ICVA: vendas no Varejo caem 1,6% em setembro, terceiro mês seguido de queda segundo Cielo

Descontada a inflação, as vendas no Varejo em setembro de 2023 caíram 1,6% quando comparadas ao mesmo mês de 2022. É o que mostra o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), relatando se tratar do terceiro mês seguido de queda. Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, o crescimento em setembro foi de 2,5%.

Em agosto, no entanto, o mesmo índice mostrou que as vendas no e-commerce no Dia dos Pais aumentaram 6,3% em comparação a 2022 — na ocasião, as vendas presenciais cresceram 2,0%, com um aumento de 2,3% no Varejo em geral.

Setores em queda

Os três macrossetores (Bens Duráveis, Bens Não Duráveis e Serviços) registraram baixa ao mesmo tempo. Bens Duráveis e Semiduráveis caiu 1,7%, afetado principalmente pelo resultado de Materiais para Construção.

A retração do faturamento de Bens Não Duráveis foi de 1,1%, influenciado pelo setor de Livrarias, Papelarias e afins. Já em Serviços, cujas vendas caíram 2,9%, o principal responsável foi o segmento de Bares e Restaurantes.

Em junho, por exemplo, os macrossetores de Serviços, Turismo e Transporte e Recreação e Lazer foram responsáveis por impulsionar em 4,9% os resultados do Varejo. No mesmo mês, Bens Não Duráveis teve alta de 1,5%, com destaque para o segmento de Supermercados e Hipermercados

Efeitos de calendário também contribuíram para que a retração do Varejo em setembro não fosse mais acentuada; mês de setembro contou com um sábado a mais, dia de forte movimento no comércio, e uma quinta-feira a menos

Inflação

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia do IPCA divulgada pelo IBGE, registrou alta de 0,35% para o mês de setembro. Segundo o instituto, o principal impacto de alta vem do aumento do preço da gasolina e de outros combustíveis.

Ao ponderar o IPCA e o IPCA-15 pelos setores e pesos do ICVA, a inflação do varejo ampliado acumulada em 12 meses em setembro foi de 4,2%.

Queda de vendas do Varejo por Regiões

De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, os resultados de cada região em relação a setembro de 2022 foram:

Sudeste (-1,7%);

Sul (-3,4%);

Centro-Oeste (-3,7%);

Norte (-4,1%);

e Nordeste (-5,2%).

Pelo ICVA nominal, que não considera o desconto da inflação, e com ajuste de calendário, os resultados de cada região foram:

Sudeste (+2,1%);

Sul (+1,4%);

Centro Oeste (+0,4%);

Norte (+0,3%);

e Nordeste (-1,2%).

Vendas no terceiro trimestre de 2023

Para o Índice Cielo, as vendas no 3º trimestre de 2023 caíram 1,5%, já descontada a inflação, em relação ao mesmo trimestre de 2022. Em termos nominais, porém, o faturamento cresceu 1,6%.

Conheça a próxima geração: Beta

Indivíduos nascidos entre 2020 e 2040 terão suas vidas moldadas pela Inteligência Artificial, responsável por gerar 90% do conteúdo online até 2026.

Nem todas as pessoas da próxima geração nasceram, e por mais que boa parte ainda não tem CPF, já têm nome: Beta. Nascidos a partir de meados de 2020 e 2040, e ainda em desenvolvimento, esses indivíduos são filhos dos Zennials e da Geração Z. Têm o potencial de ocuparem a posição de menor grupo populacional. A Geração Beta é a primeira nascida em um mundo onde a Inteligência Artificial (IA) estará totalmente consolidada.

Segundo a consultoria global WGSN, tradicionalmente o conceito de grupo demográfico compreende pessoas que nasceram em um período de 15 anos, com hábitos e comportamentos semelhantes. No entanto, com uma aceleração tecnológica nunca antes vista, esse período pode ser excessivamente longo para identificar as próximas gerações.

Durante o período de desenvolvimento da Geração Beta, o uso de IA será cada vez mais ampliado e disseminado mundialmente. Segundo o relatório “Facing reality? Law enforcement and the challenge of deepfakes”, do grupo europeu Europol, 90% do conteúdo disponível online poderá ser gerado sinteticamente – ou seja, por meio de Inteligência Artificial – até 2026. Não coincidentemente, essa tecnologia será responsável por moldar conceitos de verdade e realidade.

As gerações e suas relações com a tecnologia

A Geração Beta carrega algumas diferenças de suas antecessoras. Os Xennials, geração entre a X e os Millenials (entre 1972 e 1983, segundo a WGSN), nasceram em um mundo analógico. A vida online e com ferramentas digitais só surgem a partir da infância e da adolescência. São as gerações que tem lembranças de como era a vida antes da internet, mas são fluentes na comunicação pré e pós-digital. Os Millenials (nascidos entre 1981 e 1995) também cresceram em um mundo analógico e sabem fazer essa tradução para o mundo digital. Além disso, foram a primeira geração a crescer com as redes sociais.

Os Zennials (nascidos na transição de gerações, entre 1992 e 1998) e a Geração Z (1996 e 2010), por exemplo, são os primeiros nativos digitais e muitos acessaram os canais online antes mesmo de seus antecessores, os Millenials. Segundo a WGSN, são também as gerações movidas por valores, que se expressam por meio do ativismo e do autoaprendizado, tornando-os mais empreendedores do que seus anteriores.

Já os Zalfas (nascidos entre 2008 e 2014) e os Alfas (entre 2011 e 2020) foram as primeiras gerações phygital, que transitam entre o mundo físico e digital. Foram os primeiros indivíduos a terem suas vidas documentadas desde o nascimento por meio de ferramentas digitais. Enquanto os Millenials cresceram com a internet, a expectativa é que os Zalfas e Alfas cresçam com o metaverso.

A geração da IA

Se o surgimento da internet e do smartphone impactaram as gerações anteriores, na vez dos Betas a influência será da Inteligência Artificial. A tecnologia será responsável por mudar e moldar suas vidas pessoais e profissionais nas décadas seguintes. Por isso e pela aceleração tecnológica, terão profissões que ainda nem sequer existem. Também terão estilos de vida tecnológicos fluidos.

Os primeiros indivíduos da Geração Beta ainda estão completando engatinhando. Mas já é possível analisar as condições nas quais essas pessoas irão crescer e prosperar. Estar atento às possíveis expectativas e demandas desses consumidores do futuro pode ser também uma forma de aprender a navegar em um mundo extremamente tecnológico e dominado pela Inteligência Artificial.

‘https://www.consumidormoderno.com.br/2023/09/21/conheca-a-proxima-geracao-beta/


Confiança do consumidor no Brasil avança e mantém nível semelhante ao de antes da recessão de 2014

Aumento do otimismo é guiado pela chegada da percepção econômica atual ao maior nível desde dezembro de 2014, diz FGV.

Confiança do consumidor brasileiro figura aos 97 pontos

O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) manteve a recente trajetória positiva e subiu 0,2 ponto em setembro, para 97 pontos, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (25) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Com a alta em ritmo mais fraco em relação aos meses anteriores, o otimismo se mantém em nível semelhante ao registrado no começo de 2014, antes do início da recessão econômica daquele ano.

“Esse quadro é heterogêneo nas faixas de renda, com melhora dos indicadores nos dois horizontes de tempo nas faixas de renda mais baixa e piora das expectativas futuras das famílias com renda mais alta”, analisa ela.

“No mês, o movimento é reflexo da continuidade de fatores positivos na economia, concomitante a um cenário desafiador ao consumidor com juros, nível de endividamento e inadimplência elevados. Para os próximos meses, a confiança do consumidor pode voltar a neutralidade dos 100 pontos, caso a tendência atual continue”, prevê Anna.

Em setembro, a acomodação da confiança foi influenciada pela combinação entre melhora da percepção em relação à situação atual e calibragem na tendência de alta das expectativas para o futuro.

Enquanto o ISA (Índice de Situação Atual) subiu 1,8 ponto, para 83,2 pontos, alcançando o maior nível desde dezembro de 2014 (86,7 pontos) após a oitava alta mensal consecutiva, o IE (Índice de Expectativas) recuou 0,9 ponto, para 106,7 pontos, após crescer 10 pontos de maio a agosto.

Faixas de renda

A análise por faixas de renda mostra resultados heterogêneos, com aumento da confiança dos consumidores das faixas mais baixas (com renda até R$ 2.100 e entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800), influenciados principalmente pela melhora na percepção sobre a situação atual.

Por outro lado, há uma percepção de queda da confiança entre as famílias que recebem salários mais elevados (entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00 e acima de R$ 9.600,01), que por sua vez são influenciados pela piora das expectativas para os próximos meses.

‘https://noticias.r7.com/economia/confianca-consumidor-fgv-setembro-2023-25092023

Varejo traça novas estratégias para atrair o “smart consumer”

Mondelez, Hortifruti Natural da Terra e Outback apresentam modelos de negócio para o novo perfil do consumidor brasileiro.

O painel “Modelo de Negócios e Estratégias de Crescimento para Atender o Novo Consumidor” trouxe para o debate esse novo perfil no segundo dia do Latam Retail Show, maior evento B2B de varejo e consumo da América Latina, que vai até esta quinta-feira, 21, em São Paulo.

A Mercado&Consumo é media partner e faz uma cobertura especial do evento, com atualizações em tempo real no portal e nas redes sociais, além de entrevistas no YouTube.

Porta-vozes da Mondelez Brasil, Hortifruti Natural da Terra e e Bloomin’ Brands apresentaram as iniciativas que levaram ao crescimento, fidelização e, sobretudo, conexão com os seus clientes em um mercado cada vez mais concorrido e de rápidas transformações. O painel foi mediado por Eduardo Yamashita, COO da Gouvêa Ecosystem.

Snack para todas as horas

Nos últimos quatro anos, a Mondelez Brasil reestruturou sua marca com o objetivo de chegar a 2030 como líder global na venda de snacks, como chocolates, biscoitos e assados.

A principal percepção para a redefinição de sua estratégia foi a de que o brasileiro consome snack no café da manhã e faz pausa para o lanche entre o almoço e o jantar. Também recorre ao produto como forma de recompensa.

Para atender a essa demanda e se destacar no mercado, a Mondelez fez três grandes apostas: investiu no digital para crescer, ampliou o portifólio de marcas para atender às mais diversas necessidades e alavancou o nível de atendimento ao cliente.

Para Juliana Bonamin, vice-presidente de Vendas da Mondelez Brasil, é essencial oferecer uma boa experiência para o varejo, porque é dessa forma que o consumidor fideliza. Para isso, a compra e a reposição de produtos foram simplificadas e podem ser realizadas a qualquer momento e de qualquer lugar pelo varejista. A empresa também aposta em parcerias com aplicativos de consumo.

O chocolate “Bis”, carro-chefe da empresa, é oferecido em novos formatos para atender a necessidades diversas, como consumo individual, refeição rápida para “matar a fome” e grandes encontros.

Ao colocar o varejista no centro de suas decisões, melhorando a experiência de compra, resgate de benefícios e entrega, a Mondelez amplia a sua relevância e reduz o índice de rupturas. Segundo Juliana, 12% dos snacks vendidos por parceiros são da empresa.

Dados para definir estratégias

A Hortifruti começou como empresa familiar, no Espírito Santo, em 1989. Expandiu e passou por incorporações até alcançar a configuração atual. A virada de chave da empresa aconteceu em 2018, quando o grupo passou a trabalhar em novos modelos e formatos de lojas. “São 76 lojas com modelos diferentes”, afirma Carlos Augusto Leite, chief digital officer (CDO) do Hortifruti Natural da Terra.

São mais de 2 milhões de clientes inseridos na base de dados, dos quais 84% estão identificados nas vendas, o que permite à empresa saber quem compra o que e onde. “Entregamos o produto certo, na hora certa e contamos com uma equipe para manter a proximidade com o cliente final”, afirma Leite.

É com base nessas informações que a rede se estruturou em uma jornada de três etapas visando ao atendimento de necessidades diversas de perfis variados de clientes. O primeiro passo é atrair o consumidor para o programa de fidelidade por meio do qual os dados são coletados e as estratégias de venda são traçadas.

O segundo é estar presente em todo e qualquer canal disponível para o consumo. E o terceiro passo é trabalhar com uma cadeia de fornecedores orgânicos e naturais. De acordo com Leite, grande parte das frutas, legumes e verduras frescos, distribuídos até duas vezes ao dia a lojistas parceiros, é proveniente de pequenos produtores rurais e orgânicos da bacia do Espírito Santo.

Como forma de se posicionar em outras frentes de consumo, desenvolveu uma marca própria de processados, otimizou a frota com parcerias para escalar e tornar-se cada vez mais sustentável e criou uma plataforma digital para os negócios.

“O varejo de compra e venda de bens de consumo morreu. Ou se recria ou morre”, defende o painelista.

Conexão humana

Pierre Berenstein, CEO da Bloomin’ Brands, apresentou o case Outback Brasil, um modelo reverenciado, inclusive, no exterior. O segredo? A capacidade de a organização oferecer experiências marcantes aos seus consumidores. “O nosso negócio é muito simples”, pontua Berenstein. “É criar uma experiência fantástica da qual a pessoa vai se lembrar para sempre e entregar comida quente, da forma correta.”

Para isso, a prioridade máxima é a qualidade – “o resto não interessa” -, por isso, oferece treinamento exaustivo às suas equipes e promove uma cultura interna de conexão com os colaboradores, chamados de “outbackers”.
Esse princípio é tão importante dentro do negócio que a estratégia traçada na relação com o consumidor é feita pelo personagem Alex Soares, de 29 anos, morador do bairro de Pinheiros, em São Paulo. Como o Alex consumia em 2017 e como consome hoje? Tudo o que envolve a cadeia de consumo da persona é levado em consideração.

As mudanças no cenário do mercado de trabalho – do presencial ao híbrido -, na forma de pagamento – do dinheiro ao Pix – até o acesso às diferentes opções de consumo por aplicativos são incluídas na compreensão do público-alvo que o Outback atende. “São pontos-chave para formular o nosso posicionamento”, diz o CEO.

A Bloomin’ Brands percebeu que o cliente quer tratamento humanizado. Portanto, a empresa não apenas resolve problemas na jornada de consumo, como encontra janelas abertas para a criação de pontos de encantamento na experiência com o consumidor.

O Outback utiliza influenciadores digitais para estar sempre mais próximo de seus consumidores e possui uma comunidade com 1.800 pessoas que criam conexões e testam conceitos. “Temos retorno numa velocidade absurda que uma pesquisa de campo levaria meses para ser concluída”, destaca Berenstein.

Outro critério importante que o painelista destacou é o de perceber que os ciclos de mudança são cada vez menores e, na atualidade, duram cerca de 6 meses. Para ele, o bom varejista sabe dançar com o consumidor. Hoje, o foco é menos disruptivo e mais evolutivo para que o negócio se desenvolva e cresça na própria experiência com e do consumidor.

Com informações de Mercado&Consumo Media Labs (Isis Brum).

‘https://mercadoeconsumo.com.br/21/09/2023/noticias-varejo/varejo-traca-novas-estrategias-para-atrair-o-smart-consumer/

Índice de confiança do consumidor tem maior nível desde 2014

Utilizado para medir a confiança do consumidor e sua capacidade de compra, o ICC analisa perspectivas em relação a empregos e a inflação.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apresentou alta pelo quarto mês seguido, de acordo com a sondagem do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). O estudo realizado com dados do mês de agosto mostra um aumento de 2,0 pontos, que leva o ICC de 94,8, em julho, para 96,8, em agosto. A evolução chegou ao maior pico desde 2014 e mostra a disposição das pessoas para o consumo.

Utilizado por países desenvolvidos para medir a confiança do consumidor e sua capacidade de compra no atual cenário, o ICC aborda também as perspectivas com relação aos empregos ou desempregos, inflação e expectativa quanto ao futuro econômico. Além disso, mostra como está a expectativa para consumo nos próximos meses. Ou seja, o sentimento dos consumidores quanto ao cenário financeiro é um termômetro econômico.

“Após acumular quatro meses de resultados positivos, a confiança do consumidor atinge o maior nível desde 2014, período imediatamente anterior ao início da recessão econômica daquele ano. O resultado de agosto foi influenciado principalmente pela melhora da percepção dos consumidores sobre a situação atual e de expectativas ligeiramente mais otimistas em relação aos próximos meses”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista da FGV IBRE.

“Os resultados favoráveis refletem a continuidade de recuperação do quadro macroeconômico, a resiliência do mercado de trabalho e o início de programas voltados para a quitação de dívidas. A continuidade desse cenário pode levar a confiança do consumidor de volta à neutralidade dos 100 pontos nos próximos meses, algo que não ocorre desde o fim de 2013”, acrescenta.

Porém, se por um lado temos alta, por outro os números apresentados ainda são baixos. A interpretação acontece da seguinte forma: quando os números mostram menos de 100 pontos, o índice é considerado baixo; de 100 a menos de 150 pontos, moderado; o índice só é considerado alto quando há 150 pontos ou mais.

O que influenciou a alta?
O número do ICC melhora de acordo com a percepção do consumidor quanto ao cenário atual. Mas, ele ainda está aliado a outros avaliadores, como o Índice de Situação Atual (ISA) e o Índice de Expectativas (IE). Em agosto, o ISA subiu 4,6 pontos, e chegou a 81,4. Esse é seu melhor cenário desde janeiro de 2015. Já o IE variou 0,2 pontos, para 107,6. Ele passava por três altas seguidas.

Confiança do consumidor definida pela renda
A renda do brasileiro foi determinante na medição do ICC. Em agosto, todos os públicos de rendimentos analisados passaram de 90 pontos, porém, as famílias que ganham até R$ 2.100 mostraram redução na confiança de consumo. Já aqueles que recebem entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800 saltaram de 89,7 pontos em julho, para 93,0 em agosto. O aumento ocorreu também entre pessoas de renda entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00, com salto de 96,8 para 99,0. Por último, aqueles que têm renda superior a R$ 9.600,01 apresentaram alta de 99,0 para 99,7.

‘https://www.consumidormoderno.com.br/2023/08/29/indice-de-confianca-do-consumidor-recorde/

O poder dos dados na personalização e experiência do cliente

A novidade da vez é a integração de dados de diferentes canais de comunicação, como site, redes sociais, e-mails e atendimento ao cliente, para oferecer uma experiência omnichannel.

Existe um grande poder quando falamos na personalização de dados e experiência do cliente. Isso porque o uso e análise de dados sempre foi muito relevante, mas nos últimos anos ganhou papel estratégico nos mais diversos negócios. Coletar, analisar e aplicar as estratégias de dados permite às empresas oferecer experiências mais relevantes e personalizadas para seus clientes, resultando no aumento da satisfação e fidelização do consumidor.

Os dados podem ser coletados por meio de diversas fontes, como interações com site, comportamento nas redes sociais, histórico de compras e entre outras, fazendo com que a empresa tenha uma visão abrangente de seus clientes e suas preferências. Assim, você começa a etapa de analisar as informações e passa a identificar padrões, tendências e segmentos, compreendendo melhor as necessidades e comportamentos de cada consumidor.

Depois da coleta e análise dos dados primários, as empresas começam a personalizar seus produtos e serviços, de forma a atender as preferências individuais de cada pessoa, incluindo recomendações personalizadas, ofertas especiais, sugestões de produtos e a comunicação direcionada por meio de campanhas de marketing.

A novidade da vez é a integração de dados de diferentes canais de comunicação, como site, redes sociais, e-mails e atendimento ao cliente, dando uma experiência omnichannel aos seus consumidores, de forma a fornecer uma comunicação consistente e contínua em todos os pontos de contato. Com base nos históricos de interações, é possível acompanhar também o comportamento do cliente, assim sua empresa pode antecipar suas necessidades e oferecer soluções proativas antes que ele as solicite.

Os mesmos dados coletados também dão suporte ao atendimento ao cliente, visando melhorar a eficiência e qualidade na comunicação, possibilitando acesso rápido ao histórico de interações e informações sobre o cliente, permitindo uma abordagem mais personalizada e eficaz na resolução de problemas e solicitações.

Dessa forma, cria-se um ecossistema que se retroalimenta de forma positiva por meio de dados. Quando os clientes percebem que suas necessidades foram compreendidas e atendidas de forma personalizada, tendem a se tornarem fiéis e defensores de sua marca. Por isso, digo que é necessário o uso estratégico dessas ferramentas poderosas, lembrando que a tecnologia está em constante evolução e o cliente também, portanto, não fique parado no tempo e se atente às principais tendências.

*Gabriela Pavan, é sócia-diretora de Arquitetura e Retail Design da Enredo.

‘https://www.consumidormoderno.com.br/2023/08/15/poder-dos-dados-personalizacao-e-experiencia-do-cliente/?utm_campaign=cm_news_180823&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Interesse de brasileiro por e-commerce cai no primeiro semestre de 2023

Acessos a sites e-commerce diminuíram em 2023, mas as perspectivas para os próximos meses são positivas devido à Black Friday e compras de Natal.

A Conversion defende que o número é até positivo, de certa forma, considerando que o segundo semestre guarda datas esperadas pelo varejo, como a Black Friday, em novembro, e o Natal, em dezembro. 

A empresa lembra que, no ano passado, o melhor desempenho do e-commerce foi em novembro (2,69 bilhões de visitas), marcadamente porque muita gente espera o ano inteiro para comprar na Black Friday. Já na primeira metade do ano, a principal data é o Dia das Mães, em maio. 

Em junho, contrariando as expectativas, o tráfego do e-commerce retraiu timidamente em 2% na comparação a maio, quando registrou alta de 6%. Em números absolutos, foram 2,31 bilhões de acessos únicos – quarto melhor desempenho do ano. A expectativa era que as visitas se mantivessem em crescimento depois do Dia das Mães, já que junho é o mês dos Namorados. 

O que mais foi consumido 

Durante o primeiro semestre, os setores que aumentaram de interesse foram o de Calçados (6,4% a mais de cliques), Itens automotivos (3,9%) e Pet (3,6%) As maiores retrações, no entanto, tem muito a ver com as datas comemoradas nos seis primeiros meses do ano, como Joias e Relógios (-9%) e Cosméticos (-5,7%). 

Mesmo os marketplaces, principal setor do comércio eletrônico brasileiro, desidrataram 3,5% em junho, contribuindo para influenciar o índice geral. Vale lembrar que ele é, sozinho, responsável por cerca de 40% do resultado total.  

Para a Conversion, se mantendo a tendência do ano passado, é esperada uma nova alta em julho puxada pelo turismo. No mesmo mês de 2022, o número de visitantes em plataformas do setor de viagens cresceu 14% e pavimentou a alta de 5% do e-commerce como um todo à época. 

As pesquisas de mercado indicam que muita gente quer aproveitar as férias para viajar, reflexo de uma demanda reprimida, já que alguns não puderam viajar nos anos anteriores por causa da pandemia. A busca por passagens aéreas já foi maior em junho no Google, por exemplo. 

Queda de marcas 

A plataforma mais visitada do país, o Mercado Livre, perdeu 2% do seu tráfego em junho, ainda assim mantendo-se na ponta da lista, com pouco mais de 322 milhões de acessos. A Amazon Brasil, segunda colocada, caiu 5%, ficando na casa dos 178 milhões. Shopee, Magalu e Shein, por sua vez, permaneceram com os mesmos patamares do mês passado – e, assim, deixaram o ranking das marcas mais visitadas intactas. 

Da mesma forma, a Amazon Brasil se manteve à frente na métrica do Share of Search, que analisa o volume de buscas por marcas específicas nos buscadores. A plataforma de produtos diversos reúne 49% das pesquisas dentro do setor de marketplaces. Stanley (42%), Petz (39%) e Loja do Mecânico (35%) completam o quadro. 

Dia dos Pais 

A primeira data que pode alavancar as vendas do e-commerce no segundo semestre é o Dia dos Pais, que acontece já neste domingo. Para as lojas online venderem mais, é aconselhado que: 

Cupom de desconto: De acordo com um levantamento da Opinion Box, 61% dos consumidores brasileiros têm comprado mais em lojas online do que em lojas físicas. Desses, 55% afirmam que os cupons de desconto oferecidos pelo comércio eletrônico influenciam a decisão de compra. 

Marketing: Datas como o Dia dos Pais são uma oportunidade para que marcas possam se conectar com o seu público-alvo através de campanhas de marketing específicas e aumentar o engajamento. 

Pagamento seguro: No momento da compra, o consumidor compartilha seus dados pessoais, por isso, tem que sentir confiança no varejista. A empresa que faz a venda precisa ter um sistema robusto, capaz de atender essa necessidade sem falhas.

 

Dia dos Pais: quatro a cada dez consumidores vão fazer compras em lojas físicas

Elas são destino não apenas para a compra dos presentes, mas também para busca por informações, como ideias, preços, descrições e avaliações.

Ainda de acordo com a pesquisa do Google, as lojas físicas são destino não apenas para a compra dos presentes, mas também para o processo de busca por informações, como ideias, preços, descrições e avaliações para 29% dos entrevistados. Mas as plataformas digitais são as mais relevantes nesse sentido: na busca do presente ideal, a pesquisa indicou que 30% dos compradores procurará no Google, 23% em sites ou aplicativos de lojas, 18% em redes sociais e 13% por vídeos no YouTube.

Além das lojas físicas, a pesquisa sobre o Dia dos Pais mostra que se destacam, como locais de venda, os sites (22%) e aplicativos (21%) das lojas, seguidos por redes sociais (13%), apps de entrega ou delivery (12%) e apps de mensagens ou telefone (11%).

De acordo com o Google, a hora de escolher a loja para comprar o presente, os critérios mais importantes, segundo a pesquisa, serão: preços, descontos, cupons e promoções (34%); bom atendimento (30%); custo da entrega e frete grátis (22%); variedade e qualidade dos produtos (19%); tempo de entrega e entrega rápida (19%); e condições de troca, adiamento e cancelamento (13%).

Presentes preferidos

A pesquisa do Google também aponta para uma diferença entre as expectativas dos pais e as pretensões de compras de filhos e companheiros para o Dia dos Pais. Enquanto a maioria dos pais (52%) gostaria de ganhar produtos eletrônicos (celulares, TV, notebooks e caixas de som), apenas 22% devem receber.

Além dos eletrônicos, a lista de desejos é completada por itens de moda (22%), eletrodomésticos ou eletroportáteis (17%), bebidas, cestas ou experiências (14%), itens para casa (14%) e produtos de beleza e perfumaria (13%).

Segundo a pesquisa, os compradores se manterão na compra de categorias tradicionais, como moda (43%) e beleza e perfumaria (27%), seguidos por eletrônicos (22%), bebidas, cestas ou experiências (15%), eletrodomésticos ou eletroportáteis (10%) e itens para casa (7%).

Esse contraste pode ser explicado por outro dado presente na pesquisa, que demonstra as dificuldades que os compradores têm na hora de escolher presentes para o Dia dos Pais. Para 26%, a maior dificuldade é saber o que a pessoa gostaria de ganhar; para 21%, é encontrar algo no valor que estou disposto a gastar; 19% consideram que a maior dificuldade é inovar e escolher presentes diferentes a cada ano; pensar em presentes criativos é difícil para 17%; para 12%, é difícil mesmo saber como escolher os detalhes.

“A partir desta nova pesquisa, é possível perceber que conectar os desejos dos pais com os compradores pode ser uma oportunidade para ampliar e inovar nas categorias compradas na data e ainda diminuir a dificuldade na escolha do presente. É uma relação vantajosa para todos os envolvidos e que pode, inclusive, facilitar as escolhas dos presentes nas próximas datas”, analisa Antonella Weyler, especialista de insights para o segmento de Varejo do Google Brasil.

O levantamento foi baseado em entrevista com 1.000 brasileiros com acesso à internet e que pretendem comprar ou já compraram presentes de Dia do Pais neste ano. As sondagens foram feitas de 26 a 28 de junho.

‘ https://mercadoeconsumo.com.br/07/08/2023/noticias-varejo/dia-dos-pais-quatro-a-cada-dez-consumidores-vao-fazer-compras-em-lojas-fisicas/

Marketplaces e varejo regional são estratégias para crescimento de vendas em 2023

Dados da GfK mostram que as vendas dos markeplaces crescem ano a ano, sendo 2021 o grande expoente, quando houve um acréscimo de +211,9%. No ano seguinte subiu mais +10,5% e até fevereiro de 2023 já apresentava um aumento de +1,4%.

Faturamento de varejo regional no online é 8x menor que de varejo nacional, e o aumento da participação destes comércios em marketplaces aparece como oportunidade, afirma GfK

Apesar disso, os altos juros jogaram para baixo os resultados do setor nos três primeiros meses do ano, com uma retração de -2,6% em faturamento e -1,9% em unidades vendidas. Por conta disso, o primeiro semestre do ano se mostrou desafiador para o varejo, em especial na categoria de eletroeletrônicos. Ainda assim, Fernando Baialuna, diretor de gfkconsult e varejo da GfK para América Latina, acredita que haja uma recuperação a partir do segundo semestre de 2023.

Ao analisar o cenário atual do varejo de eletroeletrônicos, Baialuna diz que o setor tem as condições macroeconômicas estabelecidas para um movimento de recuperação gradativa do fôlego a partir do segundo semestre. “Não temos como escrever na pedra que tudo voltará ao normal, mas o cenário econômico aponta para um movimento eminente de recuperação”.

Marketplaces como oportunidades para o varejo regional

Em meio aos desafios do setor, algumas oportunidades de novos hubs de negócio se apresentam para os próximos anos. Os marketplaces e os investimentos das marcas em ações direcionadas no online são algumas delas — é preciso, contudo, saber o que levar em consideração para escolher o marketplace ao negócio.

Isso porque eles geram novos canais de comunicação direta, com customização em escala e, consequentemente, maiores oportunidades de conversão de vendas. Além disso, promovem a regionalização, movimento que é fortemente ancorado nas lojas físicas.

“O faturamento de varejo regional no online é 8x menor que de varejo nacional e o aumento da participação destes comércios em marketplaces aparece como oportunidade”, complementa Baialuna.

Compreensão do consumidor

Para o executivo, o futuro do varejo está no entendimento que indústria e comércio têm do consumidor. No curto prazo, por exemplo, o consumidor não está seguro e tem seu poder de compra diminuído. Ainda assim, alguns indicadores podem mudar essa realidade, como:

– aumento de ocupações com renda;

– taxa de câmbio real sendo a menor em 20 anos;

– valor de frete em queda;

– e a estabilização do preço das comodities de eletrônicos.

Com isso em pauta, segundo Baialuna abre-se a partir do segundo semestre deste ano uma janela de oportunidade para a retomada gradativa do consumo de bens duráveis.

Características do varejo regional

O varejo regional é fortemente ancorado no canal físico, e Baialuna explica que abrir oportunidades de compras em cidades e polos menores tem se tornado uma opção de otimização necessária para os varejos.

“Fizemos alguns estudos de Inteligência de Geolocalização Espacial, especificamente para eletroeletrônicos. Entendemos que estar presente nessas áreas menores é uma necessidade para atender a novas jornadas do cliente, que busca melhor experiência figital ao comprar online e retirar na loja”.

Clique & Retire: uma boa opção para o setor de eletrônicos

Com dinâmica híbrida de canais, a modalidade de compras “Clique & Retire” representou 7% do total em 2022. Na ocasião, a categoria de notebooks foi a que mais se destacou no segmento, com 11% dos consumidores comprando pela internet e retirando na loja física mais próxima de sua localização.

Para executivo da GfK, otimizar rede de lojas físicas, complementando a integração dos ambientes on e off na experiência de compras, será decisivo para uma maior taxa de conversão das vendas

De acordo com a análise, o consumidor passa pelo canal online em 76% das jornadas de compras de eletrônicos. Este, inclusive, está entre os segmentos da indústria como um dos maiores polos de vendas no canal online.

“Otimizar rede de lojas físicas, complementando a integração dos ambientes on e off na experiência de compras, será decisivo para uma maior taxa de conversão das vendas”, conclui o executivo.

A resposta das gigantes brasileiras às novas regras para Shein, Shopee e Aliexpress

Os representantes do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) pedem que seja revertida a regra que isenta o imposto de importação de compras no valor de até US$ 50 feitas em sites estrangeiros por pessoas físicas.

O pedido da associação que reúne mais de 60 empresas, como Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3), foi feito em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, neste sábado (1).

O IDV prevê que as novas regras do governo levarão ao fechamento de lojas e desemprego, por isso, a associação pede isonomia entre as varejistas.

“Não queremos aumento de impostos, mas isonomia. Que o varejo e indústria que atua aqui, com toda a folha de pagamento, tributos estaduais, federais e financeiros deve estar contemplados nessa alíquota”, disse o presidente da associação, Jorge Gonçalves Filho.

O IDV pede que o governo tenha uma alíquota que traga isonomia para a competição no setor varejista até o dia 1 de agosto. Segundo Gonçalves Filho, o ministro Haddad se comprometeu a corrigir a questão.

Isenção para Shein, Shopee e Aliexpress

O ministro da Fazenda assinou na sexta-feira (30) um conjunto de mudanças nas compras no comércio eletrônico internacional em sites como Shein, Shopee e Aliexpress.

Agora, as compras de até US$ 50 (cerca de R$ 240) terão a alíquota de impostos de importação zerada. No entanto, a medida será válida para empresas que ingressarem no plano de conformidade do governo, estando em dia com suas demais obrigações tributárias.

As gigantes internacionais Shein, Shopee e Aliexpress devem aderir ao plano de conformidade do governo. Anteriormente, a regra de isenção de compras de até US$ 50 era válida entre pessoas físicas.