Com voos semanais diretos da China, Americanas Mundo promete entrega de produtos em até 11 dias

Empresa ainda afirma que consumidor poderá rastrear o trajeto de suas compras até o destino final.

Com intuito de diminuir o tempo máximo de entregas de compras internacionais feitas através do Americanas Mundo para no máximo 11 dias em produtos importados da China, a Americanas anunciou que a partir do dia 14 vai ampliar sua capacidade de entregas internacionais com cinco voos semanais diretos de Hong Kong para o aeroporto de Guarulhos em São Paulo.

O Americanas Mundo que já atuava com o rastreio das compras até o destino final, permitindo ao consumidor acompanhar a trajetória de seu pedido, agora torna-se ainda mais atrativo, já que uma das desvantagens das compras internacionais é justamente a demora para recebê-las. A ação acontecerá através de voos de carga fretados por meio da plataforma de logística LET ‘s, pertencente ao grupo Americanas.

No Americanas Mundo o consumidor encontra ofertas de milhões de produtos oriundos não só da China, mas também dos Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia e alguns países da Europa, além fazer suas compras em reais e poder parcelar no cartão de crédito em até 12 vezes.

Durante o primeiro trimestre de 2021 o Americanas Mundo registrou crescimento superior a 100% em relação ao mesmo período do ano anterior, crescimento alavancado, segundo a empresa pela venda de wearables (smartphones, smartwatches, smartbands, entre outros), produtos de áudio e brinquedos.

Buslog e Melhor Envio anunciam parceria para transporte de encomendas

Produtos são alocados nos bagageiros dos ônibus do Grupo JCA.

A Buslog, empresa de transporte de encomendas do Grupo JCA, acaba de fechar uma parceria com o Melhor Envio, plataforma de logística para e-commerce que pertence à Locaweb. Lojistas de São Paulo que usam o serviço para cotação e contratação de fretes terão mais essa opção para enviar suas encomendas.

A Buslog atende mais de 200 cidades e possui 115 lojas nas regiões Sul e Sudeste do País. As encomendas são transportadas nos bagageiros dos ônibus do Grupo JCA, das Viações Cometa, 1001 e Catarinense, de maneira exclusiva e com estrutura adaptada para este fim.

Com um crescimento de 50% no último ano em volumes transportados, a Buslog realiza cerca de 50 mil viagens por mês com uma frota de mais de 2 mil ônibus e tem capacidade de transporte de 60 mil toneladas mensais. A Melhor Envio é uma plataforma de cotação e contratação de fretes para e-commerce, que conecta os lojistas aos serviços de diferentes transportadoras. Por negociar envios em grandes quantidades, a empresa consegue oferecer preços mais vantajosos, o que ajuda a explicar o rápido crescimento junto a pequenos e médios e-commerces.

A parceria entre as empresas oferece o serviço “balcão x porta”, ou seja, após comprar a etiqueta de frete na plataforma, o lojista deve se dirigir até a loja Buslog escolhida e postar a encomenda. A empresa se encarrega da realização das entregas nos destinatários.

“Este tipo de logística é uma tendência ao redor do mundo e somos pioneiros em oferecê-lo aqui no Brasil por meio dessa parceria. Gera redução no tempo de entregas, segurança, maior taxa de satisfação dos e-commerces, além de redução de custos”, afirma gerente comercial da Buslog, Maria Silvia.

Em vários trechos, a empresa consegue entregar as encomendas no dia seguinte a postagem. A parceria, assim, é um diferencia para lojistas que querem usar a rapidez na entrega como um diferencial de mercado. Outra vantagem é que a Buslog oferece seguro em caso de avarias, furtos, roubos e violações.

DHL Supply Chain Acorda Implementação da Locus ‘Robotics

Vimos o acordo da DHL com a Locus Robotics para implementação em larga escala de robótica devido ao aumento da demanda por e-commerce

A empresa de logística líder dentro do Grupo Deutsche Post DHL, DHL Supply Chain, anunciou que implementaria um grande número de robótica em seu armazenamento. A empresa chegou a um acordo com a Locus Robotics para este plano. O acordo multimilionário trará mais robótica aos processos de separação e reabastecimento da DHL como parte da Estratégia de Digitalização Acelerada da DHL. 

A DHL falou sobre seus planos para os próximos 18 meses, envolvendo a implementação de cerca de 2.000 robôs para armazenamento e distribuição. No final das contas, ele se tornará o maior cliente da Locus Robotics no mundo. Os robôs são usados ​​principalmente para o atendimento de pedidos de comércio eletrônico nos depósitos dedicados e para reabastecimento do depósito conforme necessário.

Aumentando a taxa de transformação digital

De acordo com Markus Voss , CIO Global e COO DHL Supply Cadeia, “é particularmente importante para nós sermos capazes de otimizar de forma consistente nossas cadeias de abastecimento – robôs de separação assistida são muito eficazes a esse respeito”. Ele também explica os planos da DHL de dobrar o uso de robótica da empresa até o final de 2021. “Até agora, mais de 500 robôs de separação assistida já estão em uso industrial em nossos armazéns nos EUA, Europa e Reino Unido. Até o final de 2021, outros 500 robôs serão adicionados a um total de mais de 20 locais. A tecnologia de separação colaborativa comprovou claramente sua eficácia e confiabilidade no armazenamento moderno. Mais locais já foram identificados com roteiros de implementação concretos para os robôs restantes, que implantaremos em 2022. No entanto, o potencial geral para robôs de separação assistida em nossos armazéns DHL é muito maior,

Estratégia de digitalização acelerada

Como parte da Estratégia de Digitalização Acelerada mais ampla, a DHL se beneficiará muito com a implementação da robótica nos próximos anos. A utilização de robôs para separar pedidos reduzirá o tempo gasto na busca em depósitos e na coleta de pedidos, aliviando o estresse de seus funcionários e aumentando a eficiência geral dos pedidos. Uma vez operacional, cada robô exibe uma imagem do item a ser retirado do depósito e calcula a rota mais eficiente para cada item. 

De acordo com a DHL, os robôs fornecem integração rápida ao sistema de armazenamento atual por meio do DHL Supply Chain Robotics Hub, o que reduzirá a quantidade de treinamento necessário para operá-los. A rapidez na implantação de novas máquinas trará grandes benefícios para a empresa nos horários de pico, pois poderá agregar mais ao seu sistema de acordo com a demanda.

“Nossa parceria ampliada com a DHL reflete a crescente demanda por digitalização de warehouse em todo o mundo para atender aos crescentes desafios de atendimento de hoje”, disse Rick Faulk , CEO da Locus Robotics. “Locus tem orgulho de ser um valioso recurso de tecnologia que está ajudando a DHL a concretizar sua visão estratégica de transformação digital.”

Clique Retire recebe aporte de R$ 32 milhões e quer triplicar capacidade de produção

Empresa quer expandir serviços de 38 para 60 cidades ainda em 2021.

A startup Clique Retire acaba de receber um novo aporte de R$ 32 milhões numa rodada liderada pela São Carlos Empreendimentos e Participações, por meio de sua subsidiária de centros de convivência, a Best Center. Os recursos serão destinados à ampliação da unidade fabril e expansão da rede da Clique Retire de 38 para 60 cidades ainda em 2021.

Hoje, a empresa possui 250 e-Boxes, ou armários inteligentes, no País. Eles estão instalados em locais estratégicos e de alto fluxo de pessoas, como estações de metrô e trens urbanos, shoppings, postos de combustível e dentro de comunidades.

O serviço otimiza a última milha principalmente em regiões com restrições de CEP, onde a logística tradicional tem dificuldades. A Clique Retire viu a demanda crescer cinco vezes desde 2020, impulsionada principalmente pela aceleração do e-commerce.

Soluções de omnicanalidade

Além dos serviços logísticos, a mudança de hábitos tem permitido à startup ampliar a oferta de soluções de omnicanalidade, passando a atender varejistas físicos, redes de shoppings e condomínios residenciais. Entre seus parceiros, estão gigantes como a B2W, Dafiti, PagueMenos, Decathlon, Aliansce Sonae, BR Malls, DHL.

A parceria com a DHL, por exemplo, teve início em agosto do ano passado. O projeto conta com a integração dos serviços da DHL aos 40 equipamentos de autoatendimento inteligente da Clique Retire instalados no MetrôRio. A iniciativa visa apoiar os lojistas na oferta de entregas mais acessíveis e alinhadas aos novos hábitos de consumo.

“Nossas soluções têm facilitado a logística no País e levado conveniência aos consumidores. Há lugares em que o risco para o transporte de mercadorias é muito alto e alguns serviços simplesmente não operam regularmente, como é o caso de 44% dos CEPs no Rio de Janeiro e 29% em São Paulo. Com os e-Boxes, contribuímos para o exercício da cidadania pela população. Em cinco anos, devemos chegar a 15 mil pontos”, projeta o diretor-executivo da Clique Retire, Gustavo Artuzo.

Segundo ele, com o novo aporte, a empresa vai aumentar a quantidade de lockers dos atuais 250 para 1.200 até meados do ano.

DHL Express vai lançar uma nova companhia aérea para o mercado europeu

A DHL Express anunciou o seu novo plano para a futura criação da sua rede de aviação européia.

Representando um novo marco da Estratégia 2025, as mudanças vão permitir responder à contínua e crescente procura dos serviços internacionais da DHL Express. Numa primeira fase, pretende criar uma nova companhia aérea de carga na Áustria.

Nova companhia

A DHL está, neste momento, no processo de apresentação de candidaturas junto das autoridades austríacas. Sob reserva de aprovação desses pedidos, o seu objetivo é que a nova companhia aérea seja criada e esteja operacional ainda este ano. Irá operar serviços de voo intraeuropeus, utilizando uma frota de aviões de carga B757 que serão transferidos a partir da DHL Air UK.

Por sua vez, a DHL Air UK irá tornar-se uma companhia aérea intercontinental, expandindo as suas operações B767 e adicionando novos B777Fs à sua frota. Com estes passos, a DHL Express irá reforçar a sua plataforma de rede aérea, garantindo uma capacidade de carga aérea flexível e resiliente para suportar as crescentes necessidades de envios expresso dos seus clientes. “Ao expandirmos a nossa plataforma aérea, não estamos apenas a adaptar-nos à alteração dos regulamentos, mas também a preparar a nossa rede europeia para um maior crescimento“, explica Roy Hughes, diretor de operações da DHL Express. “Para satisfazer a elevada procura dos nossos clientes pelas entregas expresso internacionais, tomámos estas medidas para continuar a fornecer-lhes o melhor serviço. Com a estrutura prevista, vamos alcançar, por um lado, uma rede aérea flexível e ainda mais resiliente na Europa e, por outro, uma melhor integração global, através do aumento dos nossos voos intercontinentais“.

Melhor trimestre da sua história 

A DHL Express anunciou recentemente o seu melhor trimestre, na história de mais de 50 anos de empresa. Impulsionada pelo crescimento mundial do comércio eletrônico, a empresa conseguiu aumentar o volume dos seus envios Time Definite International (TDI) em mais de 25% em comparação com o primeiro trimestre de 2020. Olhando para o futuro, espera-se um maior crescimento do comércio eletrônico devido à aceleração da digitalização do sector B2B e a um aumento significativo das compras comerciais nas plataformas on-line, resultando no aumento da procura de envios expresso internacional.

Para dar resposta a este crescimento e continuar a oferecer aos seus clientes tempos de trânsito mais rápidos para as suas entregas transfronteiriças, a DHL Express está a remodelar a sua companhia aérea sediada em East Midlands, a DHL Air UK. Centrando-se nos serviços intercontinentais, a DHL Air UK vai aumentar os voos entre o Reino Unido, a região das Américas e a Ásia. Neste contexto, a frota será expandida com a adição de mais B767s e a introdução de novos aviões B777F. O plano é que a DHL Air UK inicie as suas operações B777 no início de 2022. “O Reino Unido tem sido uma porta de entrada crucial para o mundo. Com uma procura crescente em entregas expresso internacional, isto é hoje mais válido do que nunca”, explica Tom Mackle, diretor geral da DHL Air UK. “A expansão da nossa frota intercontinental no Reino Unido, adicionando novos B777s, os aviões de carga mais modernos e eficientes, sublinha o nosso empenho e o nosso compromisso em satisfazer as necessidades dos clientes, para prestar continuamente excelentes serviços e também melhorar a nossa pegada de emissões de carbono“.

Total Express entra de vez na modalidade de entrega de cartões

Aproveitando toda a robustez da sua malha logística, a Total Express está aumentando e flexibilizando o seu portfólio logístico, incorporando uma novidade ao negócio. Trata-se do Total Cards, a mais nova solução da empresa para entregar cartões com eficiência aos clientes, usando todo o seu know-how e segurança do fluxo de entregas.

Com quase 30 anos de experiência, a Total quer entrar com força neste mercado. Por meio desta solução, a companhia passa a atender diversas modalidades de “cards”, que vão desde cartões de crédito, cartões de fidelidade, cartões de seguro e cartões-benefício, até boletos, documentos de licenciamento, tags de pedágio, catálogos e flyers. Em comum, estes envelopes devem ter até 300 gramas.

“A Total Express está pronta para atender toda essa cadeia logística, desde a integração com embossadoras de cartões e a coleta, até a fragmentação e custódia desses produtos”, aponta o gerente de produtos, Fernando de Azevedo.

Para trabalhar este tipo de modalidade, que tem suas peculiaridades e padrões de segurança, a companhia conta com alguns trunfos à disposição:

1 – Malhas logísticas com alta capilaridade

Dispondo de uma estrutura robusta com mais de 115 bases Last Mile, 46 multi hubs regionais e capacidade de atendimento em 3.300 cidades, das quais 500 localidades podem ser atendidas em até 48 horas, a Total Express conta com uma capilaridade que outras transportadoras e couriers não têm. Isso ajuda a otimizar o frete para as empresas-clientes e a garantir um prazo de entrega menor para o consumidor final. “Já temos rotas para o Brasil inteiro. Atendemos 100% do potencial de consumo do país, sendo 95% com malha direta. Essa malha ampla e robusta é certamente um diferencial”, explica Azevedo.

2 – Rastreabilidade, segurança e gerenciamento de risco

Para atender às rigorosas normas de segurança de bancos, financeiras, empresas de cartão, private labels e seguradoras, a Total Express tem à disposição uma estrutura bastante avançada e própria de gerenciamento de risco, o GRIS. Com ele, é possível realizar monitoramento 24 horas por dia e 7 dias por semana de todos os veículos em trânsito; fazer ampla equipe de auditoria interna para prevenção de perdas e garantir 100% das mercadorias seguradas. “O nosso GRIS é um diferencial competitivo, uma estrutura séria, robusta, preparada para as exigências de segurança e rastreamento que o produto exige”, aponta a gerente comercial, Audrei Simone Libonatti.

Segundo ela, parte da operação da Total Express é semelhante a uma fábrica de cartão, com revista na entrada e saída do sorter, “pois os bancos e as empresas do mercado de cartões olham para isso com atenção”.

3 – Entregadores vistoriados e cadastrados

Na Total Express o processo de cadastro de entregadores é rigoroso: é feito registro e controle de todos os entregadores com periodicidade, para ficar em conformidade com uma operação delicada como é a de Total Cards. “Aqui, os entregadores fazem ficha, passam por vistoria social e averiguação de antecedência criminal e são regularmente validados. O nosso índice de extravio de cartões é muito baixo por conta disso”, aponta Eric Lopes Oliveira, executivo comercial.

Uma nova solução

A Total Express entende que as encomendas de e-commerce são muito diferentes dos cartões. “Estamos, então, ofertando esse produto por meio de processos distintos e separados. Mas, é claro, aproveitando a agilidade, abrangência e segurança de uma empresa como a Total Express, além da credibilidade que ela tem no mercado”, afirma Libonatti.

Mandaê expande operação para Minas Gerais e espera crescer cerca de 80% neste ano

Startup de logística é focada em pequenos e médios e-commerces.

A Mandaê, de São Paulo, lança no próximo dia 21 sua operação no Estado de Minas Gerais. A plataforma logística, focada em pequenos e médios e-commerces, cresceu 80% no ano passado a previsão é chegar perto deste índice em 2021.

A startup usa tecnologia própria para conectar agentes em variadas etapas do supply chain, o que facilita a gestão de transportes e diminui a complexidade da operação. Criada em 2014, a empresa estima atualmente ter cerca de 7% de share no Estado de São Paulo. O objetivo é se tornar líder no segmento em que atua entre os players privados.

“A expansão para Minas Gerais levou mais de nove meses de planejamento. Para nós, Minas Gerais é um Estado bastante estratégico. Além de ter muitos e-commerces, no setor de logística existem outras vantagens também. A operação no Estado vai nos ajudar a otimizar a nossa malha, a economizar e ser mais eficientes – benefícios que vamos conseguir repassar para nossos clientes”, afirma, em entrevista ao portal Mercado&Consumo, o CEO Marcelo Fujimoto.

A ideia é fazer expansões para outros mercados, mas sempre com foco nas pequenas e médias lojas virtuais. Isso significa atender desde e-commerces que gastam de R$ 2 mil a R$ 6 mil de frete por mês até outros que desembolsam R$ 200 milhões. “As PMEs fazem parte de um segmento extremamente bom para nós, e que ainda está carente de boa solução logística”, diz Fujimoto.

Logística sem veículo

A Mandaê, eleita uma das 50 startups mais inovadoras da América Latina em 2018, opera na área de logística sem ter um veículo sequer, fazendo a conexão entre e-commerces a transportadoras. Atua no modelo chamado de asset light, que designa empresas que mantêm a menor quantidade de bens e ativos fixos necessários. Possui um Centro de Distribuição em São Paulo, mas em Minas vai atuar com um parceiro.

“Nosso modelo de negócios gera eficiência para nossos clientes. Eles não têm poder de barganha para negociar com fornecedores, time ou estrutura para fazer isso. A gente tem essa escala. Nosso trabalho é eliminar ineficiências e trazer melhorias para nossos clientes para que eles possam vender mais. Hoje, a logística é o principal fator de impacto na conversão. Quanto maior o custo de frete e maior o prazo de entrega, menor é a taxa de conversão”, afirma o CEO.

Marcelo Fujimoto diz que, apesar de a pandemia de Covid-19 ter acelerado o desenvolvimento do e-commerce, não há registro desaceleração após a reabertura. “A penetração do e-commerce vai continuar elevada e subindo”, acredita. “É uma tendência inevitável. Todo mundo vai querer que a logística seja mais eficiente, que os prazos sejam mais curtos.”

O executivo admite que acompanhar essas mudanças tem sido um grande desafio. O nível de exigência está mais alto. “A tendência do same day ou do next day delivery é óbvia. Alguns players grandes já oferecem essa possibilidade em diversas regiões do País, e essa necessidade vai virar realidade para qualquer e-commerce, mesmo que seja pequeno. Se ele não oferecer a entrega rápida, não vai conseguir competir.”

Marcas que inspiram

Para Marcelo Fujimoto, apesar da concorrência acirrada, as PMEs contam com algumas vantagens na comparação com os marketplaces. “No curto prazo, pequenos e médios, para sobreviver e crescer, vão ter de competir com grandes marketplaces. Mas os consumidores vão querer ter opções. Naturalmente o mercado vai exigir alternativas”, prevê.

O CEO da Mandaê destaca diferenciais das marcas de menor porte. “Por que a gente gosta de certos produtos mais do que de outros? Muitas vezes é porque eles têm uma história, uma marca, um fundador por trás. Se o consumidores comprasse apenas dos grandes, não existiriam marcas que inspiram.’

Permanecer focada nos pequenos e médios, assim, é uma premissa básica da Mandaê. “A gente acredita que isso é bom para o mercado, para o consumidor final e para o mundo do e-commerce de forma geral. Muitas vezes os presidentes dos pequenos e médios e-commerces são donos e fundadores da empresa. Para nós, eles são os heróis dessa batalha versus os grandes.”

B2W Digital inicia operação com caminhões movidos a biometano e GNV

Com investimentos crescentes em soluções que gerem menos impacto no meio ambiente, a B2W Digital — dona das marcas Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato — inicia a operação de uma frota de caminhões movidos a biometano e gás natural veicular (GNV), a primeira do e-commerce no país. Até o fim de maio, 10 caminhões estarão circulando por diferentes rotas da região Sudeste com a tecnologia mais sustentável.

Com capacidade de transportar até 23 toneladas de carga, oito veículos da frota já realizam viagens diárias para garantir as entregas em até 24 horas das marcas da B2W. Os caminhões circulam entre as capitais dos estados da região Sudeste, ligando os centros de distribuição aos hubs (ponto de partida da operação de “last mile”, a última milha da logística de entrega).

De acordo com a B2W, os veículos utilizados são híbridos e permitem o abastecimento com biometano ou GNV, gerando menos impacto no meio ambiente. Em uma viagem no trajeto Rio de Janeiro a São Paulo usando biometano, por exemplo, cada veículo evita a emissão de cerca de meia tonelada de CO2e na atmosfera, reduzindo as emissões em até 95% em comparação com o modelo movido a diesel.

“A frota de caminhões com tecnologia mais sustentável faz parte do nosso compromisso de ter uma operação que gere menos impacto ambiental, em linha com a estratégia de redução de emissão CO2 da B2W. Temos como objetivo ampliar este tipo de frota na medida em que mais regiões do país passarem a contar com postos com GNV e biometano”, explica Welington Souza, diretor geral da LET’S, plataforma de gestão compartilhada dos ativos de logística e distribuição da Americanas e B2W.

Outras iniciativas da B2W

Em 2020, a B2W chegou ao número de 1,8 milhão de entregas com bicicletas convencionais, número três vezes maior que em 2019. Investindo neste modal de entrega, a companhia colocou nas ruas uma frota de 50 bicicletas elétricas. No mesmo sentido, em março deste ano, a aposta da vez foram os tuc-tucs, que com uma maior capacidade cargueira aumentaram as possibilidades de entrega com os veículos elétricos.

Essas iniciativas estão em linha com a Agenda 2030 da ONU, na qual sociedade, governos e empresas se comprometem a desenvolver os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) até o ano de 2030, contribuindo para a estratégia de ESG da B2W Digital. Em 2020, por meio de um estudo de materialidade realizado para a nossa estratégia ESG, mapeamos os principais ODS que norteiam nossas ações. Entre eles, está o ODS 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima).

Com avanço do e-commerce, setor de entregas e logística criou quase 90 mil empregos

Oportunidades vão de operador de empilhadeira a cientista de dados. Varejistas investem em tecnologia e centros de distribuição para reduzir prazos e frete.

Diante do crescimento das vendas on-line e da disputa acirrada entre as grandes varejistas para oferecer menor prazo de entrega e frete mais barato aos consumidores, o segmento de logística tem gerado vagas em grandes centros urbanos no país para os mais variados níveis.

Além do Mercado Livre, que anunciou na segunda-feira (17), a intenção de contratar 7.200 trabalhadores no país, Magazine Luiza, Via (ex-Via Varejo) e Amazon devem intensificar a busca por profissionais. Em um ano, o segmento de serviços de entrega e logística criou mais de 88 mil postos de trabalho.

As vendas do e-commerce no Brasil bateram a marca dos R$ 87,4 bilhões em 2020, primeiro ano da pandemia, alta de 41% em relação a 2019 e um recorde para o segmento, segundo levantamento da Ebit Nielsen.

Para lidar com atrasos registrados nos primeiros meses de quarentena, grandes varejistas passaram a fazer investimentos pesados na área, especialmente em mais centros de distribuição, tecnologia e pessoal.

Profissionais com visão estratégica

No Magazine Luiza, o segmento de logística contratou mais de 2.800 funcionários e gerou mais 4 mil vagas indiretas em 2020. A participação do e-commerce em suas vendas passou de 53%, no primeiro trimestre de 2020, para 70% no mesmo período deste ano. Ao todo, as vendas saltaram 63%.

A varejista emprega hoje 47 mil pessoas, 6.800 só em sua área de logística, mas poderá dobrar o ritmo de contratações no segmento com a abertura de novos centros de distribuição e o aumento da demanda, segundo Wiliam Miguel, gerente de gestão de pessoas da logística da empresa:

— O perfil dos profissionais está cada vez mais diverso. Temos uma base de equipe que é operacional, com funções de conferência, assistentes, operadores de empilhadeira. Além desse perfil, precisamos cada vez mais de gente com perfil estratégico, visão analítica, como cientistas de dados, engenheiros, técnicos em automação.

Neste ano, o Magalu já contratou mais de 600 pessoas para a operação de dois novos centros de distribuição no Sul do país, em Gravataí (RS) e Araucária (PR). Funcionários de escritório trabalham só parte da semana presencialmente.

Expansão deve se manter

A conferente de pacotes Ludmilla Siqueira, de 25 anos, foi contratada pelo Magazine Luiza em outubro, quando a empresa inaugurou um centro de distribuição em Duque de Caxias, no Rio.

— Sempre trabalhei em comércio, ultimamente vendendo autopeças, mas já fazia curso técnico de Logística — disse ela. — Gosto dessa rotina agitada. Aprendi a separar encomendas e fazer inspeção final, a fazer faturamento do pedido.

Dados do Caged reunidos por Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre, mostram que o mercado de trabalho ligado ao setor logístico tem se mantido promissor: foram 88.445 vagas geradas no segmento em 12 meses até março deste ano, na contramão dos demais serviços de transporte, que fecharam 129 mil postos de trabalho.

— É um segmento muito ligado à indústria e ao comércio e, a partir do momento em que esses setores conseguiram reagir, impulsionados pelo auxílio emergencial e pela troca de consumo de serviços por bens, ele se fortaleceu — diz Tobler

Ele prevê que o aumento de empregos no segmento se mantenha neste ano:

— Possivelmente, a criação de vagas será num ritmo menor, mas a expectativa é que esse setor se consolide.

Na Via, dona das redes Casas Bahia, Ponto (ex-Ponto Frio) e Extra.com, o e-commerce, que representava 23,9% das vendas em 2019, hoje responde por 56%. O faturamento da companhia em 2020 foi de R$ 38,8 bilhões, alta de 21%. As vendas digitais brutas saltaram 118,6% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com 2020.

Para lidar com a demanda on-line, a empresa aumentou os postos de trabalho nas várias áreas de logística. Foram mais de 2 mil contratações diretas no ano passado, 400 delas para lidar com o operacional. Entre o começo da pandemia e abril deste ano, foram contratadas 750 pessoas para todas as áreas de logística.

Oportunidades em TI

As contratações para o setor de logística saltaram 20% em 2020 na empresa. Quando comparado o primeiro trimestre deste ano com o do ano passado, o avanço foi de 35%. Para o diretor de logística da Via, Fernando Gasparini, há crescente procura para a área de TI, que dobrou no número de contratados — atualmente são 300.

— Houve maior contratação para vagas operacionais, mas para postos de liderança também. E tem ficado cada vez mais acirrado, pois todo o mercado de e-commerce está mudando de patamar.

A empresa precisou reabrir um centro de distribuição no Rio. Também há expansão do centro de Fortaleza e em bases de distribuição no Piauí e no Maranhão. Lojas que permaneceram fechadas também se transformaram em centros de distribuição. Para o segundo semestre, será aberto um novo centro em Extrema, Minas Gerais.

No Mercado Livre, os processos seletivos já começaram. São Paulo vai concentrar a geração de empregos, com 5 mil das 7.200 vagas.

“Com isso, a empresa busca ampliar a sua rede logística na região e fortalecer as áreas de TI, serviços financeiros e de produtos que geram soluções tecnológicas”, diz a empresa em nota.

A Amazon afirmou que tem 300 vagas abertas no país, mas não especificou quantas são para a área de logística.

Mandaê expande atuação e abre operações em Minas Gerais

Empresa de logística prevê processamento de 1 milhão de encomendas do e-commerce local até o final de 2021, com soluções inteligentes e a custos reduzidos.

A Mandaê, plataforma de inteligência logística que conecta e-commerces a transportadoras, inicia no próximo mês um plano de expansão de suas operações na região Sudeste do País. O primeiro Estado fora de São Paulo a contar com as soluções logísticas da companhia será Minas Gerais, onde a Mandaê vai inaugurar, em junho, um cross docking em Contagem, com capacidade para atender o envio de encomendas de e-commerces mineiros para todas as regiões do País.

“Minas Gerais é o terceiro maior Estado brasileiro em número de lojas virtuais, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro, e precisa contar com empresas que ofereçam o melhor serviço logístico e estejam aptas a acompanhar a crescente expansão do comércio online”, destaca Marcelo Fujimoto, CEO da Mandaê. “Nosso objetivo e compromisso é atender a essa demanda por soluções logísticas inteligentes, rápidas e seguras”.

O executivo prevê que a Mandaê, em seu primeiro ano no Estado, conquiste 7% de share do mercado local, atingindo a marca de 1 milhão de encomendas coletadas, processadas e enviadas ao cliente final das lojas virtuais de todo o Estado. A Mandaê projeta a abertura de mais operações no País dentro do plano de conquistar 30% do mercado de encomendas de PMEs até 2024.

Parcerias com transportadoras mineiras

Segundo Marcelo Fujimoto, os serviços da Mandaê poderão proporcionar às lojas virtuais mineiras uma economia de até 50% em custos logísticos, a exemplo do que já acontece de acordo com relatos dos clientes paulistas. “Nossa plataforma, que utiliza a tecnologia para conectar as lojas virtuais com as transportadoras parceiras mineiras, pode gerar várias economias em custos logísticos aos clientes, que vai desde a redução no custo de fretes, redução de backoffice, até redução de problemas de extravio e devoluções”, afirma Fujimoto.

“É muito importante que as lojas virtuais possam investir cada vez mais no fortalecimento de seus próprios canais de venda, para que com isso possam reduzir a dependência de marketplaces, evitando riscos futuros para o seu negócio”, observa o executivo.

Para o Head de Operações da Mandaê, Thammer Manzoni, os lojistas mineiros passarão a ter acesso a uma solução inovadora que entrega a melhor performance do mercado, ideal para otimizar os seus processos e elevar a qualidade do atendimento que oferecem.

Inteligência na coleta e monitoramento

A solução da Mandaê, que passa agora a ser disponível também em Minas Gerais, se destaca por uma coleta sob medida e um painel exclusivo para monitorar os envios, prevenir e solucionar eventuais ocorrências. ”Ao utilizar o serviço da Mandaê, a loja virtual pode focar em outras prioridades e investir cada vez mais no seu negócio, aumentando a sua competitividade no mercado on-line”, salienta Fujimoto. “Toda a operação logística é por nossa conta, e pode ser monitorada e acompanhada passo a passo pelos usuários, por um painel exclusivo, transmitindo segurança e tranquilidade aos e-commerces.”

Sobre a Mandaê

A Mandaê é uma plataforma logística que conecta pequenos e médios comércios eletrônicos com players logísticos. Utilizamos tecnologia, dados e algoritmos para oferecer aos e-commerces custos de transporte reduzidos, tempos de envio mais rápidos e melhor qualidade de envio. A nossa missão é devolver ao comércio on-line liberdade e controle através da melhor logística do Brasil.