Quatro fatores que influenciam as divergências entre o comércio eletrônico no Brasil e em países asiáticos

Ao mesmo tempo em que o comércio eletrônico revoluciona a forma como a população consome produtos e serviços, o setor também se estabelece como uma força poderosa no cenário econômico global. Impulsionado por avanços tecnológicos, aumento da conectividade e mudanças no comportamento do consumidor, que incluem as alterações pós-restrições de isolamento, o Brasil é um dos países que testemunharam esse notável crescimento nos últimos anos.

De acordo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, em 2023, as vendas do setor chegaram a R$ 185,76 bilhões, um aumento de 10% em comparação ao ano anterior, representando mais de 10% das vendas no varejo. No entanto, quando comparado ao mercado asiático, torna-se evidente que essas regiões têm trajetórias distintas quando falamos em e-commerce.

Na China, por exemplo, dados da empresa de pesquisa de mercado e Marketer, referentes a janeiro e a fevereiro de 2021, apontaram que as vendas efetuadas em lojas digitais ultrapassaram o total de todas as vendas realizadas em estabelecimentos físicos, representando 52,1% do consumo total. Em segundo lugar, ficou a Coreia do Sul, com 28,9%.

Mesmo com o sucesso de marcas entre os brasileiros – dos dez e-commerces mais acessados no país, um quarto é asiático, segundo o Relatório de Setores do E-commerce, divulgado pela Conversion -, há alguns fatores que influenciam essas divergências, como adoção tecnológica, infraestrutura logística, regulamentações governamentais e o impacto da cultura das nações. Abaixo, deixo a explicação e comparação sobre cada um deles:

1. Adoção tecnológica

O primeiro ponto a ser mencionado está relacionado à comparação tecnológica entre as nações. Enquanto os países asiáticos, especialmente a China, se destacam como líderes incontestáveis em inovação e adoção tecnológica há tempos, o Brasil ainda enfrenta desafios relacionados à infraestrutura digital e ao acesso à internet em algumas áreas remotas do país. Apesar da alta penetração de dispositivos móveis entre os brasileiros, que se configuram em 5º lugar no ranking de usuários de smartphones do mundo, segundo um estudo divulgado pelo The Word Bank e Statista, enquanto a China está na primeira posição, a disponibilidade de conexões de internet de alta velocidade em âmbito nacional é um fator crucial para o crescimento do setor e, nesse aspecto, os países asiáticos têm uma vantagem bem considerável. Além disso, soluções de pagamento digital e o uso generalizado de plataformas de mídia social como ferramentas de comércio eletrônico também são características proeminentes do mercado asiático que destacam sua posição de vanguarda tecnológica.

No entanto, nos últimos anos, o Brasil tem avançado gradualmente em termos de tecnologia, com um número crescente de empresas e consumidores adotando soluções digitais para compras online, além da chegada do 5G ao país.

2. Infraestrutura logística

Neste tópico, novamente é ponto para a Ásia. Enquanto os países do continente têm se destacado por suas infraestruturas logísticas altamente eficientes e avançadas, o Brasil enfrenta desafios relacionados à sua vasta extensão territorial, complexidade tributária e infraestrutura de transporte menos desenvolvida em algumas áreas. Na Ásia, notavelmente na China, gigantes do e-commerce têm estabelecido redes logísticas extremamente eficazes, com sistemas de entrega rápida e serviços inovadores, permitindo que os consumidores recebam seus pedidos em prazos reduzidos. Além disso, a adoção de tecnologias como a inteligência artificial e o uso de drones e veículos autônomos para entregas têm impulsionado ainda mais as entregas. Por outro lado, o Brasil enfrenta desafios logísticos devido à sua vasta geografia e infraestrutura de transporte menos desenvolvida, o que pode resultar em prazos de entrega mais longos e custos mais elevados.

É importante destacar que o Brasil tem buscado melhorar sua infraestrutura e enfrentar esses desafios, buscando soluções inovadoras para tornar as operações de e-commerce mais ágeis e eficientes, mas ainda está longe do ideal. Segundo pesquisa da Quanta Consultoria, cerca de R$ 267 bilhões em entregas perdem movimentação no mercado devido à dificuldade de locomoção no país.

Analisando, hoje, no país, pouquíssimas empresas são autorizadas a fazer entregas por meio de veículos aéreos não tripulados do tipo drones, por exemplo, o que pode ser uma incrível solução para esse problema. Uma pesquisa realizada pela Drone Industry Insights estima que, até 2026, esse recurso pode ajudar a movimentar aproximadamente US$ 373 milhões anuais, se atingir os investimentos necessários pela indústria local.

Apesar das diferenças notáveis, a comparação logística entre o Brasil e a Ásia revela a importância crítica da logística no sucesso do comércio eletrônico e ressalta a necessidade contínua de melhorias para impulsionar o crescimento sustentável do setor em ambas as regiões.

3. Regulamentações governamentais

Enquanto alguns países asiáticos têm implementado políticas pró-inovação e incentivado o desenvolvimento do e-commerce, o Brasil ainda enfrenta um cenário regulatório mais complexo e muitas vezes restritivo. A China, por exemplo, criou zonas de livre comércio e desenvolveu programas específicos para promover a expansão do e-commerce, enquanto o Brasil lida com questões relacionadas a impostos, burocracia e regulamentações fiscais que podem dificultar a operação de empresas do setor, especialmente para pequenos empreendedores. Além disso, as regulamentações de proteção ao consumidor e privacidade de dados podem variar entre as duas regiões, afetando a confiança do consumidor nas compras online. Embora o Brasil tenha feito esforços para modernizar suas leis e regulamentações relacionadas ao e-commerce, a comparação com a Ásia destaca a importância de uma abordagem governamental favorável e ágil para promover um ambiente propício ao crescimento do digital, estimulando a inovação e protegendo os direitos dos consumidores.

4. Impacto cultural

É claro que não posso deixar de citar outro fator extremamente relevante: a cultura das populações. Enquanto o Brasil é marcado por uma diversidade cultural rica com influências de diferentes origens étnicas, a Ásia é uma região composta por nações com culturas distintas e milenares. Essas características culturais moldam os hábitos de compra e as expectativas dos consumidores em cada local.

No Brasil, a interação social e o aspecto lúdico das compras são valorizados, e a preferência por lojas físicas ainda é alta, especialmente em certas categorias de produtos. Segundo um estudo divulgado pelo Melhor Envio, Moda é a categoria que mais vende na internet entre os brasileiros. Já na Ásia, a cultura de negociação e a importância dada ao coletivismo e às opiniões sociais são refletidas nas decisões de compra e na influência das redes sociais no e-commerce. Segundo dados divulgados em junho pelo Ministério de Comércio da China, oito das 18 categorias de bens monitoradas pela entidade registraram crescimento de dois dígitos no primeiro semestre de 2023 – especificamente as vendas de ouro, prata e joias aumentaram 33,5%, enquanto as vendas de equipamentos de comunicação aumentaram 23,3%.

A percepção de segurança nas transações online e a confiança nas marcas também são influenciadas pelas normas culturais em cada região. Enquanto a cultura chinesa é baseada em valores coletivistas, em que a lealdade à família, à comunidade e às marcas é valorizada, o Brasil, sendo uma cultura de alto individualismo, valoriza a confiança pessoal nas transações.

No ranking da América Latina e Caribe, divulgado pela Fortinet, o Brasil é o segundo com mais registros de ataques cibernéticos. Por isso, os brasileiros também podem ser mais cautelosos em relação às transações online. A segurança das informações pessoais é um fator crucial na construção da confiança do consumidor. Enquanto isso, a China é líder global no uso de pagamentos móveis.

Ambos os países possuem características culturais distintas que moldam a forma como os consumidores percebem a segurança nas transações online e confiam nas marcas. Portanto, as empresas que operam nesses mercados devem estar cientes dessas nuances culturais e adaptar suas estratégias de marketing e segurança de acordo com as expectativas dos consumidores locais. A construção da confiança do cliente e a segurança de suas informações são essenciais para o sucesso das operações online em ambos os países.

Fonte: “Quatro fatores que influenciam as divergências entre o comércio eletrônico no Brasil e em países asiáticos – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

Importação no e-commerce: vantagens e pontos de atenção para otimizar o processo

O aumento da procura por mercadorias chinesas, aliado à competitividade dos preços praticados pela China e à facilidade de acesso aos produtos provenientes do país asiático, são fatores que provavelmente manterão o crescimento das importações chinesas para o Brasil. Exatamente por essa realidade, Lincoln Fracari, CEO do Grupo China Link, contou as vantagens de ter um negócio movido pela importação.

Em sua palestra na Conferência MG 2024, o executivo contou que, na China, o comércio eletrônico representa uma expressiva parcela de 50% do varejo — evidencia, por exemplo, a robustez competitiva desse mercado, enquanto no Brasil essa proporção é de 13%.

“Nesse cenário, a diferenciação de trabalhar com importação de produtos vai além do simples aspecto de preço. A personalização e a capacidade de agregar valor aos produtos destacam-se como elementos cruciais, auxiliando empreendedores a não apenas sobreviver, mas também a se destacar no mercado”.

Características da importação de produtos

Ao optar pela importação, Fracari disse que há a eliminação de intermediários, o que resulta em margens de lucro mais amplas, entre outros benefícios. “A importação, muitas vezes associada ao fator preço, também pode ser uma estratégia eficaz para atrair clientes no âmbito B2B, mesmo que a margem de lucro seja reduzida”. Além disso, ele afirma que tal abordagem pode ser valiosa para conquistar clientes no mercado físico e na distribuição.

A complexidade da importação se revela em situações de escassez de produtos importados, o que pode impactar negativamente na cadeia logística. Por isso, é crucial que os varejistas tenham um controle preciso de toda a cadeia de fornecedores para evitar riscos no abastecimento de estoque.

Setores específicos, como o de construção, têm experimentado uma crescente demanda por importações, impulsionada pelo aumento das obras. Contudo, é preciso atenção ao possível aumento de preços nessa categoria. O mesmo cuidado se aplica ao abastecimento de produtos de vestuário, considerando o crescimento significativo em áreas como Bangladesh e Índia.

No segmento de importação de bebidas, existe um monopólio nos fabricantes de garrafas, por exemplo, o que torna vantajosa a busca por alternativas na China.

Personalização de importados

A personalização emerge como uma força moldadora do futuro do consumo, e na importação, esse benefício é evidente. “Há quem já importe produtos com adaptação de funções personalizadas. Esse processo pode ser facilitado, bastando fornecer as configurações aos fabricantes chineses, que ajustam de acordo com as necessidades específicas”.

Outro ponto de atenção, segundo o executivo, é entender que o tempo médio para a chegada de um produto importado ao país é de pelo menos 120 dias. “Quem pretende entrar nesse mercado deve levar em conta uma margem de segurança ao planejar suas operações de importação”, finaliza.

Fonte: “Importação no e-commerce: vantagens e pontos de atenção para otimizar o processo – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

Fretes da Shopee e Shein mais caros: Como tensões no Mar Vermelho podem impactar os produtos da China

As tensões no Mar Vermelho continuam gerando temores de economistas e especialistas. A preocupação é que os ataques aos navios na região gere um nó logístico, fazendo com que fretes de compras internacionais fiquem mais caros. No caso do Brasil, as compras de produtos chineses podem ser atingidas.

O Oriente Médio vem sendo impactado pelo Houthi. O grupo rebelde realiza ataques a navios estrangeiros, especialmente estadunidenses e ingleses, que seguem em direção a Israel ou que possuam cargas do país, devido ao conflito entre o país e o grupo Hamas.

Uma consequência já sentida é a mudança de rotas realizadas feitas pelas transportadoras. Ao invés de seguir pelo Estreito de Bab Al-Mandab, os navios seguem pela África Austral e adicionam dias e custos às viagens realizadas.

De acordo com dados do WCI (Índice Mundial de Contêineres, na tradução do inglês), o preço médio para o transporte de 1 contêiner saltou de US$ 1.520, em meados de dezembro, para US$ 3.070 em janeiro.

Consumidor brasileiro irá sentir o impacto
Apesar de não ser a principal rota utilizada pelo Brasil, o país também transporta produtos pelo Mar Vermelho.

As exportações de carne que seguem para os países do Oriente Médio são exemplos de uma categoria importante que passa pelo Canal de Suez, que liga os mares Vermelho e Mediterrâneo, e é afetada pelo conflito.

Além disso, as importações de produtos que vêm da China em direção ao Brasil também serão impactados.

Para Igor Lucena, economista, empresário e doutor em Relações Internacionais na Universidade de Lisboa, o país poderá sentir o aumento nos custos de diversos produtos, desde peças que chegam da China até produtos mais comuns, comercializados em gigantes como Shopee e Shein.

Igor afirma que, por conta da demora e dos custos enfrentados pelas empresas marítimas, isso será repassado ao consumidor final. Economias mais desenvolvidas, como os Estados Unidos, já estão sentindo os efeitos, com transportadoras reajustando e repassando os custos.

O especialista afirma ainda que pode demorar até o final do ano para que a situação de preços seja normalizada.

O petróleo, que diariamente apresenta mudanças no preço do barril, também poderá ser afetado por conta dos episódios de conflitos.

O economista afirma que, aqui no Brasil, o grande questionamento é se a Petrobras (PETR4) conseguirá absorver o aumento nos preços dos barris e manter o preço de derivados, como gasolina e diesel, ou se irá repassar aos consumidores.

‘https://www.moneytimes.com.br/frete-da-shopee-e-shein-mais-caro-como-tensoes-no-mar-vermelho-podem-impactar-os-produtos-da-china/

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Cresce competição em e-commerce transfronteiriço chinês

Crescimento do setor nos últimos anos está relacionado às políticas e às medidas adotadas pelo país.

China é um dos países com o ecossistema de comércio eletrônico transfronteiriço mais desenvolvido do mundo. O rápido desenvolvimento do e-commerce transfronteiriço nos últimos anos está intimamente relacionado a uma série de políticas e medidas adotadas pelo país para promover o setor.

“O e-commerce transfronteiriço representou 1% do comércio de mercadorias de importação e exportação da China em 2015 e cresceu para 5% em 2022. De janeiro a setembro deste ano, o volume em valores de comércio de importação e exportação de e-commerce transfronteiriço atingiu RMB 1,7 trilhão, um aumento de 14,4% em relação ao mesmo período do ano passado, representando 5,5% do comércio total de mercadorias de importação e exportação durante o mesmo período”, disse recentemente Wang Shouwen, representante de negociações comerciais internacionais e vice-ministro do Comércio da China, segundo informou o “China Securities Journal”.

A província de Jiangsu recentemente lançou o “Plano de Ação para Promover o Desenvolvimento de Alta Qualidade do Comércio Eletrônico Transfronteiriço em Jiangsu (2023-2025)”, que visa criar mais de 30 cinturões industriais de comércio eletrônico transfronteiriço, construir mais de 120 parques industriais de e-commerce transfronteiriço, e cultivar mais de 600 empresas no setor com forte competitividade internacional até 2025.

Além disso, o plano enfatiza o desenvolvimento de mais de 100 armazéns públicos no exterior e mais de 100 marcas de exportação de comércio eletrônico transfronteiriço com influência internacional. Em abril deste ano, o Gabinete do Conselho de Estado emitiu a “Opinião sobre a Promoção de uma Escala Estável e Estrutura Otimizada no Comércio Exterior”, enfatizando o desenvolvimento inovador sustentável e saudável do comércio eletrônico transfronteiriço e a promoção ativa do modelo “comércio eletrônico transfronteiriço + cinturão industrial”.

Em maio, o Ministério do Comércio declarou que as regiões da China devem aproveitar as oportunidades de desenvolvimento de seu comércio eletrônico transfronteiriço, promovendo ativamente a construção de zonas de teste abrangentes e criando novos pontos altos para o desenvolvimento inovador do comércio exterior.

Zhao Ping, diretora do Instituto de Pesquisa da Câmara de Comércio Internacional da China, analisa que o e-commerce transfronteiriço está se transformando de uma nova forma de comércio exterior para uma nova normalidade no comércio exterior. Um relatório de pesquisa da plataforma de e-commerce transfronteiriço AliExpress mostra que quase 80% dos comerciantes acreditam que a situação geral das exportações transfronteiriças da China em 2023 é “estável e melhorando”.

O e-commerce transfronteiriço, com vantagens como transações online e cadeias de transação curtas, é favorecido pelas empresas de comércio exterior. A Organização Mundial do Comércio prevê que, até 2026, o comércio eletrônico transfronteiriço global manterá uma taxa de crescimento de 27%. O setor acredita que as oportunidades da indústria de e-commerce transfronteiriço da China são ilimitadas e o futuro é promissor.

 

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Metrô de Pequim dá um passo inovador no transporte de pacotes expressos

O metrô de Pequim lançou um projeto piloto para transportar encomendas expressas fora dos horários de pico. Aproximadamente 15 milhões de pacotes expressos são transportados em Pequim por dia, e a maior parte do transporte é realizada por via rodoviária.

Falando sobre o projeto que visa reduzir o congestionamento do tráfego e reduzir as emissões de carbono, Wang Shuling, diretor do Instituto de Transportes de Pequim, disse que a rede de transporte ferroviário urbano de Pequim, que se expandiu nos últimos anos, já atingiu um total de 27 quilómetros com 807 linhas.

Wang disse: “Nosso objetivo é aproveitar o excesso de capacidade dos sistemas de metrô fora dos horários de pico. “Nosso objetivo é aliviar gradualmente o congestionamento do tráfego e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões de carbono do projeto.” disse.

Zhou Yuan, um dos diretores da Comissão Municipal de Transportes de Pequim, disse também que as mercadorias transportadas serão submetidas a verificações de segurança para garantir que cumprem o catálogo de itens proibidos nos metrôs. As empresas participantes do projeto desenvolveram caixas de entrega expressa reutilizáveis ​​e compatíveis com as dimensões do sistema ferroviário urbano. Além disso, também foram desenvolvidos veículos especiais que podem facilitar o transporte seguro e confortável no âmbito do projeto.
‘https://pt.rayhaber.com/2023/09/Metr%C3%B4-de-Pequim-deu-um-passo-inovador-no-transporte-expresso-de-pacotes/

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China lidera e-commerce global em 2023 com vendas na casa de US$ 2,2 trilhões

Tudo indica que a China manterá sua posição dominante no cenário global do e-commerce. Afinal, com um crescimento de 9,9%, o mercado de comércio eletrônico chinês prevê um aumento de US$ 2,2 bilhões em 2023.

Essa estimativa é da pesquisadora GlobalData, que também afirma que as vendas online na China cresceram a um CAGR de 11,2% entre 2018 e 2022. Na ocasião, atingiu um valor de US$ 2,0 trilhões em 2022.

China representa um terço do mercado global de e-commerce

Em 2022, a China representou 33,9% de participação no mercado global de comércio eletrônico em termos de valor de pagamentos. No ano passado, o país foi seguido pelos EUA, com US$ 1,8 trilhão, e o Reino Unido, com US$ 287,4 bilhões.

Diante dos números, a pesquisadora compreende ser pouco provável uma mudança de cenário em 2023, com a China se mantendo no topo.

Digitalização de pagamentos aceleram o e-commerce chinês

Soluções alternativas de pagamento, como Alipay e WeChat Pay, são responsáveis por acelerar a expansão das vendas online na China. Principalmente na pandemia, o mercado chinês de e-commerce evoluiu rapidamente. Os motivos, neste caso, foram:

– rápida adoção de smartphones;

– penetração da Internet;

– aumento de compradores online;

– e disponibilidade de soluções alternativas de pagamento, como Alipay e WeChat Pay.

Otimização do e-commerce nas áreas rurais

Outro ponto importante para o crescimento do e-commerce na China foi otimização da cobertura digital nas zonas rurais. De acordo com o Ministério do Comércio da China, as vendas no varejo online nas áreas rurais aumentaram 12,5% durante o primeiro semestre de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022.

Live shopping na China é levada a sério

Como já mostramos aqui, somente em 2021 as compras compras ao vivo movimentaram cerca de US$ 157 bilhões globalmente, sendo 60% desse valor somente na China. Dentro desse contexto, a popularidade do comércio social está crescendo graças aos esforços de plataformas de mensagens como o WeChat.

Isso porque, dentro do próprio WeChat, os usuários podem comprar de subaplicativos, sem a necessidade de baixar novos apps móveis ou ser redirecionados para outro site. E essa otimização de infraestrutura tem gerado bons frutos para o país: espera-se que o e-commerce cresça a um CAGR de 11,6% entre 2023 e 2027, superando US$ 3 trilhões em 2027.

Fonte: Electronic Payments International

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/china-lidera-e-commerce-global-em-2023-com-vendas-na-casa-de-us-22-trilhoes

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Serviço de entrega expressa na China aumenta 15,5% nos primeiros sete meses do ano

O volume acumulado de entrega expressa completou 70,3 bilhões de unidades, um aumento de 15,5% em relação ao ano anterior.

O Serviço de entrega na China processou um total acumulado de 87,37 bilhões de unidades enviadas e entregues nos primeiros sete meses deste ano, um aumento de 12,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Entre eles, o volume acumulado de entrega expressa completou 70,3 bilhões de unidades, um aumento de 15,5% em relação ao ano anterior. As informações são da agência estatal postal da China divulgadas nesta quarta-feira, 16 de julho.

Nos primeiros sete meses, o volume acumulado das operações de entrega expressa realizada na mesma cidade completou 7,26 bilhões de unidades, uma queda de 0,7% em relação ao ano anterior; o volume acumulado de envios e entregas expressas para cidades distintas completou 61,43 bilhões de unidades, um aumento de 17% em relação ao ano anterior; o volume acumulado de entrega expressa para destinos internacionais completou 1,61 bilhão de unidades, um aumento de 57,2% em relação ao ano anterior.

A receita comercial do setor postal na China (excluindo a receita comercial vindo direta do Banco de Poupança Postal da China) totalizou US$ 121,2 bilhões, um aumento de 10,5% em relação ao ano anterior. Entre eles, a receita acumulada oriunda da entrega expressa completou US$ 92,7 bilhões, um aumento de 10,5% em relação ao ano anterior.

Em julho, o setor postal na China realizou envio e entrega de 13,16 bilhões de unidades, um aumento de 9,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre eles, o volume de negócios de entrega expressa completou 10,77 bilhões de unidades, um aumento de 11,7% em relação ao ano anterior.

Em julho, a receita comercial do setor postal da China atingiu aproximadamente US$ 17 bilhões, um aumento de 5,3% em relação ao ano anterior. Entre eles, a receita do negócio de entrega expressa atingiu aproximadamente 13 bilhões de yuans, um aumento de 6% em relação ao ano anterior.

‘https://exame.com/mundo/servico-de-entrega-expressa-na-china-aumenta-155-nos-primeiros-sete-meses-do-ano/

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As estratégias do AliExpress para fazer frente à concorrência no Brasil

As estratégias do AliExpress para fazer frente à concorrência no Brasil
Diretora geral do AliExpress no Brasil vê com bons olhos medida do governo para importação: “Com ele, o país se adequa à prática internacional”.

Presente em cerca de 200 países, o portal de comércio eletrônico AliExpress quer se fazer mais presente no dia a dia do consumidor brasileiro. Com o Brasil entre os cinco maiores mercados para a varejista do mundo digital, o marketplace chinês tem investido na parceria com vendedores locais e parceiros logísticos para diminuir o tempo de entrega de seus produtos. Recentemente, o AliExpress ampliou sua oferta de voos fretados de cinco para oito, prometendo entregar itens internacionais em até sete dias. “A gente vê que, no e-commerce, que quanto menor for o tempo de entrega, maior a taxa de conversão”, diz Briza Bueno, diretora-geral do AliExpress no Brasil. “Aquela ideia de que o produto comprado da China demora três meses para ser entregue não existe mais.”

A empresa, controlada pelo conglomerado chinês Alibaba, é um dos sites de e-commerce que praticam o chamado cross border, transação comercial entre países. A prática é questionada por diversos concorrentes locais, que apontam concorrência desleal frente aos impostos pagos pelas varejistas locais, que chegaram a se unir, em 2022, em uma petição para a taxação das estrangeiras. Em maio, o AliExpress foi o sexto portal de comércio eletrônico mais acessado no país, à frente de grandes varejistas como Casas Bahia (7º) e Americanas (9º), e atrás de Shopee (3º) e Shein (5º), que também praticam o comércio fronteiriço. Os números são da consultoria Conversion.

Nos últimos dias, entrou em vigor o Programa de Conformidade da Receita Federal, que tem o intuito de trazer mais transparência a esse tipo de operação, e permite com que empresas estrangeiras exportem produtos de até 50 dólares para o Brasil sem pagar impostos federais. A medida, mais uma vez, foi criticada pelos concorrentes locais, mas é defendida pela executiva do AliExpress. “A gente vê o programa como bons olhos para o país em si, porque ele se adequa mais à prática internacional. A gente está estudando a portaria e se preparando para conseguir entrar no programa”, diz Briza, sem dar muitos detalhes. Estima-se que a isenção do governo afete as contas públicas em 35 bilhões de reais de 2023 a 2027, segundo dados da Receita.

Ao defender a nova legislação, a executiva aponta os interesses do consumidor brasileiro e o objetivo de crescer a participação do mercado frente ao varejo tradicional. “Acho que o Brasil ainda tem um potencial muito grande de crescimento no e-commerce. Quando a gente olha a participação do e-commerce em relação ao que é hoje na China é muito pequena. Enquanto aqui, está em 10% do varejo total, lá a participação é de 50%”, diz ela. Por outro lado, a empresa tem um memorando de entendimento com a Apex para ajudar os brasileiros interessados em explorar outros mercados por meio de seu portal de vendas.

Uma das iniciativas da empresa para estimular o crescimento do setor e crescer seu mix de produtos foi se voltar a parceiros logísticos que operam com fulfillment, onde os produtos dos vendedores da plataforma podem ser armazenados em um centro logístico. Hoje, o AliExpress é atendido por essa modalidade em parceria com os Correios, com seu serviço Correios Log+; a China Now Express e a Infracommerce. “O nosso objetivo é ter a melhor velocidade de entrega. Fazemos isso com mais voos e com os centros de fulfillment”, diz Briza. A iniciativa é vista como fundamental para que a plataforma não fique aquém de gigantes rivais, que oferecem esse serviço, como Mercado Livre e Amazon. A empresa também admite estar investindo mais em publicidade e foi uma das principais patrocinadoras do Fórum E-commerce Brasil este ano.

‘  https://veja.abril.com.br/economia/as-estrategias-do-aliexpress-para-fazer-frente-a-concorrencia-no-brasil/

Volume de entrega rápida ultrapassa 60 bilhões de peças na China

As atividades promocionais em meados do ano lançadas pelas plataformas de comércio eletrônico neste mês contribuíram para o salto no volume de entregas expressas.

https://portuguese.cri.cn/2023/06/27/ARTIBjvtERAC9jTXf6xXGFv6230627.shtml

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Aplicativos da China avançam nos Eua para driblar crise interna

A expansão de aplicativos de e-commerce da China nos EUA não é uma história nova, mas ganha mais capítulos a cada dia. Com forte apelo comercial e capilaridade, plataformas como TikTok Shop, Shein e Temu disputam espaço no universo norte-americano.

Entre os principais motivos para a captação de clientes deste mercado, Zhang Yi, chefe executivo da empresa de pesquisa de mercado iiMedia, cita o que já conhecemos a partir da experiência brasileira. Isto é, a logística eficiente e rápida, aliada com preços muito mais baixos que em lojas tradicionais dos Estados Unidos, são as principais contrapartidas.

A expansão internacional destas e outras empresas chineses também é reflexo de outra situação: a pandemia. Apesar de controlada na maior parte do mundo, a doença voltou a ser protagonista na China. Dessa forma, com a economia abalada no país, os aplicativos partem para outros mercados.

“O mercado de comércio eletrônico da China amadureceu. A era de alto crescimento de empresas como Alibaba Group Holding, JD.com e Pinduoduo na China está largamente acabada. Todas estas têm um forte desejo de se lançarem em mercados emergentes”, afirma o especialista.

Ações fora da China
O Temu, aplicativo de compras no estilo Shein, foi lançado pela empresa de comércio eletrônico Pinduoduo, com sede em Xangai, em setembro de 2022. Ele foi o app mais baixado nos EUA em novembro e dezembro, segundo o Sensor Tower. A plataforma tinha 13,6 milhões de instalações nos EUA, ou 96% de seu total global, no final do ano passado.

A Shein, que também não opera uma plataforma de compras no continente, foi fundada em Nanjing, capital da província oriental de Jiangsu, em 2008 pelo antigo exportador de vestidos de noiva Chris Xu Yangtian.

Por fim, o TikTok Shop age de maneira mais incisiva, convidando influenciadores e empresários estadunidenses a se inscreverem em seu e-commerce.

Além dos EUA, os aplicativos de comércio eletrônico chineses estão encontrando sucesso na Ásia. A TikTok Shop, por exemplo, teve vendas de 1,69 trilhão de dong vietnamitas (US$ 72 milhões) no país do sudeste asiático em novembro do ano passado, de acordo com a consultoria local de comércio eletrônico Metric.vn.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/aplicativos-da-china-avancam-nos-eua-para-driblar-crise-interna

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