Além dos eletrônicos: alimentos e bebidas ganham espaço no Dia do Consumidor

Com a alta da inflação, alimentos e bebidas estão entre os produtos mais buscados nas promoções do Dia do Consumidor, celebrado em 15 de março. O dado é de um levantamento realizado pelas plataformas Bling, Tray e Octadesk, todas da LWSA. Apesar disso, categorias como smartphones, eletroeletrônicos, moda e beleza seguem liderando a preferência de compra.

A Semana do Consumidor tem se consolidado como uma data estratégica para o varejo. De acordo com Thiago Mazeto, diretor da Tray, o evento marca a primeira grande oportunidade de impulsionar as vendas no ano. “Após as festas de fim de ano e os gastos com IPVA, IPTU e material escolar, o consumidor volta a buscar promoções, e o Dia do Consumidor funciona como uma espécie de Black Friday do primeiro semestre”, explica.

Crescimento de vendas entre PMEs

Os empreendedores usuários das plataformas Tray e Bling relataram um aumento de 18,3% nas vendas em março de 2024, comparado ao mesmo mês de 2023. “O planejamento antecipado é essencial para aproveitar esse tipo de oportunidade sazonal”, afirma Marcelo Navarini, diretor do Bling.

Outro reflexo do aquecimento do varejo foi observado pela plataforma de frete Melhor Envios, que registrou 1,8 milhão de encomendas despachadas em março de 2024, somente por pequenos e médios empreendedores.

Produtos mais vendidos no Dia do Consumidor:

Eletrodomésticos: geladeiras, fogões e máquinas de lavar;
Eletrônicos: smartphones, notebooks e televisores;
Vestuário, calçados e acessórios: roupas, bolsas, bijuterias e relógios;
Alimentos e bebidas;
Itens de farmácia, beleza e perfumaria: cosméticos, perfumes e produtos de cuidados pessoais.
Compras online ganham força
Outro estudo citado no levantamento, o CX Trends 2025, da Octadesk, mostrou que 77% dos brasileiros preferem comprar online, enquanto a preferência por lojas físicas caiu para 64%, três pontos percentuais a menos que no ano anterior.

Os principais fatores que influenciam essa escolha são:

Frete grátis (62%);
Qualidade do produto (56%);
Preço competitivo (53%).
Os canais de compra mais utilizados incluem:

Lojas online (68%);
Marketplaces (66%);
WhatsApp (30%);
Instagram (28%).
Experiência personalizada é diferencial
A pesquisa também destacou que a personalização e o uso de inteligência artificial na jornada de compra são cada vez mais valorizados. 60% dos consumidores afirmam que personalização e IA influenciam suas decisões de compra. “Hoje, a tecnologia precisa potencializar o atendimento humano, oferecendo uma experiência mais conectada com as reais necessidades do consumidor”, afirma Rodrigo Ricco, fundador e diretor-geral da Octadesk.

Fonte: https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/alem-dos-eletronicos-alimentos-e-bebidas-ganham-espaco-no-dia-do-consumidor

Análise do e-commerce no Brasil em janeiro de 2025

A Conversion lançou o Relatório Setores do E-commerce no Brasil  com dados e análise do e-commerce brasileiro em janeiro de 2025. 

Listamos alguns destaques dessa edição:

5 dos 10 maiores e-commerces no Brasil são asiáticos
No mês de janeiro, os 5 maiores e-commerces asiáticos no Brasil receberam mais de meio bilhão de acessos brasileiros. Esse dado – apoiado pelo crescimento de 68% em acessos do setor de importados em comparação com janeiro de 2024 – mostra uma tendência que observamos no último ano e segue para 2025: o domínio cada vez maior dos e-commerces asiáticos dentro do mercado brasileiro

5 gigantes asiáticos no Brasil ultrapassam o meio bilhão de acessos
em janeiro

Somadas, Shopee, Temu, Samsung, Shein e AliExpress chegaram a impressionantes 639 milhões de acessos no mês de janeiro. Entre elas, a chinesa Temu é a grande protagonista quando o assunto é crescimento. A empresa cresceu 38,5% em janeiro – com um aumento de 39,7 milhões de visitas em relação a dezembro de 2024.

Importados crescem 68% em um ano

Além de ser o grande destaque no top 10 geral, a Temu alavancou o setor de importados como um todo. O setor, que cresceu 15% no último mês, contou com 92% de participação da gigante chinesa para esse crescimento.

O Relatório completo Setores do E-commerce no Brasil -Fevereiro 2025 com dados de Janeiro 2025, já está disponível na Bilbioteca do RadarIC+. Para acessar, faça o login no site do RadarIC+ ( https://radaric.correios.com.br/) e clique aqui  .

Fonte:
https://lp.conversion.com.br/relatorio-setores-ecommerce

Índice de confiança no varejo tem a pior queda em quatro anos, aponta FGV

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) da Fundação Getulio Vargas (FGV) atingiu o nível mais baixo em quase quatro anos em fevereiro, caindo 3,8 pontos para 85,5 pontos, o menor valor desde abril de 2021. O economista da fundação, Rodolpho Tobler, atribui essa queda ao pessimismo entre os empresários do comércio, devido às condições de consumo desfavoráveis, como juros altos e inflação crescente.

Tanto o Índice de Situação Atual (ISA) quanto o Índice de Expectativas (IE) caíram também, indicando uma perspectiva negativa tanto para o presente quanto para o futuro. Tobler destaca que esta é a segunda queda consecutiva do Icom, com quedas significativas em janeiro e fevereiro.

Essa tendência de queda sugere que os empresários estão percebendo uma diminuição no ritmo dos negócios em fevereiro, com a possibilidade de que permaneçam fracos nos próximos meses. A demanda tem diminuído e as expectativas não são favoráveis, principalmente devido às altas taxas de juros e à inflação.

“A percepção é de que a demanda tem perdido força nesse início de 2025, e que as expectativas também não são muito favoráveis”, comentou. “Mas era esperado porque, de fato, quando vemos uma taxa de juros muito alta, e uma inflação mudando, são fatores que prejudicam bastante [o consumo]”.

Por consequência, o varejo é particularmente afetado neste tipo de situação, já que os juros mais altos afetam as compras a prazo e a inflação crescente reduz o orçamento das famílias e o ritmo de compras. Diante desse cenário, Tobler não descarta a possibilidade de o Icom continuar caindo, e reconhece que 2025, especialmente a primeira metade do ano, não tem sido favorável para o comércio, sem muitos motivos para se esperar uma reversão da tendência negativa atual.

Fotne:

https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/indice-de-confianca-no-varejo-tem-a-pior-queda-em-quatro-anos-aponta-fgv

Economia da alegria: consumidor busca felicidade e bem-estar em produtos e serviços

Hoje, 78% dos consumidores priorizam compras que promovam o autocuidado.

Uma das principais mudanças observadas no comportamento do consumidor após a pandemia é a busca da felicidade e do autocuidado. Essa dinâmica tem chamado a atenção de especialistas em consumo e recebeu até um título: economia da alegria. Quem fala sobre este assunto é Daniel Marimoto, vice-presidente para América Latina da Circana, consultoria global especializada em pesquisas e análises complexas sobre comportamento e hábitos de consumo. Marimoto foi entrevistado pela editora-executiva da Mercado&Consumo, Aiana Freitas, no estúdio montado na área expositiva do Latam Retail Show 2024, evento B2B de varejo e consumo, realizado pela Gouvêa Experience, no Expo Center Norte, em São Paulo.
Latam Retail Show 2024
O Latam Retail Show é o principal evento B2B de varejo e consumo da América Latina, realizado pela Gouvêa Experience, entre os dias 17, 18 e 19 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo. A Mercado&Consumo fez a cobertura completa com entrevistas, palestras e gravações de webcasts dentro de um estúdio montado na área expositiva.

De acordo com o executivo, hoje, 78% dos consumidores priorizam compras que promovam o autocuidado, refletindo uma transformação na maneira como as pessoas tomam decisões de compra​. Ao mesmo tempo, em um cenário econômico desafiador e incerto, estes consumidores estão mais inclinados a consumir produtos e serviços que lhe proporcionem felicidade e bem-estar.

Também segundo Marimoto, o reflexo é percebido em áreas como entretenimento, beleza e até mesmo no mercado de jogos e brinquedos para adultos, como quebra-cabeças e Lego, que têm apresentado crescimento expressivo junto a esse público. São produtos que proporcionam momentos de alegria e nostalgia, especialmente em tempos de incerteza.

Marcas e varejistas têm a oportunidade de explorar novos caminhos para se reconectar com seus clientes por meio da oferta de produtos e experiências que promovam alegria e autocuidado, uma vez que o estudo aponta para uma necessidade de um cliente mais consciente de sua saúde física e mental, recomenda o executivo.

Relatório da Confi aponta comportamentos de compra no e-commerce brasileiro

Todo semestre no e-commerce fecha com dados e ensinamentos para os próximos. Quanto vende, quais perfis alcança, áreas de destaque e o que pode ser melhorado.

No Brasil, o 1º semestre representou uma recuperação em relação aos números de 2023, com o maior desempenho da série histórica para o período. 2023 foi um ano estável, enquanto em 2024 é possível notar aumento do faturamento no 2º tri (em 14%) e do número de pedidos (20%). Isso é o que aponta o relatório da Confi em parceria com o E-commerce Brasil.

Além disso, o e-commerce representa hoje entre 9% e 10% das compras totais do varejo, com ligeiras variações de acordo com a época do ano (embora a variação seja consistente desde 2021).

Faturamento 2º trimestre por região

Em comparação aos dados coletados no 2º tri de 2023, o relatório da Confi aponta crescimento da participação consistente de todas as regiões brasileiras, com destaque para o Nordeste, que se mantém como a 2º mais relevante – crescimento de 18,7% e faturamento de R$ 16,7 bilhões.

A região Sudeste, mais populosa do país, mantém-se na primeira posição, com crescimento menor (mas constante) em 14% e faturamento exemplar de R$ 41,1 bi.

Categorias em destaque no 1º semestre (e-commerce)

Não é surpresa a categoria de eletrodomésticos ter se consolidado como a mais relevante para o e-commerce, representando mais quase 12% das vendas.

Outro grande destaque é a procura por itens de ar e ventilação, que chega a 4% no primeiro semestre de 2024, em comparação a uma média de 2,5% entre 2022 e 2023.

Apesar de uma ligeira queda em relação ao 1º semestre do ano passado, as categorias de móveis, informática e casa e construção continuam muito relevantes. No entanto, o destaque em relação à participação das vendas vai para moda e acessórios. Telefonia é a categoria com maior queda consecutiva de 2022 para cá, mostrando que os consumidores estão demorando mais para trocar seus aparelhos.

Não existe frete grátis (ou será que existe?)

Em relação a 2023, há um decréscimo sensível do uso de frete grátis, tendência que vem caindo no e-commerce brasileiro desde o fim de 2022 (ano em que as compras com frete grátis chegaram a 63% no pico da Black Friday deste mesmo ano).

A queda no uso dessa estratégia, ou “benefício” que incentiva a compra do consumidor foi fonte de muito desagrado na Black Friday de 2023.

Mesmo assim, as vendas com frete grátis ainda são maioria no e-commerce (entre 54% e 57% do total apurado no primeiro semestre de 2024).

Telefonia, perfumaria, pet shop e farmácia e saúde são as categorias que mais oferecem frete grátis (acima de 60% das compras). Isso porque representam categorias de menor volume e logística menos complicada.

Já as categorias de itens pesados, tendem a demorar mais e ter um custo de frete mais elevado, como casa e construção, automotivo, eletroeletrônicos, decoração e móveis).

Marketplace

Segundo o relatório, mais de 70% do faturamento online do 1º semestre de 2024 adveio dos marketplaces, especializados ou não.

As informações mostram a preferência dos consumidores por esses canais principalmente para produtos de alto valor agregado, como eletrodomésticos, eletrônicos e telefonia.

Já com relação aos nichos, as categorias voltadas aos produtos de farmácia e pet shop ganham maior relevância para o consumidor, que preferem vendedores especializados.

Um dos fatores que contribuem para essa representação alta das vendas em marketplaces é o amplo sortimento de produtos, que garante ao consumidor mais tempo e possibilidades dentro da plataforma.

Cada vez mais, os clientes exploram categorias até então predominantemente nos e-commerces, como moda e acessórios e setor automotivo.

Perfil dos consumidores

Atualmente, as mulheres são maioria no e-commerce (mais de 60%), atuando no crescimento das categorias de beleza e perfumaria (73% do faturamento), moda e acessórios, pet shop (63% ambos), móveis (60%), eletroportáteis (59%), saúde (58%) e eletrodomésticos (53%).

As demais categorias, como telefonia, eletrônicos, casa e construção e informática, são predominantemente masculinas.

Passa no Pix?

O cartão de crédito continua na dianteira quando o assunto é pagamentos digitais, mas não por muito tempo.

Até o primeiro semestre de 2024, os pagamentos por catão representavam 55% do total de compras no e-commerce brasileiro. Porém, essa porcentagem era 62 em 2022, contra apenas 4% do Pix.

Hoje, o Pix representa 30% do que é comprado online no Brasil.

A proporção do uso do cartão cresce sobretudo para itens de valor agregado maior. Compras até R$ 100 costumam ser pagas à vista, enquanto valores altos são parcelados.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/relatorio-da-confi-aponta-comportamentos-de-compra-no-e-commerce-brasileiro”

 

Dia dos Namorados deve movimentar R$ 23 bilhões no comércio, aponta pesquisa CNDL/ SPC Brasil

59% os consumidores devem presentear na data. Cosméticos, roupas e calçados serão os principais presentes.

O Dia dos Namorados deve levar 96 milhões de consumidores às compras, é o que aponta pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com a Offerwise Pesquisas. De acordo com o levantamento, 59% dos entrevistados pretendem presentear no Dia dos Namorados. A estimativa mostra uma queda numérica de 3,8 milhões em comparação com o ano passado.

Os esposos ou as esposas aparecem em primeiro lugar (54%) no ranking dos principais presenteados, enquanto 37% pretendem presentear os(as) namorados(as).

Entre os que não vão comprar presentes, 53% não têm namorado(a), noivo(a) ou cônjuge, 13% vão priorizar o pagamento de dívidas e 11% não tem dinheiro.

De acordo com o levantamento, 56% dos consumidores afirmam que devem comprar um único presente, enquanto 32% pretendem adquirir dois itens, sendo a média de 1,5 presentes.

“A pesquisa aponta uma pequena queda no número de consumidores que deverão ir às compras no Dia dos Namorados este ano na comparação com o ano passado. Apesar disso, a data é de grande importância para a economia, movimentando tanto o comércio, quanto bares, restaurantes, hotéis e até mesmo viagens”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

Consumidores vão gastar em média R$ 238 com presentes. Cosméticos, roupas e calçados lideram o ranking dos itens mais procurados

A pesquisa mostra que com relação às compras pretendidas, 34% esperam gastar mais este ano do que em 2023, 33% pretendem gastar o mesmo valor e 18% menos.

Comparado ao ano passado, 38% pretendem comprar a mesma quantidade de produtos, 23% devem comprar mais e 17% comprar menos.

Entre as razões para gastar mais, os consumidores afirmaram que: pretendem comprar um presente melhor (61%, principalmente os não casados), que os produtos estão mais caros (25%) e que vão comprar mais presentes (20%).

Já entre os que pretendem gastar menos, 27% estão com a situação financeira difícil, 22% atribuem a instabilidade econômica e 20% para economizar.

Entre os entrevistados, 61% consideram que os preços dos presentes este ano estão mais caros do que ano passado. 33% acreditam que estão na mesma faixa de preço e 6% que estão mais baratos. 76% pretendem fazer pesquisa de preço antes das compras, principalmente pela internet.

Em média, o consumidor brasileiro deve desembolsar R$ 238 com os presentes do Dia dos Namorados. Com isso, estima-se movimentar R$ 22,81 bilhões no varejo e serviços.

A principal forma de pagamento será à vista (65%), enquanto 33% comprarão parcelado. As principais modalidades de pagamento serão: cartão de crédito parcelado (31%), PIX (27%) e cartão de débito (13%).

Os presentes mais procurados serão perfumes, cosméticos e maquiagem (39%), roupas (37%), calçados (24%), um jantar (20%) e bombons e chocolates (18%).

Quanto às comemorações, 37% planejam comemorar a data na própria casa, 29% em um restaurante e 9% na casa do namorado(a) /noivo (a). E 71% acreditam que vão receber presentes na data.

57% pretendem comprar a maioria dos presentes em lojas físicas

Sete em cada dez dos consumidores (67%) pretendem adquirir algum produto ou serviço para se preparar para o Dia dos Namorados, principalmente roupas (38%), perfumes, cosméticos e maquiagem (24%), lingeries e peças íntimas (20%), calçados (16%) e tratamento estético (13%).

Na hora de escolher o local de compra, 57% pretendem fazer as compras em lojas físicas e 33% pela internet. Os principais locais de compra serão: lojas online (31%), shopping center (23%), shopping popular (12%) e lojas de departamento (8%).

Entre os que dizem que irão comprar pela internet, 67% pretendem comprar em aplicativos, 62% em sites e 13% pelo Instagram. Os tipos de sites/lojas online mais citados são de varejistas nacionais (60%), varejistas internacionais (60%), seguidos dos sites de compra e venda de produtos novos ou usados (33%) e sites de lojas de maquiagem, perfumes, etc. (29%).

Considerando os que pretendem comprar presentes em sites ou aplicativos internacionais, as lojas mais citadas foram: Amazon (69%), Shopee (61%) e Shein (43%).

As principais justificativas dos que pretendem comprar em sites internacionais são os: preços mais baixos (77%), a variedade de produtos (59%) e a economia de gastos (45%).

32% pretendem comprar presentes mesmo com contas em atraso

Para impressionar o parceiro, muitos consumidores não veem limites e até ignoram os compromissos financeiros já assumidos. A pesquisa mostra que 32% dos entrevistados que pretendem comprar presentes irão às compras mesmo com contas em atraso, sendo que 68% estão com nome sujo.

Os dados revelam ainda que 29% reconhecem gastar mais do que podem na compra de presentes para o parceiro. Entre os principais motivos, 30% acreditam que o esposo(a)/namorado(a) merece, 26% querem agradar o parceiro(a), não se importando se vão gastar mais do que deveriam (sobretudo as classes A/B e os não casados) e 16% gostam de impressionar.

“O país passa por um período de recorde no endividamento dos consumidores. É preciso, acima de tudo, ter disciplina para conter os gastos e usar a criatividade para comemorar a data. Não vale a pena colocar o orçamento em risco para impressionar o parceiro”, orienta a especialista em finanças da CNDL, Merula Borges.

METODOLOGIA

Público-alvo: consumidores das 27 capitais brasileiras, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas (excluindo analfabetos) e que pretendem realizar compras para o dia dos namorados deste ano.

Método de coleta: pesquisa realizada pela web e pós-ponderada por sexo, idade, estado e renda.

Tamanho amostral da pesquisa: 1100 casos em um primeiro levantamento para identificar o percentual de pessoas com intenção de comprar presentes para o Dia dos Namorados. Em seguida, continuaram a responder o questionário 670 casos, somente com os que tinham a intenção de compra para esta data. Resultando, respectivamente, uma margem de erro no geral de 2,95 p. p. e 3,79 p. p. para um intervalo de confiança a 95%.

Período da coleta dos dados: de 3 a 13 de maio de 2024.

Sobre a CNDL – Criada em 1960, a CNDL é formada por Federações de Câmaras de Dirigentes Lojistas nos estados (FCDLs), Câmaras de Dirigentes Lojistas nos municípios (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem, entidades que, em conjunto, compõem o Sistema CNDL. É a principal rede representativa do varejo no país e tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Atua institucionalmente em nome de mais de 500 mil empresas, que juntas representam mais de 5% do PIB brasileiro, geram 4,6 milhões de empregos e movimentam R$ 340 bilhões por ano.

SPC Brasil – Há mais de 60 anos no mercado, o SPC Brasil possui um dos mais completos bancos de dados da América Latina, com informações de crédito de pessoas físicas e jurídicas. É a plataforma de inovação do Sistema CNDL para apoiar empresas em conhecimento e inteligência para crédito, identidade digital e soluções de negócios. Oferece serviços que geram benefícios compartilhados para sociedade, ao auxiliar na tomada de decisão e fomentar o acesso ao crédito. É também referência em pesquisas, análises e indicadores que mapeiam o comportamento do mercado, de consumidores e empresários brasileiros, contribuindo para o desenvolvimento da economia do país.

Sobre a Offerwise – Há mais de 16 anos a Offerwise vem abordando de maneiras inovadoras a pesquisa de mercado. Com um modelo único e próprio de recrutamento tem conseguido construir um dos principais painéis de pesquisa no mundo. Evoluindo para uma empresa robusta de campo online com uso de tecnologia avançada. Detém o maior e mais representativo painel da América Latina e Hispânico nos EUA. Os escritórios ao redor do mundo estão compostos por profissionais de pesquisa de mercado que conhecem e compreendem suas culturas locais e os consumidores que se deseja alcançar.

Shein e Shopee destacam “nacionalização” das operações no Brasil no 1° dia do Digitail

Shein e Shopee destacam “nacionalização” das operações no Brasil no 1° dia do Digitail
Shein e Shopee, as duas plataformas gigantes do varejo asiático em operação no Brasil, destacaram a nacionalização das transações no País no primeiro dia do Digitail Conference, evento realizado pela Gouvêa Experience, que acontece nos dias 22 e 23 de maio em São Paulo.

Segundo Raul Jacob, diretor de Marketing da Shein, a meta da companhia é chegar a 2026 com 85% das vendas totais realizadas por produtores brasileiros. Para isso, está expandindo a operação para mais cinco estados. No início do ano, chegou ao Rio Janeiro, agora, está indo para Minas Gerais e, até o final de 2024, desembarcará no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Na prática, isso significa que a varejista está abrindo as portas para os produtores fora de São Paulo. Jacob explicou, na palestra “Made in Brazil: o fenômeno Shein também no marketplace”, apresentado nesta quarta-feira, 22, que “expansão”, para a empresa, significa levar a logística para os locais onde os vendedores estão e oferecer o mesmo nível de entrega e eficiência dos pontos onde já opera.

“Hoje, no Brasil, a gente tem três frentes de negócio: o marketplce que eu lidero, a produção local, isto é, marcas Shein feitas no Brasil, e a importação de produtos. Mas, o foco é 100% no marketplace e na produção local”, contou Jacob. Ainda segundo o executivo, atualmente, 55% das vendas da plataforma são realizadas por vendedores brasileiros.

“A gente consegue rodar uma operação aqui com a mesma qualidade, a mesma força, que temos na importação. O marketplace já representa o maior faturamento da Shein no Brasil e isso mostra que temos um poder de localização e nacionalização muito forte. É só mais um passinho para ter uma empresa 100% brasileira”, garantiu.

Shopee no Brasil e inovações para 2024
Rodrigo Farah, head de Branding e Live Commerce da Shopee, afirmou que 90% das transações dentro do aplicativo são nacionais, isto é, entre vendedores e consumidores brasileiros. São 3 milhões de empreendedores e lojistas no País cadastrados, entre os quais 9 em cada 10 possuem CNPJ. Para a companhia, ele afirmou, a taxação sobre produtos importados não irá impactar o negócio.

“Esse processo de nacionalização aconteceu ao longo de 4 anos, desde que a Shopee chegou [ao Brasil]. E batemos essa marca em março de 2024”, disse Farah. A empresa emprega diretamente mais 10 mil colaboradores em território nacional.

O executivo disse que a estratégia de marketing continua agressiva e sem nenhuma redução de recursos para este ano. “O foco é conseguir cada vez mais usuários mensais para a plataforma e uma das principais frentes de investimento é a live commerce combinada com marketing de afiliados”, contou.

Em sua palestra, “Live commerce exponencial: como explorar o verdadeiro potencial dessa ferramenta de vendas”, Farah contou que uma das novidades para este ano é a liberação do botão de live para os afiliados. São 2 milhões cadastrados. A opção, no entanto, não está disponível igualmente. “Liberamos para alguns afiliados e planejamos melhor comissionamento para aqueles que indicarem produtos em suas lives”.

O foco nessa ferramenta se baseia em alguns números que o executivo compartilhou com a plateia presencial e online do Digitail: na China, US$ 562 bilhões do faturamento da Shopee, em 2023, vieram de live commerce e a projeção é de que atinja US$ 843 bilhões no próximo ano. No Brasil, a empresa passou de 10 lives diárias no ano passado para 250 por dia este ano. As pesquisas da plataforma mostraram que os vendedores adeptos vendem 5 vezes mais e ampliam o número de seguidores, reforçando laços de comunidade, uma vez que que a estratégia aproxima quem vende de quem compra no marketplace.

No próximo dia 6 de junho, as ofertas da data dupla da Shopee serão transmitidas em live também pelo canal da Band, uma estratégia que algumas empresas começaram a adotar recentemente.

Shein rebate varejo e indústria e afirma que 88% das compras são feitas pelas classes C, D e E

Varejista diz que o que está em jogo é o poder de acesso e compra dos brasileiros a produtos internacionais.

A Shein publicou uma pesquisa feita pela Ipsos para rebater as críticas feitas pelo varejo e indústria nacionais de que a isenção fiscal prevista no Remessa Conforme para compras internacionais de até US$ 50 beneficia quem ganha mais.

Segundo o estudo, no primeiro trimestre de 2024, o percentual de consumidores das classes C, D e E que adquirem produtos internacionais na plataforma da empresa é de 88%, sendo 50% das classes D e E e 38% da classe C.

“Em um momento em que o que está em jogo é o poder de acesso e compra dos brasileiros a produtos internacionais de qualidade e acessíveis, a pesquisa realizada mostra o verdadeiro retrato dos consumidores da plataforma e ainda aponta que apenas 11% dos consumidores pertencem às classes A e B”, diz a gigante chinesa.

A Shein cita ainda o levantamento feito pelo Plano CDE, com consumidores de diversas plataformas internacionais, de que 61% do público vê nos sites internacionais a possibilidade para a população mais pobre ter acesso ao consumo – e que a desistência da compra quando são cobrados os impostos é maior entre as classes C, D e E (37%) que nas classes A e B (32%).

Nesta semana, a CNI (Confederação Nacional da Indústria), em parceria com o IPRI (Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem), divulgou uma pesquisa dizendo que apenas 18% da população com renda de até dois salários mínimos fizeram compras onlines internacionais de produtos com isenção de até US$ 50.enquanto 41% são feitas entre os que ganham acima de cinco mínimos.

O que deve impulsionar o varejo em 2024?

Entre condições do mercado, preferências dos consumidores e avanços tecnológicos, especialistas identificam as tendências para o próximo ano.

Desde o início da sua existência, o varejo é influenciado pelas condições do mercado e mudanças nas preferências dos consumidores. Essa adaptação constante torna o setor um dos mais mutáveis da economia. Na era moderna, outra vertente entra na divisão da conta: os avanços tecnológicos. Apesar das projeções financeiras não serem tão otimistas para a categoria, com previsão de crescimento de apenas 2% em 2023, segundo a Confederação Nacional do Comércio, serão as soluções inovadoras que garantirão o respiro do varejo em 2024.

De acordo com uma pesquisa da Altimeter, 55% dos grandes agentes da transformação digital acreditam que o grande catalisador para as mudanças tecnológicas das marcas é a evolução do comportamento e preferência dos consumidores. Ou seja, as decisões de modernização estão centradas na clientela. Para os varejistas, a capacidade de adaptação a essas tendências emergentes e a implementação ágil de estratégias inovadoras serão diferenciais decisivos para o sucesso do mercado.

Mas o que os consumidores estão exigindo do comércio? Para responder a essa questão, especialistas identificaram preferências que devem permear o setor em 2024. Veja:

Personalização cada vez mais sofisticada

Segundo uma pesquisa da McKinsey, 72% dos consumidores esperam que as empresas onde compram os reconheçam como indivíduos únicos e consigam identificar seus interesses. Essa necessidade de personalização do cliente, muito comentada em 2023, continuará sendo a grande aposta do varejo em 2024. É o que prevê Marcell Rosa, Gerente Geral Latam da CleverTap, plataforma de marketing digital especializada em retenção e engajamento de usuários: “Com a implementação de estratégias preditivas baseadas em inteligência artificial e aprendizado de máquina, a individualização atingirá novos patamares. Estamos falando de otimizar as experiências dos consumidores desde o primeiro contato com o potencial cliente até o pós-venda. Isso tudo baseado no seu comportamento único”.

Lojas físicas de cara nova – a vez da omnicanalidade

Os varejistas já começaram a integração entre lojas físicas e digitais. Essa estratégia tende a se amplificar ainda mais no próximo ano, segundo Antônio Sá, sócio-fundador da Amicci, empresa de tecnologia de varejo private label. “Em 2023, confirmamos a importância das lojas físicas. Elas não deixarão de existir, mas veremos uma repaginação. Os consumidores poderão comprar online, retirar na loja e devolver com facilidade em todos os canais. Ou até pesquisar um produto na internet e ir até o endereço da marca efetuar a compra. Teremos uma integração cada vez mais homogênea entre online e offline”, explica.

Supermercado online e compras sem sair de casa. O delivery ganha ainda mais espaço no comportamento dos consumidores

Além disso, a praticidade de receber produtos em casa, as facilidades de compra e a diversidade de sortimento também tem acelerado o crescimento das compras online, fazendo com que os consumidores busquem cada vez mais, plataformas que oferecem o serviço de delivery. Para se ter uma ideia, de acordo com um estudo recente da SoluCX, 80% das pessoas já experimentaram a conveniência das compras digitais nesse segmento.

Para Renato Saghi, Diretor Comercial da Daki, aplicativo de mercado e essenciais sob demanda, com entregas rápidas e agendadas, “O delivery é um ponto importante para que o consumidor tenha uma experiência de compra positiva. A necessidade de se adaptar às mudanças de comportamento e oferecer experiências mais eficientes e convenientes é algo que tem impulsionado essa revolução no varejo.” O executivo destaca ainda que “a digitalização não apenas atende às demandas dos clientes, mas também proporciona oportunidades para inovação e um crescimento ainda maior das empresas”, comenta.

Experiência é a palavra-chave para o tradicional

Como um dos principais representantes do varejo tradicional, os shoppings centers, desde a pandemia, tiveram de acelerar suas mudanças. Mais opções de lazer ao ar livre, vivências para além da compra, a mescla do online com o offline são algumas das tendências que vivemos durante esses anos.

Agora, o que deve impulsionar o varejo em 2024? A atenção desses empreendimentos experientes às verdadeiras necessidades do cliente.

“A mudança de comportamento do consumidor tem sido clara desde a pandemia. As pessoas têm pedido por mais profundidade e isso requer uma experiência mais robusta e que vá além da compra, no caso dos shoppings centers. Nos nossos malls, fizemos uma pesquisa onde a maior parte dos clientes responderam que vão aos nossos empreendimentos para passear. E o que isso quer dizer? Que compras são importantes, mas variar os nossos negócios é o que vai nos manter em alta no próximo ano”, comenta Adriano Capobianco, diretor comercial da Partage Malls.

Outra variável relevante, de fato, é a tecnologia. Neste caso, a mescla entre digital e físico é indispensável. “Em 2023, colocamos para funcionar a Vitrine Virtual, um espaço onde o cliente pode ver tudo sobre o produto que gostaria de comprar, a fim de ajudá-lo e decidir pelo consumo. Alinhado a isso, colocamos o potencial comprador em contato direto com o lojista, uma forma de personalizar o atendimento e dar ao cliente uma experiência única. Essa é uma estratégia que se mostrou, extremamente, funcional e correspondente ao que o nosso público quer e precisa”, finaliza.

Com uma previsão de melhora econômica, o varejo está trabalhando muito na experiência do consumidor, utilizando todas suas frentes como lojas físicas e online para que o consumidor tenha a melhor experiência possível. “O mercado deve dar uma atenção especial para o segundo semestre, depois de um ano com muitos ajustes em fluxo de caixa, estoques e melhoria na sua eficiência, podemos dizer que o pior já passou e que agora o potencial de crescimento é grande.”, afirma Marcos da Silva Pinheiro, Gerente nacional de vendas da Elsys, empresa brasileira de soluções tecnológicas há mais de 34 anos no mercado.

“Na área de usabilidade, conectividade e tecnologia, por exemplo, alguns produtos que estarão em alta serão fechaduras digitais, antenas digitais e câmeras de segurança. Todos esses produtos têm expectativa de crescimento em suas vendas, frente às oportunidades e necessidades do mercado cada vez mais tecnológico e seletivo.” finaliza Marcos.

‘https://portogente.com.br/noticias/transporte-logistica/115739-o-que-deve-impulsionar-o-varejo-em-2024

Brasileiro gasta menos no Natal e varejo tem data mais fraca dos últimos 3 anos

Dados da Serasa Experian que acompanham o varejo físico mostraram retração de 1,4%.

As previsões para um Natal mais aquecido em 2023 não se confirmaram. Varejistas esperavam um aumento nas vendas este ano, após o fracasso da Black Friday em novembro. No entanto, dados da Serasa Experian divulgados nesta terça-feira (26) apontam que a data comemorativa foi a mais fraca dos últimos três anos para o varejo.

Segundo o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, durante a semana do feriado, entre os dias 18 e 24 de dezembro, as vendas do varejo físico apresentaram uma queda de 1,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. Foi o pior desempenho desde 2020, quando as vendas despencaram 10,3%, em meio à pandemia de covid-19.

“Com a inadimplência marcando números recordes este ano, a prioridade dos consumidores foi a reestruturação financeira ao optarem por utilizar o 13° salário para o pagamento e renegociação de dívidas, deixando as compras e presentes de Natal em segundo plano”, diz Luiz Rabo, economista-sênior da Serasa Experian, no relatório do levantamento.

No final de semana do Natal, entre os dias 22 e 24, a queda das vendas foi ainda mais maior, recuando 10,7% em relação ao mesmo período do último ano. De acordo com Rabi, o fato do dia 24 ter sido um domingo pode ter influenciado a baixa no final de semana, já que é o dia mais fraco para o comércio.
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Em São Paulo, as vendas natalinas do varejo físico também não engataram, recuando 1,2% no semana que antecede a data comemorativa, e caindo 9,6% no final de semana imediatamente anterior ao Natal.
‘https://investnews.com.br/economia/brasileiro-gasta-menos-no-natal-e-varejo-tem-data-mais-fraca-dos-ultimos-3-anos/