Big Deal Days- Prime Day da Amazon: Consumidores optam por itens de menor custo e se preparam para ofertas personalizadas

A Amazon.com  deu início à sua liquidação para assinantes Prime, observando uma tendência dos consumidores em optar por produtos mais acessíveis, como utensílios de cozinha e roupas, ao invés de adquirir itens de alto valor. Durante as primeiras oito horas da promoção, os clientes gastaram, em média, US$ 38, um acréscimo de 2% se comparado ao mesmo período do ano anterior, conforme dados da empresa de pesquisa Attain.

Brian Mandelbaum, CEO da Attain, destacou que a Amazon está atentamente acompanhando o comportamento de compra dos clientes. O objetivo é fornecer ofertas sob medida mais tarde, quando estiverem dispostos a gastar valores mais elevados. Outros concorrentes do mercado varejista estão adotando estratégias semelhantes para capitalizar sobre as promoções da gigante do e-commerce.

Com o atual cenário econômico marcado pela inflação e crescente dívida, os consumidores estão sendo mais cautelosos com seus gastos. A expectativa é que as vendas online nos EUA nos meses de novembro e dezembro cresçam 4,8%, alcançando US$ 222 bilhões, segundo dados da Adobe Inc. Este crescimento é superior ao ano passado, mas ainda abaixo dos índices pré-pandêmicos.

A empresa de pesquisa Numerator apontou que, dentre os produtos mais vendidos durante a liquidação, estão as baterias da marca Amazon. A maioria dos itens comprados (60%) custa menos de US$ 20, enquanto apenas uma pequena porcentagem (3%) ultrapassa os US$ 100.

Desde o lançamento de sua liquidação de verão em 2015, a Amazon tem utilizado o Prime Day como um meio de atrair novos membros e recompensar os já existentes com ofertas exclusivas. No ano passado, introduziu um segundo evento, o “Prime Early Access Sale”. Este ano, o nome mudou para “Prime Big Deal Days”.

Para este evento de dois dias, as expectativas apontam para vendas online nos EUA na ordem de US$ 8,1 bilhões, representando um crescimento de 6,1% em relação ao ano anterior. Uma pesquisa da RetailMeNot sugere que os consumidores estão dispostos a começar suas compras de fim de ano mais cedo, desde que encontrem ofertas tentadoras. Curiosamente, 58% dos entrevistados planejam fazer compras no “Big Deal Days” da Amazon, com uma previsão de gasto de US$ 154, valor inferior ao projetado para o Prime Day em julho.

Ainda é preciso aguardar para entender o real impacto dessas promoções e o volume de compras que serão realizadas.

‘https://www.msn.com/pt-br/dinheiro/economia-e-negocios/prime-day-da-amazon-consumidores-optam-por-itens-de-menor-custo-e-se-preparam-para-ofertas-personalizadas/ar-AA1hZXZO

ICVA: vendas no Varejo caem 1,6% em setembro, terceiro mês seguido de queda segundo Cielo

Descontada a inflação, as vendas no Varejo em setembro de 2023 caíram 1,6% quando comparadas ao mesmo mês de 2022. É o que mostra o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), relatando se tratar do terceiro mês seguido de queda. Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, o crescimento em setembro foi de 2,5%.

Em agosto, no entanto, o mesmo índice mostrou que as vendas no e-commerce no Dia dos Pais aumentaram 6,3% em comparação a 2022 — na ocasião, as vendas presenciais cresceram 2,0%, com um aumento de 2,3% no Varejo em geral.

Setores em queda

Os três macrossetores (Bens Duráveis, Bens Não Duráveis e Serviços) registraram baixa ao mesmo tempo. Bens Duráveis e Semiduráveis caiu 1,7%, afetado principalmente pelo resultado de Materiais para Construção.

A retração do faturamento de Bens Não Duráveis foi de 1,1%, influenciado pelo setor de Livrarias, Papelarias e afins. Já em Serviços, cujas vendas caíram 2,9%, o principal responsável foi o segmento de Bares e Restaurantes.

Em junho, por exemplo, os macrossetores de Serviços, Turismo e Transporte e Recreação e Lazer foram responsáveis por impulsionar em 4,9% os resultados do Varejo. No mesmo mês, Bens Não Duráveis teve alta de 1,5%, com destaque para o segmento de Supermercados e Hipermercados

Efeitos de calendário também contribuíram para que a retração do Varejo em setembro não fosse mais acentuada; mês de setembro contou com um sábado a mais, dia de forte movimento no comércio, e uma quinta-feira a menos

Inflação

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia do IPCA divulgada pelo IBGE, registrou alta de 0,35% para o mês de setembro. Segundo o instituto, o principal impacto de alta vem do aumento do preço da gasolina e de outros combustíveis.

Ao ponderar o IPCA e o IPCA-15 pelos setores e pesos do ICVA, a inflação do varejo ampliado acumulada em 12 meses em setembro foi de 4,2%.

Queda de vendas do Varejo por Regiões

De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, os resultados de cada região em relação a setembro de 2022 foram:

Sudeste (-1,7%);

Sul (-3,4%);

Centro-Oeste (-3,7%);

Norte (-4,1%);

e Nordeste (-5,2%).

Pelo ICVA nominal, que não considera o desconto da inflação, e com ajuste de calendário, os resultados de cada região foram:

Sudeste (+2,1%);

Sul (+1,4%);

Centro Oeste (+0,4%);

Norte (+0,3%);

e Nordeste (-1,2%).

Vendas no terceiro trimestre de 2023

Para o Índice Cielo, as vendas no 3º trimestre de 2023 caíram 1,5%, já descontada a inflação, em relação ao mesmo trimestre de 2022. Em termos nominais, porém, o faturamento cresceu 1,6%.

Panorama e perspectivas para o e-commerce em 2024

Para o próximo ano, e-commerce tende ao crescimento das compras por dispositivos móveis e frequência maior, o que sugere que as compras online já se estabeleceram na rotina dos consumidores

O e-commerce está em constante adaptação às mudanças tecnológicas e atento às demandas dos consumidores. Responsável por um mercado potencial em volume de vendas, movimentou cerca de R$ 169,6 bilhões no Brasil, em 2022, segundo dados da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).

No mundo dinâmico do comércio eletrônico, a urgência de se manter atualizado com as novas tendências é inegável. A competição é feroz e está presente em todos os cantos. Nesse cenário, é essencial direcionar a atenção para a jornada do consumidor, compreender sua experiência e avaliar como diversas tecnologias, como a Inteligência Artificial, estão moldando todos esses aspectos de maneira fundamental.

A jornada do consumidor tornou-se um ponto focal para as empresas que desejam se destacar em um mercado saturado. Entender cada etapa desse percurso, desde a descoberta do produto até a conclusão da compra, é crucial para proporcionar uma experiência satisfatória ao cliente. E, claro, que a tecnologia desempenha um papel vital nesse processo, permitindo a personalização de ofertas, recomendações inteligentes e a análise específica do comportamento do consumidor.

Além disso, o fomento avassalador das redes sociais têm desempenhado um papel fundamental no impulso do comércio eletrônico. Quando o assunto é a divulgação de conteúdo de marca, as redes sociais seguem com grande destaque. “Por conta do grande uso das redes sociais pelos consumidores, é importante que o lojista consolide sua marca nesses espaços. Quem não está presente está perdendo potenciais clientes para concorrentes e deixando de estar em contato com os clientes que já conhecem a marca”, comenta Guilherme Pedroso, country manager da Nuvemshop no Brasil.

O futuro está no comércio eletrônico omnichannel?

O comércio omnichannel está se preparando para uma expansão significativa nos próximos cinco anos, de acordo com um estudo recente realizado pelo Boston Consulting Group. O relatório prevê um aumento de 15 a 30% ao ano nesse setor, levando-o a atingir uma marca de US$ 130 bilhões até o final de 2025 em todo o mundo. Para os mercados emergentes esse crescimento será ainda maior, considerando que 40% dos usuários ainda vão fazer sua primeira compra on-line por meio de mensagens instantâneas.

À medida que o comércio eletrônico continua a consolidar sua presença e conquistar uma parcela crescente do mercado varejista, as marcas passaram a adotar uma abordagem cada vez mais criativa e orientada para o cliente. Essa abordagem envolve uma habilidade de compreender profundamente a jornada de compra do cliente, suas necessidades e, principalmente, de priorizá-lo no cerne de todas as metas e escolhas relacionadas às estratégias de vendas.

“O comércio eletrônico omnichannel mantém a conversa em andamento quando um cliente que entra em contato pelo Instagram acaba no seu site procurando produtos e opta por receber alertas por e-mail ou SMS. No dia seguinte, eles podem enviar um e-mail com um código de desconto e um link para um item que eles visualizaram ou adicionaram ao carrinho. Dessa forma, alcançarão os clientes por meio de seu canal preferido e manterão a sincronia quando eles mudarem para outro canal para continuar sua jornada de compras”, exemplifica Adriana Sanchez, diretora de New Sales Latam da Sinch.

A importância dos dados na jornada do cliente

A OLX Brasil, uma das principais plataformas de compra e venda online do país, tem se destacado ao utilizar dados para aprimorar a experiência do cliente e enfrentar os desafios do e-commerce. A plataforma recebe mais de 5 milhões de acessos, diariamente, e Paula Pinho, diretora de Customer Experience da OLX Brasil, revelou no CONAREC 2023 que esse volume massivo de acessos fornece à empresa uma grande quantidade de dados importantes que são usados para entender e atender às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz.

“Dados digitais são fontes importantes, mas temos que ter atenção de como podemos melhorar a jornada desse cliente hoje e não apenas entender qual tipo de produto ele busca. Muitas e vezes a má experiência em uma plataforma de compra online gera uma enorme insatisfação que desencanta aquele consumidor, mesmo que essa plataforma possuas boas ofertas e diversidade”, ressalta.

Perspectivas e tendências 2024

Para entender para onde o mercado está se direcionando e para aprofundar a compreensão do comportamento dos consumidores no e-commerce brasileiro para antecipar as perspectivas para o comércio online no país para o próximo ano, a Opinion Box junto com a Octadesk realizou um estudo sobre as tendências que podem moldar o cenário do comércio eletrônico no país em 2024.

Por que continuar comprando online?

Uma das tendências mais evidentes é o crescimento contínuo das compras por meio de dispositivos móveis. Com smartphones cada vez mais poderosos e a expansão do acesso à internet, os consumidores preferem a comodidade de fazer compras diretamente de seus telefones. De forma geral, três itens se destacam como os principais fatores que motivam as compras no e-commerce: preço, praticidade e promoções.

O comportamento dos consumidores no e-commerce

As perspectivas são realmente interessantes. Seis em cada dez consumidores afirmaram que a sua frequência de compras online aumentou no último ano. Além disso, 54% dos entrevistados indicaram que planejam fazer mais compras online nos próximos 12 meses.

Com o hábito de compra do consumidor, 2024 promete ferver em vendas online. Nesse sentido, é crucial a reflexão sobre a preparação dos negócios para capitalizar essa demanda crescente.

Frequência de compras

O estudo revela um aumento notável na frequência de compras semanais. O volume de consumidores que têm o hábito de fazer compras semanais quase dobrou, indicando que as compras online se tornaram parte da vida cotidiana de muitos consumidores.

Em 2022, 12% dos consumidores disseram fazer compras online pelo menos uma vez por semana. No entanto, dados atualizados mostram que em 2023 esse número saltou para impressionantes 17%. De fato, o consumidor está mais confiante para realizar suas compras e prefere esse meio pela conveniência.

‘https://consumidormoderno.com.br/2023/09/27/perspectivas-e-commerce-2024/

Retração nas vendas e oportunidade no comércio eletrônico

Se você é do ramo do comércio eletrônico, deve ter percebido uma guinada nas vendas no primeiro semestre de 2023. Será que ainda vale a pena investir no e-commerce? Confira aqui o que realmente aconteceu nos dois primeiros trimestres e como aproveitar as oportunidades da atual situação.

O e-commerce continua a crescer e a atingir marcas impressionantes, como a de 53,0 milhões de compradores em 2023, segundo o relatório Webshoppers da NIQ Ebit. Esse aumento expressivo no número de consumidores online demonstra a contínua popularização e a adoção do comércio eletrônico como um canal de compra essencial.

Embora o crescimento constante do e-commerce ofereça oportunidades significativas para empresas que desejam expandir suas operações online, também apresenta desafios: percebe-se no primeiro semestre de 2023 uma queda nas vendas no comércio eletrônico. Essa retração se deve ao fato de que antes os consumidores compravam em várias lojas produtos de diferentes preços, tanto produtos mais em conta quanto produtos mais caros. No primeiro semestre, aconteceu que os consumidores consolidaram a fidelidade a lojas de suas preferências e aumentaram o ticket médio nas suas aquisições.

No acumulado do primeiro semestre de 2023, as vendas do e-commerce apresentaram uma retração significativa de -7,3%, o que inicialmente pode ser motivo de preocupação para empresas e analistas desse setor. No entanto, o dado também aponta para uma tendência de melhora a partir do segundo trimestre de 2023. Nesse período, a queda nas vendas diminuiu para -5,7%, o que indica uma desaceleração na retração (dados da NIQ Ebit). Essa tendência de menor intensidade na queda é um sinal positivo, sugerindo que o mercado pode estar se recuperando gradualmente. Além disso, o dado destaca que no mês de junho de 2023, a retração nas vendas foi ainda menor, atingindo apenas -2,1%. Isso pode ser um indicativo de que as condições estão melhorando ainda mais e de que o e-commerce pode estar se aproximando de uma recuperação total.

Categorias de destaque

As melhores performances dentre as demais categorias foram: perfumaria e cosméticos, saúde, alimentos e bebidas, bebês e cia.

Para explicar tal desempenho nesses setores, pode-se considerar os seguintes fatores:

– Sazonalidade: o Dia das Mães e o Dia dos Namorados (perfumaria e cosméticos).
– Mudanças no comportamento do consumidor: devido à pandemia, muita gente consolidou o hábito de fazer as compras online (alimentos e bebidas).
– Competitividade: as crianças nascem durante todo o ano e os pais procuram muitas vezes preços mais competitivos, por isso muitos optam por adquirir itens do enxoval do filho em lojas online (bebês e cia).

Categorias com crescimento no ticket médio

Tiveram crescimento no ticket médio: telefonia (5,4%), eletrodomésticos (1,5%), casa e decoração (0,4%). Setores como telefonia e eletrodomésticos estão em constante evolução tecnológica. A introdução de produtos mais avançados e inovadores, muitas vezes com preços mais elevados, pode levar os consumidores a gastar mais para obter as últimas características e os benefícios tecnológicos. Vale acrescentar que as mudanças nas tendências de estilo de vida, como um foco maior na qualidade de vida e na estética da casa, podem levar as pessoas a gastar mais em itens de casa e decoração. As pessoas estão dispostas a investir em produtos que melhorem sua qualidade de vida e bem-estar em casa.

Oportunidades

Vale ressaltar que, apesar da queda nas vendas, não houve uma redução na quantidade de shoppers ativos no canal. Pelo contrário, houve um crescimento de aproximadamente 6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Isso sugere que a base de clientes que utiliza o canal de vendas permanece sólida e até mesmo está se expandindo, o que pode ser encarado como uma oportunidade para a retomada das vendas. Isso sugere que há um público disposto a comprar, e as empresas podem direcionar esforços para entender o que está impactando os pedidos e trabalhar em estratégias para incentivá-los. Por isso, é importante conhecer as preferências do consumidor.

A pesquisa realizada pela NIQ Ebit mostra que as compras realizadas por meio de aplicativos destacam-se com 15% da preferência do shopper:
– 32% compraram supermercado.
– 43% compraram farmácia.

Esse aumento significativo na preferência por compras por aplicativo pode ser atribuído a fatores como a conveniência, a variedade de opções disponíveis e a flexibilidade de compra que essas plataformas oferecem. Esse dado ressalta a importância crescente do comércio eletrônico e a necessidade das empresas de se adaptarem a essa mudança no comportamento do consumidor, investindo em experiências de compra online mais atraentes e eficientes.

Vale reforçar que é importante não apenas observar as métricas de vendas, mas também entender o comportamento dos consumidores e os fatores que influenciam suas decisões de compra.

Ainda segundo a pesquisa da NIQ Ebit, frete grátis, promoções e praticidade são os principais motivadores de compra.

Assim, as empresas devem acompanhar as tendências em constante evolução do e-commerce, considerando fatores como sazonalidade, mudanças no comportamento do consumidor, concorrência e eventos econômicos globais e, dessa forma, adaptar suas estratégias de negócios e considerar como podem melhor atender às necessidades e expectativas dos consumidores online em um mercado tão dinâmico.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/retracao-nas-vendas-e-oportunidade-no-comercio-eletronico

Conheça a próxima geração: Beta

Indivíduos nascidos entre 2020 e 2040 terão suas vidas moldadas pela Inteligência Artificial, responsável por gerar 90% do conteúdo online até 2026.

Nem todas as pessoas da próxima geração nasceram, e por mais que boa parte ainda não tem CPF, já têm nome: Beta. Nascidos a partir de meados de 2020 e 2040, e ainda em desenvolvimento, esses indivíduos são filhos dos Zennials e da Geração Z. Têm o potencial de ocuparem a posição de menor grupo populacional. A Geração Beta é a primeira nascida em um mundo onde a Inteligência Artificial (IA) estará totalmente consolidada.

Segundo a consultoria global WGSN, tradicionalmente o conceito de grupo demográfico compreende pessoas que nasceram em um período de 15 anos, com hábitos e comportamentos semelhantes. No entanto, com uma aceleração tecnológica nunca antes vista, esse período pode ser excessivamente longo para identificar as próximas gerações.

Durante o período de desenvolvimento da Geração Beta, o uso de IA será cada vez mais ampliado e disseminado mundialmente. Segundo o relatório “Facing reality? Law enforcement and the challenge of deepfakes”, do grupo europeu Europol, 90% do conteúdo disponível online poderá ser gerado sinteticamente – ou seja, por meio de Inteligência Artificial – até 2026. Não coincidentemente, essa tecnologia será responsável por moldar conceitos de verdade e realidade.

As gerações e suas relações com a tecnologia

A Geração Beta carrega algumas diferenças de suas antecessoras. Os Xennials, geração entre a X e os Millenials (entre 1972 e 1983, segundo a WGSN), nasceram em um mundo analógico. A vida online e com ferramentas digitais só surgem a partir da infância e da adolescência. São as gerações que tem lembranças de como era a vida antes da internet, mas são fluentes na comunicação pré e pós-digital. Os Millenials (nascidos entre 1981 e 1995) também cresceram em um mundo analógico e sabem fazer essa tradução para o mundo digital. Além disso, foram a primeira geração a crescer com as redes sociais.

Os Zennials (nascidos na transição de gerações, entre 1992 e 1998) e a Geração Z (1996 e 2010), por exemplo, são os primeiros nativos digitais e muitos acessaram os canais online antes mesmo de seus antecessores, os Millenials. Segundo a WGSN, são também as gerações movidas por valores, que se expressam por meio do ativismo e do autoaprendizado, tornando-os mais empreendedores do que seus anteriores.

Já os Zalfas (nascidos entre 2008 e 2014) e os Alfas (entre 2011 e 2020) foram as primeiras gerações phygital, que transitam entre o mundo físico e digital. Foram os primeiros indivíduos a terem suas vidas documentadas desde o nascimento por meio de ferramentas digitais. Enquanto os Millenials cresceram com a internet, a expectativa é que os Zalfas e Alfas cresçam com o metaverso.

A geração da IA

Se o surgimento da internet e do smartphone impactaram as gerações anteriores, na vez dos Betas a influência será da Inteligência Artificial. A tecnologia será responsável por mudar e moldar suas vidas pessoais e profissionais nas décadas seguintes. Por isso e pela aceleração tecnológica, terão profissões que ainda nem sequer existem. Também terão estilos de vida tecnológicos fluidos.

Os primeiros indivíduos da Geração Beta ainda estão completando engatinhando. Mas já é possível analisar as condições nas quais essas pessoas irão crescer e prosperar. Estar atento às possíveis expectativas e demandas desses consumidores do futuro pode ser também uma forma de aprender a navegar em um mundo extremamente tecnológico e dominado pela Inteligência Artificial.

‘https://www.consumidormoderno.com.br/2023/09/21/conheca-a-proxima-geracao-beta/


Confiança do consumidor no Brasil avança e mantém nível semelhante ao de antes da recessão de 2014

Aumento do otimismo é guiado pela chegada da percepção econômica atual ao maior nível desde dezembro de 2014, diz FGV.

Confiança do consumidor brasileiro figura aos 97 pontos

O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) manteve a recente trajetória positiva e subiu 0,2 ponto em setembro, para 97 pontos, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (25) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Com a alta em ritmo mais fraco em relação aos meses anteriores, o otimismo se mantém em nível semelhante ao registrado no começo de 2014, antes do início da recessão econômica daquele ano.

“Esse quadro é heterogêneo nas faixas de renda, com melhora dos indicadores nos dois horizontes de tempo nas faixas de renda mais baixa e piora das expectativas futuras das famílias com renda mais alta”, analisa ela.

“No mês, o movimento é reflexo da continuidade de fatores positivos na economia, concomitante a um cenário desafiador ao consumidor com juros, nível de endividamento e inadimplência elevados. Para os próximos meses, a confiança do consumidor pode voltar a neutralidade dos 100 pontos, caso a tendência atual continue”, prevê Anna.

Em setembro, a acomodação da confiança foi influenciada pela combinação entre melhora da percepção em relação à situação atual e calibragem na tendência de alta das expectativas para o futuro.

Enquanto o ISA (Índice de Situação Atual) subiu 1,8 ponto, para 83,2 pontos, alcançando o maior nível desde dezembro de 2014 (86,7 pontos) após a oitava alta mensal consecutiva, o IE (Índice de Expectativas) recuou 0,9 ponto, para 106,7 pontos, após crescer 10 pontos de maio a agosto.

Faixas de renda

A análise por faixas de renda mostra resultados heterogêneos, com aumento da confiança dos consumidores das faixas mais baixas (com renda até R$ 2.100 e entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800), influenciados principalmente pela melhora na percepção sobre a situação atual.

Por outro lado, há uma percepção de queda da confiança entre as famílias que recebem salários mais elevados (entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00 e acima de R$ 9.600,01), que por sua vez são influenciados pela piora das expectativas para os próximos meses.

‘https://noticias.r7.com/economia/confianca-consumidor-fgv-setembro-2023-25092023

E-commerce registra queda de 5% no tráfego em agosto

Apesar da retração, as expectativas são positivas para os próximos meses, que antecedem a Black Friday.

Enquanto conta os dias para a chegada da Black Friday, o comércio eletrônico brasileiro teve seu desempenho mais baixo em termos de tráfego dos últimos três meses: em agosto, 2,4 bilhões de visitas únicas foram registradas nas plataformas do país, segundo o Relatório Setores do E-Commerce, da Conversion.

É um desempenho 5,2% menor do que o de julho, quando 2,53 bilhões de acessos atravessaram o e-commerce – aquele foi, aliás, o segundo melhor mês de 2023, atrás apenas de janeiro (2,69 bilhões de visitas).

A queda se explica pela retração de alguns pilares do tráfego: o primeiro deles – o acesso via navegadores web– caiu 6% em agosto na comparação com o mês anterior.

Clique aqui e conheça o Relatório Setores E-commerce no Brasil/agosto, completo já disponível na Biblioteca do RadarIC em Pesquisas Externas.

Beleza: vendas via anúncios online crescem 73% em 2023, com impulso de influenciadores

As vendas do e-commerce geradas por anúncios virtuais de produtos de beleza apresentaram crescimento anual de 64% em 2022 e de 73% de janeiro a junho de 2023, segundo a Rakuten Advertising. Atualmente, a categoria de Beleza representa cerca de 6% do volume de vendas diretamente impulsionadas por anúncios online.

Ainda de acordo com o estudo, o segmento registra picos nas vendas em diversas ocasiões ao longo do ano. Os principais deles ocorrem nos seguintes meses:
– Janeiro (liquidação de verão);
– Março (Dia do Cliente);
– Maio (Dia das Mães);
– Junho (Dia dos Namorados);
– Agosto (Dia dos Pais);
– e Novembro (Black Friday e Natal).

O real poder de influência das redes sociais

Quanto ao público do nicho de beleza, o foco está nas mulheres, com idades entre 20 e 45 anos. E um grande fator que impulsiona esse mercado é representado pelas influenciadores digitais. Aliás, Christiane Bistaco Rigotto, Diretora Executiva da Época Cosméticos, destacou que o mercado brasileiro de Beleza é o 4º maior do mundo e apresenta alto potencial,
especialmente na categoria de skincare.

O levantamento foi realizado com mais de 300 entrevistados no Brasil. Dentre o público que consome moda e beleza, 54% disseram seguir influenciadores digitais mulheres com idades entre 20 e 40 anos. Outros 35% acompanham perfis de homens entre 20 e 40 anos, enquanto 7% acompanham perfis com outra identificação de gênero na mesma faixa etária.

Interessante saber que nos EUA, 39% dos consumidores afirmaram ser altamente provável o aumento no consumo de itens de Beleza e Saúde em 2024. Por aqui, o setor de Beleza ficou marcado já no primeiro trimestre com uma alta de 24% nas vendas.

O poder dos influenciadores para o público de Beleza

Considerando todos os nichos acompanhados pelos respondentes, Moda e Beleza aparecem em destaque, sendo prioridade para a maioria (58%) dos consumidores entrevistados. Quando questionados sobre o melhor roteiro para conquistar o público, a opção predileta é a publicidade espontânea — aquela genuinamente ligada ao conteúdo do influenciador —, com 42% de preferência, segundo a pesquisa.

Sobre o consumo de produtos indicados por influenciadores digitais, 76% dos entrevistados afirmam ter esse hábito com grande recorrência (várias vezes ao mês). Os que afirmam comprar itens recomendados por celebridades online pelo menos uma vez por semana representam 31%, enquanto 27% o fazem uma vez ao mês, 18% a cada 15 dias e 8% a cada seis meses.

No sentido oposto, 14% dos respondentes muito raramente adquirem produtos promovidos por influenciadores e somente 3% nunca compraram itens indicados por personalidades da internet. Sobre credibilidade, 32% dos respondentes indicaram que preferem pequenos influenciadores conhecidos no meio, com até 200 mil seguidores. Grandes influenciadores, com mais de 1 milhão de seguidores, estão no páreo dessa corrida com 31% de predileção.

A revolução dos pagamentos digitais no e-commerce atrelada à transformação da jornada do cliente

Impulsionada pelo avanço tecnológico e pela crescente preferência dos consumidores por experiências de compra convenientes e eficientes, o cenário do comércio eletrônico tem passado por uma transformação radical, com destaque para a revolução dos pagamentos digitais. À medida que a sociedade se afasta do dinheiro em espécie e das transações físicas, o e-commerce está liderando a inovação no espaço de pagamentos, moldando uma jornada do cliente mais ágil, segura e personalizada.

Conforme smartphones e dispositivos móveis se converteram em uma extensão essencial de nossas vidas, a facilidade e a conveniência das transações digitais rapidamente se tornaram a norma. Esse cenário propiciou o surgimento dos pagamentos digitais, que incluem uma variedade de métodos eletrônicos, como carteiras móveis, pagamentos por aproximação, QR codes e até mesmo criptomoedas, e causou um impacto significativo na jornada do cliente no âmbito digital.

Remoção de barreiras

A facilidade do pagamento online remove barreiras para a exploração de produtos, visto que clientes podem navegar por catálogos, comparar produtos e fazer compras instantaneamente sem a necessidade de inserir repetidamente informações. Além disso, podem escolher a forma mais conveniente de pagamento, seja usando uma carteira móvel, um cartão de crédito pré-salvo ou outra forma de sua preferência.

Os pagamentos digitais agilizam o processo de checkout, eliminando a necessidade de digitar longos números do cartão ou informações pessoais. A tecnologia de pagamento por aproximação (NFC) e QR codes tornam a finalização da compra rápida e sem atritos.

Dados, segurança e desafios

A coleta de dados sobre o comportamento do cliente com esse método também é mais simples, permitindo que as empresas ofereçam recomendações mais precisas e personalizadas e, por consequência, aumentando o engajamento pós-compra por parte de seus consumidores.

A transformação desse formato de pagamento não seria possível sem um foco sólido em segurança e conveniência. A tecnologia de autenticação biométrica, como impressões digitais e reconhecimento facial, adiciona uma camada extra de proteção aos pagamentos, ao mesmo tempo que torna as transações mais fáceis para os clientes. A criptografia de ponta a ponta e a tokenização garantem a segurança das informações de pagamento, protegendo os dados sensíveis dos clientes.

Vale ressaltar que a adaptação a novas tecnologias pode ser complexa para algumas empresas, e a diversidade de métodos de pagamento pode dificultar a escolha da abordagem certa. No entanto, esses desafios trazem oportunidades para as empresas se destacarem ao oferecer opções de pagamento inovadoras e seguras.

Por fim, os pagamentos digitais estão redesenhando a jornada do cliente no e-commerce, proporcionando conveniência, agilidade e segurança sem precedentes. Com o aumento de sua incorporação ao cotidiano das pessoas, as companhias de comércio eletrônico têm a oportunidade de aprimorar suas estratégias de engajamento, melhorar a fidelidade do cliente e oferecer uma experiência de compra verdadeiramente moderna. Com a contínua evolução tecnológica, essa aplicação deixa de ser uma tendência e já se posiciona como uma realidade que não apenas está transformando o e-commerce, mas moldando o futuro do comércio global.

Neurociência e IA: transformando a experiência do cliente

Enquanto a neurociência dá as bases dessa tecnologia, a inteligência artificial aprimora análises e resultados focados no consumidor.

Neurociência e inteligência artificial têm uma afinidade nata: as redes neurais artificiais, usadas em muitos sistemas de IA, são inspiradas na estrutura e funcionamento dos neurônios no cérebro. É por meio da neurociência que se torna possível obter insights sobre como os seres humanos processam informações e usar esses princípios para projetar redes neurais artificiais mais eficazes.

O próprio ChatGPT é um exemplo disso, pois é um sistema baseado em IA que utiliza redes neurais para gerar respostas de texto simulando conversas humanas. Com ele, é fácil perceber o quanto a neurociência exerce papel fundamental no desenvolvimento deste tipo de tecnologia. No entanto, por outro lado, a IA também pode agilizar e potencializar resultados obtidos por meio da neurociência, ajudando a processar grandes quantidades de dados com rapidez e prever comportamentos ou reações emocionais.

Utilizar esta parceria de sucesso para, então, aprimorar a experiência do cliente é apenas um passo natural.

IA para potencializar resultados da neurociência

Quando relacionamos CX com neurociência e inteligência artificial, uma das primeiras utilidades de combinar estes campos acontece nos processos de análise de dados.

Paula Tempelaars, CEO da NeuroWits e Head do Lab da Neurons no Brasil, empresa que aplica a neurociência para ajudar negócios a entenderem as respostas inconscientes e conscientes de potenciais clientes, explica a dinâmica.

“A IA pode ser utilizada para analisar grandes quantidades de dados provenientes de estudos de neurociência, como de rastreamento ocular, eletroencefalografia (EEG) e testes neuropsicológicos. Eles então servem para predizer resultados comportamentais relevantes, que podem ser aplicados em estratégias para melhorar a experiência do consumidor em vários canais”, diz.

O ganho central é que, assim, é possível obter informações de maneira mais ágil com resultados extremamente confiáveis estatisticamente.

“Dados sobre comportamento humano, que normalmente seriam obtidos em semanas ou até meses utilizando equipamentos de neurociência, são atingidos em apenas alguns segundos com precisão muito alta”, completa Paula Tempelaars.


Impactos da parceria IA + neurociência na experiência do cliente

Segundo a Head do Lab da Neurons no Brasil, não estamos falando do futuro quando trazemos a parceria IA + neurociência para a área de experiência do cliente. Hoje já existem ferramentas no mercado que são capazes de predizer, com bastante precisão, detalhes como atenção visual, demanda cognitiva em imagens e vídeos e engajamento emocional, por exemplo.

Dados como estes são essenciais para aprimorar o CX, não só para criar experiências mais assertivas e minimizar interferências negativas, mas para garantir menor risco de investimento baseado em “achismos” e melhores resultados do ponto de vista da obtenção de emoções positivas e engajamento.

“Eles ajudam em decisões de projetos de visual merchandising e interiores de lojas físicas, anúncios e propagandas em imagem e vídeo, interface do usuário em aplicativos de plataformas, entre diversas outras aplicações”, comenta.

A combinação da IA com a neurociência também pode melhorar a usabilidade e a interface do usuário em produtos e serviços de jeitos ainda mais específicos.

A CEO da NeuroWits aponta que é possível saber, por exemplo, se uma plataforma de e-commerce está otimizada do ponto de vista da atenção visual, se elementos importantes como CTA e mensagem principal serão vistos ou se passarão despercebidos, se um website ou anúncio pode causar algum tipo de estresse cognitivo, se uma interface de aplicativo irá engajar ou não emocionalmente o usuário, etc.

As possibilidades realmente são extensas e ainda incluem poder personalizar experiências de compra e recomendações ao identificar padrões de atividade cerebral associados às preferências do consumidor, analisar emoções expressas em feedbacks e desenvolver modelos que antecipem as necessidades e desejos do cliente.

Tudo isso com a vantagem da rapidez. “É possível fazer testes A/B neurocientíficos de vários tipos de material de marketing e vendas, análise de gôndola, posicionamento de produtos no PDV, entre outros, em apenas alguns segundos!”, enfatiza a CEO.

Garantindo boas soluções integradas agora – e o que
esperar do futuro

Ao buscar ferramentas que integrem IA e neurociência no mercado hoje, a dica de Paula Tempelaars é prestar atenção na qualidade e quantidade dos dados que foram utilizados para treinar o modelo e a maneira em que eles foram catalogados e categorizados, além da qualidade do equipamento para captá-los. Caso não sejam considerados, estes são itens que podem influenciar negativamente os resultados e as previsões. A CEO da NeuroWits e Head do Lab da Neurons no Brasil passa inclusive referências em relação a isso.

“Como exemplo, a plataforma Predict, da Neurons, utilizou dados de mais de 180 mil participantes testados no mundo inteiro em estudos com rastreamento ocular e EEG, o que resulta em mais de 100 bilhões de pontos de dados treinados em mais de 100 modelos de machine learning. Por esse motivo, ele oferece resultados com 95% de precisão quando comparados a um estudo feito com equipamentos de alta qualidade de rastreamento ocular”, afirma.

Construído com esta base de dados, o Predict consegue predizer em apenas alguns segundos informações sobre o comportamento do consumidor como atenção visual, demanda cognitiva, foco, clareza da informação e engajamento emocional.

Mas vale lembrar que, segundo ela, há muito o que esperar pela frente. Afinal, a utilização da IA associada à neurociência deve trazer ainda inúmeras colaborações e informações sobre o comportamento humano como um todo, não somente sobre a experiência e o comportamento do consumidor.

Até o momento, dados de estudos neuropsicológicos estão basicamente sendo usados para predizer engajamento emocional em imagens, mas em um futuro bastante próximo, a tendência é que cada vez mais surjam novas potencialidades.

“Dados de intensidade emocional e motivação positiva ou negativa provenientes de estudos com eletroencefalografia resultarão em uma IA que consiga não somente avaliar a quantidade de engajamento que a experiência irá gerar, mas também se essa reação emocional será positiva ou negativa”, exemplifica.