Gamificação nas empresas: transformando a experiência de compra no e-commerce

A gamificação nas empresas é uma estratégia que usa elementos dos jogos – como pontos, recompensas e desafios – para engajar os clientes e incentivá-los a voltar à sua loja, comprar mais ou recomendar para amigos.

Essa é uma iniciativa que pode transformar o seu e-commerce em uma experiência mais interessante para os consumidores modernos. Para colocá-la em prática, não é preciso fazer grandes investimentos ou usar sistemas complicados.

Neste texto, vou mostrar como a gamificação funciona no e-commerce e ainda dar alguns exemplos para deixar tudo mais claro.

Vamos começar?

O que é a gamificação nas empresas?

Gamificação é o uso de elementos e dinâmicas de jogos para engajar pessoas em atividades que, normalmente, não teriam essa característica lúdica.

No contexto do e-commerce, o principal ponto é simples: fazer com que as pessoas não só comprem, mas também se sintam motivadas a voltar, interagir e recomendar sua marca.

E isso acontece porque a gamificação utiliza alguns gatilhos mentais importantes, como a reciprocidade, competição e pertencimento.

Como a gamificação nas empresas funciona?

O funcionamento vai depender do tipo de gamificação escolhida. Vamos falar um pouco mais sobre isso logo, logo, mas, basicamente essa é uma estratégia que se apoia nestes pilares aqui:

– Propósito claro;

– Elementos e mecânicas do jogo;

– Experiência do usuário.

Tudo começa com a definição do objetivo da gamificação. Sem um propósito claro, a estratégia perde o foco e não gera resultados significativos.

Pense no que você quer alcançar: aumentar as vendas? Melhorar a fidelização? Reduzir o abandono de carrinho?

Acima de tudo, a gamificação deve ser fácil de entender e usar. Uma experiência confusa pode afastar os clientes, mesmo que a ideia seja interessante.

Se bem estruturada, a ideia é que a gamificação:

– Incentive compras recorrentes por meio de programas de pontos;

– Reduza o abandono de carrinho com recompensas imediatas ou barras de progresso no checkout;

– Engaje clientes a interagir mais com sua marca, seja nas redes sociais, seja avaliando produtos.

Cinco exemplos de gamificação no e-commerce

A gamificação pode ser aplicada no e-commerce das mais diferentes formas.

Hoje, é até difícil encontrar lojas que não apliquem pelo menos alguma forma de gamificação na sua experiência de compra.

A seguir, vou te mostrar algumas das iniciativas mais populares nesse sentido.

Níveis e pontos

O sistema de níveis e pontos funciona assim: o cliente realiza ações no site – como fazer compras, avaliar produtos ou até mesmo interagir com conteúdos – e, em troca, acumula pontos.

Esses pontos podem ser trocados por benefícios como descontos, brindes ou condições especiais. E, conforme o cliente acumula mais, ele sobe de nível, desbloqueando ainda mais vantagens.

O e-commerce brasileiro está cheio de bons exemplos desse tipo de gamificação.

A Sephora, por exemplo, tem o Beauty Club, no qual a cada R$ 1 em compras, o cliente ganha um ponto. Os pontos podem ser trocados por descontos, recompensas e até experiências.

A Shein e a Shopee também foram pioneiras na implementação desse tipo de gamificação. Na Shein, por exemplo, você ganha pontos avaliando produtos ou participando de atividades no aplicativo, que depois podem ser trocados por descontos. Na Shopee, é possível acumular moedas diárias e trocá-las por cupons, além de ganhar recompensas extras por deixar avaliações.

E o motivo de essa ser uma das gamificações mais populares é simples: ela funciona.

Segundo uma pesquisa da Ask Your Target Market, 48% dos consumidores gostam de acumular pontos ao comprar online, e 38% adoram ganhar pontos por outras atividades no site.

Ranking de usuários

O ranking de usuários é uma estratégia de gamificação que organiza os clientes em uma lista baseada nas interações ou conquistas dentro da sua loja.

Ele funciona como uma forma de estimular a competição saudável, mostrando quem são os clientes mais engajados, com maiores pontuações ou compras acumuladas.

É válido ressaltar que você pode implementar gamificação no seu negócio, mesmo que sua empresa não venda produtos físicos. Basta um pouco de criatividade.

Jogos interativos

Gamificação é um conceito amplo, mas aqui ela está relacionada a jogos de verdade.

Estamos falando de criar dinâmicas interativas que remetem diretamente a um jogo dentro do seu e-commerce, como quizzes, rodas da sorte, caça ao tesouro ou até desafios de tempo.

O objetivo é tornar a interação do cliente com sua loja divertida, engajante e, ao mesmo tempo, estratégica para os resultados do seu negócio.

Um exemplo claro é o que o AliExpress faz com o jogo Lucky Forest, no qual os clientes cuidam de uma árvore virtual, regando-a diariamente para acumular moedas que podem ser trocadas por cupons.

O segredo está na simplicidade e na recompensa.

O jogo deve ser fácil de entender, com regras claras, e oferecer benefícios que realmente despertem o interesse do cliente.

Mudanças de layout

Nem toda gamificação precisa oferecer recompensas ao comprador. Às vezes, pequenas mudanças no layout e na forma como o cliente interage com seu e-commerce podem ser suficientes para criar uma experiência mais envolvente.

Por exemplo, adicionar uma barra de progresso durante o checkout é uma mudança que permite ao cliente visualizar em que etapa do processo está e quanto falta para concluir a compra.

Outra ideia é usar efeitos visuais dinâmicos, como animações que destacam os produtos adicionados ao carrinho ou que guiam o cliente para a próxima etapa.

Além disso, você pode criar interações diretamente no site, como ícones animados ou até designs temáticos em datas especiais.

Como implementar a gamificação no e-commerce?

Agora você já conhece algumas das principais iniciativas de gamificação no e-commerce. Por isso, quero te deixar com algumas dicas de como implementá-las no seu negócio.

Veja:

1. Não imponha a gamificação aos clientes

Se você força o consumidor a seguir uma dinâmica ou participar de um jogo, corre o risco de gerar frustração.

A ideia aqui é criar experiências que sejam tão interessantes e vantajosas para que o cliente queira participar por vontade própria.

Por exemplo, se você inserir desafios ou jogos interativos no site, deixe claro que eles são opcionais e que não interferem na experiência de compra padrão.

Essa abordagem respeita o tempo e o interesse do consumidor, além de garantir uma experiência mais positiva.

2. Crie regras claras

Para que a gamificação funcione de verdade no seu e-commerce, você precisa criar regras claras.

Isso não é apenas uma questão de facilitar a experiência para o cliente – embora isso seja essencial -, mas também de proteger o seu negócio e evitar prejuízos.

Quando as regras são bem definidas, você tem controle sobre como as recompensas serão distribuídas e garante que o sistema não será explorado de forma indevida.

Por exemplo, se você trabalha com pontos acumulados por compras, precisa deixar claro quantos pontos cada ação gera, qual é o valor equivalente desses pontos e como eles podem ser usados.

Também é fundamental estabelecer limites, como datas de validade para as recompensas ou condições específicas para resgate.

3. Comunique-se de forma simples

Se o cliente não entende como participar ou o que vai ganhar, há chances de ele desistir antes mesmo de começar. Por isso, seu site precisa ter tudo explicado de forma simples e direta – como funciona, o que ele precisa fazer e, principalmente, o que ele ganha em troca.

Caso você ofereça pontos por compras, por exemplo, diga exatamente quantos pontos ele ganha para cada real gasto e como esses pontos podem ser usados.

Se o cliente precisa cumprir um desafio ou participar de uma promoção com prazo, deixe isso bem visível e fácil de entender. Não complique.

4. Estimule o espírito competitivo

Estimular o espírito competitivo no seu e-commerce é uma forma de engajar clientes, tanto pela competição com outros usuários quanto pelo desafio de superar a si mesmos.

Muitas pessoas se motivam ao acompanhar o próprio progresso, como acumular pontos, atingir novas metas ou desbloquear benefícios. Mostre essas conquistas de forma clara, como barras de progresso ou conquistas acumuladas.

Esse tipo de estímulo cria engajamento natural e saudável, deixando o cliente mais conectado à sua marca.

O segredo está em oferecer incentivos que façam sentido e tornem a experiência envolvente.

Fonte:”https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/gamificacao-nas-empresas-transformando-a-experiencia-de-compra-no-e-commerce”

A hiperpersonalização ainda não atingiu seu grau máximo

Com o avanço da tecnologia e da IA, varejo aposta em hiperpersonalização para aumentar fortalecer o relacionamento com os clientes.

Nos últimos anos, a hiperpersonalização tem se tornado um dos pilares fundamentais para o varejo. Com o avanço da tecnologia e a capacidade de análise de dados, empresas do setor passaram a investir fortemente na ciência de dados para aprimorar a experiência do consumidor e potencializar suas vendas.

Os avanços em Inteligência Artificial (IA) e na capacidade de processamento de dados permitiram uma revolução na maneira como os varejistas interagem com seus clientes. Antes, a abordagem de vendas era baseada em métodos tradicionais, com pouca personalização. Agora, com a coleta e análise inteligente dos dados, é possível identificar padrões de comportamento e oferecer experiências mais personalizadas.

Atualmente, com os avanços das ferramentas de CRM, o sistema pode identificar o comportamento no consumidor, por exemplo, em um shopping, conforme explica Raphael Carvalho, CEO da Spot Metrics. Quando um consumidor tem a necessidade de comprar um produto específico, a tecnologia pode reconhecer esse padrão e auxiliar na experiência de compra.

Interações personalizadas

A utilização estratégica dos dados também possibilita a personalização das interações entre vendedores e clientes. Quando um consumidor busca um produto específico e não o encontra no momento, a tecnologia pode avisá-lo assim que o item voltar ao estoque. Isso não apenas melhora a satisfação do cliente, mas também aumenta as taxas de conversão.

“O algoritmo com IA, inclusive, pode sugerir para o vendedor o próximo contato com o cliente. Esse contato não terá relação com venda, mas sim para saber sobre a experiência com o produto, se atendeu à expectativa. Esse tipo de gatilho é o que mais gera vendas”, explica.

Ainda de acordo com executivo, a hiperpersonalização tem um impacto direto nas vendas, ajudando os vendedores a criarem vínculos mais fortes com os consumidores. “Nosso sistema gera, em média, um aumento de 27% na receita das marcas que o utilizam. Isso mostra como a hiperpersonalização pode tornar a relação entre marcas e consumidores mais próxima e humanizada”, ressalta.

Essa personalização também se reflete na comunicação. O varejo precisa encontrar um equilíbrio entre abordagem eficiente e interação natural. Um atendimento muito insistente pode afastar clientes, enquanto uma abordagem mais sutil e personalizada pode aumentar a fidelização.

“Em um mundo onde o e-mail marketing tem um custo irrisório e o SMS é barato, o atendimento personalizado por um vendedor é um dos canais mais eficazes para fidelizar clientes”, pontua.

Os desafios da hiperpersonalização regional

O Brasil é um país de dimensões continentais, com diferenças culturais e comportamentais marcantes entre suas regiões. Isso representa um desafio para empresas que desejam implementar estratégias de hiperpersonalização.

No Brasil, esse tipo de estratégia costuma ser mais focada no eixo Rio-São Paulo, onde estão concentradas muitas empresas. Mas, o país é maior do que isso. Personalizar para um país tão plural, onde o público do Nordeste é diferente do público do Sudeste, é um grande desafio. Essa característica deve ser levada em conta na estratégia de personalização para que o consumidor não se sinta pressionado ou desconsiderado.

“Aprendemos com as interações. Em geral, o cliente do Sul é menos permissivo com mensagens do vendedor. Já no Norte e Nordeste, as pessoas são mais relacionais. Então, é necessário refletir características sociológicas dentro do software, e com a ajuda de Inteligência Artificial”, comenta.

Como transformar dados em insights acionáveis

O executivo ressalta que, para que a hiperpersonalização seja eficaz, é essencial que as empresas consigam transformar os dados coletados em ações concretas. Isso envolve a integração de diversos canais de coleta de informação e a utilização de Inteligência Artificial para gerar insights relevantes.

Um dos pontos citados é a rede de wi-fi do shopping. Apesar de o celular do consumidor não estar conectado, ela enxerga o aparelho. Assim, é identificada a jornada feita no local. Através disso, é possível saber o que o cliente gosta ou consumiu naquela visita. Assim, esse comportamento é entendido e colocado em um banco de dados.

Com a análise adequada desses dados, as marcas podem antecipar as necessidades dos consumidores e oferecer experiências mais personalizadas. Por exemplo, se um cliente comprou um presente para sua sogra em um determinado período, o sistema pode sugerir uma nova opção de presente meses depois, antes de uma nova data comemorativa.

“Os dados podem ser capturados de várias maneiras, seja por ERP, PDV ou site. Isso tudo nos dá muitas informações. Assim, posso saber, por exemplo, que essa cliente ficou interessada em uma camisa de seda, estampada. Ao unir dados estruturados da marca e dados desestruturados da loja ou do vendedor, como isso gera insight em venda? Ao comunicar uma nova coleção, já filtramos os produtos que fazem sentido para ela. Isso gera venda, pois conseguimos ativar gatilhos personalizados”, relata.

Governança de dados

Dentro da coleta e análise de dados, as empresas ainda precisam ter cuidado para que tudo ocorra de forma ética. O primeiro passo é ter um ambiente seguro. É importante ainda saber a origem da base, para evitar problemas. “É necessário ter uma camada de governança de acesso a dados”, pontua. “O varejista deve estar atento. Vazar um dado é um problema grande, que pode impactar toda a operação”, acrescenta.

E, em tempos de novidades constantes em um cenário em que a Inteligência Artificial muda constantemente, Raphael frisa que a hiperpersonalização ainda não atingiu seu grau máximo. Além disso, as empresas devem estar preparadas para um futuro cada vez mais digital.

“Nessa jornada de digitalização, as empresas têm ocupado camadas diferentes. O varejo deve se posicionar escolhendo o parceiro correto, e com uma governança de dados forte. Como está mudando, não existe uma plataforma estacionária. O varejista precisa se desenvolver como phygital – físico e digital“, finaliza.

Fonte:”https://consumidormoderno.com.br/hiperpersonalizacao-ia-consumo/?utm_campaign=news_42&utm_medium=email&utm_source=RD+Station”

IA, governo e mais: os planos de Mark Zuckerberg para a Meta em 2025

Clima tenso em primeira reunião geral vazada, traz perguntas polêmicas de colaboradores, planos ambiciosos para a Inteligência Artificial própria e novas políticas da companhia.

“Será um ano intenso, então apertem os cintos. Temos muito a fazer. Estou animado com isso”, disse Mark Zuckerberg aos funcionários da Meta, no término da primeira reunião geral do ano que já começou sem segredos – o encontro segue com o motivo para seu vazamento ainda como um mistério.

Mas, apesar do “ânimo” manifestado por Zuckerberg, o líder não escondeu seu descontentamento e prometeu demitir o responsável por tornar públicas as informações da agenda, segundo o portal nova-iorquino The Verge.

“Tentamos ser realmente abertos e então, tudo o que eu digo vaza. É uma droga”, esbravejou, mostrando aborrecimento com a falta de privacidade e o controle das narrativas da empresa.

Nova dinâmica

De qualquer forma, as tensões já tinham sido antecipadas pelo próprio RH, que avisou que, pela primeira vez, as regras da reunião seriam mudadas. “Pularemos perguntas que achamos que podem ser improdutivas”, comunicaram.

Nesse novo cenário, as perguntas mais votadas não foram classificadas e os comentários foram desabilitados durante a transmissão ao vivo. Mesmo sem a abertura para as questões “improdutivas”, o que não faltou foram pontos polêmicos levantados.

Alguns deles, relativos às novas políticas que assombram os corredores da companhia, como o retorno definitivo ao trabalho presencial – desmentido por Zuckerberg, que deverá manter a flexibilidade do modelo híbrido – e os planos iminentes de demissão por baixo desempenho.

Em relação a este último o executivo foi cirúrgico. “O melhor a fazer é arrancar o band-aid de uma vez”.

A Inteligência Artificial na “reunião secreta”

O executivo manteve o alinhamento com Donald Trump ao reforçar projetos ambiciosos com vistas para uma supremacia norte-americana em Inteligência Artificial.

“Agora temos uma oportunidade de ter uma parceria produtiva com o governo dos Estados Unidos e vamos aproveitar isso. Acho que é a coisa certa a fazer porque há várias áreas onde temos objetivos comuns que farão com que a gente possa servir melhor nossa comunidade, promovendo os interesses do nosso país juntos”, afirmou.

Óculos inteligentes

O líder da Meta manteve as projeções já mencionadas sobre Inteligência Artificial e os óculos inteligentes desenvolvidos em parceria com a Ray-Ban, revelando que as vendas ultrapassaram a marca de 1 milhão de unidades em 2024 – um dado inédito para a empresa.

“Nosso desafio é saber se conseguiremos dobrar esse número ou mesmo quintuplicá-las para 5 milhões ainda este ano”, disse e complementou. “Nós, essencialmente, criamos esta categoria e, embora os concorrentes ainda não tenham surgido de forma expressiva, sabemos que isso vai acontecer. Por isso, precisamos usar este momento para expandir rapidamente o alcance dos óculos Meta AI e aproveitar ao máximo esta oportunidade”.

Llama

Zuckerberg falou do Llama, sistema de IA da Meta que já conta com cerca de 700 milhões de usuários ativos por mês e busca se equiparar ao ChatGPT. O bilionário se mostrou confiante de que esse número deverá ultrapassar a marca de um bilhão ainda em 2025.

“Temos o compromisso de disponibilizar um produto de ponta, sem custos para o usuário, que possa competir de igual para igual com as melhores soluções de IA disponíveis no mercado”, disse.

O que chamou atenção mesmo foi a calma do líder demonstrada diante dos modelos de IA chineses. O CEO parecia mais preocupado em “ressuscitar” a relevância da plataforma que o lançou para o mundo – o Facebook.

Moderação e minorias

Entre as pautas consideradas polêmicas, as perguntas endereçadas ao CEO passaram pelas mudanças promovidas pelas nas políticas de moderação de conteúdo das plataformas da Meta e o fim dos programas de diversidade e inclusão na companhia – tendência já anunciada por outras companhias entre o fim do ano passado e o início de 2025.

A resposta para alguns questionamentos foi “vamos tentar abordar todos os principais tópicos, mas, onde estamos agora, há um monte de coisas que eu acho que são destruidoras de valor para eu falar, então, eu simplesmente não vou falar sobre elas”.

Mas, sobre o tema equidade, afirmou que “não pode fazer coisas que beneficiem grupos específicos”, mas que “provavelmente trará de volta” o treinamento sobre preconceito inconsciente para funcionários. Momento em que Janelle Gale, chefe de RH da Meta, interviu: “Temos tolerância zero para assédio ou discriminação de qualquer tipo”, disse, afirmando que “a empresa vai celebrar o Mês da História Negra e continuará recrutando um amplo grupo” de talentos.

Quanto às alterações relacionadas às moderações de conteúdo, que, segundo críticos, viabilizam comentários preconceituosos nas redes sociais, Zuckerberg justificou a decisão argumentando que as políticas anteriores da empresa limitavam excessivamente a liberdade de expressão em suas plataformas.

“Francamente, estávamos muito fora do mainstream. Quando dizemos que alguém pode dizer algo em nossos serviços, isso não significa necessariamente que concordamos com essa coisa. Significa apenas que queremos ser uma plataforma onde as pessoas podem discutir coisas”.

Fonte: “IA, governo e mais: os planos para a Meta em 2025

Casas Bahia moderniza marketplace com IA generativa e reduz tarefas manuais em 50%

Grupo Casas Bahia deu um importante passo na modernização de seu marketplace ao implementar o projeto “Enriquecimento de Catálogo”, com o uso da inteligência artificial generativa do Google Cloud. A iniciativa resolveu desafios operacionais significativos, como o cadastro diário de cerca de 300 mil novos produtos, garantindo consistência e qualidade nas informações apresentadas aos consumidores.

Antes da implementação, a plataforma enfrentava problemas de inconsistências nas descrições e classificações dos produtos, o que prejudicava a busca e a tomada de decisão de compra. Hoje, com a IA generativa, 95% dos produtos cadastrados são corretamente classificados em categorias apropriadas, e atributos detalhados, como dimensões, capacidades e resoluções, são preenchidos automaticamente. O sucesso desse processo já alcança 90%, melhorando a experiência do consumidor e otimizando modelos de busca e recomendação na plataforma.

Automação atinge metade dos cadastros

Um dos avanços mais notáveis é que 50% dos cadastros não dependem mais de revisões manuais para atender às exigências de órgãos reguladores. Antes, equipes precisavam corrigir manualmente casos críticos, mas a automação progressiva já reduziu essa necessidade, com expectativa de alcançar quase 100% de automação em breve.

“Todos os dias, buscamos criar soluções que ampliem nossa capacidade de oferecer uma dedicação total ao cliente. A parceria com o Google Cloud tem gerado resultados consistentes, impulsionada pelo uso de tecnologias de IA preditiva e generativa, que desempenham um papel fundamental em fortalecer essa missão”, afirma Filipe Jaske, Diretor Executivo de Tecnologia do Grupo Casas Bahia.

Impacto para colaboradores e parceiros

A automatização das tarefas repetitivas também trouxe benefícios significativos para os colaboradores. Com menos recursos humanos alocados na gestão do catálogo, as equipes passaram a focar em atividades estratégicas, fortalecendo a operação do marketplace.

Além disso, a tecnologia facilita o cadastro de novos produtos pelos parceiros, melhorando a competitividade no mercado. “Este projeto proporciona ganhos para toda a cadeia, desde parceiros até consumidores, ao facilitar processos e otimizar a experiência de compra”, ressalta Jaske.

IA transforma o varejo

A adoção da IA generativa foi estratégica, escolhida pela sua escalabilidade, integração com os sistemas existentes e desempenho confiável. “O projeto exemplifica como a inteligência artificial pode transformar os desafios operacionais de grandes varejistas, criando um ambiente mais eficiente e preparado para o futuro do marketplace“, explica Silvia Somazz, Head de Varejo no Google Cloud.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/casas-bahia-moderniza-marketplace-com-ia-generativa-e-reduz-tarefas-manuais-em-50”

TikTok pode gerar R$ 39 bi em mercadorias e ser concorrente do e-commerce

O TikTok poderá se tornar o mais novo concorrente do comércio eletrônico e gerar cerca de R$ 39 bi em volume de mercadorias no Brasil até 2028. A transformação da rede social em uma espécie de loja virtual têm o potencial de impactar o e-commerce global e chegar em solo brasileiro, segundo relatório do Santander publicado nesta semana.

O documento trata da nova ferramenta TikTok Shop, que já está presente nos Estados Unidos, Filipinas, Indonésia, Malásia, Reino Unido, Singapura, Tailândia e Vietnã, e pode chegar na América Latina neste mês.

O México será o primeiro país da região a receber o programa e o Brasil tem potencial de ser o próximo a poder realizar compras dentro do TikTok, segundo o Santander.

Se isso se confirmar, a projeção do banco é que essa plataforma capture de 5% a 9% de todo o e-commerce brasileiro dentro de três anos após o lançamento.

O Brasil é o terceiro maior mercado, com 111 milhões de usuários no TikTok, atrás apenas da Indonésia e dos EUA.

  • 1º Indonésia: 161,1 milhões de usuários;
  • 2º EUA: 137,9 milhões de usuários;
  • 3º Brasil: 111,3 milhões de usuários;
  • 4º México: 81,1 milhões de usuários;
  • 5º Vietnã: 69,2 milhões de usuários.

E os brasileiros passam, em média, nove horas online, das quais cerca de uma hora é destinada somente ao TikTok.

“Com as operações do TikTok nos EUA enfrentando uma possível proibição governamental, os mais de 160 milhões de usuários combinados do Brasil e México oferecem uma alternativa atraente ao Shop, em nossa opinião”, afirmou o Santander.

Os efeitos do TikTok Shop abrangem todos os setores, com destaque para os segmentos de beleza e moda. Além disso, o impacto se estende além do comércio eletrônico, se tornando um desafio para as tradicionais lojas físicas.

“Os varejistas convencionais enfrentam uma escolha urgente: aprender a navegar no ecossistema da TikTok ou ver seu reconhecimento de marca desaparecer para marcas mais competentes”, analisa o estudo.

Com isso, o relatório do Santander ainda traz um ranking das empresas que melhor podem se adaptar à nova ferramenta de vendas na plataforma.

Na liderança estão o Boticário, Burger King, Smart Fit e Natura, que já possuem estratégias que geram maior engajamento e menores custos de aquisição de clientes no TikTok.

Além disso, o banco diz que Natura, Renner, C&A, Mercado Livre e Magazine Luiza estão bem preparadas para capturar os potenciais ganhos do TikTok Shop.

Fonte: “https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/tiktok-pode-gerar-r-39-bi-em-mercadorias-e-ser-concorrente-do-e-commerce/”

Dropshipping é estratégia inovadora para aumentar as vendas B2B em 2025

Nos últimos anos, o comércio B2B (business to business) passou por transformações significativas. Impulsionado pela digitalização e pelo avanço das tecnologias de análise de dados, o setor está redefinindo suas práticas de vendas.

De acordo com o estudo Future of Sales, do Gartner, até 2025, 80% das interações de vendas B2B vão ocorrer em canais digitais. Enquanto isso, 60% das organizações migrarão para abordagens baseadas em dados.

Essas mudanças impactam as relações comerciais tradicionais e abrem espaço para alternativas inovadoras, como o dropshipping, no qual os fornecedores desempenham um papel fundamental no atendimento direto aos lojistas virtuais.

Em 2020, o mercado global de dropshipping movimentou impressionantes US$ 128,6 bilhões e, segundo a Statista, pode atingir US$ 476,1 bilhões em 2026.

Esses números destacam não apenas o potencial de crescimento da venda sem estoque, mas também a oportunidade que ela representa dentro do comércio B2B, em que eficiência, escalabilidade e inovação são fundamentais para o sucesso.

A digitalização das vendas B2B e o papel do dropshipping

No relatório, O futuro de consumo das redes sociais na América Latina, a Intersect Intelligence releva que 65,1% dos brasileiros compram mais online do que presencialmente, o maior índice do continente e muito acima da média regional de 40,5%.

O avanço das plataformas digitais também revolucionou a maneira como as empresas fazem negócios entre si. Tradicionalmente, as vendas B2B dependem de reuniões presenciais, negociações demoradas e relações interpessoais construídas ao longo do tempo.

Hoje, as empresas escolhem canais digitais, como marketplaces especializados e plataformas de e-commerce, que oferecem conveniência, agilidade e um alcance mais amplo.

O crescimento das interações digitais foi acelerado pela pandemia de Covid-19, que forçou as empresas a adotar modelos remotos de trabalho e vendas.

No contexto B2B, o dropshipping surge como uma solução estratégica, permitindo que fornecedores conectem seus estoques diretamente aos lojistas sem a necessidade de intermediários. Essa abordagem reduz custos, aumenta a eficiência e fortalece parcerias comerciais.

Além disso, o modelo gera conexão direta com lojistas, pois permite que fabricantes e distribuidores disponibilizem seus catálogos para um grande número de empresas, sem precisar lidar com negociações individuais para cada transação.

Consequentemente, o dropshipping favorece flexibilidade e expansão, uma vez que os fornecedores podem alcançar novos mercados com rapidez, adaptando suas ofertas à demanda e diversificando seu portfólio de clientes.

A transição para vendas baseadas em dados

Outra grande transformação no comércio B2B é a substituição do modelo tradicional, baseado em experiência e intuição, por estratégias fundamentadas em dados.

Empresas estão priorizando tecnologias como inteligência artificial e análise de big data para prever tendências, personalizar ofertas e otimizar o processo de vendas.

Afinal, relatórios detalhados sobre comportamento de compra, padrões de mercado e preferências dos clientes ajudam a tomar decisões mais assertivas.

Por isso, plataformas modernas reúnem processos de vendas, aplicativos e dados em uma única prática operacional, facilitando o trabalho das equipes e aumentando a eficiência.

Crescimento exponencial do mercado de dropshipping

O mercado de dropshipping quase quadruplicará entre 2020 e 2026, de acordo com a Statista. Essa tendência é impulsionada pela crescente digitalização das vendas B2B e pela busca de soluções ágeis e econômicas por parte das empresas.

Os principais tipos de produtos comercializados no dropshipping B2B no Brasil, segundo a Grand View Research, incluem:

– Brinquedos, passatempos e DIY (faça você mesmo);

– Móveis e eletrodomésticos;

– Alimentação e cuidados pessoais;

– Eletrônicos e mídia;

– Moda.

Para fornecedores, esses nichos representam uma oportunidade de diversificar suas operações e atender a demandas específicas, aproveitando o crescimento constante do e-commerce.

Plataformas que conectam fornecedores a lojistas

Com o avanço da tecnologia, plataformas especializadas no modelo de dropshipping se tornaram aliadas indispensáveis para fornecedores que desejam expandir seus negócios no mercado B2B.

Essas ferramentas simplificam o processo de conexão entre fornecedores e lojistas virtuais, eliminando a necessidade de negociações individuais e permitindo que produtos sejam disponibilizados diretamente em lojas online de forma prática e escalável.

Sendo assim, estamos falando em soluções que funcionam como uma ponte entre fornecedores e lojistas, permitindo que:

– Os fornecedores exibam seus catálogos de produtos para milhares de lojistas de maneira automatizada;

– Lojistas realizem pedidos com facilidade, sem a necessidade de estoque próprio;

– O processo logístico seja otimizado, com pedidos enviados diretamente para o consumidor final.

Além disso, essas plataformas oferecem relatórios e insights sobre os produtos mais buscados e as tendências de mercado, ajudando os fornecedores a ajustar suas estratégias para atender melhor à demanda.

Desafios e oportunidades para o B2B em 2025

Apesar dos avanços, a digitalização e a adoção de vendas baseadas em dados trazem desafios inovadores. A falta de acesso à tecnologia, a resistência à mudança e a necessidade de treinamento são barreiras comuns enfrentadas por muitas empresas.

Por outro lado, as oportunidades são promissoras. Modelos como o dropshipping permitem que fornecedores atendam a múltiplos lojistas ao mesmo tempo, enquanto soluções digitais, como plataformas especializadas em dropshipping, melhoram a gestão de pedidos e a análise de desempenho.

Nesse cenário, empresas que investem em tecnologia têm maiores chances de se destacar, criando experiências de compra personalizadas e aumentando sua competitividade no mercado global.

Afinal, o futuro do comércio B2B está cada vez mais ligado à tecnologia. Portanto, a digitalização dos processos e a integração de dados não são apenas tendências passageiras, mas pilares fundamentais para o sucesso das empresas nesse setor.

Alternativas como o dropshipping destacam-se como soluções estratégicas para fornecedores e lojistas, promovendo eficiência e inovação.

As empresas que conseguirem se adaptar a essa nova realidade estarão mais bem posicionadas para enfrentar os desafios do mercado em 2025 e aproveitar as oportunidades oferecidas pela transformação digital.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/dropshipping-e-estrategia-inovadora-para-aumentar-as-vendas-b2b-em-2025”

O paradoxo do emprego na logística: Cresce ou desaparece?

Postos de trabalho relacionados à entrega rápida devem crescer até 2030, mas gaps em qualificação e avanço da tecnologia criam um cenário contraditório em outras funções.

De forma geral, o mercado de trabalho está se transformando, impulsionado por questões que vão desde avanços tecnológicos a mudanças nas cadeias produtivas. Até 2030, o mercado global deverá criar 170 milhões de novos postos de trabalho, enquanto 92 milhões de funções atuais serão extintas.

É um saldo positivo de 78 milhões de empregos, de acordo com informações do “Futuro dos Empregos 2025”, relatório publicado pelo Fórum Econômico Mundial.

No caso da logística, as perspectivas são relativamente otimistas. De acordo com a pesquisa, motoristas de caminhonete ou de serviços de entrega estão na 2ª posição no ranking das profissões que mais devem crescer até 2030. A lista ainda traz os motoristas de carro, van e motocicleta na 7ª colocação e gerentes gerais e de operações fechando o Top 10.

Uma das justificativas para esse cenário é o crescimento do comércio eletrônico. Segundo uma publicação do E-commerce Brasil, o setor faturou R$ 204 bilhões em 2024 — uma alta de 10,5% em relação ao ano anterior. A projeção é de que esse faturamento ultrapasse os R$ 230 bilhões em 2025, conforme projeção da Associação Brasileira do Comércio Eletrônico (ABComm).

Outro cenário que favorece esse tipo de trabalho é a demanda por operações de last mile cada vez mais rápidas. O que se viu nos últimos anos foram as grandes empresas — desde as tradicionais, como Magalu, até as “cronicamente online”, como Mercado Livre e Amazon — investindo fortemente para diminuir o tempo de entrega.

O PARADOXO DA TECNOLOGIA

Enquanto existe uma tendência de alta em algumas profissões que compõe a cadeia logística, outras devem diminuir ao longo dos próximos anos. No relatório do Fórum Econômico Mundial, os assistentes de controle de materiais e estoquistas apareceram na 4ª colocação dos postos de trabalho que devem ser reduzidos até 2030.

Essa perspectiva pode estar diretamente ligada ao movimento de transformação digital nas operações internas ao redor do mundo. De acordo com a pesquisa “O Armazém do Futuro”, conduzida em uma parceria entre Infor e Seal Sistemas, a automação robótica foi apontada por 27% dos entrevistados como uma das tecnologias que devem impulsionar os armazéns do futuro.

O cenário também é justificado no relatório “Next stop, nex-gen”, da Accenture. Segundo o documento, empresas que adotam tecnologias como IA e Machine Learning conseguem aumentar a eficiência dos recursos de engenharia em 21%.

As contradições em relação à tecnologia aparecem até quando relacionadas às profissões que devem crescer. Apesar de haver um crescimento na procura por motoristas para transporte e entregas, também há um aumento na busca por especialistas em veículos autônomos. Esse paradoxo pode ser explicado pelo fato de os veículos autônomos ainda não serem implementados em larga escala, o que mantém em alta a demanda por motoristas humanos.

A ESCASSEZ DE TALENTOS

Mesmo com um cenário promissor para os profissionais de logística, a falta de qualificação ainda é um grande obstáculo. Segundo a pesquisa do ManpowerGroup, o Brasil aparece na 7ª posição global entre os países que mais sofrem com a escassez de talentos.

O setor de logística e transporte é o mais afetado, com 91% do segmento reportando dificuldade em encontrar mão de obra qualificada. Em relação às habilidades mais difíceis de encontrar no país, destacam-se TI e análise de dados (39%), engenharia e manufatura (28%), vendas e marketing (24%) e operações e logística (20%).

Aqui, outra contradição: de acordo com reportagem publicada pela MundoLogística em setembro de 2024, 18,9% dos alunos que se formaram em logística estão desempregados no Brasil.

Quando questionado sobre como pode existir, simultaneamente, oferta de vagas e profissionais desempregados, o professor Orlando Fontes Lima Jr., da Unicamp, declarou que essa é uma realidade de todas as áreas. “As empresas querem determinadas qualificações que não são compatíveis com as formações dadas aos profissionais.”

Inclusive, ao repercutir o relatório do Fórum Econômico Mundial, o Valor Econômico destacou a tendência de alta na procura por profissionais especialistas em transformação digital, IA e Machine Learning — tópicos que ainda não ganharam espaço cativo na educação formal em logística no Brasil.

Fonte: O paradoxo do emprego na logística: Cresce ou desaparece?

Correios investe em automação para aumentar 30% de eficiência na separação de encomendas

Empresa adquiriu 52 máquinas da linha One Ship Slim Sorter da Pitney Bowes que serão usadas nas operações de separação e classificação de mercadorias.

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos firmou parceria com a Pitney Bowes para acelerar sua modernização. A parceria inclui a aquisição de 52 máquinas de automação da linha One Ship Slim Sorter, que serão usadas nas operações de separação e classificação de mercadorias, também conhecidas como Middle Mile, em centros de distribuição para lojas físicas e outras instalações.

De acordo com Murilo Namura, Head Of Sales da Área de Equipamentos da Pitney Bowes, os Slim Sorters são sistemas que melhoram a eficiência e precisão na separação de itens de diversos clientes, garantindo maior rapidez e redução de erros humanos.

“Esse sistema utiliza tecnologia avançada para garantir que cada item seja direcionado ao seu destino correto de forma rápida e precisa durante o processo de separação e classificação, reduzindo significativamente o tempo de processamento e aumentando a capacidade de manuseio de volumes elevados com menor risco de erros humanos”, disse.

O projeto envolve a instalação das 52 máquinas em 22 locais diferentes no Brasil, ao longo de 2025. A meta dos Correios é automatizar 80% do manuseio de encomendas no Middle Mile até dezembro de 2026.

O Diretor de Operações dos Correios, Paulo Penha, afirmou que a aquisição dessas máquinas visa melhorar a eficiência da separação de encomendas em 30%, reduzir o tempo de processamento e melhorar a rastreabilidade e confiabilidade das entregas.

“É uma mudança significativa que vemos como estratégia para consolidar os Correios como líderes em logística e entrega, fortalecendo a nossa presença nacional e apoiando o crescimento do e-commerce brasileiro para melhor atendermos a população brasileira”, ressaltou.

Fonte: “Correios investe em automação para separação de encomendas

O fulfillment como motor do crescimento do e-commerce

Nos últimos anos, o e-commerce brasileiro apresentou um crescimento exponencial, transformando-se em um dos segmentos mais promissores do varejo. Esse avanço se deve a diversas inovações e estratégias que impulsionam a eficiência operacional e a experiência do consumidor, com destaque para o fulfillment. Esse serviço logístico é um dos pilares fundamentais para otimizar a cadeia de suprimentos e atender às demandas de um mercado cada vez mais dinâmico.

Neste artigo, exploramos como o fulfillment está diretamente relacionado ao sucesso e à expansão do e-commerce.

Por que o e-commerce cresce tanto no Brasil?

Estima-se que o mercado de e-commerce brasileiro ultrapassará os R$ 550 bilhões até 2027 (fonte: E-Commerce Brasil). Esse crescimento acelerado reflete uma mudança significativa nos padrões de consumo e é impulsionado por fatores como:

– Transformação digital: a popularização da internet e dos smartphones tornou as compras online mais acessíveis e convenientes.

– Avanço tecnológico: plataformas modernas e ferramentas especializadas facilitaram a entrada de novos empreendedores no mercado digital.

– Pandemia de Covid-19: o isolamento social foi um catalisador para que muitos consumidores experimentassem o e-commerce pela primeira vez.

– Demanda por agilidade: os consumidores estão cada vez mais exigentes, buscando entregas rápidas, opções personalizadas e atualizações em tempo real.

Com isso, as lojas virtuais foram forçadas a elevar o nível de suas operações logísticas, e é nesse contexto que o fulfillment ganha destaque como um diferencial competitivo.

O que é fulfillment e como funciona?

O fulfillment refere-se ao conjunto de operações logísticas que garantem a gestão eficiente de pedidos, desde o armazenamento até a entrega ao cliente final. É o processo que assegura que os produtos sejam entregues corretamente, no prazo e em perfeitas condições.

Seus principais passos incluem:

– Recebimento: checagem da quantidade e qualidade dos produtos no centro de distribuição.

– Armazenagem: organização estratégica dos itens no estoque para agilizar a separação.

– Processamento de pedidos: separação, embalagem e preparo dos produtos para envio.

– Expedição e transporte: entrega ao cliente final com rastreamento em tempo real.

O fulfillment pode ser gerenciado internamente pela empresa ou terceirizado a parceiros especializados. A segunda opção é particularmente vantajosa, pois permite acesso a tecnologias avançadas e expertise logística sem necessidade de grandes investimentos em infraestrutura.

O papel do fulfillment no crescimento do e-commerce

O fulfillment vai além de organizar estoques e garantir entregas: ele é estratégico para o crescimento sustentável do e-commerce. Aqui estão os principais benefícios que ele oferece:

1. Eficiência operacional

Com sistemas automatizados e processos bem definidos, como os oferecidos por plataformas de WMS (Warehouse Management System), é possível reduzir erros, atrasos e retrabalho.

2. Redução de custos

A terceirização do fulfillment elimina a necessidade de investimentos em infraestrutura própria e equipe especializada, além de possibilitar melhores condições de frete graças a parceiros logísticos experientes.

3. Escalabilidade e flexibilidade

Em períodos de alta demanda, como Black Friday, um sistema de fulfillment bem estruturado permite que o e-commerce lide com grandes volumes de pedidos sem comprometer a qualidade.

4. Satisfação do cliente

O fulfillment é crucial para proporcionar experiências positivas ao consumidor. Desde o prazo de entrega até a precisão do pedido, ele impacta diretamente a percepção do cliente em relação à loja.

O fulfillment é o futuro do e-commerce

Para se destacar em um mercado altamente competitivo, o e-commerce precisa de operações logísticas que combinem agilidade, precisão e economia. O fulfillment não apenas atende a essas demandas como também habilita as lojas virtuais a oferecerem experiências superiores, conquistando clientes e fidelizando-os ao longo do tempo.

Seja por meio da automação, da integração de tecnologias ou de parceiros especializados, o investimento no fulfillment é, sem dúvida, um passo estratégico para sustentar o crescimento e atender aos novos padrões de consumo. Afinal, em um mercado no qual a entrega é tão importante quanto o produto, o fulfillment é a chave para o sucesso.

Fonte: “O fulfillment como motor do crescimento do e-commerce – E-Commerce Brasil

TikTok Shop pode representar de 5% a 9% do e-commerce brasileiro até 2028

A plataforma conta atualmente com 111 milhões de usuários no País, sendo o terceiro maior mercado global.

Com um volume geral de vendas (GMV) estimado entre R$ 25 bilhões e R$ 39 bilhões, o TikTok Shop pode representar de 5% a 9% do e-commerce brasileiro até 2028, segundo um relatório divulgado pelo Santander. O estudo destaca que marcas e varejistas não podem se dar ao luxo de não dominar o TikTok. O relatório é assinado pelos analistas Ruben Couto, Eric Huang e Vitor Fuziharo.

No Brasil, de acordo com dados da Data.ai, Kepios e Meltwater, analisados pelo Santander, o TikTok conta atualmente com 111 milhões de usuários no país, sendo o terceiro maior mercado global, atrás da Indonésia (161 milhões) e dos Estados Unidos (138 milhões), onde a plataforma pode ser banida.

Um equívoco comum entre os varejistas é a percepção de que o TikTok é uma plataforma voltada apenas para o público jovem. Na realidade, 51% dos usuários têm entre 25 e 44 anos, enquanto 33% estão na faixa dos 18 aos 24 anos, o que demonstra que a ideia de que o aplicativo é dominado pela geração Z está desatualizada. Cada brasileiro passa, em média, uma hora por dia na plataforma — 33% a mais do que no Instagram — e o engajamento no TikTok é de três a quatro vezes maior do que na rede concorrente.

Além da grande audiência, a oportunidade para marcas e varejistas está no fato de que, no TikTok Shop, 71% das descobertas de produtos se convertem em compras.

Presença da plataforma no País

Com o possível banimento do aplicativo nos EUA — caso não seja vendido para uma empresa americana até 5 de abril deste ano —, o próximo país a receber a plataforma completa deve ser o Brasil. O Santander também identificou que 41% das vagas abertas pelo TikTok no Brasil estão relacionadas a atividades de comércio.

“Acreditamos que isso pode indicar um potencial lançamento iminente”, afirmaram os autores do documento. O Santander também analisou as métricas de engajamento e as estratégias de mídias sociais de 28 varejistas listadas em Bolsa para avaliar o quão preparadas elas estão para um possível lançamento do TikTok Shop no Brasil.

Segundo o banco, lideram o grupo as empresas “que já adotam estratégias nativas de plataforma, geram maior engajamento e apresentam menores custos de aquisição de clientes”. Por outro lado, os players tradicionais de lojas físicas ou aqueles com dedicação limitada à plataforma “enfrentam maior ameaça de perda de participação de mercado”.

Nesse cenário, embora tenham elevada exposição, foram classificadas como abaixo do ideal as empresas Azzas 2154 (OP), Guararapes (N), SBF (N) e Vulcabras (OP). Em relação a plataformas como Magalu e Mercado Livre, o Santander prevê a possibilidade de parcerias estratégicas, a exemplo do que ocorreu entre Amazon e TikTok Shop nos EUA.

Fonte: “TikTok Shop pode representar de 5% a 9% do e-commerce brasileiro até 2028 – Mercado&Consumo