradas métricas como tempo de carregamento, quantidade de requisições, dados transferidos e erros HTTP 4xx ou 5xx (como Forbidden e Internal Server Error).

Para calcular o prejuízo em termos de faturamento, a Sofist utilizou pesquisas quantitativas e documentais a fim de ter obter um cálculo de perda por hora coerente com o panorama dos e-commerces no Brasil. Esse cálculo é composto da correlação de três métricas, contextualizadas no período da Black Friday: volume médio de tráfego, ticket médio e taxa média de conversão.

O volume médio de tráfego por hora foi calculado a partir de dados extraídos de uma ferramenta de monitoramento de tráfego em sites, dados extraídos de releases e publicações dos próprios e-commerces, acrescido da previsão de aumento de acessos durante a Black Friday, de acordo com pesquisa da TrustVox.

O valor considerado foi de 318 mil acessos por hora. Já para o ticket médio, considerou-se o valor levantado pelo Ebit|Nielsen no estudo sobre a Black Friday no ano de 2019, de R$ 602. Por fim, para a taxa média de conversão, aplicou-se o valor indicado na pesquisa da Experian Hitwise referente ao comércio eletrônico no Brasil, estimado em 1,65%.

Logística cresce na pandemia com aumento de compras pela internet

Plataforma de entregas dobrou de tamanho durante a pandemia, mas outros empreendedores apostam também em soluções caseiras para que as encomendas cheguem aos clientes.

Com o aumento de vendas on-line durante a pandemia, a logística se tornou essencial para sobrevivência de pequenos negócios, acostumados com a venda no balcão.

No comércio virtual, a entrega mal feita pode destruir uma marca, garante o consultor Luciano Salamacha.

“O contato da entrega vira principal canal de sobrevivência da empresa. E quando é feito de maneira amadora vai quebrar, ou profissionaliza ou quebra”, afirma Salamacha.

Muitos empresários perceberam isso e trataram de investir em logística. Uma plataforma de entregas sentiu o aumento da procura e dobrou de tamanho durante a pandemia. Pequenas empresas já representam 30% de seu faturamento.

“Muitas empresas tiveram que se reinventar com a pandemia e teve participação maior da entrega na receita final, não só depender da loja o ponto físico mas migrar pra entrega e gerar mais resultado”, aponta Luiz Giordani, gerente-geral da plataforma.

As entregas são feitas por motoristas cadastrados e a plataforma já conta com 50 mil rodando em São Paulo e Rio de Janeiro. Para pequenas empresas, a plataforma sugere a entrega de vários produtos numa mesma viagem.

Logística caseira

O Maurício Delfino sabe bem a importância da logística para o sucesso do negócio. Ele comercializa toucas de natação para cabelos afro e maquiagem para pele negra. Só vende pela internet.

“Então automaticamente sobra para nós o mundo on-line seja na nossa loja própria ou Marketplace”, explica o empresário.

A entrega é feita pelos Correios, mas, antes, é preciso muita logística. O estoque da empresa é em casa mesmo, mas com controle de quantidade e logística.

Antes, enviava mais toucas para os clientes, mas com a pandemia o negócio de maquiagens subiu e o faturamento cresceu 10%.

“[A maquiagem] salvou, foi surpresa. Porque maquiagem tínhamos lançado em 2019. E representava 10% das vendas. Hoje representa de 40 a 45% das nossas vendas”, afirma Delfino.

FedEx compra ShopRunner em plataforma de e-commerce

A FedEx Corp. (NYSE: FDX) disse na última quarta-feira (2), que adquiriu a plataforma de e-commerce ShopRunner por uma quantia não revelada, um movimento que eleva a presença da FedEx em um segmento onde ela ficou atrás da arquirrival UPS Inc.

A ShopRunner, com sede em Chicago, conecta compradores on-line a mais de 100 marcas por meio de uma plataforma de terceiros. Plataformas como o ShopRunner e, mais proeminentemente, o Ontário, o Shopify do Canadá (NYSE: SHOP), ganharam popularidade à medida que os comerciantes buscam expandir os canais onde possam alcançar mais consumidores.

As empresas esperam que o negócio seja fechado até o final de 2020. O ShopRunner se tornará uma subsidiária da FedEx Services, a unidade que inclui operações como o FedEx Office, a loja de varejo da empresa. As três principais unidades de negócios da empresa sediada em Memphis são os fornecedores de transporte FedEx Express, FedEx Ground e a operadora de carga inferior a um caminhão (LTL) FedEx Freight.

A aquisição se alinha com os esforços da FedEx para “criar um ecossistema de e-commerce aberto e colaborativo que ajude os comerciantes a oferecer experiências perfeitas para seus clientes”, disse Raj Subramaniam, presidente da controladora e diretor de operações. “Estamos comprometidos em expandir a plataforma ShopRunner e combiná-la com nossa inteligência digital e logística global para criar novas possibilidades no e-commerce. ”

Historicamente, os comerciantes da ShopRunner selecionam os fornecedores de remessa que disponibilizam para seus clientes. Não está claro se essa política mudará quando o ShopRunner estiver sob o guarda-chuva da FedEx. O ShopRunner oferece aos membros frete grátis em dois dias e frete de devolução grátis, entre outros benefícios.

A UPS com sede em Atlanta (NYSE: UPS) tem sido considerada mais agressiva do que a FedEx na parceria com plataformas de terceiros em um esforço para se tornar a espinha dorsal de transporte e logística das plataformas. No final de 2017, a UPS se associou à Shopify, talvez a plataforma mais conhecida, para integrar os produtos e serviços da UPS ao sistema da Shopify. No início deste ano, a FedEx se associou a uma plataforma chamada BigCommerce para fornecer essencialmente o mesmo tipo de serviço.

A FedEx sempre apoiou a UPS quando se trata de conectividade simples para plataformas de e-commerce de terceiros ”, disse Dean Maciuba, sócio-gerente da consultoria Last Mile Experts e executivo de longa data da FedEx. A parceria com o Shopify é “uma grande vantagem para a UPS do ponto de vista de conectividade e desconto no frete”, disse Maciuba. Para a FedEx, tentar recuperar o atraso com a UPS nessa área “não será fácil”, acrescentou.

Brittain Ladd, uma consultora de e-commerce, expressou desapontamento porque a FedEx não deu um passo mais ousado ou se dirigiu para uma direção mais vantajosa estrategicamente. A empresa poderia ter se juntado a outros para fazer uma oferta pelo Shopify ou adquirir a empresa de armazenamento sob demanda Flexe, disse Ladd. Mesmo uma oferta para as operações americanas do popular site chinês TikTok não deveria ter sido descartada, de acordo com Ladd. “A TikTok pode criar vitrines para varejistas e também fazer streaming de varejo. A FedEx poderia fornecer todo o atendimento e, eventualmente, gerenciar todas as cadeias de suprimentos para os varejistas e vendedores terceirizados ”, disse Ladd por e-mail.

Ladd disse que “a FedEx é uma empresa que se sente confortável em pensar pequeno quando deveria se concentrar em pensar grande. O valor do ShopRunner para a FedEx será mínimo, na melhor das hipóteses. Francamente, estou surpreso [fundador, presidente e CEO da FedEx] Fred Smith aprovou a aquisição. ”

 

Vendas on-line crescem 300% e fastshop já entrega em até 3 horas

A pandemia provocada pelo novo coronavírus mudou o comportamento de compra do consumidor brasileiro e fez da Black Friday 2020 a mais digital de todas.

Atentas a esse movimento, o setor varejista buscou formas de oferecer o máximo em agilidade e conveniência para seus clientes.

A Fast Shop, rede de referência em eletroeletrônicos e eletrodomésticos, colocou em campo toda sua experiência para garantir entregas de produtos de pequeno e médio porte, como celulares e TVs de até 55”, em até três horas após a aprovação do pagamento, para mais de 20 cidades em todo país.

“Sabemos como o consumidor valoriza, cada vez mais, todas as formas de conveniência, especialmente as que possam poupar tempo na sua vida atribulada. A entrega rápida acaba sendo um fator muito importante no processo de decisão de compra. Nossa missão é encantar e cuidar dos clientes por toda a vida, e isso passa por garantir que ele tenha o produto desejado em mãos com o máximo de agilidade possível. ” – Eduardo Salem, diretor geral de Operações da Fast Shop.

Considerando também o esquenta da liquidação, entre os dias 16 e 26 de novembro, e o próprio dia 27, 10% das vendas on-line da Fast Shop foram entregues em até três horas. Entre os itens de maior procura estão produtos para casa, para o home office e tecnologias para facilitar e conectar o dia a dia, como smart speakers, controle remoto por voz e hardwares para transmissão de vídeos em alta resolução. Entre os municípios atendidos com a entrega UltraFast estão São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Belo Horizonte e Brasília.

Para as compras on-line, a Fast Shop conta ainda com o serviço Click and Collect. Com ele, o consumidor adquire o produto pelo site ou aplicativo da rede e, uma vez aprovada a compra, pode retirar a mercadoria em uma das unidades físicas.

“Antes da Covid-19, nossos canais digitais já respondiam por 30% de nossas vendas. Com a pandemia, essa participação aumentou significativamente e hoje já representa metade dos nossos negócios. Comparando as vendas dos canais digitais no pré-pandemia, com o último mês, o crescimento foi superior a 300%.”

 

Amazon diz que vendedores de marketplace comercializaram mais de US$ 4,8 bi no fim de semana

A Amazon afirmou na última terça-feira (1º) que vendedores terceiros de sua plataforma comercializaram mais de US$ 4,8 bilhões no mundo no final de semana passado, um aumento de mais de 60% em relação ao mesmo período de 2019.

Na primeira indicação de performance para a temporada de compras de fim de ano, a Amazon afirmou que mais de 71 mil vendedores de pequeno e médio portes no mundo tiveram vendas de mais de US$ 100 mil nesta temporada até agora.

Porém, a companhia não informou os números de suas próprias vendas para o período.

Bezos vs Ambani: varejo trilionário na Índia tem disputa de liderança

Jeff Bezos e Mukesh Ambani, dois dos homens mais ricos do mundo, enfrentam um ponto de inflexão em uma batalha pela liderança do crescente mercado de varejo da Índia, que vale quase US$ 1 trilhão, destaca reportagem da Reuters.

O resultado de uma disputa legal que envolveu os bilionários da Amazon e da Reliance, sobre a qual uma decisão judicial é iminente, pode moldar o cenário de varejo do país asiático nos próximos anos.

O vencedor da disputa pela Future Retail, parceiro local distante da Amazon, largará na frente na corrida para atender às necessidades diárias de mais de 1 bilhão de pessoas.

Se a Amazon for bem-sucedida, poderá retardar os planos da Reliance de expandir suas operações de e-commerce e de lojas físicas. Se a Amazon perder, suas esperanças de expandir seus interesses na segunda maior varejista da Índia e lucrar com sua principal cadeia de fornecimento de alimentos serão frustradas, dizem especialistas do setor.

A Amazon está tentando impedir a compra de US$ 3,4 bilhões dos ativos de varejo do Future Group pela Reliance. A empresa norte-americana, que conseguiu uma liminar de um juiz para bloquear o negócio Reliance-Future, acusa sua parceira de violar alguns acordos pré-existentes, de enganar o público e de insider trading. A Future nega as acusações.

A gigante de Bezos é uma concorrente formidável, mas Ambani tem um histórico disruptivo. Ele abalou empresas estrangeiras de telecomunicações ao oferecer pacotes de dados muito baratos. Executivos da indústria veem seus planos de comércio eletrônico como uma ameaça à Amazon e ao Flipkart do Walmart.

“Se a Reliance continuar se movendo cada vez mais rápido, obviamente será muito difícil para qualquer um vencê-la”, disse Himanshu Bajaj, chefe da consultoria indiana de práticas de varejo Kearney, à publicação.

Vendas on-line superam lojas físicas pela primeira vez na Black Friday, revela Itaú Unibanco

As vendas on-line atingiram 50,4% do total do volume transacionado na Black Friday, um crescimento de 12,9% se comparado ao mesmo período de 2019. É a primeira vez, desde que a data se popularizou entre os consumidores no Brasil, que o volume de vendas em lojas físicas é superado pelo on-line, segundo balanço do Itaú Unibanco.

O crescimento das vendas on-line foi puxado principalmente por quatro setores: restaurantes (+88%), material de construção (+63%), drogarias e cosméticos (+37%) e lojas de departamento (+31%). Por outro lado, o volume de vendas nas lojas físicas caiu 27%, em relação a 2019.

Entre os novos meios de pagamento, o Itaú destaca o cartão virtual, que cresceu 153% em relação ao ano passado, e a maior utilização dos cartões com tecnologia contactless, que permitem transações por aproximação nas compras físicas.

Cada vez mais popular entre os brasileiros, a Cyber Monday, com promoções destinadas exclusivamente ao e-commerce, movimentou 8,5% a mais em faturamento esse ano, na comparação com a segunda-feira pós Black Friday de 2019.

 

Com foco no comércio on-line, BBM Logística compra a Diálogo

A BBM Logística, especializada em transporte rodoviário de carga, acaba de concluir a compra da Diálogo Logística. A negociação está avaliada em R$ 82 milhões, o objetivo é ganhar mercado no e-commerce. Hoje, a Diálogo é uma das principais empresas de entrega do varejo on-line no País, responsável pelo envio de cerca de 30 mil pedidos por dia e com uma cobertura de aproximadamente 1.800 cidades.

Esta é a quarta aquisição da BBM desde 2018, sendo que as últimas três foram concluídas nos últimos 12 meses. A empresa, fundada em 1996 em São José dos Pinhais (PR), desde 2017 conta com o fundo de private equity Stratus em sua estrutura de capital. Desde então, teve crescimento médio de 78% ao ano.

“Esta aquisição acelera nosso crescimento no segmento de e-commerce por meio da aquisição de uma empresa que é referência tecnológica e de processos no setor. Além disso, a Diálogo possui uma equipe muito capacitada e uma plataforma altamente escalável para que, a partir da malha logística e amplitude geográfica da BBM, com mais 60 filiais em todo o País, possamos rapidamente nos transformar em uma das melhores soluções de e-commerce do Brasil”, afirmou Andre Prado, CEO da BBM.

Atuação na última milha

O fundador da Diálogo, Ricardo Hoerde, segue no comando da operação para liderar o plano de expansão. “A complementariedade de nossas operações permitirá explorarmos diversas oportunidades de crescimento, aumentar nossa capilaridade e melhorar nossa oferta para o mercado de e-commerce”, comemora. Hoerde foi, recentemente, entrevistado do programa Mercado & Consumo em Alerta – Reinvenções, e falou sobre o forte crescimento da empresa na pandemia e sobre o foco no last mile – a etapa final das entregas.

A atuação mais forte nessa fase é uma das vantagens do negócio para a BBM. “A perspectiva de serviço integrado ao last-mile é muito atrativa aos clientes e permite maior eficiência operacional e econômica em cada contrato”, afirma Firmino Freitas, diretor de Fusões e Aquisições da empresa.

Segundo ele, as negociações não devem parar por aqui – além da Diálogo, as outras empresas adquiridas pela BBM nos últimos anos foram a Transeich, a Translovato e a Translag. “Temos sido capazes de executar aquisições de forma bem-sucedida, com aumento de receitas e rentabilidade devido a integrações bem planejadas e executadas. Em um mercado de quase R$ 200 bilhões e muito fragmentado, o crescimento via aquisições é parte importante da nossa estratégia e continuaremos avaliando novas oportunidades.”

 

Centauro conclui aquisição da Nike no Brasil por R$ 1 bilhão

O grupo SBF, dono da rede de lojas Centauro, informa que, após a verificação de todas as condições precedentes aplicáveis, concluiu o processo de aquisição da totalidade do capital social da Nike do Brasil, originalmente detidas pela Nike Galaxy Holding B.V. e Nike Group Holding B.V., subsidiárias indiretas da Nike, Inc.. O desembolso final foi de R$ 1 bilhão.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa afirma que a após o processo de negociação que precedeu ao fechamento da transação, as partes aditaram determinados termos e condições do contrato celebrado em 6 de fevereiro, com o propósito de, dentre outros aspectos, autorizar que as quotas da Nike do Brasil passassem a ser adquiridas pela Grupo SBF e não mais por sua controlada SBF Comércio de Produtos Esportivos; e acordar determinados critérios que serviram de base para o cálculo do preço de R$ 1 bilhão, líquido do saldo de caixa da Nike do Brasil, que foi desembolsado pela companhia nesta data.

“O preço desembolsado foi calculado a partir da estimativa apresentada pelas vendedoras das contas do balanço da Nike do Brasil, tendo a data de fechamento como data base para tal estimativa e, portanto, tal montante ainda está sujeito a ajustes costumeiros que poderão ser requeridos a partir da verificação de tais contas do balanço pelo Grupo SBF”, detalha.

De Nike para Fisia

Segundo a companhia, como parte da estratégia de integração e posicionamento de mercado da marca, foi aprovada hoje a alteração da razão social da Nike do Brasil Comércio e Participações para Fisia Comércio de Produtos Esportivos.

Como subsidiária integral do Grupo SBF, a Fisia e determinadas subsidiárias indiretas da Nike, INC. celebraram na presente data os contratos comerciais da Transação que governarão a parceria estratégica da companhia com a Nike, INC. e asseguram a atuação da Fisia como distribuidora exclusiva de produtos Nike, incluindo vestuário, calçados, acessórios e equipamentos, no território brasileiro e a operadora direta exclusiva do canal de venda eletrônico varejista (www.nike.com.br) por um período inicial que se encerra em 31 de maio de 2030; e varejista exclusiva de lojas físicas Nike, responsabilizando-se pela comercialização de produtos ao consumidor final através de lojas monobrand Nike, podendo abrir e operar lojas Nike no território brasileiro, pelo período inicial de cinco anos.

Amazon e Magazine Luiza são as marcas mais citadas no Twitter durante a Black Friday

Levantamento realizado na plataforma mostra que a data movimentou do varejo à marcas de beleza, aplicativo de entrega e bancos
A Black Friday se popularizou de vez no país, oferecendo promoções aguardadas por meses pelos consumidores. E a data movimentou as pessoas no Twitter, tornando o Brasil o segundo país que mais Tweeta sobre Black Friday no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

O levantamento realizado pelo Twitter aponta as dez marcas mais mencionadas pelas pessoas que usam a plataforma até o último domingo, 29 de novembro.

A lista traz segmentos diversos, desde varejistas, aplicativos de entrega, marcas de beleza, de material esportivo e banco.

Confira abaixo o ranking das dez marcas mais mencionadas pelas pessoas que usam o Twitter quando o assunto é Black Friday:

  1. Amazon
    2. Magazine Luiza
    3. Americanas
    4. Apple
    5. Nike
    6. Nubank
    7. O Boticário
    8. Rappi
    9. PlayStation
    10. iFood

O levantamento foi realizado entre 01 de janeiro e 29 de novembro.

Assim como nos outros anos, a conversa sobre Black Friday no Twitter segue crescendo. Desde o início de 2020, foram contabilizados mais de 8,3 milhões de Tweets sobre o tema em todo o mundo. Isso significa um aumento de mais de três vezes no volume de conversas, já que em 2019 foram registradas 2,6 milhões de menções na plataforma.

Neste ano, o Brasil ficou novamente na segunda colocação dos que mais falam sobre Black Friday no Twitter, atrás apenas dos Estados Unidos. O Japão aparece na terceira posição.