A evolução do PDV para “pessoas de vendas” e personal shopper

Na evolução das estratégias no digital, temos visto surgir novas oportunidades a partir da assistência que o consumidor pode receber na compra à distância.

Nesse caso, o conceito de PDV (ponto de venda) ganha desdobramentos diferentes, porque entram em cena outros agentes, como as “pessoas de vendas” (protagonistas no segmento das vendas diretas) e o personal shopper virtual (solução de venda assistida).

No último caso, a diferença é que a loja conta com uma solução mais completa, que resulta em mais autonomia para o vendedor, ao mesmo tempo em que assegura uma experiência diferenciada para o cliente e garante o controle da loja em toda a gestão do processo.

Vamos abordar mais detalhadamente as vantagens obtidas na adoção desse tipo de recurso, mas, por ora, importante refletirmos sobre a relevância dessas soluções para elevar os resultados do varejo.

O principal nessa história de deixar de olhar para o PDV não é ter o melhor canal de vendas, e sim desenvolver o melhor relacionamento com o cliente.

Quando focamos nesse objetivo, fortalecendo a conexão com o público, fica em segundo plano a forma como executaremos a venda: na loja física, no site, via WhatsApp, redes sociais ou mesmo marketplace. Ou seja, passamos a focar na experiência do cliente, considerando toda a sua jornada de compra, e ampliamos as oportunidades.

Afinal, “pessoas de vendas”, responsáveis pelas vendas diretas, são hoje aliadas importantes para o crescimento de diversos setores, uma vez que atuam, na maioria das vezes, com produtos de terceiros (incluindo grandes indústrias, como as de cosméticos).

E trata-se de um ciclo virtuoso, uma vez que, à medida que essas operações ganham tração, os empreendedores evoluem para empresários, o que vai demandar o investimento num sistema de vendas mais robusto.

Personal shopper virtual: melhor experiência para o cliente, mais conversão para a loja

Antes de pensar na estrutura, contudo, é importante lembrar que para ter sucesso nessa estratégia é preciso investir no básico: conhecer profundamente as “dores” do cliente, entender o que é preciso fazer para engajá-los.

Nesse sentido, a proposta do personal shopper virtual é justamente apoiar o cliente na hora da compra, oferecendo-lhe um atendimento especializado.

O desenvolvimento desse tipo de solução parte, então, da premissa de que, cada vez mais, as empresas devem conseguir incorporar no digital iniciativas que são valorizadas na loja física.

Começando pela experiência do cliente, o importante é que ele consiga receber, quando precisa, informações que o ajudem a tomar sua decisão.

Por isso, a necessidade de ter uma solução que permita conectar diretamente o vendedor e o comprador, de forma que a “conversa” seja efetiva, assim como acontece pessoalmente.

Digital consultivo para reduzir a fricção

A conveniência do digital é imbatível, e a assistência do personal shopper eleva a experiência de compra.

Com um atendimento consultivo, aumentamos a conversão, reduzimos a dispersão e proporcionamos mais segurança ao cliente em toda a jornada de compra.

Para isso, é preciso primeiro entender a demanda e, a partir daí, fazer as recomendações de produtos aderentes para aquela pessoa e, se for o caso, prestar as devidas orientações.

Além de viabilizar esse canal de comunicação, a funcionalidade precisa garantir a segurança da operação. E isso acontece quando o vendedor tem condições de enviar para o cliente o link para o pagamento, para que a conclusão do processo ocorra num ambiente seguro.

E a vantagem não é apenas para o cliente. A adoção desse tipo de solução garante mais autonomia para o vendedor. Contudo, a loja fica com tudo devidamente registrado, até para fazer uma gestão mais eficiente da sua força de vendas.

Como já citado, na adoção desse tipo de estratégia, não precisamos focar no canal de vendas, e sim na experiência do cliente. Ou seja, deixamos de olhar para o ponto de venda e concentramos esforços no relacionamento com o cliente, como exigem os novos tempos.

Do boca a boca para o clique a clique

Quando refletimos sobre a evolução do e-commerce no Brasil, é importante olharmos também para o setor de vendas diretas, que ganha força no digital – daí a expressão de que o boca a boca se transforma em clique a clique.

A questão aqui é pensarmos que esses negócios podem alcançar outro patamar na medida em que as operações evoluem em termos de faturamento. E, como o digital já prevalece nesse tipo de operação, a consequência “natural” seria o investimento na adoção de um e-commerce próprio, com mais possibilidades.

Vale o registro de que esse segmento está em expansão: as vendas diretas no Brasil aumentaram 4,6%, para US$ 7,962 bilhões em 2023, o que nos coloca na sétima posição no ranking mundial, liderado pelos EUA, que anualmente chegam à cifra de US$ 36,6 bilhões.

Entre as categorias de produtos, a principal é a de cosméticos e cuidados pessoas (42,7% de participação), mas se destacam também roupas e acessórios (18%), saúde e nutrição (10%), produtos para casa e utensílios (8,8%).

Os dados da ABEVD – Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas – confirmam ainda a relevância conquistada pelo digital, uma vez que os canais utilizados se concentram no WhatsApp (79,9%) e nas mídias sociais (79,9%), hoje mais representativos do que as vendas realizadas pessoalmente (46,4%).

Essas informações são referentes à comercialização de produtos e serviços por meio do relacionamento dos empreendedores independentes com seus clientes.

Para entender melhor o perfil de quem está à frente dessas vendas: os jovens somam 49,5% dos empreendedores independentes, e as mulheres continuam mostrando sua força de trabalho nessa área, constituindo 60% da frente de vendas em 2023.

Quem está à frente dessas operações é um nanoempreendedor. Ele geralmente está iniciando um negócio ou exerce outra função e complementa a renda com o empreendedorismo, faturando até R$ 40.500,00 por ano, uma média de no máximo R$ 3.375 por mês.

Podem evoluir e se tornar empresários? Sim, na medida em que consigam garantir mais escala para suas operações. E, mesmo com números menores, podem agregar força ao faturamento das marcas.

E, sem dúvida, o ambiente digital favorece os negócios, uma vez que possibilita, por exemplo, a organização de grupos de revendedores.

E o interessante é percebemos como o varejo e a indústria podem se beneficiar desses novos modelos para consolidar sua expansão.

É isso que acontece quando a empresa emprega a sua força de vendas de forma mais efetiva, não restringindo seu trabalho à loja física.

Essas soluções, que se tornaram imprescindíveis no período do isolamento, hoje estão consolidadas.

Via WhatsApp, o vendedor aciona o cliente, mostra opções e, se o contato for bem-sucedido, fecha a venda, enviando link de pagamento. Nesse caso, então, o conceito de PDV perde relevância, porque o que será decisivo será a “pessoa de venda”, responsável não apenas pelo fechamento do negócio, mas por estreitar o relacionamento com o cliente.

A evolução do varejo no Brasil passa por entender melhor e investir mais nessas possibilidades, justamente pelo fato de elas responderem às demandas do consumidor.

Hoje ele é omnichannel e exige um tratamento mais personalizado, seja comprando de uma loja ou de um nanoempreendor.

Fonte: “A evolução do PDV para “pessoas de vendas” e personal shopper – E-Commerce Brasil

Sucesso de Ana Castela e Madonna aquece vendas de Moda e Beleza no Mercado Livre

Plataforma lançou ferramenta que permite que os usuários revisitem suas compras e descubram seu perfil de consumo.

Eventos culturais desempenham um forte papel no comportamento de compra dos brasileiros. Em 2024, o sucesso da cantora Ana Castela e o show de Madonna no Brasil geraram uma onda de buscas e compras relacionadas no Mercado Livre, que lançou a primeira edição do Meli Trends Brasil, publicação que mostra como os hábitos de consumo refletem os interesses dos usuários da plataforma.

A ascensão de Ana Castela, especialmente entre os jovens, motivou uma crescente demanda por produtos relacionados à sua imagem, como roupas, acessórios e cosméticos. Durante o ano, itens associados à artista tiveram quase dez buscas por minuto em todo o território nacional e puxaram as vendas da categoria Moda e Beleza.

O show da Madonna na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, estimulou a procura por produtos relacionados à artista, especialmente itens de moda e colecionáveis, incluindo camisetas, acessórios e outros artigos exclusivos.

Já a expectativa das estreias de filmes como Divertida Mente e 2 e Lilo & Stitch estimularam as buscas por brinquedos e itens personalizados.

“A forma como o brasileiro pesquisa e compra está em constante evolução, e é por isso que, no Mercado Livre, nos conectamos com o nosso público e inovamos continuamente para levar sempre a melhor experiência para o usuário”, destaca Roberta Donato, diretora sênior de Marketplace do Mercado Livre.

Outros destaques

Além dessas influências, o relatório destaca a forte procura por produtos nas categorias de Casa e Decoração, Tecnologia e Supermercados. O jogo de Lençol Queen, por exemplo, foi o item mais buscado no Mercado Livre durante o ano.

Outros produtos populares incluíram o Samsung Galaxy S23, o Apple iPhone 13 e a Creatina Monohidratada, mostrando como as tendências de bem-estar e tecnologia dominaram as compras.

Para tornar a experiência ainda mais personalizada, o Mercado Livre lançou a funcionalidade “Meu Unboxing”, que permite que os usuários revisitem suas compras e descubram seu perfil de consumo. A ferramenta ajuda a traçar um panorama mais claro sobre os gostos e preferências de cada cliente, destacando perfis como home lover, beauty e gamer.

A experiência mostra, por exemplo, a primeira compra realizada, o total de pedidos feitos ao longo do tempo, a distância percorrida pelos envios e até mesmo o tempo de entrega mais rápido já registrado.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/19/02/2025/noticias-varejo/sucesso-de-ana-castela-e-madonna-aquece-vendas-de-moda-e-beleza-no-mercado-livre/”

 

A nova regra do jogo: como a automação inteligente está reduzindo custos e aumentando lucros no e-commerce

Imagine uma equipe de marketing de e-commerce gastando horas preciosas consolidando relatórios de desempenho, ajustando campanhas manualmente e lidando com processos operacionais repetitivos.

Enquanto isso, um concorrente que investiu em automação inteligente está ajustando lances de mídia paga em tempo real, personalizando recomendações para cada cliente e reduzindo custos operacionais.

A diferença? A automação inteligente não é apenas uma conveniência; ela está se tornando a nova regra do jogo.

No cenário atual do e-commerce, a pressão por eficiência e ROI nunca foi tão alta. Gerentes e diretores precisam justificar investimentos, reduzir custos de aquisição de clientes e aumentar a conversão. E a verdade é que estratégias manuais simplesmente não acompanham a velocidade do mercado digital.

Como disse Jeff Bezos: “Se você dobra o número de experimentos que faz por ano, você dobra sua inventividade”. E a automação permite exatamente isso: testar, aprender e escalar rapidamente.

A pergunta é: sua operação está pronta para jogar esse novo jogo? Ou ainda está presa a processos manuais que limitam seu crescimento?

O problema: o custo oculto do trabalho manual

O mercado mudou. O consumidor mudou. E o jeito de vender online também precisa mudar. A automação inteligente deixou de ser um diferencial e se tornou uma necessidade para e-commerces que querem crescer sem aumentar custos.

Mas aqui está a questão: muitas empresas ainda operam no modo manual, gastando tempo e dinheiro em tarefas que poderiam ser automatizadas. O resultado? Processos ineficientes, desperdício de recursos e perda de vendas.

Muitos negócios online ainda operam como se estivessem na década passada. Processam pedidos manualmente, enviam e-mails um a um e perdem vendas por não nutrir leads corretamente. Isso custa tempo, gera erros e impacta diretamente o faturamento.

Além disso, a concorrência está mais feroz do que nunca. O consumidor digital espera rapidez, personalização e eficiência. Se sua loja não entrega isso, alguém mais entrega.

A boa notícia? A automação inteligente pode resolver esses problemas e transformar sua operação.

O que é automação inteligente?

Diferentemente da automação tradicional, que apenas executa tarefas repetitivas, a automação inteligente usa inteligência artificial e aprendizado de máquina para tomar decisões e otimizar processos.

Isso significa que seu e-commerce pode:

– Enviar e-mails personalizados com base no comportamento do cliente.

– Ajustar preços dinamicamente conforme a demanda e a concorrência.

– Reabastecer estoques automaticamente quando os níveis estiverem baixos.

– Segmentar clientes e sugerir produtos de forma precisa.

Tudo isso sem intervenção humana, permitindo que você foque no que realmente importa: crescer.

Redução de custos: como a automação corta desperdícios invisíveis

Muitos e-commerces acreditam que seus maiores custos estão nos produtos e na logística. Mas o verdadeiro vilão pode estar escondido em processos ineficientes, erros humanos e tempo desperdiçado.

Aqui estão três formas como a automação inteligente reduz custos:

1. Menos erros, menos prejuízo

Erros humanos em pedidos geram retrabalho, trocas e insatisfação do cliente. Softwares de automação garantem que dados como endereço, pagamento e disponibilidade de estoque sejam processados corretamente, reduzindo falhas e custos operacionais.

2. Atendimento ao cliente mais rápido e barato

Chatbots inteligentes e respostas automáticas resolvem dúvidas comuns sem precisar de um atendente humano. Isso reduz a necessidade de uma grande equipe de suporte e melhora a experiência do cliente.

3. Marketing automatizado: campanhas mais eficientes

Em vez de disparar e-mails e mensagens manualmente, a automação permite segmentação inteligente. Clientes recebem ofertas no momento certo, aumentando as taxas de conversão sem esforço extra.

Automação para aumentar o lucro: mais vendas com menos esforço

A automação inteligente não apenas reduz custos, mas também impulsiona as vendas.

1. Recuperação de carrinhos abandonados

Estudos mostram que cerca de 70% dos carrinhos de compra são abandonados antes da finalização da compra. Com a automação, é possível enviar e-mails ou mensagens personalizadas incentivando o cliente a concluir a compra, recuperando parte dessa receita perdida.

2. Personalização na comunicação

Clientes querem sentir que são únicos. Com inteligência artificial, sua loja pode recomendar produtos com base no comportamento de navegação e compras anteriores, aumentando as chances de conversão.

3. Gestão de estoque eficiente

Nada é pior do que perder uma venda porque o produto esgotou sem aviso. A automação inteligente monitora os estoques em tempo real, evitando excessos ou faltas e garantindo que seu e-commerce esteja sempre preparado para vender.

Casos reais: quem já está ganhando com isso?

Reserva IN

A marca brasileira de moda masculina Reserva implementou um sistema automatizado de e-mails e CRM, aumentando a taxa de conversão e reduzindo o tempo de resposta no atendimento ao cliente.

Wine

A loja online de vinhos Wine.com.br usa automação para recomendar rótulos com base no histórico do consumidor, aumentando a taxa de recompra.

Se grandes players do mercado já estão lucrando com automação, por que seu e-commerce ficaria de fora?

Amazon: logística totalmente automatizada

O segredo da Amazon não é apenas o preço, mas a eficiência. Com robôs em centros de distribuição e algoritmos que preveem compras futuras, a empresa entrega rapidamente e reduz custos operacionais drasticamente.

Passo a passo: como começar a automatizar seu e-commerce

Se você quer aproveitar os benefícios da automação, siga este plano:

1. Identifique tarefas repetitivas – quais atividades tomam tempo da sua equipe? Atendimento, estoque, marketing? Liste os processos que podem ser automatizados.

2. Escolha as ferramentas certas – plataformas como Dinamize, RD Station, HubSpot e Octadesk e várias outras ajudam na automação de marketing e atendimento.

3. Implemente aos poucos – comece pelos processos mais críticos e vá expandindo gradualmente.

4. Monitore os resultados – acompanhe métricas como tempo de resposta, taxa de conversão e redução de custos para medir o impacto da automação.

Minha dica final

A automação inteligente não é um luxo, é uma necessidade para quem quer crescer no e-commerce sem aumentar custos desnecessários.

Se você ainda depende de processos manuais, está deixando dinheiro na mesa. Comece pequeno, implemente aos poucos, mas não ignore essa tendência.

A nova regra do jogo já está em vigor. A pergunta é: seu e-commerce está pronto para jogar?

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/a-nova-regra-do-jogo-como-a-automacao-inteligente-esta-reduzindo-custos-e-aumentando-lucros-no-e-commerce”

 

Mercado Livre traça perfil do consumidor em 2024

Em 2024, o consumidor do Mercado Livre procurou mais por três categorias: Casa & Decoração, Moda & Beleza e Eletrônicos. Estes são alguns dos dados compartilhados pela companhia na primeira edição do Meli Trends Brasil. O estudo trouxe os principais hábitos de consumo dos usuários da plataforma no país.

O tênis foi o produto mais vendido em Moda, com aumento de 40% em relação a 2023. Se enfileirados, os itens que saíram do Centro de Distribuição do Mercado Livre em 2024 poderiam dar 947 voltas na Avenida Paulista

Os perfumes foram os mais vendidos em Beleza, com aumento de 61% sobre 2023. Os itens transacionados empilhados equivaleriam a 505 vezes a altura dos obeliscos do Ibirapuera.

Também foram tendência, os produtos fitness, com média de 30 buscas por segundo pelo termo no Brasil e que teve a Creatina entre um dos cinco itens mais procurados no ano.

A publicação revela ainda a consolidação das categorias Moda, Beleza e Supermercados, que tiveram forte crescimento ao longo do ano, impulsionadas pelo aumento da recorrência de compra.

Entre os produtos mais buscados, estão:

1. Jogo de Lençol Queen
2. Samsung Galaxy S23
3. Kit camisetas básicas masculinas
4. Apple iPhone 13
5. Creatina Monohidratada

Os campeões em vendas na categoria Supermercados foram:

1. Azeite De Oliva Terras De Camões
2. Sabão Em Pó OMO
3. Cerveja Heineken Long Neck

Impacto cultural

Entre os fatos culturais que mais influenciaram o consumo estão o sucesso da cantora Ana Castela, cujos produtos associados tiveram quase dez buscas por minuto no Brasil durante o ano; e o show histórico da rainha do pop Madonna na Praia de Copacabana. Já a expectativa das estreias de filmes como Divertida Mente e 2 e Lilo & Stitch estimularam as buscas por brinquedos e itens personalizados.

De acordo com Roberta Donato, diretora sênior de Marketplace no Mercado Livre, a forma como o brasileiro pesquisa e compra está em constante evolução. Por conta disso, a executivo explica que a conexão com público é uma parte importante público para elevar a experiência do usuário.

“Segundo pesquisa da Kantar, 86% dos brasileiros utilizam a nossa plataforma diretamente para comprar e para buscar ofertas. Isso significa que os interesses de compra que revelamos nesta publicação refletem os hábitos e tendências culturais do país”, afirma.

Regional

A publicação revela ainda qual foi o item mais vendido em cada estado brasileiro. O jogo de lençol queen manteve-se na ponta em mais de um terço dos 27 estados. Os suplementos alimentares foram outro destaque, com itens liderando o ranking de vendas em nove. Já a cerveja liderou em quatro unidades federativas.

Fonte: “Mercado Livre traça perfil do consumidor em 2024 – E-Commerce Brasil

As apostas das empresas para melhorar a jornada do cliente

Hiperconveniência, hiperpersonalização, experiências imersivas, sustentabilidade, economia circular e economia do bem-estar são algumas das tendências para criar conexão com o consumidor.

Reter clientes nunca foi uma tarefa fácil, mas as novas tecnologias, se bem utilizadas, podem ser um caminho para melhorar a experiência do consumidor. Nesse contexto, a revolução da inteligência artificial tem tudo para transformar o varejo, implicando em mudanças nas estratégias das marcas e na forma como elas se relacionam com seu público.

Alessandro Milagres, Chief Metaverse Officer da Cidade Matarazzo, explica como a IA e o uso estratégico de dados estão moldando este cenário. “É preciso entender o papel do metaverso nas experiências do cliente. Se você não sabe o que é IA e dados, você tende a levar a sua empresa a não existir mais nos próximos cinco anos. Sabe por quê? Porque o seu concorrente já está fazendo isso ou pelo menos estudando formas de como fazer.”

Para ele, o metaverso não é uma realidade distante, mas uma extensão da forma como as pessoas interagem com os espaços e produtos no dia a dia. “O metaverso está presente em todas as interações digitais que fazemos hoje, e as empresas que souberem integrar essas duas realidades – a física e a digital – de forma eficaz serão as vencedoras no futuro do varejo.”

No entanto, as novas tecnologias, por si só, não são suficientes para manter uma marca viva.

Cecília Rapassi, sócia diretora da Gouvêa Fashion Business, traz uma abordagem analítica sobre como as emoções dos consumidores influenciam suas decisões de compra e como o varejo precisa se adaptar à crescente demanda por novas práticas na chamada nova jornada dos clientes.

Hiperconveniência, hiperpersonalização, experiências imersivas, economia circular e economia do bem-estar são algumas das tendências para criar essa conexão com o consumidor.

HIPERCONVENIÊNCIA

São diversos os fatores que fazem com que a hiperconveniência do varejo esteja em alta. O principal deles é a falta de tempo. Esse conceito cresceu muito por conta da pandemia.

O consumidor não quer mais um e-commerce cheio de produtos aleatórios que não são de seu interesse. Ele quer que o lojista o conheça, saiba dos seus gostos e histórico de compras e entenda suas necessidades para oferecer produtos ou serviços que ele esteja realmente desejando.

“É como se fosse um corredor cheio de itens aleatórios e ele demorasse a encontrar o que precisa. Se você diz para seu cliente onde está o produto que ele quer, ele não desperdiça tempo. É o que chamamos de hiperconveniência”, conta Cecília.

Segundo a diretora, o Amazon Go – um supermercado inteligente que não tem caixas e funciona sem intervenção humana tanto na loja física quanto no site – é um exemplo. Essa tecnologia chegou ao Brasil, em 2022, pelo Grupo Muffato, com a loja sem funcionários Mgo, em Curitiba, no Paraná.

A tecnologia utilizada é chamada de “Just Walk Out” (Apenas saia). No Amazon Go, o cliente entra usando o aplicativo, escolhe os produtos e sai da loja. O sistema identifica quando o cliente retira um produto da prateleira, adiciona o produto ao carrinho virtual, identifica quando o cliente devolve um produto à prateleira e fatura o valor da compra e envia o recibo para o smartphone via cartão de crédito.

HIPERPERSONALIZAÇÃO

As empresas têm investido para conseguir oferecer serviços mais precisos e eficazes de forma a hiperpersonalizá-los. Isso se inicia com o uso de ferramentas digitais capazes de identificar perfis e, a partir daí, exibir conteúdos mais relevantes para cada um dos clientes. Por exemplo, mostrar ofertas de passagens aéreas apenas para os locais que interessam a um consumidor de uma agência de viagens.

Milagres, da Matarazzo, destaca a importância de entender profundamente o cliente e como isso está intimamente ligado à personalização da experiência. Em um ambiente tão competitivo, não basta oferecer produtos e serviços de qualidade. É essencial criar uma conexão emocional com o consumidor, fazendo com que ele se sinta parte da marca por meio de um produto ou serviço.

“Não importa se a sua empresa é a melhor do mundo, a mais legal. Se o empresário não der a experiência para o cliente, por meio de um profundo conhecimento do seu perfil, de nada importa.”

Este conceito, segundo Milagres, é fundamental para que os clientes estejam dispostos a compartilhar seus dados e, assim, se tornarem leais à marca.

“Temos 40 mil clientes na nossa base de dados. Conseguimos rastrear seus hábitos por meio de dados que eles nos fornecem de forma autorizada. Sei o caminho que ele fez no dia em que foi até a Cidade Matarazzo. No caminho, posso personalizar as ofertas para ele e, certamente, ele ficará feliz em não receber mensagens quando não tiver um interesse específico”, conta.

A Cidade Matarazzo tem autorização de boa parte de seus clientes para fazer rastreamento via aplicativo e realiza mapeamento da sua jornada digital com análise das redes sociais. Também faz pesquisas por meio de entrevista com o próprio cliente, cria comunidades criativas e utiliza dispositivos IoT (smartwatches, óculos inteligentes, rastreadores de saúde etc.), que conectam objetos sem fio para coletar, detectar e transferir dados.

Outro ponto importante nesta nova jornada abordado por Milagres foi a transformação do conceito de “Omnichannel” para “Unichannel”, em que o cliente se conecta com a marca por um único canal, mas de forma integrada e personalizada, seja no ambiente digital ou físico. Ele reforça que a experiência do cliente deve ser única e fluida, sem a frustração de ter que repetir informações em múltiplos pontos de contato.

Cecília, da Gouvêa, cita alguns cases para mostrar como a hiperpersonalização tem funcionado na prática. A loja de tênis nova-iorquina Foot Locker tem uma tecnologia que escaneia o pé do cliente, entende como ele pisa no chão ou se tem joanete. A partir desses dados, indica qual calçado disponível na loja é mais indicado para aquele pé.

Já a loja de brinquedos FAO Scharwz possui uma linha de diversos produtos que o cliente pode personalizar, entre opções de carrinhos, jogos, bonecas e outros itens.

No Brasil, a Criamigos, criada em 2016, permite algo parecido, onde a criança dá vida a uma pelúcia, customizando roupas, acessórios, calçados e, inclusive, cria uma mensagem de voz exclusiva do bichinho. Cada produto é único.

EXPERIÊNCIAS IMERSIVAS

Outra estratégia importante para atrair o novo consumidor são as experiências imersivas, que visam envolver o cliente em uma narrativa ou ambiente por meio da tecnologia e dos sentidos. O objetivo é que o cliente se sinta parte da experiência, e não apenas um espectador.

Esse tipo de abordagem tem conquistado cada vez mais as marcas na busca por melhorar a jornada do consumidor. Trata-se de uma combinação entre o uso avançado da tecnologia e o apelo aos nossos cinco sentidos humanos para que o cliente tenha a sensação de estar imerso em um mundo criado especialmente para ele.

Em dezembro do ano passado, a Hering convidou o chef confeiteiro francês Cédric Grolet para uma ação de Natal. Ele preparou panetones especiais e participou de uma master class na pop-up store da Hering em São Paulo.

O Walmart é outro exemplo. Eles criaram o Walmart Land dentro do jogo Roblox e seus 52 milhões de usuários, de olho em uma parcela de consumidores mais jovens e dispostos a estar presentes e gerando experiências dentro da gamificação.

No Roblox, o Walmart tem suas ilhas, nas quais o jogador consegue viver uma experiência imersiva. Essa é a capacidade de ir mais fundo, conhecer produtos e tirar esse consumidor daquele contexto padrão.

A joalheria Tiffany desenvolveu um NFT (Token não fungível) que podia ser trocado por um pingente real, avaliado em cerca de R$ 47 mil. Um NFT é a representação de um item exclusivo, que pode ser digital – como uma arte gráfica feita no computador – ou física. Isso mostra como até o mercado de luxo precisa se conectar com esse novo comportamento, com o consumidor mais jovem, e precisa reter atenção.

SUSTENTABILIDADE E ECONOMIA CIRCULAR

A questão ambiental também tem sido olhada com cuidado pelas marcas que focam em adotar práticas mais sustentáveis e melhorar a jornada do cliente.

A crescente preocupação com o meio ambiente exige que o varejo se reestruture, principalmente no setor de moda, que tem um papel significativo na poluição global.

Cecília enfatiza que as empresas precisam agir agora para minimizar os efeitos ambientais, independentemente das políticas governamentais.

Um estudo feito no fim de 2024 pela Koin, fintech especializada em “Buy Now, Pay Later” (BNPL), uma modalidade alternativa de pagamentos parcelados, mostra que 87,5% dos consumidores brasileiros preferem comprar roupas de marcas que adotam práticas sustentáveis.

O trabalho mostrou que os principais fatores que influenciam na escolha dos consumidores por uma marca de moda sustentável incluem o tecido (31,1%), a origem dos materiais (18,6%), a forma de produção (12,4%), o apoio a causas sociais e ambientais (11,2%) e práticas de reciclagem e logística reversa (4,3%).

Segundo a pesquisa, 89,1% dos entrevistados disseram doar peças que não usam mais. A prática contribui para a economia circular, promovendo a reutilização e o prolongamento da vida útil dos produtos.

“O Walmart criou recentemente uma polêmica ao ter que tirar de circulação uma bolsa que era muito parecida com uma Birkin, da Hermès. Dias depois, a rede fechou uma parceria nos EUA com a Rebag, uma plataforma de varejo sediada em Nova York desde 2014, especializada na compra, negociação e venda de bolsas de luxo usadas”, conta Cecília.

ECONOMIA DO BEM-ESTAR

A diretora da Gouvêa aponta que hoje a geração mais nova de consumidores está praticando mais esporte e bebendo menos. “O mercado precisa se adaptar a essa realidade.”

Um bom exemplo disso, segundo Cecília, é a ascensão do Strava, um aplicativo que conecta milhões de corredores, ciclistas, exploradores e outras pessoas ativas por meio dos esportes. “O Strava é o novo Tinder. Com isso, as marcas que investem em conforto e oferecem melhor o bem-estar, por exemplo, estão à frente porque enxergam para onde seus clientes estão caminhando.”

Ela também cita a Lululemon, marca canadense de peças esportivas. Os produtos são projetados para atletas. Até aí, nada de diferente de outras marcas. Mas, a diferença é que as peças atendem às necessidades físicas e emocionais dos consumidores, além de promoverem o máximo potencial de desempenho.

Percebendo a falta de roupas apropriadas para a prática de yoga no fim dos anos 1990, o idealizador da Lululemon começou a produzir peças e as entregava para professores de yoga testarem. Em troca, queria deles um feedback sincero sobre como elas poderiam gerar mais conforto. Esses insights se transformaram em uma linha de vestuário completamente alinhada aos desejos dos consumidores.

Hoje, a Lululemon é sinônimo de Esportivo Urbano, a tendência que coloca peças de treino até no escritório e é uma marca global que conversa com consumidores de todas as faixas etárias com um mix de produtos que vai da moda atual ao básico com muita tecnologia.

CLIENTE NO CENTRO

Todas essas tendências levam, segundo os especialistas, a um único objetivo: o cliente no centro do negócio para gerar um relacionamento de longo prazo.

Alexandre Sá, CEO da NK Store, enfatiza a importância de entender profundamente o comportamento do consumidor.

A chave para o sucesso está em colocar o cliente no centro da operação e isso pode ser feito com ações que melhoram essa jornada. Na NK Store, diversas ações fazem parte da estratégia, como o acompanhamento das preferências de compra; envio de presentes exclusivos; criação de eventos, como a exibição antecipada das coleções para clientes especiais; convites para jantares, eventos e desfiles internacionais; e até abrir a loja para uma única pessoa antes ou depois do horário de funcionamento, se for preciso.

Sá revela que 35% da receita da marca é gerada por 3,8% da base de clientes registrados. “Queremos fazer com que o cliente potencialize sua relação com a NK por meio dessas ações. Cerca de 55% das nossas vendas são influenciadas por ações de CRM (Gestão de Relacionamento com o Cliente). Não há como deixar isso em segundo plano”, revela.

Fonte:”As apostas das empresas para melhorar a jornada do cliente – ACICAMPINAS

Domine o mercado em 2025: estratégias dos grandes players para seu e-commerce

O setor de e-commerce no Brasil vem experimentando um crescimento exponencial nos últimos anos, consolidando-se como um dos segmentos mais dinâmicos da economia. Grandes empresas como Mercado Livre, Amazon e Shopee lideram a transformação digital, criando oportunidades únicas para empreendedores em nichos como ferramentas e construção.

De acordo com a Ebit | Nielsen, o e-commerce brasileiro alcançou um faturamento de R$ 270 bilhões em 2024, representando um crescimento de 23% em relação ao ano anterior. O segmento de ferramentas e construção, em particular, destacou-se com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 15%, impulsionado pela digitalização do setor e pela expansão do mercado de reformas residenciais.

Dados de mercado: um setor em grande ascensão

O mercado de ferramentas e construção não apenas acompanha o crescimento do e-commerce, mas o supera em vários aspectos. Uma pesquisa recente da Statista projeta que o setor global de ferramentas alcance um valor de mercado de US$ 40 bilhões até 2028, enquanto a construção no Brasil cresce em ritmo acelerado, com previsão de aumento de 3,8% ao ano até 2026, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Essa combinação de crescimento local e global torna o setor altamente atrativo para empreendedores digitais e para as indústrias.

1. Aumento de vendas: personalização, adaptação e conveniência

Catálogo bem estruturado: um estudo do Baymard Institute mostrou que 42% dos consumidores abandonam o carrinho devido à falta de informações detalhadas sobre os produtos. Para evitar isso, invista em descrições completas, imagens de alta qualidade e vídeos demonstrativos.

Atendimento rápido e automatizado: ferramentas “facilitadoras” como chatbots e integrações com WhatsApp aumentam a satisfação do cliente em até 70%. A pesquisa da HubSpot revela que empresas que oferecem suporte imediato têm 93% mais chances de fidelizar clientes.

Parcerias com marketplaces: no Brasil, marketplaces representam mais de 78% das vendas online, segundo a Ebit | Nielsen. Aproveite as oportunidades em plataformas como Mercado Livre e Amazon para ampliar sua visibilidade e atingir novos clientes.

Programa de fidelidade: implante programas de cashback ou descontos para clientes recorrentes. Uma análise da Bond Brand Loyalty indicou que clientes fidelizados geram 25% mais receita por transação. Isso significa maior taxa de conversão para seu e-commerce.

2. Aumento de faturamento: sortimento de produtos e upselling

Venda cruzada (cross-selling): combine itens complementares para aumentar o ticket médio. Por exemplo, 35% das vendas da Amazon são atribuídas à recomendação de produtos relacionados.

Produtos exclusivos e personalizados: itens diferenciados têm margens de lucro mais altas e ajudam a atrair nichos específicos. O segmento de DIY (faça você mesmo) cresce 12% ao ano, de acordo com o IBGE.

Produtos de assinatura: modelos de assinatura aumentam o LTV (Lifetime Value) do cliente. Uma pesquisa da McKinsey mostra que empresas com serviços de assinatura têm um crescimento médio de 30% ao ano.

3. Aumento da operação: escalabilidade e logística eficiente

Centros de distribuição estratégicos: localizar estoques próximos aos principais mercados consumidores pode reduzir os custos logísticos em até 20% e diminuir o prazo de entrega, melhorando a experiência do cliente. Isso seria otimizar sua operação.

Automatização: o uso de sistemas ERP e soluções de gestão integrada pode aumentar a eficiência operacional em 40%, segundo um estudo da Deloitte.

Parcerias logísticas: empresas que utilizam serviços de operadores como Correios e transportadoras privadas têm taxas de satisfação do cliente 30% maiores, de acordo com a Gartner.

4. Tributação: como navegar o cenário brasileiro

Planejamento tributário: empresas no Simples Nacional podem economizar até 12% em tributos. Um contador especializado pode ajudar a identificar créditos fiscais relevantes.

Estruturação empresarial: estados como Espírito Santo, Minas Gerais e Santa Catarina oferecem regimes fiscais mais atrativos para e-commerces. Considere a abertura de filiais nessas regiões.

Operar como MEI: o MEI é uma excelente opção para quem está começando, oferecendo tributação simplificada e benefícios fiscais até o limite de R$ 81 mil anuais.

5. Uso de ADS: como alavancar suas campanhas

Segmentação avançada: plataformas como Google Ads e Facebook Ads permitem segmentar públicos com alta precisão. Anúncios direcionados podem aumentar as conversões em até 50%, segundo o WordStream.

Remarketing: campanhas de remarketing são responsáveis por 26% de todas as vendas online, de acordo com a AdRoll. Utilize essa estratégia para recuperar carrinhos abandonados e fidelizar clientes.

Análise de ROI: ferramentas como Google Analytics ajudam a monitorar o desempenho das campanhas e otimizá-las em tempo real, aumentando o retorno sobre investimento em até 35%.

Em 2025, o setor de e-commerce em ferramentas e construção não é apenas promissor, mas uma das áreas de maior crescimento e rentabilidade. Dados robustos indicam que este é o momento ideal para investir em estratégias de expansão. Com foco na experiência do cliente, parcerias com marketplaces e uso de ADS, é possível transformar seu e-commerce em uma referência no mercado. Aproveite as oportunidades, planeje-se estrategicamente e colha os frutos de um setor em franca expansão.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/domine-o-mercado-em-2025-estrategias-dos-grandes-players-para-seu-e-commerce”

 

Consumo nas periferias: estudo mostra tendências para 2025

O olhar ao consumidor das periferias brasileiras é cada vez mais atento. Seja com ações de gigantes do e-commerce ou somente observando o crescimento do comércio local, o espaço destinado a este grupo só cresce. A partir disso, é importante também entender as tendências que cerca um ecossistema com mais de 17 milhões de habitantes no país.

Foi o que fez o Nós – Novo Outdoor Social com o Tracking das Favelas, relatório que esquematiza as principais tendências de consumo nas favelas brasileiras para 2025. Ao todo, 10 categorias foram levadas em consideração.

Ao todo, 800 pessoas que moram em periferias no Brasil participaram do levantamento. As informações foram coletadas por meio de um aplicativo que já divide seus usuários por classe social, gênero, idade e localidade. O nível de confiança é de 95%, segundo a empresa.

Abaixo, os destaques do Tracking das Favelas:

Tendências de consumo nas favelas em 2025

E-commerce

As marcas mais conhecidas no cenário nacional, com altos índices de conhecimento e compra, devem dominar. A previsão é que os destaques sejam Shopee e Mercado Livre. Há um aumento na lacuna de preferência entre as líderes e a Shopee se beneficia com este movimento, reverberando na intenção de compra.

Mulheres indicam níveis superiores de conhecimentos das marcas e são as principais responsáveis pelo crescimento das principais plataformas de compra digital nas favelas, com destaque para Shopee.

Alimentos

Grandes marcas dominam a lembrança dos consumidores, mas variedade de concorrentes indica um mercado dinâmico, com espaço para diferentes perfis de empresas atenderem necessidades de um público diversificado.

Reflexo da concorrência acirrada é que as taxas de intenção de compra estão se reduzindo ao longo do tempo, consequência das declarações femininas, que têm exercido papel fundamental na decisão de compra nas famílias.

Entretenimento online

Netflix mantém força em acessos e intenção de uso, mas Globoplay mostra sinais de crescimento regional, com produções locais e conteúdos sob demanda.

Tendências indicam investimento em conteúdo local, estratégias de monetização (TikTok e Kwai têm atraído criadores com foco em ganhos), foco no público jovem (priorização de conteúdos dinâmicos e interativos), integração digital (Instagram e YouTube investem em ecossistemas completos) e personalização (reforço em algoritmos e recomendações regionais).

Bancos e serviços financeiros

Manter altos níveis de serviço e personalização da experiência do cliente é essencial para sustentar a intenção de compra e fidelidade, especialmente em um mercado competitivo e com consumidores exigentes. Nubank, Bradesco e Caixa Econômica lideram consistentemente, refletindo maior penetração e preferência em regiões mais populares quando se fala em “compras”.

Higiene e beleza

Grandes marcas se destacam na lembrança dos consumidores. Embora menções estejam mais concentradas em Dove, Natura e O Boticário, o público traz a amplitude e diversidade de players da categoria.

No contexto de marcas da favela, O Boticário e Natura se destacam como líderes em conhecimento e compra, mas O Boticário mantém uma vantagem significativa em preferência e intenção de compra, consolidando-se como a marca mais desejada. No Centro-Oeste, Seda é a segunda marca em intenção de compra.

Bebidas alcoólicas

O NPS (métrica de satisfação e a fidelidade dos clientes) geral das bebidas alcoólicas é baixo (33,4%), refletindo um mercado em que os consumidores estão mais neutros ou detratores do que promotores. Há uma brecha de satisfação e oportunidade para melhorar a experiência.

Campanhas regionalizadas e inclusivas, sustentabilidade e diversidade como diferenciais, ativações locais para reforçar o pertencimento e a proximidade emocional, além da digitalização e da comunicação omnichannel são insights para os investimentos em marketing.

Bebidas não alcoólicas

Segmentação regional, com investimento em campanhas locais conectadas à cultura das favelas; empoderamento feminino, com ações inclusivas e envolventes para mulheres; sustentabilidade, com embalagens ecológicas e práticas éticas; experiências locais, com ativações comunitárias para fortalecer o vínculo emocional; digitalização, com estratégias em redes sociais e influenciadores locais para gerar autenticidade; e custo-benefício, com produtos acessíveis com qualidade para fidelizar consumidores.

Operadoras de telefonia

O mercado atingiu 262,2 milhões de acessos em novembro de 2024, contra 252 milhões no mesmo mês do ano anterior, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e segue consolidado entre Vivo (38,8% de participação), Claro (33,5%) e TIM (23,6%). Vivo e Claro sempre aparecem como líderes de categoria, com tendência da primeira se manter no topo.

A Vivo encerrou o ano passado como líder em preferência e intenção de compra nas favelas brasileiras.

Materiais de limpeza

Alta diversificação na cesta de compras evidencia um mercado pulverizado e aberto a diferentes marcas.

As líderes dominam a mente dos consumidores, mostrando sua forte presença, o que cria oportunidades para se diferenciarem e atenderem a diferentes necessidades, e as desafia a manterem relevância num cenário de crescente competição e de possíveis mudanças nas prioridades, seja por preço, qualidade ou adequação ao perfil local.

Materiais de construção

Tigre é a marca mais presente na mente do público da favela. A forte lembrança de marca da empresa impulsiona seus altos índices de compra, preferência e intenção de compra futura, consolidando sua liderança.

No segmento de tintas, as marcas Coral e Suvinil se destacam pela grande competitividade, disputando espaço de maneira equilibrada, indicando grande concorrência entre o público da favela na categoria.

Fonte: “Consumo nas periferias: estudo mostra tendências para 2025 – E-Commerce Brasil

 

Marketplace conecta pequenas farmácias e faz frente às grandes redes de drogarias

Um novo marketplace vai alterar a dinâmica do mercado de fármacos no Brasil. O shopping virtual NIVELE, exclusivo para produtos de farmácia, vai conectar pequenas redes e farmácias independentes.

Desenvolvido sobre o stack de tecnologia da plataforma VTEX, com suporte da agência de marketing digital e tecnologia Nairuz, o marketplace visa conectar farmácias a milhares de consumidores online.

Segundo a ABRAFARMA, nos últimos anos, o varejo farmacêutico tem enfrentado desafios significativos. Grandes redes de farmácias dominaram o mercado, crescendo mais de 230% em participação desde o início dos anos 2000. Atualmente, essas redes controlam mais de 50% das vendas, embora representem apenas 15% dos pontos de venda em todo o país.

Essa discrepância criou um ambiente desafiador para farmácias independentes e pequenas redes, que sofrem com menor capacidade de negociação com fornecedores, alta concorrência de preços e pouca ou nenhuma visibilidade online.

Segundo dados da IQVIA, 86% das farmácias que fecharam as portas em 2023 eram independentes. A dificuldade em competir com grandes redes, aliada à baixa presença digital, tem sido um dos principais fatores por trás dessas estatísticas alarmantes. A falta de escala e recursos tecnológicos suficientes impede que as pequenas farmácias ofereçam um serviço tão robusto quanto os grandes players do mercado.

A SimilarWeb indica que o Brasil já é o terceiro país com mais acessos em sites de medicamentos do mundo, ficando atrás somente dos Estados Unidos e Rússia. Com a demanda por produtos de saúde aumentando, principalmente após a pandemia, a NIVELE surge como uma oportunidade para farmácias que desejam expandir seus negócios para o mundo online.

Fonte: “https://tiinside.com.br/29/01/2025/marketplace-conecta-pequenas-farmacias-e-faz-frente-as-grandes-redes-de-drogarias/”

Consumidor está pensando mais a longo prazo, aponta estudo

Um estudo da Euromonitor trouxe as principais tendências de consumo para 2025, junto com o que se espera do comportamento das pessoas neste aspecto. De modo geral, a crença é de que o pensamento a longo prazo será uma tônica entre eles.

Ao todo, o levantamento mostra cinco movimentos principais relacionados aos consumidores neste ano. Resumidamente, o foco em termos de consumo será em saúde, dinheiro, sustentabilidade, exigência e inteligência artificial (IA).

Além disso, com o pensamento mais a frente do consumidor, questões como valor agregado na compra, qualidade, funcionalidade e benefícios sejam guias nas escolhas de consumo. As mudanças no comportamento são consideradas significativas pela Euromonitor.

Abaixo, um pouco sobre cada uma das tendências citadas:

1. Saúde

As informações coletadas apontam que os consumidores estão focados em viver mais e melhor. Com isso, 52% buscarão hábitos mais saudáveis para os próximos cinco anos, gerando a busca por soluções preventivas e personalizadas de saúde.

De modo prático, a projeção de vendas globais de vitaminas e suplementos chega a US$ 130,9 bilhões. Além disso, há um interesse em entender sobre isso, o que reforça a tendência de crescimento de consumo da categoria. Ao todo, 54% dos consumidores sabem quais vitaminas tomar para objetivos específicos de saúde.

2. Pagamentos

Os consumidores devem ser mais estratégicos nas compras, considerando muito mais fatores como valor e benefícios a longo prazo. Por conta disso:

  • 72% preocupados com o aumento do custo de itens cotidianos;
  • 48% planejam economizar mais dinheiro em 2024;
  • Apenas 18% fazem compras por impulso;
  • 57% pesquisam extensivamente produtos e serviços.

3. Sustentabilidade

Embora os detalhes específicos não estejam nos resultados de busca, a tendência sugere um foco em soluções ecologicamente conscientes.

4. Exigentes e consciente

Indica uma abordagem mais seletiva e consciente do consumo, relacionada às informações e escolhas à disposição.

5. Uso de IA

A relação do consumidor com a tecnologia será mais ambivalente, com reflexos positivos na aplicação do dia-a-dia, mas sem deixar de gerar preocupações aos usuários.

A pesquisa da Euromonitor foi feita entre janeiro e fevereiro de 2024, envolvendo 40.236 consumidores conectados à internet de 21 países.

Fonte: “Consumidor está pensando mais a longo prazo, aponta estudo – E-Commerce Brasil