Durante o mês de abril, Buslog oferece preços 30% mais baixos que transportadoras tradicionais

A Buslog, empresa de transporte de encomendas do Grupo JCA, continua realizando uma promoção para aumentar a competitividade do serviço oferecido. Os valores promocionais ficam em vigor durante todo o mês de abril, segundo a Buslog.

Assim, os valores iniciais de entrega são 30% inferiores comparados à outras transportadoras tradicionais e são definidos de acordo com o peso do pacote. Assim, quanto maior for, menores serão as tarifas de entrega, sendo R$ 24,00 até 5,0kg e R$ 2,00 a cada quilograma adicional.

A promoção, chamada “Seu negócio não pode parar”, tem como propósito oferecer descontos progressivos para os clientes que optarem por pagamento à vista.

A empresa possui 200 pontos de atendimento nas regiões Sul e Sudeste do país. As encomendas são transportadas em bagageiros dos ônibus do Grupo JCA, das Viações Cometa, 1001 e Catarinense, com estrutura adaptada.

“O cliente pode contratar o serviço, solicitar a entrega no destinatário ou, para alguns destinos, retirar sua encomenda no mesmo dia, modalidade possível devido à grande quantidade de partidas diárias da malha rodoviária do Grupo JCA”, informou a Buslog, em nota.

A empresa informou ainda que apresentou um crescimento de 50% em 2020, em volumes transportados, e realiza cerca de 50 mil viagens por mês, com uma frota de mais de 2 mil ônibus e capacidade de transporte de 60 mil toneladas mensais.

Total Express amplia atendimento a 3.230 cidades do país

A Total Express anuncia um novo marco de abrangência do seu serviço no Brasil.
Desde o último dia 15 de abril, a transportadora passou a ter atendimento direto em 3.230 cidades, expandindo para novos 393 municípios. Serão mais de 39 mil novos CEPs atendidos no Brasil, dos quais quatro mil estão apenas no Rio de Janeiro.

A Total Express também anuncia redução de prazo em mais de 1,5 mil cidades onde realiza atendimento direto, além de outras duas mil cidades atendidas via Total Repost, modalidade em que ela tem parceria com os Correios.

“A nova abrangência visa garantir excelência no atendimento de milhares de consumidores. Queremos seguir como a empresa privada em soluções logísticas com a maior cobertura de entrega do Brasil” – Felipe Lima, CEO da Total Express.

Grande varejista adota tuc-tucs elétricos para entregas

Triciclo importado da China está sendo incorporado à frota para uso nas capitais do Sudeste, Sul e Nordeste.

Com capacidade para transportarem até 600 kg de mercadorias e autonomia de 70 km, 90 triciclos elétricos estão sendo colocados nas ruas de grandes cidades brasileiras para serviços de entrega da B2W – que detém as marcas Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato.

Conhecido como tuc-tuc – originalmente por conta do ruído de seu motor a combustão de dois tempos –, esse tipo de veículo derivado de motonetas se tornou célebre a partir dos anos 1960. E, embora tenha praticamente sumido das ruas da Europa (onde nasceu), manteve-se extremamente popular em países asiáticos.

Aqui no Brasil, onde chegaram a ser fabricados na mesma década de 1960, foram usados para entrega e, no Rio de Janeiro, ficaram famosos como os precursores dos atuais food-trucks, servindo de base para a venda de cachorro-quente nos calçadões das praias de Copacabana e Ipanema.

Agora, equipados com propulsão elétrica, esses simpáticos carrinhos estão voltando com força total. Além do baixo custo de manutenção e recarga, por seu tamanho e maneabilidade, eles se mostram perfeitos para os deslocamentos de curta distância (a chamada “última milha”) nas congestionadas ruas de nossas grandes cidades.

Bom para o meio ambiente 

Segundo a BW2, os tuc-tucs elétricos foram adotados principalmente por sua eficiência de deslocamento, evitando emissões de gases de efeito estufa (GEE) e contribuindo com as medidas contra a mudança global do clima, previstas na Agenda 2030 da ONU.

Espera-se que esses veículos representem cerca de 3 toneladas de CO2 a menos na atmosfera por mês, em substituição a modelos com motores a combustão.

A entrega com os tuc-tucs já vinha sendo usada experimentalmente nos últimos meses pela empresa na cidade de São Paulo.

O tuc-tuc elétrico em números:

Nome: Cicloway Formigão Baú

Origem: China

Acomodação: apenas para o condutor

Potência do motor: 2000 W

Bateria: 60V 50AH

Velocidade máxima: 30 km/h

Autonomia: 70 km

Capacidade de carga: até 600 kg

Jadlog cresce 100% e tem o melhor resultado em 15 anos

No geral, 2020 foi um ano desafiador, mas para a Jadlog trouxe o melhor resultado dos seus 15 anos de existência.
A empresa de transportes de cargas expressas fracionadas do Brasil, que também é operadora logística do e-commerce, cresceu mais de 100% em movimentações de encomendas em relação a 2019 e ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão de faturamento em 2020. Essa conquista, fruto da prestação de serviços essenciais, por exemplo, as coletas e entregas das encomendas adquiridas via e-commerce, é muito representativa e rendeu à empresa o Business Award 2020, a premiação máxima concedida pelo DPDgroup às suas filiais espalhadas pelo mundo. Esta, inclusive, é a primeira vez que uma unidade de negócios fora da Europa é agraciada com o prêmio.

“Foi um ano realmente desafiador, que exigiu muito de todos, mas que, ao final, nos trouxe nosso melhor resultado, e ainda um prêmio muito representativo concedido pelo DPDgroup. É algo que reforça ainda mais a união da empresa com nossos colaboradores e toda a rede franqueada, especialmente neste momento de pandemia, em favor de serviços de excelência que atendam da melhor maneira nossos clientes e os consumidores finais.” – Bruno Tortorello, presidente da Jadlog.

Em dois anos, a Jadlog mais que dobrou a volumetria de operações e atingiu mais de 40 milhões de encomendas entregues no ano passado, número 100% acima do ano anterior. E ainda ultrapassou a meta de R$ 1 bilhão de faturamento em 2020, valor 50% acima do resultado de 2019. E para 2021, as expectativas continuam positivas, apesar das incertezas em relação ao avanço da vacinação e retomada da economia, com novo crescimento em torno de 20% em entregas de encomendas, em relação a 2020. O otimismo da empresa se dá pelo expressivo avanço do mercado digital, registrado durante a pandemia, que alavancou, de forma definitiva, as compras pela internet.

Para atingir o melhor resultado da história a Jadlog e toda a rede franqueada se desdobraram e tiveram que atuar com afinco, devido à grande volumetria de cargas fracionadas registrada a partir do final de março e início de abril de 2020. O novo cenário ainda exigiu medidas de proteção e antecipação de investimentos para fazer frente ao novo patamar de consumo via comércio eletrônico.
Em termos de investimentos, mais de R$ 30 milhões foram aplicados em mecanização/automação de hubs, ampliação de frota e infraestrutura, e nas novas malhas do Nordeste e do Sul, sendo que alguns destes projetos, anteriormente previstos para os próximos anos, foram antecipados para atender a alta demanda.

No HUB Matriz, em São Paulo, onde está a sede da empresa, as instalações foram dobradas, houve aumento da mecanização e a instalação de um novo sorter que elevou em 50% a capacidade de processamento diário de encomendas. Também foram incorporados um segundo Centro de Distribuição na rodovia Anhanguera, e um terceiro galpão extra locado especialmente para o período de grandes vendas on-line, que, somados, totalizam 30 mil metros quadrados. Além disso, a transportadora investiu no fortalecimento da frota e em pessoal, aspectos que fazem parte de um grande plano para atender o novo patamar do e-commerce pós- Covid-19.

Fora de São Paulo, a Jadlog está com os novos Hubs de Joinville (SC), possibilitando a integração da malha Sul; de Vila Velha (ES), agilizando as partidas do Espirito Santo para as regiões Nordeste, Centro Oeste e demais estados do Sudeste; e de Salvador (BA), integrando a malha nordestina. Estas são ampliações que também foram realizadas para atender esta nova realidade de volume e agilizar as entregas locais.

Ainda houve ampliações em diversas filiais, como as de Vitória (ES), Recife (PE), Cuiabá (MT), Manaus (AM) e Goiânia (GO), cujas áreas úteis foram triplicadas para agilizar as movimentações de cargas, bem como a expansão da área operacional da rede franqueada acima de 60%.

Além de garantir a capacidade de entrega, a Jadlog operou também de forma segura, redobrando os cuidados e a prevenção contra a COVID-19 em conjunto com toda a rede de franqueados. Desde o início da pandemia no Brasil, a Jadlog esteve focada em proteger os colaboradores, clientes, parceiros e consumidores finais. Foi instalado, inclusive, um comitê de monitoramento, que adotou um protocolo rígido de prevenção ao novo coronavírus, como as entregas sem contato físico. Foi também criado o Fundo Jadlog Covid-19, que arrecadou mais de R$ 500 mil e beneficiou cerca de 4 mil pessoas do ecossistema da rede franqueada.

 

Mercado Livre dobra operação e abre 7,2 mil vagas no Brasil em 2021

A empresa quer ampliar a rede logística e fortalecer a áreas de TI.

O Mercado Livre vai duplicar o seu quadro de funcionários em 2021. Dos 16 mil novos postos diretos de trabalho em toda a América Latina, 7.200 serão contratados no Brasil. Com isso, a empresa busca ampliar a sua rede logística na região e fortalecer as áreas de TI, serviços financeiros e de produtos que geram soluções tecnológicas para todo o seu ecossistema.

Após ter encerrado 2020 com um quadro de 15.545 colaboradores, a expectativa da empresa é fechar o ano com mais de 32 mil funcionários, apenas considerando os empregos diretos, um crescimento de 100% em relação ao ano passado.

O plano envolve quase quadruplicar o número de pessoas que atuam na área de logística e adicionar quase 4 mil novos empregos na área de TI. Também será ampliado o número de colaboradores dedicados ao Mercado Pago, e-commerce, prevenção e segurança, marketing e diversas áreas administrativas da companhia.

“As vagas no Mercado Livre são abertas para todas as pessoas, com suas realidades e experiências únicas. Queremos aproveitar a oportunidade para trazer ainda mais diversidade para dentro da companhia e promover um ambiente com múltiplas perspectivas de vida. Acreditamos que essa diversidade é poderosa para impulsionar nossa vocação para a inovação e tecnologia, e também para contribuir com um ciclo novo de reconstrução da economia pós-pandemia”, diz a diretora de People para o Mercado Livre no Brasil, Patrícia Monteiro.

Contratações na América Latina

Em relação à distribuição de colaboradores novos por País, além dos mais de 7.200 no Brasil, serão somados 4.700 colaboradores no México, 2.800 na Argentina, 850 na Colômbia, 300 no Chile e 150 no Uruguai. As operações no Peru e na Venezuela permanecerão inalteradas.

Os novos postos de trabalho serão oferecidos a todos níveis de experiência e senioridade, com oportunidades de acesso ao primeiro emprego. O processo de avaliação e contratação é baseado nos princípios culturais do Mercado Livre. Além de compartilhar a missão organizacional, a empresa busca pessoas que queiram assumir riscos, que possam trabalhar em equipe, abertas às mudanças e que possam executar suas tarefas com excelência e também se divertir. É possível encontrar as vagas disponíveis na internet.

“Este crescimento nos permitirá fornecer o primeiro emprego para milhares de pessoas em toda a América Latina. Estamos cientes de nosso papel social cada vez mais relevante. Este crescimento do emprego direto também irá gerar muitos outros empregos em toda a cadeia de valor e nas centenas de milhares de PMEs que usam nosso ecossistema”, acrescentou Patrícia.

Programa FedEX para Pequenas Empresas oferece prêmio de até R$175 mil

Até junho estão abertas as inscrições da 5° edição do Programa FedEX para Pequenas Empresas. Negócios de todo o Brasil, em diferentes segmentos, podem participar.

A FedEX Express, subsidiária da FedEX Corp. e maior empresa de transporte expresso do mundo, está com inscrições abertas para a 5° edição do Programa FedEXpara Pequenas Empresas. Com o objetivo de impulsionar negócios de pequenas empresas, o programa anunciará três vencedores, que poderão ganhar um prêmio de até R$175 mil.

Podem se inscrever no site do programa proprietários e sócios de micro ou pequenas empresas localizadas em um dos 26 estados do Brasil ou no Distrito Federal. As inscrições devem ser realizadas até o dia 13 de junho.

As empresas também devem ter atividade ininterrupta há, pelo menos, seis meses. Serão consideradas empresas de pequeno porte aquelas que atenderem os critérios estabelecidos na Lei Complementar n°123/2006, conforme descrito no regulamento do programa.

Na inscrição, serão solicitadas aos empreendedores informações do negócio, informações sobre o proprietário, sócio ou representante legal, páginas da empresa (site e redes sociais), uma descrição do negócio em até 140 caracteres, história e planos para empresa.

Os empreendedores também deverão encaminhar a logo da empresa, três fotos digitais que representem o negócio e um vídeo de até 60 segundo no YouTube.

O primeiro colocado do programa receberá um Certificado de Ouro, no valor de R$175 mil; o prêmio do segundo será no valor de R$100 mil, já o terceiro lugar garante um prêmio de R$75 mil. Todos terão direito, ainda, a uma mentoria em grupo, que será ministrada por um profissional fornecido pela FedEX.

Sequoia adquire transportadora Plimor, com forte atuação do sul do país

A Sequoia Logística e Transportes informou que, em 20 de março de 2021, a sua controlada, a Transportadora Americana, celebrou contrato para a aquisição de 100% da Transportadora Plimor. O valor da operação não foi informado.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa afirma que a aquisição permitirá à Sequoia ampliar sua capacidade de atendimento, principalmente no sul do país, aumentando capilaridade nos segmentos B2C e B2B. “Também, em linha com a estratégia da companhia, a maior densidade nas rotas e estrutura operacional nas pontas proporcionará redução no lead time e mais agilidade nas entregas”, afirma.

Segundo a empresa, o plano de integração prevê sinergias operacionais e administrativas, além de reforçar o compromisso da Sequoia de seguir realizando investimentos e expandindo sua operação.

A empresa lembra que a consumação da transação está sujeita ao cumprimento de determinadas condições precedentes, incluindo a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A transação foi realizada por uma empresa controlada pela Sequoia, a Transportadora Americana.

A Plimor, fundada em 1975 no Rio Grande do Sul, atua no ramo de transporte e logística, com foco no transporte de e-commerce leve, (volumes de até 30kg) e carga fracionada (less than truckload ou LTL), servindo diversos segmentos, como por exemplo, informática, fármaco, calçados e vestuário, dentre outros.

A empresa está presente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, atendendo mais de 1.800 municípios e possui mais de 70 pontos de atendimento.

Com aporte bilionário, Loggi prevê fazer entregas para todas as cidades do país

Unicórnio brasileiro quer seguir o caminho dos Correios — com a diferença que busca ter lucro nas entregas para cidades mais distantes.

A Loggi tem uma meta ambiciosa para os mais de R$ 1 bilhão que embolsou na sua captação mais recente. A companhia de entrega quer atender todos os municípios brasileiros, algo que só os Correios conseguiram fazer. A diferença é que a startup, que vale mais de US$ 1 bilhão e é chamada de “unicórnio”, acredita ser possível lucrar até mesmo em entregas para os lugares mais longínquos.

Para isso, pretende adotar o modelo de marketplace de entregas — sim, você vai ler a palavra marketplace até na área de logística. O modelo é simples: a Loggi criou o Loggi Leve, que associa uma série de empresas de logística, e a ideia é fazer parcerias com pequenos distribuidores em cidades distantes e treiná-los para serem mais eficientes.

Na prática, uma pessoa que tenha um espaço que pode servir de base — um pequeno armazém, por exemplo — poderá baixar o aplicativo da Loggi e se cadastrar. Depois de uma análise prévia, ela será responsável pela entrega da mercadoria para o consumidor, a chamada última milha.

A expectativa é que a captação de R$ 1,15 bilhão acelere os planos da empresa que, no ano passado, cresceu 360% — obviamente, com a ajuda das quarentenas causadas pela pandemia. A empresa pretende abrir sete centros logísticos em 2021 nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste.

Dá para crescer mais?

O mercado brasileiro tem uma demanda reprimida no interior, segundo o executivo. Ele compara o momento atual do Brasil com o da China anos atrás.

De acordo com Lecuyer, há cinco anos as empresas chinesas focavam apenas nas 50 maiores cidades do país, o que já representava centenas de milhões de habitantes. Mas então se voltaram para os municípios menores, e o consumo também explodiu por lá.

“Se a pessoa mora no interior do Brasil, evita comprar [na internet] por causa do tempo de entrega”, diz ele.

Por isso, metade dos R$ 1,15 bilhão recebidos na captação vai ser investida para aumentar a base, automação e capacidade das cidades brasileiras. “É uma questão de planejamento para ter escala”, afirma.

É até por isso que a Loggi não está preocupada com o avanço das grandes varejistas na área logística. Mercado Livre, Magazine Luiza, B2W e Via Varejo são exemplos de companhias que querem ir além do varejo — e a logística é mais do que fundamental para elas.

“Queremos oferecer para os pequenos e médios [varejistas] os mesmos serviços das grandes, com a possibilidade de entrega em dois dias. E o nosso diferencial é que vamos sempre focar em logística”, diz Lecuyer.

Pressão dos entregadores

Ao mesmo tempo que a empresa diz ter a receita da lucratividade, também vem sofrendo com a pressão dos entregadores. Na última sexta-feira (19), centenas entregadores de aplicativos, como Uber, iFood, Rappi e Loggi, fizaram uma paralisação. O motivo? Eles querem taxas de entrega mais justas, nas palavras deles.

Em nota enviada ao CNN Brasil Business, as companhias se posicionaram por meio da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia e afirmaram que “implementaram, desde o início da pandemia, diversas ações de apoio aos entregadores parceiros, tais como a distribuição gratuita ou reembolso pela compra de materiais de higiene e limpeza, como máscara, álcool em gel e desinfetante, e a criação de fundos para o pagamento de auxílio financeiro para parceiros diagnosticados com Covid-19 ou em grupos de risco”.

“Além disso, os entregadores parceiros cadastrados nas plataformas estão cobertos por seguro contra acidentes pessoais durante as entregas”, diz o comunicado.

Isso, no entanto, não é o suficiente no Reino Unido. Lá, a Uber foi obrigada a pagar direitos básicos aos motoristas parceiros da empresa. Agora, cerca de 70 mil usuários vão receber salário e férias.

Sequoia compra a Frenet e prevê investir até R$ 150 milhões em logtechs

A empresa de logística está estendendo o seu conhecido apetite por aquisições às startups do setor.  A primeira delas é a plataforma Frenet. O fundador e CEO da Sequoia, Armando Marchesan, fala com exclusividade ao NeoFeed sobre essa estratégia.

Quando fez seu IPO na B3, no início de outubro de 2020, a Sequoia deixou bem claro que uma boa parcela dos R$ 348,1 milhões captados reforçaria o histórico de sete aquisições escrito pela companhia de serviços de logística B2C e B2B em seus mais de dez anos de história.

Depois de adquirir, em dezembro passado, a Prime, de transporte e logística de produtos grandes, a Sequoia acaba de anunciar a aquisição da Frenet, empresa brasileira dona de uma plataforma de softwares de transporte para o mercado B2C.

Além de inaugurar sua temporada de compras em 2021, o acordo abre uma nova via na estratégia inorgânica da Sequoia. Antes centrada apenas em ativos tradicionais, agora, a companhia começa a olhar também para as logtechs, as startups do setor orientadas por tecnologia.

“Vamos explorar as oportunidades desse ecossistema e a compra da Frenet é só o primeiro movimento”, diz Armando Marchesan, fundador e CEO da Sequoia, em entrevista exclusiva ao NeoFeed. “Temos entre R$ 120 milhões e R$ 150 milhões só para investir em logtechs neste ano.”

Marchesan não revela o valor desembolsado na compra da Frenet. Mas o empresário não hesita em destacar quais foram os fatores que levaram a Sequoia a assinar o cheque para incorporar a startup, cujos sócios seguem na operação.

“A Frenet nos dá acesso aos micro, pequenos e médios sellers, um share que hoje está, predominantemente, na mão dos Correios”, diz. “E com uma solução digital, de fácil conexão com esse mundo.”

Acostumada a atuar exclusivamente no espaço das grandes companhias, a Sequoia estima um mercado potencial de 1 milhão de micro, pequenos e médios CNPjs dedicados ao varejo e ao e-commerce. Hoje, esse perfil de empresa representa apenas 1% da receita da companhia.

Fundada em 2015, em Birigui, cidade do interior de São Paulo, a Frenet desenvolveu uma plataforma que, entre outros recursos, conecta esse perfil de cliente a mais de 300 transportadoras e a operadores como os Correios, além de mais de 80 plataformas de e-commerce e ERPs. Ao fazer essa intermediação e com a escala obtida, a startup oferece esses serviços a preços mais acessíveis.

“A plataforma descomplica todo esse processo, com um mar de opções de logística que, sozinho, esse empresário não teria acesso”, explica Christian Horst Alves Reis, CTO da Sequoia. “Hoje, cerca de 30% a 40% das receitas de logística do setor de e-commerce vêm desse segmento de companhias.”

A Frenet tem uma base de 14 mil sellers ativos. Em 2020, a empresa registrou 736 milhões de cotações de frete em sua plataforma. No ano, o faturamento da startup cresceu 82%, para R$ 4,3 milhões.

O plano é plugar a solução da startup na SFx, plataforma lançada em novembro de 2020 pela Sequoia. A ferramenta fornece serviços de coleta de produtos diretamente das lojas de varejistas. Os itens entram na malha logística da Sequoia, que realiza, então, as entregas das encomendas em todo o País.

“Nós já temos uma base de mais de 600 lojas conectadas, em mais de 120 cidades”, conta Reis, sobre a evolução da plataforma que, em 2020, realizou 136 mil entregas.

Com 11 centros de distribuição e cada vez mais focada nas encomendas do e-commerce, a Sequoia tem seis hubs, 228 bases operacionais e uma frota de mais de 4,4 mil veículos dedicada aos serviços B2C. A empresa está presente em mais de 3,3 mil cidades e tem um quadro de cerca de seis mil funcionários.

O portfólio inclui ainda serviços de transporte B2B, com uma estrutura também dedicada, responsável pelas entregas em lojas, shoppings, franquias e no varejo em geral. A oferta de serviços de fulfillment complementa esse pacote.

Com esses três modelos de atuação, a Sequoia fechou o ano passado com uma receita líquida de R$ 998,1 milhões, alta de 89% sobre 2019. Na mesma base de comparação, o lucro líquido ajustado cresceu 182%, para R$ 42,7 milhões.

Produtos financeiros

A Sequoia enxerga a possibilidade de desenvolver mais fontes de receita a partir da escala conquistada em suas operações. Hoje, por exemplo, a empresa movimenta perto de R$ 1,2 bilhão nos fretes pagos às transportadoras e motoristas terceirizados que realizam esses serviços em sua operação.

Nesse contexto, um dos próximos movimentos é a estruturação de um portfólio de produtos e serviços financeiros, como antecipação de recebíveis, para os motoristas, e, agora, com a Frenet, a oferta de crédito para os micro, pequenos e médios empresários.

A empresa já tem um projeto-piloto em andamento desde janeiro, com dois parceiros, e o plano é colocar essa oferta oficialmente no mercado ainda nesse semestre. “Ainda temos uma boa parte dos recursos do IPO e uma parcela do crédito nessas soluções virá da própria empresa”, diz Marchesan.

À parte desses testes, a empresa segue ativa mapeando novas logtechs para engrossar sua lista de aquisições. Essa estratégia envolve duas premissas. A primeira, são ferramentas voltadas às entregas no mesmo dia. E a segunda, os sistemas para reforçar o portfólio de gestão de cargas completas, dado que a empresa tem mais atuação hoje nas tecnologias relacionadas a cargas fracionadas.

As aquisições de maior fôlego, de ativos tradicionais, seguem no cardápio. “Esse mercado ainda é extremamente fragmentado, com os 30 principais players respondendo por apenas 11% das receitas”, diz Marchesan. “Estamos avaliando mais 10 empresas e perto de fechar um acordo até a próxima semana”, acrescenta, sem revelar detalhes sobre a tal negociação.

A Sequoia fechou o ano passado com uma receita líquida de R$ 998,1 milhões, alta de 89% sobre 2019

Marchesan fala ainda sobre outra movimentação no mercado, já em andamento e cada vez mais fortalecida: os crescentes investimentos de grandes varejistas e marketplaces, como Magazine Luiza, Via Varejo e Mercado Livre, na oferta de serviços de logística a partir de suas próprias malhas. Ele não enxerga, porém, riscos nesse contexto.

“Desde o início, focamos nas entregas mais complexas, seja do ponto de vista de tamanho, perfil ou região”, afirma, ressaltando que esse modelo é complementar ao que esses varejistas estão ofertando. “Tanto que estamos no contra-fluxo, 70% do nosso volume é no interior do País.”

Enquanto segue ganhando espaço ao priorizar destinos nos quais boa parte da concorrência não chega, a Sequoia colhe bons frutos em um outro percurso. Avaliada em R$ 3,57 bilhões, a empresa acumula uma valorização em suas ações de mais de 123% desde o IPO. Em 2021, a alta é de 21,85%.

“Nós tínhamos um desafio, porque éramos uma empresa pouco conhecida e que atuava mais nos bastidores”, diz Marchesan. “Mas era importante acelerar esse acesso ao capital. E ser a primeira companhia de logística e tecnologia voltada para o e-commerce na bolsa nos dá possibilidade de liderar essa onda.”

Mercado Livre começa a montar tripé de negócios

Com o crescimento forte tanto no shopping virtual quanto na área financeira no ano passado, o Mercado Livre separou R$ 10 bilhões para investir em 2021 e a maior parte irá para o que pode se tornar sua terceira frente de negócios: a logística. “Por enquanto, estamos trabalhando para solucionar, facilitar e agilizar a entrega das vendas dos clientes”, diz Stelleo Tolda, presidente do Mercado Livre para a América Latina. “Mas quando esse gargalo estiver resolvido, podemos oferecê-lo a terceiros.” Entre outros movimentos, os recursos farão com que o número de funcionários do Mercado Livre passe dos atuais 5 mil para mais de 10 mil, até o fim do ano.

A expectativa é que o Mercado Envios, nome da área de logística, trilhe percurso parecido ao do Mercado Pago, segmento de serviços financeiros do Mercado Livre. Nascido para resolver os problemas de pagamentos dos vendedores do maior shopping virtual da América Latina, o Mercado Pago levou dez anos para se tornar relevante dentro da plataforma. Hoje, tem autorizações do Banco Central para funcionar como carteira virtual (com direito a rendimento maior do que a poupança), como processador de pagamentos (e com maquininhas no varejo físico) e como instituição financeira (para poder aumentar o limite do crédito, entre outros serviços). Os serviços são vendidos a terceiros e os próximos passos são oferecer alternativas de investimento para quem tem dinheiro no Mercado Pago, mas sem concorrer com as plataformas do segmento, como a XP.