Golpe de entregas e delivery: como o e-commerce pode se proteger?

Nos últimos anos, o mercado de delivery no Brasil cresceu exponencialmente. A pandemia acelerou essa tendência, levando a um aumento de 149% nas vendas online entre 2019 e 2021, segundo a Ebit|Nielsen. E não parou por aí: de acordo com a Statista, o Brasil representa quase 50% de todas as vendas de delivery feitas na América Latina.

No entanto, esse crescimento trouxe consigo um aumento significativo nas fraudes. Isso evidencia a necessidade urgente de medidas de cibersegurança robustas para proteger os consumidores e, especialmente, os empreendedores: 87,5% das empresas que vendem online no Brasil são de pequeno porte, o que significa que, para eles, esse tipo de fraude pode fazer uma diferença muito maior na competitividade e saúde da empresa.

Principais golpes no delivery e e-commerce

Os golpes no setor de delivery e e-commerce são variados e cada vez mais sofisticados. Alguns dos mais comuns incluem:

Fraude de pagamento, que envolve o uso de cartões de crédito roubados ou clonados para realizar compras, deixando o e-commerce com o prejuízo quando a fraude é descoberta;

Phishing, em que os golpistas enviam e-mails ou mensagens que parecem ser de empresas legítimas para roubar informações pessoais e financeiras dos clientes;

Chargeback fraud (ou fraude de estorno), em que o cliente realiza a compra e, após receber o produto, alega não ter recebido a mercadoria para solicitar o estorno do valor pago;

fraude de entrega, que envolve falsas reclamações de não recebimento de produtos ou a manipulação de endereços de entrega para interceptar mercadorias.

Na maioria desses casos, o prejuízo financeiro de uma fraude recai sobre o e-commerce ou marketplace, especialmente se não forem adotadas medidas preventivas adequadas. Para mitigar esses riscos, é essencial que as empresas invistam em tecnologias de prevenção e eduquem seus clientes sobre as práticas de segurança.

Medidas

Entre as medidas que devem ser tomadas pelas empresas, uma das mais relevantes é a implementação da autenticação em múltiplos fatores, dificultando que golpistas acessem contas mesmo que tenham roubado credenciais, já que, de acordo com a Serasa Experian, cerca de 60% das tentativas de fraudes estão relacionadas com roubo de contas.

Essa medida vale para a proteção de identidade de clientes e de entregadores legítimos, já que tem se tornado cada vez mais comum o golpe do falso entregador, em que fraudadores usam da boa reputação de uma loja para se passarem por funcionários e cobrar valores exorbitantes dos clientes na entrega, furtar o produto a ser entregue ou até clonar os cartões dos clientes no ato da suposta entrega.

É importante também que os deliveries invistam em ferramentas de detecção de fraude, especialmente as que utilizam inteligência artificial para identificar transações suspeitas em tempo real, além de estabelecerem um sistema de monitoramento contínuo para revisar transações e identificar padrões de comportamento suspeito.

Caso uma possível fraude aconteça, as empresas devem ter políticas de estorno claras e procedimentos rigorosos para verificar reclamações de não recebimento de produtos. Assim, garante-se que a experiência do cliente legítimo não será comprometida por uma atividade possivelmente maliciosa.

Além disso, educar os clientes sobre os perigos do phishing e como reconhecer e-mails e mensagens fraudulentas pode reduzir a incidência de golpes, garantir que todas as transações e informações sensíveis sejam criptografadas para proteger contra interceptações e implementar um sistema de verificação de endereços e identidade para novas contas e pedidos de alto valor são medidas que também devem ser levadas em conta pelos e-commerces e deliveries.

O investimento em tecnologia é crucial para combater fraudes de maneira eficaz. Ferramentas baseadas em inteligência artificial e machine learning podem analisar grandes volumes de dados para detectar anomalias que poderiam passar despercebidas por métodos tradicionais. Além disso, a adoção de blockchain para rastrear transações pode oferecer uma camada adicional de segurança, dificultando a alteração de registros de pedidos e entregas.

A proteção contra golpes no setor de delivery e e-commerce exige uma abordagem multifacetada. Com o crescimento contínuo desse mercado, a implementação dessas medidas não só protege as empresas contra perdas financeiras, mas também fortalece a confiança dos consumidores na segurança das transações online. E, para um setor em que a avaliação dos clientes satisfeitos vale tanto quanto a qualidade do produto oferecido em si, garantir a satisfação e a segurança do cliente é a chave do sucesso.

Fonte: “Golpe de entregas e delivery: como o <nowrap>e-commerce</nowrap> pode se proteger? – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

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O futuro on-demand do supply chain: seis insights de alto impacto

Mudanças são a única constante no setor de supply chain, impulsionadas por exigências dos consumidores, novas tecnologias e transformações globais. A demanda por serviços on-demand e entregas instantâneas está redefinindo nosso setor. Inovações em rastreamento de produtos, automação e fabricação acelerada e próxima do destino são cruciais, mas há desafios claros pela frente. O capital e o talento necessários para abraçar essas mudanças requerem investimentos significativos, e muitas empresas menores podem se sentir sobrecarregadas.

1 – Entregas personalizadas e automatizadas

A automação está permitindo que as empresas de logística criem redes complexas de entrega, atendendo às necessidades específicas de cada cliente. Algoritmos de roteamento inteligentes, combinados com sensores e dispositivos IoT (Internet das Coisas), estão possibilitando entregas personalizadas em tempo real. Por exemplo, drones e veículos autônomos estão sendo utilizados para entregas rápidas e eficientes, enquanto sistemas de gestão de armazéns automatizados garantem a precisão e a velocidade no processamento de pedidos.

2 – Seguro contra mudanças climáticas

O impacto do clima está incentivando os provedores de logística a buscar seguros contra eventos climáticos extremos, um custo que pode ser transferido para os consumidores, especialmente aqueles em regiões mais instáveis. Além disso, as empresas estão investindo em estratégias de resiliência, como diversificação de rotas de transporte e localização de centros de distribuição em áreas menos suscetíveis a desastres naturais.

3 – Combate à escassez de habilidades

A automação e os agentes virtuais demandam uma força de trabalho qualificada e capaz de gerenciar tarefas habilitadas por tecnologia. A solução? Upskilling através de aprendizagem remota e oportunidades de trabalho. As empresas estão investindo em programas de treinamento especializados para capacitar seus funcionários nas mais recentes tecnologias e práticas de supply chain. Além disso, parcerias com instituições educacionais e programas de estágio estão sendo implementadas para atrair e desenvolver talentos promissores.

4 – Agentes virtuais no comando

A escassez de trabalhadores está levando os agentes virtuais a assumirem funções de back-office. Em breve, eles poderão se autogerenciar, trabalhando lado a lado com seus colegas “cobots”. Os agentes virtuais estão sendo integrados em sistemas de gerenciamento de armazéns, sistemas de planejamento de recursos empresariais (ERP) e plataformas de comércio eletrônico para automatizar processos como monitoramento de estoque, geração de relatórios e atendimento ao cliente. Esses softbots são capazes de aprender e se adaptar continuamente, melhorando a eficiência operacional e liberando os funcionários para se concentrarem em tarefas mais estratégicas.

5 – Fabricação instantânea para atender à demanda

Com o crescimento do e-commerce, as indústrias estão sendo realocadas para mais perto do consumidor, visando atender às demandas de maneira mais rápida e eficiente. A manufatura aditiva, também conhecida como impressão 3D, está revolucionando a produção ao permitir a fabricação sob demanda de peças e produtos personalizados. Além disso, a fabricação próxima do destino reduz os custos de transporte e o tempo de entrega, aumentando a satisfação do cliente e a competitividade das empresas.

6 – Verificação baseada em valores

Em um mundo de conflitos globais e consumidores cautelosos, a demanda por transparência na cadeia de suprimentos nunca foi tão alta. A coleta e transmissão de dados granulares se tornarão essenciais. Tecnologias como blockchain estão sendo adotadas para rastrear a proveniência e o histórico de produtos, garantindo a integridade e a ética em toda a cadeia de suprimentos. Além disso, iniciativas de responsabilidade social corporativa e sustentabilidade estão se tornando cada vez mais importantes, com empresas buscando parceiros e fornecedores alinhados com seus valores e objetivos.

A jornada é intrincada e desafiadora, mas o destino é inequívoco: estamos avançando rumo a um sistema de logística e cadeia de suprimentos que se destaca pela inteligência, agilidade e, fundamentalmente, adaptabilidade. No contexto brasileiro, já presenciamos operações logísticas robustas e sofisticadas que incorporam modais tecnológicos avançados, assemelhando-se à representação abaixo, que ilustra bem a nossa progressão para essa nova era logística.

Fonte: “O futuro on-demand do supply chain: seis insights de alto impacto – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

 

 

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Como melhorar a última milha diante de desafios e oportunidades?

A entrega de um produto ao cliente é um processo complexo que envolve diversas etapas, desde a fabricação até a distribuição. Mas a etapa mais crítica é a última milha, o trecho final entre o centro de distribuição local e o endereço do cliente. Nessa etapa, o produto sai de um ambiente controlado e padronizado para um ambiente imprevisível e variável, onde podem ocorrer problemas variados, desde trânsito e acidentes até avarias, greves ou ausência do cliente.

Por isso, as empresas precisam investir em soluções que otimizem a última milha. Ela é a etapa que mais impacta a experiência do cliente. Uma entrega rápida, eficiente e segura pode gerar fidelidade e confiança, enquanto uma atrasada, danificada ou perdida leva à insatisfação e a reclamações. Por isso, a última milha é, ao mesmo tempo, desafio e oportunidade para as empresas que querem se destacar em um mercado competitivo.

Nesse contexto, a chamada entrega de última milha (LMD – Last Mile Delivery) é um fator crucial para o sucesso das cadeias de suprimentos, demandando flexibilidade e criatividade. O foco é proporcionar uma experiência satisfatória, dirimir custos e se destacar.

Alguns insights

Com base em dados de um estudo da Gartner, compartilho algumas ideias com quem busca superar as dificuldades das operações de última milha.

Foco no cliente

Ao adotar estratégias centradas no cliente e impulsionadas pela tecnologia, é importante lembrar que um mercado fragmentado, com tecnologia fragmentada, atende a diversos casos de uso e ofertas de serviços de entrega. É necessário enfrentar as pressões de custo, que resultam na segmentação dos custos de entrega, com novos serviços premium e planos de entrega. Além disso, é necessário preservar a reputação da marca, investindo em capacidades tecnológicas que aprimorem a experiência do cliente.

Um dos principais desafios do LMD é garantir a satisfação do cliente em todas as etapas do processo, desde o momento do pedido até a entrega final. Para isso, é essencial oferecer transparência, flexibilidade e conveniência ao cliente, permitindo que ele acompanhe o status do seu pedido, escolha o horário e o local de entrega mais adequados, e receba o seu produto em perfeitas condições. Além disso, é importante coletar e analisar os dados e o feedback do cliente, para identificar as suas necessidades, preferências e expectativas, e assim melhorar continuamente o serviço de entrega.

Superando obstáculos

A otimização da última milha B2B, por meio de soluções que sejam apropriadas às demandas específicas B2B, está entre as recomendações para os líderes de tecnologia de cadeia de suprimentos que são responsáveis pela última milha.

Outro ponto é a priorização da tecnologia focada no cliente e que melhora sua experiência, tão fundamental para a proteção da marca e interações positivas.

Também é essencial digitalizar a experiência, usando soluções de entrega de última milha que possibilitam roteamento, reservas, rastreamento e comunicação digital.

Já na hora de avaliar os fornecedores, é preciso definir os requisitos comerciais e avaliar as capacidades, considerando os tipos de frotas, as geografias e os serviços de entrega.

Como avançar na entrega de última milha

Vale lembrar que o mercado de aplicativos de LMD é dinâmico, fragmentado e sempre afetado pelas exigências dos clientes e novos modelos de negócios. É preciso contar com soluções inteligentes e integradas para otimizar o planejamento, a execução e o monitoramento das entregas.

Imperativo estratégico: future-proofing

O future-proofing é uma estratégia que visa antecipar e se adaptar às mudanças futuras que podem afetar o negócio. Na entrega de última milha, ela envolve planejar e implementar soluções que possam atender às demandas crescentes e variadas dos consumidores, bem como aos desafios ambientais, sociais e regulatórios.

Algumas das possíveis soluções para o future-proofing na entrega de última milha se relacionam ao tipo de veículo, otimização de rotas e horários de entrega, integração dos canais online e offline, opções de retirada ou devolução, e tecnologias como inteligência artificial, blockchain e internet das coisas.

Excelência na última milha

Nesse cenário, destaco as tecnologias de last mile para automação e suporte a serviços como click-and-collect para redução de custos, refinamento estratégico da entrega e terceirização da entrega, sempre mantendo supervisão centrada no engajamento do consumidor e na última milha.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/como-melhorar-a-ultima-milha-diante-de-desafios-e-oportunidades”

 

 

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GTIN: O Código que Revolucionou o Comércio Global

A importância do Número Global de Item Comercial, mais conhecido pela sigla GTIN, no mundo do comércio e da logística é inegável. Este sistema de numeração desempenha um papel fundamental na padronização global de identificação de produtos, facilitando não só o comércio e a distribuição, mas também a gestão de inventário e a rastreabilidade de itens. Vamos explorar a relevância e o impacto do GTIN em quatro aspectos cruciais.

Padronização e Consistência Global
• Uniformidade Internacional: O GTIN oferece um sistema de identificação uniforme, utilizado em todo o mundo. Isso significa que um produto pode ser identificado de maneira consistente em diferentes países e sistemas de inventário.
• Facilita o Comércio Internacional: A padronização dos códigos de produto simplifica o comércio internacional, permitindo que empresas e sistemas alfandegários de diferentes países identifiquem produtos de maneira rápida e precisa.
• Integração com Sistemas Globais: O GTIN é compatível com sistemas de TI usados em vários setores, facilitando a integração de dados em plataformas de e-commerce, sistemas de logística e bases de dados de produtos.

Eficiência na Cadeia de Suprimentos
• Gestão de Inventário Otimizada: O uso do GTIN permite um controle mais eficiente do inventário, ajudando as empresas a evitar excessos ou falta de estoque.
• Rastreabilidade de Produtos: O GTIN facilita o rastreamento de produtos ao longo da cadeia de suprimentos, desde o fabricante até o consumidor final.
• Redução de Erros e Custos: A padronização proporcionada pelo GTIN ajuda a minimizar erros de envio e recebimento de mercadorias, reduzindo custos associados com devoluções e correções.
Impacto no Varejo e no Comércio Eletrônico
• Agilidade no Ponto de Venda: No varejo, o GTIN agiliza o processo de checkout, permitindo a rápida leitura de informações do produto.
• Informações Detalhadas para o Consumidor: No comércio eletrônico, o GTIN pode ser usado para fornecer informações detalhadas sobre o produto, melhorando a experiência de compra online.
• Compatibilidade com Plataformas Online: O GTIN é amplamente utilizado em plataformas de e-commerce e marketplaces, facilitando a listagem e comparação de produtos por consumidores em todo o mundo.
Tendências Futuras e Inovações
• Adaptação a Novas Tecnologias: O GTIN está se adaptando a novas tecnologias, como a Internet das Coisas (IoT) e blockchain, para oferecer ainda mais precisão e eficiência na rastreabilidade de produtos.
• Contribuição para a Sustentabilidade: O GTIN pode desempenhar um papel crucial em iniciativas de sustentabilidade, facilitando o rastreamento da origem dos produtos e promovendo a transparência na cadeia de suprimentos.
• Evolução Contínua: O sistema de GTIN continuará evoluindo para atender às necessidades emergentes do mercado global, incluindo a adaptação a padrões de dados mais complexos e a integração com sistemas de inteligência artificial.
GTIN como Catalisador da Interoperabilidade Setorial
• Sinergia entre Setores: O GTIN não é apenas uma ferramenta para o varejo; ele transcende setores, criando uma linguagem comum que facilita a interoperabilidade entre diferentes indústrias, como a manufatura, a saúde e o varejo. Isso é vital para a integração de cadeias de suprimentos, onde produtos e insumos transitam entre diversos setores.
• Padronização Universal: A uniformidade que o GTIN traz para a identificação de produtos simplifica a colaboração e a comunicação entre diferentes empresas e setores, possibilitando processos mais ágeis e precisos.
• Estratégias de Gestão de Inventário: Com a utilização do GTIN, empresas podem implementar sistemas de gerenciamento de inventário mais sofisticados, que sincronizam dados entre fornecedores, fabricantes e varejistas, otimizando a cadeia de suprimentos.
Combate à Contrafação e Garantia de Autenticidade
• Segurança do Produto: Em um mercado global onde a contrafação de produtos é uma preocupação crescente, o GTIN oferece uma solução robusta para garantir a autenticidade dos produtos. Ao rastrear a origem e o percurso dos itens, o GTIN ajuda a combater a entrada de produtos falsificados no mercado.
• Confiança do Consumidor: A capacidade de verificar a autenticidade de um produto através do GTIN aumenta a confiança dos consumidores, que podem ter certeza da procedência e qualidade do que estão comprando.
• Integridade da Marca: Para as empresas, o uso do GTIN é uma forma de proteger a integridade de suas marcas, assegurando que apenas produtos genuínos cheguem aos consumidores.
Impacto do GTIN na Experiência do Consumidor
• Informações Detalhadas e Acessíveis: O GTIN permite que os consumidores acessem informações detalhadas sobre os produtos, desde especificações técnicas até informações sobre a origem e sustentabilidade. Isso enriquece a experiência de compra, permitindo escolhas mais informadas.
• Facilidade de Compra: No comércio eletrônico, o GTIN facilita a busca e comparação de produtos, tornando a experiência de compra online mais eficiente e satisfatória.
• Transparência e Confiabilidade: Ao fornecer um meio confiável de rastrear a jornada do produto, o GTIN fortalece a transparência, um aspecto cada vez mais valorizado pelos consumidores modernos.
Desafios e Oportunidades na Adoção do GTIN
• Implementação e Custo: Embora o GTIN ofereça inúmeros benefícios, sua implementação pode representar um desafio, especialmente para pequenas empresas. Isso inclui o custo de adaptação ou atualização de sistemas e a necessidade de treinamento dos colaboradores.
• Oportunidades de Mercado: Para empresas que superam esses desafios, o GTIN abre portas para novos mercados e oportunidades de negócios. Ele permite a integração em mercados globais e a participação em plataformas de e-commerce de alto nível.
• Preparação para o Futuro: A adoção do GTIN posiciona as empresas para o futuro, preparando-as para avanços tecnológicos como a Internet das Coisas (IoT) e sistemas de inteligência artificial, que estão definindo a próxima onda de inovações comerciais e operacionais.

Conclusão
O GTIN é muito mais do que um conjunto de números em um produto; é uma chave que desbloqueia eficiência, transparência e conectividade no comércio global. Desde a padronização e consistência até a promoção de eficiência na cadeia de suprimentos, o impacto do GTIN no mundo dos negócios é profundo e duradouro. À medida que nos movemos para um futuro cada vez mais digital e interconectado, o papel do GTIN na facilitação do comércio global, na melhoria da experiência do cliente e na promoção de práticas de negócios sustentáveis continuará a crescer e evoluir.

Fonte: “GTIN: O Código que Revolucionou o Comércio Global – Jornal Hora Extra

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Os diferenciais do setor de condomínios logísticos

Mundialmente, a logística no horizonte da distribuição física, com as novas tecnologias acelerando e controlando, otimiza os processos de transporte e armazenamento, da origem ao destino, Condomínios Logísticos tem papel destacado nessa nova cultura, como filosofia de operação. Neste contexto, como fator de mudança, tem destaque as inovações com Blockchain e Inteligência Artificial (IA), bem como a localização estruturada do empreendimento.

Ao focar o transporte porta à porta (door-to-door), a função dos Condomínios Logísticos, como extensão de portos e aeroportos, amplia espaços e agiliza a distribuição. Estrategicamente, ocorrem desafios e oportunidades como consequência dos novos arranjos e abordagens de espaços para armazenamento, valorizando os papéis dos construtores e investidores no planejamento. Realidade em estágio avançado nos principais centros de distribuição física no Hemisfério Norte e já em curso no Brasil.

A análise da Savills European Real State Logistics Census, considerando a globalização, cada vez mais real, bem como as tendências dos mercados e o papel específico do Condomínio Logístico, depois de um ano de 2023 em queda, a projeção do crescimento da atividade na Europa é otimista. Projeta um horizonte de uma nova ocupação de áreas na distribuição eficiente, com aplicação intensiva de tecnologias modernas. A cautela maior ocorre no setor imobiliário.

No cenário brasileiro, o sentimento sobre as locações é de crescimento, O investidor está mais perspicaz sobre o ativo, na ótica operacional e na localização. A disponibilidade de área adequada é questão-chave. Veículos elétricos, automação e tecnologia digital são itens notáveis, na logística verde e no atendimento ao cliente. Na busca de custo competitivo, a eficiência alavanca as práticas ESG, reduz os tempos ociosos e eleva os ganhos.

A projeção de contêineres para 2024 aponta um crescendo, tendência que deverá refletir positivamente no setor de Condomínios Logísticos. Eficiência e sustentabilidade, cada vez mais, são fatores culturais. Esse processo em curso de produtividade integrada e colaboração sem precedentes, já é uma realidade, O sucesso exige adaptações ágeis e investimentos balizados em tomadas de decisão, com visão que assegure a empresa agregando valor ao longo do tempo.

Fonte: “Os diferenciais do setor de condomínios logísticos – Portogente

Logística emergencial: perspectivas são positivas para 2024

A emergencialidade no transporte de cargas e encomendas vem ganhando espaço entre as empresas. Realizada geralmente pelo modal aéreo, a logística emergencial trabalha para que as cargas sejam entregues aos clientes no menor tempo hábil e com a segurança necessária.

As operadoras logísticas concentram 12% do PIB, o equivalente a 20% dos custos de transporte e armazenagem no Brasil. São cerca de mil empresas e 2 milhões de empregos, segundo dados da ABOL – Associação Brasileira de Operadores Logísticos. Para 2024, a perspectiva é otimista. O crescimento do PIB, na casa dos 3% em 2023 e previsão perto dos 2% em 2024, aliado à redução gradativa da taxa de juros é um bom sinal. Outro dado importante é a previsão de crescimento do setor farmacêutico brasileiro, na casa dos 9% em 2024, impulsionando a logística emergencial aérea, que entrega cargas e encomendas no menor tempo hábil possível.

Para explicar sobre os avanços e desafios do setor para 2024, o especialista em Logística Marcelo Zeferino, CCO da Prestex, há 20 anos no setor de logística emergencial B2B, responde algumas perguntas:

Qual o principal avanço da logística emergencial e o que esperar para 2024?

Marcelo Zeferino: A cada ano da última década temos nos deparado com alguma mudança disruptiva: pandemia, internet das coisas (IOT), blockchain e a inteligência artificial (AI), que se faz cada vez mais presente em nossa rotina. O grande ponto é saber utilizar essas mudanças e ferramentas para que favoreçam a produtividade do setor, beneficiando o consumidor final. Na logística emergencial, por exemplo, a inteligência artificial vem trazendo previsibilidade para o processo, com respostas cada vez mais rápidas. A AI nos fez repensar as perguntas, elevando a competitividade. A emergencialidade de cinco anos atrás é a rotina de hoje, a velocidade de entrega mudou e é necessário acompanhá-la.

Como enxergar a logística emergencial em um futuro próximo?

Marcelo Zeferino: Entendo que a logística emergencial, como é definida hoje, em um curto espaço de tempo será denominada só como logística. Hoje não aceitamos pedir algo para comer e não receber em 30 minutos, no passado isso era impossível. Assim caminha também com o transporte de cargas. Com a evolução das tecnologias e investimentos nos modais corretos, toda a velocidade disponível poderá ser ofertada para a indústria, levando competitividade logística e redução de estoques.

Business Intelligence, automatização, AI, quais outras soluções tecnológicas a logística ainda pode agregar?

Marcelo Zeferino: As ferramentas de análise de grandes quantidades de dados (big data), têm sido instrumentos fundamentais de suporte à expansão do setor de logística. Outra novidade é o blockchain, apesar de ser constantemente associado ao Bitcoin e criptomoedas, ele pode ser aplicado em inúmeras áreas, incluindo a logística. No blockchain, as informações são descentralizadas no banco de dados e compartilhadas entre vários usuários, isso pode ser utilizado no rastreamento de cargas, compartilhamento de frota, entre outras aplicações, trazendo otimização dos processos e redução dos custos. O principal ponto é não fechar os olhos para as tendências. É preciso interligar os pontos através dessas tecnologias para que o consumidor se sinta dentro do processo e não como um produto de prateleira.

E o fator humano, que peso tem nesta balança da tecnologia?

Marcelo Zeferino: O fator humano é preponderante para o sucesso da interligação das tecnologias com o objetivo fim, que no caso da logística emergencial é solucionar o problema de uma carga que precisa ser transportada no menor tempo possível, com qualidade, segurança, monitoramento e acompanhamento do cliente em 100% do percurso. As tecnologias servem para aprimorar, evitar desperdícios e trazer velocidade às relações, mas não elimina a necessidade do humano no processo. Sentimento, percepção, felling ainda não podem ser interpretados por AI ou qualquer subterfúgio tecnológico, daí a importância em conhecer e saber interpretar as tecnologias. E, vale lembrar que em um momento emergencial, ninguém gosta de ser atendido por um robô. Investir no capital humano com treinamentos, plataformas educacionais que ofereçam as habilidades que o mercado necessita, ainda é o caminho para se somar às tecnologias. Em 2023 a Prestex implantou uma plataforma educacional personalizada em parceria com a Revvo, empresa especializada em aprendizagem corporativa.

No setor de medicamentos, com a obrigatoriedade da RDC 653 a partir de março 2024, o que muda? 

Marcelo Zeferino: Na prática é exigir cada vez mais profissionalismo de todas as partes do processo. De nada adianta milhões de investimentos por parte da indústria farmacêutica, por exemplo, se o setor de logística não acompanhar as melhores práticas para a distribuição dos medicamentos. Alterações como essas da RDC são fundamentais para balizar o nível de qualidade do mercado. Pela RDC 653/2022, os medicamentos e insumos que necessitam de autorização da Anvisa precisam ter a temperatura monitorada da coleta até o destino final, incluindo um mapeamento térmico de rotas no trajeto, entre outras demandas. Isso é fundamental para preservar a integridade dos medicamentos, principalmente os termolábeis (biológicos e imunobiológicos, vacinas e insulinas) altamente sensíveis às mudanças de temperatura. Lembro que o mercado farmacêutico brasileiro espera crescer mais de 9% em 2024 e o setor de logística precisa acompanhar essa demanda com a qualidade necessária.

As empresas já estão adequadas à nova norma?

Marcelo Zeferino: Algumas empresas ainda estão correndo atrás da adequação. Esse mercado, definitivamente, não é para aventureiros ou você investe e se adequa ou sai do jogo. Na Prestex, por exemplo, foi investido 1,8 milhão com pesquisa e desenvolvimento para cumprir as exigências. A empresa obteve a certificação da Anvisa adequada à nova RDC. O SLA (índice de entregas no prazo) é acima de 99%.

E quanto à Prestex? Qual a projeção para 2024? 

Marcelo Zeferino: Em 2023 investimos em uma nova base corporativa em São Paulo, além de pontos de atendimentos que temos no Nordeste e Sul para suprir a indústria de transformação que atua no país. Foram implantadas novas ferramentas tecnológicas com aquisição de softwares específicos. Para 2024 entramos em um novo ciclo de planejamento estratégico para crescimento das operações, uma vez que as empresas passaram a entender que uma logística ágil bem operada, é sinônimo de produtividade, segurança da carga, certeza de entrega no prazo e satisfação do cliente.

Fonte: “https://www.terra.com.br/noticias/logistica-emergencial-perspectivas-sao-positivas-para-2024,506705d2cf298d83cf4d5f39185bdc4aavpbwedx.html?utm_source=clipboard”

IA no comércio virtual: veja 11 tendências para o próximo ano

O mercado global de comércio eletrônico impulsionado por IA deve movimentar US$16,8 bilhões até 2030. Confira as tendências da área.

Até 2030, o mercado global de comércio eletrônico impulsionado pela inteligência artificial (IA) deve movimentar US$16,8 bilhões, de acordo com a Gartner, empresa americana de pesquisa e consultoria.

À medida que o mundo testemunha o aumento de conteúdo personalizado impulsionado pela IA, sobretudo no caso da generativa, pesquisas indicam que o valor da adoção dessa tecnologia na indústria do varejo está prestes a alcançar a cifra de US$ 36.462,5 milhões até 2030, coincidindo com a projeção das vendas do comércio eletrônico, que devem crescer para para US$ 7,3 trilhões até 2025.

Daniel Pisano, fundador da Vurdere, afirma que, conforme o comércio eletrônico se consolida como um componente do varejo, é imperativo que os negócios explorem estratégias inovadoras e se mantenham à frente das expectativas do consumidor. Nesse cenário, ele destaca 11 atitudes para entrar com o pé direito em 2024.

Tendências do comércio eletrônico para 2024:
1 – Regulamentação da IA

A transparência, com enfoque na aplicabilidade dos algoritmos, evitará decisões obscuras, trará privacidade e segurança na proteção de dados e respeito à privacidade dos usuários. Na primeira semana de dezembro, representantes da União Europeia alcançaram um consenso histórico nas primeiras regras abrangentes de inteligência artificial do mundo. Esse acordo estabelece as bases para a supervisão legal da tecnologia de IA, que promete transformar a vida cotidiana e tem despertado preocupações sobre possíveis perigos existenciais para a humanidade.

Durante as negociações, membros do Parlamento Europeu e representantes dos 27 países da UE conseguiram superar divergências significativas em questões controversas, como a IA generativa e o uso de reconhecimento facial para vigilância policial. O resultado foi a assinatura de um acordo político preliminar para o Ato de Inteligência Artificial. O Comissário Europeu Thierry Breton expressou a realização do acordo em uma mensagem no Twitter, destacando que a UE se tornou o primeiro continente a estabelecer diretrizes claras para o uso da IA.

2 – Personalização aprimorada

Investir em tecnologias de personalização alimentadas por IA para oferecer uma experiência de compra única, antecipando as necessidades e preferências individuais dos clientes. O perfil do consumidor vem mudando radicalmente na última década, tornando-os mais exigentes em relação às ofertas direcionadas ao seu contexto de vida e uma maior facilidade na compra. Além disso, o ambiente de compra mais social e participativo com pessoas que compartilham os mesmos interesses é uma tendência na personalização de conteúdo gerado pelo usuário.

3 – Integração omnichannel

Desenvolver estratégias omnichannel robustas, garantindo uma experiência integrada entre os canais online e offline, proporcionando conveniência ao cliente em todos os pontos de contato. Não seria interessante para a reputação do varejista que, ao pesquisar um produto na loja física, o cliente tivesse acesso às avaliações que seus conhecidos fizeram para aquele produto e ajudá-lo no momento da compra? Sim, já é possível uma maior integração da jornada de compra online e offline trazendo esse senso de comunidade e social commerce.

4 – Segurança e confiança

Reforçar medidas de segurança online para garantir a confiança do cliente, incluindo protocolos de pagamento seguros, políticas claras de privacidade e práticas antifraude eficazes. Essa dica é eterna!

5 – Experiências do usuário (CX) aprimoradas:

Explorar e estudar tendências e comportamentos que facilitem uma compra fluida e sem stress. A usabilidade das soluções e processo de cada pessoa são diversos, entender o comportamento desses perfis de compradores é fundamental para oferecer soluções que se encaixam à necessidade de assistência na compra, a suporte, logística, formas de pagamentos, entre outros. O varejo precisa entender a fundo seu consumidor e criar ferramentas que proporcionem fluidez para aumentar seu faturamento.

6 – Sustentabilidade e responsabilidade social

Integrar práticas sustentáveis em todas as operações, demonstrando compromisso com a responsabilidade social e atendendo às crescentes expectativas dos consumidores por negócios ecologicamente conscientes.

7 – Agilidade na logística

Aprimorar as operações logísticas, priorizando a rapidez na entrega e oferecendo opções flexíveis de frete para atender às demandas de consumidores cada vez mais exigentes. Além disso, reduzir o retorno dos produtos gerados pela insatisfação de compra. Nas tendências de personalização aprimorada, vemos soluções que trabalham em conjunto para minimizar esses custos, como soluções de provador virtual, realidade aumentada para dimensionamento do produto no espaço e soluções de social commerce para trazer primeiro o conteúdo de pessoas que compartilham os mesmos gostos e contextos.

8 – Análise preditiva:

Uso de análise preditiva para antecipar as preferências do cliente, prever tendências de compra e otimizar estratégias de estoque e precificação.

9 – Pagamentos com tecnologia sem contato

A demanda pelo uso de métodos de pagamento sem contato e carteiras digitais, com integração de tecnologias como NFC (Near Field Communication) e pagamentos biométricos, é crescente. O varejo precisa estar preparado para absorver novas tecnologias que garantam mais fluidez e menos fricção nos meios de pagamento.

10 – Uso de blockchain para transparência na cadeia de suprimentos

Implementação para registros distribuídos, garantindo transparência e imutabilidade. Com a rastreabilidade aprimorada impactará na Redução de Fraudes trazendo maior segurança e confiabilidade nas transações, minimizando riscos. A falta de entendimento sobre a tecnologia blockchain é uma barreira que as empresas fornecedoras de soluções precisam traduzir em benefícios para clientes no long tail.

Uma aplicação fundamental na segurança de dados é a possibilidade de proteger seus dados sensíveis que podem ser compartilhados e facilidades de pagamentos onde os pedágios para pequenos empreendedores sejam muito menores.

11- Uso de realidade virtual para experiências imersivas de compra

A criação de ambientes virtuais para compras imersivas incrementa a visualização e a interação de produtos em ambientes simulados antes da compra. A experiência realista reduz incerteza, aumentando a confiança do consumidor.

“Ao reconhecer não apenas a ascensão do comércio eletrônico, mas também a sua transformação contínua, os negócios estarão melhor posicionados para prosperarem em um ambiente digital dinâmico, respondendo de maneira eficaz às expectativas do consumidor e à evolução constante do mercado”.
Daniel Pisano
‘https://olhardigital.com.br/2023/12/28/pro/ia-no-comercio-virtual-veja-11-tendencias-para-o-proximo-ano/

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IoT aplicada no setor de logística

Segundo o estudo “IoT Snapshot 2022”, entre os anos de 2018 e 2021, o mercado identificou que 57% das companhias brasileiras já estão implementando a tecnologia em seus negócios.

É inegável que a tecnologia passou a ser indispensável em todos os segmentos da economia, graças aos benefícios que ela proporciona para os negócios. Por isso, soluções como Big Data, Inteligência Artificial, Machine Learning e Internet das Coisas (IoT) vêm sendo amplamente adotadas no dia a dia das empresas nos mais diversos segmentos.

De acordo com o estudo “IoT Snapshot 2022”, elaborado pela empresa global Logicalis, entre os anos de 2018 e 2021, o mercado identificou que 57% das companhias brasileiras já estão implementando soluções de IoT em seus negócios. Com relação às soluções mais utilizadas destacam-se o monitoramento de ativos e manutenção preditiva (31%), geolocalização (28%) e rastreamento de entregas, cargas e/ou logística externa (27%).

Como podemos notar, o segmento de logística é um dos maiores usuários de aplicações de IoT. Devido ao número alto de informações de rotas, gestão de ativos, veículos e pessoas, que precisam ser coletadas, processadas e analisadas diariamente, a tecnologia IoT faz com que todo esse processo se torne muito mais eficaz. Muitas empresas já entenderam o valor do IoT para aprimorar suas operações logísticas, garantir maior segurança e eficiência e reduzir custos e perdas.

Além disso, o Brasil possui uma grande extensão territorial e desafios significativos, como a alta dependência do modal rodoviário, tornando o uso das aplicações IoT um componente fundamental para atender essa demanda e alcançar resultados econômicos mais expressivos e com maior eficiência operacional.

Atualmente, as soluções de IoT para o segmento de logística e gestão de ativos envolvem a aplicação de dispositivos e sensores conectados via conectividade celular, que são integrados a diversos elos da cadeia, como caminhões, veículos leves, contêineres, pallets e até mesmo as mercadorias em si. O objetivo é coletar dados em tempo real, tornando possível rastrear a localização exata dos ativos durante toda a cadeia de suprimentos, permitindo um monitoramento preciso de todas as etapas do processo logístico.

Assim, essas informações coletadas são transmitidas para plataformas de análise e gerenciamento de riscos, onde são processadas e interpretadas por equipes especializadas.

Além disso, a Internet das Coisas proporciona diversas aplicações para melhorar a eficiência, rastreabilidade e segurança das operações, como o uso de sensores de rastreamento em cargas, que permitem monitorar em tempo real da localização e condição dos produtos. Esses sensores podem medir até mesmo variáveis como temperatura, umidade, luminosidade, choque e outros parâmetros específicos de cada carga, garantindo que as mercadorias sejam transportadas em condições ideais e seguras.

Ela também possibilita a automação de processos logísticos, como inventário, gerenciamento de frota e roteirização otimizada, garantindo entregas mais rápidas e precisas. Em um futuro próximo, podemos esperar que a combinação do IoT com outras tecnologias, como IA/ML (Inteligência Artificial e Machine Learning) e Blockchain, se torne comum, resultando em uma gestão mais inteligente e preditiva das cadeias de suprimentos, com mais segurança dos dados e das transações.

Dispositivos serão integrados à sistemas de IA/ML para prever demandas futuras, otimizar rotas de entrega e antecipar problemas de manutenção em veículos e equipamentos. A aplicação de tecnologias Blockchain também ganhará relevância para garantir a transparência e segurança nas cadeias de suprimentos, rastreando cada etapa do processo logístico de forma imutável, adiantando processos documentais e agilizando obrigações alfandegárias.

No longo prazo, a tecnologia IoT deve revolucionar completamente a logística como conhecemos hoje, automatizando quase que completamente a forma como as operações logísticas são realizadas. O uso extensivo de veículos autônomos e drones, para entregas e transporte de mercadorias deve ganhar impulso, além de redes inteligentes de distribuição que respondem automaticamente a demandas variáveis.

O IoT também impulsionará a economia compartilhada, na qual os ativos logísticos serão compartilhados entre várias empresas para maximizar a eficiência e minimizar custos. Tudo isso resultará em uma logística mais eficiente, sustentável e conectada, trazendo benefícios significativos para as empresas e para a sociedade como um todo.

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Os desafios da segurança cibernética com os avanços das tecnologias

Em evento “O papel da cibersegurança em tempos de inovação tecnológica”, especialistas debatem como minimizar os riscos de segurança ao investir em tecnologias inovadoras.

O conceito digital first exige das empresas um maior investimento em tecnologias inovadoras para transformar a jornada do consumidor. Apesar do maior alcance, isso criou expectativas de retorno imediato, principalmente na geração Z, e uma série de desafios de conciliar a personalização em massa com o atendimento na loja e o e-commerce.

Inteligência artificial, blockchain, IoT e 5G são algumas das tecnologias utilizadas para entender o comportamento do consumidor e melhorar a sua experiência. Mas à medida que as tecnologias avançam, os riscos e desafios da segurança cibernética também crescem.

Segundo uma pesquisa feita pela HPE Aruba Networking em 21 países, incluindo o Brasil, apesar de considerarem a tecnologia emergente como fundamental para liberar novos fluxos de receita nos próximos 12 meses, 91% dos líderes de TI a consideram perigosa ou admitem já ter sofrido alguma violação por causa dela.

“Cada nova possibilidade representa uma nova ameaça. Isso tem que ser bem avaliado. Não tem mais como dissociar a infraestrutura de segurança. É preciso incorporar novas ferramentas no processo, dando sustentação de forma segura”, disse Antenor Nogara, country manager da HPE Aruba Networking, durante o evento “O papel da cibersegurança em tempos de inovação tecnológica” realizado pela Mercado&Consumo, em parceria com a HPE Aruba Networking, no dia 13 de novembro, em São Paulo.

Para Gustavo Torrente, head da Fiap Empresas, as empresas devem colocar na balança o modelo de negócios e as novas tecnologias. “É preciso entender a maturidade das equipes e de cada uma dessas ferramentas. Será que vale a pena implementar uma nova tecnologia a qualquer custo, sem pensar em infraestrutura e segurança?”, questiona.

Olavo Poleto, executivo de SASE (Secure Access Service) da HPE Aruba Networking, avalia que inovar sem considerar aspectos de Segurança da Informação pode comprometer a continuidade dos negócios. “Incluir a segurança no contexto da inovação é essencial para proteger os ativos, manter a confiança dos clientes, atender às regulamentações, garantir a continuidade dos negócios e, em última análise, aumentar a competitividade global num cenário empresarial em rápida evolução. Todos esses elementos são elos da mesma cadeia. Não adianta avançar rápido para aproveitar uma oportunidade de mercado e ignorar possíveis vulnerabilidades que exponham a organização a riscos cibernéticos. Ataques cibernéticos podem ser altamente prejudiciais para empresas de qualquer porte ou setor econômico, não apenas pelo custo financeiro, mas também pela reputação da empresa. Adotar o Secure by Design é um bom começo” diz.

 

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Opinião: blockchain é o futuro do setor logístico

Blockchain pode garantir transparência e segurança em processos logísticos para um mundo em que o consumidor está cada vez mais exigente.

Quando se pensa em comércio global, o setor logístico é uma parte vital que tem a responsabilidade de garantir o transporte seguro e efetivo no mundo. O blockchain, por sua vez, vem realizando uma transformação na gestão desse setor, possibilitando oportunidades de melhoria com relação a automatização de processos e aumento de segurança.

Disse no título que o blockchain é o futuro deste mercado, mas isso foi só para chamar sua atenção, caro leitor. A realidade é que o blockchain já é o presente da logística e quem não está trabalhando para integrar, já está léguas atrás.

Pensando nisso, e em um mundo em que o consumidor está cada vez mais exigente com ferramentas de rastreamento e confiabilidade dos produtos, como essa solução pode garantir transparência e segurança ao longo do trajeto?

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Impacto do blockchain no setor logístico

Em detrimento da complexidade dos processos, dos desafios envolvidos nesse setor e do contexto em que as empresas são cobradas por transparência operacional, segurança de transporte e por consequência a confiabilidade, a tecnologia blockchain emerge como uma aliada.

Nesse sentido, é importante destacar que, segundo dados da Grand View Research, 12,5% da receita do mercado global de blockchain foi destinada ao setor logístico, evidenciando o reconhecimento da sua importância e impacto positivo nas operações logísticas.

Sendo assim, uma das principais funcionalidades trazidas pelo uso de blockchain é a capacidade de viabilizar o rastreamento em tempo real de um produto desde sua saída até o destino final. A tecnologia garante também a criação de uma cópia digital de um objeto físico ou até de um processo operacional ou industrial, melhorando a transparência e reduzindo os riscos das operações.

Desse modo, as partes envolvidas na operação logística têm visibilidade das mercadorias, possibilitando uma maior sensação de segurança e transparência desse acompanhamento que antes não era entregue.

Além da possibilidade do rastreio contínuo das mercadorias, o blockchain influencia diretamente na redução de fraudes durante as operações administrativas. Essa automatização consiste em garantir a autenticidade das informações disponibilizadas durante a realização de transações, impedindo adulterações dos registros e por consequência gerando maior confiança nos processos.

É de suma importância ter informações registradas principalmente em setores como o de alimentos e medicamentos em que a autenticidade é indispensável.

Complexidades

Por outro lado, a solução é complexa e exige recursos intensivos em qualquer setor. Por isso, diversas complexidades estão envolvidas na implementação de projetos blockchain nos negócios atualmente. Dentre elas, destaco a escalabilidade que continua sendo um desafio crítico para muitas soluções blockchain.

Não só pela limitação na velocidade de transações por segundo, mas também pelos custos altos e imperecíveis das taxas cobradas em cada transação pela grande maioria dos protocolos.

Outro obstáculo é a falta de padrões e protocolos comuns para comunicação entre diferentes blockchains e sistemas tradicionais. Também é importante ressaltar que a incerteza regulatória ainda está presente em muitos setores e acaba dificultando a adoção em larga escala.

Apesar das complexidades existentes, entendo que a tecnologia está em constante evolução e bem posicionada para superar essas adversidades à medida que avançamos para um futuro mais interconectado e descentralizado.

Por fim, mesmo com alguns entraves relacionados à implementação desses sistemas nas empresas, são vários os benefícios do uso da tecnologia na gestão logística, automatizando processos. Com o potencial do blockchain, cada vez mais, as organizações investem em pesquisas de desenvolvimento para encontrar soluções mais eficientes que atendam às crescentes demandas, evoluindo assim o setor logístico.

*Diego Guareschi é CMO da Hathor, blockchain brasileiro desenvolvido para simplificar o uso dessa tecnologia no mercado.

‘https://exame.com/future-of-money/opiniao-blockchain-e-o-futuro-do-setor-logistico/

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