Logística: um fator-chave para a experiência do cliente no e-commerce

Essencial para o sucesso de qualquer varejista ou vendedor virtual, a satisfação do cliente é influenciada por uma série de fatores, desde a qualidade do produto, a apresentação no site ou ponto de venda, a entrega, o prazo, entre outros.

A combinação de todos eles é crucial para uma boa experiência de compra, enquanto uma falha, mesmo que um pequeno atraso na entrega, pode resultar em uma experiência ruim e fazer com que o cliente nunca mais volte a comprar na loja.

Uma recente pesquisa realizada pelo Instituto Ovum (organização inglesa de consultoria e pesquisa), constatou que 82% dos entrevistados deixam de comprar de uma marca quando têm uma única experiência ruim.

Muitos são os pontos negativos que afetam a experiência do usuário no e-commerce. Dentre alguns dos elementos que mais desagradam aos consumidores durante o processo de compra on-line, estão: preço alto, fretes caros, falhas e experiência de uso ruim nos sites e aplicativos, falta de opções de produtos, formas de pagamento restritas, prazos longos e formas de entrega limitadas, etc.

Para lojas virtuais, um dos pontos mais críticos é a logística, pois os atrasos e extravios nos pacotes causam uma péssima experiência de compra ao cliente. Diante disso, fica claro que uma logística eficiente, com uma entrega de qualidade, é essencial para fidelizar o cliente, sendo, portanto, um diferencial competitivo que não pode ser ignorado.

Pontualidade, cordialidade no atendimento e flexibilidade são os três pontos determinantes para uma logística eficiente, já que o consumidor que compra pela internet deseja receber sua mercadoria no prazo previsto (ou até antes, se for possível) e espera por um atendimento humanizado e personalizado, além de oportunidades flexíveis tanto de entrega quanto de pagamento.

A operação logística tem influência direta na percepção do consumidor sobre a loja em que realizou seus pedidos. No entanto, é preciso pensar de ponta a ponta. Isso porque ter a melhor estrutura de armazenagem e um bom controle de estoque, por exemplo, não garante que o cliente saia satisfeito.

Por outro lado, ter um bom planejamento para reduzir o tempo de entrega pode ser um grande diferencial. Afinal, ter os produtos em mãos o mais rápido possível é um dos principais desejos de quem consome em lojas virtuais – e estão dispostos até a pagar mais caro por isso.

A seguir, relaciono as seis principais práticas na área de atendimento ao cliente que podem ser referência para as empresas que atuam com vendas online e que desejam promover um atendimento humanizado e eficiente:

  • Treinamento contínuo: capacitação regular da equipe em técnicas de empatia, resolução de problemas e personalização no atendimento, reforçando a proximidade com os consumidores do e-commerce.
  • Resolução proativa de problemas: adoção de estratégias que identificam potenciais problemas antes que impactem o cliente
  • Análise da jornada do cliente: identificação de pontos de atrito na jornada do cliente para implementar melhorias específicas.
  • Planos de ação personalizados: desenvolvimento de soluções direcionadas para reverter experiências, trabalhar em melhoria contínua e aumentar a retenção.
  • Monitoramento de métricas: uso de indicadores como CSAT (Customer Satisfaction Score) e NPS (Net Promoter Score) para medir a satisfação e o impacto das ações realizadas.
  • Canais multicanal: atendimento via telefone, chat, redes sociais e portais digitais, permitindo que os clientes escolham o canal mais conveniente para suas interações.

Quando bem planejada e executada, a logística eficiente no e-commerce pode funcionar como uma ferramenta para aumento da taxa de conversão, tanto da fidelidade quanto da atração de novos clientes. Além disso, pode viabilizar fretes mais em conta e prazos de entrega atrativos para o consumidor.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/04/02/2025/noticias/logistica-um-fator-chave-para-a-experiencia-do-cliente-no-e-commerce/”

Completando 24 anos, GOLLOG registra R$ 63 bilhões em valor de mercadorias transportadas em 2024

A GOL Linhas Aéreas informa que sua unidade de soluções logísticas GOLLOG completou 24 anos ontem, 30 de janeiro de 2025, com uma trajetória marcada por confiança, superação e inúmeras conquistas. Só em 2024 foram feitos 2,9 milhões de envios (via aérea e terrestre), o equivalente a R$63 bilhões em valor de mercadorias.

A companhia afirma que o desempenho consolida a GOLLOG no topo do mercado de transporte aéreo de cargas e reflete o empenho e a dedicação do time. Segundo Rafael Martau, diretor executivo da GOLLOG, o trabalho das equipes contribui de maneira ímpar para o serviço logístico do País.

“É um orgulho enorme ter a oportunidade de conectar pessoas, sonhos e oportunidades com soluções que fazem a diferença e nos tornam referência. Estamos focados na expansão dos nossos canais e prontos para continuar conectando todos os cantos do Brasil e do mundo, comprometidos com a segurança, nosso valor número 1”, comentou.

Para atender essas demandas crescentes, a GOLLOG possui um acordo com o Mercado Livre com aeronaves alocadas em uma operação dedicada para  transporte de cargas. Atualmente a frota aérea conta com 7 aeronaves cargueiras Boeing 737-800BCF, que atendem 15 rotas dedicadas no Brasil. Juntos, o Mercado Livre e a GOLLOG constituem a maior operação cargueira regular do país, afirma a GOL.

A GOLLOG possui hoje mais de 1.800 Colaboradores prestando serviços para entregar encomendas. Além disso, a unidade conta com 58 terminais de carga (TECAs) e 60 lojas, totalizando mais de 4 mil cidades atendidas, que fortalecem a infraestrutura e permitem atender pontos estratégicos de todo o Brasil.

Para evoluir de forma mais sustentável, reafirmando o compromisso da GOL em zerar a emissão de carbono até 2050, a GOLLOG está desenvolvendo desde dezembro de 2024 um novo modal de entrega na cidade de São Paulo, em parceria com a Cooperativa de Trabalho Giro Sustentável: a entrega de cargas sustentáveis por bicicletas.

O projeto embrionário está em fase de testes na região de Interlagos, zona Sul da capital paulista. Os serviços elegíveis para esse modelo de entrega incluem: CHEGOL, CHEGOL Mini, GCE, RIN, Urgente e Urgente Fracionado, com limitação de peso máximo de até 5kg.

Fonte:”https://aeroin.net/completando-24-anos-gollog-registra-r-63-bilhoes-em-valor-de-mercadorias-transportadas-em-2024/”

Nordeste em foco: CDs formam polo logístico na região

e-commerce brasileiro têm se conectado cada vez mais ao Nordeste nos últimos anos. Hoje, com uma série de Centros de Distribuição (CDs), pode-se dizer que a região é uma das mais valiosas em termos de logística no país.

De acordo com Arlan Rodrigues, presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Nordeste (Fetranslog/NE), essa “migração” das marcas ao Nordeste não é por acaso. Isso porque sua localização fortalece, por exemplo, o comércio cross border.

“O Nordeste está em um lugar estratégico, principalmente por estar próximo a grandes portos, como de Suape (PE) e Salvador. Além disso, com melhorias na rodovia, o processo logístico por meio das estradas também ficou melhor nos últimos anos”, cita.

Em 2024, previu um total de R$ 6,19 bilhões em recursos dedicados a obras de infraestrutura nas rodovias e ferrovias nordestinas. A Bahia recebeu R4 2,4 bilhões dessa quantia, enquanto Pernambuco ficou com R$ 670 milhões.

“As empresas estão reconhecendo o potencial da região para otimizar suas operações logísticas e, consequentemente, reduzir custos e ampliar a competitividade no mercado nacional e internacional”, complementa Rodrigues.

Histórico

Netshoes foi a primeira empresa a chegar à região, com um CD inaugurado em novembro de 2012, em Recife. No entanto, hoje, uma série de companhias de e-commerce olham para a região, montando um planejamento específico para sua atuação nesta parte do país.

Veja como estão cada uma delas:

Shopee

Conhecida justamente pela agilidade e eficiência logística, a singapurense conta com CDs em Salvador e Recife.

Amazon

Em 2023, a gigante norte-americana ?abriu um CD em Itaitinga (CE), além de mais um no ano passado, também em Recife.

Mercado Livre

São três CDs do marketplace espalhados pelo Nordeste brasileiro, ocupando Lauro de Freitas (BA), Camaçari (BA) e Cabo de Santo Agostinho (PE). Até o final de 2025, Simões Filho (BA) e Itaitinga (CE) receberão equipamentos logísticos do mesmo porte.

Terminal de Cargas

Além das estruturas voltadas ao e-commerce, a logística nordestina comemorou, no início de 2025, um anúncio do Governo da Paraíba sobre o novo Terminal Logístico Rodoviário de Cargas. A implementação, conquista do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Estado da Paraíba (Setce/PB) e da Federação das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Nordeste (Fetranslog/NE), promete otimizar operações logística e contribuir com o desenvolvimento econômico do estado e região.

O terminal estará nas proximidades do Arco Metropolitano de João Pessoa, localidade considerada estratégica para facilitar o acesso aos principais centros urbanos da Paraíba e as rotas que interligam o estado ao restante do Nordeste.

Fonte: “Nordeste em foco: CDs formam polo logístico na região – E-Commerce Brasil

ABOL propõe soluções para melhorar transporte aéreo de cargas no Brasil

Após fazer um levantamento com os principais problemas envolvendo os terminais de cargas, como Guarulhos e Campinas, a associação trouxe medidas para aumentar a eficiência dos empreendimentos.

A Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (ABOL) mapeou os principais entraves que dificultam o crescimento do transporte aéreo de cargas e apresentou soluções para melhorar o setor. O objetivo é evitar que os operadores logísticos deixem de oferecer esse serviço devido a obstáculos estruturais.

Desde o final do ano passado, o acúmulo de mercadorias no terminal de cargas do Aeroporto de Guarulhos, administrado pela GRU Airport, tem gerado impactos operacionais e financeiros para os OLs.

Segundo a associação, a greve dos servidores da Receita Federal, iniciada em novembro, resultou na retenção de mais de 55 mil remessas expressas nos aeroportos de Viracopos (Campinas/SP) e Guarulhos (SP). A demora na liberação de cargas aumentou os custos com armazenagem e segurança.

As propostas elaboradas pela ABOL foram apresentadas no mês de janeiro a representantes do Ministério de Portos e Aeroportos (Mpor), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

SOLUÇÕES PARA MELHORAR TRANSPORTE AÉREO DE CARGAS

Na ocasião, também foram apontados problemas específicos na liberação de cargas em Guarulhos, como armazéns dispersos dificultando a gestão e localização das cargas; atrasos excessivos para retirada de cargas, chegando a 10 dias, ao invés das esperadas 24 horas; cargas perecíveis vencendo, devido a processos demorados de liberação para armazenagem; e perdas de produtos sem ressarcimento.

De acordo com a diretora-executiva da ABOL, Marcella Cunha, foi a primeira vez que a associação conseguiu levar a perspectiva dos Operadores Logísticos em relação ao trabalho realizado dentro de terminais de carga em aeroportos. Atualmente, os OLs, que atuam com o setor aéreo, estão nesses locais ou dependentes de aeronaves comerciais para transportar os seus produtos.

As mercadorias, geralmente, incluem itens expressos, do e-commerce, medicamentos, e partes importantes de equipamentos e máquinas para a cadeia produtiva. A variedade costuma aumentar, assim como a demanda e o volume geral.

“Observamos uma demanda reprimida por esse modal, uma vez que outros nichos e segmentos da cadeia produtiva poderiam ser beneficiados, mas não o são porque há problemas estruturais importantes que precisam ser endereçados, como deficiências de infraestrutura e capacidade, e também de cunho regulatório e contratual no que se refere à administração aeroportuária, além de falta de oferta de aeronaves e cias aéreas, entre outros”, disse.

Ela destacou que esse foi o momento de levar as dificuldades de cunho operacional e de infraestrutura, assim como mercadológicos. “É necessário que os contratos futuros de concessão contem com cláusulas mais específicas sobre como os terminais de carga serão oferecidos para o mercado. Temos todo o interesse em contribuir com o desenvolvimento desses aeroportos e de outros que também são logisticamente estratégicos para o Brasil”.

Fonte: “ABOL propõe soluções para melhorar transporte aéreo de cargas

Jequiti transfere centro logístico para o Espírito Santo

O centro de distribuição é responsável pelo envio de produtos para as consultoras e clientes.

A Jequiti Cosméticos, empresa do Grupo Silvio Santos, iniciou uma importante reestruturação operacional e transferiu seu centro de distribuição para o Espírito Santo. A parte administrativa estará na zona oeste de São Paulo. A mudança marca a saída da empresa do chamado CDT da Anhanguera, a sede do SBT em Osasco – na Grande São Paulo -, onde a companhia estava instalada desde a fundação, em 2005.

A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo. Em nota, a Jequiti confirma a mudança e destaca no documento que a decisão de transferir a operação para o território capixaba tem como objetivo aprimorar a logística de distribuição e reduzir custos. A transição ocorre em parceria com a empresa Andreani Logística, especializada em serviços de alto valor agregado para setores como cosméticos e farmacêutico.

A cidade do Espírito Santo que vai receber as operações da Jequiti não foi divulgada, mas considerando as filiais da parceira na logística, a empresa Andreani possui galpões na cidade de Viana, na região metropolitana de Vitória, o que pode indicar a área da movimentação da empresa.

O centro de distribuição é responsável pelo envio de produtos para as consultoras e clientes. A Jequiti é conhecida por seu modelo de venda direta e por licenciar perfumes de personalidades.

Reestruturação 

Com a nova estrutura, a Jequiti busca consolidar sua presença no mercado e garantir um modelo operacional mais eficiente, mantendo-se competitiva no setor de cosméticos e perfumaria no Brasil.

Nota da empresa: transferência para o Espírito Santo

Em comunicado enviado à Folha, a Jequiti detalhou os motivos da mudança e reafirmou seu compromisso com a expansão da marca:

“A Jequiti comunica a transferência de sua operação logística do estado de São Paulo para o Espírito Santo a partir do primeiro trimestre de 2025, com o objetivo de promover melhor distribuição dos produtos para atender com mais eficiência consumidores e revendedores em todo o Brasil.

O processo acontece em parceria com a Andreani Logística Brasil, líder em serviços de logística de alto valor agregado para as indústrias farmacêuticas, cosméticas, equipamentos hospitalares e outros mercados, que também oferece apoio para realocação dos colaboradores dentro ou fora da Jequiti.

A mudança faz parte do projeto de transformação da Jequiti iniciado há três anos, impulsionado por uma estratégia voltada ao crescimento sustentável. A companhia reforça sua confiança de que os projetos e as ações em andamento demonstram a maturidade da operação e o foco na rentabilidade dos negócios, que continuarão a pavimentar o caminho para um futuro ainda mais próspero para a Jequiti e para o Grupo Silvio Santos”.

Fonte: “Jequiti transfere centro logístico para o Espírito Santo

DHL Supply Chain inaugura CD com foco em e-commerce em Extrema

Novo Centro de Distribuição tem 2 mil m², mas pode chegar a 5 mil m² no futuro.

A DHL Supply Chain, líder global em armazenagem e distribuição, anuncia a inauguração de um novo Centro de Distribuição (CD) focado em e-commerce em Extrema, no Sul de Minas Gerais. Com o novo espaço, a empresa tem expectativa que haja maior sinergia para logística de mercados como tecnologia, moda, materiais esportivos e bens de consumo.

O novo Centro de Distribuição tem 2mil m², mas pode chegar a 5mil m² no futuro. É o primeiro CD da empresa na região especializado em e-commerce. A DHL Supply Chain já dispõe de três infraestruturas logísticas em Extrema, sendo que uma é um campus com mais de 120mil m² que abriga vários centros logísticos. A nova operação deverá gerar até o fim do ano 50 postos de trabalho.

Segundo o diretor de operações de retail & e-commerce da DHL Supply Chain, José Mattos Alvarado, a principal vantagem no novo CD está na questão operacional. “Vamos dispor de uma área, time, processos e tecnologia especializadas para a logística do e-commerce, o que traz benefícios como ganhos de escala, maior agilidade, compartilhamento de custos, solidez na movimentação da carga e menor investimento inicial para início da operação logística”.

Modelo de armazenagem compartilhada reduz custos

A nova estrutura faz parte do programa de expansão do DHL Fulfillment Network (DFN), solução compartilhada de armazenagem, distribuição e logística reversa para e-commerce, que já dispõe de um processo logístico dedicado na Grande São Paulo. Fulfillment é um conceito de economia compartilhada, no qual os clientes pagam apenas pelo que usam, um modelo 100% transacional.

Com esse modelo, em momentos de alta de demanda os clientes conseguem ter um custo logístico menor e, em momentos em que necessitam espaço adicional e capacidade operacional, atender essa demanda sem investimentos prévios adicionais.

De acordo com diretor de operações, José Mattos Alvarado, “os clientes conseguem também centralizar 100% do seu inventário em um único lugar e atender diferentes canais de vendas, sejam eles B2C (marketplace direto ao consumidor, armazém próprio e outros) ou B2B (abastecimento dos fulfillment dos marketplaces, abastecimento de lojas e venda para distribuidores) e tudo isso com visibilidade em tempo real do estoque e da distribuição”.

Clientes 

O novo CD tem capacidade de atender uma ampla gama de clientes na área de e-commerce. “Temos potencial de atender também marketplaces pequenos e médios e apoiar os grandes. Atualmente, o CD de e-commerce já opera com três clientes, dois deles de eletro/eletrônicos e um do setor de moda”, afirma José Mattos.

Novos investimentos

A cidade de Extrema e Minas Gerais são uma parte importante dos planos da DHL Supply Chain. De acordo com o diretor de operações, novas iniciativas na cidade estão em estudo, além de melhorias no campus atual, a fim de suportar a demanda de clientes atuais e futuros.

Atualmente a companhia conta um CD, com o modelo fulfillment, de 8mil m² em Barueri (SP). Com a consolidação da operação de Extrema, estuda novas expansões para pontos estratégicos do Norte e Nordeste em 2025.

Fonte: “https://diariodocomercio.com.br/economia/dhl-supply-chain-inaugura-cd-com-foco-em-e-commerce-em-extrema/”

O paradoxo do emprego na logística: Cresce ou desaparece?

Postos de trabalho relacionados à entrega rápida devem crescer até 2030, mas gaps em qualificação e avanço da tecnologia criam um cenário contraditório em outras funções.

De forma geral, o mercado de trabalho está se transformando, impulsionado por questões que vão desde avanços tecnológicos a mudanças nas cadeias produtivas. Até 2030, o mercado global deverá criar 170 milhões de novos postos de trabalho, enquanto 92 milhões de funções atuais serão extintas.

É um saldo positivo de 78 milhões de empregos, de acordo com informações do “Futuro dos Empregos 2025”, relatório publicado pelo Fórum Econômico Mundial.

No caso da logística, as perspectivas são relativamente otimistas. De acordo com a pesquisa, motoristas de caminhonete ou de serviços de entrega estão na 2ª posição no ranking das profissões que mais devem crescer até 2030. A lista ainda traz os motoristas de carro, van e motocicleta na 7ª colocação e gerentes gerais e de operações fechando o Top 10.

Uma das justificativas para esse cenário é o crescimento do comércio eletrônico. Segundo uma publicação do E-commerce Brasil, o setor faturou R$ 204 bilhões em 2024 — uma alta de 10,5% em relação ao ano anterior. A projeção é de que esse faturamento ultrapasse os R$ 230 bilhões em 2025, conforme projeção da Associação Brasileira do Comércio Eletrônico (ABComm).

Outro cenário que favorece esse tipo de trabalho é a demanda por operações de last mile cada vez mais rápidas. O que se viu nos últimos anos foram as grandes empresas — desde as tradicionais, como Magalu, até as “cronicamente online”, como Mercado Livre e Amazon — investindo fortemente para diminuir o tempo de entrega.

O PARADOXO DA TECNOLOGIA

Enquanto existe uma tendência de alta em algumas profissões que compõe a cadeia logística, outras devem diminuir ao longo dos próximos anos. No relatório do Fórum Econômico Mundial, os assistentes de controle de materiais e estoquistas apareceram na 4ª colocação dos postos de trabalho que devem ser reduzidos até 2030.

Essa perspectiva pode estar diretamente ligada ao movimento de transformação digital nas operações internas ao redor do mundo. De acordo com a pesquisa “O Armazém do Futuro”, conduzida em uma parceria entre Infor e Seal Sistemas, a automação robótica foi apontada por 27% dos entrevistados como uma das tecnologias que devem impulsionar os armazéns do futuro.

O cenário também é justificado no relatório “Next stop, nex-gen”, da Accenture. Segundo o documento, empresas que adotam tecnologias como IA e Machine Learning conseguem aumentar a eficiência dos recursos de engenharia em 21%.

As contradições em relação à tecnologia aparecem até quando relacionadas às profissões que devem crescer. Apesar de haver um crescimento na procura por motoristas para transporte e entregas, também há um aumento na busca por especialistas em veículos autônomos. Esse paradoxo pode ser explicado pelo fato de os veículos autônomos ainda não serem implementados em larga escala, o que mantém em alta a demanda por motoristas humanos.

A ESCASSEZ DE TALENTOS

Mesmo com um cenário promissor para os profissionais de logística, a falta de qualificação ainda é um grande obstáculo. Segundo a pesquisa do ManpowerGroup, o Brasil aparece na 7ª posição global entre os países que mais sofrem com a escassez de talentos.

O setor de logística e transporte é o mais afetado, com 91% do segmento reportando dificuldade em encontrar mão de obra qualificada. Em relação às habilidades mais difíceis de encontrar no país, destacam-se TI e análise de dados (39%), engenharia e manufatura (28%), vendas e marketing (24%) e operações e logística (20%).

Aqui, outra contradição: de acordo com reportagem publicada pela MundoLogística em setembro de 2024, 18,9% dos alunos que se formaram em logística estão desempregados no Brasil.

Quando questionado sobre como pode existir, simultaneamente, oferta de vagas e profissionais desempregados, o professor Orlando Fontes Lima Jr., da Unicamp, declarou que essa é uma realidade de todas as áreas. “As empresas querem determinadas qualificações que não são compatíveis com as formações dadas aos profissionais.”

Inclusive, ao repercutir o relatório do Fórum Econômico Mundial, o Valor Econômico destacou a tendência de alta na procura por profissionais especialistas em transformação digital, IA e Machine Learning — tópicos que ainda não ganharam espaço cativo na educação formal em logística no Brasil.

Fonte: O paradoxo do emprego na logística: Cresce ou desaparece?

O fulfillment como motor do crescimento do e-commerce

Nos últimos anos, o e-commerce brasileiro apresentou um crescimento exponencial, transformando-se em um dos segmentos mais promissores do varejo. Esse avanço se deve a diversas inovações e estratégias que impulsionam a eficiência operacional e a experiência do consumidor, com destaque para o fulfillment. Esse serviço logístico é um dos pilares fundamentais para otimizar a cadeia de suprimentos e atender às demandas de um mercado cada vez mais dinâmico.

Neste artigo, exploramos como o fulfillment está diretamente relacionado ao sucesso e à expansão do e-commerce.

Por que o e-commerce cresce tanto no Brasil?

Estima-se que o mercado de e-commerce brasileiro ultrapassará os R$ 550 bilhões até 2027 (fonte: E-Commerce Brasil). Esse crescimento acelerado reflete uma mudança significativa nos padrões de consumo e é impulsionado por fatores como:

– Transformação digital: a popularização da internet e dos smartphones tornou as compras online mais acessíveis e convenientes.

– Avanço tecnológico: plataformas modernas e ferramentas especializadas facilitaram a entrada de novos empreendedores no mercado digital.

– Pandemia de Covid-19: o isolamento social foi um catalisador para que muitos consumidores experimentassem o e-commerce pela primeira vez.

– Demanda por agilidade: os consumidores estão cada vez mais exigentes, buscando entregas rápidas, opções personalizadas e atualizações em tempo real.

Com isso, as lojas virtuais foram forçadas a elevar o nível de suas operações logísticas, e é nesse contexto que o fulfillment ganha destaque como um diferencial competitivo.

O que é fulfillment e como funciona?

O fulfillment refere-se ao conjunto de operações logísticas que garantem a gestão eficiente de pedidos, desde o armazenamento até a entrega ao cliente final. É o processo que assegura que os produtos sejam entregues corretamente, no prazo e em perfeitas condições.

Seus principais passos incluem:

– Recebimento: checagem da quantidade e qualidade dos produtos no centro de distribuição.

– Armazenagem: organização estratégica dos itens no estoque para agilizar a separação.

– Processamento de pedidos: separação, embalagem e preparo dos produtos para envio.

– Expedição e transporte: entrega ao cliente final com rastreamento em tempo real.

O fulfillment pode ser gerenciado internamente pela empresa ou terceirizado a parceiros especializados. A segunda opção é particularmente vantajosa, pois permite acesso a tecnologias avançadas e expertise logística sem necessidade de grandes investimentos em infraestrutura.

O papel do fulfillment no crescimento do e-commerce

O fulfillment vai além de organizar estoques e garantir entregas: ele é estratégico para o crescimento sustentável do e-commerce. Aqui estão os principais benefícios que ele oferece:

1. Eficiência operacional

Com sistemas automatizados e processos bem definidos, como os oferecidos por plataformas de WMS (Warehouse Management System), é possível reduzir erros, atrasos e retrabalho.

2. Redução de custos

A terceirização do fulfillment elimina a necessidade de investimentos em infraestrutura própria e equipe especializada, além de possibilitar melhores condições de frete graças a parceiros logísticos experientes.

3. Escalabilidade e flexibilidade

Em períodos de alta demanda, como Black Friday, um sistema de fulfillment bem estruturado permite que o e-commerce lide com grandes volumes de pedidos sem comprometer a qualidade.

4. Satisfação do cliente

O fulfillment é crucial para proporcionar experiências positivas ao consumidor. Desde o prazo de entrega até a precisão do pedido, ele impacta diretamente a percepção do cliente em relação à loja.

O fulfillment é o futuro do e-commerce

Para se destacar em um mercado altamente competitivo, o e-commerce precisa de operações logísticas que combinem agilidade, precisão e economia. O fulfillment não apenas atende a essas demandas como também habilita as lojas virtuais a oferecerem experiências superiores, conquistando clientes e fidelizando-os ao longo do tempo.

Seja por meio da automação, da integração de tecnologias ou de parceiros especializados, o investimento no fulfillment é, sem dúvida, um passo estratégico para sustentar o crescimento e atender aos novos padrões de consumo. Afinal, em um mercado no qual a entrega é tão importante quanto o produto, o fulfillment é a chave para o sucesso.

Fonte: “O fulfillment como motor do crescimento do e-commerce – E-Commerce Brasil

Cinco tendências de logística para 2025, segundo a Loggi

O setor logístico está em plena transformação e, segundo o último Índice de Desempenho Logístico do Banco Mundial, realizado em 2023, o Brasil vem subindo a sua posição e, atualmente, ocupa a 51ª posição no ranking entre os 139 países analisados.

Impulsionado pela tecnologia e por novas soluções aos clientes, a logística vem conectando pessoas e empresas de forma mais eficiente, que inclusive é apontado pela pesquisa da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL), em que existe uma tendência cada vez maior do segmento em colocar a tecnologia como um de seus principais investimentos.

Para a Loggi, referência em entregas no país, este promete ser um ano de avanços significativos, alavancado por algumas tendências que vão ajudar a impulsionar o mercado:

  • Eficiência em custo: inovações tecnológicas, otimização de processos e novas soluções na logística serão protagonistas para reduzir custos e oferecer serviços mais acessíveis e adequados aos diferentes perfis de clientes e, como consequência, promover mais vendas;
  • Recorrência e escalabilidade: implementação de modelos que garantam um fluxo fácil e constante de entregas, que permitam expansão em larga escala – tanto para local quanto para nacional;
  • Do Regional ao Nacional: negócios locais ganhando alcance nacional por meio de soluções logísticas otimizadas e acessíveis, promovendo o crescimento de empresas em todos os cantos do Brasil;
  • Especialização em categorias: serviços logísticos adaptados às necessidades de setores específicos, como moda, calçados, eletrônicos, bebidas, pets entre outros;
  • Tempo e rapidez, com qualidade: entregar no menor tempo pode fazer a diferença numa venda, e isso sem abrir mão da excelência. A eficiência operacional será crucial para alcançar essa combinação.

Fonte: “Cinco tendências de logística para 2025, segundo a Loggi – E-Commerce Brasil

O futuro do e-commerce em 2025: tendências que redefinem o comércio digital

A evolução do comércio eletrônico é impulsionada por inovações tecnológicas e mudanças no comportamento do consumidor. Este artigo explora com profundidade as quatro grandes tendências que moldarão o setor nos próximos anos, oferecendo uma visão técnica e estratégica.

Panorama do setor

O comércio eletrônico, setor que já demonstrava um crescimento robusto antes da pandemia, acelerou de forma irreversível nos últimos anos. Segundo previsões da eMarketer, o mercado global de e-commerce deve atingir impressionantes US$ 7,4 trilhões até 2025, um reflexo da transformação digital e da integração de tecnologias avançadas ao comportamento de consumo.

Esse crescimento, no entanto, não é linear. Ele é impulsionado por forças específicas e interconectadas que moldam o cenário competitivo e estabelecem novas expectativas para consumidores e empresas. Dentre essas forças, destacam-se quatro tendências principais: a personalização por IA generativa, a sustentabilidade como eixo estratégico, a expansão do retail media como canal de monetização e o live shopping como formato emergente de engajamento e conversão.

Personalização com IA generativa: mais do que um diferencial, uma necessidade

A personalização no e-commerce não é mais um benefício adicional, mas uma demanda crescente dos consumidores, que esperam experiências digitais alinhadas às suas preferências individuais. A inteligência artificial generativa, liderada por avanços em modelos de aprendizado profundo, representa o auge dessa evolução, permitindo soluções mais inteligentes e personalizadas.

Como a IA generativa transforma o e-commerce

Recomendações ultraprecisas: por meio do cruzamento de dados de navegação, histórico de compras e preferências explícitas, as plataformas conseguem prever comportamentos com alta assertividade, oferecendo produtos sob medida. Um estudo da McKinsey revelou que estratégias avançadas de personalização podem elevar as receitas de varejistas em até 40%.

Produção de conteúdo em escala: textos como descrições de produtos, e-mails segmentados e até campanhas publicitárias podem ser gerados automaticamente, economizando tempo e reduzindo custos operacionais, sem comprometer a qualidade.

Chatbots inteligentes: assistentes de compra alimentados por IA generativa evoluíram para compreender melhor o contexto das perguntas e antecipar as necessidades do cliente, tornando a experiência mais fluida e satisfatória. Segundo uma pesquisa da Salesforce, 67% dos consumidores preferem marcas que oferecem suporte personalizado e ágil.

Apesar do potencial, implementar IA generativa exige investimentos substanciais em infraestrutura, equipes qualificadas e conformidade com regulamentações de proteção de dados, como o GDPR e a LGPD. Além disso, há o desafio ético: como garantir o uso responsável dos dados sem comprometer a privacidade dos consumidores? Empresas que negligenciarem essas questões podem enfrentar severas consequências legais e danos à reputação.

Sustentabilidade: uma necessidade estratégica

A pressão por práticas sustentáveis cresce de forma exponencial. Estima-se que 73% dos consumidores globais estejam dispostos a mudar seus hábitos de compra para reduzir seu impacto ambiental, segundo a NielsenIQ. No cenário competitivo de 2025, a sustentabilidade não será apenas uma vantagem competitiva, mas uma expectativa central dos consumidores.

Principais iniciativas sustentáveis

Logística verde: empresas como a Amazon e a DHL já investem em veículos elétricos e combustíveis alternativos para suas frotas, além de soluções logísticas otimizadas, capazes de reduzir emissões de carbono em até 30% por rota.

Economia circular: modelos de negócio que promovem devolução, reparo e revenda de produtos usados estão ganhando força. Um caso emblemático é a Patagonia, que registrou um aumento de 50% na retenção de clientes com a adoção de uma plataforma de recompra e reciclagem.

Embalagens sustentáveis: a demanda por embalagens recicláveis e compostáveis projeta um mercado que pode alcançar US$ 237,8 bilhões até 2030, segundo análises da Grand View Research.
A adoção de práticas sustentáveis precisa vir acompanhada de relatórios claros e detalhados. 60% dos consumidores exigem transparência sobre a origem dos produtos e o impacto ambiental das operações, um sinal claro de que ações concretas e comunicadas de forma eficaz são indispensáveis.

Retail media: uma nova fronteira de monetização

O conceito de retail media – transformar plataformas de e-commerce em canais publicitários – está revolucionando a forma como marcas alcançam consumidores. Estimativas apontam que esse mercado alcançará US$ 125 bilhões até 2025, tornando-se um dos pilares do marketing digital.

Por que o retail media é tão poderoso?

Dados proprietários: plataformas como Amazon e Mercado Livre têm acesso a informações valiosas sobre o comportamento do consumidor, permitindo segmentações hiperprecisas que maximizam o impacto das campanhas.

Publicidade nativa: inserir anúncios diretamente no fluxo de navegação dos consumidores – como resultados de busca ou páginas de produtos – torna a publicidade mais relevante e menos invasiva.

Medição e otimização em tempo real: ferramentas analíticas permitem que marcas ajustem suas campanhas de forma ágil, com base no retorno sobre o investimento (ROI) em tempo real.

Enquanto o retail media apresenta um potencial inegável para aumentar as margens das plataformas de e-commerce, ele exige que marcas invistam em estratégias mais sofisticadas para se destacar em um ambiente competitivo e saturado.

Live shopping: a nova interatividade no comércio digital

O live shopping é uma das tendências mais promissoras para 2025, oferecendo uma experiência que combina interação social, exclusividade e facilidade de compra. Inspirado no modelo chinês – onde já representa 20% das vendas digitais -, o formato começa a ganhar força em mercados ocidentais.

Por que o live shopping funciona?

Interação autêntica: apresentadores, como influenciadores ou especialistas, criam uma conexão genuína com o público ao demonstrar produtos e responder perguntas em tempo real.

Urgência e exclusividade: promoções exclusivas durante as transmissões geram senso de urgência, aumentando as taxas de conversão em até 30%, segundo estudos da iResearch.

Tecnologias imersivas: a integração de realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) proporciona uma experiência envolvente, permitindo que os consumidores experimentem virtualmente produtos antes da compra.

Futuro

O sucesso do live shopping dependerá da capacidade de unir infraestrutura tecnológica, curadoria de apresentadores cativantes e estratégias de marketing altamente segmentadas. Plataformas que investirem nesses pilares estarão à frente na disputa por um público cada vez mais exigente.

O e-commerce de 2025 será um reflexo direto da capacidade de adaptação às demandas tecnológicas, sustentáveis e interativas do mercado. Empresas que investirem estrategicamente nessas tendências não apenas sobreviverão, mas prosperarão em um cenário de mudanças rápidas e consumidores mais exigentes.

O futuro do comércio eletrônico está nas mãos de quem ousar inovar, respeitar o consumidor e abraçar a transformação como um processo contínuo.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/o-futuro-do-e-commerce-em-2025-tendencias-que-redefinem-o-comercio-digital”