Inflação no comércio eletrônico deve crescer 0,27% em junho

Maiores altas foram nos preços de notebooks, panelas elétricas e bicicletas.

O Índice de Inflação na Internet (E-Flation), que mede a variação no preços dos produtos comprados virtualmente, deve crescer 0,27% em junho, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar). No acumulado dos últimos seis meses, o índice deve manter estabilidade.

“Apesar das alterações bastante significativas mês a mês, nos últimos seis exercícios, os preços na internet ficaram praticamente estáveis no acumulado do semestre, ou seja, uma variação positiva de apenas 0,8%. No mesmo período, apenas como referência, pois se trata de uma outra cesta de bens, o IPCA cresceu 5,5%”, analisa Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar, em nota à imprensa.

Em junho, as maiores altas no E-Flation foram nos preços de notebooks, com aumento de 6,54%; panelas elétricas, com 2,92%; bicicletas, com 2,76%; e lavadora de roupas, com 2,61% aparecem em seguida.

Os itens que apresentaram menor variação de preço foram TVs, com queda de 3,58%; geladeiras, com baixa de 3,17%; fones de ouvidos, com 2,75%; e micro-ondas, com 1,63%. A única categoria a se manter estável no mês foi a de calçados. O Ibevar coletou informações de preços dos produtos mais vendidos no ambiente digital em 35 categorias.

Amazon lança novo serviço de análise de lojas físicas de varejo

Tecnologia dará informações sobre como os produtos são descobertos, considerados e comprados nas lojas.
A Amazon lançou um novo serviço de análise de lojas físicas de varejo que oferece às marcas insights sobre o desempenho de seus produtos, promoções e campanhas de anúncios.

Através de dados agregados e anonimizados, o Store Analytics dará às marcas acesso a informações sobre como seus produtos são descobertos, considerados e comprados nas lojas Amazon Go e Amazon Fresh, nos Estados Unidos, que usam Just Walk Out e Dash Cart – tecnologia que permite que os clientes comprem, depois deixem a loja sem esperar na fila para pagar.

As empresas também terão acesso a dados sobre como seus produtos se classificam e se comportam, além de métricas de desempenho para campanhas na loja, como sinalização digital.

Esses insights ajudarão as lojas a tomarem decisões informadas sobre promoções e campanhas de anúncios e a melhorarem a experiência dos clientes, tornando o layout da loja mais fácil, melhorando a seleção e a disponibilidade de produtos e entregando valor através de promoções e publicidade relevantes.

“Sabemos que os compradores se preocupam com a forma como suas informações são usadas e compartilhadas, por isso pensamos muito em como podemos tornar esse serviço útil para as marcas, enquanto continuamos a proteger a privacidade dos compradores”, informou a Amazon.

Nenhum dado que possa ser vinculado a um comprador individual será compartilhado. Serão fornecidas informações como a porcentagem de quantas vezes seu produto foi retirado da prateleira e depois comprado durante essa visita à loja ou mais tarde em Amazon.com.

Os compradores que não quiserem os dados usados para o Store Analytics podem optar pelo site da empresa Store Analytics.

Hiperpersonalização: o que desejam os superconsumidores

Hiperpersonalização inicia corrida para uma conexão emocional dos consumidores com as marcas.

Na corrida espacial do mundo do consumo, a “fidelidade” de agora pode representar a mesma “fidelidade” a um concorrente de amanhã. Os desafios hoje são maiores, e o status da personalização acabou ficando velho porque acompanhou a velocidade violenta da era da informação. Passamos para o nível da hiperpersonalização, o qual, segundo os mais renomados especialistas, vai fazer com que as empresas corram em busca da conexão emocional de seus consumidores com suas marcas.

Eddie Yoon, fundador da consultoria Eddie Would Grow e parceiro do The Cambridge Group na missão de ajudar os CEOs das empresas que compõem o ranking Fortune 500 a impulsionar os seus negócios, viaja o mundo defendendo que as empresas precisam buscar o que chama de superconsumers.

“Os superconsumidores existem em todas as categorias. São absolutamente loucos por elas e os mais rentáveis, porque dirigem a maior parte da economia delas. Estão pautando as categorias a que pertencem longe das empresas que lhes fornecem os bens e serviços, ou seja, estão exigindo que o futuro seja muito diferente do passado.”

Segundo estudos do havaiano que hoje mora em Chicago, esses clientes representam a parcela de 10% de aficionados por um nicho de produtos, público responsável por 70% das suas vendas. Nesse cenário, Yoon, um dos maiores especialistas do mundo em estratégias de crescimento, defende a hiperpersonalização.

“Antigamente, a escala em que você fazia a mesma coisa, na mesma planta, com eficiência máxima era uma vantagem. Hoje, passa a ser uma âncora que pesa sobre você quando os clientes transferem seus investimentos para empresas que realmente inovam de acordo com suas necessidades específicas.”

“Os superconsumidores existem em todas as categorias. São absolutamente loucos por elas e os mais rentáveis, porque dirigem a maior parte da economia delas. Estão pautando as categorias a que pertencem longe das empresas que lhes fornecem os bens e serviços, ou seja, estão exigindo que o futuro seja muito diferente do passado”. EDDIE YOON,fundador da consultoria Eddie Would Grow.

Na mesma esteira, Joe Pine, cofundador da Strategic Horizons LLP responsável pelo conceito mass customization, que alerta para a necessidade de inclusão personalizada com ofertas abertas e customizáveis ao maior contingente de pessoas possível, diz que as empresas precisam ajudar as pessoas a alcançar as mudanças que almejam.

“Uma coisa que a pandemia nos ensinou é que o que dá sentido à vida são as experiências que temos. Então, à medida que saímos da pandemia, buscamos cada vez mais experiências e estamos deixando de desejar o meramente memorável para o altamente significativo – e até mesmo para o que nos é transformador”.

Para o americano precursor do customer experience, a transformação passa, invariavelmente, pelo processo da hiperpersonalização do atendimento ao cliente. Ele reforça, ainda, que os recursos tecnológicos disponíveis já podem cumprir esse objetivo.

“Algumas empresas podem apenas criar customizações. Outras podem personalizar em massa. Mas há aquelas que podem hiperpersonalizar usando quantidades e pontos de dados muito maiores para entender não apenas esse cliente individual, vivo, mas também o contexto em que ele está neste momento. Por meio dessa hiperpersonalização, as empresas podem criar plataformas geniais que não apenas detectam e respondem a consumidores individuais, mas que antecipam o que as pessoas querem, precisam e desejam para que as próprias companhias possam multiplicar o que almejam”.

“Uma coisa que a pandemia nos ensinou é que o que dá sentido à vida são as experiências que temos. Então, à medida que saímos da pandemia, buscamos cada vez mais experiências e estamos deixando de desejar o meramente memorável para o altamente significativo – e até mesmo para o que nos é transformador”. JOE INE, cofundador da Strategic Horizons LLP.

“O duro é que, quando trazemos essa pauta para o Brasil, ainda precisamos vencer um dos nossos maiores gaps”, considera Michel Alcoforado, antropólogo PhD especializado em consumo e comportamento e sócio-diretor da Consumoteca.

Segundo o expert, nosso dilema não está nos dados, pelo contrário, “já temos dados demais”. Ele segue o mesmo raciocínio de Joe, dizendo que o problema é que nos falta a consciência de que é necessário entender o que está por debaixo daquilo que ele diz.

“Como disse Steve Jobs: ‘se eu tivesse perguntado para as pessoas se elas queriam o iPhone antes de eu ter criado, elas jamais saberiam responder’. Óbvio. Nesse cenário, você teria tratado a pesquisa como se ela fosse só um dado. Quando o consumidor fala que gostaria de ter seus desejos e necessidades atendidos para ter uma relação melhor com as marcas, ele está falando de um lugar em que nem ele sabe quais são seus próprios desejos e necessidades.”

Quando o consumidor fala que gostaria de ter seus desejos e necessidades atendidos para ter uma relação melhor com as marcas, ele está falando de um lugar em que nem ele sabe quais são seus próprios desejos e necessidades

MICHEL ALCOFORADO,
sócio-diretor da Consumoteca

Segundo ele, é necessário entender o contexto do consumidor, o mundo em que ele vive e não só aquilo que ele diz para poder definir como transformar a vida dele em algo melhor. “Isso se faz tratando o dado como uma ferramenta de acesso a esse território, daquilo que eu sei que ele precisa, mas ele não sabe que precisa. É tratar dados nessa segunda camada, como ferramenta de acesso a esses territórios para, aí sim, construir produtos que realmente transformem suas vidas.”

Mas se você acha que a inabilidade empresarial está na contratação das tecnologias que hoje dão conta da captura desses dados, Eddie Yoon explica: “O problema fundamental de empresas e cientistas de dados é que eles são mercenários, não missionários quando se trata de dados. Eles analisam atentamente apenas os dados sobre seus produtos, sua lucratividade, seu crescimento de receita.”

“Após implementadas as ferramentas, tivemos mudanças tanto nos modelos de operação quanto nos modelos de gestão e na própria estratégia. Identificamos a necessidade de desenvolver times multifuncionais para gerar possíveis soluções, afinal, tecnologia e negócio devem trabalhar juntos, sem nunca esquecer a cultura instaurada.” EDUARDO FISCHER,CEO da MRV.

FOCO NO NEGÓCIO
O atendimento hiperpersonalizado contou com investimentos em tecnologia na casa dos R$ 50 milhões nos últimos três anos da construtora MRV.

Segundo o CEO, Eduardo Fischer, o maior aprendizado nesse processo foi focar o negócio e não a tecnologia. “Após implementadas as ferramentas, tivemos mudanças tanto nos modelos de operação quanto nos modelos de gestão e na própria estratégia. Identificamos a necessidade de desenvolver times multifuncionais para gerar possíveis soluções, afinal, tecnologia e negócio devem trabalhar juntos, sem nunca esquecer a cultura instaurada, ou seja, entender as dores e crenças do time envolvido na utilização da solução e atuar na capacitação desse time, criando a confiança necessária na solução e o entendimento correto da sua abrangência.”

O executivo considera que errar fez, sim, parte do processo, mas que o importante é medir constantemente os resultados, crescer o que está dando certo e pivotar o que não está. “Focar a tecnologia sem ter um objetivo bem-definido e não revisar a jornada para utilizar apropriadamente a solução desenvolvida foram erros comuns nas primeiras iniciativas.”

Entre acertos, erros e a coragem de adaptar toda a companhia ao exigente mundo contemporâneo do atendimento, valeu a pena. “O retorno foi praticamente imediato, mas também foi perceptível seu crescimento de acordo com a evolução da maturidade do uso. Além disso, há outras maneiras de perceber os saldos positivos. Tivemos o aumento de vendas, a redução da inadimplência, o crescimento da lucratividade no Mundo da Casa com os kits acabamentos, dentre muitos outros que se somam ao sucesso desta estratégia”, comemora.

“Somos obcecados pelas coisas as quais acreditamos que os clientes sempre irão se importar: preços baixos, vasta seleção de produtos e entrega rápida.” FERNANDA GRUMACH, líder de Experiência de Compras dos Clientes Amazon no Brasil.

OBSESSÃO PELO CLIENTE
A Amazon defende sua atuação no combo de três palavras: “obsessão pelo cliente”. “Somos obcecados pelas coisas as quais acreditamos que os clientes sempre irão se importar: preços baixos, vasta seleção de produtos e entrega rápida. Por isso, trabalhamos duro para fornecer todos os três com o compromisso de inovar e entregar excelência operacional, ofertando escolha, velocidade e conveniência”, diz Fernanda Grumach, líder de Experiência de Compras dos Clientes Amazon no Brasil.

Essa obsessão rende ao time de inteligência de dados trabalho, a fim de que suas centenas de milhões de contas ativas recebam em seus dispositivos eletrônicos o que querem consumir. “Nós trabalhamos para entregar as melhores recomendações de produtos para cada um, garantindo que encontrarão os itens que precisam em nosso site. Hoje, cada cliente que entra em nosso aplicativo ou site vê a Amazon personalizada para suas necessidades. Para isso, escutamos o que nossos clientes querem e começamos por aí. Começar pelo cliente e buscar o feedback constante faz parte da nossa cultura e, para hiperpersonalizar, isso não poderia ser diferente”, diz.

Nossa linha de trabalho sempre foi mais data-driven, porém, com a evolução tecnológica, ferramentas e a ciência de dados, conseguimos trabalhar mais informações e variáveis de uma maneira mais sofisticada e mais complexa. RENATO MANSUR, diretor de Canais Digitais do Itaú Unibanco.

INDIVÍDUO A INDIVÍDUO
O Itaú não atingiu a marca de 18 milhões de clientes pessoa física acessando mensalmente seus canais digitais por subestimar a análise da alta demanda de dados recebida todos os dias. Renato Mansur, diretor de Canais Digitais do Itaú Unibanco, atribui este número às ações hiperpersonalizadas de atendimento a seus consumidores.

“Nossa linha de trabalho sempre foi mais data-driven, porém, com a evolução tecnológica, ferramentas e a ciência de dados, conseguimos trabalhar mais informações e variáveis de uma maneira mais sofisticada e mais complexa. Por exemplo, antigamente falávamos somente de clusters de clientes; hoje, conseguimos chegar no 1:1, indivíduo a indivíduo com uma conversa mais contextualizada e customizada.”

Segundo Mansur, a evolução é contínua e está muito atrelada a uma mudança de comportamento dos clientes e da sociedade, além de um cenário no qual teremos cada vez mais dados, tornando-se mais complexo identificar as informações corretas para chegarmos à resposta ambicionada. “É uma jornada contínua e que depende de um aprendizado e uma evolução constantes dos nossos times e soluções.”

“A dificuldade é pensar em uma arquitetura em que toda essa coleta não fique dentro de um silo, dentro de uma área específica. É fazer com que diferentes setores possam se apropriar desses dados para que, a partir daí, sejam usados em escala.” GUILHERME KOLBERG, sócio e head de CX e Atendimento da XP.

HIPERAPROXIMAÇÃO
A XP Inc. hiperpersonalizou por meio da hiperaproximação. Esse processo passou, claro, pelo uso estratégico da análise de dados. Afinal, como diz Guilherme Kolberg, sócio e head de CX e Atendimento, “por ser um business superescalável, quanto mais a XP cresce, mais necessária é a obtenção de dados em real time para que ela consiga tomar decisões para moldar testes e ações da empresa.”

Mas ainda que a companhia nacional tenha encerrado 2021 com receita, lucro e EBITDA recordes, o executivo afirma que o desafio é descentralizar o compartilhamento desses dados. “A dificuldade é pensar em uma arquitetura em que toda essa coleta não fique dentro de um silo, dentro de uma área específica. É fazer com que diferentes setores possam se apropriar desses dados para que, a partir daí, sejam usados em escala.”

Seus assessores têm quantidades muito menores de clientes que os gerentes dos bancos tradicionais, e isso os torna mais fortes e preparados para eventuais soluções disruptivas que possam aparecer a qualquer momento, facilitando a debandada de seus clientes. “Há muito tempo, trabalhamos para deixar a empresa cada vez mais ágil. Próximos dos nossos clientes, temos mais agilidade e entendimento do perfil de cada um, o que nos permite agir muito mais rápido”.

Hiperpersonalizamos quando entendemos, por exemplo, que o cliente que tem por hábito comprar vinhos em nossa plataforma, ao entrar no Rappi Travel, pode receber sugestões de roteiros turísticos de vinícolas do Sul do País. ERIC DHAESE, diretor-geral do Rappi Turbo e Territórios.

HÁBITOS DE CONSUMO
A startup Rappi já nasceu manuseando dados para tornar suas ofertas mais assertivas. Considera que “a hiperpersonalização é intrínseca às suas operações” e vem inovando para além da entrega de mercado, farmácias, restaurantes e fast-food.

“Hiperpersonalizamos quando entendemos, por exemplo, que o cliente que tem por hábito comprar vinhos em nossa plataforma, ao entrar no Rappi Travel, pode receber sugestões de roteiros turísticos de vinícolas do Sul do País. Além disso, fazemos um sampling (distribuição de amostra grátis) que é baseado nos hábitos de consumo do usuário, o que é um avanço muito interessante se comparado ao sampling tradicional empregado pela indústria”, compartilha Eric Dhaese, diretor-geral do Rappi Turbo e Territórios.

Mas, ainda que o Rappi contemple o eixo das jovens companhias, ele considera que experimentar e se manter alerta à velocidade dos tempos deve estar sempre no radar.

“O aprimoramento acompanha a contínua evolução do consumo e das ferramentas tecnológicas. É necessário ter uma tração que responda, cada vez mais rápido e de forma assertiva, aos crescentes volumes de dados que nos chegam a todo instante. A prática de tentativa e erro vai aperfeiçoando nossos serviços com o feedback imediato de nossos usuários.”

O aspecto mais importante de todo o conhecimento adquirido foi alinhar nossa estratégia de inovação aos feedbacks recebidos. A partir do projeto global que envolveu todos os países onde a BASF atua, foi implementado um sistema com prazos bem-definidos. RENATA MILANESE, diretora de Customer Enabling da BASF
para a América do Sul.

INOVAÇÃO ALINHADA AOS FEEDBACKS
A hiperpersonalização da BASF no Brasil seguiu a diretriz estratégica da marca em nível global: tornar o contato mais próximo e entender as necessidades e as dores de seus consumidores.

A empresa adquiriu ferramentas para instrumentalizar e garantir o tratamento adequado da jornada, o que contou com a implementação de um novo sistema de CRM e a aplicação de pesquisas NPS para mensurar o grau de satisfação de seu público.

Nesse processo, Renata Milanese, diretora de Customer Enabling da BASF para a América do Sul, admite que “como em qualquer nova implementação, foi necessário criar o engajamento do time envolvido, mostrando os benefícios, principalmente relacionados aos clientes.”

“O aspecto mais importante de todo o conhecimento adquirido foi alinhar nossa estratégia de inovação aos feedbacks recebidos. A partir do projeto global que envolveu todos os países onde a BASF atua, foi implementado um sistema com prazos bem-definidos: até 48 horas para dar uma resposta às solicitações dos nossos consumidores e, no máximo, 20 dias para elaborar um plano de ação. Foi inegável que a participação do cliente trouxe um novo olhar sobre os nossos produtos e serviços, assim como a busca por novas soluções”, completa.

O Consumidor 5.0 é instantâneo (e a sua empresa precisa saber como atendê-lo)

Entenda as diferenças entre as cinco gerações de consumidores e como agregar experiência à jornada do consumidor 5.0.

Desde a instauração do Plano Real época na qual o verdadeiro consumidor ressurgiu, com poder de compra e novas exigências, a forma como os brasileiros se relacionam com a marca vem em um constante percurso de mudanças. Se antes o cliente tinha foco no produto e pouco se importava com a experiência dentro da loja física, hoje, ele exige uma jornada sem atritos no e-commerce, planejada de tal maneira que ele seja o epicentro dos negócios. Estamos lidando com o Consumidor 5.0.

Nessa trajetória de transformações, é comum se perder no caminho. Afinal, há pouco tempo já se falava no Consumidor 4.0. e, agora, é necessário atender uma nova geração? Bem, quanto a isso, vale culpar a pandemia, porque o avanço durante o isolamento social já pode ser dividido em duas etapas: o consumidor que experimentava dentro dela e um novo que, nesse período pós-pandêmico, tem tecnologias muito bem estabelecidas na hora de por suas demandas em voz alta.

Como lidar com o Consumidor 5.0.?

Parece mentira, mas já estamos no momento de aprender a atender (e bem) o Consumidor 5.0. E quem é ele? Em geral, os jovens da Geração Z e os Millennials, que seguem atentos às tendências do momento.

Não que eles tragam algo tão diferente da última geração de consumidores (4.0.), presente na pandemia, mas há algumas peculiaridades nesse tipo de cliente que vale a pena aprender. A primeira e mais importante é que o Consumidor 5.0. É, antes de tudo, um sapientíssimo apaixonado por experiência.

É ele que almeja ser o centro dos negócios, agora que entendeu, no pós-pandemia, que um dos maiores valores na hora de fazer uma compra é a experiência. Para isso, cada vez mais as marcas precisam aprofundar os esforços na área de customer experience, bem como aproximar a relação marca-cliente no atendimento.

Conheça o Mundo do CX

Outro ponto importante é que esse consumidor tem um tempo e aqui vem um pequeno spoiler: esse tempo é medido na base da instantaneidade (e por via dos smarphones). Temos um cliente que quer a compra em um clique, mas também demanda uma boa experiência e, se precisar do atendimento, exige que este seja rápido. Um desafio e tanto!

Por fim, esse consumidor também é um heavy user de tecnologia e da internet. Ou seja, ele vai procurar recomendações nas redes sociais antes de efetuar a compra, vai escolher com base nas avaliações e vai ser bem mais impactado por tecnologias inovadoras e ágeis, capazes de sanar suas “dores” sem atritos.

E qual a diferença do Consumidor 5.0 para os demais?
À primeira vista, o Consumidor 5.0. parece muito semelhante ao 4.0. No entanto, as mudanças de quem veio antes (e durante) a pandemia para quem chegou a 2022 são gritantes.
Mas você sabe como chegamos ao Consumidor 5.0 e quem eram seus antecessores? A Consumidor Moderno te convida em um mergulho na História. Confira:

Consumidor 1.0, focado nos produtos

O pioneiro da geração de consumidores já ficou no século passado — e isso nem é exagero. Na época, o Consumidor 1.0. era aquele que tinha como foco principal o produto, e acabava de ganhar mais poder aquisitivo com a estabilidade do Real.

Naquele momento, havia uma interação que era de um para um, e o produto era praticamente o único requisito de importância, com pouco destaque à marca. O objetivo final, dessa forma, era bem pragmático: resolver o problema e ter um produto de boa qualidade.

Consumidor 2.0, empoderado com o poder de escolha

Uns anos mais à frente, vem o Consumidor 2.0., que, diferente de seu antecessor, tinha acesso a uma maior malha de concorrências. Ou seja, ele tinha o poder da escolha, acima da escolha do produto. Foi nesse momento em que as marcas começaram, de forma muito tímida, a oferecer mais qualidades, atributos que as destacassem da concorrência, assim como benefícios.

Esse também foi um consumidor muito mais fiel às marcas nas quais consumia e, mesmo que “persuadido” por uma concorrente, ainda optava por aquela que oferecia um produto de maior qualidade e com longa duração. E mais do que isso: recomendava-o a família e amigos.

Consumidor 3.0., o sentimental

Não à toa, essa geração de consumidores se caracterizou como empático e “sentimental”. Para além da concorrência e do produto, esse cliente tem uma forte conexão com o sentimento de representatividade. Em outras palavras, tinha como prioridade sentir-se representado por aquela marca, tinha essa procura ativa por pertencimento.

E isso veio de inúmeras formas: traços de personalização, comunidades políticas, orientações étnicas e até mesmo sexuais. Foi um grande movimento de aproximação com as marcas, de maneiras a torná-las uma parte da personalidade do brasileiro.

Consumidor 4.0., o informado

Esse, um dos mais próximos de nós, caracteriza-se como o “informado” pela facilidade de acesso à informação. Se antes as empresas tinham a frente quando o assunto era conhecimento, hoje, na palma das mãos, é possível ter acesso a um histórico de ações de determinada marca.

Dessa forma, esse tipo de consumidor também se caracteriza como menos tolerante: ele demanda transparência, honestidade, porque sabe quando há algo de errado ou fora da realidade. E mais do que bem-informado, ele também é bastante curioso: mostra-se bastante proativo para buscar informações sobre as marcas e não se sente nem um pouco impelido a compartilhar essas conhecimento nas redes sociais, bem com família e amigos.

Dito tudo isso, resta saber: a sua marca atende a todos esses consumidores? E mais: está preparada para o Consumidor 6.0, com todas as tendências do futuro compiladas?

Mercado Livre e Shopee são as principais plataformas de compras nas favelas do Brasil

Entrega é uma das principais barreiras para a expansão desse mercado nas comunidades.

Mercado Livre e Shopee são as principais plataformas de compras nas 15 maiores favelas do Brasil. Com um potencial de compra de R$ 9,9 bilhões, os moradores das 15 maiores comunidades do Brasil aderiram as compras online e 38% fazem compras por este canal. Desenvolvida pelo Outdoor Social Inteligência, a Pesquisa Persona Favela mapeou os itens mais comprados entre eletroeletrônicos e carros e motocicletas, as plataformas de compras e a forma de entrega mais utilizada nas favelas.

Foram entrevistados 462 moradores das 15 maiores comunidades dos municípios de Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife, Fortaleza, São Luís e Belém.

Segundo a pesquisa, as plataformas mais utilizadas para fazer compras são Mercado Livre (49%), Shopee (37%), Ifood (31%), Americanas (25%) e Magazine Luiza (20%).

“Mercado Livre e Shopee se destacam pela cultura de startup, visão global, e por enxergarem a favela sem preconceito. O modelo de marketplace que vende de tudo, desde um sapato a um eletroeletrônico, também reafirma esse olhar para a favela como potência e que lá a audiência para ser alcançada”, afirma Emilia Rabello, CEO da holding Outdoor Social.

Apesar de 82% dos entrevistados que realizam compras pela internet receberem o produto na porta de casa, Emília destaca que essa é ainda é uma barreira muito grande para a expansão das compras online.

Para viabilizar a entrega porta a porta, as empresas devem olhar para dentro das favelas, gerar empregabilidade e renda para os moradores, para que eles realizem as entregas. Como exemplo, Emília cita os projetos Favela Brasil Xpress e o NaPorta, que viabilizam as entregas dentro das comunidades cadastradas, empregando os entregadores locais.

“O consumo online está em expansão, mas ainda existe um oceano azul muito grande para ser navegado. A expansão desse mercado depende dos investimentos da indústria e dos grandes varejistas. É preciso um olhar especial para esse público. Falar diretamente com os moradores dessas comunidades”, diz.

Shopee lança campanha de aniversário com R$ 6 milhões em cupons descontos

Objetivo é conectar mais consumidores locais com os 2 milhões de vendedores brasileiros cadastrados no marketplace

Shopee lança campanha de aniversário com R$ 6 milhões em cupons descontos
Para celebrar dois anos dos vendedores brasileiros na plataforma, a Shopee fará a campanha “7.7 Aniversário Shopee”, com vouchers de frete grátis, ofertas surpresa e cupons de desconto. No dia 7 de julho serão dados R$ 6 milhões em descontos.

O objetivo é conectar mais consumidores locais com os 2 milhões de vendedores brasileiros cadastrados no marketplace. “Nesse 7.7, vamos celebrar oferecendo ainda mais benefícios e oportunidades de economia aos nossos usuários durante suas compras em uma experiência segura e divertida”, conta Felipe Piringer, responsável pelo marketing da Shopee.

No dia 26 de junho, acontecerá o Festival de Prêmios, em que todos os jogos do aplicativo estarão com eventos especiais, distribuindo 7 milhões de medas Shopee para os usuários.

Já no dia 5 de julho, a Shopee fará uma live de aquecimento com o Tema “Preparando a sua Festa de Aniversário da Shopee”, enquanto no dia 7 de julho haverá a Super Shopee Live 7.7, com ofertas e jogos interativos com o público. As duas transmissões começam às 19h.

Para impulsionar o tráfego de consumidores, a Shopee vai divulgar a campanha nos principais canais da TV aberta, TV paga, em canais de online marketing, além de contar com um de cerca de 20 influenciadores como Ivan Baron, Weel Silva, Caio Afiune, Patricia Ramos, Camila Monteiro, Alexia Brito, Sthefane Matos, Beca Barreto, Julia Puzzuoli, Morgana Santana, Yarley Ara, Junior Caldeirao, Mariana Menezes, além dos perfis Sou Eu Na Vida, Gina Indelicada, Perrengue Chique, Tuitteiros, Página Lixo e Memes Br.

Alibaba ultrapassou 1 bilhão de consumidores ativos anuais na China

A receita do quarto trimestre do Alibaba Group cresceu 9% ano a ano, para US$ 32,19 bilhões. Isso, ainda que os ventos contrários da pandemia arrastaram o crescimento. Para o ano fiscal encerrado em 31 de março, a empresa global de vendas na internet registrou um aumento de 19% em receita em relação ao ano anterior.

Vale lembrar que a atividade econômica da China se contraiu acentuadamente nos últimos meses. Afinal, com o retorno da Covid-19, fábricas foram novamente fechadas, assim como cadeias de suprimentos afetadas e consumo reduzido. Em março, as vendas no varejo da China caíram 3,5%, o primeiro declínio ano a ano desde meados de 2020.

Mantendo o curso

Apesar da interrupção generalizada, a estratégia de crescimento “multimotor” do Alibaba (com seus três pilares de consumo doméstico, globalização e nuvem) permaneceu intacta durante a pandemia.

Imagem de um gráfico
Estratégia de crescimento “multimotor” do Alibaba permaneceu intacta durante a pandemia

Afinal, o Alibaba ultrapassou 1 bilhão de consumidores ativos anuais (AACs) na China durante o trimestre — e o número no exterior cresceu para 305 milhões. O valor bruto global de mercadorias (GMV) atingiu um recorde de mais de US$ 1 trilhão no ano fiscal.

Comércio internacional

Os negócios de varejo de comércio internacional do Alibaba, incluindo Lazada, AliExpress , Trendyol e Daraz, geraram GMV de cerca de US$ 54 bilhões. Além disso, tiveram um crescimento de pedidos combinados de cerca de 34% ano a ano no ano fiscal .

O aumento de pedidos do AliExpress ficou estável devido à remoção da União Europeia da isenção de IVA para encomendas internacionais abaixo de € 22 (que entrou em vigor em julho do ano passado). O mesmo se dá por conta das interrupções na cadeia de suprimentos e logística para encomendas que entram na zona do euro devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia.

Durante o trimestre de março, o crescimento do valor das transações no Alibaba.com diminuiu para 22% ano a ano. Isso se deu principalmente devido à desaceleração do crescimento das exportações na China, bem como interrupções na cadeia de suprimentos como resultado por conta da pandemia.

Festival Alibaba 6.18

O Alibaba revelou seu maior evento de vendas 6.18 (nome do evento) de todos os tempos. Neste caso, apresentou 250 mil marcas e 1,4 milhão de novos produtos em oferta. Ao contrário dos anos anteriores, o festival de compras começou às 20h em vez da meia-noite.

Com transmissão ao vivo, o evento atrai consumidores para assistir seus anfitriões e KOLs (influencers) favoritos. Entre uma apresentação e outra a empresa libera vouchers especiais para usar durante todo o festival de compras. A plataforma também lançou um novo recurso “Tmall List”, guias de compras selecionados para consumidores que buscam inspiração sobre o que comprar. Esses rankings de produtos são pontuados com base em uma série de critérios, como popularidade entre os consumidores, custo-benefício e avaliações de especialistas.

Durante o período de pré-venda, muitos compradores receberam suas compras no dia seguinte. Isso se deve ao serviço de entrega expressa da Cainiao, que permite que 95% de seus pedidos sejam entregues no mesmo dia ou no dia seguinte. Além disso, Cainiao está lançando 5 mil estações de coleta de encomendas em vilarejos e cidades remotas na China. Com os lockers, o Alibaba pretende agilizar as entregas à luz da crescente demanda de cidades pequenas.

Alibaba Health

Recentemente, o Alibaba Health, braço de saúde do Alibaba Group, relatou um rápido crescimento em receita e lucro bruto — aumentou respectivamente 61,7% e 62,1% ano a ano. No caso, a empresa atribuiu o crescimento ao forte desempenho de seus negócios de plataforma de comércio eletrônico e vendas diretas de produtos farmacêuticos.

Além das vendas de medicamentos, o Alibaba Health também está explorando novas maneiras de melhorar a experiência do cliente. Neste caso, destaque para a implantação de serviços de entrega sob demanda 24 horas por dia, 7 dias por semana. Hoje, a Alibaba Health oferece entregas de 30 minutos em cerca de 30 cidades e serviço de entrega de 1 hora em mais de 300 locais na China. Também continua a investir em soluções online para offline, inclusive por meio de seu “Dr. Deer” — trata-se de um assistente que permite ao consumidor pesquisar informações e produtos médicos, marcar consultas e consultar médicos online. No final de março, o Alibaba Health viu uma média de 180 mil consultas online realizadas em suas plataformas por dia.

Ajuda na Ucrânia

A Cainiao e o Correio Nacional da Ucrânia lançaram um serviço gratuito de rastreamento de encomendas. O sistema garante uma entrega melhor e mais segura para todas as encomendas feitas pelo AliExpress. Portanto, a partir desta semana vendedores e consumidores poderão acompanhar o status de todas as encomendas internacionais tratadas pelas duas empresas (sem custos adicionais). A Ucrânia é um mercado importante para o AliExpress, e está entre as 10 principais regiões em termos de receita.

Renner amplia seu marketplace, que já conta com 240 sellers e 70 mil produtos

Canal é responsável por 5% das vendas realizadas no e-commerce da varejista.

A Renner lançou uma campanha com a nova identidade visual de seu marketplace que foi ampliado e já conta com mais de 70 mil produtos. Lançado em maio de 2021, o canal é responsável por 5% das vendas realizadas no e-commerce da varejista e conta com mais de 240 sellers de diferentes marcas e categorias, como calçados, acessórios, lingeries, moda esportiva, beleza, perfumaria, bem-estar e casa e decoração.

Chamado de Alameda Renner, o marketplace finalizou o 1º trimestre de 2022 com um aumento de 37% no sortimento em relação ao último trimestre do ano passado.

“Atualmente, temos mais de 18 milhões de consumidores ativos no nosso ecossistema, que transitam entre os nossos diferentes negócios. A existência de um marketplace especialista em moda e estilo de vida potencializa este movimento”, afirma a diretora de Operações da Lojas Renner, Fabiana Taccola.

Para  apresentar o marketplace para o público, a Renner colocou no ar uma campanha que lança a identidade visual da plataforma com o conceito “Alameda Renner. Tem estilo, tá aqui” e acionou um time de influenciadores parceiros nas redes sociais, além de sua persona digital, Rennata, para conversar com o público sobre o assunto.

“O marketplace vem reforçar a cumplicidade da marca com nossos clientes. A campanha mostra que, com o Alameda Renner, os consumidores têm ainda mais opções de produtos e inspiração de moda e lifestyle para diferentes ocasiões em um único lugar”, diz a diretora de Marketing Corporativo da Lojas Renner, Maria Cristina Merçon.

Força do ecossistema 

Ao ampliar o mix de produtos relacionados à moda e lifestyle no ambiente digital da varejista, o Alameda Renner beneficia todo o ecossistema da Renner e reforça a sinergia entre os negócios da companhia, aumentando assim o ticket médio, a frequência e a base de clientes.

Tanto é que a Camicado, empresa do grupo que atua no segmento de casa e decoração, é o seller com maior representatividade no marketplace da Renner, enquanto a Youcom, player especializado em moda jovem, está entre os cinco maiores.

Vendas no Dia das Mães crescem cerca de 25%, aponta estudo de All in

Relatório de Dia das Mães, feito pela All in e parceiros, mostra que o faturamento chegou a R$ 6,4 bilhões no evento, resultado de um alto índice de visitas, cadastros e vendas.

Todo o varejo espera pelas datas sazonais para dar aquele ‘up’ nas vendas, sabendo que muitos consumidores irão atrás de presentes e homenagens nesses dias. Mas o que tem acontecido é o aumento de visitas e cadastros na época, a exemplo da região Sudeste, que é responsável por mais de 65% dos sign ups.

E se tem uma coisa que os consumidores levam em conta na hora de comprar, é o relacionamento. Um exemplo disso, é que o WhatsApp foi apontado como o meio de atendimento de maior preferência do público, mas não podemos deixar de falar o chat pelo site, que deu um salto expressivo em 2022 e voltou a ‘dar as caras’ nos resultados.

O que isso significa? Proximidade com o consumidor e a necessidade de uma plataforma que melhor atenda essa questão. Não à toa, a taxa de recompra foi de quase 4% este ano e se você deseja que o seu cliente fidelize a ponto de se apaixonar pela sua marca, comprar novamente e indicar para conhecidos, é hora de usar esses dados para entender sobre comportamento e aplicá-los na estratégia de agora até o segundo semestre.

O outro lado

Falamos de cliente, agora vamos falar sobre a preparação dos e-commerces em momento de alta demanda. O relatório mostrou que o segmento de Higiene pessoal estava com o estoque mais completo e disponível para atender os compradores – não podemos dizer o mesmo de ‘Alimentos’, com a média de 40% dos produtos indisponíveis para compra.

Considerando todas as categorias, em média, 26% dos produtos de bens de consumo estavam indisponíveis para compra online, indicando que ainda há muito o que melhorar no que diz respeito ao abastecimento de mercadoria nas páginas de produtos online. Outro ponto a considerar é a expectativa e frustração do consumidor em relação a compra, que pode fazer ele ir direto ao concorrente.

Onde há compra, há perigo?

Se você tem um e-commerce, muito provavelmente já teve que lidar com as tentativas de fraude, então vamos entender os resultados relacionados a esse quesito em uma das datas sazonais mais relevantes para o mercado. O aumento foi de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior, mas nem tudo é tão ruim, afinal ‘tentativas’ não quer dizer que concluíram, certo?

O valor recuperado de pedidos fraudulentos foi de R$ 152 milhões. E uma curiosidade sobre o assunto: o estudo mostrou que a maior parte das tentativas de fraude acontecem durante a semana, sendo domingo o dia de maior descanso — até para os criminosos.

A celebração

E se há presentes, há motivos para comemorar. O Dia das Mães costuma ir além das compras, é repleto de encontros, abraços e geralmente, uma comidinha. No caso de quem preferiu pedir delivery, a pizza foi o prato mais escolhido para o momento, sendo a região Sul a campeã de pedidos nessa sazonalidade.

Depois desse resumo, é hora de você acessar o relatório completo e ter em mãos as análises detalhadas sobre o comportamento do consumidor e do varejo nesse Dia das Mães. Veja mais no relatório.

Consumidor latino planeja seus gastos e compra em canais diversos, segundo pesquisa da Kantar

Transformação e digitalização dos canais de compras levaram à mudanças do varejo na América Latina.

Nos últimos dois anos, consumidores e canais de compras passaram por um processo de reinvenção para se adequar à nova realidade. De acordo com a 3ª edição do relatório Winning Omnichannel Latam 2022, produzido pela Kantar, o consumidor latino está mais experiente, compra em canais diversos e seu gasto é mais fragmentado.

Novos canais se destacaram, como farmácias e lojas especializadas, além do formato atacarejo, que continua crescendo constantemente na América Latina.

No Brasil, os principais destaques no ano passado foram os canais atacarejo e pequeno varejo de autosserviço, que conquistaram maior número de novos lares. Canais menores e de proximidade também se fortaleceram no segundo ano da pandemia no País, evidenciando que conveniência é fator de escolha do consumidor na hora de comprar.

pequeno varejo de autosserviços conquistou 7,6 milhões de novos lares compradores em relação ao ano pré-pandemia (2019) e hoje representa o maior valor total gasto (23,6%) pelo brasileiro nos canais de compra de bens de consumo massivo. Os canais de super vizinhança também registraram boa performance, alcançando mais 1,8 milhões de domicílios compradores.

Consumidor omnichannel 

O novo comportamento de compra do consumidor exige uma adaptação do varejo, já que ele está em mais canais, atende menos o canal físico e gasta de forma mais planejada. O relatório Winning Omnichannel segmentou os perfis dos consumidores latino-americanos em três grupos de acordo com o número de canais visitados.

O comprador experiente, que consome em oito ou mais estabelecimentos durante o ano, representa 1/3 da população e 40% dos gastos de bens de consumo massivo, ou seja, contribuiu para quase 80% do crescimento pós-covid-19 na América Latina.

Nos últimos 12 meses, a transformação e digitalização dos canais levaram à mudança do varejo na América Latina. Segundo o relatório, as empresas foram forçadas a se adaptar ao modelo “figital”, mix entre os canais físicos e digitais, somado ao omnichannel.

Além disso, apostaram na relação qualidade/preço, proximidade e especialização. Em 2021, o canal atacarejo atingiu seu pico de penetração, ultrapassando a metade da população latino-americana, enquanto super e hipermercados, assim como os tradicionais, continuaram perdendo espaço. Essa perda foi absorvida pelo desenvolvimento acelerado de canais não convencionais, que tiveram forte crescimento nesse novo ambiente.