De olho no Pix: como a ferramenta vem transformando os negócios B2B

Dados do BC mostram que transações entre empresas via pix aumentaram mais de 40 vezes em 12 meses.

É curioso pensar em como a tecnologia apresentou um avanço muito expressivo nos últimos cinco anos. Em 2017, por exemplo, a principal forma de pagamento era ou por dinheiro em espécie — e naquela época, mesmo que em menor frequência, as pessoas realmente iam às agências bancárias para sacar esse dinheiro — ou por cartões. As transferências bancárias de TED e DOC também eram as preferidas, ainda que suas taxas fossem bastante altas, o que também reduzia as preferências a bancos mais tradicionais. E, então, tivemos o Pix.

Com tamanha instantaneidade e rapidez nas transferências, a busca por DOC e TED caiu consideravelmente. E em um ano de existência do Pix, houveram tantas mudanças que o dinheiro acabou virando raridade hoje em dia. Além de abrir um leque muito maior para que as pessoas passassem a usar mais bancos digitais, que já vinham em uma rodada de crescimento desde pouco antes do início da pandemia.

Toda essa transformação trouxe à economia alguns números que refletem bem o futuro dos meios de pagamento daqui para frente. Afinal, vivemos a era da instantaneidade com um cliente que não tem mais paciência de esperar e precisa de soluções rápidas. E o consumidor aqui, vale destacar, é tanto pessoa física quanto jurídica.

Pix em números: ponto crucial dos negócios modernos

O Banco Central (BC) tem disparado uma série de recursos para que o Pix também se torne cada vez mais seguro por aqui, posto que há uma série de casos de golpes e fraudes que envolvem a tecnologia. No entanto, é indiscutível dizer o quanto esse novo meio de pagamento caiu no gosto dos brasileiros — e das empresas também.

Para se ter ideia, o BC anunciou recentemente que o Pix tem crescido bastante entre os meios de pagamento B2B, ou seja, entre empresas, com principal ação paga pagamento de fornecedores. Em novembro de 2020, foram apontadas 628.566 transações desse segmento, ao passo que em janeiro de 2022, o número já era mais de 40 vezes maior: 29.298.881.

“Economizar com tarifas é importante para todo mundo. Mas é ainda mais crucial para o pequeno e médio empresário, que tem margens muito apertadas e pouca disponibilidade de caixa”, diz Monisi Costa, head de produtos e pessoa jurídica do C6 Bank.

Hoje, o pagamento via Pix entre empresas é tarifado, o que ainda traz algumas barreiras para que essa tecnologia seja mais usada no mundo dos negócios B2B. As taxas podem chegar a 1,45% por transação em instituições financeiras. Contudo, há alguns bancos, que arcam com os cursos das tarifas e permitem, assim como é feito para pessoas físicas, que o valor das transações seja gratuito.

Para além de CPFs, a interação entre consumidores
e empresas via Pix

Outro ponto que cresce para o Pix é a transação decorrida de pagamentos por produtos ou serviços, posto que a ferramenta é mais rápida, tem menores taxas e gera mais vantagens tanto para os consumidores quanto para lojistas.

De acordo com o Banco Central, a participação em janeiro de 2022 de transações de CPFs para CNPJs dobrou de um ano para cá, passando de 9% para 18%. No mesmo período, vale ressaltar, o número de transações de pessoas para pessoas caiu dez pontos percentuais, saindo de 82% para 72%.

O número tende a aumentar conforme as empresas aderem a esse novo modelo de pagamento. Vale destacar, entretanto, que é necessário investir em tecnologia de atendimento para averiguar imprevistos no sistema — como demora para reconhecer o pagamento, comprovantes, entre outros.

Cibersegurança no Pix B2B

Da mesma forma como há fraudes entre transações de Pix comuns, também é preocupante o aparato de cibersegurança envolvido entre pagamentos B2B. Cada vez mais os golpes cibernéticos se modernizam e pedem diferentes formas de resgate por dados ou informações roubadas.

Assim, o Banco Central também tem investigado, em conjunto dos Procons brasileiros, maneiras de fornecer um funcionamento mais seguro.

Mercado Eletrônico otimiza experiência do cliente nas vendas B2B

Empresa Mercado Eletrônico viu e-commerces ganharem impulso em todo o País.

O Mercado Eletrônico, que oferece soluções para comércio eletrônico B2B, tem promovido mudanças com foco na otimização da experiência dos clientes. Por causa da pandemia de Covid-19, a empresa viu os e-commerces de compra e venda B2B ganharam impulso em todo o País, e, além do investimento em novas tecnologias, tem trabalhado para promover uma experiência diferenciada desde a abordagem comercial até o pós-venda.

“Passamos por uma alteração no comportamento do consumidor B2B. Mesmo quando o cliente está comprando para a empresa em que trabalha, acima de tudo ele quer ter boas experiências. E isso inclui desde a implementação da tecnologia até o seu dia a dia de negociação e tomadas de decisão mais assertivas”, comenta a diretora de Marketing do Mercado Eletrônico, Klyvian Flores.

De acordo com pesquisa realizada pela E-consulting, consultoria que mede as previsões financeiras do varejo eletrônico, em 2019 as vendas on-line B2B movimentaram mais de R$ 2 trilhões no Brasil, e, desde o início da pandemia, esse mercado registrou crescimento de 62%.

Com a cadeia de suprimentos em constante necessidade de transformação, muitas companhias passaram a adquirir produtos e serviços por meio de plataformas on-line, que automatizam e facilitam todo o processo de compras corporativas.

“Neste ano, nosso maior projeto está relacionado à inovação da oferta e à comunicação com os usuários. Estamos pensando em toda a jornada do cliente. Desde a abordagem comercial até a operação dos usuários na nossa plataforma. Vamos trabalhar de forma muito integrada, sempre buscando entender suas necessidades para entregar algo além do esperado. A ideia é que todos participem do processo de evolução”, afirma Klyvian.

Segundo ela, o objetivo do Mercado Eletrônico é construir relacionamentos e jornadas personalizadas, oferecendo, assim, uma experiência melhor a cada um dos usuários. “As plataformas mobile e os dispositivos conectados a qualquer hora e em qualquer lugar transformaram as expectativas dos clientes. Eles esperam realizar suas atividades sem limites, e tudo de forma simples, intuitiva e com pouco esforço”, finaliza.