Primeiras 13h da Black Friday movimentam quase R$ 2 bilhões, com crescimento recorde do e-commerce

O faturamento da Black Friday no e-commerce já movimentou R$ 3,05 bilhões desde a madrugada da última quinta 25, e 2021 caminha para se tornar o ano mais relevante para o comércio online na data. Apenas nesta sexta, dia em que são anunciadas as maiores promoções, varejistas e marketplaces virtuais faturaram R$ 1,9 bilhão, segundo levantamento da Neotrust.

O levantamento das 13h desta sexta consolida o cenário observado no e-commerce na véspera da Black Friday: alta do faturamento sendo puxada pelo aumento do valor do tíquete médio, que chegou a R$ 681,36, 5% maior ante 2020. O valor, bem superior ao observado no “esquenta” Black Friday, de R$ 553.

De olho nas melhores ofertas, o horário mais procurado para realizar compras nesta Black Friday foi entre 10h e 11h, em que 308,3 mil. E os campeões de compras foram os jovens entre 26 e 35 anos (35,17%), mulheres (57%) e moradores da Região Sudeste, que concentram 56,3% do faturamento total.

Na mesma toada da véspera, os smartphones não lideram o ranking de categorias mais procuradas na Black Friday. Até 13h, era o terceiro setor mais procurado, atrás de moda e acessórios e beleza e perfumaria. Os eletroportáteis estão apenas na terceira colocação.

Na véspera, balanço diário da consultoria NielsenIQ Ebit mostra que as varejistas e maketplaces online fecharam no dia com saldo positivo no crescimento nominal, que saltou 10% no dia, em comparação com 2020, chegando a R$ 1,05 bilhão, aliado ao tíquete médio com alta de 15%, a R$ 661. Por outro lado, o número de pedidos caiu 4%, para 1,54 milhões.

Fast Shop vai usar tuk tuks para fazer entregas em até 1 hora em São Paulo

Rede de varejo inicia operação focada em sustentabilidade em parceria com a startup Veloo.

A rede de varejo Fast Shop vai começar a usar tuk tuks para fazer entregas na região central da cidade de São Paulo. A operação é realizada em parceria com a startup de logística Veloo. O veículo será usado na entrega de itens de pequeno e médio porte em até uma hora. A expectativa é a de que o formato seja explorado já durante a Black Friday.

Ainda em fase de projeto-piloto, a nova modalidade de delivery da Fast Shop conta com cerca de 100 tuk tuks envelopados para serem usados como plataforma de mídia pela varejista. A empresa destaca que, além de rápidos, os veículos são sustentáveis.

“Cuidar do meio ambiente é parte fundamental dentro da nossa missão de encantar e cuidar dos clientes por toda vida. O olhar para a sustentabilidade estará cada vez mais intrínseco aos nossos negócios”, explica o diretor geral de operações da Fast Shop, Eduardo Salem.

A varejista planeja expandir a nova modalidade de delivery sustentável para outras capitais onde atua já no início de 2022.

Fast Shop vai usar tuk tuks para fazer entregas em até 1 hora em São Paulo

Diferenciais do veículo

O maior diferencial do veículo, que passa a fazer parte da frota de entrega, é o respeito ao meio ambiente. Os veículos elétricos das Veloo têm bateria de lítio 60V 50 Ah, com potência de 3000Wh. Com autonomia de 80 quilômetros, são recarregados em até 6 horas e, por serem elétricos, não emitem CO2, diferentemente dos carros à combustão.

Segundo Cordeiro Junior, CEO da Veloo, a entrega feita em um carro comum, como uma Fiorino, emite cerca de 3.000kg de CO2 ao mês, em 2.500km percorridos. “Se colocarmos na ponta do lápis, quando o tuk tuk for implementado em todas as lojas Fast Shop, será feita uma redução em média de 255 mil toneladas de CO2 por mês, que deixaram de ser lançadas ao meio ambiente”, observa ele.

Outra iniciativa sustentável desenvolvida pela Fast Shop é o programa “De Volta ao Ciclo”, que visa conscientizar o consumidor sobre o descarte consciente de eletrônicos e incentivar a destinação correta desses produtos.

Nessa primeira etapa do projeto, coletores de eletroeletrônicos de pequeno e médio porte, como celulares, micro-ondas, televisores e notebooks, foram disponibilizados em 44 lojas da rede, incluindo as dos shoppings Ibirapuera, Lar Center, Iguatemi, Morumbi, Pátio Paulista e Bourbon Shopping, entre outros.

Ainda como forma de incentivo, a Fast Shop firmou uma parceria com a ISLA Sementes, empresa pioneira na produção de sementes no Brasil, e está distribuindo, para os clientes das lojas Higienópolis, Eldorado, Ibirapuera, Iguatemi SP e Paulista, envelopes de sementes de microverdes. A ação visa contribuir para a conscientização sobre a importância do descarte adequado.

Black Friday: PMEs estimam faturar mais de R$ 100 mi com e-commerce

Para o e-commerce, o mês de novembro já é sinônimo de Black Friday, uma das datas que mais movimentam o comércio digital no Brasil. Marcada para o dia 26 deste ano, a Black Friday 2021 será o segundo ano de ações promocionais após a grande transformação dos hábitos de consumo dos brasileiros, fenômeno impulsionado pelo isolamento social. A expectativa das pequenas e médias empresas é de que faturem mais de R$ 100 milhões na semana da Black Friday (de 23 a 29 de novembro), o que corresponde a um aumento de cerca de 67% no faturamento comparado com o mesmo período de 2020. Os dados são da Nuvemshop.

Segundo a companhia, novembro foi o mês do ano passado que registrou o maior faturamento, pedidos pagos e quantidade de produtos vendidos online pelas PMEs. “Essa grande relevância da Black Friday é uma tendência registrada nos anos anteriores e que se mantém para 2021, mesmo com as novas mudanças de comportamento de consumo verificadas nos últimos meses. Neste ano, observamos a retomada do varejo físico, acompanhada de um crescimento mais gradual do comércio eletrônico. Por isso, a Black Friday deve ter destaque em ambos os espaços, embora continue sendo muito forte no online”, explica Guilherme Pedroso, country manager da Nuvemshop no Brasil.

E-commerces de PMEs na Black Friday 2021

“Em 2020, tivemos a Black Friday mais digital da história, impulsionada pelo contexto de isolamento social. Neste ano, a expectativa é que o comércio eletrônico vivencie, novamente, um de seus melhores resultados, uma vez que muitos empreendedores digitalizaram seus negócios neste último ano e, inclusive, vários deles começaram o seu próprio negócio nesse período”, afirma Pedroso. Como efeito, uma das particularidades da Black Friday 2021 será a alta presença de e-commerces criados nesse período de um ano. De acordo com a Nuvemshop, cerca de 30% dos lojistas viverão a primeira Black Friday com a loja virtual, porque criaram o negócio há menos de um ano.

Dentre os segmentos que mais vendem no e-commerce ao longo do ano, os três principais são Moda, Saúde & Beleza e Acessórios. Para esses segmentos de lojas virtuais, na semana da Black Friday são esperados crescimentos de faturamento em 62% (Moda), 70% (Saúde & Beleza) e 32% (Acessórios) em comparação com a mesma semana em 2020.

Expectativas para meios de envio e de pagamento

Na Black Friday, o preço é, sem dúvida, o maior destaque aos olhos do cliente. Contudo, fatores como as opções de pagamento e de envio dos produtos são cada vez mais relevantes para a decisão de compra do consumidor. O levantamento “Compras e pagamentos em lojas online”, realizado pela Nuvemshop com consumidores em agosto deste ano, revelou que o Pix já é o segundo meio de pagamento mais usado, com 50% de adesão, atrás apenas dos cartões de crédito (nos formatos físico e digital). “Por isso, contar com empresas confiáveis de pagamentos no e-commerce e oferecer uma boa variedade de opções de pagamentos são escolhas essenciais para as PMEs e podem diferenciar o lojista de seus concorrentes”, reforça Pedroso.

Dentre os principais meios de pagamento oferecidos pelos e-commerces, o Pix é uma das apostas para a Black Friday deste ano, principalmente para compras de até R$ 200. Esse meio de pagamento foi lançado em novembro de 2020 e, devido à data, não houve tempo hábil para os e-commerces se adaptarem à novidade e oferecerem esse tipo de pagamento a tempo da Black Friday de 2020. Por isso, os especialistas destacam o Pix como meio de pagamento importante para este ano, dada a adesão crescente dele no e-commerce durante o ano. Em novembro deste ano, o Pix deve representar 7% das transações.

Outro fator relevante para o planejamento dos empreendedores no e-commerce para a Black Friday deste ano são as opções de envio. “A logística é um dos pontos fundamentais para o sucesso de um e-commerce. Um frete caro ou muito demorado pode ser um motivo de abandono do carrinho virtual de compras e pode se tornar um desafio para a ampliação das vendas de uma loja online para todo o território nacional”, afirma Pedroso.

“Uma pesquisa recente da Nuvemshop com consumidores revelou que 62% dos entrevistados desistiram da última compra online justamente por conta do valor da entrega. Vemos um movimento de PMEs cada vez mais procurando novos aplicativos e empresas de envio para diversificar as opções no e-commerce e para conseguir oferecer valores acessíveis para consumidores de diferentes estados”, completa o executivo.

Em 2020, 13 milhões de brasileiros fizeram compras online pela primeira vez

Faturamento no comércio digital no Brasil foi de R$ 53,4 bilhões no 1º semestre do ano. Valor representa um aumento de 31% em relação ao mesmo período de 2020

Nos dois anos de pandemia, a grande maioria dos brasileiros comprou ao menos um item pela internet, seja uma roupa, um remédio ou até mesmo compras de supermercado. Até quem era avesso ao comércio virtual acabou se rendendo. Um estudo feito pela Webshoppers mostrou que 13 milhões de brasileiros fizeram compras online pela primeira vez em 2020, esse número equivale a população inteira da Bahia.

 Segundo o estudo, a entrada de novos consumidores somada aos já habituais provocou um boom no e-commerce brasileiro, que faturou, ainda segundo a Webshoppers, R$ 53,4 bilhões, somente no 1º semestre de 2021. Esse valor representa um aumento de 31% em relação ao mesmo período de 2020.

O levantamento mostra que do outro lado da ponta, cresce também o número de empresas colocando os negócios no campo do digital, o que exige uma expertise a mais para enfrentar a concorrência. “Uma das estratégias mais buscadas é o uso de ferramentas de automação, que permite, entre outras coisas, a análise prática e rápida dos preços oferecidos por empresas do mesmo setor. Em outras palavras, são robôs que acessam, coletam e estruturam dados da internet, minimizando erros, aumentando a produtividade e evitando uma discrepância de valor entre produtos iguais”, diz pesquisa.

Para João Drummond, CEO e fundador da Crawly, startup de desenvolvimento de robôs inteligentes para busca e coleta de dados, lançar mão dessa tecnologia vai além de apenas automatizar determinados trabalhos, antes feitos de forma manual. Para ele, os ‘bots inteligentes’ permitem, inclusive, gerar consumidores em potencial.

“O uso de plataformas de automação para pesquisa de dados em lojas virtuais e marketplaces permite, por exemplo, que empresas possam mapear seus concorrentes, identificar nichos de mercado em potencial e investir em marketing, vendas e logística com mais assertividade. A partir de informações de qualidade, é possível prever o comportamento de consumidores e oferecer melhores condições para comercialização de produtos na internet”, garante Drummond.

O investimento em ferramentas digitais faz ainda mais sentido diante de um outro dado levantado pelo mesmo estudo. Segundo a Webshoppers, os principais caminhos até a loja são os sites e as redes sociais. E se o ritmo do próximo ano seguir o de 2021, a expectativa é que o mercado digital seja inundado por outra leva de novos consumidores. Isso porque os três primeiros meses, de acordo com a pesquisa, foram os mais promissores para o ambiente virtual.

“Para além dos preços, com uma análise mais aprofundada sobre informações a respeito de produtos e vendedores (onde estão, quantos são e como estão sendo apresentados na internet), as empresas podem elaborar estratégias complexas de precificação, gestão de estoque e logística e de marketing de produtos, com foco em se tornarem mais atraentes aos consumidores que seus concorrentes”, completa o CEO.

Black Friday 2021 deve manter nível de crescimento próximo ao do ano passado

Faltando poucos meses para a Black Friday, muitas empresas já estão trabalhando em estratégias de vendas para garantir bons resultados na edição deste ano.

Em 2020, a data movimentou R$ 5,1 bilhões – valor 31% superior em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo levantamento da Neotrust/Compre&Confie.

De acordo com análise da Enext, empresa focada em soluções para negócios digitais, embora a expectativa para 2021 seja de crescimento, o percentual de aumento não deve ultrapassar o ano anterior.

Na Black Friday do ano passado o varejo digital aproveitou-se das restrições de circulação e o menor horário de abertura das lojas físicas. Portanto, o consumo on-line conseguiu surfar bem essa onda.

“Em 2021, o crescimento continuará bastante sólido, uma vez que muitas pessoas que não utilizavam esse canal até o início da pandemia, gostaram da experiência e devem aproveitar os maiores descontos oferecidos pelo comércio eletrônico, mesmo com a reabertura das lojas físicas”, explica.

A análise vai de encontro com o relatório Future Shopper Report 2021, produzido pela Wunderman Thompson em parceria com a Enext.

Divulgado recentemente, o estudo aponta que 55% dos brasileiros pretendem seguir utilizando o varejo digital de forma frequente, mostrando que as compras on-line se tornaram uma tendência que veio para ficar.

Como se preparar para a Black Friday
Especialista alerta que o varejo on-line está cada vez mais competitivo e as estratégias de ativação e aquisição de consumidores estão cada vez mais sofisticadas.
Para Gabriel Lima, as lojas que apostam em estratégias e ações para o varejo on-line terão uma Black Friday bem-sucedida.

“O primeiro passo é traçar e adotar um plano de comunicação de vendas com o público-alvo e dividi-lo em três canais: Mídia Online (para atrair novos consumidores), Mídias em Marketplaces (para se aproveitar do crescimento expressivo dessa vertical) e CRM (para fomentar as vendas entre seus melhores consumidores)”, explica o especialista.

Em relação à mídia on-line, o especialista alerta que o setor está cada vez mais competitivo e as estratégias de ativação e aquisição de consumidores estão cada vez mais sofisticadas.

“É necessário ter cautela com o investimento e não atacar apenas um canal. Em vista ao cenário atual é essencial ter um orçamento mais flexível para acompanhar essas frentes de evolução do negócio”, comenta.

O segundo ponto de atenção para o mercado on-line está na estratégia de vendas por meio dos marketplaces.

Nos últimos anos, o mercado de comércio eletrônico tem sido impulsionado por lojas virtuais que fazem a intermediação da compra entre o consumidor e o vendedor. Este modelo de vendas on-line tem ajudado o mercado de e-commerce a manter os altos índices de crescimento.

Nesta Black Friday, o varejo digital necessita levar em consideração os benefícios existentes dentro deste espaço e investir em seus produtos.

Por fim, é importante implementar o sistema de CRM para fazer abordagens mais eficientes, uma vez que o processo armazena todo o histórico do cliente potencial e proporciona uma comunicação personalizada para o consumidor.

“O segredo está no CRM que segmenta a base de vendas e que resulta em uma estratégia de valor para a marca e para quem consome. Uma dica valiosa é usar o histórico da Black Friday, entender quais os produtos mais buscados e comprados pelos clientes, oferecer condições especiais e avisar as ações promocionais antes e de maneira personalizada para assim conquistar bons resultados”, finaliza Lima.

Senado pode votar projeto que muda a experiência do cliente na internet

O PL 97/2020 torna abusiva o uso de dados pessoais coletados na internet para oferecer produtos e serviços a preços diferentes para consumidores. Pior: o projeto prevê até cadeia.

Uma das conhecidas práticas do comércio eletrônico é a oferta de desconto com base na geolocalização, algo que alguns especialistas definem como geopricing. O tema está no centro de um debate sobre a individualização da experiência do cliente com base em algoritmos. Há quem entenda que essa prática seria excludente, pois, segundo alegam alguns especialistas, empresas pré-determinam um conjunto de dados de consumidores que poderiam receber uma oferta. Logo, caso um cliente não preencha todos os dados, ele não enxergaria o produto no celular ou no computador.

Um dos casos mais emblemáticos no Brasil aconteceu durante as Olimpíadas de 2016. Um e-commerce de pacote de viagens ofereceu descontos para turistas argentinos e não concedeu o mesmo benefício para os brasileiros. Detalhe: tratava-se do mesmo hotel, o mesmo quarto e oferecido no mesmo instante para os consumidores dos dois países, sendo que apenas um teve acesso ao desconto.

No fim, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) tomou duas medidas: multou em R$ 7,5 milhões a empresa e ainda divulgou uma nota técnica afirmando que a prática é ilegal, segundo o Código de Defesa do Consumidor.

Senado quer reforçar proibição
Agora, o debate sobre a customização da experiência do cliente pede passagem no Senado Federal.

A Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) do Senado Federal vota nesta terça-feira (28) um projeto de lei que classifica como prática abusiva o uso de dados pessoais coletados na internet para oferecer produtos e serviços a preços diferentes para consumidores.

Apresentado pelo senador licenciado Ciro Nogueira (PP-PI), atual ministro-chefe da Casa Civil, o PL 97/2020 a proposta vai além: torna crime tal prática e ainda prevê pena de um ano de detenção.

O projeto, que será votado em caráter terminativo (ou seja, se for aprovado por unanimidade pela comissão, pode ir à sanção presidencial direto), também torna obrigatório que o anúncio de produtos e serviços por redes sociais informe claramente o preço. Pelos termos do PL 97/2020, esse preço deverá ser o mesmo para todos os clientes. A regra vale mesmo se a entrega dos dados pessoais tiver sido feita de forma voluntária pelo consumidor. A proposta altera o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078, de 1990).

O relator, senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), acrescentou a diretriz de que o anúncio dos produtos com preço deverá conter, também, o preço da venda fora do ambiente virtual.

Inteligência artificial impacta o varejo e pode movimentar US$ 7 bi em 2022

A inteligência artificial deve gerar investimentos de US$ 464 milhões para o Brasil em 2021. O setor varejista está aproveitando essa tendência para apostar em estratégias de adiantamento de compra e de comunicação com os clientes de acordo com as projeções oferecidas pela I.A.

O uso da inteligência artificial (I.A) tem se intensificado nos últimos anos e, com a criação de ferramentas com funcionalidades cada vez mais inovadoras, é esperado que o investimento na área ultrapasse US$ 7 bi em 2022, de acordo com estudo da Juniper Research.
Uma das funcionalidades oferecidas pela I.A está relacionada com a capacidade que ela tem de “prever o futuro” para empresas que trabalham no setor de varejo de recorrência, como os supermercados. Sobre isso, um estudo divulgado pela Pesquisa Global de Varejo no final de 2020 revela que 73% dos varejistas acreditam que a Inteligência Artificial (IA) e o Machine Learning podem agregar valor aos negócios por meio da previsão de demandas.
Para fazer essa previsão de demandas, a I.A baseia-se em dados passados e, de acordo com essas informações, permite que as redes supermercadistas tenham a capacidade de prever o futuro de suas vendas. “Assim, a ferramenta se torna uma aliada na gestão das companhias na hora que elas precisam repor os seus estoques, por exemplo. Isso acontece porque elas já saberão, por meio da I.A, quais são os produtos que serão vendidos em breve”, explica Bruno Leal, CSO e Cofundador da Mercafacil, empresa que acabou de lançar a mar.ia, sua inteligência artificial voltada para atender aos varejos alimentícios de recorrência no país, como os supermercados.
O CSO também reforça que a inteligência artificial visa permitir que as empresas criem uma comunicação mais personalizada com os seus consumidores, já que ela faz a captura, o mapeamento e o cruzamento de dados pessoais e de compra de cada cliente. “Com a mar.ia, os supermercadistas conseguem estimular a antecipação de compra, aumentar as conversões das suas campanhas promocionais e trazer uma maior pessoalidade na hora de a empresa entrar em contato com este comprador” diz Leal.

O cenário da inteligência artificial nos varejos brasileiros

No Brasil, o uso da I.A também apresenta crescimento. Segundo pesquisa do IDC, consultoria especializada em inteligência de mercado, 25% das empresas brasileiras já têm projetos baseados em IA ou machine learning. Além disso, a pesquisa também aponta a inteligência artificial como uma das principais tecnologias para o ano de 2021, já que se espera que ela gere investimentos de US$ 464 milhões para o Brasil neste ano.
Já é possível encontrar algumas soluções de inteligência artificial com foco em varejo no país que estão fazendo sucesso. Um exemplo é a Lu, do Magalu, que, de acordo com dados do IBM, cresceu nos últimos anos e no primeiro semestre de 2020 registrou 1,4 milhão de atendimentos em média ao mês, com média de 8,5 milhões de interações no período.
Também, a mar.ia, que, de acordo com o CSO da Mercafacil, pode ser de grande utilidade para melhorar a gestão dos varejos de recorrência. “Nesse tipo de negócio, a funcionalidade que a I.A tem de prever o futuro se torna ainda mais relevante. Afinal, como o próprio termo sugere, ‘varejo de recorrência’ está relacionado com a repetição. Ou seja, os supermercados são um formato de varejo o qual as pessoas vão com frequência e costumam adquirir repetidamente aqueles produtos que gostam”, explica.
Leal também reforça que, quando o dono do supermercado se dá conta de que os seus clientes repetem os seus hábitos de compra e que, utilizando a inteligência artificial ele pode compreender esses comportamentos e utilizá-los para fazer uma melhor gestão do seu varejo, ele passa a ver a inteligência artificial como sua aliada.

Funcionalidades da I.A para os varejos alimentícios

Sendo os supermercados uma forma de varejo de recorrência, eles apresentam uma alta taxa de entrada e saída de produtos, o que faz com que o estoque e as prateleiras precisem ser repostos constantemente para acompanhar a demanda.
Anna Stephanie, Product Owner na Mercafacil e uma das envolvidas no desenvolvimento da mar.ia, explica que a I.A entra para ajudar a garantir que a loja ofereça os produtos mais desejados pelos clientes. “Ela permite que o varejista veja quais mercadorias vão ter queda nas vendas e organize melhor os itens expostos, uma vez que ele poderá utilizar a estratégia de adiantamento de compra com base nas projeções de vendas oferecidas pela inteligência artificial”.
A product owner também ressalta que a ferramenta também faz com que o supermercado possa criar um relacionamento mais personalizado com os clientes, facilitando o desenvolvimento de campanhas e comunicações estratégicas, segmentadas por preferências e histórico de compras de cada consumidor.
Envolvida no projeto desde o seu início, Stephanie lembra que a mar.ia surgiu após a Mercafacil verificar a necessidade que os seus clientes, majoritariamente os donos de supermercados, tinham de controlar o fluxo de caixa. “Percebemos a dificuldade que eles tinham em fazer esse controle de fluxo e chegamos a conclusão de que uma boa maneira de resolvê-lo seria fazendo o adiantamento de compras. E esse adiantamento de compras pode ser feito de forma mais assertiva quando o supermercadista conhece a frequência de compra de um cliente para um determinado produto”, explica.
Leal ressalta que o impacto do trabalho desenvolvido por inteligências artificiais ainda acaba por refletir no faturamento do varejista. “Isso porque, quando bem aplicadas, as I.As poderão atuar na diminuição de custos para o empreendedor, no aumento do faturamento e, também, na melhora da imagem do varejista, que se destaca dos concorrentes por investir em inovação na sua operação”, conclui o CSO da empresa, que já está com a mar.ia funcionando para toda a sua carteira de mais de 2000 lojas ao redor do país.

Faturamento do varejo on-line cresce quase 20% no Sudeste, em agosto

A região Sudeste do país teve um aumento de 19,41% no faturamento do e-commerce, em agosto de 2021, ante o mesmo mês do ano passado. Considerando o mesmo período, as vendas praticadas pela internet registraram alta de 8,16%. Os dados são do índice MCC-ENET, levantamento desenvolvido pela Neotrust | Movimento Compre & Confie Comitê em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net).

Considerando o mesmo período de faturamento, o Sudeste ficou em terceiro lugar comparando com as demais regiões. Os dois melhores resultados foram: Sul (25,3%) e Centro-Oeste (23,96%). Já Nordeste (17,22%) e Norte (14,97%) foram as duas últimas colocadas.

“Em 2020, tivemos um longo período de confinamento com comércios físicos fechados, alavancando as vendas pelo comércio eletrônico. Crescer de forma expressiva sobre esta base de referência, agora com o comércio físico quase em operação de normalidade é um sinal de que as vendas remotas chegaram a um novo patamar na preferência do consumidor brasileiro”, afirma Gastão Mattos, responsável pela Divisão de Varejo Online da camara-e.net.

Vendas on-line no Sudeste

Na composição de vendas on-line, por região, usando a comparação entre agosto e julho, o Sudeste ficou em penúltimo lugar (1,72%) na frente do Nordeste (?2,68%). As demais regiões configuraram da seguinte forma: Norte (5,46%); Sul (3,73%); e Centro-Oeste (1,75%).

No acumulado do ano, por região, a configuração ficou da seguinte forma: Centro-Oeste (35,42%); Nordeste (31,58%); Norte (29,85%); Sul (22,67%) e Sudeste (11,18%).

Faturamento do Sudeste

Ao observar a métrica de faturamento do setor, agosto e julho, novamente o Sudeste ficou em quarto lugar na comparação regional, com variação positiva de (3,15%), na frente do Nordeste (?1,65%). As demais regiões tiveram o seguinte desempenho: Norte (7,10%); Sul (4,42%); e Centro-Oeste (4,16%).

No acumulado do ano, os dados foram: Centro-Oeste (40,80%); Nordeste (38,51%); Sul (34,46%); Norte (31,27%); e Sudeste (20,75%).

Metodologia do MCC-ENET

Os índices mensais vêm da comparação dos dados do último mês vigente em relação ao período base (média de 2017). Para compor o índice, o Compre & Confie coleta 100% de todas as vendas reais de grande parte do mercado de e-commerce brasileiro, utilizando adicionalmente processos estatísticos para composição das informações do mercado total do comércio eletrônico brasileiro. Também são utilizadas informações dos indicadores econômicos nacionais do IBGE, IPEA e FGV.

O MCC-ENET traz uma visão completa a respeito do e-commerce no país a partir da análise das seguintes variáveis: percentual nacional e regional de vendas on-line, faturamento do setor e tíquete médio. Outras métricas analisadas mensalmente são participação mensal do e-commerce no comércio varejista e crescimento do setor no varejo restrito e ampliado, além da distribuição das vendas por categoria. Por último, a penetração de internautas que realizaram ao menos uma compra trimestralmente pela internet também está contemplada no índice.

Não estão contabilizados no MCC-ENET dados dos sites MercadoLivre, OLX e Webmotors, além do setor de viagens e turismo, anúncios e aplicativos de transportes e alimentação, pois ainda não são monitorados pelo Compre & Confie.

Sustentabilidade e consumo: as escolhas e decisões segundo a McKinsey

A busca por consumo sustentável, em sua maioria, se volta para mulheres, geração Z e pessoas com rendas mais altas

Os consumidores estão realmente mais atentos à sustentabilidade ou apenas dizendo que estão? O que as empresas estão fazendo para garantir que seus negócios sejam sustentáveis e lucrativos? Uma reunião de insights baseados em pesquisas da McKinsey & Company sobre sustentabilidade no setor de consumo tenta responder a essas e outras questões para a Bússola.

Cada vez mais discutida no cotidiano da sociedade e no mundo dos negócios, a sustentabilidade tem se tornado importante para todas as pontas, incluindo consumidores, reguladores e empresas. Mas nem sempre as pessoas estão dispostas a pagar por produtos e serviços sustentáveis, deixando uma lacuna atitude-comportamento: o que as pessoas dizem que estão dispostas a fazer difere do que realmente fazem na prática.

O impacto da pandemia
A pesquisa Sentimento do Consumidor, conduzida pela McKinsey em mais de 27 países em fevereiro de 2021, aponta que a importância da sustentabilidade, meio ambiente, ESG, segurança, produtos naturais, abastecimento local, abastecimento ético, é realmente reforçada no setor de varejo e consumo com a chegada da covid-19.
“Vemos que a disposição de pagar mais por produtos sustentáveis está aumentando em todas as geografias. Estruturalmente, vemos também uma maior regulamentação ambiental. Por exemplo, mais de 70 países implementaram legislação para os plásticos”, declara o sócio da McKinsey, Ricardo Skibelski.
Durante a pandemia, muitos executivos e diretores de sustentabilidade questionaram “Este é o fim da tendência de sustentabilidade? A higiene, a segurança do produto e a disponibilidade do produto agora são as principais prioridades para o varejo e, em particular, para os supermercados? Isso acaba com o tema da sustentabilidade? A resposta clara é não”, afirma Skibelski.
A vontade do consumidor de mudar para produtos sustentáveis é muito forte na pesquisa, e esse será o principal impulsionador da mudança, mas é claro que também vemos que existem aspectos regulatórios agora em vigor e em alta aceleração. Por exemplo, 65% do PIB global está atualmente sob um compromisso líquido-zero de 2050, isso significa que 65% da economia mundial segue comprometida em se tornar neutra em carbono, o que muda completamente o cenário de negócios.
“Estamos bastante confiantes de que a tendência não veio apenas para ficar, mas mudará fundamentalmente a forma como pensamos sobre o consumo”, diz o sócio.
Os defensores da sustentabilidade se voltam para as mulheres, geração Z e pessoas com rendas mais altas. Mas, também é uma tendência confirmada em contextos sociodemográficos.

Gerações e compromisso
A importância da sustentabilidade está aumentando entre grupos demográficos e grupos de compradores. A McKinsey levantou a questão: é mais importante para os compradores de supermercados do que para os compradores com descontos?
“A verdade é que está se tornando uma questão mais importante em todos os setores. Vimos que a carne e o peixe são algumas das principais categorias em que grupos de compradores de alta renda desejam fazer escolhas sustentáveis. Existem outros fatores em que você pode ver as diferenças. Por exemplo, a geração mais jovem se concentra um pouco mais na sustentabilidade ao comprar lanches”, diz Ricardo.
O que importa aos consumidores costuma ser um assunto amplo. Não é somente sobre mudança climática, mas envolve também aspectos sociais, bem como a forma como as empresas fazem negócios.
No entanto, há uma complicação, que é a falta de uma definição de “produtos sustentáveis”. Isso torna difícil envolver os consumidores. Os rótulos ecológicos e sustentáveis que existem atualmente são mais de 463, em 199 países e 25 setores. Isso indica que se trata de um cenário complexo e não muito prático.
“Temos muitos desafios no que diz respeito à rotulagem. Para os princípios de local, orgânico, redução de resíduos, e assim por diante, não há rotulagem padronizada global, e é por isso que vemos essas grandes diferenças. Isso pode levar ao ceticismo. Também foi perguntado aos consumidores o que eles acham que é uma representação justa de como os produtos, alimentícios e não alimentícios, foram produzidos, e o resultado foi ceticismo, com perguntas como: O produto é realmente cultivado localmente? É de origem sustentável? Não é GMO? É orgânico? É reciclado ou reciclável? Ele realmente usa embalagem mínima?”, afirma o sócio.

O caso de negócios para a sustentabilidade
Há ainda o CEO que acredita que sustentabilidade e lucratividade são um tanto incompatíveis, para esse ponto a McKinsey afirma que é justo perguntar sobre o retorno do investimento e os exemplos de negócios por trás de diferentes alavancas e atividades. Mas o tema geral é que a sustentabilidade e a melhoria do desempenho da empresa andam de mãos dadas. O sócio Skibelski aponta três fatos para tornar isso mais tangível.
“O primeiro é que os produtos sustentáveis foram um motor de crescimento no passado; o segundo, em todas as categorias de consumidores, aqueles comercializados como sustentáveis têm crescido de cinco a seis vezes mais rápido do que a média do mercado. Além disso, os produtos sustentáveis têm um alto preço premium. Os consumidores dizem que estão dispostos a pagar um pouco ou até muito mais se souberem que esses produtos foram adquiridos e produzidos de forma sustentável. Terceiro — e este é um dos aspectos mais interessantes para mim é a oportunidade que vem com a sustentabilidade na construção de novos negócios ou construção de negócios verdes”, diz.
Para o sócio, especialista em B2C no escritório de São Paulo, o mercado baseado em plantas muitas vezes é agressivo no marketing da neutralidade de carbono de seus produtos — e isso realmente ressoou entre os consumidores. As empresas estão ancorando seu marketing e sua mensagem em torno dessa proposta de valor. Mas também notaram empresas na indústria de carne adotando a tendência de proteína alternativa e diversificando seu portfólio, oferecendo soluções prontas para cozinhar feitas de proteína alternativa.
A McKinsey ainda realizou algumas análises sobre os “vencedores” em sustentabilidade, ou seja, as empresas que conseguem extrair valor da sustentabilidade. E um dos principais desafios é realmente monetizar os esforços que estão sendo feitos nas diferentes etapas da cadeia de valor.
“Esse problema de monetização é o que vemos em todas as empresas e em todos os setores. Normalmente, os vencedores têm ambições muito grandes, começando do topo — os CEOs. O que é interessante é que eles estão gastando menos tempo com KPIs ou relatórios e mais treinando seu pessoal para entender o que significa sustentabilidade. E eles estão se concentrando um pouco mais no que e como e não no porquê”, declara Ricardo.

Próximas etapas para CEOs
Um desafio para os executivos C-level é que alguns têm historicamente tratado as iniciativas de sustentabilidade como gestão de risco ou prevenção de riscos, enquanto as marcas mais novas têm a sustentabilidade em seu núcleo, como parte de sua proposta de valor. As empresas estabelecidas precisam se tornar orientadas para a sustentabilidade de modo mais profundo. Mas como exatamente eles deveriam fazer isso? Qual é o conselho para o CEO de uma rede de supermercados ou o CEO de um fabricante de CPG (bens de consumo embalados) que deseja priorizar a sustentabilidade?
Para responder às questões acima, Ricardo aponta ainda os seguintes passos.
“Primeiro, avalie onde você está. Comece com uma avaliação de materialidade. Em segundo lugar, escolha as poucas áreas de foco em que você fará uma grande diferença. E então envolva sua base de clientes. Trabalhe com seus fornecedores. Essencialmente, repense seu modelo de negócios, começando com sourcing e logística”.
Segundo o sócio, empresas de bens de consumo e varejistas têm a capacidade de atender às expectativas crescentes de seus consumidores enquanto fazem parceria com outros participantes da cadeia de valor. Alguns players são extremamente integrados. Por exemplo, um dono da mercearia que possui produtos de marca própria tem a capacidade de impactar a cadeia de valor a partir do campo. Grande parte do impacto virá da colaboração com clientes e fornecedores para encontrar soluções sistêmicas e escaláveis.

E-commerce vai continuar com crescimento expressivo no Brasil, diz Nielsen

Vendas do comércio digital brasileiro chegaram a R$ 53,4 bilhões só no primeiro semestre de 2021, um recorde.
A pandemia da covid-19 mudou as dinâmicas de consumo e fez o varejo, em especial o e-commerce, passar por um processo de aceleração. O momento do e-commerce brasileiro foi tema de um dos painéis da última terça-feira (14) do Latam Retail Show, principal evento de varejo e consumo B2B da América Latina, que tem cobertura especial da plataforma Mercado&Consumo.

Segundo pesquisa da Nielsen, as vendas do e-commerce brasileiro chegaram a R$ 53,4 bilhões só no primeiro semestre de 2021, um recorde, e cresceram 31% em relação ao mesmo período em 2020. Foram 42 milhões de pessoas comprando pelo e-commerce, sendo que, desses, 6,2 milhões eram novos usuários.

“Estamos vendo um e-commerce que continua batendo recordes e que continua com crescimento muito expressivo”, afirma Roberto Butragueño, diretor de Atendimento ao Varejo da Nielsen. Para Butragueño, Black Friday desse ano será muito positiva, assim como a do ano passado.

Supermercados e superapps
O head de E-commerce do Grupo Pão de Açúcar (GPA), Rodrigo Pimentel, afirmou que a pandemia acelerou o processo de digitalização de todos os setores. “Como o GPA já estava muito forte no digital, isso nos permitiu agir mais rápido e dentro de um setor essencial durante a pandemia.”

Ele falou sobre o processo de aprimoramento da rede de supermercado, que já possuía um e-commerce e aplicativo, mas passou por um ponto game changer. “A gente resolveu se abrir para o mercado e participar de tudo que está acontecendo”, disse, mencionando a entrada do grupo em todos os aplicativos de entrega.

Foi também do ano passado para cá que os aplicativos de entrega, que já eram relevantes para os restaurantes, entraram de maneira intensa no setor de produtos básicos. A principal mudança foi, justamente, a realização de parcerias com supermercados que não possuíam uma plataforma de venda. A presença em ecossistemas de deliveries se tornou necessária diante das restrições impostas pela crise sanitária mundial.

Demanda inesperada no e-commerce
A diretora de Restaurante da Rappi, Ana Szasz, contou que ninguém estava preparado para essa demanda. “Fomos de um momento planejado para um momento inesperado.” O delivery, durante esse período, passou por um processo de ressignificação, e a ação de pedir refeições e de produtos se tornou uma necessidade. “A gente viu o delivery se reinventando, e quem acreditou que o que estávamos vivendo era o novo normal conseguiu se virar.”

Ana destaca que nos dias de hoje o grande avaliador é o usuário, e não mais instituições, como era antigamente. “Hoje a gente vive um mundo de comunidades, uma vida nas mídias sociais, e o usuários estão lá. Eles é que estão avaliando o seu serviço e produto”, finaliza.