Nova varejista chinesa se inspira na Shein e mira abertura de lojas físicas

Com a abertura de mercado conquistada pela Shein no varejo de moda mundial, outras companhias chinesas estão explorando oportunidades, principalmente nos EUA e da Europa. Uma delas é a Urban Reivo, que pretende ultrapassar a marca de 100 lojas físicas fora da China.

Com mais lojas na China do que a Zara e H&M, a empresa vive um momento de expansão no Sudeste Asiático, incluindo mercados como Tailândia, Cingapura, Filipinas e Vietnã. Com sede em Guangzhou, ela já conta com um projeto confirmado de unidade nos EUA, localizado no bairro de Soho, em Nova York.

A previsão, de acordo com informações da Bloomberg, é de que 25 lojas sejam inauguradas fora da China ainda em 2025. Outros destinos que devem receber estas unidades são Londres (2), Japão (diversas lojas) e países do Oriente Médio, mas sem especificação.

Segundo Leo Li, fundador da Urban Revivo, caso a estratégia seja bem-sucedida, o ritmo de aberturas pode ser ainda maior em 2025. O objetivo principal é atingir 100 lojas no exterior.

Produção e cadeia de suprimentos global

Para driblar gargalos da cadeia de suprimentos e retaliações de governos com operações cross border, a estratégia da Urban Revivo passa não só por estabelecimentos físicos. A construção de fábricas próximas aos mercados onde pretende atuar ativamente é vista como a peça principal neste quebra-cabeça.

Com este setor fora da China, a ideia é que, no mínimo, metade das roupas vendidas fora da China sejam fabricadas da mesma forma. Até o momento, conforme aponta a reportagem, a companhia estuda parcerias com fabricantes locais dos EUA e pretende iniciar sua produção na Turquia ainda este ano, visando a demanda europeia.

“Nossa incursão no Sudeste Asiático começou em 2016, mas a verdadeira globalização da moda acontece com a entrada nos mercados dos EUA e da Europa. A meta da Urban Revivo ainda é ambiciosa tendo em vista nossa movimentação financeira de cerca de US$ 1 bilhão em vendas anuais, uma fração do faturamento da Zara, H&M e Shein. No entanto, o sucesso global da última citada demonstra que empresas chinesas do setor podem conquistar espaço nas principais capitais da moda ocidental”, afirma o executivo.

Embora os preços da Urban Revivo sejam quatro a cinco vezes superiores aos da Shein, Li acredita que a produção mais próxima dos mercados-alvo ajudará a reduzir custos logísticos e tarifas. A ideia é que fornecedores locais fabriquem itens de alta rotatividade, enquanto a produção na China se volta às peças mais atemporais.
Perspectivas

A expectativa de Li é que cerca de 30% das vendas totais da Urban Revivo venham de fora da China, levando em consideração um possível sucessos na expansão internacional. Atualmente, a marca conta com a maior parte da receita proveniente dos consumidores chineses, além de parcela das lojas no Sudeste Asiático.

“O plano para enfrentar gigantes como Zara e H&M nos mercados ocidentais é baseado no modelo que funcionou na China: uma cadeia de suprimentos ágil e experiência em e-commerce para acompanhar rapidamente as tendências dos consumidores”, pontua.

Fonte: https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/nova-varejista-chinesa-se-inspira-na-shein-e-mira-abertura-de-lojas-fisicas

O impacto das regulamentações locais na logística global de e-commerces

Atuar no mercado global de e-commerce é um desafio que vai muito além da logística tradicional. Como especialista na área, acompanho de perto a adaptação de grandes empresas internacionais que chegam ao Brasil e precisam alinhar suas operações às exigências fiscais e regulatórias locais. Cada país possui suas particularidades e, no Brasil, essa adaptação exige um conhecimento aprofundado das regras nacionais e estaduais, que impactam diretamente o fluxo de mercadorias, a precificação e a experiência do consumidor.

As barreiras regulatórias e fiscais no Brasil

O Brasil é conhecido por ter uma das legislações fiscais mais complexas do mundo. A estrutura tributária envolve tributos federais, estaduais e municipais, o que exige uma gestão fiscal altamente eficiente. Para empresas estrangeiras que entram no mercado brasileiro, os principais desafios incluem:

– Tributação sobre importação: o Imposto de Importação (II), o ICMS e o PIS/Cofins afetam diretamente o custo da mercadoria e o prazo de entrega. Adaptar-se a esses tributos exige integração com sistemas automatizados de cálculo fiscal.

– Emissão de documentos fiscais: no Brasil, cada transação comercial requer notas fiscais eletrônicas (NF-e) e conhecimentos de transporte eletrônico (CT-e). Empresas estrangeiras precisam de sistemas que se integrem à Receita Federal e às Secretarias da Fazenda Estaduais.

– Regras alfandegárias e fiscalização aduaneira: o desembaraço aduaneiro pode atrasar a entrega se a empresa não seguir corretamente os procedimentos e as documentações exigidas pela Receita Federal.

– Regulamentações estaduais: o ICMS varia conforme o estado de destino da mercadoria, sendo necessário um planejamento estratégico para evitar custos desnecessários e garantir eficiência na distribuição.

Como adaptar operações logísticas ao mercado brasileiro

Diante desse cenário desafiador, empresas globais de e-commerce precisam adotar soluções que otimizem sua operação logística e garantam conformidade regulatória. Algumas estratégias fundamentais incluem:

1. Automação fiscal e tributária

A tecnologia é um grande aliado para lidar com as exigências fiscais brasileiras. Softwares de gestão tributária permitem calcular automaticamente os impostos de cada operação, garantindo que a empresa esteja em conformidade e evitando multas ou atrasos no despacho das mercadorias.

2. Parcerias com operadores logísticos locais

Uma das melhores formas de facilitar a adaptação ao mercado brasileiro é contar com operadores logísticos que já conhecem as regras e os processos locais. Muitas empresas optam por centros de distribuição em território nacional para agilizar a entrega e reduzir custos com importação direta para o consumidor.

3. Otimização da cadeia de suprimentos

Planejar bem a cadeia de suprimentos é essencial para minimizar os impactos das regulamentações. Estratégias como o uso de múltiplos hubs logísticos, análise de demanda por região e transporte multimodal ajudam a reduzir custos e melhorar os prazos de entrega.

4. Gestão eficiente da logística reversa

O Brasil possui normas rígidas para devoluções e trocas no e-commerce. Empresas estrangeiras precisam estruturar um processo eficiente de logística reversa, considerando prazos, custos e obrigações fiscais, para manter a satisfação do cliente e evitar problemas regulatórios.

5. Monitoramento em tempo real

Sistemas de rastreamento e integração com transportadoras são essenciais para garantir a transparência da operação e evitar gargalos logísticos. A tecnologia de monitoramento em tempo real permite prever possíveis atrasos e agir rapidamente para solucioná-los.

Ingressar no mercado brasileiro de e-commerce exige mais do que apenas uma estratégia de vendas eficiente. A adaptação às regulamentações locais é um processo fundamental para garantir a operação sem contratempos, evitar sanções e oferecer um serviço de qualidade ao consumidor final. Com planejamento, tecnologia e parceiros estratégicos, é possível transformar os desafios regulatórios em uma vantagem competitiva, consolidando a presença global da empresa de forma sustentável e eficiente.

A logística é um dos pilares do sucesso do e-commerce, e entender as nuances da legislação brasileira é essencial para que empresas internacionais operem de forma eficaz no país. Como profissional da área, sei que a adaptação pode parecer complexa, mas, com as ferramentas certas, torna-se um diferencial estratégico que impulsiona o crescimento no mercado brasileiro.

Fonte: “O impacto das regulamentações locais na logística global de e-commerces – E-Commerce Brasil

No setor logístico, construção com Impacto Zero pode ser chave para alcançar sustentabilidade

Novo condomínio de galpões logísticos da Prologis pode gerar empregos, facilitar a distribuição de produtos e fortalecer cadeia de suprimentos regional.

No setor logístico, o conceito de ‘Impacto Zero’ é provavelmente uma das vias mais efetivas pelas quais as empresas podem contribuir com o desenvolvimento sustentável. A construção pode ser o primeiro passo para implementar essa ideia.

Seguindo o objetivo de prolongar o Impacto Zero em toda a sua operação a Prologis, líder global em desenvolvimento e administração de galpões logísticos, acaba de iniciar a construção do  Prologis SP 26.

Localizado às margens da Rodovia Raposo Tavares, em Cotia (SP), o empreendimento contará com diferenciais como:

  • Construção em áreas de pastos abertos, preservando cerca de 70% da vegetação pré-existente
  • Plantio de mais de 354 mil m2 de vegetação nativa em matas ciliares – o equivalente a 33 campos de futebol.

Parte da estratégia mira a preservação das nascentes na região, e foi possível graças a parceria com o Programa Nascentes do Governo do Estado de São Paulo.

Atualmente o Prologis SP 26 está em fase de terraplanagem e está previsto para ser entregue no início de 2026. O empreendimento terá cerca de 200 mil metros quadrados em um terreno com 800 mil metros quadrados.

“O Prologis SP 26 reflete nossa estratégia de combinar crescimento econômico com soluções pensadas no meio ambiente que trazem benefícios tangíveis tanto para a região quanto para o setor logístico, afirma Hermano Souza, vice-presidente sênior e responsável pelas operações da Prologis no Brasil.

Sistema de drenagem baseado no histórico da região

O Prologis SP 26 contará com um sistema de drenagem desenvolvido com base no histórico de chuvas no local dos últimos 100 anos.

Esse sistema foi projetado com objetivo de mitigar o risco de enchentes históricas da região. Espera-se que ele contribua significativamente para a segurança hídrica local.

O projeto contará com tanques de contenção e controle do escoamento das águas pluviais no terreno.

A iniciativa, assim como todo o projeto construtivo do empreendimento, foi aprovada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), reconhecida pela ONU como um dos 16 melhores centros de referência mundial para questões ambientais.

Além de sustentabilidade no setor logístico, projeto contribui com economia local

Em fase de desenvolvimento, a construção do parque logístico é responsável pela geração de 700 postos de trabalhos diretos.

Após finalizado, estima-se que o empreendimento permitirá a criação de aproximadamente 4 mil postos de trabalho diretos.

Com esses números, o Prologis SP 26 também impacta positivamente a arrecadação de impostos municipais, que podem ser revertidos para investimentos locais em infraestrutura, educação e segurança.

 Localização estratégica 

O empreendimento está sendo implantado em um importante corredor logístico do estado de São Paulo, a menos de 5km do Rodoanel Mario Covas. A posição visa atender à crescente demanda por operações logísticas eficientes na região metropolitana de São Paulo, que concentra cerca de 22 milhões de habitantes.

Dessa forma, a empresa atende clientes de diversos setores, incluindo varejistas e empresas de e-commerce, que necessitam de operações logísticas eficientes.

Como resultado, além da agilidade nas entregas e redução dos custos operacionais, é esperada uma diminuição no consumo de combustível, contribuindo para a redução das emissões de carbono e avançando múltiplas operações do setor logístico.

Fonte: “No setor logístico, construção com Impacto Zero pode ser chave para alcançar sustentabilidade | Exame

 

Como a colaboração entre players pode transformar a cadeia de suprimentos?

Colaboração entre players será um dos temas discutidos na 5ª edição do “Logística do Futuro”; evento da MundoLogística reúne profissionais e especialistas do setor para discutir e explorar tendências e inovações.

No cenário globalizado e competitivo dos negócios, a eficiência logística tornou-se um diferencial estratégico crucial para as empresas. A logística colaborativa, uma abordagem que promove a cooperação entre diferentes players da cadeia de suprimentos, emerge como uma solução para otimizar processos, reduzir custos e melhorar o atendimento ao cliente.

Recentemente, a NSTECH anunciou novo posicionamento de marca: a “Logistics Advantage” — que está alinhado com o conceito de logística colaborativa. Segundo a companhia, a proposta é instigar executivos dos mais diversos segmentos a deixar de pensar as cadeias logísticas a partir da lógica linear e passar a enxergá-las de forma ecossistêmica e integrada, como vetores de vantagem competitiva, de crescimento para expandir market share, aumentar margens e entregar mais sustentabilidade.

“Empresas que querem se destacar no mercado precisam aderir ao conceito de ‘Logistics Advantage’, ou seja, transacionar do modelo convencional para o ecossistema Open Logistics, que redefine a logística com integração inteligente, eficiência operacional e visibilidade completa da cadeia de suprimentos”, explicou Vasco Oliveira, CEO da nstech.

O executivo será um dos palestrantes da  5ª edição do “Logística do Futuro” — evento da MundoLogística que reúne profissionais e especialistas do setor para discutir e explorar tendências, inovações e melhores práticas que moldarão o futuro dessa área.

LOGÍSTICA COLABORATIVA NO VAREJO

Em uma entrevista à MundoLogística, Alexandre Westphalen, executivo com mais de 30 anos de experiência no setor, pontou a necessidade de uma abordagem mais colaborativa entre as empresas do varejo para otimizar processos e reduzir desperdícios ao longo da cadeia de suprimentos.

Westphalen destacou que, mesmo entre concorrentes, a colaboração pode beneficiar o cliente final, permitindo que a competição se concentre no atendimento ao cliente e na disponibilidade de produtos nas prateleiras.

“Costumo dizer que o jogo do varejo se ganha na loja, no atendimento aos clientes e na disponibilidade das prateleiras. É ali que o jogo deveria ser travado. Tudo que está antes da loja ou do cliente — ou seja, o que está na cadeia para trás —, se houver um trabalho mais colaborativo entre fabricantes e varejistas, mesmo entre varejistas que são concorrentes, haverá um benefício para o cliente final”, afirmou.

LOGÍSTICA DO FUTURO

O avanço da tecnologia tem um papel crucial no futuro da logística colaborativa. Ferramentas como Big Data, Internet das Coisas Inteligência Artificial facilitam a coleta e análise de dados, permitindo uma melhor coordenação e tomada de decisões. A tendência é que a colaboração entre players se torne cada vez mais sofisticada e integrada, promovendo uma cadeia de suprimentos mais resiliente e eficiente.

A colaboração entre players será um dos temas apresentados na 5ª edição do “Logística do Futuro” — evento da MundoLogística que reúne profissionais e especialistas do setor para discutir e explorar tendências, inovações e melhores práticas que moldarão o futuro dessa área.

Com mais de 70 palestrantes e abordando esse e outros temas como omnicanalidade, otimização de malha e responsividade, o evento será realizado nos dias 2 e 3 de outubro no Transamérica Expo, em São Paulo.

Fonte: “Colaboração entre players na cadeia de suprimentos (mundologistica.com.br)

Digitalização na logística é uma questão de sobrevivência

Em tempos de incertezas e de volatilidade econômica, é preciso encarar a tecnologia e a digitalização como uma forma de encarar e responder mais prontamente os desafios e aproveitar as oportunidades.

O atual cenário em evolução da indústria da cadeia de suprimentos em todo o mundo, apresenta alguns desafios às empresas como tensões geopolíticas, escassez de mão de obra e complexidade regulamentar. Diante disso, as empresas do setor têm de se adaptar a um ambiente em constante mudança para superar as incertezas.

No meu ponto de vista, os desafios que as cadeias de abastecimento enfrentam hoje só podem ser resolvidos em grande escala de uma maneira: por meio da tecnologia.

A inovação é a força motriz por trás da evolução da gestão da logística. Em tempos de incertezas e de volatilidade econômica, é preciso encarar a tecnologia e a digitalização como uma forma de encarar e responder mais prontamente os desafios e aproveitar as oportunidades.

Portanto, a tecnologia está aí para ajudar as empresas a explorar e desenvolver estratégias para gerenciar e mitigar riscos em um ambiente cada vez mais imprevisível. E mais: quem não abraçar a transformação digital não conseguirá responder às necessidades e exigências dos clientes de forma eficaz para garantir ou manter a competitividade do seu negócio.

O uso de tecnologias avançadas e sistemas eficientes de automação é crucial para enfrentar os pontos críticos dos clientes, ao mesmo tempo, em que melhora a eficiência geral da cadeia de suprimentos e proporciona economia de custos.

Os modernos sistemas de gestão de transporte — também conhecido como TMS —, por exemplo, oferecem uma ampla gama de soluções de software projetadas para otimizar rotas, dar visibilidade do status de pedidos, obter insights em tempo real, além de fornecer status de remessa e documentação de comprovante de entrega.

Ao fornecer um alto nível de visibilidade, o TMS também ajuda as empresas a se adaptarem rapidamente a situações inesperadas, tomar decisões imediatas e manter um processo de transporte bem coordenado, mesmo em casos de emergências.

Dando um passo atrás no processo de transportes de cargas e mercadorias, também é preciso pensar em como tornar os processos de armazenagem mais eficientes. Para isso, existem os sistemas de gestão de armazenagem (ou WMS). Seu propósito é ajudar as empresas a reduzir erros, minimizar o tempo de inatividade e melhorar a produtividade geral em cada estágio do processo de armazém.

Com operações de depósito automatizadas, as empresas podem gerenciar efetivamente os níveis de estoque e atender pedidos por meio do rastreamento eficiente de estoques. Como resultado, as empresas podem garantir entregas precisas e rápidas e excelência operacional para seus clientes.

E só para ficarmos em três exemplos, afinal há muitas tecnologias disponíveis, vale destacar como a inteligência artificial e a tecnologia de aprendizado de máquina também melhoram o dia a dia dos negócios. Câmeras equipadas com essas tecnologias nos veículos podem garantir a segurança do motorista e a proteção da frota, ao mesmo tempo, em que otimizam suas operações para a entrega pontual de bens e serviços. Esses dispositivos são capazes de detectar e lidar rapidamente com direção distraída, perigos na estrada e outros riscos de transporte em tempo real.

Enfim, as novas tecnologias oferecem vários benefícios para as empresas e as ajudam a reduzir erros humanos, obter dados e análises valiosos, melhorar a precisão e aprimorar os serviços ao cliente.

Porém, a inovação exige investimentos. Então, como justificar a aplicação de recursos financeiros em logística em empresas que não a têm como atividade fim, ou seja, ela é “apenas” parte do todo?

Aqui é preciso levantar a bola para a necessidade de indústrias, varejistas e demais organizações em terceirizar suas necessidades de transporte e logística para provedores de soluções que têm a inovação em seu DNA. Dessa forma, as empresas podem se concentrar em suas atividades principais, ficando livres de complexidades logísticas.

À medida que as empresas navegam em um ambiente cada vez mais imprevisível, adotar a digitalização e a automação será essencial para atingir a resiliência e a eficiência da cadeia de suprimentos.

As organizações que ainda não adotaram a digitalização, encontram maiores efetivos, maiores custos de horas extras e despesas operacionais adicionais, tudo isso prejudicando o sucesso geral. Construir uma cadeia de suprimentos resiliente é mais econômico a longo prazo, pois aumenta a eficiência e evita perdas potenciais durante eventos imprevistos.

Fonte: “Digitalização na logística é uma questão de sobrevivência  (mundologistica.com.br)

Automação consolida-se como fator crucial para redução de custos e eficiência operacional na logística

Conforme especialista, o uso de sistemas tecnológicos se estende como uma especialização essencial para toda a cadeia de suprimentos

De acordo com a pesquisa da Dom Cabral, no transporte, a automação de serviços com o auxílio de softwares, como roteirizadores e TMS, pode diminuir significativamente os gastos que, hoje, giram em torno de 63,5% de todo o custo logístico. Somente no frete dos negócios, um levantamento da DATAFRETE apontou que a automação pode garantir uma redução de 30% da conta.

Com o avanço aprimorado dos sistemas tecnológicos na indústria logística, a capacidade operacional e a redução de custos estão se tornando realidade para muitas empresas, emergindo como ponto fundamental para produtividade e sustentabilidade no segmento. Estudo realizado pela McKinsey & Company, Inteligências Artificiais (IA’s) que impulsionam a automação dentro do setor logístico podem minimizar em 10% os gastos somente com a mão de obra.

Para Murilo Namura, Head Of Sales da Área de Equipamentos da Pitney Bowes, multinacional especializada em soluções de logística, envio de documentos, encomendas e pacotes, tais inovações permitem uma execução mais precisa e ágil das tarefas: “A automação está se consolidando como uma especialização essencial para aprimorar a eficiência em toda a cadeia de suprimentos. Ao integrar sistemas automatizados, as empresas podem acelerar o tempo de processamento, melhorar a precisão e, consequentemente, reduzir custos operacionais”.

Segundo o Head, a automação desempenha um papel fundamental nesse cenário, com a utilização de robôs independentes para entrega de estoque e transporte dentro dos armazéns, resultando em ciclos de trabalho mais eficazes e seguros. A aplicação de inteligência artificial para otimizar o planejamento de rotas e a gestão de estoques, evitando desperdícios e atrasos, bem como o uso de processos de pesagem e cubagem automáticos e sorters e desviadores nas atividades também tornam-se de suma importância.

O tamanho do mercado de automação logística é estimado em US$ 75,24 bilhões em 2024, e deverá atingir US$ 120,63 bilhões até 2029, crescendo a um CAGR (Taxa de Crescimento Anual Composta) de 9,90% durante o período de 2024 a 2029, que aponta o Relatório de Mercado de Software de Automação Logística.

“A pandemia global evidenciou ainda mais a importância da automação na logística, na medida em que as empresas buscavam minimizar os riscos das interrupções nas cadeias de suprimento. À medida que a automação continua a evoluir, espera-se que mais empresas invistam nessas tecnologias para aprimorar seus processos e reduzir custos. Os benefícios vão além das despesas, sendo relevantes para um setor mais resiliente e sustentável”, finaliza Murilo.

Fonte: “Automação consolida-se como fator crucial para redução de custos e eficiência operacional na logística | SEGS Portal Nacional de Seguros, Saúde, Info, Ti, Educação

Allas, do Grupo Uby Agro, investe R$ 150 mil para potencializar logística integrada

Com sistema de gerenciamento WMS, companhia espera evoluir na conexão de processos da cadeia de suprimentos para mitigar erros de separação e aumento de exatidão de estoques.

A Allas — empresa de transportes pertencente ao Grupo Uby Agro com atuação no segmento de armazenamento, transporte, rastreamento, gestão e consultoria de projetos de cargas — implementou o sistema WMS para maximizar o gerenciamento de armazéns, integrar e automatizar processos. O investimento foi de cerca de R$ 150 mil.

Com o novo sistema, a Allas espera aprimorar o controle de atendimento, produtividade e organização, melhorando a precisão física e contábil, a rastreabilidade, a eficiência operacional — processos de recebimento, armazenamento, separação de itens e expedição — e a visibilidade e rotatividade dos estoques, reduzindo custos com execuções em menor tempo e garantindo os atendimentos FIFO (First In) e FEFO (First Out).

“Um sistema WMS é muito importante na cadeia de suprimentos, uma vez que torna todo o processo mais eficiente, melhorando o fluxo de materiais e de informações. Na Allas, nossa expectativa é agilizar as operações com o máximo aproveitamento de recursos e de mão de obra para gerar informações precisas que auxiliem a tomada de decisões”, destacou o coordenador de operações logísticas da Allas, Kemps Yanagizawa.

Como prevenir ciberataques e construir resiliência digital para clientes do setor de logística

Em meio a um aumento na proliferação de tecnologias, as vulnerabilidades e ameaças acontecem a todo momento. Nos processos logísticos, por exemplo, em que  a inovação é vital para responder às exigências de agilidade e visibilidade do mercado global, a ameaça é persistente. Estamos diante de um cenário em que as infraestruturas digitais e as cadeias de suprimentos estão sendo expostas a mais ciberataques.

Na América Latina, a Cepal revela em seu relatório “Ciberataques à logística e à infraestrutura crítica na América Latina e no Caribe” que 82 incidentes afetaram 10 países da região entre 2020 e 2022. Além disso, é mencionado que 52 ocorrências afetaram a disponibilidade, 74 a confidencialidade e 25 a integridade das instituições (na maioria dos casos por ransomware).

A segurança digital é, sem dúvida, um tema crítico. Na indústria logística, não se fala apenas da relevância de preservar a continuidade operacional, mas também da obrigação de proteger as informações dos clientes, utilizadas para movimentar carga. É necessário adotar estratégias em conjunto com o embarcador, pois as vulnerabilidades podem ser ativadas rapidamente em qualquer parte do processo, já que a cadeia logística se alimenta de muitos dados de transações, valores, componentes e informações pessoais sensíveis, claramente objetos de interesse para os cibercriminosos.

A informação está em toda a cadeia de suprimentos

A cibersegurança deve ser planejada integralmente para identificar a origem dos dados, onde estão armazenados e como são transmitidos. Isso implica em acessos e interações entre múltiplos sistemas, comunicação pela rede e armazenamento na nuvem.

As aduanas, por exemplo, representam um ponto crítico para as empresas logísticas. Um ataque aos seus sistemas pode dar aos cibercriminosos acesso a dados sensíveis, obrigando-as a paralisar a operação, gerando atrasos ou interrupções nas entregas e impactando o consumidor final.

Na Costa Rica em abril de 2023, a Aduana  teve que paralisar serviços de importação e exportação por um mês e meio. O ataque  também afetou sites de pagamento de impostos, o que causou perdas milionárias ao setor produtivo, assim como à arrecadação de impostos nacionais. Situação parecida aconteceu com o Chile em outubro de 2023, o que obrigou a instituição a adotar medidas de segurança estabelecidas pelo CSIRT.

Estes ataques são dois exemplos importantes de como as vulnerabilidades em sistemas digitais impactam os processos logísticos. Diante disso, as empresas devem contar com seus próprios procedimentos de prevenção de riscos, mitigação de ataques e planos de resposta a incidentes (IRP – Incident Response Plan), que devem ser ativados imediatamente após potenciais ameaças de segurança da informação.

Segurança digital: um elo chave na indústria

A cibersegurança no mundo logístico é cada vez mais crítica e de grande valor, dado o alto risco que um ciberataque tem de paralisar organizações, colocar em risco informações confidenciais e gerar altas perdas financeiras/reputacionais.

Hoje, a indústria avança para a educação e conscientização em cibersegurança proativa para os usuários, com o objetivo de mantê-los informados e atentos aos riscos.

Entre as recomendações para proteger arquiteturas cada vez mais digitais, está estabelecer uma estratégia estruturada, que responda às necessidades internas da organização. Este framework deve incluir, no mínimo, processos de prevenção, monitoramento e resposta a incidentes de segurança:

  • Prevenção: É necessário compreender os riscos que a organização apresenta em todos os fronts, incluindo pessoas, processos e tecnologia. A partir disso, estabelecer estratégias preventivas que sejam constantemente revisadas, para assim desenvolver políticas e programas de conscientização. Além disso, compartilhar informações com agências, fornecedores e clientes é uma medida que gera proteção em massa na indústria.
  • Monitoramento: É imperativo contar com sistemas próprios de revisão de vulnerabilidades. Isso proporciona à empresa a capacidade de detectar tentativas de ciberataques e identificar quais ativos (sistemas de aplicações, infraestrutura ou recursos humanos) são vulneráveis. Deve-se ter os meios necessários e adequados para realizar os controles, como firewalls, proxy, dispositivos de proteção contra invasões na infraestrutura de tecnologia, especialmente a de alta criticidade, pois permitem identificar e controlar oportunamente o possível ataque.
  • Plano de resposta: A chave para responder a um iminente incidente de segurança é agir rapidamente diante de qualquer alerta ou irregularidade. Por exemplo, no caso das aduanas, os e-mails suspeitos recebidos são enviados para quarentena para evitar o acesso a links estranhos. Contar com sistemas de backups é um passo muito importante ao formatar os sistemas para evitar a perda de informações relevantes e minimizar o impacto no negócio.

É importante levar em consideração que todos esses passos, preventivos e corretivos, requerem investimento econômico e  de tempo. No entanto, é imprescindível que as empresas quantifiquem o custo de não ter planos de cibersegurança, da mesma forma que o fazem com qualquer outro tipo de risco pessoal ou financeiro.

Fonte: “Como prevenir ciberataques e construir resiliência digital para clientes do setor de logística | Blog JBrito Notícias (jbritonoticias.com.br)

Contratos inteligentes e blockchain no varejo: transformando as transações comerciais

Primeiramente, esclarecemos que o blockchain é uma tecnologia que oferece uma solução descentralizada para o armazenamento e verificação de dados, com registro distribuído e imutável de transações. O que ajuda a criar uma base de dados confiável para os contratos inteligentes que não podem ser alterados de forma fraudulenta.

A tecnologia blockchain está em ascensão, trazendo consigo uma revolução no setor varejista, introduzindo uma forma inovadora de conduzir transações comerciais: os contratos inteligentes.

Ainda, ajuda a criar um ambiente de negócios mais seguro, onde as transações são verificadas e validadas por uma rede de computadores, em vez de um único intermediário.

A blockchain tem ganhado popularidade em vários setores, incluindo o varejo. Uma das aplicações mais promissoras dessa tecnologia é a criação de contratos inteligentes, que automatizam a execução de acordos entre duas ou mais partes.

Os contratos inteligentes estão mudando o varejo de várias maneiras

No varejo, por exemplo, eles estão sendo usados para criar plataformas de comércio eletrônico descentralizadas, onde os compradores e vendedores podem negociar diretamente, sem a necessidade de intermediários. Isso ajuda a reduzir os custos dos intermediários e aumenta a eficiência das transações.

Também pode ser aplicada para rastrear a cadeia de suprimentos, autenticar produtos e criar um histórico imutável de transações, proporcionando um registro transparente e imutável de todo processo, aumentando a confiança entre as partes.

A capacidade de rastrear produtos ao longo da cadeia de suprimentos promove maior responsabilidade e autenticidade.

Nas empresas de varejo, a blockchain é utilizada para monitorar a movimentação de mercadorias entre fornecedores e compradores. Por exemplo, a Amazon registrou uma patente para um sistema de blockchain que rastreia mercadorias à medida que se movem na cadeia de suprimentos .

Exemplos de utilização no varejo

Pagamentos automatizados: contratos inteligentes podem facilitar pagamentos automáticos entre fornecedores e varejistas com base no cumprimento de condições pré-estabelecidas.

Garantia de qualidade: a blockchain pode ser utilizada para rastrear a qualidade dos produtos, acionando automaticamente cláusulas contratuais em caso de desvio.

Programas de fidelidade: contratos inteligentes podem gerenciar automaticamente programas de fidelidade, emitindo recompensas de forma eficiente.

Desafios e considerações legais

Ambiguidade legal: a legislação ainda está adaptada aos contratos inteligentes, levantando questões sobre a validade legal e interpretação de cláusulas automáticas.

Segurança jurídica: a segurança cibernética e a proteção contra fraudes são preocupações críticas que exigem atenção legal constante.

Resolução de disputas: mecanismos eficazes de resolução de disputas em contratos inteligentes ainda estão em desenvolvimento, exigindo soluções jurídicas inovadoras.

Conclusão

Em síntese, a integração de contratos inteligentes e blockchain no varejo representam uma evolução significativa nas transações comerciais. Embora os benefícios sejam evidentes, os desafios legais destacam a necessidade de um ambiente regulatório claro e adaptável.

O varejo do futuro dependerá não apenas da inovação tecnológica, mas também da capacidade de criar estruturas legais que acompanhem esse avanço.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/25/01/2024/destaque-do-dia/contratos-inteligentes-e-blockchain-no-varejo-transformando-as-transacoes-comerciais/”

 

Uma abordagem integrada para alcançar a sustentabilidade na cadeia de suprimentos

A busca por uma abordagem mais sustentável nas operações empresariais tem ganhado cada vez mais destaque, e uma área que merece especial atenção é a cadeia de suprimentos. Não sem razão: segundo um estudo recente da Accenture, o setor é responsável por gerar cerca de 60% das emissões globais de carbono. A boa notícia é que, tanto do lado corporativo, quanto do consumidor, essa é uma pauta prioritária.

Uma pesquisa realizada pela EY sobre as abordagens da cadeia de suprimento sustentável em 525 grandes empresas na Argentina, Brasil, Canadá, México e EUA, descobriu que oito em cada dez executivos da cadeia de suprimentos estão aumentando seus esforços em direção a operações sustentáveis.

Importância das práticas de sustentabilidade
O aumento da relevância do papel do Chief Sustainability Officer, ou diretor de ESG, nas empresas, é mais um indício dessa virada de chave. Um artigo recente da Harvard Business Review comparou a evolução do papel do CSO. Enquanto em 2018 o cargo era carregado de inconsistências e falta de acesso ao poder, hoje esses profissionais ganharam mais autoridade e estão mais envolvidos nas reuniões com investidores.

Do outro lado, os consumidores esperam mais empenho da parte das empresas. Uma pesquisa lançada em 2023 pela Manhattan Associates, em parceria com o Google Cloud e a Zebra Technologies, mostrou a preocupação dos clientes com a seguinte questão: segundo o estudo Unified Commerce Benchmark, apenas 20% dos compradores estão satisfeitos com as práticas de sustentabilidade de seus varejistas preferidos.

Isso mostra que a preocupação com a pauta da sustentabilidade da cadeia de suprimentos não é apenas uma tendência, mas uma necessidade imperativa em um mundo em que questões ambientais e sociais são centrais para consumidores, reguladores e investidores. Neste contexto, a união entre sustentabilidade e tecnologia surge como uma aliança estratégica capaz de impulsionar o progresso e transformar a forma como as empresas conduzem suas operações.

Tecnologias em prol do meio ambiente
Com uma tecnologia de gestão de armazém de última geração é possível, por exemplo:

– minimizar viagens de reabastecimento;

– fazer simulações de cubagem em estágio inicial para planejar necessidades de transporte mais precisas;

– realizar a separação simultânea de pedidos de varejo, atacado e comércio eletrônico para reduzir os caminhos de separação com diferentes locais de entrega, etc.

Esses são apenas alguns dos benefícios de um software pensado para minimizar o desperdício e os impactos ambientais associados.

Outras práticas para a sustentabilidade da cadeia de suprimentos
Além de investir em uma tecnologia que contribua para alcançar metas de sustentabilidade, outras práticas também ajudam nessa missão:

Defina objetivos
Estabeleça metas alinhadas com seus valores e estratégia de negócio. Elas devem ser mensuráveis, com o progresso monitorado e relatado regularmente.

Avalie fornecedores e parceiros
Entidades terceirizadas são uma extensão da sua organização. Avalie os fornecedores com base em suas práticas de sustentabilidade, incluindo impacto ambiental, práticas trabalhistas e direitos humanos.

Implemente práticas sustentáveis
Integre processos em toda a cadeia de suprimentos que reduzam o desperdício e as emissões, promovam a energia renovável e garantam que os trabalhadores sejam tratados de forma justa.

Envolva as partes interessadas
Você deve se conectar com as principais partes interessadas – clientes, colaboradores, fornecedores e comunidades – para entender suas preocupações de sustentabilidade e incorporar suas demandas em suas iniciativas.

Mensure e relate o progresso
Avalie e relate regularmente seu desempenho de sustentabilidade, incluindo o progresso em direção às metas definidas por sua organização.

Em resumo, a sustentabilidade da cadeia de suprimentos não é apenas uma questão ética, mas um impulsionador estratégico para o sucesso empresarial. A sinergia entre diferentes práticas, aliadas à tecnologia de última geração, pode transformar a maneira como as empresas operam, contribuindo para um futuro mais verde e próspero para todos.

O desafio agora é adotar essa abordagem integrada e liderar a mudança rumo a uma cadeia de suprimentos verdadeiramente sustentável.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/uma-abordagem-integrada-para-alcancar-a-sustentabilidade-na-cadeia-de-suprimentos