Robôs ajudam FedEx a dividir pacotes

Um novo sistema de sorting de pacotes no centro de distribuição da FedEx em Queens, Nova Iorque, tem trazido «benefícios significativos» à empresa. A FedEx Ground instalou recentemente nestas instalações um sistema de sorting e identificação de pacotes robótico (RPSi) da Berkshire Grey.

A Berkshire Grey, empresa que desenvolve soluções empresariais robóticas inteligentes, desenvolveu um sistema capaz de fazer o sorting de milhares de pequenos pacotes que chegam ao centro de distribuição diariamente, colocando-os em contentores que se destinam a outros hubs e centros da rede FedEx Ground.
O sistema de sorting e identificação de pacotes robótico está programado para autonomamente processar – apanhar, identificar, dividir, juntar e contentorizar – sacos plásticos, tubos, envelopes almofadados e outros pacotes de pequenas dimensões que tradicionalmente eram divididos manualmente. Este sistema foi o último investimento realizado pela FedEx Ground para dar resposta ao rápido crescimento do comércio electrónico através da utilização de sistemas de automação e robótica.
“Estamos otimistas com a capacidade de processamento e precisão do sistema de (RPSi) da Berkshire Grey, no nosso centro de Queens,” afirmou Ten Dengel, managing director of operations technology and innovation na FedEx Ground. A FedEx Ground tem planos para instalar sistemas iguais nos seus centros de distribuição em Las Vegas, Nevada e Columbus, Ohio, nos próximos meses.
“O nosso sistema de RPSi foi desenvolvido de raiz para poder processar volumes elevados de pequenos pacotes em espaços pequenos com uma intervenção limitada da força de trabalho, o que ajuda a enfrentar a falta de mão de obra, agiliza o processo de sorting e aumenta a eficiência das operações de transporte em toda a rede,” afirmou Jessica Moran, Senior Vice President Parcels and 3PL businesses na Berkshire Grey.
Esta tecnologia foi desenvolvida e instalada como resposta direta ao crescimento exponencial do e-commerce, que acelerou a procura de soluções de automação de confiança em todas as etapas da supply chain. A FedEx Ground acredita que a inovação contínua e a automação vão melhorar a segurança, eficiência e produtividade das equipas à medida que estas mantêm a supply chain do e-commerce a funcionar.

Opções de entrega, previsibilidade e prazo curto são fatores mais importantes no e-commerce

É o que aponta uma pesquisa feita pela empresa de transporte Jadlog e pela E-commerce Brasil.
A possibilidade de oferecer opções diversificadas de entregas, poder prever o momento da entrega da encomenda e reduzir e cumprir os prazos são os atributos mais valorizados pelos varejistas que atuam no e-commerce. É o que aponta uma pesquisa feita pela empresa de transporte Jadlog em parceria com a plataforma E-commerce Brasil.

Para 84,1% dos entrevistados, ofertar diferentes opções de entrega é considerado um diferencial competitivo, sendo que, para 85,4%, prever a entrega de uma encomenda é muito importante. Pensando apenas na qualidade das entregas, os prazos precisam ser melhorados para 45%, seguido de melhorias no rastreamento, aspecto importante na opinião de 31,7%, e da previsão de entrega, apontada por 19,5% dos participantes.

“A pesquisa reforçou a nossa percepção de que oferecer cada vez mais opções de entrega com qualidade, bem como interação, comunicação e transparência com os clientes, são os fatores mais valorizados na logística e que realmente contribuem positivamente com a experiência do consumidor, fazendo com que ele mantenha uma rotina de compras pela internet”, afirma o CEO da Jadlog, Bruno Tortorello.

Qualidade da entrega
Na opinião dos entrevistados, a principal vantagem para o consumidor no recebimento da sua encomenda é a qualidade da entrega (produto em perfeito estado), segundo 47,6% deles, seguido de rastreamento eficiente, aspecto relevante para 32,9% dos embarcadores; aviso de entrega da encomenda, apontado por 13,4% deles, e contar com vários pontos de retirada, indicado por 6,1% dos entrevistados.

Sobre a tratativa com os embarcadores, as transportadoras devem priorizar as entregas com qualidade, na opinião de 34,1% dos entrevistados; ter preço competitivo, segundo 29,3% deles, e capacidade para enviar as encomendas para locais mais distantes, segundo 14,6% dos entrevistados.

Ainda de acordo com a pesquisa, as principais dúvidas dos embarcadores sobre a logística, considerando experiências recentes, referem-se ao atendimento da transportadora em todas as regiões do Brasil (56,1%), frete grátis (23,2%) e quais são as embalagens permitidas (12,2%). No geral, 72% avaliaram a jornada logística do negócio como boa, e 14,6% como ótima.

Soluções verdes
Sobre as formas mais frequentes de envio dos produtos, 31,7% afirmaram utilizar os Correios; 30,5%, as transportadoras privadas; 19,5%, os serviços de despacho do marketplace, e 18,3%, as plataformas on-line de gestão de frete. Quando perguntados se levavam em consideração as soluções verdes ou ecológicas na hora de escolher a transportadora, 43,9% responderam que levam esse aspecto muito em consideração, enquanto 35,4% levam um pouco, e 14,6% são indiferentes.

Por fim, a pesquisa revelou quais são as redes sociais mais consumidas pelos embarcadores na hora de buscar informações sobre as operadoras logísticas, e o Instagram foi a mais citada por 47,6%, seguida pelo Facebook (28%), Linkedin (24%), Youtube (22%) e Twitter (3,7%). E 29,3% dos participantes disseram que não usam redes sociais para este fim.

Grupo Boticário fará entregas com veículos elétricos da DHL Supply Chain em SP

DHL Supply Chain, líder global em armazenagem e distribuição, fechou uma parceria com o Grupo Boticário para zerar as emissões das entregas da varejista de beleza em suas lojas na capital paulista.

O projeto faz parte do objetivo do Grupo Boticário de que 100% das entregas sejam feitas por veículos elétricos até 2025 nas capitais. A DHL Supply Chain, por sua vez, tem a meta de zerar suas emissões até 2050. Com a parceria, estima-se que mais de 48 toneladas de gases deixarão de ser emitidas por ano a partir de 2022.

“Já estamos fazendo entregas com nossas vans elétricas e, em breve, também colocaremos caminhões modelo VUC para atender a 40% das lojas localizadas na cidade de São Paulo a partir de agosto”, afirma Gabriela Guimarães, vice-presidente de Retail, E-commerce e Services Logistics da DHL Supply Chain, que complementa que a implantação da nova propulsão nas entregas será realizada em fases.

Neste projeto, que teve início em janeiro de 2021, a DHL Supply Chain transporta os produtos de beleza de um Centro de Distribuição em São Gonçalo dos Campos (BA) para um hub de transportes da DHL na Grande São Paulo. De lá, são realizadas as entregas para as cerca de 280 lojas em quase todos os bairros da cidade de São Paulo.

Para este projeto, a DHL Supply Chain utilizará uma frota dedicada elétrica inicial de 14 veículos. Atualmente, o Grupo Boticário é o maior varejista de beleza e a rede de franquias com maior número de unidades no país. O grupo é dono das marcas O Boticário, Eudora, Quem Disse, Berenice?, BeautyBox, Multi B, Vult, Beleza na Web e O.u.i, que serão transportadas pelos veículos elétricos.

“Estamos muito felizes com esse projeto por vários motivos, mas o que tem nos motivado de verdade é o fato da união de duas empresas com valores muito parecidos. Sustentabilidade, diversidade, excelência e inovação são alguns deles. Além disso, o uso de veículos elétricos traz muitas vantagens, como é o caso da menor geração de ruído, liberação de restrições de circulação e, claro, a não emissão de gases, reduzindo assim a pegada de carbono das organizações”, ressalta Gabriela Guimarães.

“Esse movimento é um passo importante que reforça o trabalho de longa data que realizamos em ESG, especialmente na frente ambiental. Avançamos nesta agenda, mas sabemos que ainda há muito a ser feito para preservação dos recursos naturais”, afirma Fernando Modé, CEO do Grupo Boticário.

“Planos verdes” do Grupo Boticário
A iniciativa faz parte dos planos do Grupo Boticário de ampliar seu impacto positivo para a sociedade até 2030. Em abril, a companhia assumiu 16 compromissos socioambientais reunidos na plataforma “Uma Beleza de Futuro”, que incluem “neutralizar o impacto ambiental de emissões de GEE, água e energia de 100% da operação direta” e “reduzir em 50% o impacto ambiental de emissões de GEE, água e energia dos nossos fornecedores críticos”.

Outro aspecto da parceria é a diversidade. A DHL Supply Chain está com um programa para formar motoristas femininas para realizar estas entregas.

Atualmente, a DHL Supply Chain dispõe de uma frota elétrica de mais de 60 veículos no Brasil, entre vans e um caminhão elétrico, realizando entregas verdes nas regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro. A operadora logística utiliza também bicicletas para entregas urbanas de baixo volume e dispõe de um Centro de Distribuição com uma usina solar no teto que gera quase toda a energia que consome.

Nos próximos doze meses, a companhia planeja adquirir cerca de 200 veículos elétricos no Brasil, a fim de expandir ainda mais suas soluções logísticas verdes, hoje mais focadas nos mercados de varejo, moda, eletroeletrônicos e medicamentos.

Shopee, de Cingapura, muda o jogo do setor de e-commerce no Brasil

O Shoppe, da Sea, levou apenas dois anos para se tornar o aplicativo de comércio eletrônico mais baixado do Brasil, ganhando usuários para seu marketplace de baixo custo com uma abordagem revolucionária para o e-commerce: minigames dentro do aplicativo que oferecem cupons para atrair usuários.

A empresa com sede em Cingapura combinou compras online com o conhecimento de jogo do seu braço de jogos de celular Garena – criadora de “Free Fire”, o título mais baixado no Brasil por oito trimestres consecutivos – para gerar vendas que os analistas estimam chegar a quase um terço da campeã local Magazine Luiza (MGLU3).

Em seu país, o Shopee precisou de apenas cinco anos para se tornar o site de e-commerce mais visitado do Sudeste Asiático, superando empresas como a Lazada, financiada pelo chinês Alibaba Group, e Tokopedia, que recebe o apoio do japonês SoftBank Group.

“O Shoppe tem um histórico no Sudeste Asiático de chegar ao mercado tarde, vendo como os outros resolveram os problemas e construindo um sistema que supera esses problemas”, afirmou o analista Jianggan Li, da consultoria Momentum Works.

O crescimento inicial do Shopee sublinha o espaço aberto para participantes estrangeiros crescerem em um setor que era dominado por empresas regionais como o Magazine Luiza e Mercado Livre.

O timing da startup também foi fortuito, com o seu lançamento no Brasil no momento em que a pandemia de Covid-19 afastava os consumidores das lojas físicas e fazendo as vendas de e-commerce de 2020 crescerem 44%, para 42 bilhões de dólares, segundo dados da empresa de pagamentos brasileira EBANX.

Ambição Global
A incursão da Sea no Brasil é apenas um dos elementos da sua ambição global. O braço de investimentos Sea Capital também está considerando colocar dinheiro em startups na América Latina e outros locais, afirmou uma pessoa com conhecimento do assunto.

A empresa também levou o Shopee para Chile, Colômbia e México, onde, ao contrário do Brasil, não tem funcionários locais e tem feito parcerias com influencers de redes sociais para fazer a sua marca crescer, afirmaram duas pessoas com conhecimento do assunto.

A Sea, cujos acionistas incluem a líder de games chinesa Tencent Holdings, se recusou a comentar.

O maior desafio da Sea para o Shopee Brazil é a entrega em um país tão grande. Ela reduziu a dependência do sistema postal local este ano, favorecendo entregadores privados, mas ainda está competindo com rivais que têm seus próprios sistemas de entrega.

Vendedores Locais
A competição na maior economia da América Latina cresceu este mês quando a rival mais próxima do Shopee em termos de oferta de produtos, a AliExpress, abriu seu marketplace para vendedores domésticos com uma comissão de apenas um dígito. A AliExpress estava no Brasil há 11 anos; a Shopee fez algo similar após o seu primeiro ano.

Dona de um pequeno negócio, Luciana Carvalho começou a vender embalagens plásticas na Shopee em fevereiro, atraída pelo frete grátis e comissão de 6% – em comparação com 17% do Mercado Livre.

Em busca de mais rentabilidade, o Shopee aumentou a comissão para 18% desde então – quase duas vezes o que os marketplaces podem cobrar em países do Sudeste Asiático, indicando as margens de lucro potenciais da América Latina. Carvalho continua usando o Shopee, embora prefira o Mercado Livre pela sua entrega “imbatível”.

Americanas expande entrega de encomendas em favelas

Após um teste em abril, a varejista estendeu o projeto para outras quatro dessas comunidades neste mês, incluindo Rocinha e Vila Cruzeiro (RJ), além de Heliópolis e Cidade Júlia (SP).

A Americanas está expandindo a entrega de encomendas em favelas, tentando marcar posição entre um público de milhões de consumidores “subatendidos” e se cacifar na disputa cada vez mais aguerrida do comércio eletrônico no Brasil.

Após um teste em abril, a varejista estendeu o projeto para outras quatro dessas comunidades neste mês, incluindo Rocinha e Vila Cruzeiro (RJ), além de Heliópolis e Cidade Júlia (SP). O modelo consiste na entrega das encomendas pela Americanas nas margens da favela, e um contêiner que serve como centro logístico. A partir daí, a ‘última milha’ é realizada por moradores sob direção da G10 Favelas, grupo de líderes para iniciativas de impacto social e econômico nessas comunidades.

O modelo foi expandido após a Americanas ter colhido desde abril um aumento de cerca de seis vezes do número diário de entregas em Paraisópolis, uma das maiores favelas em São Paulo, dado o maior êxito de entregadores da Favela Brasil Xpress em chegar a moradias em becos e vielas, muitas sem CEP ou numeração.

Segundo o presidente nacional do G10 Favelas, Gilson Rodrigues, a meta para 2021 é expandir o projeto para 50 favelas, chegando mais adiante às mais de 300 comunidades no país.

Segundo o o gerente de operações da Americanas, André Biselli, a parceria, combinada com projetos de inclusão como bolsas de estudos em logística para moradores das favelas, tem se mostrado um caminho mais efetivo de alcançar clientes ao criar um envolvimento com as comunidades.

Devido aos casos frequentes de assaltos e roubos a caminhões com entregas de encomendas nessas áreas urbanas, normalmente em morros, com ruas estreitas e muitas vezes dominadas pelo crime organizado, grandes varejistas passaram a evitar vendas de certos produtos para entrega em favelas, como eletrônicos.

Segundo Biselli, desde o início do modelo compartilhado de entregas em Paraisópolis, não houve nenhum incidente de segurança envolvendo entregas da Americanas naquela região.

Rodrigues diz que moradores de dezenas de favelas no país têm pedido para também terem pontos de entrega locais e também está conversando com empresas interessadas de outros setores.

“Estamos mostrando que a população da favela não quer ser coitadinha, mas ter o mesmo acesso que os demais”, disse ele.

O presidente da ONG afirmou que o projeto não envolve acordos com líderes de gangues e que ele tem tido êxito por causa da percepção de que beneficia as comunidades.

Além das entregas de encomendas, a parceria prevê que negócios criados por moradores das favelas também tenham seus produtos vendidos no marketplace da Americanas.

Mercado gigante
Com cerca de 6% da população do país, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou cerca de 13 milhões de pessoas, as favelas têm um consumo estimado em cerca de 168 bilhões de reais por ano.

O movimento da Americanas mostra como grandes varejistas do país estão desenvolvendo iniciativas para alcançar esse público, especialmente a partir do ano passado, quando programas de auxílio criados para combater os efeitos da crise provocada pela pandemia da Covid-19, alguns deles por meio de contas digitais, acabaram por acelerar a bancarização de milhões de pessoas no Brasil, incluindo de moradores de regiões menos alcançadas pelo poder público e por serviços financeiros, caso das favelas.

A iniciativa acontece também após a Americanas ter divulgado resultados de vendas do segundo trimestre com crescimento abaixo dos exibidos por rivais do comércio eletrônico no Brasil, como Mercado Livre e Magazine Luiza apesar da implementação de frete grátis e dos incentivos para que os vendedores usem o atendimento.

Pickup da Jadlog colabora com e-commerce de Moda e Acessórios

O setor de moda foi um dos mais afetados no início da pandemia, por conta do fechamento das lojas físicas, mas as compras de roupas e acessórios em geral também migraram para o e-commerce e ganharam impulso. Dados deste primeiro semestre de 2021 da consultoria Ebit|Nielsen mostram que o setor é um dos mais representativos em termos de transações no comércio eletrônico.

Se por um lado os consumidores foram obrigados a aderir às compras on-line, por outro, também ganharam mais confiança com as plataformas e marketplaces. E para continuar com essa disposição de adquirir sem medo roupas e acessórios pela internet o setor ganha um aliado não só para as entregas, mas para os casos de trocas e devoluções: o serviço Pickup, da Jadlog, modelo em franco crescimento no Brasil no qual a transportadora é pioneira, e que permite a retirada e a postagem de mercadorias em pontos estratégicos, localizados próximos da residência ou do trabalho dos e-shoppers.

Desta maneira, o Pickup facilita as trocas e devoluções de roupas e acessórios adquiridos no comércio eletrônico, contribuindo ao mesmo tempo com a adesão de mais consumidores ao e-commerce do setor, que agora podem ficar despreocupados com a logística reversa dos produtos e de como ela será realizada.

Lançado inicialmente para a retirada de remessas do e-commerce, o Pickup da Jadlog avançou e começou a operar a modalidade drop off, na qual o e-shopper pode depositar ou deixar a sua encomenda nos pontos parceiros para a troca ou devolução, sem grandes deslocamentos, com rapidez e segurança.

“Ao agregarmos a modalidade drop off ao serviço Pickup, possibilitamos aos consumidores deixarem ou depositarem suas encomendas nos pontos parceiros para realizar a logística reversa, por isso, podemos ser um grande aliado do setor de moda, que normalmente opera com maior incidência de trocas e devoluções”, explica o CEO da Jadlog, Bruno Tortorello.

Antes de lançar oficialmente o drop off, a Jadlog realizou um projeto-piloto da solução por quase seis meses com a plataforma Enjoei, marketplace de compra e venda de roupas e acessórios usados, na qual mais de 2 mil encomendas por dia são depositadas. O drop off também facilita de forma mais abrangente a atuação de sellers (ou vendedores) de marketplaces, que podem depositar as mercadorias vendidas nos pontos Pickup para serem retiradas diretamente pelos consumidores, de acordo com os pontos mais próximos de sua residência ou do trabalho.

AliExpress planeja lançar centro de distribuição em breve no Brasil

O diretor de “local to local” (logística local) do AliExpress, Yaman Alpata, disse que lançar um centro de distribuição no Brasil está entre as prioridades da companhia.

“Temos planos para lançar centro de distribuição o mais rápido possível”, diz, apesar de não dar datas. Ele comenta que a maior parte das entregas de vendedores locais têm sido feitas em cerca de 3 a 4 dias, já que o principal parceiro logístico da companhia são os Correios.

Na visão de Alpata, a construção de um centro de distribuição deve acelerar esse prazo. Entregas em um dia ou no mesmo dia da compra estão no radar da empresa.

AliExpress realiza evento para auxiliar vendedores a aumentar performance nas vendas

O encontro aproximará executivos da empresa e lojistas brasileiros que conhecerão as ideias inovadoras criadas pelo grupo Alibaba.

A AliExpress realiza no dia 1º de setembro, a partir das 9h da manhã, o Sellers Conference, um evento online para auxiliar vendedores brasileiros com ferramentas de marketing inovadoras, criadas para melhorar a conversão e performance das vendas. Qualquer empreendedor pode se inscrever gratuitamente no site para participar. “Quem trabalha com e-commerce não deve perder esta oportunidade, ao menos para avaliar se as vantagens que oferecemos fazem sentido para seu negócio”, comenta Yan Di, country manager da empresa.

Para receber os novos sellers, apresentar novidades e retirar dúvidas dos participantes, o evento conta com a presença de Yaman Alpata, head de operação do marketplace da AliExpress no Brasil e Viviane Gomes Almeida, Gerente Comercial. A programação também inclui uma mesa Redonda com parceiros da plataforma chinesa. “Ao longo do evento, queremos demonstrar as formas mais inteligentes de os vendedores aproveitarem nossa tecnologia. Os painéis darão oportunidade aos sellers para esclarecer dúvidas e descobrir novos caminhos para elevar suas vendas e lucratividade em um momento tão desafiador da economia brasileira”, contou Yan Di.

O marketplace é conhecido por conceder aos consumidores em todo o mundo a possibilidade de comprar diretamente de fabricantes e distribuidores. Além de oferecer taxas competitivas e frete gratuito a partir de R$ 50, “há também o benefício de lojistas acessarem todo o tráfego e os milhões de usuários acumulados pelo AliExpress ao longo de 11 anos de operação no Brasil”, explicou Yan Di.

Mais vantagens para os lojistas brasileiros

O AliExpress pertence ao Alibaba Group , uma multinacional de tecnologia cuja missão é tornar mais fácil fazer negócios em qualquer lugar na era digital. Ao abrir sua plataforma no Brasil, foram oferecidas para os lojistas brasileiros comissões mais baixas e mais competitivas que a média do mercado nacional. Os lojistas pagarão valores entre 5% e 8%, cujos percentuais variam conforme a categoria dos produtos vendidos e também em relação ao faturamento na plataforma.

Também será oferecido um serviço integrado de logística, coordenado pela Cainiao, que contará com técnicos que serão responsáveis por adicionar tecnologias avançadas, realizando parcerias para aprimorar o serviço. “Nessa modalidade o AliExpress cobre 50% do valor de frete e o seller [vendedor] assume os 50% de custos restantes”, explicou Yan Di. Além disso, o vendedor que possuir logística própria pode operar e designar suas entregas. A promessa é de serviços logísticos rápidos e atendimento pós-venda.

Os vendedores que abrirem sua loja no AliExpress poderão se beneficiar também do canal Universidade AliExpress, que oferece em português, cursos técnicos de marketing digital. Também contam com um serviço de suporte via call center disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, para tirar dúvidas dos novos vendedores que ingressam na plataforma. “O grupo Alibaba é mundialmente conhecido por sua excelência em marketing digital e nos desenvolvimentos de tecnologias inovadoras que melhoram a conversão de vendas e ajudam os vendedores a se conectarem ao público que precisa de seus produtos e serviços”, enfatizou Yan Di.

Experiência segura
No momento em que a maioria dos negócios precisam se desenvolver em plataformas digitais, é importante garantir uma experiência segura tanto para os lojistas quanto para os consumidores. “Estamos plenamente cientes do crescimento das ameaças digitais e da importância estratégica de protegermos nossas informações, de nossos consumidores e parceiros. O Alibaba é uma empresa nativa digital e uma das líderes mundiais no desenvolvimento de aplicações para cibersegurança e proteção de dados. Todos os anos, atendemos a mais de 1 bilhão de consumidores com excelência e elevada segurança no tráfego de dados” explicou Yan Di.

Serviço de drones do Google alcança 100 mil entregas

O serviço de entrega de drones do Google completará 100 mil entregas neste fim de semana. No primeiro trimestre de 2021, foram feitas mais entregas do que em todo o ano de 2020.

O serviço é operado na Austrália, Estados Unidos e Finlândia. O estado australiano de Queensland tem o maior serviço de entrega de drones residenciais do mundo. Na cidade de Logan, foram realizadas mais de 50 mil das entregas do Google.

Os drones de Wing são híbridos/aeronaves de asa fixa que atravessam cerca de 45 metros (100 pés). Os equipamentos carregam pequenos pacotes de até cerca de 1,2 kg e entregam em um raio de cerca de 10 km, em menos de seis minutos. Os drones não aterrissam. Os aparelhos descem cerca de sete metros e, em seguida, liberam o pacote automaticamente, informa o portal The Verge.

Os usuários podem baixar o aplicativo Wing e pedir os produtos, como café, mantimentos, sushi, bolos, ração para animais e roupas. As entregas são feitas em menos de 10 minutos e o registro da Wing para uma entrega é de dois minutos e 47 segundos.

Chineses do Alibaba abrem disputa pelo lojista on-line brasileiro

O executivo turco Yaman Alpata, líder de marketplace local do AliExpress para a América Latina, ainda não fala português, nem espanhol. Ao atender a imprensa na última segunda-feira (23), para anunciar a abertura da plataforma para lojistas brasileiros, se expressou em inglês.

Este é só um detalhe que a gigante chinesa de tecnologia Alibaba, dona do AliExpress, serviço de vendas internacionais do grupo, vai ter que resolver para se aproximar do seu novo alvo, os lojistas brasileiros.

Os consumidores ela já convenceu há 11 anos, desde que desembarcou no Brasil e, mais recentemente, avançou no prazo de entrega. Dos meses de espera por um produto chinês, o paulista passou a receber a encomenda em oito dias e, os demais brasileiros, em duas semanas, graças a uma frequência de quatro voos semanais vindos da China. Também o serviço de pós-venda, com logística reversa e atendimento ao consumidor, passou a ser feito localmente.

Mas depois da logística mais rápida, a nova fronteira da disputa do comércio eletrônico nacional se concentra na conquista dos “sellers”, os lojistas que vendem nos marketplaces, as plataformas de venda dos grandes varejistas brasileiros –com destaque para Magazine Luiza, Americanas.com, Via e o argentino Mercado Livre.

Tudo por um mercado de comércio eletrônico que movimentou R$ 87,4 bilhões no ano passado e deve crescer 24% este ano, chegando a R$ 108,4 bilhões, nas estimativas da consultoria e-Bit Nielsen. Ainda assim, estima-se que apenas 10% das vendas do varejo aconteçam online, contra até 50% do mercado chinês.

“Ao incluir sellers brasileiros, o AliExpress aumenta a recorrência de compra, tráfego no site e retém a base de clientes”, diz o especialista em varejo Alberto Serrentino, da Varese Retail, que também aponta a agressividade dos chineses na oferta de crédito aos lojistas.

Para atrair lojistas, a empresa afirma que irá cobrar comissões de 5% a 8% e ofertar um serviço integrado de logística que vai permitir frete gratuito para todo o país em compras acima de R$ 50. Também promete aos lojistas brasileiros um fluxo de repasses financeiros mais rápido que a média do mercado, com a possibilidade de saques diários, sem custos.

No Magazine Luiza, a comissão paga pelos sellers varia de acordo com o setor. Nos segmentos de moda, joalheria e relojoaria, por exemplo, o valor é de 16%. Para os demais, 12,8%. Já o Mercado Livre, que aceita cadastrar como vendedores tanto pessoas físicas quanto jurídicas, o valor das comissões vai de 11% a 19%.

“Para o pequeno seller, não é interessante estar em vários marketplaces diferentes. Ele vai eleger um e ficar nele, para adaptar sua venda àquela plataforma, que tem um jeito específico de promover o fluxo de pagamentos, apresentar e ranquear o seu produto”, diz o consultor em varejo Eugênio Foganholo, da Mixxer. “Já para o marketplace, quanto mais sellers ele tiver, em diferentes e em uma mesma categoria, melhor para atender a sua audiência”.

Na semana passada, a Magazine Luiza anunciou uma campanha de incentivo aos lojistas, com direito a maquininhas de cartão da empresa. Na ocasião, o presidente da varejista, Fred Trajano, disse que o marketplace da companhia não é “camelódromo” –numa referência aos sellers que não emitem nota fiscal.

“O Mercado Livre sempre foi o ambiente em que o pequeno, o informal, tinha espaço”, diz Serrentino. “Mas houve avanço do sistema próprio de entregas, o Mercado Envios, que já responde por 90% das vendas do marketplace, e onde só são aceitos fornecedores que emitem nota fiscal”.

Yaman Alpata diz que o AliExpress está atento para a venda sem nota fiscal. “Normalmente, não comentamos falas de competidores, mas posso dizer que a AliExpress coloca importância em compliance e regulamentos do país. Nos adequamos às leis nos locais onde operamos”.

Segundo Viviane Almeida, gerente comercial da AliExpress, a empresa só trabalha com vendedores com CNPJ e não aceita pessoas físicas. “Quando o vendedor faz seu registro, é analisada a idoneidade da empresa”, afirma. Além de CNPJ, a chinesa também aceita MEI (Microempreendedores Individuais).

Para o professor Giorgio Romano, do Observatório de Política Externa e Inserção Internacional do Brasil da Universidade Federal do ABC (OPEB/UFABC), responsável por um estudo sobre a concorrência entre gigantes do varejo local e big techs chinesas, a entrada de cabeça do AliExpress no mercado brasileiro não é necessariamente ruim para as grandes varejistas locais.

“Os chineses vão ajudar a fomentar o comércio eletrônico no país, que ainda está engatinhando perto do que eles têm em casa”, afirma. Mas Romano chama a atenção para a necessidade de contrapartida. “Se eles vêm com quatro aviões toda semana para o Brasil, com o que essas aeronaves voltam? Podiam levar produtos brasileiros para a China também, incentivando o comércio bilateral”, afirma.

A plataforma chinesa começou a abertura para operações locais em 2019, em países como Turquia e Espanha. O Brasil será o primeiro país das Américas a entrar na modalidade de operação local. As entregas nacionais serão feitas pela Cainiao, empresa de logística do grupo Alibaba, que já opera no Brasil.

A chinesa ainda não tem um centro de distribuição próprio no país mas, segundo Viviane, está nos planos a abertura nos próximos meses. Além da Cainiao, a plataforma faz entregas via Correios, com prazos entre dois e quatro dias.

No próximo dia 1º, a AliExpress vai promover um evento online para que os lojistas brasileiros conversem diretamente com representantes da empresa no Brasil e no exterior. A “Sellers Conference” promete ser “totalmente em português”. É a chance para a empresa mostrar o quanto sabe se adaptar.

RAIO-X DO GRUPO ALIBABA NO 2º TRIMESTRE DE 2021

Lucro líquido atribuído aos acionistas – US$ 6,9 milhões

Faturamento – US$ 31,865 milhões

Funcionários – Mais de 251 mil

Principais concorrentes – Tencent, Baidu, Meituan, Didi Chuxing, ByteDance

RAIO-X DO MERCADO LIVRE NO 2º TRIMESTRE DE 2021

Lucro líquido – US$ 68,2 milhões

Faturamento – US$ 7 bilhões

Funcionários – Mais de 17 mil na América Latina, sendo 5.461 no Brasil

Principais concorrentes – Magazine Luiza, Via, Amazon

RAIO-X DO MAGAZINE LUIZA NO 2º TRIMESTRE DE 2021

Lucro líquido – R$ 95,5 milhões

Faturamento – R$ 43,5 bilhões

Funcionários – 47 mil

Principais concorrentes – Mercado Livre, Via, Amazon