Mercado Livre fica entre os 10 apps mais baixados no mundo

Em um ranking feito pela Adjust em parceria com a SensorTower, o Mercado Livre ficou entre os 10 aplicativos de e-commerce com mais downloads no mundo em 2024.

Com a 10ª colocação, o player latino-americano cresceu em 2024 e, neste ano, projeta novos investimentos em moda e supermercados, principalmente.

O ranking completo:

1. Temu
2. SHEIN
3. Meesho
4. Amazon
5. Shopee
6. Flipkart
7. Alibaba.com
8. AliExpress
9. Shopsy
10. Mercado Livre

Entre as companhias citadas, temos a presença de mais da metade — sem contar o Mercado Livre — dentro do ecossistema brasileiro de e-commerce. Representantes asiáticos, como Temu e SHEIN, por exemplo, enxergam grandes oportunidades com o consumidor nacional.

Além destes, Amazon e Shopee também colocam o Brasil em alta estima, bem como o AliExpress, que no ano passado firmou uma parceria comercial com a Magalu.

Aplicativos na América Latina e Brasil
No recorte Mobile Trends 2025, pesquisa da Adjust, alguns dados sobre aplicativos globalmente também chamam a atenção. É o caso de uma projeção de US$ 2,5 trilhões em receita em mobile commerce em 2025, alta de 213% na comparação com 2024. Até o momento, a categoria representa 73% das vendas globais em e-commerce, que até 2027 devem ultrapassar US$ 8 trilhões, de acordo com a pesquisa.

Na América Latina, os aplicativos de e-commerce cresceram 43% em instalações e 14% no número de sessões. Os números superam a média global, que teve altas de 17% nas instalações e 34% nas sessões.

O levantamento também aponta que o Brasil se destacou no cenário mobile, ficando em terceiro lugar mundial no número de downloads de aplicativos, com mais de 9,4 bilhões de instalações. Em termos de faturamento, o país ocupou a 11ª posição, arrecadando aproximadamente US$ 1,6 bilhão.

Dados gerais
A duração média das sessões em aplicativos de e-commerce caiu levemente, de 10,3 minutos para 10,23 minutos, com a Europa liderando o ranking com 11,33 minutos. A América Latina foi a única região a apresentar crescimento nesse indicador, passando de 8,44 para 8,57 minutos.

Nos EUA, as compras por ativação por voz devem alcançar um valor de mercado de US$ 34 bilhões até 2034.

Fonte: https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/mercado-livre-fica-entre-os-10-apps-mais-baixados-no-mundo-veja-a-lista

Live commerce: a revolução do e-commerce e seu potencial no Brasil

O live commerce tem emergido como uma das estratégias mais impactantes para o varejo digital. O formato, que combina transmissões ao vivo com a possibilidade de compra instantânea, nasceu na China e rapidamente se tornou uma peça-chave para marketplaces e marcas que buscam engajamento e conversão de vendas em tempo real.

Como o live commerce está revolucionando as vendas online e por que essa estratégia pode ser o futuro do e-commerce no Brasil.

Enquanto o live commerce já movimenta centenas de bilhões de dólares anualmente na China, no Brasil, o modelo ainda está em desenvolvimento. No entanto, à medida que plataformas como Shopee, Amazon Live e TikTok Shop investem mais nesse formato, lojistas e indústrias de e-commerce precisam entender como essa estratégia pode ser incorporada ao seu mix de vendas.

O conceito de live commerce surgiu na China em 2016, quando o Alibaba introduziu transmissões ao vivo na plataforma Taobao. A ideia era conectar vendedores e consumidores de maneira interativa, permitindo que dúvidas fossem resolvidas em tempo real e que o senso de urgência impulsionasse as compras.

Desde então, o modelo evoluiu rapidamente e se consolidou como uma das principais formas de venda digital na China. Hoje, plataformas como Douyin (versão chinesa do TikTok), Kuaishou e Pinduoduo lideram esse movimento, transformando o live commerce em um hábito de compra diário para milhões de consumidores.

Os números demonstram a força desse modelo:

– O mercado de live commerce na China movimentou US$ 700 bilhões em 2023.

– Estima-se que 20% de todas as vendas online globais serão feitas por meio desse formato até 2026.

– Grandes varejistas e marcas internacionais já adotam essa estratégia para impulsionar conversões e fidelizar clientes.

Na China, os live sellers (apresentadores das transmissões) se tornaram verdadeiros influenciadores, com equipes profissionais de produção, roteiros bem estruturados e longas jornadas de trabalho. Algumas marcas exigem que suas lojas realizem transmissões diárias de até 15 horas, tamanha é a importância dessa estratégia para as vendas.
Live commerce no Brasil: uma estratégia ainda em construção

Diferentemente do que ocorre na China, o live commerce no Brasil ainda é tratado por muitas marcas como um evento pontual, e não como uma estratégia contínua de vendas. Grandes varejistas como Magalu, Americanas e Casas Bahia já realizam transmissões ao vivo para apresentar ofertas, mas a frequência ainda está longe da rotina consolidada no mercado asiático.

Alguns desafios para a massificação do live commerce no Brasil incluem:

1. Infraestrutura e conectividade – enquanto a China possui internet de alta velocidade amplamente disponível, o Brasil ainda enfrenta desigualdades no acesso, especialmente fora dos grandes centros urbanos.

2. Cultura de consumo – os consumidores brasileiros ainda não estão tão acostumados a comprar diretamente de lives como os chineses, que veem esse formato como algo natural do dia a dia.

3. Profissionalização do setor – na China, já existem cursos universitários específicos para formar especialistas em live commerce. No Brasil, o setor ainda está amadurecendo.

Apesar desses desafios, os primeiros sinais de crescimento do live commerce no Brasil são animadores. À medida que plataformas como TikTok, Kwai, Shein e Shopee investem cada vez mais no formato, espera-se que o modelo ganhe escala e se torne um canal relevante de vendas.
Por que o live commerce é tão eficaz?

O sucesso do live commerce não é um fenômeno isolado. Existem fatores estratégicos e psicológicos que fazem com que esse modelo converta muito mais do que o e-commerce tradicional:

– Engajamento em tempo real – diferentemente de uma página de produto estática, o live commerce permite que consumidores interajam diretamente com os vendedores, tirem dúvidas e sintam-se mais seguros para comprar.

– Menos objeções de compra – como os produtos são demonstrados ao vivo, o cliente consegue visualizar sua aplicação, entender melhor seus benefícios e superar eventuais receios antes de finalizar a compra.

– Urgência e escassez – Estratégias como promoções-relâmpago e estoques limitados são amplamente utilizadas nas transmissões ao vivo, incentivando a compra imediata.

O resultado dessa combinação é um aumento expressivo na taxa de conversão, que pode ser até dez vezes maior do que em um e-commerce tradicional.
Oportunidades para o e-commerce brasileiro: como aplicar o live commerce?

Para lojistas, indústrias e marketplaces brasileiros, o live commerce representa uma oportunidade estratégica para alavancar as vendas. Algumas formas de aplicar essa tática incluem:

– Uso de influenciadores – no Brasil, os consumidores são altamente engajados com criadores de conteúdo. Parcerias com influenciadores digitais podem aumentar o alcance e a credibilidade das lives.

– Foco em categorias de alto apelo visual – moda, beleza, eletrônicos e acessórios são segmentos que performam muito bem no live commerce, pois os consumidores valorizam demonstrações ao vivo.

– Adoção de um calendário recorrente – em vez de tratar as lives como ações isoladas, as marcas devem construir uma programação contínua de transmissões, fidelizando uma audiência recorrente.

– Personalização e interatividade – recursos como cupons exclusivos para quem assiste à live, sorteios e enquetes aumentam a participação e criam um senso de comunidade entre os espectadores.
O live commerce é o futuro do e-commerce?

O live commerce já provou seu valor na China e começa a ganhar tração no Brasil. Embora o modelo ainda esteja em fase de adaptação ao mercado nacional, tudo indica que sua adoção será cada vez maior, especialmente à medida que plataformas como TikTok, Kwai e Shopee expandirem seus investimentos na região.

Para empresas que já atuam no e-commerce, a adoção do live commerce não deve ser vista como uma tendência passageira, mas sim como um novo canal de vendas e relacionamento com o consumidor. Lojistas que saírem na frente e estruturarem uma estratégia sólida de transmissões ao vivo poderão obter uma vantagem competitiva significativa.

Seja no B2B, B2C ou D2C, o live commerce pode se tornar um fator decisivo para aumentar conversões, reduzir objeções de compra e construir uma base fiel de clientes. A questão não é mais “se” o Brasil adotará esse modelo, mas sim “quando” e “como” ele se consolidará no mercado nacional.

O futuro das vendas online já está acontecendo. O posicionamento estratégico e a adaptação ao comportamento do consumidor definirão quais empresas irão liderar essa transformação no Brasil.

Fonte: https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/live-commerce-a-revolucao-do-e-commerce-e-seu-potencial-no-brasil

Análise do e-commerce no Brasil em janeiro de 2025

A Conversion lançou o Relatório Setores do E-commerce no Brasil  com dados e análise do e-commerce brasileiro em janeiro de 2025. 

Listamos alguns destaques dessa edição:

5 dos 10 maiores e-commerces no Brasil são asiáticos
No mês de janeiro, os 5 maiores e-commerces asiáticos no Brasil receberam mais de meio bilhão de acessos brasileiros. Esse dado – apoiado pelo crescimento de 68% em acessos do setor de importados em comparação com janeiro de 2024 – mostra uma tendência que observamos no último ano e segue para 2025: o domínio cada vez maior dos e-commerces asiáticos dentro do mercado brasileiro

5 gigantes asiáticos no Brasil ultrapassam o meio bilhão de acessos
em janeiro

Somadas, Shopee, Temu, Samsung, Shein e AliExpress chegaram a impressionantes 639 milhões de acessos no mês de janeiro. Entre elas, a chinesa Temu é a grande protagonista quando o assunto é crescimento. A empresa cresceu 38,5% em janeiro – com um aumento de 39,7 milhões de visitas em relação a dezembro de 2024.

Importados crescem 68% em um ano

Além de ser o grande destaque no top 10 geral, a Temu alavancou o setor de importados como um todo. O setor, que cresceu 15% no último mês, contou com 92% de participação da gigante chinesa para esse crescimento.

O Relatório completo Setores do E-commerce no Brasil -Fevereiro 2025 com dados de Janeiro 2025, já está disponível na Bilbioteca do RadarIC+. Para acessar, faça o login no site do RadarIC+ ( https://radaric.correios.com.br/) e clique aqui  .

Fonte:
https://lp.conversion.com.br/relatorio-setores-ecommerce

E-commerces chineses dominam 50% das visitas em abril, anuncia Conversion

Em meio ao debate sobre o fim das isenções tributárias para compras internacionais abaixo de US$ 50 (cerca de R$ 256, na cotação de maio), as plataformas de importados, que seriam as mais impactadas por essa mudança, registraram crescimento pelo terceiro mês consecutivo, alcançando o melhor desempenho desde novembro de 2023.

Conforme o Relatório Setores do E-commerce, da Conversion, os importados representam hoje 7% do total de acessos em todas as plataformas online, com visitas provenientes principalmente da web, tanto por desktop quanto por dispositivos móveis.

Em abril, as visitas únicas chegaram a 170,6 milhões, um aumento de 0,9% em relação a março. O último desempenho superior ocorreu em novembro, com 202,5 milhões de acessos, muito impulsionados pela Black Friday.

O setor é dominado por empresas asiáticas, especialmente as chinesas Shein e Aliexpress, que juntas somaram 139 milhões de acessos, representando 82% do total de acessos no segmento de importados. No entanto, o maior crescimento foi registrado por outra empresa chinesa, a Made in China, que teve um aumento de 31,3% nas visitas mensais, entrando para a lista dos dez e-commerces internacionais mais visitados pelos brasileiros, na décima posição.

Com o fenômeno “chu hai (出海)”, que descreve a expansão global das empresas chinesas, os e-commerces chineses atualmente dominam 50% do ranking de importados no relatório. As empresas mais destacadas são: Shein (1º), Aliexpress (2º), Alibaba (5º), Banggood (8º) e Made in China (10º).

Também não se pode esquecer da chegada de outra gigante chinesa: Temu, que acabou de pedir registro para o Remessa Conforme, podendo começar suas atividades no Brasil no segundo semestre do ano.

Para o CEO da Conversion, Diego Ivo, “é importante que as empresas sejam ouvidas na discussão tributária. Apenas negócios habilitados no Programa Remessa Conforme (PRC) possuem a isenção atual, pagando uma taxa de 17% do ICMS.

Os e-commerces estrangeiros, que competem com os brasileiros sem a mesma carga tributária, estão impactando fortemente a indústria e o varejo no país, então creio que seja necessária alguma isonomia de tributos”, comenta.

PMEs online já faturaram R$ 1,4 milhão com a volta às aulas, informa Nuvemshop

A busca por itens de papelaria relacionados ao retorno às aulas impulsionou o comércio online, resultando em um aumento de 8% no faturamento dos pequenos e médios varejistas online em relação ao mesmo período de 2023. O total de itens vendidos atingiu 19,5 mil, sendo planners, agendas, calendários e cadernos os mais procurados, conforme revelou o levantamento feito pela Nuvemshop.

Priscilla Ferraz, gerente de vendas na Nuvemshop, destacou que mesmo o início do ano não sendo tão movimentado para o varejo devido às festas de final de ano e aos pagamentos programados para janeiro, como IPTU e IPVA, o segmento de papelaria continua apresentando bons resultados. Ela comenta que o retorno às aulas, geralmente entre a segunda quinzena de janeiro e início de fevereiro, é impulsionado pelos preços competitivos do varejo online e pela praticidade de comprar sem sair de casa, atraindo cada vez mais alunos e familiares.

O ticket médio por compra foi de R$ 230, com o cartão de crédito sendo o meio de pagamento mais utilizado (45%), seguido pelo Pix (42,5%). Já entre as redes sociais, o Instagram foi a plataforma que mais converteu vendas para o e-commerce de papelarias (95%), seguido pelo Facebook (2,5%) e Youtube (1,5%).

O ranking dos estados com maior faturamento em papelarias é liderado por São Paulo (R$514 mil), seguido por Santa Catarina (R$378 mil) e Rio de Janeiro (R$117 mil), completando o top 3. Minas Gerais (R$110,5 mil) e Espírito Santo (R$65 mil) encerram a sequência. O levantamento considerou as vendas das pequenas e médias lojas de papelaria online brasileiras entre 1º e 14 de janeiro de 2023 e 2024.

Como exemplo, a movimentação antes do retorno às aulas foi percebida por Marcela Moura, proprietária da Papelaria Concurseiros, uma loja online em Bragança Paulista, interior de São Paulo. Ela destacou um aumento de 58% nas vendas nas primeiras duas semanas de janeiro, com um crescimento exponencial na conversão de carrinho em vendas, superior a 300%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Marcela observou que os consumidores estão diversificando as compras, adquirindo o básico em lojas físicas e buscando a loja online para itens de papelaria desejados e produtos diferenciados. A divulgação nas redes sociais, mostrando produtos e lançamentos, é uma estratégia adotada para criar desejo no público.
‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/pmes-online-ja-faturaram-r-14-milhao-com-a-volta-as-aulas-informa-nuvemshop

Compras on-line atingem R$ 185,7 bilhões no Brasil em 2023, revela ABComm

Com as datas comemorativas do mês de dezembro de 2023, o saldo de vendas no varejo brasileiro se mostrou positivo, registrando um pequeno aumento de 1,1% de acordo com o ICVA. As PMEs também não ficaram para trás, garantindo R$ 309 milhões de faturamento nas vendas de Natal.

Enquanto no e-commerce brasileiro, as vendas totais atingiram a marca de R$ 185,7 bilhões em 2023, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), revelando um crescimento de mais de 10% em relação a 2022. Foram cerca de 395,11 milhões de pedidos e ticket médio de R$ 470 por cliente em 2023.

Os eletrodomésticos se destacaram como os mais procurados, seguidos pelos eletrônicos, telefonia, casa e decoração, além de moda e acessórios. O levantamento também mostrou que as mulheres lideraram as compras, representando mais de 60% dos clientes.

Além disso, mais da metade das transações on-line (55%) foram feitas na região Sudeste do país. Os dados reforçam o crescimento do comércio eletrônico, que representa hoje uma boa fatia de todo o segmento do varejo nacional.

A projeção para 2024 é ainda maior e pode atingir os R$ 205,11 bilhões até o fim do ano, revelou a ABComm. Em relação ao ticket médio, esse também deve aumentar e chegar a até R$ 490 por cliente. Já os pedidos podem alcançar os 418,6 milhões, com um total de 91 milhões de compradores.

Para Mauricio Salvador, presidente da Associação, o crescimento das vendas no ano passado gera mais expectativas para 2024. “O e-commerce ganhou força durante a pandemia e segue se fortalecendo. As pessoas se sentem cada vez mais confiantes em comprar no ambiente on-line, o que favorece a ascensão do mercado virtual. Quem compra em sites e tem uma boa experiência, sempre volta. Isso gera impacto positivo para diversos segmentos”, analisou o executivo.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/compras-on-line-atingem-r-1857-bilhoes-no-brasil-em-2023-revela-abcomm

Crescimento digital: Brasil registra aumento na conectividade em 2023

O relatório Data Reportal 2023 revelou que o Brasil está experimentando um notável aumento na conectividade. Como destaques principais estão os números relacionados ao uso da Internet, mídias sociais e dispositivos móveis.

Close up de alfinetes conectados por barbantes
As mídias sociais desempenharam um papel crucial na vida digital dos brasileiros em 2023, com 152,4 milhões de usuários ativos, abrangendo 70,6% da população.

A penetração da Internet no Brasil atingiu 84,3%, com 181,8 milhões de usuários online. Entre 2022 e 2023, houve um aumento de 7,1 milhões de usuários, representando um crescimento de 4,1%. No entanto, mesmo com esses números promissores, 15,7% da população — o que equivale a 33,97 milhões de pessoas — permaneciam offline no início de 2023.

Recorte digital sul-americano
No início de 2023, a população da nação sul-americana atingiu 215,8 milhões. Trata-se de um aumento de 977 mil pessoas, o que representa um crescimento de 0,5% em relação ao ano anterior. Na América Latina, segundo dados da Mobmio, as vendas via dispositivos móveis cresceram 50% no primeiro semestre de 2023.

Ainda analisando os países América Latina, o Brasil possui o melhor nível aceitável em relação à conexão de internet — registrou uma pontuação geral de 56%. Além disso, concluiu que o país possui a pontuação de prontidão de mercado de 65%, a mais alta da América Latina.

Interessante destacar que a divisão de gênero permanece praticamente equilibrada, com 50,9% da população sendo feminina e 49,1% masculina. Além disso, a tendência urbana prevaleceu: 87,7% da população brasileira reside em centros urbanos, enquanto 12,3% viviam em áreas rurais.

Uso das redes sociais: um destaque brasileiro
As mídias sociais desempenharam um papel crucial na vida digital dos brasileiros, com 152,4 milhões de usuários ativos, abrangendo 70,6% da população. As plataformas mais populares incluem:

– YouTube, líder com 142,0 milhões de usuários;

– Instagram (113,5 milhões);

– Facebook (109,1 milhões);

– e TikTok (82,21 milhões).

Outras plataformas, como LinkedIn (59 milhões), Pinterest (28,05 milhões), Twitter (24,30 milhões) e Snapchat (7,65 milhões) também contribuíram significativamente para o referencial digital do país.

Em 2023, de acordo com levantamento das empresas We Are Social e Meltwater, o percentual de uso da Internet no Brasil por mês foi liderado pelo WhatsApp, com 93,4%. A porcentagem é baseada na conexão mensal de usuários entre 16 e 64 anos.

Conexão predominantemente mobile
Também se destacou no relatório o número impressionante de conexões móveis celulares ativas. São um total de 221,0 milhões conexões, ultrapassando a marca de 102,4% da população. Essa estatística sugere que muitos brasileiros possuem mais de uma conexão móvel. Entre 2022 e 2023, o número de conexões móveis no Brasil aumentou 5,0 milhões (+2,3%).

Mais de 97% da conexão à Internet no Brasil é via mobile, sendo 95,5% por smartphones; computadores pessoais, seja notebook ou desktop, ficaram na marca de 63,6% dos aparelhos conectados.

De forma mais ampla, 83,8% da base total de usuários da Internet no Brasil (independentemente da idade) usaram ao menos uma plataforma de mídia social em janeiro de 2023 — nesse período, 145,7 milhões de usuários com 18 anos ou mais usaram mídias sociais no Brasil, o que à época equivalia a 89,4% da população total (com 18 anos ou mais).

Esses dados refletem não apenas o aumento na adoção digital, como indicam a importância crescente da tecnologia na vida cotidiana dos brasileiros. Para acessar o estudo completo acesse aqui.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/crescimento-digital-brasil-registra-aumento-na-conectividade-em-2023

Vendas digitais representam mais de 40% do faturamento das MPEs

Sebrae mostra que Economia Criativa, Logística, Artesanato e Turismo são os segmentos onde o peso das plataformas digitais é maior.

O comércio digital atualmente representa, em média, 40% do faturamento de microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte no País. De acordo com o levantamento “Transformação Digital nos Pequenos Negócios”, conduzido pelo Sebrae, cerca de 70% das MPEs brasileiras utilizam canais digitais para realizar vendas.

“O mundo digital revolucionou a forma de fazer negócio. O Sebrae atua para apoiar os empreendedores na jornada da digitalização”, comenta Décio Lima, presidente do Sebrae.

Os setores em que a digitalização ocorreu de maneira mais intensa foram economia criativa, logística, artesanato e turismo, em que aproximadamente metade do faturamento já é proveniente dos canais online.

Lima destaca que as redes sociais são as novas vitrines e se tornaram poderosos canais de comunicação com o cliente. “Por isso, é fundamental estar sempre atualizado e ter um planejamento de longo prazo para ampliar a presença digital da empresa”, acrescenta.

O levantamento mostra que as plataformas mais utilizadas pelos pequenos negócios para realizar transações comerciais são:

WhatsApp (56%)
Instagram (43%)
Facebook (23%)
“Hoje é possível, por exemplo, mostrar os bastidores do negócio, os valores da empresa, o posicionamento da marca, entre outras informações. O ambiente digital não é só um espaço para divulgar promoções” destaca.

Confiança das MPEs
Com base nos dados analisados pelo Sebrae e pela Fundação Getulio Vargas, após dois meses consecutivos de queda, o Índice de Confiança das Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE) apresentou um aumento em novembro, atingindo 92,8 pontos.

“Apesar da quarta redução seguida na taxa Selic, o fato é que os juros brasileiros ainda são os mais altos do mundo. Sem crédito, os donos de pequenos negócios não conseguem pensar em investir. Até porque uma parte significativa deles, principalmente os microempreendedores individuais, têm dívidas para pagar”, comenta Lima.

A mudança é consequência do aumento da confiança nas empresas do setor industrial, impulsionado pelo escoamento dos estoques de produtos observado no mês passado. A variação em novembro foi de 0,6 ponto, contudo, não foi o bastante para reverter as quedas registradas em setembro e outubro.

Imagem: Shutterstock
‘https://mercadoeconsumo.com.br/25/12/2023/ecommerce/vendas-digitais-representam-mais-de-40-do-faturamento-das-mpes/

A transformação nos padrões de consumo dos brasileiros

A evolução dos hábitos de compra e a ascensão das classes C, D e E redefinem o cenário do consumo no país, impulsionam mudanças significativas no varejo e na indústria, e criam novos padrões.

Os padrões de consumo dos brasileiros têm mudado com as décadas. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), atualmente, as classes C, D e E representam 76% da população brasileira. Consequentemente, respondem pela maior parte do consumo no Brasil. Nesse cenário, e com a digitalização, muda também o comportamento do consumidor. Com isso, a indústria e o varejo devem ter atenção sobre as novas perspectivas de transformação, estratégias e execução. Além disso, uma pesquisa “Mercado da Maioria”, da PwC Brasil com o Instituto Locomotiva, mostrou que o brasileiro está mais adepto à tecnologia, em comparação ao restante do mundo.

“Nós fizemos uma um uma categorização em relação aos adeptos à tecnologia, uma régua de muito até pouco adepto. Quando comparamos essa linha com o mundo, vemos que o Brasil quer realmente consumir mais tecnologia. O brasileiro tem mais até um celular, e das mais diversas classes sociais, e não só nas classes A e B. As C e D, muitos deles têm até mais de uma linha”, comenta Luciana Medeiros, sócia da PwC Brasil.

Segundo o estudo, o consumo do mercado para é encarado como uma questão de conquista e esforço individual. 61% se esforçam para comprar coisas que não tiveram condições financeiras de ter quando eram mais jovens. Outros 71% se sentem realizados quando economizam para comprar um produto e conseguem. O estudo ainda levantou tendências, chamadas de transformações para o varejo e para o consumo. A primeira foi em relação ao policonsumidor. 63% dos brasileiros já compraram online e fizeram retirada em lojas físicas. Além disso, o estudo mostrou que a maioria dos consumidores está nas classes C, D e E.

“Primeiro temos o que chamamos de policonsumidor. 63% dos brasileiros já compraram online e fizeram retirada em loja física. O que isso quer dizer? Fala muito sobre essa questão do phygital, que para as classes C, D e E é uma realidade. Muitas vezes pensamos que só A e B vão comprar no digital, mas não. Essa questão de integrar esses dois mundos, tanto do mundo digital, quanto da experiência da loja, de olhar o produto. Como de, dentro da loja, os consumidores das classes C, D e E vão fazer comparações. Eles vão olhar quais são os comentários sobre aquele produto. Ele faz a utilização desses dois ambientes. Ele vai estar dentro de uma loja, e comprando via digital”, comenta Luciana.
Eletrodomésticos lideraram compras

Tendência durante a pandemia, a compra de eletrodoméstico não foi deixada de lado no período pós pandêmico. Prova disso é que 66% dos ouvidos já têm ou desejam adquirir um eletrodoméstico inteligente nos próximos 12 meses, sendo que 41% já possuem e 25% pretendem comprar nos próximos 12 meses. Já outros 61% gostariam de ter eletrônicos e eletrodomésticos mais modernos do que os que têm atualmente. O estudo mostrou ainda que 47% dos brasileiros passaram a se importar mais com eletrônicos e eletrodomésticos mais modernos em relação há dez anos. Apenas 15% declaram se importar menos.

A justificativa para esse comportamento do consumidor está na busca por economia de tempo. Em um cenário em que uma pessoa sai de casa para trabalhar, passa um longo período no transporte e outro no trabalho, ao retornar ela quer se dedicar a outras questões, seja aproveitar a família ou descansar. Sendo assim, os eletrodomésticos mais modernos, desde a máquina de lavar ao robô de limpeza, podem ser aliados nesse objetivo.

“Aqueles eletrodomésticos que vão facilitar o que chamamos de ‘trabalho do cuidar’ que é o cuidar da casa da família, é o desejo do consumidor. Consumir mais esses eletrodomésticos, e mais inteligentes, para que ele tenha um tempo maior para as coisas realmente quer fazer. Nós vimos isso, e é um ponto positivo para as empresas tanto de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, como para os grandes varejistas”, explica a sócia da PwC.

Outro ponto mostrado pela pesquisa é que 66% dos consumidores dependem mais da internet, do que dependia há 10 anos. Isso mostra o quanto os brasileiros estão ligados a esse ponto. Além disso, 65% se preocupam mais com o uso de seus dados pessoais pelas empresas do que há 10 anos. Outro aspecto mostrado pela pesquisa foi o chamado “consumidor da verdade”, voltado às questões de ESG. As classes C, D e E consideram essas causas.
Aspecto ESG importa

“A pesquisa demonstrou que eles olham esse ponto das causas, analisam e deixam de consumir marcas em função disso. O consumidor está olhando quais são as causas sociais daquela empresa, como isso se conecta com o público e como, por exemplo, ele se identifica com os vendedores que estão atendendo. Esse consumidor da verdade está assim olhando muitos aspectos de ESG. Não é mais a questão de quanto no meu bolso. Ele quer um produto de qualidade. Se for o caso, vai esperar para comprar aquele produto de qualidade e não comprar outro que ele entende que não tem qualidade, não tem uma causa, ou é uma empresa, por exemplo, que teve problemas com determinadas causas. Ele vai se afastar dessa marca”, comenta a executiva.

A mudança nesse cenário é significativa, tanto que 70% dos consumidores se declaram dispostos a pagar mais por marcas que apoiem causas ambientais. Já as marcas que apoiam causas sociais são preferidas de 69%. 86% estão dispostos a priorizar marcas e lojas sustentáveis, e outros 55% de entrevistados prestam mais atenção nas causas que uma marca apoia, quando perguntado em relação há dez anos.

“Ligado a esse ponto, temos o que chamamos de ‘consumidor com propósito’. 86% dos entrevistados estão dispostos a priorizar marcas e lojas sustentáveis. Para nós, esse patamar é altíssimo. 53% já deixaram de comprar uma marca por falta de responsabilidade social. Não imaginávamos que o consumidor de baixa renda estivesse tão ligado aos aspectos de ESG como ele realmente está. Falamos da maior parte da população. É mais do que falar que abraça uma causa social; o consumidor quer ver na prática. Ele quer ver como é que aquela empresa realmente está atuando de uma forma ligada seus temas de ESG no dia a dia”, acrescenta.

Outro tema mostrado pelo estudo, chamado de “a nova arena Circular”, mostrou que a população de baixa renda, hoje, busca produtos usados não por questão financeira, mas por querer aquele item. Os dados revelam que os públicos C, D e E entendem que aquele produto é factível de comprar usado, e não há a necessidade de um novo. Para esse interesse dos consumidores, as redes sociais têm sido portais de compra. Prova disso é que 40% (44 milhões) já compraram produtos por essas plataformas. Outros 38% (42 milhões) já compraram itens usados em sites e aplicativos especializados. Os descontos também têm um lugar especial, pois, 35% (38 milhões) dos consumidores já participaram de jogos/games para acumular pontos em troca de descontos e benefícios.

“Nós chamamos isso de ‘o novo mercado’, ou ‘nova arena circular’, que é a utilização de um mercado secundário de produtos. A maioria da população de baixa renda olha isso com ótimos olhos. É uma realidade hoje, e foi um dado que nos surpreendeu”, finaliza Luciana.
‘https://consumidormoderno.com.br/2023/12/13/padroes-consumo-brasileiros/

E-shopping leva transmissão ao vivo a outro patamar

A semana do Natal ao Ano Novo é normalmente precedida por picos de compras em muitas partes do mundo; mas na China, a transmissão ao vivo faz com que as pessoas façam compras on-line o tempo todo. Os vendedores atuam como anfitriões ou apresentadores e ficam em frente às câmeras para vender uma infinidade de produtos, serviços, tecnologias e conteúdo em tempo real.

Seus estúdios ou salas podem ser instalações de nível profissional ou espaços simples equipados com suportes comuns para smartphones, equipamentos de iluminação e microfones específicos. Seja o que for que eles tentem vender, esses influenciadores são tão eloqüentes quanto radiolocutores.

Crucialmente, eles injetaram nova vitalidade nas plataformas tradicionais de comércio eletrônico, atraindo a atenção dos consumidores e aumentando as vendas.

Dados do Tmall, o mercado on-line do Alibaba com marcas estabelecidas, mostraram que os compradores chineses preferem pechinchas por meio de transmissão ao vivo em plataformas de comércio eletrônico.

As vendas através de 29 salas de transmissão ao vivo do Taobao Live, braço de transmissão ao vivo do Alibaba, ultrapassaram 100 milhões de yuans (US$ 14 milhões) durante um breve período após o festival de compras do Dia dos Solteiros, que dura várias dias, ter começado às 20h do dia 31 de outubro.

À medida que o crescimento do setor tradicional de comércio eletrônico da China avança, a maioria dos vendedores online enfrenta dificuldades em conquistar novos clientes. Neste contexto, a transmissão ao vivo desempenha atualmente um papel cada vez mais vital para ajudá-los a obter novos fluxos de dados em cidades de nível inferior e até mesmo em áreas rurais.

De acordo com a consultoria de mercado iiMedia Research, o segmento de comércio eletrônico da China baseado em transmissão ao vivo obteve uma receita de vendas de 1,4 trilhão de yuans em 2022, um aumento de 19,5% em relação a 2021. Prevê-se que atinja 2,1 trilhões de yuans em 2025.

“A transmissão ao vivo tornou-se um método chave amplamente adotado pelas marcas de consumo para reter os utilizadores existentes, captar novos e aumentar as receitas de vendas”, disse Cui Lili, diretora do Instituto de Comércio Eletrônico da Universidade de Finanças e Economia de Shanghai.

Existe uma relação interdependente entre os principais apresentadores de transmissão ao vivo e as plataformas de comércio eletrônico. Portanto, os influenciadores da transmissão ao vivo ou as celebridades da Internet deveriam oferecer conteúdo de alta qualidade, e não apenas vender produtos, para atrair mais tráfego de usuários, ponderou ela.

Além disso, agora a transmissão ao vivo com apresentadores virtuais é uma nova tendência. A consultoria global Forrester afirmou que mais marcas business-to-consumer estão usando apresentadores virtuais para atrair jovens consumidores com experiência digital que buscam novidades. Apresentadores virtuais custam menos. Além disso, são uma solução para não envolver marcas aos possíveis escândalos das celebridades.

A Qianxun Holdings, uma das principais empresas de transmissão ao vivo da China, lançou um serviço de hospedagem de IA e uma plataforma completa de serviços de transmissão ao vivo de IA.

Tao Yadong, sócio da Qianxun Holdings e CEO da Qianyu Intelligence, disse que custa cerca de 150 mil a 250 mil yuans por mês para administrar uma sala tradicional de transmissão ao vivo com uma dúzia de trabalhadores e equipamentos. Em comparação, os proprietários de marcas só precisam gastar vários milhares de yuans para operar uma sala virtual de transmissão ao vivo dirigida por um apresentador virtual.

O desempenho dos apresentadores virtuais em termos de volume bruto de mercadorias, duração média da visualização, número de espectadores e taxas de transação é melhor do que o dos apresentadores humanos, observou ele.

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