Como sobreviver à competição na era de ouro do e-commerce?

O cenário adverso que estamos vivendo, ainda por conta da maior pandemia do século, trouxe diversos desafios para o dia a dia dos negócios brasileiros, mas também grandes oportunidades com o crescimento rápido e exponencial do e-commerce.

Apesar do lado positivo desse boom do comércio eletrônico, estamos nos aproximando cada vez mais da complexidade decomo fidelizar os clientes em um ambiente com tanta competição e informação, mas quais seriam os melhores caminhos para isto?

Para os empreendedores que possuem como fonte de renda lojas virtuais, enxergo algumas opções para aproveitar melhor esta Era de Ouro. Uma das alternativas, e talvez a mais eficaz, é promover a melhor experiência de compra.

De acordo com uma pesquisa da Accenture, com mais de 20 mil consumidores em 19 países, 47% das pessoas que se frustraram em uma compra recente evitariam comprar no varejista ou marca no futuro. Ao mesmo tempo que a mesma porcentagem estaria disposta a pagar mais por uma experiência de compra que superasse as expectativas, o que reforça o conceito de que uma boa estratégia é capaz de fidelizar seus consumidores.

O primeiro passo antes de buscar meios para encantar o usuário, é entender o que deixa seus clientes insatisfeitos. Além disso, outros pilares fundamentais para trazer a experiência de compra perfeita são:

  • Colocar o cliente no centro de sua estratégia;
  • Apresentar e detalhar muito bem, as informações dos seus produtos, sempre  trazendo imagens das mercadorias atualizadas;
  • Investir em usabilidade e possuir canais de atendimento rápidos e eficazes;
  • Criar promoções e cumprir os prazos de entrega;
  • Digitalizar o atendimento, com a utilização de chatbots inteligentes em múltiplos canais. Além do modelo tradicional de atendimento por telefone.

Outro benefício é que o chatbot pode oferecer soluções imediatas aos clientes, reduzindo a carga sobre os executivos do call center que podem ter mais tempo para tratar demandas mais complexas, além da disponibilidade 24×7, fundamental para os ditos Consumidores 5.0, que prezam também pela agilidade e eficiência na resolução das demandas.

Muitas pessoas acabam relacionando o atendimento por robôs ao pós-venda, mas na verdade eles podem ajudar em diversos aspectos da jornada do consumidor, como auxílio nas compras, aumento na satisfação dos clientes e fortalecimento da marca.

Uma pesquisa feita pela Sinch, “Experiência do cliente em um mundo transformado”, mostrou que 84% dos consumidores apreciam a disponibilidade imediata dos chatbots, 83% a privacidade e anonimato e 82% a velocidade, isto deixa muito claro que o futuro é a inovação digital.

Além disso, é importante frisar que mesmo para os PMEs é preciso evitar canais de comunicação pessoal, porque além de não estarem de acordo com aLGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e não registrarem o histórico de conversa deste cliente, não passam segurança e credibilidade.

Sem sombra de dúvidas, o futuro competitivo das marcas está em quem oferece a melhor experiência ao cliente e, para profissionalizar o atendimento, é preciso buscar parceiros que possuam canais de comunicação oficiais, homologados e uma infraestrutura robusta que permita criar estratégias personalizadas para alcançar os seus objetivos.

(*) Thiago Dezotti é gerente Latam da Sinch

MCC-ENET: e-commerce tem alta de 21,92% no faturamento de outubro

O e-commerce brasileiro novamente teve alta no faturamento. Ao comparar os meses de outubro (2021 ante 2020), cresceu 21,92%. Seguindo na mesma base comparativa, as vendas do setor também expandiram: 19,03%. Os dados são do índice MCC-ENET, desenvolvido pela Neotrust | Movimento Compre & Confie, em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net).

“A penetração das compras online no varejo atingiu, na média de 2021, o maior índice do histórico desde 2018. Em 2020, ano afetado pelo confinamento devido à pandemia, esse índice médio tinha alcançado o valor recorde, até então, de 9,6%, uma mudança do patamar observado, pois em 2018 essa penetração foi de 4,8% e, em 2019, 5,7%. No período acumulado entre janeiro e setembro 2021, a penetração média foi de 12%, evidenciando que as compras online vieram para ficar no hábito de consumo do brasileiro”, afirma Gastão Mattos, responsável pela Divisão de Varejo Online da camara-e.net.

Vendas online

As compras realizadas pela internet se tornaram um hábito comum do consumidor e segue em evolução. Porém, quando o período de comparação é entre outubro e setembro, dessa vez, teve uma leve alta de 0,04%. O acumulado do ano registra variação positiva de 10,86%.

Quando a comparação do índice de vendas é por região, considerando a comparação entre outubro de 2021, com o mesmo mês do ano passado, o desempenho foi: Norte (32,33%); Nordeste (28,61%); Centro-Oeste (28,50%); Sul (21,99%); e Sudeste (15,03%).

Já no acumulado do ano, a configuração ficou assim: Centro-Oeste (27,78%); Norte (25,98%); Nordeste (22,28%); Sul (19,95%); e Sudeste (4,90%).

Faturamento do e-commerce

Já na composição do faturamento do e-commerce, quando a comparação foi entre outubro e setembro, nesse caso, teve uma queda de (−4,09%).

Os resultados por região, usando a base de comparação entre os meses de outubro deste ano com o ano passado, foram: Norte (32,63%); Nordeste (31,44%); Centro-Oeste (28,66%); Sul (21,05%); e Sudeste (18,35%).

No acumulado do ano, a configuração ficou da seguinte forma: Centro-Oeste (33,30%); Sul (29,67%); Nordeste (27,68%); Norte (24,61%); e Sudeste (11,67%).

E-commerce no comércio varejista

Em setembro de 2021, o e-commerce representou 12,2% do comércio varejista restrito (exceto veículos, peças e materiais de construção). No acumulado dos últimos 12 meses, nota-se que a participação do e-commerce no comércio varejista corresponde a 11,5%. Esse indicador foi feito a partir da última Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, divulgada no dia 11 de novembro.

Categorias

Em setembro 2021, a composição de compras realizadas pela internet, por segmento, ficou da seguinte forma: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (43,8%); móveis e eletrodomésticos (27,7%); e tecidos, vestuário e calçados (10,1%).

Na sequência, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,7%); outros artigos de usos pessoal e doméstico (5,7%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,8%); e, por último, livros, jornais, revistas e papelaria (2,3%). Esse indicador também utiliza a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE como base.

Consumidores online

Outra métrica avaliada pelo MCC-ENET revela que, no trimestre de julho a setembro de 2021, 16,7% dos internautas brasileiros realizaram ao menos uma compra online.

Metodologia

Os índices mensais vêm da comparação dos dados do último mês vigente em relação ao período base (média de 2017). Para compor o índice, o Neotrust | Compre & Confie coleta 100% de todas as vendas reais de grande parte do mercado de e-commerce brasileiro, utilizando adicionalmente processos estatísticos para composição das informações do mercado total do comércio eletrônico brasileiro. Também são utilizadas informações dos indicadores econômicos nacionais do IBGE, IPEA e FGV.

Não estão contabilizados no MCC-ENET dados dos sites MercadoLivre, OLX e Webmotors, além do setor de viagens e turismo, anúncios e aplicativos de transportes e alimentação, pois ainda não são monitorados pela Neotrust | Movimento Compre & Confie.

Para conferir o estudo completo, acesse https://www.mccenet.com.br/

O que esperar do perfil do consumidor digital em 2022?

Nunca vimos um período de tantas mudanças no comportamento do consumidor como aconteceu em 2020 e 2021 – pelo menos não na história recente. A pandemia, sem dúvidas, foi um dos impulsionadores dessas mudanças e contribuiu muito para acelerar essas transformações.

Os números dizem que os consumidores estão cada vez mais digitais – segundo uma pesquisa da PwC, as compras por celular cresceram 45% e as por computador 41% no pós-pandemia criando um novo perfil de cliente: o consumidor digital.
Por isso, estar por dentro das tendências para 2022 é essencial para entender como vender mais online.

Quem são esses novos clientes e como conhecê-los?

Estamos na era do consumidor: é ele quem manda. Porém, o seu perfil mudou — e muito — neste último ano. Com as imposições postas pela pandemia, o cliente se adaptou às novas formas de compra e venda que, como nunca, contaram com o apoio da tecnologia.

Comprar pela internet acabou sendo a única alternativa: telentrega, delivery, pegue e leve e take away são palavras que já faziam parte do nosso vocabulário, mas se popularizaram.

Neste cenário, as empresas que se destacam são aquelas que colocam esse novo cliente no centro das suas decisões. Agora, não é mais sobre o que as empresas fazem e sim sobre o que fazem para os seus consumidores, agindo de acordo com a necessidade deles.

Para se sobressaírem, as empresas precisam saber como vender online e se adequarem para entender quais são essas demandas, o que ele espera? Quais necessidades devemos atender? Por isso, investir em Big Data, em Inteligência Artificial e em outras tecnologias para conhecer melhor o consumidor digital e entregar uma cadeia de valor que o agrade faz toda a diferença.

O que o consumidor digital espera?

Com tantos clientes com perfis diversificados, responder essa pergunta se tornou um grande desafio. Isso porque vender online agora exige muito mais esforço do que antes, quando em muitos casos os produtos eram apenas simplesmente comprados. Agora vender online, onde não há a exposição do produto para provocar sensações – ainda! – nos indivíduos, exige um esforço maior.

A compra era automática, agora é pensada. Vender online envolve planejamento e estratégia. Por isso, entender o que o consumidor digital espera é fundamental. Segundo um estudo, divulgado pelo portal Consumidor Moderno, algumas tendências dos valores priorizados pelo consumidor digital são apontadas e ajudam a entender o que ele espera. Confira a seguir.

4 Valores mais priorizados pelo consumidor digital:

Longevidade e sustentabilidade: com o consumidor cada vez mais preocupado com questões ambientais, a busca por produtos sustentáveis e com um ciclo de vida maior é crescente.

Bem-estar e empatia: a pandemia do coronavírus fez com que o consumidor desse maior importância para seu bem-estar físico e mental.

Segundo a WGSN, pesquisas por “cuidados em casa” dispararam cerca de 33% em abril deste ano.

Conexões virtuais na luta contra a solidão: para driblar essa sensação durante o período de isolamento, promover conexões virtuais foi a solução encontrada. Fica evidente, então, a importância do digital para motivar não só consumidores, para que estes se sintam parte de uma empresa e mais próximos de determinada marca, como também colaboradores, que produzem até 50% mais quando satisfeitos.

Confiança e segurança: cada vez mais o consumidor busca por transparência na hora de realizar uma compra ou priorizar determinada marca. Segundo a pesquisa “2021 Global Marketing Trends: Find your focus” da Deloitte, 25% dos consumidores deixariam de consumir um produto ou serviço de uma marca que age apenas em favor próprio durante o momento de pandemia.

Dessa forma, oferecer experiências para esse cliente é fundamental. A KPMG listou “Seis Pilares”, princípios universais que guiam todas as experiências humanas positivas, que podem ajudar a entender este comportamento. Os pilares são: integridade, resolução, expectativa, tempo e esforço, personalização e empatia.

De acordo com a KPMG, eles são sempre os mesmos, mas variam de acordo com o momento. Agora, os mais importantes, que cresceram com a pandemia, são integridade – eu quero lidar com empresas sérias que façam o melhor por mim –, empatia e personalização. E a experiência para o consumidor deve ser provida de acordo com a forma como as pessoas querem se relacionar no momento.

6 Tendências sobre o consumidor para 2022

Saber o que consumidor digital valoriza e quais as tendências desse mercado ajudam a entender como impulsionar os negócios online e como vender online. Conheça então alguns conceitos do estudo “Consumidor do futuro”, da WGSN, que estarão em alta:

Trend #1 – Consumidor no poder: Atenção do consumidor amplamente disputada e é ele quem manda e dita as regras de consumo.

Trend #2 – Sociedade conectada: As tendências de comportamento foram aceleradas – e ainda ganharam o impulso da conectividade tornando a sociedade altamente conectada.

Trend #3 – Dessincronização social: As comunidades estão se desfazendo, há uma falta de interação consistente.

Trend #4 – Contágio emocional digital: Esse é um traço comportamental no qual as pessoas imitam os sentimentos de quem está próximo, sejam eles positivos, sejam negativos.

Trend #5 – Novas estratégias de pricing: Como aumentar o preço se as pessoas não têm dinheiro para comprar? O pricing será uma grande discussão daqui para a frente.

Trend #6 – Ecoansiedade: Ela determina questões como sair de casa ou não. A incerteza financeira é abastecida pelos índices de insegurança econômica e pelo desemprego impulsionados pela pandemia.

O perfil do consumidor digital do futuro

Diante desses sentimentos, a WGSN traçou três perfis de consumidores do futuro. Os estabilizadores se mostram cansados do excesso de informação e de conteúdo. Para eles, menos é mais.

Já os comunitários esperam uma integração maior das empresas às comunidades onde vivem, com foco na economia circular e no ativismo social. E os novos otimistas buscam uma relação mais ‘fun’ com as empresas, esperando delas soluções de vendas tecnológicas.

O fato é que agilidade, atendimento humanizado, engajamento e foco no cliente, propósito e tecnologia com certeza serão fatores importantes para o consumidor digital. Entender estes novos clientes e quais as tendências é uma tarefa constante. Por isso, acompanhar esse tema deve ser sempre prioridade para o seu negócio.

A Alibaba voltou a contabilizar vendas recorde no Dia do Solteiro na China, mas crescimento das vendas abrandou

Problemas de energia, interrupções no transporte marítimo e crise imobiliária prejudicam economia da China.

Desde que o Dia do Solteiro existe na China este foi o ano em que as vendas menos cresceram, ainda assim sem ameaçar a gigantesca dimensão deste dia de descontos para quem compra online.
A Alibaba voltou a contabilizar vendas recorde no Dia do Solteiro na China, o maior acontecimento mundial para o comércio eletrônico. Todos os anos as contas deste hino ao consumismo se fazem a somar, mas 2021 ficará para a história do Dia do Solteiro como o primeiro ano em que o crescimento das vendas abrandou. O Dia do Solteiro, “inventado” pela Alibaba como contraponto ao Dia dos Namorados, existe desde 2009.

Os dados da Alibaba apontam para 540,3 mil milhões de yuans (74 mil milhões de euros) em encomendas, o que representa um crescimento de 8,45% face ao ano anterior. O abrandamento das vendas, que pela primeira vez na história do evento cresceram a menos de dois dígitos, está a ser encarado como um reflexo de mudança na sociedade chinesa, mas também como uma consequência do abrandamento econômico do país.

A maior plataforma de comércio eletrônico do mundo sublinha que também tentou cumprir o seu papel nesta transformação em curso. Este ano apoiou ações de caridade durante o evento e trocou o contador que acompanha ao segundo as vendas a crescerem, por campanhas que promoveram produtos sustentáveis e produzidos de forma socialmente responsável.

“Numa fase inicial do 11.11 estivemos concentrados no crescimento – da mesma forma que os pais se concentram no crescimento saudável dos seus filhos. Mas quando um filho se torna adolescente, os pais alteram o foco para poderem robustecer o seu sentido de responsabilidade e o papel que ele ou ela desempenham na sociedade. É isto que estamos a fazer agora”, explicou Chris Tung, responsável de marketing da empresa na publicação que divulga os números.

Os dados de outro gigante chinês do comércio eletrônico também já são conhecidos. Num único dia, a JD.com contabilizou vendas de 311,4 mil milhões de yuans (42,6 mil milhões de euros). O site agrega diferentes marcas e lojas e os números são globais, referentes a todas as transações suportadas. Também aqui o balanço é positivo. No ano passado a plataforma contabilizou transações no valor de 271,5 mil milhões de yuans.

Nielsen vê alta de 20% nos pedidos do e-commerce com impulso da Black Friday

As vendas pela internet deram novo salto no Brasil neste mês, alcançando um faturamento de R$ 3,4 bilhões nos 11 primeiros dias de novembro, segundo levantamento da Ebit|Nielsen.

O montante é 31% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

Com o impulso do consumo estimulado pela Black Friday, o número de pedidos aumentou quase 20% na mesma base de comparação. Ao todo, foram 6,8 milhões.

O ticket médio subiu 10% e está na casa dos R$ 503, ainda conforme a pesquisa.

O e-commerce cresceu, amadureceu e precisa mais do que uma boa tecnologia para levar a melhor experiência ao consumidor

 Enquanto inúmeros setores da economia foram seriamente impactados pela crise da Covid-19, outros acabaram passando por transformações positivas como consequência da pandemia, justamente por seu potencial de ajudar as pessoas a se proteger do vírus. Esse é o caso do comércio eletrônico, que teve em 2020 seu melhor ano no Brasil, com crescimento de 73,88% no volume de vendas. De acordo com levantamento do “The Global Payments Report 2021”, da Worldpay from FIS, empresa americana de soluções financeiras, o e-commerce brasileiro deve atingir faturamento de R$ 314,8 bilhões em 2024, ante aos R$ 202,2 bilhões registrados no ano passado. Isso representa um aumento de 55,5% para os próximos anos. Mesmo com o recuo da pandemia no horizonte, trata-se de um caminho sem volta.

Com o “abre e fecha” do varejo físico, a internet se tornou a principal alternativa para que os comerciantes pudessem manter suas vendas. Se em um primeiro momento as grandes marcas entenderam a importância de reforçar sua presença no mundo virtual, encontrando diferentes meios de trazer os consumidores para as plataformas digitais, pequenas e médias empresas se viram diante do desafio de entrar no ambiente online pela primeira vez. No Brasil, a concorrência, interna e externa, é acirrada, com redes de todos os tamanhos disputando o mesmo espaço. Assim, é preciso dizer: não há mais espaço para o amadorismo.

Ter uma loja virtual não é sinônimo de vendas garantidas. Mais do que nunca é preciso pensar no consumidor acima de tudo e investir em tecnologia, inteligência de vendas, logística e pagamentos, de forma integrada, para que o negócio vá para frente.  Esse é o conceito do Customer Experience as a Service (CXaaS), um ecossistema que oferece as principais soluções digitais para que as empresas e marcas possam proporcionar uma experiência de compra diferenciada, personalizada e marcante, desde a escolha dos produtos até a entrega final, por meio de equipes qualificadas e multidisciplinares que cuidam desses processos.

De maneira geral, o comércio eletrônico é sustentado por cinco pilares e, se um deles estiver desajustado, pode provocar grandes prejuízos. São eles: Tecnologia (que mantém a experiência de compra possível e em funcionamento), Pagamento (o checkout deve ser uma etapa simples, otimizada, transparente e estável), Logística (frete, prazo, entrega, embalagem e apresentação do produto podem ser promotores ou detratores), Serviço de Atendimento ao Consumidor (com interações humanas e contatos ágeis e proativos, que estabeleçam uma relação constante com o cliente) e Marketing Digital (a comunicação com o seu cliente é essencial).

Para administrar os processos que envolvem uma plataforma virtual é necessário ter parceiros que, além de conhecerem o mercado e todo o processo, entendam muito bem de cada uma das etapas e deem suporte a todo o planejamento. A Infracommerce, por exemplo, por meio do seu conceito de CXaaS conhece e entende toda a jornada do consumidor e, justamente por conhecer tão bem todo o processo da experiência do usuário, é capaz de reconhecer as necessidades individuais dos clientes, identificando quais recursos serão mais adequados para cada perfil.

Vou dar um exemplo simples, relacionado à realidade brasileira: a demora ou a não entrega das mercadorias é um dos principais problemas enfrentados por pessoas que realizam compras na internet. Enquanto as queixas nesse sentido não passavam de 216 entre março e junho de 2019, o número saltou para 1.151 em igual período do ano passado, segundo dados da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). Esse foi claramente uma consequência direta do boom de vendas na pandemia. A Infracommerce, por sua vez, ocupa uma das melhores posições nos rankings do Reclame Aqui, o que reforça a nossa certeza na eficácia do CXaaS e garante clientes felizes e fidelizados às marcas.

Quero dizer com isso que, quando não é trabalhada de forma organizada, a logística pode colocar todo o negócio em risco, uma vez que o atraso na entrega dos produtos pode manchar a imagem da empresa para sempre, fazendo com que as pessoas não retornem para novas aquisições e pior, façam menções negativas nas redes sociais. Reduzir atritos e ruídos durante toda a jornada de compra dos clientes é a missão do conceito CXaaS, já que seu sistema permite que as marcas enxerguem o sistema como um todo, conseguindo evitar que ocorram situações não planejadas que deixem os consumidores insatisfeitos.

Com a ajuda da tecnologia de ponta, o comércio eletrônico brasileiro tem tudo para ser equiparado aos e-commerces mundiais mais avançados. Torço para que, daqui para frente, os brasileiros tenham cada vez mais agilidade na hora de realizarem suas compras online e que os donos de plataformas digitais fiquem de olho nas tendências do mercado. Se você quer ter sucesso, precisa estar um passo à frente dos concorrentes e oferecer o que, por enquanto, eles ainda não conseguem. Para que o seu negócio se destaque, os seus clientes precisam te ver de forma única. Faça levantamentos e escolha os melhores parceiros.

*Marcelo Terrazzan é CCO na Infracommerce, um dos líderes globais para e-commerce e pioneira no Brasil na adoção do conceito de Customer Experience as a Service (CXaaS), que privilegia a experiência completa do consumidor.

Mercado Livre Full: como a indústria está se beneficiando da venda para o consumidor final?

Atualmente, as indústrias estão em um momento decisivo. Entrar na venda direta para o consumidor digital é um dilema e muitas delas ainda não sabem como fazer e quais são as vantagens dessa venda.

Contudo, algumas indústrias já enxergaram a oportunidade de trabalharem dentro de grandes Marketplaces como o Mercado Livre e iniciaram o processo de venda para o cliente final. Entre os principais motivos estão apresentar melhor sua marca na internet, conhecer mais sobre o consumidor e aumentar as vendas. Entretanto, existem desafios.

É necessário mudar o mindset. O cenário é diferente no mundo digital e requer investimentos em novas tecnologias e muita automação.

A Pirahy Alimentos

A Pirahy Alimentos, que fica no Rio Grande do Sul na cidade de São Borja, que chega à mesa dos consumidores através do Arroz Prato Fino, já iniciou o processo de transformação digital e se prepara para iniciar suas vendas para o consumidor final, dentro do Mercado Livre, através do Fulfillment.

Mas como isso será possível?

O Mercado Livre oferece serviços para que a indústria venda diretamente para o consumidor final, ou seja, toda logística é feita dentro do Marketplace. É através do Mercado Livre Full (Armazenagem, separação, embalagem, transporte e entrega), que a relação direta com o consumidor tem início.

Segundo o CEO da Nérus, Cleber Piçarro, a transformação digital da Pirahy Alimentos é feita através da solução Nérus D2C e BackOffice Digital, o qual integra todos processos de vendas, fiscal, logístico e financeiro. “A Nérus sempre trabalha para simplificar ao máximo e ajudar o cliente a crescer”.

AliExpress projeta quantidade recorde de vendedores para o festival do Single’s Day

A data comemorada no dia 11 de novembro é a que mais movimenta o e-commerce mundial.

Tendo como objetivo expandir seus negócios no Brasil, o marketplace chinês AliExpress planejou uma série de estratégias para o mercado brasileiro durante o festival 11.11. De acordo com a própria empresa, a projeção é de um volume recorde de vendedores participantes no festival.

A data comemorada no dia 11 de novembro, chamado de 11.11 informalmente, é conhecido como a comemoração do “Single’s Day” (Dia dos Solteiros). O festival foi criado originalmente na China pelo grupo Alibaba e atualmente é a data do e-commerce mundial que mais movimenta dinheiro. Na última edição, o grupo vendeu US$ 74,1 bilhões durante o período comemorativo.

Esse volume, se comparado ao do e-commerce brasileiro, é o equivalente a 4 anos e 5 meses de todo o e-commerce do Brasil, que no ano passado movimentou US$ 16,6 bilhões, de acordo com dados do Ebit. Já a Black Friday nos Estados Unidos, segundo relatório da Adobe Analytics, gerou US$ 9 bilhões, valor oito vezes menos do que o do Dia dos Solteiros.

Durante o festival deste ano serão oferecidos descontos que chegam até 80% em produtos de marcas famosas. O AliExpress também pretende realizar outras ações promocionais por meio de transmissões ao vivo e ações de entretenimento.

A presença de influenciadores brasileiros em ações para promoção do festival é considerada pelo grupo, mas nenhum nome ainda foi revelado.

Brasil como foco

A edição deste ano será a primeira em que vendedores brasileiros poderão oferecer os seus produtos para todo o território brasileiro. Os lojistas, independentemente do tamanho da empresa, terão à sua disponibilidade o marketplace chinês e as ferramentas que existem nele.

O Brasil se tornou o primeiro país das Américas a ter vendedores locais podendo participar do festival. Os vendedores brasileiros também terão disponíveis a opção por oferecer a entrega com frete grátis na plataforma que, de acordo com a empresa,

Para parte de logística em encomendas internacionais, o grupo Alibaba garantiu que disponibilizará 80 voos fretados para melhorar a velocidade da entrega.  No caso das cidades grandes brasileiras, o tempo estimado para a chegada de um produto internacional é de 7 dias no máximo. O aumento no número de voos é parte da estratégia recente de investimentos em logísticas por parte do grupo chinês.

“A realização do festival 11.11, no Brasil, em 2021, deve contribuir para a maior digitalização do varejo nacional e para melhorar a competitividade do e-commerce e a experiência de compra dos brasileiros, que se tornaram mais digitais e exigentes no último ano”, comenta Yan Di, country-manager do AliExpress no Brasil.

 

Uso de lockers da Clique Retire em São Paulo aumenta 30% no Mês do Cliente

Os primeiros armários inteligentes/lockers da Clique Retire instalados em áreas de grande circulação da capital paulista chegaram antes da pandemia. Porém, foi com o crescimento vertiginoso do comércio eletrônico que eles se fizeram realmente necessários para a parcela da população que enfrenta restrições para receber produtos e correspondências em casa — seja por problemas com o CEP ou por morar em prédios sem porteiros e trabalhar fora o dia todo.

Agora, em expansão acelerada na cidade de São Paulo, os lockers — ou e-Boxes, como são chamados os armários da Clique — começam a integrar as estatísticas do varejo.

Em setembro, com o Mês do Cliente e a Semana Brasil, as máquinas da empresa entregaram 30% mais produtos comprados no e-commerce do que no mesmo período de 2020, mesmo com a volta gradual do consumidor ao varejo físico. Isto porque quanto mais pessoas circulam, mais tomam contato com os e-Boxes no caminho para o trabalho ou de volta para casa, fortalecendo um hábito que há pelo menos uma década já faz parte do cotidiano de países na Europa, Reino Unido, Estados Unidos e Ásia.

A expectativa da Clique é de que um crescimento ainda maior aconteça em novembro, por conta das promoções da Black Friday, data ainda mais forte para o comércio eletrônico.

Quase 80 armários de autoatendimento em uso na capital
Um bom indicador de que São Paulo segue na esteira das grandes metrópoles quando o assunto é modernização logística é a chegada de um armário inteligente na icônica Estação da Luz, local por onde circulam, nos dias úteis, uma média de 250 mil passageiros.

O fato de o equipamento pertencer aos Correios — que aderiu à tecnologia de ponta para acelerar as entregas e oferecer mais conforto aos seus clientes — é outro sinal de que o serviço, considerado de utilidade pública, veio para ficar na vida do consumidor paulistano. Os Correios têm, até agora, outros dois terminais de autoatendimento em funcionamento no metrô de São Paulo, nas linhas 4 e 5 (Amarela e Lilás), nas estações Pinheiros e Butantã, todos fornecidos pela empresa Clique Retire.

A Clique também opera seus armários próprios em 19 estações das linhas 4 e 5, e ainda é a fornecedora de lockers para as Lojas Americanas, que também instalou uma máquina de uso exclusivo na estação Pinheiros. Apenas da Clique Retire e na cidade de São Paulo, há um total de 76 smart lockers em uso pela população, instalados em postos de combustíveis, shoppings, condomínios residenciais e corporativos.

“Os armários são de extrema utilidade o ano todo, principalmente para quem tem restrições de entrega em casa, mas, nas datas do varejo, eles têm um papel cada vez mais importante. Ao mesmo tempo em que democratizam a logística, beneficiando um consumidor que não conseguia receber sua encomenda de forma fácil e segura, ajudam a escoar as altas sazonais do comércio eletrônico, impactando até o trânsito da cidade. Em vez de fazer 50 entregas porta-a-porta, por exemplo, uma empresa deposita as mercadorias em um ponto, apenas, e a Clique Retire distribui entre sua rede”, destaca o Head de Marketing e Novos Negócios da empresa, Ernesto Barbosa.

Como funciona
1- Quando o site já oferece o “Retire em locker” ou “Retire em loja”
Quando o site de compras tem a opção “Retire em locker” ou “Retire em loja” e oferece a rede da Clique Retire ao consumidor, basta escolher o endereço (estações de metrô, shoppings, postos de combustível). Muitas marcas entregam em locker com frete grátis. Assim que o produto chega, o site envia um aviso por SMS e o prazo para retirada é de 72 horas. É só se dirigir ao locker escolhido, posicionar o QR Code para abrir o compartimento (ou digitar um código) e a gaveta se abre para retirada da encomenda. Sem contato humano.

2 – Quando o consumidor compra em sites nacionais sem a opção do locker, ou internacionais
O usuário se registra no aplicativo (disponível para Android e iOS) ou site da Clique Retire e opta por um plano mensal ou anual Ao realizar a compra na internet, basta colocar o código do seu terminal Clique Retire ao lado do próprio nome, e o endereço: Rua Charles Darwin, 470 – Vila Santa Catarina, São Paulo – SP – 04379-074. Quando o produto chega, a Clique Retire envia um aviso por SMS e o prazo para retirada é de 72 horas. A maior gaveta dos terminais da Clique acomoda produtos com tamanho equivalente a uma caixa de microondas.

CNC estima faturamento recorde do varejo para o Dia das Crianças

Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada na última terça-feira (5), estima que a movimentação financeira do varejo para o Dia das Crianças, comemorado no próximo dia 12, deverá alcançar R$ 7,43 bilhões. Caso seja confirmada essa expectativa, será o maior faturamento do comércio varejista nacional para a data, desde 2015, quando atingiu R$ 7,52 bilhões. Essa é a terceira data mais importante do varejo, depois do Natal e do Dia das Mães.

No ano passado, a movimentação financeira para a celebração das crianças totalizou R$ 6,52 bilhões, menor resultado desde 2009, de R$ 6,18 bilhões, mostrando retração de 11,3% em relação a 2019, de R$ 7,35 bilhões. De acordo com economista sênior da CNC, Fabio Bentes, o avanço de 14% em 2021, já descontada a inflação, é atribuído à fraca base comparativa de 2020 sobre 2019, quando a receita das vendas somou R$ 7,35 bilhões. O economista acredita que, tal como aconteceu a partir de 2017 e observado nos anos anteriores, a tendência é de recuperação das vendas. “De 2017 em diante, as vendas vieram crescendo pouco, mas cresceram, e foram interrompidas por esse ano atípico de 2020 (devido à pandemia da covid-19)”, disse o economista.

A expectativa de expansão das vendas este ano, se deve ao aumento de 34% na circulação de consumidores registrado desde o fim da segunda onda da crise sanitária, em outubro de 2020, até o final do mês passado. “Isso aí é o lastro do otimismo no comércio. Foi assim também nas datas comemorativas pós segunda onda da covid-19. Desde o final da segunda onda, a gente observa um aumento contínuo na movimentação do varejo”.

Segundo a CNC, o ramo de eletroeletrônicos e brinquedos será mais uma vez o destaque das vendas para o Dia das Crianças, respondendo por 31% do volume projetado, ou o equivalente a R$ 2,31 bilhões, seguido pelo ramo de vestuário e calçados (R$ 2,21 bilhões), com crescimento real em relação à mesma data de 2020 em torno de 28% a 29%.

A análise regional revela que o estado de São Paulo se mantém na liderança absoluta, com movimentação financeira de R$ 2,68 bilhões, seguido por Minas Gerais (R$ 758,5 milhões), Rio Grande do Sul (R$ 687,2 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 655,7 milhões). Juntos, os quatro estados deverão responder por 53,4% do total movimentado na data comemorativa.

A pesquisa mostra, por outro lado, que as maiores taxas em relação a 2020 são esperadas no Espírito Santo (18,3%), Bahia (4,5%) e Paraná (4,4%), onde a recuperação do comércio se mostra mais forte do que nos demais estados.

Inflação
Fabio Bentes disse que apesar do aumento na circulação de consumidores, o varejo brasileiro terá dificuldades para evitar repasses aos preços de bens e serviços ao consumidor final diante da inflação anualizada de 10,1%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15). Os itens que compõem a cesta típica da data aumentaram 7%, maior taxa desde 2016 (8,8%).

Segundo Fabio Bentes, “a crise ainda está nos calcanhares do comércio”. Entre os produtos e serviços mais demandados nessa época do ano, os maiores reajustes em 12 meses são observados nos preços de bicicletas (15,9%), doces (12,3%) e lanches (10,9%), de acordo com a CNC.

Alerta
Para o Dia das Crianças, o alerta do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) é que os pais estejam atentos à combinação de brincadeira com segurança, principalmente neste momento em que boa parte das compras é feita pela internet. A dica na hora de escolher brinquedos para crianças de até 14 anos de idade, sejam nacionais ou importados, é observar a faixa etária e se o produto tem o Selo de Identificação da Conformidade do Inmetro, porque isso significa que ele foi submetido aos ensaios de segurança exigidos pelo regulamento. O selo do Inmetro é obrigatório em brinquedos desde 1992 e considera itens de segurança como impacto e queda (bordas cortantes e pontas agudas); mordida (partes pequenas que podem ser levadas à boca); toxicidade (metais e substâncias nocivos à saúde); inflamabilidade (risco de combustão em contato com o fogo); e ruído (níveis acima dos limites estabelecidos pela legislação).

Para ajudar na hora da compra, o Inmetro resumiu algumas recomendações relativas à segurança. A primeira é procurar sempre pontos de venda legalmente estabelecidos; comprar somente brinquedos que contenham o selo de identificação da conformidade com a marca do Inmetro; o selo deve estar sempre visível, impresso na embalagem, gravado ou numa etiqueta afixada no produto; brinquedos importados também devem ser submetidos a ensaios em laboratórios acreditados ou reconhecidos pelo Inmetro, além de exibir o selo; os pais devem selecionar o brinquedo considerando a idade, o interesse e o nível de habilidade da criança; o brinquedo deve obedecer à idade indicada; na hora da compra, exigir a nota fiscal, tíquete do caixa, recibo ou equivalente que somente empresas legalizadas possuem.