Google investe US$ 350M no ecommerce indiano Flipkart

O Google está investindo quase US$ 350 milhões na Flipkart, startup indiana de comércio eletrônico de propriedade do Walmart. O aporte faz parte de uma rodada de quase US$ 1 bilhão iniciada em 2023, a qual foi liderada pelo próprio Walmart, responsável por aplicar US$ 600 milhões.

Como parte do acordo, o gigante das buscas também fornecerá à Flipkart ofertas de nuvem, conforme anunciou a startup em breve comunicado nesta sexta (24). O Google, que atinge mais de meio bilhão de pessoas na Índia, identifica o país como um mercado externo importante.

Em 2020, a empresa revelou planos de investir US$ 10 bilhões em negócios indianos pelos próximos cinco e sete anos, segundo reportou o TechCrunch na época. Desde então, o Google investiu US$ 4,5 bilhões na operadora de telecomunicações Jio Platforms e mais US$ 1 bilhão na Airtel.

Líder do e-commerce indiano
A Flipkart, avaliada em mais de US$ 37 bilhões, lidera o mercado de comércio eletrônico na Índia, onde atende a centenas de milhões de consumidores em cidades menores do país. Em 2021, a startup recebeu US$ 3,6 bilhões em uma rodada de investimento que teve participação do SoftBank. Com a arrecadação, a empresa passou a valer mais do que o dobro do montante pelo qual o Walmart comprou uma participação de 77% em 2018.

Também proprietária da startup de comércio eletrônico de moda Myntra, a companhia comanda cerca de 48% do mercado indiano de comércio eletrônico, de acordo com dados da Bernstein – a consultoria estima ainda que o mercado de e-commerce da Índia valerá US$ 133 bilhões até o próximo ano.

As principais concorrentes da Flipkart são a Reliance Retail, Amazon e Meesho, apoiada pelo SoftBank. A Reliance Retail – administrada pelo homem mais rico da Ásia, Mukesh Ambani – foi avaliada em US$ 100 bilhões em um investimento de quase US$ 2 bilhões feito pela QIA, ADIA e KKR no ano passado

Shein e Shopee destacam “nacionalização” das operações no Brasil no 1° dia do Digitail

Shein e Shopee destacam “nacionalização” das operações no Brasil no 1° dia do Digitail
Shein e Shopee, as duas plataformas gigantes do varejo asiático em operação no Brasil, destacaram a nacionalização das transações no País no primeiro dia do Digitail Conference, evento realizado pela Gouvêa Experience, que acontece nos dias 22 e 23 de maio em São Paulo.

Segundo Raul Jacob, diretor de Marketing da Shein, a meta da companhia é chegar a 2026 com 85% das vendas totais realizadas por produtores brasileiros. Para isso, está expandindo a operação para mais cinco estados. No início do ano, chegou ao Rio Janeiro, agora, está indo para Minas Gerais e, até o final de 2024, desembarcará no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Na prática, isso significa que a varejista está abrindo as portas para os produtores fora de São Paulo. Jacob explicou, na palestra “Made in Brazil: o fenômeno Shein também no marketplace”, apresentado nesta quarta-feira, 22, que “expansão”, para a empresa, significa levar a logística para os locais onde os vendedores estão e oferecer o mesmo nível de entrega e eficiência dos pontos onde já opera.

“Hoje, no Brasil, a gente tem três frentes de negócio: o marketplce que eu lidero, a produção local, isto é, marcas Shein feitas no Brasil, e a importação de produtos. Mas, o foco é 100% no marketplace e na produção local”, contou Jacob. Ainda segundo o executivo, atualmente, 55% das vendas da plataforma são realizadas por vendedores brasileiros.

“A gente consegue rodar uma operação aqui com a mesma qualidade, a mesma força, que temos na importação. O marketplace já representa o maior faturamento da Shein no Brasil e isso mostra que temos um poder de localização e nacionalização muito forte. É só mais um passinho para ter uma empresa 100% brasileira”, garantiu.

Shopee no Brasil e inovações para 2024
Rodrigo Farah, head de Branding e Live Commerce da Shopee, afirmou que 90% das transações dentro do aplicativo são nacionais, isto é, entre vendedores e consumidores brasileiros. São 3 milhões de empreendedores e lojistas no País cadastrados, entre os quais 9 em cada 10 possuem CNPJ. Para a companhia, ele afirmou, a taxação sobre produtos importados não irá impactar o negócio.

“Esse processo de nacionalização aconteceu ao longo de 4 anos, desde que a Shopee chegou [ao Brasil]. E batemos essa marca em março de 2024”, disse Farah. A empresa emprega diretamente mais 10 mil colaboradores em território nacional.

O executivo disse que a estratégia de marketing continua agressiva e sem nenhuma redução de recursos para este ano. “O foco é conseguir cada vez mais usuários mensais para a plataforma e uma das principais frentes de investimento é a live commerce combinada com marketing de afiliados”, contou.

Em sua palestra, “Live commerce exponencial: como explorar o verdadeiro potencial dessa ferramenta de vendas”, Farah contou que uma das novidades para este ano é a liberação do botão de live para os afiliados. São 2 milhões cadastrados. A opção, no entanto, não está disponível igualmente. “Liberamos para alguns afiliados e planejamos melhor comissionamento para aqueles que indicarem produtos em suas lives”.

O foco nessa ferramenta se baseia em alguns números que o executivo compartilhou com a plateia presencial e online do Digitail: na China, US$ 562 bilhões do faturamento da Shopee, em 2023, vieram de live commerce e a projeção é de que atinja US$ 843 bilhões no próximo ano. No Brasil, a empresa passou de 10 lives diárias no ano passado para 250 por dia este ano. As pesquisas da plataforma mostraram que os vendedores adeptos vendem 5 vezes mais e ampliam o número de seguidores, reforçando laços de comunidade, uma vez que que a estratégia aproxima quem vende de quem compra no marketplace.

No próximo dia 6 de junho, as ofertas da data dupla da Shopee serão transmitidas em live também pelo canal da Band, uma estratégia que algumas empresas começaram a adotar recentemente.

Shein rebate varejo e indústria e afirma que 88% das compras são feitas pelas classes C, D e E

Varejista diz que o que está em jogo é o poder de acesso e compra dos brasileiros a produtos internacionais.

A Shein publicou uma pesquisa feita pela Ipsos para rebater as críticas feitas pelo varejo e indústria nacionais de que a isenção fiscal prevista no Remessa Conforme para compras internacionais de até US$ 50 beneficia quem ganha mais.

Segundo o estudo, no primeiro trimestre de 2024, o percentual de consumidores das classes C, D e E que adquirem produtos internacionais na plataforma da empresa é de 88%, sendo 50% das classes D e E e 38% da classe C.

“Em um momento em que o que está em jogo é o poder de acesso e compra dos brasileiros a produtos internacionais de qualidade e acessíveis, a pesquisa realizada mostra o verdadeiro retrato dos consumidores da plataforma e ainda aponta que apenas 11% dos consumidores pertencem às classes A e B”, diz a gigante chinesa.

A Shein cita ainda o levantamento feito pelo Plano CDE, com consumidores de diversas plataformas internacionais, de que 61% do público vê nos sites internacionais a possibilidade para a população mais pobre ter acesso ao consumo – e que a desistência da compra quando são cobrados os impostos é maior entre as classes C, D e E (37%) que nas classes A e B (32%).

Nesta semana, a CNI (Confederação Nacional da Indústria), em parceria com o IPRI (Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem), divulgou uma pesquisa dizendo que apenas 18% da população com renda de até dois salários mínimos fizeram compras onlines internacionais de produtos com isenção de até US$ 50.enquanto 41% são feitas entre os que ganham acima de cinco mínimos.

Com faturamento de R$ 40 bi no comércio eletrônico, Santa Catarina recebe evento de e-commerce

Florianópolis recebeu na segunda quinzena de maio, o Uni E-commerce Con Florianópolis 2024. O evento ocorreu entre 15 e 16 de maio; Santa Catarina tem se destacado como o quarto maior vendedor por e-commerce no país, alcançando um total impressionante de R$ 40,46 bilhões em transações, conforme dados do Observatório do Comércio Eletrônico, plataforma do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Esses números colocam o estado em posição de destaque, ficando apenas atrás de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que registraram, respectivamente, R$ 290,87 bilhões, R$ 88 bilhões e R$ 47,94 bilhões em vendas.

De acordo com um estudo realizado pela plataforma de pagamentos Nuvei, em parceria com a Americas Market Intelligence (AMI), espera-se que o mercado de e-commerce no país cresça aproximadamente 80% até 2026.

O setor atingiu aproximadamente R$ 211 bilhões em 2022, tem projeção de alcançar os R$ 432 bilhões em 2026, representando um aumento de aproximadamente 20% ao ano.

Diante da crescente complexidade das relações de consumo, o comércio eletrônico e os marketplaces enfrentam o desafio de obter o máximo de informações possíveis sobre o comportamento do consumidor e aprimorar o relacionamento com eles.

Durante os dois dias de encontro, o evento proporcionou aos lojistas de e-commerce insights valiosos, que destacaram estratégias comprovadas para aumentar as vendas no comércio eletrônico. Com a presença de especialistas renomados do mercado digital, como a Magis5, uma plataforma especializada em integração de marketplaces e automação, os participantes tiveram acesso a conhecimentos práticos essenciais para alavancar seus negócios na internet.

Entre os assuntos que foram discutidos no Uni E-commerce Con foi o acesso às tecnologias para a integração de lojas a marketplaces como Amazon, Shopee e Mercado Livre, como forma de impulsionar as vendas. “Nossa plataforma permite automatizar processos, como expedição de pedidos e emissão de notas fiscais, deixando o empreendedor livre para pensar de forma estratégica em seu negócio”, ressalta Claudio Dias, CEO da Magis5.

Centrais sindicais se unem a confederações pelo fim da isenção do imposto de importação

A taxação dos produtos dessas plataformas internacionais foi incluída no projeto de lei que regulamenta o Mover.

As centrais sindicais se uniram às confederações empresariais contra a manutenção da isenção do imposto de importação para produtos até US$ 50 e enviaram uma nota conjunta à Câmara dos Deputados pedindo o fim do benefício.

A taxação dos produtos dessas plataformas internacionais foi incluída no projeto de lei que regulamenta o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), voltado para o setor automotivo, mas enfrenta resistência do PT e de parte do governo Lula, que vê a medida como impopular. A votação da proposta estava prevista para acontecer nesta quarta-feira, 22, mas não foi incluída na pauta.

A nota conjunta cita “a injustificável desigualdade na tributação entre a produção nacional e as importações de até 50 dólares, via plataformas de comércio eletrônico, destrói empregos no Brasil. É impossível que a indústria e o comércio nacionais paguem em média 45% de impostos sobre o consumo (IPI, PIS/Cofins, ICMS e ISS) embutidos nos seus preços e concorram com produtos importados que pagam apenas 17% de ICMS e nada em tributos federais dentro do Remessa Conforme”, diz.

O documento cita ainda estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI), da FSB Holding, que aponta que entre as pessoas com renda familiar de até um salário mínimo, apenas 15% fizeram compras internacionais em sites ou aplicativos. Esse percentual chega a apenas 21% entre as pessoas que recebem entre um e dois salários mínimos. Quando se observa que o percentual chega a 41% entre as pessoas com renda familiar superior a cinco salários mínimos, fica evidente que quem mais se beneficia da vantagem tributária concedida às importações de até US$ 50 são as pessoas mais ricas.

Por outro lado, dados da área técnica da CNI apontam que, ao perder vendas para essas importações menos tributadas, a indústria e o comércio nacionais deixam de empregar 226 mil pessoas. Caso o valor dessas importações aumente, com produtos ainda mais caros, a redução na geração de empregos na economia brasileira pode chegar a 777,1 mil postos de trabalho.

A nota é assinada pelas Confederações Nacionais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), da Indústria (CNI) e da Agricultura (CNA), bem como pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores, Central dos Sindicatos Brasileiros, IndustriALL Global Union, Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços e União Geral dos Trabalhadores.

Entendendo as estratégias de sucesso no Brasil de Mercado Livre, Amazon, Shopee e Magalu

Estratégias de sucesso dos maiores e-commerces do Brasil.

O mercado de e-commerce no Brasil tem se destacado pela inovação e crescimento acelerado, liderado por gigantes como Mercado Livre, Magazine Luiza, Shopee e Amazon, empresas que adotam estratégias avançadas para se manterem no topo e responder às demandas dos consumidores em um ambiente altamente competitivo. Segundo pesquisas, com mais de 30,4 bilhões de acessos nos últimos 12 meses apenas no Brasil, o e-commerce é um setor que só tende a crescer cada vez mais. Isso reforça a importância de aprender com essas gigantes e aplicar algumas de suas estratégias no seu próprio negócio.

Os principais modelos de e-commerce são:

B2C (Business-to-Consumer): Empresas vendem diretamente para consumidores finais. Ex: Amazon.

B2B (Business-to-Business): Transações entre empresas, como fabricantes vendendo para distribuidores.

C2C (Consumer-to-Consumer): Consumidores vendem para outros consumidores em plataformas como MercadoLivre.

Os maiores do Brasil
1. Mercado Livre

Líder no ranking com 29,4% do web traffic share, o Mercado Livre destaca-se pela diversidade de produtos e confiabilidade. Em 2022, a receita líquida global atingiu US$ 2,6 bilhões, com o Brasil representando 56% dessa receita. A empresa investe em inovações para adaptar-se às mudanças no comportamento do consumidor, oferecendo uma experiência de compra eficiente e transparente.

Principais estratégias:

Adaptação às mudanças no comportamento do consumidor: o Mercado Livre investe continuamente em inovações para replicar a experiência de compra física no ambiente digital, introduzindo funcionalidades que tornam sua plataforma única e atrativa​​
Variedade de produtos: oferece uma ampla gama de produtos, desde itens básicos até eletrônicos e produtos de luxo, atendendo a uma vasta gama de necessidades dos consumidores​​.
Experiência de compra transparente e eficiente: foca em proporcionar uma experiência de compra segura e eficiente, o que solidifica a confiança dos consumidores na plataforma​​.
Crescimento durante a Pandemia: aproveitou o aumento da demanda durante a pandemia, aumentando significativamente sua base de usuários e o volume de vendas​​.

2. Amazon Brasil

A Amazon trouxe sua forte marca global ao mercado brasileiro, capturando 22,3% do web traffic share. Sua estratégia inclui o uso de algoritmos para personalizar sugestões de produtos e criar uma experiência única para cada cliente. Com a expansão dos centros de distribuição no Brasil, a Amazon aprimora a logística e aumenta a oferta de produtos, reforçando sua posição no mercado.

Principais estratégias:

Personalização com algoritmos: utiliza algoritmos para rastrear o comportamento dos usuários e oferecer sugestões de produtos com base nas preferências individuais, criando uma experiência de compra personalizada​​.
Urgência e escassez: cria urgência nas compras através de cronômetros de contagem regressiva e indicações de estoque limitado, incentivando a compra imediata​.
Expansão da logística: aumentou o número de centros de distribuição no Brasil, melhorando a logística e a velocidade de entrega​.
Amazon Prime: oferece benefícios do Amazon Prime, como frete grátis e acesso a conteúdo exclusivo, aumentando a fidelidade dos clientes​.

3. Shopee

Conhecida por suas promoções agressivas e preços competitivos, a Shopee investe em marketing digital e logística para conquistar o público brasileiro. A empresa utiliza estratégias de engajamento, como colaborações com influenciadores e campanhas nas redes sociais, para criar uma comunidade em torno da marca. Em 2023, a Shopee registrou um crescimento de 400% nos pedidos no Brasil.

Principais estratégias:

Promoções e preços competitivos: destaca-se por suas promoções agressivas e preços competitivos, atraindo uma grande base de consumidores​.
Marketing digital e logística: investe pesado em marketing digital e logística para garantir uma experiência de compra satisfatória e rápida​​.
Engajamento com influenciadores: colabora com influenciadores para ampliar seu alcance e engajar o público, criando uma comunidade ativa em torno da marca​ (FashionUnited)​.
Live commerce: realiza transmissões ao vivo para promover produtos e interagir diretamente com os consumidores, aumentando as vendas e a visibilidade da marca​.

4. Magazine Luiza

A transformação digital é a principal estratégia do Magazine Luiza, que integra lojas físicas e online para oferecer uma experiência de compra omnichannel. A empresa investe em comunicação direta com os clientes através das redes sociais e utiliza a assistente virtual “Lu” para humanizar a marca. Em 2022, as vendas do e-commerce alcançaram R$ 43 bilhões, refletindo o sucesso dessa abordagem.

Principais estratégias:

Transformação digital: liderou a transformação digital no varejo brasileiro, integrando lojas físicas e online para oferecer uma experiência de compra omnichannel​.
Assistente virtual “Lu”: criou a assistente virtual “Lu”, que humaniza a marca e interage com os clientes nas redes sociais, proporcionando atendimento personalizado​​.
Engajamento nas redes sociais: utiliza redes sociais como Facebook, Instagram e YouTube para comunicar-se diretamente com os clientes, oferecendo análises de produtos e atualizações sobre promoções​.
Investimento em comunicação direta: foca em comunicação direta e personalizada com os clientes, aproveitando tendências de redes sociais para se destacar​.

Tendências e Inovações
Inteligência Artificial

A IA está transformando o e-commerce, permitindo personalização, automação e análise avançada de dados. Ferramentas como chatbots e assistentes virtuais oferecem atendimento eficiente e personalizado, enquanto a IA ajuda a prever a demanda por produtos e identificar padrões de consumo.

Sustentabilidade

Os consumidores estão cada vez mais exigentes quanto às práticas sustentáveis das empresas. Há uma demanda crescente por transparência nas informações sobre a sustentabilidade dos produtos, influenciando as estratégias de marketing e operações das empresas de e-commerce.

Omnicanalidade

Integrar diferentes canais de venda é essencial para oferecer uma experiência de compra fluida. A omnicanalidade permite que os consumidores comprem onde e como preferirem, seja online ou em lojas físicas, fortalecendo a lealdade à marca.

As estratégias adotadas pelos maiores e-commerces do Brasil demonstram a importância de inovação contínua, personalização da experiência do cliente e eficiência logística. Cada empresa, com suas abordagens únicas, conseguiu não apenas manter-se competitiva, mas também liderar o mercado em um ambiente dinâmico e exigente.

A integração de tecnologia, como inteligência artificial e automação, aliada a uma forte presença digital e engajamento com os consumidores, é fundamental para o sucesso no e-commerce. À medida que o setor continua a evoluir, essas empresas servirão como modelos de adaptação e crescimento, refletindo a capacidade de transformar desafios em oportunidades e de se antecipar às tendências do mercado.

O futuro do e-commerce no Brasil promete ser tão dinâmico quanto seu presente, impulsionado por essas estratégias inovadoras e focadas no cliente.

Temu, da China, já pode operar no Brasil pelo Remessa Conforme

Outros cinco negócios tem aval, um recorde; veja a lista; liberações acontecem após Receita ter flexibilizado regras aos grupos.

A chinesa Temu, do grupo Pinduoduo, terceira maior plataforma de serviços digitais da Ásia, já pode começar a vender produtos no Brasil. A autorização para o funcionamento dentro das regras do programa Remessa Conforme já foi dada, segundo consta em ato declaratório no Diário Oficial da União publicado na segunda-feira (20), e no site da Receita Federal.
Passada a certificação, é preciso ser capaz de fazer a nacionalização antecipada dos produtos comprados, e dessa forma, poder oferecer aos clientes a isenção do imposto de importação de 60%. Sem a entrada no Remessa Conforme, esse imposto teria que ser pago pelos consumidores no ato da compra.
Os sistemas estão em fase de implementação pela Temu, informa a página da Receita. A empresa, porém, terá que cobrar do consumidor o ICMS de 17%, segundo define o Remessa Conforme.
Apenas entre fim de abril e o dia de hoje, o número de certificações liberadas foi o mesmo de todo o ano passado, no intervalo de agosto a dezembro, e parte das certificações foi de empresas estrangeiras.
Nos últimos 30 dias corridos, foram seis liberações, incluindo uma segunda para a Shein – mesmo número do ano passado.
Foram beneficiadas com o sinal verde para operar por aqui a 3cliques, da importadora chinesa Shenzhen Yiminghui, a Tiendamia, da americana Xipron Inc, e no fim de abril, a Shein teve outra certificação liberada, por meio de outra empresa, a Mercury Shein.
Além delas, tiveram sinal verde a brasileira Cronosco, da Cronos Comércio e Importação, a brasileira Fornececlub, da A2 Negócios e a Life One, da Global Four Importação, também local.
Regras menos duras
A entrada de novos grupos no programa acontece ao mesmo tempo em que, discretamente, ocorreram mudanças em artigos de portaria que definem as regras para entrar no Remessa Conforme, definidos pela coordenadoria-geral de administração aduaneira.
Por exemplo, inicialmente, pela portaria de julho de 2023, era necessário que a empresa que buscasse o aval possuísse contrato firmado com os Correios ou empresa de courier. Neste ano, o artigo foi alterado, e com um contrato fechado direta ou indiretamente pelos Correios e pelos couriers, já é dada a liberação.
O Valor apurou que o receio, nesse caso, é que a plataforma estrangeira transfira a responsabilidade de eventuais problemas nas remessas a um terceiro, não ligado diretamente à empresa, segundo advogados que tiveram acesso às portarias. Com isso, reduz o risco de ela perde o sinal verde dado pelo Remessa Conforme.
Também foi autorizado neste ano repassar, indiretamente, os 17% de ICMS cobrados do consumidor, e anteriormente, o repasse era direto, sem risco de intermediários.
Além disso, foi flexibilizada a exigência de monitoramento de vendedores cadastrados nos sites das plataformas, um controle que colocava as plataformas no centro das cobranças de eventuais irregularidades em produtos importados. Pela portaria de julho, era obrigatório o fornecimento de um documento oficial com detalhes da política de admissão e de monitoramento de lojistas no app e site das companhias.
Mas, desde fevereiro, com a nova portaria, passou a ser necessário apenas uma declaração da própria empresa afirmando que possui programa de conformidade tributária e aduaneira, e que ela tem política de admissão de lojistas.
“Isso compromete a conformidade do Programa e prejudica a fiscalização e o controle”, diz o diretor de uma plataforma já autorizada pelo Fisco.
Procurada, a Receita ainda não se manifestou.
Esse movimento ocorre num período em que o Congresso discute a possibilidade de fim da isenção concedida pelo governo no ano passado. Projeto de lei em discussão acaba com o imposto zero, e se isso passar, uma nova alíquota pode ser definida. Mas o debate saiu da pauta da Câmara dos Deputados dias atrás.”

Shopee atualiza lista de produtos mais vendidos no marketplace de norte a sul do Brasil

Mais uma vez, a Shopee atualiza seu mapa com os itens e categorias que mais se destacaram nas vendas do norte ao sul do país. A comparação foi feita levando em conta os produtos que tiveram pedidos acima da média nacional entre outubro de 2023 e março de 2024.

No fim do ano passado, o marketplace também apresentou para o mercado online os produtos que tiveram vendas acima da média nacional entre abril e agosto. Na ocasição, o relógio digital ganhava destaque no Nordeste, principalmente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Tecnologia em destaque

Preferida pelos brasileiros, a categoria de tecnologia foi sinalizada como destaque em dez estados. Os itens tecnológicos dominaram quase toda a Região Norte: de smartphone, que liderou a preferência no Maranhão, até itens mais inusitados, como walkie-talkie, mais vendido no Amazonas — o aparelho, aliás, pode ser utilizado em regiões em que o sinal de celular é mais fraco.

Ao apontar a lente ao Amapá, o aparelho tecnológico que se destaca é o tablet — no Pará, porém, o equalizador de som é o queridinho dos consumidores. E as compras não param por aí: no Tocantins, a CPU gamer ganhou relevância, enquanto no Acre, o drone com câmera 4k foi o preferido.

Em outras regiões, a tecnologia também obteve forte presença, com os componentes para os gamers em destaque. São eles:

São Paulo – console de videogame;
Distrito Federal – monitor gamer;
Mato Grosso – PC gamer;
Piauí – SSD para Notebook;
Alagoas – lente para câmera.

Moda de norte a sul do Brasil

A moda continua a ocupar um lugar de destaque no cenário de consumo, sendo líder em diversos estados do Brasil. Na Região Sudeste, no Espírito Santo e em Minas Gerais, a pochete e o jeans feminino, respectivamente, foram os itens preferidos.

Na Região Nordeste, as laces (tipo de peruca) dominaram o estado da Bahia, item que tem sido tendência entre as mulheres que desejam mudar o visual do cabelo com mais facilidade. O Oxforfd masculino fez sucesso em Pernambuco e o sapatênis foi o primeiro na Paraíba, itens de moda clássicos e atemporais, além de poderem ser usados em diversos climas e localidades.

Já na Região Norte, em Rondônia e Roraima, a elegância é o que dá o tom, com terno slim e relógio masculino, respectivamente, configurando entre os itens preferidos nos dois estados. Na Região Centro-Oeste, a maleta masculina é líder no Mato Grosso do Sul.
Casa e Lazer, Bem-estar e Lifestyle

Itens de casa e lazer, estilo de vida e bem-estar figuram entre as categorias mais vendidas na Shopee e apareceram com destaque nesta edição do Mapa. Em Goiás, o carrinho de bebê foi o líder de vendas. Em Sergipe, a bicicleta é a preferida e pode ser uma ótima opção para deslocamento na cidade, principalmente em climas ensolarados e que propiciam atividades ao ar livre.

Por outro lado, o Ceará se destaca com a venda da raquete de tênis de praia, item essencial para a prática do esporte que está em alta no país. No Paraná, curiosamente os consumidores estão adquirindo tenda de praia para aproveitarem com mais conforto as opções naturais do estado.

Quando a Shopee aborda a região do Rio Grande do Norte, o item mais popular é a roda para motocicleta — no Rio Grande do Sul, porém, a fórmula infantil se destaca entre os consumidores. Santa Catarina se destaca com a venda de itens para casa, como o difusor de ambiente. Muito por conta da forte incidência do sol, o Rio de Janeiro ficou marcado pela alta demanda de cortina blackout.
Produtos de norte a sul do Brasil

A seguir, você acompanha a lista dos itens mais vendidos por região e estado:
Sul

Paraná – tenda de praia (Estilo de Vida)
Santa Catarina – difusor de ambiente (Casa e Lazer)
Rio Grande do Sul – fórmula infantil (Bem-estar)

Sudeste

São Paulo – console de videogame (Tecnologia)
Rio de Janeiro – cortina blackout (Casa e Lazer)
Espírito Santo – pochete (Moda)
Minas Gerais – jeans feminino (Moda)

Norte

Acre – drone com Câmera 4k (Tecnologia)
Amapá – tablet (Tecnologia)
Amazonas – walkie-talkie (Tecnologia)
Pará – equalizador de som (Tecnologia)
Rondônia – terno slim (Moda)
Roraima – relógio masculino (Moda)
Tocantins – CPU gamer (Tecnologia)

Nordeste

Alagoas – lente para câmera (Tecnologia)
Bahia – laces (Moda)
Ceará – raquete de tênis de praia (Estilo de Vida)
Maranhão – smartphone (Tecnologia)
Paraíba – sapatênis (Moda)
Pernambuco – oxforfd masculino (Moda)
Piauí – SSD para notebook (Tecnologia)
Rio Grande do Norte – roda para motocicleta (Estilo de Vida)
Sergipe – bicicleta (Estilo de Vida)

Centro-Oeste

Distrito Federal – monitor gamer (Tecnologia)
Goiás – carrinho de bebê (Bem-estar)
Mato Grosso – PC gamer (Tecnologia)
Mato Grosso do Sul – maleta executiva (Moda)

O serviço é a porta de entrada para um cliente satisfeito

Uma das melhores formas de atrair um consumidor é transformá-lo em cliente.

Não canso de repetir: o serviço é o segredo para um relacionamento de longo prazo com o consumidor, e uma das melhores formas de atraí-lo e transformá-lo em cliente.  A experiência, porém, tem de ser perfeita – desde o ambiente e atendimento à qualidade da entrega.

No final, garanto que vale a pena. Se tudo for bem feito, a confiança do cliente aumentará, e é quase certeza que ele voltará à sua loja para consumir mais serviços e comprar mais produtos.

Para completar, que tal aproveitar o momento em que o serviço é prestado para oferecer produtos relacionados à experiência? Bastam algumas promoções para que o cliente tenha a percepção de que, ao ir ao seu estabelecimento, ele sempre fará um bom negócio.

Lembre-se que quase 70% dos clientes se fidelizam por conta de um bom atendimento enquanto somente 12% mencionam exclusivamente o preço.

Pontos de atenção

Para que a estratégia funcione, há alguns aspectos importantes dos quais você não pode abrir mão. Do contrário, o serviço não será bem executado e, consequentemente, não irá gerar os resultados esperados.

  • Contratação correta de pessoas, treinamento de equipes e comissionamento justo dos colaboradores
  • Estrutura adequada de trabalho e compra inteligente de insumos
  • Uso de tecnologia de gestão
  • Adoção de modelo de venda recorrente
  • Reputação da marca

Na Petland, por exemplo, a porta de entrada do nosso cliente, a forma mais efetiva com a qual o atraímos e o fidelizamos, é o serviço de banho & tosa. Por termos uma boa margem, trabalhamos com promoções agressivas nas inaugurações das lojas e, assim, rapidamente conseguimos construir boa base de consumidores.

Claro, uma dica de ouro – e que sempre deu resultado conosco – é prestar um serviço personalizado. Nossos times fazem festa quando um pet chega e, sempre que o encaminhamos para o banho, o chamamos pelo nome.

Em resumo

1- É necessário treinar o seu time para desenvolver relações verdadeiras com seus clientes

2- A venda de produtos será muito mais fácil se seu serviço for forte

3- Se esforce para comunicar bem as promoções e explore a percepção de bom negócio

4- O serviço é um fim, mas também é um meio, ou seja, uma poderosa ferramenta de atração, retenção e fidelização de clientes

Por fim, trabalhe muito bem o cadastro de sua base de clientes. Sem isso, você vai “enxugar gelo”, pois não conhecerá os hábitos de consumo de quem frequenta sua loja. É sempre mais caro – e difícil – atrair novos consumidores do que manter os antigos.

Fonte: “https://exame.com/colunistas/bora-varejo/o-servico-e-a-porta-de-entrada-para-um-cliente-satisfeito/”

 

Intenção de consumo já é maior do que a de 2023, aponta CNC

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apresentou uma queda de 0,5% em janeiro, marcando o segundo resultado negativo consecutivo após ajustes sazonais. Ainda assim, o índice manteve-se acima dos 100 pontos — na comparação anual, houve um aumento significativo de 12,8%.

Para este ano, a A Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê expansão da economia brasileira em 1,7%. Ainda em 2024, a expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 3%, o mesmo percentual de 2022

Preocupações com emprego e endividamento afetam consumo atual

Apesar da melhoria na satisfação geral, a preocupação com emprego e endividamento continua impactando o consumo. De acordo com a CNC, o subindicador que avalia a satisfação com o emprego atual registrou uma redução de 0,3%, atingindo 127,7 pontos. A incerteza em relação à efetivação de empregos temporários de final de ano contribui para esse cenário.

Contudo, a satisfação com a perspectiva profissional, apesar de estar na zona positiva com 117,7 pontos, apresentou uma queda de 1% este mês, mantendo-se 7,4% acima do mesmo período do ano passado.

Presidente da CNC expressa otimismo, apesar dos desafios

José Roberto Tadros, presidente da CNC, destaca que o consumo das famílias está em recuperação, mas reconhece desafios a serem superados.

Ele expressa a expectativa de um cenário econômico em constante melhoria nos próximos meses, contribuindo para um crescimento mais robusto do consumo em 2024.

Desaceleração da inflação e queda da Selic = poder de compra

A desaceleração da inflação desde setembro e a redução da taxa básica de juros (Selic) — de 13,75% para 11,75% ao ano entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023 — melhoraram a percepção das famílias sobre a renda atual.

O indicador atingiu 124 pontos, o mais alto desde março de 2015. A impressão sobre o momento para comprar bens duráveis também melhorou, alcançando 74,3 pontos em janeiro.

Consumidor mostra controle no orçamento, mas mantém otimismo para o futuro

O subindicador que mede o nível de consumo atual ficou em 92,4 pontos em janeiro, indicando insatisfação, com uma queda mensal de 0,7%. No entanto, em comparação com janeiro do ano passado, houve um aumento significativo de 18,1%.

Apesar dos desafios iniciais do ano, a perspectiva de consumo futuro permanece positiva, com o indicador atingindo 109,8 pontos em janeiro, superando a neutralidade.

Famílias de menor renda demonstram cautela, enquanto as mais ricas mantêm satisfação

A queda na intenção de consumir em janeiro foi mais pronunciada entre as famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos, registrando uma redução de 0,8%. Em contraste, as famílias com renda mais alta apresentaram um aumento de 0,4%.

Vale destacar que subindicador que mede a perspectiva de consumo futuro reflete essa discrepância, com 107,5 pontos para famílias de menor renda e 121,8 pontos às mais ricas.

Apesar da queda recente, as famílias de menor renda mantêm-se satisfeitas com suas expectativas de consumo desde julho de 2023, enquanto as mais ricas expressam satisfação desde novembro de 2022.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/intencao-de-consumo-ja-e-maior-do-que-a-de-2023-aponta-cnc”