Relatório Setores do E-commerce Conversion: Dia da Mulher impulsiona e-commerce brasileiro após quatro meses de baixa

A Conversion apresenta o novo Relatório Setores do E-commerce no Brasil: mensal, gratuito, análises de audiência, setores, canais de tráfego e rankings dos maiores sites de cada categoria.

A primeira data comemorativa de peso do ano – o Dia da Mulher, no começo de março – impactou positivamente o tráfego das plataformas de e-commerce brasileiro.

Depois de uma queda de quase 15% em fevereiro, o número de acessos subiu 8% no mês seguinte, alcançando 2,31 bilhões de visitas únicas, segundo o Relatório Setores do E-commerce da Conversion.

Foi a primeira alta no tráfego do comércio eletrônico do país em quatro meses – puxada principalmente pelos acessos via web (9,2%).

Diego Ivo, CEO da Conversion, acredita que só a ocasião da data sazonal não explica o desempenho de março. Para ele, entra nessa conta o próprio contexto econômico do país e a situação financeira das famílias nessa época do ano.

Confira o relatório completo disponível na Biblioteca do RadarIC: Relatório Setores do E-commerce no Brasil Abril/2023 – Dados referente a Março 2023

Como Shein e Shopee usam games para ‘prendê-lo’: conheça a gamificação do varejo

Apps utilizam estratégias para usuário acessar serviço todos os dias e deixar comentários sobre produtos

Antes de dormir, a artesã Simone Tomaz, 60, abre o aplicativo da Shopee e se distrai com joguinhos ao estilo do popular “Candy Crush” no próprio app. Não é só diversão: enquanto joga, ela acumula pontos que podem ser utilizados para compras. Entre uma fase e outra, assiste a anúncios que também garantem pontos e adiciona sugestões de produtos ao carrinho para comprar mais tarde. “Tem toda uma estratégia. O aplicativo fala para acessar uma loja nele por 30 segundos e ganhar moedas. Aí, vejo uma coisa interessante e adiciono ao carrinho”, descreve.

Ela é a cliente ideal de uma estratégia utilizada há anos por diferentes marcas, hoje aperfeiçoada por empresas como as chinesas Shopee e Shein. Como as redes sociais, o desejo das marcas é manter o consumidor o máximo de tempo possível no aplicativo e fazê-lo retornar, como um jogo de videogame em que é necessário passar de fase. É a “gamificação” do varejo.

“A grande estratégia por trás disso, a diversão e o entretenimento, é gerar algum tipo de engajamento para que a pessoa volte e continue comprando ou indique alguém”, pontua o professor de game design do curso de Sistemas da Informação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) Vicente Martins Mastrocola. Na Shopee, por exemplo, 95% dos pedidos são feitos via smartphone. Os usuários passam, em média, 25 minutos só nos joguinhos do app todos os dias, segundo a empresa.

A ideia fundamental da gamificação é tão velha quanto os cartões de fidelidade que os restaurantes dão a clientes e os programas de milhagem das companhias aéreas. Mas ganham uma roupagem moderna e cada dia mais sofisticada com os apps de compras, que conseguem reunir um volume gigantesco de dados sobre o comportamento e preferências dos clientes. E não é coincidência que se concentrem nos celulares: eles são uma ferramenta preciosa para o marketing dessas empresas, explica o professor Mastrocola.

“O app está vinculado ao seu smartphone e pega alguns tipos de dados que o computador não pega, como geolocalização. Por isso, as marcas querem tanto que você compre pelo app e não pelo site e fazem um sistema de recompensa diferenciado. Alguns apps vinculam o login à conta de Gmail e do Facebook, porque, aí, têm acesso a mais dados”, avalia.

Graças à gamificação, o consumidor também encontra dezenas de comentários e fotos sobre os produtos nos aplicativos. Quem comenta, envia fotos da encomenda e ganha curtidas, recebe mais pontos nos apps. É a lógica das redes sociais aplicada ao consumo. “Eu não mandava avaliações quando comprava online antes, mas agora faço porque isso dá moedas”, reconhece Simone, do início da reportagem.

Só a gamificação, porém, não basta para convencer o cliente, destaca Mastrocola, da ESPM. “Ela é uma das muitas ferramentas para manter o consumidor engajado”, diz. E lembra que o preço baixo não deixa de ser um motor poderoso: “A boa e velha promoção, entrar no site e ter 30% de desconto, ou ‘pague um, leve dois’, é uma das coisas mais antigas que temos em marketing”.

A Shein, por exemplo, apoia-se em três pilares para tomar o mundo: preços baixos, oferta de estilo e marketing nas redes sociais, avalia a empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International. Além de cobrar menos, em geral, do que as outras lojas de fast fashion, ela utiliza grandes bases de dados para guiar seus novos designs e investe alto em propagandas nas redes sociais. Outra aposta da marca é a inclusividade, especialmente para o tamanho plus size.

Como é o sistema de games e pontos das marcas
Shein
Cada cem pontos da Shein valem um dólar. Há várias maneiras de conquistá-los. Só de entrar no app todos e fazer um check-in, o usuário ganha pontos — e, assim, a marca fideliza o consumidor e garante que ele sempre verá promoções. Também é possível participar de jogos para ganhar pontos e cupons. Comentar um post garante cinco pontos, anexar uma foto vale dez e um comentário com informações de tamanho, dois. Confira o sistema de pontos completo da Shein.

Shopee
Comprar com cupons de cashback ou com vendedores indicados garante uma moeda Shopee a cada real gasto na plataforma. Como na Shein, também é possível ganhar pontos avaliando produtos e deixando comentários com foto — o que vale de cinco a dez moedas. O check-in diário no app participar de jogos é outra forma de acumular pontos.

Mercado Livre
O Mercado Livre aposta em um sistema de níveis de consumidor. Quanto mais você compra, mais avança na hierarquia e tem acesso a diferentes benefícios. São seis níveis, e as vantagens variam de descontos no frete a partir de determinado valor a acesso a serviços de streaming, como Disney+ e Star.

Quando as compras online se tornam um vício
“Olá, estou perdendo minha esposa para o aplicativo, ela não liga pra mim. Vive me pedindo dinheiro para comprar roupas e acessórios no aplicativo. Nosso casamento está prestes a acabar, sem falar que ela anda influenciando a própria filha menor e um monte de amigas”, diz um comentário registrado no site do Reclame Aqui. Talvez seja uma brincadeira irônica do usuário, mas também pode ser lido com a manifestação de um problema real.

Coordenador do grupo Devedores Anônimos de Belo Horizonte (DA BH), Vicente* não culpa as empresas ou as estratégias de gamificação pela compulsão em compras dos colegas. Mas avalia que as vendas online são parte do problema: “O perfil mais comum de devedor é o gastador compulsivo. Um dos grandes problemas deles são as propagandas na internet. A verdade é que as empresas querem vender, faz parte do objetivo delas fazer com que as pessoas gastem”, pondera.

Os DA utilizam a metodologia de passos dos Alcoólicos Anônimos (AA). As reuniões de BH, online, ocorrem às 19h30, aos sábados. A agenda e o link para participar no Zoom estão na página da instituição.

*Nome fictício.

Dia das Mães: vestuário puxa lista de produtos mais desejados este ano

A fim de entender as expectativas dos brasileiros no Dia das Mães, a Score Retail, em parceria com a Hibou, entrevistou 1.123 pessoas para o levantamento. Entre as perguntas, a pesquisadora questionou quais as principais categorias de presentes desejadas pelas homenageadas. Das 18 opções indicadas, destacam-se as com mais de 20% de escolha:

– Vestuário, 41%;

– Viagem, 39%;

– Perfumes, 37%;

– Calçados, 35%;

– Bolsas e Acessórios, 30%;

– Joalheria, 28%;

– Bem-estar (Spa day, massagem, etc.), 24%;

– Dia da beleza (estética), 20%.

Já em relação às demais opções sugeridas por elas, destaque para:

– alimentos e bebidas, 19%;

– beleza e maquiagem, 19%;

– entretenimento (shows, cinema), 15%;

– eletrônicos, 14%;

– eletrodomésticos, 10%;

– artesanato, 9%;

– utilidades domésticas, 9%;

– decoração, 9%;

– assinatura de algo que goste, 2%;

– outros 2%.

O bolso está mais apertado este ano
Um dado reconhecido na pesquisa é que grande parte das famílias fará uma programação mais informal, em suas próprias casas ou de familiares. Além disso, o valor de investimento nos presentes também será menor:

– 46% está mais apertado e vai gastar menos que nos anos anteriores;

– 25% está igual aos outros anos, nada mudou;

– 17% mais apertado mas irá manter a tradição familiar;

– 10% melhor, mais vai manter os mesmos hábitos;

– 2% melhor e vai gastar um pouco mais.

O valor investido para as comemorações, por exemplo, revela uma porção muito maios para o teto de R$ 250. Isso representa um ticket médio baixo ao considerar a compra de alimentos, bebidas e presentes para a família.

– 72% declararam até R$250;

– 20% de R$250 a R$500;

– 6% de R$501 a R$1.000;

– 2% de R$1.000 a R$2.500.

Seu e-commerce preparado para o Dia das Mães
Datas comemorativas exigem do varejo um preparo para suprir as demandas. Em um artigo recém-publicado no portal E-Commerce Brasil, o especialista Cláudio Dias apresenta expectativas, estratégias e tendências para o Dia das Mães desse ano. A primeira dessas tendências, por exemplo, está no aumento das vendas por meio de dispositivos móveis. Outro ponto abordado por ele é a adoção massiva das pessoas ao Pix como forma de pagamento.

Trabalhar o estoque de produtos com maior demanda também é importante para momentos de grandes vendas, assim como estar com as descrições dos produtos atualizadas — este último ponto deve ser aplicado também nas políticas de envio e devolução de produtos.

Metodologia
A pesquisa foi feita por abordagem digital com 1.123 respostas, 69% feminino e 31% masculino nos Estados SAO/POA/BHZ/RIO/SSA/CWB/BSB/REC/MAO/ABS. Na pesquisa também são levantadas informações básicas sobre renda familiar, que resultou no seguinte cenário: A++, 2%; A+, 4%; B1, 16%, B2, 23%; C1, 21%; C2, 11%; DE, 6% e N/A, 18%. O estudo foi feito em Março de 2023 e o resultado apresenta 2,9% de margem de erro.

No Dia das Mães, brasileiros pretendem gastar em média R$ 200, aponta pesquisa da Shopee

De acordo com uma pesquisa da Shopee, os brasileiros pretendem gastar em média R$ 200 com o presentes no Dia das Mães. Além disso, apenas 27% dos respondentes já sabem o que vão dar para suas mães. Entre os itens de preferência na hora da escolha estão roupas e acessórios (41%), itens de casa, cozinha e decoração (22%), produtos eletrônicos e de Saúde e Beleza (16%).

Interessante lembrar que uma pesquisa apresentada ontem também cravou a categoria de roupas como a mais desejada por 41% dos respondentes. Para evitar problemas durante a venda de produtos desta categoria, o especialista Gustavo Chapchap explica em um artigo importantes dicas sobre as medidas e descrições das roupas no e-commerce.

Preço é determinante na hora da escolha
Segundo o levantamento, para 61% dos respondentes o preço é o mais importante na hora da compra. Na sequência, vem a facilidade de encontrar o produto (15%), ser o presente que a mãe realmente deseja ganhar (15%) e, por fim, ser um presente que surpreenda (6%).

Se para 61% dos pesquisados o preço é o mais importante durante a compra, entender como chegar à melhor precificação é fundamental. Neste artigo, Camila Melo explora algumas soluções para otimizar o preço fundamentado no markup, estratégia que auxilia na definição dos valores.

Hábitos na hora da compra
A pesquisa aponta também alguns hábitos dos brasileiros na hora de comprar durante datas comemorativas. A compra online é a escolha principal para 68% dos respondentes, que afirmam ter o costume de comprar pela internet. Eles também dizer usar o recurso online para escolher o presente e depois procurar a loja com a melhor oferta (52%), ou primeiro olhar a faixa de preço e depois pesquisar na internet (31%).

Em relação às ferramentas utilizadas pelos consumidores para pesquisar os melhores presentes e descontos, o Google continua sendo a plataforma mais utilizada por 48% dos respondentes. Por outro lado, 38% compram em lojas recomendadas e 31% seguem a indicação de amigos — comprovando que o “boca a boca” ainda é uma boa publicidade. Para 25% dos entrevistados, o Instagram é a melhor rede social para procurar produtos para o Dia das Mães e 11% confiam no YouTube.

Marketplaces e sites de comparação de preços marcam novo comportamento do consumidor

O consumidor alterou os costumes de pesquisas por produtos e compras, segundo a pesquisa “Hábitos de Consumo”, que a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil acaba de divulgar. Uma das características mais marcantes dos resultados é a preferência pelo uso de computadores e smartphones para acessar a internet e pesquisar os itens que procura, o que confirma a influência da tecnologia no comportamento.

Os marketplaces e os portais de comparação de preços são as principais referências dos consumidores entrevistados – 47,8% e 47,1%, respectivamente. Aplicativos de compras instalados nos smartphones são preferência também, com 43,3%.

Nas compras online, computadores, telefones celulares e acessórios são os favoritos do público. Em 2020, a mesma pesquisa constatou que 38% das pessoas compravam esses itens pela internet. Na versão atual, publicada em dezembro de 2022, essa proporção passou para 42,8%. Ao se medir somente a categoria de celulares e acessórios, o crescimento foi de 35,8% em 2020 para 42,9% em 2022. Nesse período, outra categoria analisada que chama a atenção é a de roupas e calçados. Em 2020, 19,8% dos consumidores entrevistados disseram preferir comprar esses itens pela Internet. Em 2022, são 29,9%.

Já nas compras presenciais, a experiência do consumidor é o fator que mais causa efeito, pois é o momento do contato com os produtos, além da importância de receber atendimento pessoal com a possibilidade de conseguir adquirir o que procura e pedir a vantagem do mesmo preço da compra online. 51,8% dos consumidores alegam que poder provar os produtos é o que os leva à loja física. Buscar atendimento pessoal de um bom vendedor é preferência de 49,7%. A questão do preço equivalente ao online vem em seguida, com 47,9%.

Um fator da pesquisa que chama a atenção, no entanto, é a confiança do público na opinião de amigos, familiares, vendedores ou influenciadores sobre os itens que busca. A avaliação de outros consumidores que já tiveram experiência com os produtos é o que mais pesa na decisão de compra (75,2%). A avaliação de especialistas que são referência em redes sociais tem 56% no peso da decisão.

A importância da opinião de outros compradores para quem procura um produto que não conhece se reflete na escolha pelo website de compras. De acordo com a pesquisa, 56,3% consideram em primeiro lugar se o item contém avaliações de outros compradores. Em seguida, 53,4% responderam que é imprescindível ter a identificação clara do produto para ter certeza do que está comprando.

Já nas modalidades de pagamento, o Pix se consolida como a forma mais prática, com a preferência de 96% dos brasileiros, sendo que 68% deles afirmam utilizar a modalidade com frequência. Pagamento com cartões de débito e crédito empatam com 54%. Dinheiro em espécie e aproximação têm 32% na preferência dos compradores. Boletos bancários se mantêm com uso frequente para 18% dos entrevistados e cheques ainda são utilizados com frequência por 6% deles.

As mudanças no comportamento de consumo depois da pandemia

Com o avanço das atividades e vendas presenciais desde 2022, os negócios de diversas áreas notaram mudanças no comportamento dos consumidores e, muito do que se previa aconteceu, mas não da forma esperada.

Confira uma perspectiva diferente de algumas previsões para o consumo os desafios que muitas empresas varejistas estão enfrentando com a volta do mundo normal.

“As pessoas não vão comprar mais online do que em lojas físicas.”

“Todas as compras serão online após a pandemia.”

“Os negócios físicos devem morrer de vez após a pandemia.”

“Vamos viver um novo normal após a pandemia.”

É comum as previsões “matarem” conceitos, estratégias, canais de aquisição, entre outros, para trazer aquele “ar sensacionalista” e chamar a atenção.

Neste artigo, vou trazer uma perspectiva diferente de algumas previsões e, principalmente, sobre os desafios que muitas empresas varejistas estão enfrentando com a volta do mundo normal.

O que saturou foi a falta de experiência, não o mercado
Leio, assisto e vejo pessoas questionando que está mais desafiador vender no “pós-pandemia” e que mercados estão saturados e mais competitivos.

De fato, a competitividade aumentou em praticamente todos os segmentos, mas o que saturou não foram as estratégias de marketing digital, mas sim a falta de uma boa experiência online e offline.

As marcas precisam se preocupar cada vez mais com a experiência do consumidor para fazer valer o tempo e o dinheiro dos seus clientes.

Como consumidores, estamos mais exigentes e, com as “fórmulas” mágicas de vendas, marketing, copywriting, entre outros, que inundaram a web desde 2020, muitas empresas aprenderam as mesmas coisas e, simplesmente, copiaram para tentar se destacar e vender mais.

Até um certo momento, copiar as “fórmulas” deu certo, mas quando todo mundo faz as mesmas coisas e usa as mesmas ações de marketing, qualquer estratégia se torna ultrapassada.

Mas se temos informações em mãos que podem nos ajudar a vender mais e a reter clientes no longo prazo, trazendo uma perspectiva que vai além do que os outros enxergam, podemos usar as mesmas estratégias de formas diferentes e pouco triviais.

Como já dizia Maurício de Sousa para justificar o sucesso da Turma da Mônica, com mais de 50 anos de carreira: “Faço a mesma coisa de formas diferentes”.

Uma coisa eu garanto. Depois que você ler este artigo, terá uma visão diferente das estratégias de marketing e vendas que está usando.

Para isso, vou usar o estudo realizado pela Dito, o Clienting Index. Serão destacados alguns dados levantados na pesquisa e como você pode enxergá-los de forma diferente.

Sobre o estudo
O estudo Clienting Index (CI) reúne dados de marcas com atuação no Brasil e tem o objetivo de oferecer ao mercado um benchmark para que as empresas possam, de fato, passar a adotar, em um nível estratégico, indicadores alinhados ao conceito de customer-centricity.

Vamos dar um “zoom in” nas oportunidades de mercado que poucos enxergam.

Mas, antes de começar, vou te mostrar como vou trazer as informações.

Primeiro, vou trazer a estatística levantada pelo relatório, criar uma pequena análise e, logo em seguida, trazer o insight para você aplicar em seu negócio, seja ele físico, online ou híbrido.

Portanto, serão as seguintes etapas: Dado => Análise => Insight acionável.

Contextualizando, o Clienting Index foi baseado em uma amostragem de 47,8 milhões de clientes que fizeram 111,7 milhões de compras, gerando uma receita de R$ 31,7 bilhões distribuídos em 140 marcas distintas.

Ou seja, temos uma excelente base e referência.

Outra informação importante é que os dados captados são de janeiro de 2019 a junho de 2022.

O relatório foi construído com seis indicadores-chave, mas vamos trabalhar apenas dois.

Vamos em frente!

Qualidade do cadastro dos clientes nas lojas
Um dos dados mais importantes do Clienting Index marca o início da trajetória do relacionamento do cliente com a sua marca.

Esse indicador é o “Data Quality Index”, que mede a qualidade do cadastro do cliente, ou seja, o quanto os cadastros dos consumidores estão corretos com o CPF que cadastraram, telefone e e-mail.

São simplesmente os principais meios de comunicação que sua empresa pode ter com seus clientes.

Logo de cara, avaliamos alguns pontos importantes:

– Em média, de 2019 a 2022, menos da metade dos clientes têm um cadastro com telefone e e-mail validados.

– Houve um aumento interessante em 2020. Justo quando ficamos mais em casa e houve mais compras pela internet. Recebimentos de confirmação de compra, chegada e etc. são feitos por e-mail e/ou telefone.

Queda em 2022, quando aconteceu a volta de praticamente 100% do presencial. Um detalhe interessante sobre essa métrica é que, em momentos de maior fluxo nas lojas, parece que a qualidade dos cadastros piora um pouco mais.

Onde estão as oportunidades?
Em 2020, com a necessidade de compra online, era crucial ter os dados certos para garantir o recebimento do produto em sua casa.

Mas ter menos que 50%, em média, dos cadastros validados é algo preocupante no longo prazo, na perspectiva do relacionamento, redução de CAC, aumento de LTV e retenção de clientes.

A realidade “nua e crua” é que, quanto mais clientes novos uma empresa precisa, normalmente maior é o investimento em estratégias de marketing para aquisição.

A oportunidade está exatamente em aumentar a sua taxa de Data Quality Index, pois, no longo prazo, você ganha possibilidades de vender mais para os clientes em que a empresa já investiu para adquirir.

E claro, além de ter uma boa taxa de cadastros validados, se concentre em obter informações corretas em seu CRM (se ainda não tem um CRM, é uma boa hora para pensar em ter), como os produtos que o consumidor comprou, quando comprou, e outras informações para determinar o perfil dos clientes e oferecer produtos que estejam mais de acordo com o interesse mapeado de cada consumidor.

Treine o seu time de vendas para cadastrar as informações corretas de seus clientes. Essa é a grande oportunidade que vai permitir você reduzir CAC (Custo de aquisição de clientes), aumentar seu LTV (Lifetime value) e aumentar sua margem no médio/longo prazo.

Consumidores estão comprando mais das mesmas marcas
Pensa comigo. Nós queremos viver boas experiências não importa onde, como ou quando. O que importa é experienciar algo diferente do comum.

Por exemplo, se você entra em uma loja de departamentos que tem várias TVs gigantes passando aquelas imagens maravilhosas e, em outra loja, que tem uma sala com TV, home theater, uma bebida grátis, com pipoca e um belo sofá para que se sinta no cinema, é possível que você frequente mais essa outra loja do que a de departamentos nos moldes antigos.

Outro indicador importante do Clienting Index é o Repurchase People Index, ou seja, o índice de recompra do consumidor.

Esse indicador nos mostra a taxa de clientes que já compraram de você pela primeira vez e que realizaram outras compras no período de 2019 a 2022. Indica também a receita gerada por clientes que compraram no período e já haviam comprado anteriormente.

A excelente notícia é que a evolução média está sensacional, saindo de 29,4% para 48,6% em quatro anos. É uma melhora significativa.

Em contrapartida, para aumentar esse índice, você precisa se comunicar bem com seus consumidores e ter cadastros bem feitos.

Repare que, de 2019 para 2020, houve um salto de praticamente 11% de recompra. Será que isso se deu por conta de haver mais cadastros validados e a possibilidade de contato mais próximo era maior? É uma hipótese.

Mas de 2021 para 2022 o crescimento foi ótimo, só que não tão representativo quanto de 2019 para 2020.

Onde está a oportunidade?
Esse tipo de informação nos dá uma direção de onde eu posso também colocar meus esforços em marketing.

Se ano a ano as taxas de recompra estão crescendo, talvez seja interessante distribuir o esforço de marketing para aumentar esse índice.

Pensa bem. Eu tenho que aumentar minha eficiência operacional em investimentos de marketing. Já tenho uma base considerável de clientes que já compraram de mim, ou seja, tiveram um primeiro contato com meu produto/serviço.

Vale o esforço e/ou experimento alocar parte do investimento de tempo e até dinheiro para trabalhar recompra?

Ter a visão de que seu índice de recompra aumenta gera maior rentabilidade e retorno sobre o investimento nas estratégias de marketing.

Aqui está a oportunidade que você precisa.

Conclusão e resumo
Vimos que ter informações nas mãos é algo valioso. Transformar um dado em informação útil ou insight acionável é o que mais gera valor.

De acordo com a Hubspot, um dos maiores desafios de marketing em 2023 é mudar as estratégias de marketing, e isso simplesmente acontece porque profissionais de marketing não contam com o inesperado em seus planejamentos.

É preciso entender que as mudanças de rota no meio do caminho fazem parte do plano. O inesperado deve ser esperado, pois, como consumidores, mudamos a todo momento.

Portanto, entender que se relacionar com seu cliente, oferecer produtos que mais têm conexão com seu perfil e fazer seu cliente se sentir adorado são coisas necessárias para crescer e continuar vendendo bem.

E o primeiro passo é treinar seu time de vendas para realizar cadastros corretos para colher frutos no futuro, relacionando-se com eles ao longo do tempo.

Se você se relacionar bem com seus clientes, terá benefícios maravilhosos, como aumento de recompra, que ocasiona em redução de CAC, aumento de LTV e aumento da rentabilidade. E para não deixar de lembrar, aumentará também a eficiência de suas estratégias de marketing.

Para baixar a pesquisa completa do Clienting Index, basta clicar aqui.

Shein e Shopee são os apps de compra preferidos dos brasileiros

Em alimentos e bebidas, o iFood lidera a categoria, segundo o levantamento feito pelo RankMyApp.

Shein e Shopee foram os aplicativos de compras mais buscados pelos brasileiros no segundo semestre de 2022, segundo um levantamento feito pelo RankMyApp com base no posicionamento diário dos apps nas principais categorias da Google Play Store Brasil e App Store Brasil.

Entre os usuários da Google Play, a Shein lidera, seguida de Shopee, Mercado Livre, Magalu e Americanas. Amazon Shopping, Casas Bahia, AliExpress, OLX e O Boticário completam a lista dos 10 preferidos.

Já entre os usuários da Apple Store, a liderança se inverte, com Shopee na primeira colocação, seguida pela Shein. Mercado Livre, Magalu, OLX, Americanas, Amazon Shopping, O Boticário, Enjoei e Lojas Renner completam o ranking.

“O estudo é fundamental para que as empresas possam avaliar como os seus apps estão posicionados em relação aos concorrentes e, a partir daí, tracem as melhores estratégias de mobile marketing”, afirma Rodrigo Thedim, head de Marketing e Vendas da RankMyApp.

iFood lidera em comida e bebida
Em alimentos e bebidas, o iFood lidera a sua categoria tanto no Google Play quanto na App Store. A surpresa fica por conta do app Zé Delivery, que ocupa a 2ª posição na Google Play, superando McDonald’s, Burger King, Habib’s, Aiqfome, Pede Pronto, Daki, Rappi e Bacio di Latte.

Atrás do iFood entre os mais buscados na Apple Store, estão McDonald’s, Burger King, Zé Delivery, Habib’s, Rappi, Ticket, Pede Pronto, Daki e Coco Bambu.

TikTok à frente na App Store e Netflix, na Google Play
As lojas de app apresentam uma diferença crucial ao definir o ranking de buscas em Entretenimento: o TikTok é incluído nessa categoria apenas pela App Store e ocupa a primeira colocação, seguido, respectivamente, por Netflix, HBO Max, Amazon Prime Video, Globoplay, Star+, Disney+, Top Figurinhas, Paramount+ e Face Dance.

Já na Google Play, que tem o TikTok na categoria Social, a líder é a Netflix, acompanhada por Pluto TV, HBO Max, Desfrutar de Dinheiro, Star+, Globoplay, Disney+, CineVision VS, Cine Flix Play V2 e ViX.

Nubank é o mais buscado em “Finanças”
O app do banco digital Nubank foi o mais buscado em Finanças tanto por usuários da Google Play quanto da App Store.

Na lista da Google Play, os melhores listados são Caixa Tem, Serasa, Inter, PicPay, C6 Bank, FGTS, Bitz, Carteira do Google e Caixa.

Já na App Store, aparecem Caixa Tem, C6 Bank, FGTS, PicPay, Inter, Caixa, Mercado Pago, Serasa e Banco Santander Brasil.

Uber lidera na Google Play e Google Maps, na App Store
Assim como em Entretenimento, as lojas avaliam de formas diferentes a categoria Mapas e Navegação. Considerada pela Google Play, a Uber lidera as buscas, seguida por 99, Waze, inDrive, Moovit, Cittamobi, Uber Life, Navegação GPS ao vivo, Radarbot e Lalamove para Entregadores.

Na App Store, que enquadra a Uber na categoria Viagens, o top 10 é composto por Google Maps, Waze, Moovit, Cittamobi, Bike Itaú, Radarbot, Urbano Norte, Waze Carpool, Spoten e Lady Driver.

47ª Webshoppers: Panorama do e-commerce brasileiro, desenvolvimento do setor com uma visão abrangente sobre o cenário atual, tendências e estimativas, mudanças de comportamento e preferências do consumidor

O ano de 2022 foi marcado por recorde de vendas no canal online. Embora a tendência de crescimento apresente desaceleração em relação ao ano de 2021, o e-commerce foi mais acionado pelos shoppers.

O aumento da quantidade de pedidos foi impactado pela redução do ticket médio, causando um efeito de estabilização no resultado do ano.

Em um cenário onde as categorias de rotina, lideradas por alimentos e bebidas, impulsionaram o crescimento de pedidos, uma quantidade expressiva de novos shoppers aderiram ao online para suas compras.

A 47ª edição do Webshoppers, estudo sobre o comércio eletrônico brasileiro e a principal referência para os profissionais do segmento, já está disponível para download na Biblioteca do RadarIC, em Pesquisas Externas no link https://radaric.correios.com.br/pesquisas-externas/.

Dia do Consumidor 2023: pesquisa traz boa expectativa para data

Marcado para 15 de março, o Dia do Consumidor representa, cada vez mais, uma data importante para o calendário do varejo brasileiro. Ações promovidas pelas empresas e promoções exclusivas movimentam o consumo no período, que já é visto como uma “pequena Black Friday”. Para se ter ideia, em 2022, o faturamento na data foi de R$ 722 milhões, com crescimento de 22% em relação ao ano anterior, de acordo com pesquisa da Allin/Social Miner.

As expectativas para 2023 são boas. A Shopee, plataforma global de comércio eletrônico, realizou uma pesquisa in-app e constatou que 45% dos consumidores pretendem comprar na data, com média de investimento de R$ 250 por pessoa. No comparativo com a mesma Pesquisa de Intenção de Compras realizada em 2022, a média de gasto aumentou mais de 18%, de R$ 218,00 para mais de R$ 250,00 (+18%) e a categoria que mais cresceu no quesito pretensão de compra foi Eletrodomésticos (+2,4%). Já em 2023, as categorias preferidas são: Cozinha e Decoração, Roupas femininas e Calçados.

As compras devem concentrar-se em plataformas de marketplace (76%) e priorizar as categorias de cozinha e decoração, roupas femininas e calçados. Por outro lado, os produtos com maiores investimentos devem ser celulares, acessórios, eletrodomésticos e itens de informática.

Felipe Piringer, responsável pelo Marketing da Shopee, destaca o Dia do Consumidor como uma boa oportunidade para o varejo brasileiro. “A data se tornou um dos momentos mais importantes para o setor. É uma boa oportunidade para pequenos e médios vendedores, bem como grandes marcas, apostarem em promoções e competir pela atenção do consumidor. Sabemos que as pessoas buscam conveniência e oportunidades de economia”, afirma.

Comportamento de compra para o Dia do Consumidor
Como vem sendo observado em outras datas e ao longo de todo o ano, o consumidor está cada vez mais consciente e buscando por compras realmente vantajosas. No Dia do Consumidor não será diferente. A maioria das pessoas (75%) só pretende comprar algo após a comparação de preços em diferentes aplicativos e na internet e caso haja a confirmação de vantagens e benefícios que geram economia.

Mas a pesquisa pode ser muito mais detalhada: 68% dos consumidores dizem que gostam de comparar os descontos do Dia do Consumidor com o que foi oferecido em outras datas importantes do varejo, como a Black Friday. Isso se explica porque grande parte (62%) está em busca de itens de desejo mais acessíveis.

Quando o assunto é formas de pagamento, cartão de crédito e PIX são os mais populares, com 49% e 38%, respectivamente, da preferência. O boleto bancário ainda aparece em frente de meios de cobrança digitais, como link de pagamento e QR Code.

Faturamento do e-commerce aumenta 33% em janeiro, de acordo com os dados da Nuvem Shopping

Lojistas começam o ano faturando R$ 237 milhões com vendas online. Roupa escolar, óculos de sol e perfumes são os produtos mais vendidos.

Já no primeiro mês do ano as pequenas e médias empresas aumentaram suas vendas online: o faturamento do e-commerce em janeiro chegou a R$ 237,5 milhões. O número representa um crescimento de 33% em comparação ao mesmo período de 2022 (R$ 177,7 milhões).

O valor médio por compra chegou a R$ 251 no mês, um aumento de 7%. Já o volume de produtos vendidos foi de 4,3 milhões. Isso quer dizer 26% a mais que no mesmo período do ano passado (R$ 3,4 milhões) o número de pedidos online cresceu 24% passando de 762 mil para 946 mil.

“O início do ano costuma ser desafiador para as varejistas. No entanto, os dados mostram que os empreendedores online estão se planejando com mais antecedência ponto principalmente com a volta às aulas e as festas de carnaval presenciais estão aproveitando as datas para realizar campanhas específicas e aumentar suas vendas”, afirma Tamires, especialista em economia da Nuvem Shopping.

O que mais vende no comércio online?
Em janeiro de 2023, moda foi o segmento que liderou as vendas (R$ 88,5 milhões) seguido por:
• Saúde e beleza (R$ 19,5 milhões);
• Acessórios (R$ 18,5 milhões);
• Casa e Jardim (R$ 10,5 milhões);
• Joias (R$ 8,2 milhões).

Dentre os produtos mais vendidos no mês, estão: roupa escolar óculos de sol e perfumes.

Os dados ainda mostram que o cartão de crédito foi o meio de pagamento mais utilizado com 50% dos pedidos pagos. Entretanto, foi o pix que se destacou no levantamento. Em 2022, a solução representou 14,5% dos pagamentos no mês, enquanto no mesmo período deste ano chegou a 26%-um aumento de 80%.

O ranking nacional dos Estados com maior venda foi composto por:
• São Paulo (R$ 120,8 milhões);
• Minas gerais (R$ 24,4 milhões);
• Rio de janeiro (R$ 15,8 milhões).

Já os estados de Goiás e Santa Catarina apresentaram um crescimento percentual de destaque, superior à média nacional: 70% e 52%, respectivamente.

Os dados são da Nuvem Shopping, plataforma para criação de lojas online que é líder na América Latina. Foram levantados com a base dos mais de 100 mil lojistas da plataforma durante o período de janeiro de 2022 a 2023.